quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Confira o novo local da festa de 45 anos do PT e a programação atualizada

Evento será realizado nos dias 21 e 22 de fevereiro no Armazém 3 do Píer Mauá e contará com ato político com o presidente Lula

      (Foto: Divulgação )

O Partido dos Trabalhadores (PT) se prepara para celebrar seus 45 anos com uma grande festa cultural e política no Rio de Janeiro. O evento, que ocorrerá nos dias 21 e 22 de fevereiro, terá como palco o Armazém 3 do Píer Mauá, na região central da cidade. A sigla confirmou a mudança de local nesta terça-feira (20), reforçando a programação intensa que inclui apresentações musicais, manifestações culturais e debates políticos.

Com o slogan "Raízes no Povo. Olhos no Futuro", a comemoração busca reafirmar a identidade popular do partido e projetar seus próximos passos no cenário político nacional. Entre os destaques da programação, está o ato político que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de lideranças partidárias e convidados.

A direção nacional do PT organizou uma programação diversificada, incluindo eventos gastronômicos e apresentações artísticas, consolidando a festa como um momento de integração entre militantes, apoiadores e a sociedade civil. O evento será aberto ao público e promete reunir um grande número de participantes.

Confira abaixo a programação completa das comemorações dos 45 anos do PT:

21/02--8h | Recepção do público
-8h – 22h | Exposição + Feira de alimentação e artesanato
-8h30 – 9h | Recepção Cultural – Sarau da Resistência: Gisele Perim, Sérgio Gramático, Raquel Simões & outros
-9h – 9h30 | Recepção Cultural – Tempo de Clóvis: o mundo bate bola (Grupo Carícia, Os Crias da Folia, Bateria Ritmo Quente e Os Comédias – Palhaço Retrô) + Cortejo 4.5: Marimbondo não Respeita
-9h30 – 11h30 | Debate: “O papel dos setoriais no futuro do PT” + Lançamento do Circuito Elas por Elas de Formação Política das Mulheres do PT
* Janaina Oliveira (Secretaria Nacional LGBT)
* Viviane Martins (Secretaria Nacional de Cultura)
* Maria Rosilene Bezerra Rodrigues (Secretaria Nacional Agrária)
* Nádia Beatriz Martins Garcia Pereira (Secretaria Nacional JPT)
* Saulo Antônio Dias dos Santos (Secretaria Nacional de  Meio Ambiente)
* Martvs das Chagas (Secretaria Nacional de Combate ao Racismo)
* Vera Lucia da Cruz Barbosa (Secretaria Nacional de Movimentos Populares)
* Paulo Aparecido Silva Cayres (Secretaria Sindical Nacional)
* Mediador: Brenno Almeida (Vice Presidente da Fundação Perseu Abramo)
* Paulo Okamotto (Presidente da Fundação Perseu Abramo)
* Gleisi Hoffmann (Presidenta Nacional do PT)
* Maria do Rosário (Secretaria Nacional de Formação do PT)
* Mediação: Anne Moura (Secretária Nacional de Mulheres do PT)
-12h – 12h45 | Samba de raiz: Pagodamas
-13h15 – 14h45 | Debate: “COP30 e o desenvolvimento inclusivo.”
* Jorge Vianna (Presidente da APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ex-senador e ex-governador do Acre)
* Esther Bemerguy (Rconomista pela Universidade Federal do Pará e especialista em Teoria Econômica pelas universidades da Amazônia – UNAMA – e de Campinas – UNICAMP)
* Mercedes Bustamante (Bióloga e pesquisadora)
* Mediadora: Tainá de Paula (Secretária de Meio Ambiente do Rio de Janeiro)
-15h – 17h30 | Debate internacional: “Para inspirar a organização partidária: A construção exitosa do Morena e da Frente Ampla do Uruguai”
* Carolina Rangel Gracida (Secretária-Geral do MORENA – Movimiento de Regeneración Nacional, no México)
* Fernando Pereira (Presidente da Frente Ampla Uruguay)
* Mediadora: Gleisi Hoffmann (Presidenta Nacional do PT)
-18h – 18h45 | Bateria da União de Maricá
-19h15 – 20h15 | Dudu Nobre
-20h45 – 21h30 | Bateria da Mangueira
-21h30 | Dispersão do público

2/02-

-8h | Recepção do público
-8h – 19h | Exposição + Feira de alimentação e artesanato
-10h – 12h | Ato político dos 45 anos do PT com Presidente Lula (“Parabéns” com bolo simbólico)
-12h30 – 13h | Sarau Ocupação: Literatura, música & poesia
-13h15 – 13h45 | Passinho Erre Jota e “Batalha” de Slam – funk e hip hop
-14h15 – 15h15 | Moacyr Luz & Samba do Trabalhador
-15h45 – 17h15 | Roda de samba: Pretinho da Serrinha convida Teresa Cristina e Roberta Sá
-17h45 – 18h30 | Bateria da Grande Rio
-18h30 | Dispersão do público

Fonte: Brasil 247

Em delação, Mauro Cid chorou ao falar de áudio vazado da filha (vídeo)

Na gravação, a filha de Cid falava sobre intervenção militar, com soldados nas ruas do país, para manter Bolsonaro no poder

Mauro Cid durante depoimento na CPI dos Atos Golpistas (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, chorou durante depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao falar sobre a divulgação de um áudio de sua filha por veículos de imprensa. Na gravação, a filha de Cid falava sobre intervenção militar, com soldados nas ruas do país, para manter Bolsonaro no poder. As informações são do g1.

No vídeo, disponibilizado pelo STF nesta quinta (20), Cid reclama e diz que foi o único citado nas investigações que teve familiares expostos em reportagens. "A imprensa revirou minha vida toda, revirou até a vida do meu irmão, da minha irmã, que não mora nem no Brasil, expôs tudo. Expôs áudio da minha filha", lamentou.

O ex-ajudante de ordens afirma que a família dele está “sofrendo”com as investigações e reportagens. "Parece que a imprensa não me larga. Parece que qualquer coisinha minha eles querem vazar, que não sei por que eles acham interessante, ou sei lá quem", reclamou.

O militar se emociona e chora ao falar do áudio da filha. “Tanto que... Depois que vazou a porcaria do áudio, minha filha fica chorando em casa. 'O que vai acontecer com meu pai?'. Então, assim, é um desserviço que essa porcaria da imprensa faz, de pegar um áudio privado de amigos, o cara tá desabafando, vivendo um problema que eu tô vivendo [há] mais de sei lá quanto tempo, e expor isso como se fosse matéria de futebol. Como se fosse outra matéria pra dar clique, pra dar like, sei lá", disse Cid.

 

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaro mantinha esperanças de concretizar o golpe até o último momento, disse Mauro Cid

“O presidente ainda mantinha a chama acesa que pudesse acontecer alguma coisa", relatou Cid em sua delação

Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reuters)

 O tenente-coronel Mauro Cid afirmou em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes ,do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantinha esperanças de concretizar um golpe de Estado “até o último momento”. Segundo Cid, Bolsonaro precisava convencer o Exército a embarcar no golpe, e esperava que algo acontecesse para atrair os militares para o plano. As informações são do jornal O Globo.

“O presidente ainda mantinha a chama acesa que pudesse acontecer alguma coisa. Ele (Bolsonaro) tinha esperança que até o último momento, né - até um dia ele falou ‘papai do céu sempre ajudou a gente, vamos ver o que aparece aí’ -, que até o último momento fosse aparecer uma prova cabal que houve fraude nas urnas. E aí, sim, todo mundo visse, e aí teria aquele povo na rua, mobilização, as Forças Armadas. Então, eu acho que esse era o que passava na cabeça do presidente, assim, no tempo que eu estava com ele”, relatou o ex-ajudante de ordens.

Ao ser questionado se ele próprio acreditava na viabilidade do golpe, Cid disse que não tinha esperanças. "Não, senhor. Eu, na minha opinião particular, não. Até porque eu sabia... O senhor percebe, se o Senhor pegar todas as minhas mensagens antigas, o senhor vai perceber que eu falava: ‘Não encontrou fraude, então tá preocupando, o presidente não vai dar golpe'. Assim, o senhor percebe todas as minhas mensagens são nesse sentido", afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal o Globo

"Caguei para prisão", diz Bolsonaro, denunciado por tentativa de golpe

Ex-mandatário adota tom de desafio diante da acusação de liderar trama golpista e, inelegível, insiste em candidatura para 2026

     Jair Bolsonaro e presídio da Papuda (Foto: Reuters | Reprodução)

Jair Bolsonaro (PL) reagiu nesta quinta-feira (20) à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Durante o Primeiro Seminário de Comunicação do PL, realizado em Brasília, o ex-presidente minimizou a possibilidade de ser preso e declarou: "o tempo todo [é] 'vamos prender o Bolsonaro'. Caguei para a prisão", disse o ex-mandatário, de acordo com a Folha de S.Paulo.

A denúncia da PGR, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, aponta Bolsonaro e outros 33 investigados por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e participação em organização criminosa. Somadas, as penas ultrapassam 30 anos de prisão.

Seguindo essa linha, Bolsonaro voltou a negar qualquer participação em uma tentativa de golpe e atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que "não há liberdade de expressão no Brasil". Ele também ironizou as acusações, chamando os eventos de "golpe da Disney", em referência ao fato de estar em Orlando, nos Estados Unidos, durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Ainda segundo a reportagem, a defesa de Bolsonaro manterá a estratégia de insistir em sua candidatura à Presidência em 2026. O objetivo é reforçar sua liderança na direita e criar pressão política interna e internacional para evitar sua prisão e tentar reverter sua inelegibilidade, que permanece válida até 2030.

A cúpula do STF, liderada por Alexandre de Moraes, pretende realizar o julgamento do ex-mandatário ainda em 2025, evitando impactos nas eleições de 2026. Na quarta-feira (19), Moraes determinou a quebra do sigilo dos depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A delação de Cid trouxe novos elementos à investigação, expondo detalhes da trama golpista e aprofundando as suspeitas sobre a participação de Bolsonaro e seus aliados no caso.

Diante do avanço das investigações e do risco de prisão, Bolsonaro vem tentando manter sua base mobilizada, mas tem enfrentado dificuldades para consolidar alianças no campo da direita. O ex-mandatário busca levar sua candidatura até o último momento, temendo que uma substituição precoce enfraqueça sua influência e reduza sua capacidade de articulação.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Moraes repreendeu Cid em audiência de delação: 'última chance de dizer a verdade' (vídeo)

Ministro do STF cobrou mais detalhes do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e ressaltou que a delação não podia ser "seletiva"

      Mauro Cid em audiência (Foto: Reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confrontou o tenente-coronel Mauro Cid durante uma audiência em novembro para avaliar a validade de seu acordo de colaboração premiada. Segundo Moraes, aquele era o "último momento" para o militar apresentar informações verídicas e completas. Os vídeos dos depoimentos de Cid foram disponibilizados nesta quinta-feira (15), revelando o tom firme do ministro na condução do interrogatório.

"Eu quero fatos, por isso que eu marquei essa audiência. Eu diria que é a última chance do colaborador dizer a verdade sobre tudo", declarou Moraes, segundo relato do jornal O Globo.

A sessão ocorreu após a Polícia Federal (PF) identificar omissões no acordo de delação firmado pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o que poderia levar à sua rescisão. Moraes reforçou que a colaboração não pode ser seletiva e que o militar deveria revelar tudo o que sabe sobre os fatos investigados.

◉ Moraes: 'Delação não pode ser seletiva' - Durante a audiência, o ministro advertiu que a delação premiada não pode ser utilizada para proteger aliados ou prejudicar adversários. "A colaboração premiada, ela não pode ser seletiva e direcionada. Ela não pode ser utilizada para proteger alguns e prejudicar outros. Aqui, o colaborador dá os fatos. Quem analisa quem será processado ou não é o Ministério Público, é a Procuradoria-Geral da República", afirmou.

O ministro também destacou que a colaboração não se limita a responder perguntas, e sim a fornecer informações espontaneamente. "Não há, na colaboração, essa ideia de que só respondo o que me perguntam", disse Moraes.

◉ Consequências para a família de Cid - Ainda no início da sessão, o ministro alertou Cid sobre os riscos de manter omissões ou contradições em seu relato. Caso não prestasse todas as informações, poderia sofrer sanções como a rescisão do acordo e até mesmo a prisão, afetando também sua família. "A eventual rescisão englobará inclusive a continuidade das investigações e responsabilização do pai do investigado, de sua esposa e de sua filha maior", enfatizou Moraes.

Diante da advertência, o ministro questionou se Cid estava "plenamente ciente das consequências da manutenção dessas omissões e contradições". O militar respondeu: "Sim, senhor".

◉ PF apontou contradições na delação - A audiência foi convocada depois que a Polícia Federal relatou que o militar havia omitido informações cruciais para a investigação. "O cotejo dos elementos probatórios identificados revela que o colaborador omitiu informações relevantes para o esclarecimento dos fatos investigados, em tentativa de minimizar a gravidade dos fatos", apontou a PF no relatório.

Na ocasião, a Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou a pedir a prisão de Cid, mas recuou após a audiência conduzida por Moraes.

◉  Denúncia contra Bolsonaro e aliados - A ata da audiência foi divulgada depois que Alexandre de Moraes retirou o sigilo da delação de Cid. A decisão ocorreu no contexto da denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e outras 32 pessoas. Eles são acusados de integrarem uma trama golpista para manter Bolsonaro no poder após a derrota para o presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.

A denúncia, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, será analisada pela Primeira Turma do STF, após liberação do relator, Moraes.

Segundo a acusação, Bolsonaro cometeu os crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado por violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Fonte: Brasil 247

Moraes libera vídeos e áudios da delação de Mauro Cid

Material inclui horas de depoimentos e detalha esquema envolvendo Bolsonaro

      Mauro Cid, Alexandre de Moraes e Paulo Gonet (Foto: Reprodução)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta quinta-feira (20), a divulgação dos vídeos e áudios da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid. As transcrições já haviam sido tornadas públicas na quarta-feira (19), mas as mídias permaneciam sob sigilo, informa o g1.

Os depoimentos foram colhidos ao longo de 2023 pela Polícia Federal (PF) e fazem parte do acordo firmado por Cid com as autoridades. Com a decisão de Moraes, horas de gravações foram disponibilizadas ao público, permitindo acesso ao conteúdo detalhado das declarações que envolvem o ex-presidente e aliados.

A divulgação acontece em um momento de crescente pressão sobre Bolsonaro. Na terça-feira (18), um dia antes da quebra de sigilo das transcrições, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra o ex-presidente, acusando-o de diversos crimes:

● Liderança de organização criminosa armada;
● Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
● Golpe de Estado;
● Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União;
● Deterioração de patrimônio tombado.

Caso o STF aceite a denúncia, Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal perante a Corte.

Fonte: Brasil 247

Maduro acusa Bolsonaro de apoiar ataque contra Venezuela em 2019

Presidente venezuelano afirma que grupo capturado na 'Operação Ouro' participou de ataque a forte militar com apoio logístico do ex-presidente brasileiro

      Nicolás Maduro e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria | REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Jair Bolsonaro (PL) de ter fornecido apoio logístico a um grupo de mercenários que teria realizado um ataque a um forte militar venezuelano em 2019, na fronteira entre os dois países. A declaração foi feita durante o programa "Con Maduro+" nesta segunda-feira (17), segundo a RT.

Segundo Maduro, os envolvidos no ataque de 2019 foram capturados recentemente na chamada "Operação Ouro", uma investigação do governo venezuelano contra um grupo acusado de conspirar contra o país. O líder venezuelano afirmou que os detidos confessaram a participação no ataque ao forte militar próximo à cidade de Santa Elena de Uairén e detalharam o suposto envolvimento do então governo Bolsonaro.

"Esta gente veio com planos macabros para causar explosões, destruição e gerar comoção interna. Eram vários grupos, e um deles foi apoiado por Bolsonaro em dezembro de 2019. Esse grupo recebeu armas, logística e suporte para atacar um forte militar perto de Santa Elena de Uairén", afirmou Maduro.

O presidente venezuelano também declarou que os criminosos enfrentaram uma resistência da Guarda Nacional da Venezuela, resultando em mortos, feridos e o roubo de fuzis. "Depois, eles fugiram para o Brasil, onde foram resgatados pelo Exército brasileiro sob ordens diretas de Bolsonaro. Foram evacuados em helicópteros militares", acrescentou.

Durante sua fala, Maduro também afirmou que seu governo desmantelou o que chamou de "uma célula cancerígena nazi na Venezuela". Ele descreveu o grupo como "uma das mais diabólicas já encontradas" e alegou que seus integrantes tinham uma ideologia de admiração por Adolf Hitler.

O mandatário venezuelano ligou os grupos investigados à oposição liderada por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia. "Todos eles estão interligados. A conspiração continua, mas nosso compromisso com a paz e a estabilidade também continua", concluiu.

Até o momento, Bolsonaro não se pronunciou sobre as acusações. O governo brasileiro também não comentou as declarações de Maduro.

Fonte: Brasil 247 com RT

PL só tem a ganhar com a prisão de Bolsonaro, avaliam membros do partido

Vitimização de Bolsonaro poderia fortalecer a base e alavancar candidaturas de correligionários

       Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Congressistas do PL têm reforçado publicamente a defesa de Jair Bolsonaro diante das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, mas nos bastidores a percepção é que a escalada de problemas judiciais do ex-mandatário pode beneficiar o partido, que busca capitalizar politicamente a situação.

Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, o partido prepara pesquisas para medir o impacto da denúncia e de uma eventual prisão do ex-mandatário. A estratégia é transformar as acusações em um elemento mobilizador, reforçando a narrativa de perseguição política. O discurso deve ser calibrado para consolidar Bolsonaro como vítima do sistema e, assim, transferir apoio para aliados e fortalecer o PL nas próximas eleições.

Com a denúncia, correligionários avaliam que o impacto político pode ser maior que o desgaste. Sem novas ações no horizonte próximo, o partido pretende centrar o debate em um suposto uso seletivo da Justiça contra Bolsonaro. A estratégia inclui desviar o foco das provas apresentadas e colar no ex-mandatário a imagem de perseguido, buscando manter sua influência sobre o eleitorado bolsonarista.

Ainda de acordo com a reportagem, a questão que se coloca é se a tese da vitimização resistirá ao peso das evidências e ao avanço das investigações.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PL inicia ofensiva para conseguir manifestação de Trump sobre Bolsonaro

Deputados bolsonaristas vão aos EUA para participar de fórum de extrema-direita

Trump com Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

O PL iniciou uma ofensiva nos Estados Unidos após a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por sua participação em uma tentativa de golpe de Estado. Um grupo de parlamentares, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deve participar do Conservative Political Action Conference (CPAC), um fórum da extrema-direita mundial, realizado em Washington. As informações são da CNN Brasil.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será um dos palestrantes do evento. A ideia dos representantes do PL é intensificar os esforços para que Trump se manifeste publicamente em defesa de Bolsonaro. Além disso, os deputados brasileiros mantém contato com congressistas americanos para que eles adotem medidas contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo aliados de Bolsonaro, um apoio público de Trump a Bolsonaro poderia pressionar o Congresso Nacional brasileiro, por exemplo, a levar adiante o projeto de lei que anistia condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O apoio do americano também ajudaria a melhorar o ambiente jurídico para conseguir a elegibilidade do ex-presidente em 2026.

Deputados bolsonaristas tentam convencer Trump de se manifestar publicamente sobre Bolsonaro desde a eleição do americano, no final do ano passado. No entanto, o americano ainda não se manifestou. O encontro no CPAC é considerado o momento crucial para conseguir a fala de Trump.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Presidente Lula realiza check-up médico em São Paulo nesta quinta-feira

No hospital, ele estará acompanhado do médico pessoal dele, o cardiologista Roberto Kalil Filho.

     Roberto Kalil e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por um check-up médico de rotina nesta quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, em São Paulo. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que o procedimento já estava programado e faz parte dos cuidados regulares com a saúde do presidente.

A assessoria do presidente não forneceu detalhes adicionais sobre o check-up realizado. No entanto, é comum que chefes de Estado se submetam a avaliações médicas periódicas para monitorar e garantir sua saúde, especialmente diante das demandas e responsabilidades do cargo.

Lula embarca para São Paulo às 15h, com chegada prevista para as 16h20. No hospital, ele estará acompanhado do médico pessoal dele, o cardiologista Roberto Kalil Filho.

A previsão é de que o presidente passe a noite na capital paulista e embarque, na manhã desta sexta-feira (21/2), para o Rio de Janeiro, onde participará de cerimônia de anúncios no Porto de Itaguaí.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Alimentos estão mais baratos, mas preços devem cair mais, diz Paulo Teixeira

Ministro do Desenvolvimento Agrário lembrou que preços subiram, sobretudo, em meio às eleições norte-americanas

Paulo Teixeira (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

Agência Brasil - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse nesta quinta-feira (20) que já é possível encontrar alimentos com preços mais em conta em supermercados do país. Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, ele avaliou, entretanto, que é preciso que os preços caiam ainda mais.

“Se você for ao supermercado hoje, vai ver que os preços estão bem melhores que há um mês ou dois. É o momento de o povo vivenciar [a queda dos preços]. Mas tem muito o que fazer ainda. Os produtos vão baixar mais. Temos que tomar todas as medidas pra baixar os preços dos produtos.”

Teixeira lembrou que os preços dos alimentos no Brasil subiram, sobretudo, em meio às eleições norte-americanas. “O dólar estava R$ 5,70 e passou para R$ 6,30. Todos os alimentos que estão ancorados no dólar, porque são exportáveis, subiram junto”, explicou o ministro.

“Esses alimentos que estão ancorados no dólar, à medida que o dólar baixou, estão baixando. Mesmo as carnes estão baixando. O que está muito fora de propósito hoje é o ovo. Estamos fazendo um estudo desses alimentos que estão fora da curva, as carnes e o ovo, o açúcar, o café e a laranja.”

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil



Hugo Motta dá bronca em bolsonaristas na Câmara: “Aqui não é jardim de infância”

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sério, falando em microfone, sem olhar para a câmera
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) – Reprodução
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), repreendeu os parlamentares nesta quarta-feira (19) após um confronto entre governistas e oposicionistas durante a sessão plenária. A confusão teve início com uma “guerra de placas” sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas, quando bolsonaristas não deixaram o líder do PT discursar.

“Aqui não é o jardim da infância, nem muito menos um lugar para espetacularização que denigra (sic) a imagem desta Casa. Eu não aceito este tipo de comportamento”, afirmou Motta, destacando que não será um “presidente frouxo” diante de situações semelhantes.

A sessão estava sob a condução da deputada Delegada Katarina (PSD-SE), terceira secretária da Mesa, quando a confusão começou. Diante do tumulto, ela precisou suspender os trabalhos temporariamente. Posteriormente, deputadas da bancada feminina subiram à Mesa para exigir respeito à condução da sessão.

Hugo Motta endossou o pedido por respeito: “Pedi para a Delegada Katarina, que é a terceira secretária da Mesa, vir a esta presidência presidir os trabalhos para evitar que nem um deputado do PT, nem um deputado do PL presidisse, diante do ambiente que estamos vivendo. Mas enquanto a Delegada esteve aqui, ela estava com toda a autoridade da presidência da casa para conduzir os trabalhos. Ninguém vai desrespeitar uma parlamentar ou qualquer parlamentar que esteja no exercício da presidência”.

O presidente da Câmara também anunciou que irá reforçar o cumprimento do regimento interno quanto ao traje formal. “Já estou avisando a partir de agora que essa será uma máxima. O parlamentar que estiver fora daquilo que o regimento rege, não permitiremos que permaneça em plenário”, afirmou, referindo-se ao uso obrigatório de gravata em sessões e comissões.

Durante a sessão, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) defendeu Bolsonaro na tribuna, acompanhado por parlamentares segurando placas com as frases “anistia já” e “perseguição política”. Em resposta, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), também subiu à tribuna com governistas, exibindo cartazes com as frases “sem anistia” e “Bolsonaro preso” e teve seu discurso interrompido diversas vezes.

Fonte: DCM

Defesa de Bolsonaro nega envolvimento, mas delação de Cid liga o ex-presidente aos atos de 8 de janeiro

Segundo a denúncia da PGR, a atuação de Bolsonaro foi fundamental para a manutenção de acampamentos em frente aos quartéis

        Estátua do STF 'A Justiça' vandalizada no 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

A defesa de Jair Bolsonaro continua afirmando que o ex-presidente não teve nenhuma influência nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. No entanto, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid apontam que Bolsonaro foi figura fundamental para a manutenção dos acampamentos bolsonaristas em frente aos quartéis. As informações são do g1.

Segundo a denúncia da PGR, o ex-presidente não só deu ordem para as Forças Armadas não desmobilizarem os acampamentos montados por bolsonaristas à frente dos quartéis como também contava com a mobilização popular para dar apoio a uma eventual intervenção militar. Já a delação de Cid aponta que Bolsonaro contava com os movimentos em frente aos quartéis para convencer o Exército a aderir ao golpe. O comandante da Marinha, Almir Garnier, era favorável ao golpe, mas afirmava que, para a trama dar certo, o Exército precisaria apoiar.

A defesa de Bolsonaro insiste na linha de que não há nenhuma prova indicando que isso tenha acontecido de fato. O ex-presidente não teria influenciado e participado das decisões que levaram a um ato de violência para tentar dar um golpe, o que seria necessário para enquadrá-lo em crime contra o Estado Democrático de Direito.

Os advogados admitem que Bolsonaro chegou a discutir uma minuta para anular as eleições, mas não a assinou por avaliar que ela não teria respaldo no Congresso. O próprio ex-presidente admite que apresentou o documento aos comandantes das Forças Armadas.

Para a Polícia Federal, o general Walter Braga Netto era o elo entre Bolsonaro e os manifestantes acampados em frente aos quartéis, que fariam os ataques de 8 de janeiro semanas depois.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Após denúncia da PGR, Flávio Bolsonaro insiste em candidatura do pai para 2026, mas admite nome alternativo da direita

Senador afirma que Jair Bolsonaro registrará candidatura mesmo estando inelegível e cita Tarcísio, Michelle e Ratinho Júnior como opções


Um dia após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que trata Jair Bolsonaro como líder de uma tentativa de golpe para se manter no poder, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que seu pai se manterá como candidato ao Palácio do Planalto em 2026. No entanto, ele reconheceu que a direita poderá ter outros nomes viáveis na disputa. Segundo o senador, mesmo inelegível, o ex-presidente registrará sua candidatura e, "lá na frente, se for necessário", pode apoiar um nome alternativo.

Em entrevista ao jornal O Globo, o senador revelou que partidos do Centrão já trabalham com um cenário no qual o ex-mandatário não poderá concorrer no pleito presidencial de 2026, o que abre espaço para um candidato da direita. Segundo Flávio, presidentes de partidos já procuraram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), além dele próprio, para uma eventual candidatura presidencial.

"Há diversos nomes com viabilidade política para concorrer. Bolsonaro tem a humildade de, se necessário, apoiar aquele que tiver maior potencial", afirmou o senador. "Presidentes de partidos falam comigo, com Tarcísio, Michelle, Ratinho, Romeu Zema (governador de Minas Gerais), Ronaldo Caiado (governador de Goiás), falam para todo mundo: 'Olha, mantenha a linha que pode ser você'", disse Flávio na entrevista.

Apesar disso, o senador classificou como um "desrespeito" discutir a substituição de Bolsonaro na disputa de 2026. Ele comparou a situação do pai com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2018, quando ele estava preso e inelegível, mas ainda assim registrou candidatura. Após a Justiça Eleitoral rejeitar o pedido, Fernando Haddad [atual ministro da Fazenda] assumiu a cabeça de chapa.

Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 após condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Nesta terça-feira (20), a PGR apresentou denúncia contra ele por liderar uma trama golpista para se perpetuar no poder e impedir a posse de Lula, sendo esta a primeira acusação criminal formal contra o ex-mandatário desde que deixou o cargo.

Flávio Bolsonaro, que também é advogado, criticou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e classificou as acusações como "políticas". "Juridicamente, eu estaria muito tranquilo, mas politicamente vemos que há uma determinação dada ao Gonet. Lamento muito, é uma decepção pessoal para mim o que ele está fazendo", disse.

O senador também tentou desqualificar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que apontou reuniões e outros elementos como provas contra o ex-mandatário na denúncia da PGR. Flávio afirmou que a "delação é forjada e feita contra a vontade do Cid".

Sobre a possibilidade de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, o senador admitiu que não há garantias de que a medida será aprovada pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). No entanto, ele acredita que a proposta contará com apoio no Congresso.

"Não posso garantir. Nunca houve conversa do tipo 'votamos em você para pautar isso ou aprovar isso'. O que fazemos é sensibilizar as lideranças partidárias e políticas para os excessos que estão acontecendo", concluiu o parlamentar.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula defende diálogo com atacadistas para reduzir preços dos alimentos

Presidente destaca necessidade de equilíbrio entre exportação e abastecimento interno

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista para a Rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro. Palácio da Alvorada, Brasília - DF. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (20) que o governo pretende se reunir com atacadistas para avaliar estratégias de redução dos preços dos alimentos no país. Em entrevista à Rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro, Lula ressaltou que o Brasil deve continuar exportando produtos alimentícios, mas que é fundamental garantir o abastecimento do mercado interno.

Nas últimas semanas, o governo tem discutido diversas medidas para conter a inflação dos alimentos, incluindo alterações no prazo de validade dos produtos e a possibilidade de venda de medicamentos em supermercados. No entanto, especialistas alertam que tais ações têm alcance limitado e não atacam as principais causas da alta de preços, como incertezas fiscais, alta do dólar e impactos climáticos nas safras.

◎ Agência Brasil - A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda apresentou nesta quinta-feira (13) projeções macroeconômicas para o país em 2025. De acordo com a pasta, a inflação da alimentação deverá ceder até o fim do ano e apresentar recuo principalmente em razão de um cenário climático melhor, de safras recordes, e do fim da reversão do ciclo do abate de bovinos.

“A gente está vendo que, por exemplo, uma safra muito favorável de soja, uma safra muito favorável de arroz e feijão, vão ajudar [a conter] os preços de cereais, leguminosas, derivados da soja. Estamos vendo também que, a partir de março, a projeção é de neutralidade climática, o que tende a ajudar preço de frutas e hortaliças, entre outras”, destacou a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal.

O comportamento do preço da carne em 2025, de acordo com a subsecretária, terá um papel central no resultado da inflação da alimentação. O preço do produto deverá desacelerar em razão do fim da reversão do ciclo do abate - período em que as vacas são destinadas ao abate, após a retenção delas para procriação e a entrada dos bezerros no mercado - que aumentará a oferta de animais para o mercado.

“O impacto maior da reversão do ciclo de abate na inflação se deu já em 2024. Então a tendência é de desaceleração desses preços [em 2025]. Se o preço da carne subiu cerca de 20% em 2024, esse ano, essa inflação deve desacelerar. Então nós estamos vendo tudo isso ajudando na [contenção da] inflação de alimentos”, acrescentou Raquel Nadal.

A subsecretária frisou que os preços do café e do leite subiram em 2024 impactados pelas estiagens e queimadas no segundo semestre do ano. Já a inflação no preço da laranja ocorreu, segundo ela, devido ao greening, doença que prejudica a produção de cítricos.

O maior choque nos preços de alimentos no ano passado, de acordo com a subsecretária, veio em razão da reversão do ciclo de abate de bovino, de agosto em diante. A queda no abate, somado ao forte crescimento das exportações em 2024, levou a uma alta de mais de 19% no preço das carnes bovinas.

“A alta foi tão relevante que, excluindo carnes bovinas do índice de inflação, teríamos uma inflação de alimentos em cerca de 6,2% ao invés de 8,2% em 2024. Nesse cenário, a inflação cheia teria fechado 2024 dentro da meta, em 4,5%”, destacou Nadal.

Para 2025, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda projeta elevação de 4,8% no Índice Nacional de Preços aos Consumidor Amplo (IPCA), variação similar à observada em 2024.

Fonte: Brasil 247

"Queremos ter uma participação mais efetiva e mais forte na segurança de cada estado", diz Lula

Presidente defendeu PEC para ampliar papel da União no combate à violência, propôs Sistema Único de Segurança Pública e criticou pedidos de GLO

Presidente Lula (Foto: Reprodução )

Em entrevista à Rádio Tupi, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma maior participação do governo federal na segurança pública dos estados. Segundo ele, a Constituição de 1988 delega essa responsabilidade aos estados, mas o Executivo quer atuar de maneira mais ativa para enfrentar os desafios da violência e do crime organizado.

“Temos um problema não apenas com a segurança do Rio de Janeiro, mas com a segurança do Brasil. Em quase todos os estados tem problema de excesso de violência, muitas vezes por falta de instrumentos para a polícia trabalhar. A Constituição afirma categoricamente que a segurança é um problema do estado. O que estamos fazendo para que o governo possa participar ativamente do sistema de segurança de todos os estados?”, questionou Lula.

O presidente ressaltou que seu governo enviou ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), elaborada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para definir claramente o papel da União na segurança. O texto, segundo Lula, foi discutido com todos os governadores e deve ser apresentado ao Legislativo com ajustes.

“Vamos mandar essa PEC para decidir claramente o papel da União na participação da segurança pública, até onde a gente pode se intrometer, onde a Polícia Federal pode agir, onde a gente pode ter a Força Nacional participando. Estamos criando um fundo para que a gente possa ajudar tanto o funcionamento da polícia quanto o funcionamento penitenciário, porque nós queremos ter uma participação mais efetiva, mais forte na segurança de cada estado”, declarou.

Lula criticou a resistência de alguns governadores em permitir uma maior intervenção do governo federal no setor. Para ele, a segurança é vista como uma “parte do poder do estado”, o que leva muitos gestores a recusarem colaboração externa. O presidente também criticou pedidos para decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), instrumento usado para o envio das Forças Armadas aos estados.

“De vez em quando eles pedem que eu faça uma GLO e eu não vou fazer, porque a GLO foi feita no Rio de Janeiro, gastou mais de R$ 2 bilhões e não resolveu quase nada. O que queremos é participar ativamente, de forma a ter uma atuação complementar com os governadores e resolver definitivamente a questão da segurança”, disse.

O presidente também ressaltou o caráter transnacional do crime organizado e a necessidade de uma atuação coordenada entre os entes federativos para combatê-lo. Segundo ele, a PEC de Lewandowski busca dar essa responsabilidade à União, permitindo maior integração entre a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as forças estaduais. Caso seja necessário, o governo federal está disposto a criar novos mecanismos para fortalecer essa atuação conjunta.

◉ Sistema Único de Segurança Pública

Na entrevista, Lula também defendeu a criação de um Sistema Único de Segurança Pública para organizar a atuação das polícias federal, estaduais e municipais. Segundo ele, a segurança deve ser pensada de maneira integrada, e não apenas com ações isoladas em favelas.

“Não podemos permitir que esse bang-bang continue no Rio de Janeiro. Não podemos ter polícia só para entrar na favela, para atacar, para matar e para atirar. É preciso que a polícia esteja constantemente participando da vida cotidiana da favela, e é isso que queremos aprovar nessa PEC: qual o papel do Estado”, afirmou.

O presidente também cobrou rapidez do Congresso na tramitação da PEC, ressaltando que a violência no Rio de Janeiro exige soluções imediatas. “O tempo é o tempo do Congresso Nacional. Se o Congresso trabalhar rapidamente, essa PEC pode ser aprovada rapidamente. Se não trabalhar, não vai acontecer”, alertou.

◉ Policiamento em favelas e ADPF das Favelas

Lula também comentou sobre a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que restringe operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro. Para ele, as ações de segurança devem respeitar os direitos da população e ser acompanhadas por medidas que garantam transparência e responsabilidade.

“A gente não pode entrar na favela só para matar as pessoas. Nós queremos que os policiais entrem com câmera para a gente saber se ele vai ser violento ou não, antes de tentar qualquer outra coisa. Acho que o tiro deve ser a última coisa que a gente deve fazer”, defendeu o presidente.

Por outro lado, Lula reconheceu que, em determinadas situações, o uso da força é inevitável. “Agora, se for necessário em um tiroteio, alguém vai morrer, e a gente não pode só culpabilizar a polícia. Nós estamos extremamente interessados em resolver esse problema da segurança no Brasil inteiro. Para isso, precisamos aprovar a PEC”, disse.

O presidente enfatizou que, com a aprovação da PEC, o governo poderá ajustar mecanismos de financiamento da segurança, fortalecer a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, e garantir uma participação oficial e legalizada da União no combate à violência nos estados. “O que queremos é que o governo federal possa ajudar os estados a combater a violência e a organizar melhor a segurança pública”, concluiu.

Fonte: Brasil 247