domingo, 16 de fevereiro de 2025

O Brasil tem um novo ídolo no esporte: aos 18 anos, João Fonseca é campeão em Buenos Aires

O tenista brasileiro ganhou do argentino Francisco Cerundolo e recebeu elogios de Boris Becker, um dos maiores ídolos da história do esporte

     João Fonseca (Foto: Reuters/Jaimi Joy)

O tenista brasileiro João Fonseca, de 18 anos, venceu o argentino Francisco Cerundolo (28º no ranking) por 2 sets a 0, neste domingo (16), em jogo válido pela final do ATP de Buenos Aires. O carioca conseguiu a vitória com parciais de 6/4 e 7/6, e foi campeão do torneio organizado pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

Com o troféu, o Brasil voltou a ter um título no individual masculino no tênis. Foi a primeira conquista brasileira desde 2020 quando Thiago Wild venceu o ATP de Santiago, no Chile.

Neste sábado (15), João Fonseca se classificou pela primeira vez na carreira a uma final no circuito profissional de tênis. O tenista, que disputou a semifinal do ATP 250 de Buenos Aires, travou uma batalha de duas horas e meia na quadra de saibro até derrotar o sérvio Laslo Djere (112º) por 2 sets a 1, com parciais de 7/6 (3), 5/7 e 6/1.

Na sexta-feira (14), Fonseca já se tornara o brasileiro mais jovem a avançar a uma semifinal do circuito profissional. Após a classificação para a decisão do torneio, o carioca subiu da 99ª posição para a 74ª colocação na próxima atualização do ranking da ATP.

‘A história está feita’

Um dos maiores ídolos da história do esporte, o ex-tenista alemão Boris Becker, dono de seis títulos de torneios do Grand Slam, rasgou elogios ao brasileiro.

“A história está feita. João Fonseca vence seu primeiro torneio na Argentina contra #Cerundolo! Observem esse rapaz do #Brasil !!! O céu é o limite…", afirmou o europeu na rede social X.


Fonte: Brasil 247

PL mapeia "traições" ao projeto de anistia aos golpistas do 8/1

Líderes calculam que a pauta tem apoio "garantido" de 80 dos 92 integrantes da bancada na Câmara. Incerteza recai sobre a ala ligada a Valdemar Costa Neto

     Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS)

O PL, partido de Jair Bolsonaro, está mapeando a resistência interna ao projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. Nos bastidores da sigla, líderes calculam que a pauta tem apoio "garantido" de 80 dos 92 integrantes da bancada na Câmara. No entanto, segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, a incerteza recai sobre a ala ligada ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, que foi acionado para convencer os aliados a seguir o chamado bolsonarismo raiz na votação.

O PL iniciou um "esforço concentrado" para conversar com os presidentes dos partidos do centrão em busca de apoio à proposta. Os principais alvos dessa articulação são o PSD de Gilberto Kassab, o Republicanos de Marcos Pereira e o União Brasil de Antônio Rueda, que juntos somam 197 deputados.

O objetivo do PL é garantir os 257 votos necessários para apresentar o projeto de anistia até o Carnaval, ou seja, até o dia 28 de fevereiro. No entanto, a proposta ainda está aguardando a criação de uma comissão especial, mas nenhum partido indicou seus integrantes para o colegiado. Nesse cenário, ainda de acordo com a reportagem, os bolsonaristas pressionam o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pular essa etapa e colocar o texto em plenário o mais cedo possível.

Recentemente, o PL enfrentou um problema com a "infidelidade" de parte da sua bancada, mas com uma dinâmica inversa. Insatisfeitos com o apoio oficial do partido ao centrista Hugo Motta, a ala mais ideológica da legenda votou em Marcel van Hattem (Novo-RS) para a presidência da Câmara. A "traição" gerou irritação na cúpula do PL, resultando em reclamações nos bastidores.

No partido, é comum as divergências entre parlamentares ligados a Bolsonaro e aqueles que já estavam na sigla desde os tempos do Centrão. É sobre esse segundo grupo que Valdemar Costa Neto tem maior influência.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Problema eletromecânico em bombas afeta abastecimento de água em Apucarana


A Sanepar informa que em razão de falha eletromecânica nos conjuntos motobombas da captação do Pirapó e Curiúva, neste sábado (15), será necessária a realização de manobras compensatórias para manter o nível operacional dos reservatórios de água tratada em Apucarana. Técnicos da empresa trabalham na montagem e substituição do sistema de bombeamento e para evitar o colapso no sistema de distribuição, neste fim de semanas serão realizadas manobras afetando o abastecimento de água nas seguintes regiões:

Neste sábado (15), das 11h às 20h será fechado o setor da região Leste da cidade, afetando os jardins Apucarana, parte alta do Ponta Grossa, próximo a central do Paraná, Belvedere, Tarobá, Tibagi, Castelo Branco, Núcleo Shangrilá, Estoril, Vila Agari, Vila do Colégio, Vila Feliz, Vila Nova 1 e 2, Vila São Paulo, Residencial Villagio de Roma, Jardins Aeroporto, América, Aviação, Colonial, Diamantina, Fujiwara, Guanabara, Ponta Grossa, Sumatra I, II e III, Trabalhista, Núcleo Habitacional Tancredo Neves, Núcleo Habitacional Popular e região.

No domingo (16), o desabastecimento ocorre das 07h às 17h, afetando os bairros: Jardim Catuaí II e III, Jardim Kiri, Jardim Eliane, Jardim Flamingos, Jardim Iguatemi, Jardim Laranjeiras, Jardim Marabá, Jardim Marumbi, Jardim Nova América, Jardim Paineiras, Jardim Paraíso, Jardim Sabiá, Jardim Santiago, Jardim São Pedro, Jaçana, Loteamento Biguaçú, Loteamento Central, Loteamento Forteleza, Loteamento Mercadante, Loteamento Santa Cândida, N. H. Fraternidade, N. H. Jamil Soni, Pq. Ind. Sul, Recanto das Águas, Res. Milani, Res. Santo Expedito I e II, Vila Apucaraninha, Vila Basílio, Vila Eulália, Vila Guarujá, Vila José Bassa, Vila Nelson, Vila Operária, Vila Pirili, Vila Raifur, Vila Salete, Vila Adélia, Vila Santa Helena, Vila Santa Terezinha, Vila São Francisco, Vila São Geraldo, Vila Country, Vila São Gerônimo, Jardim Celmira, Vila Hayashi, Jardim Paulista, Jardim Aclimação, Res Eco Ville, Res Villas Park, , Jardim Curitiba, Jardim Higienópolis, Jardim Maristela, Jardim Nª Srª Lourdes, Jardim São José Jardim Vale Do Sol, Loteamento Santa Cecília, Loteamento Santa Maria, Núc. Bandeirantes Vila Amin Maia, Vila Bela Vista, Vila Cassal, Vila Cinco Irmãos, Vila Clementina, Vila Faccio, Vila Flamboyant, Vila Gov. Lupion, Vila Isabel, Vila Ivone, Vila Marginilda, Vila Maria, Vila Maria ElisaVila Monte Castelo, Vila Narciso, Vila Pres. Getúlio Vargas, Vila Res. Malibú, Vila Rural Nova Ukrânia, Vila Santa Bárbara, Vila Santa Rita, Vila Santa Rosa, Vila Santa Terezinha, Vila Santo Antônio, Vila São Luiz, Vila São Miguel, Vila Social, Vila Suzana, Vila Urizzi, Vila Vera Cruz, Vila Vitória, Vila Volante, Vila Yamato, Jardim Catuaí II e III, N.H. Parigot de Souza Colônia Novos Produtores, Jardim Albino Biachi, Jardim Figueira, Jardim Gramados, Jardim Primavera, Jardim Santo Inácio, Jardim Sol Nascente, Jardim Solar Da Toscana, Loteamento Estrela Dalva, Nuc. Hab. Bacarin, Nuc. Hab. Nª Srª Aparecida, Núc. Hab. Osmar Guaraci Freire, Núc. João Paulo I e II, Pq. Ind. Oeste, Jardim Veneza, Pq. São Jorge, Res. Interlagos, Vila Bom Retiro, Vila Brasil, Vila Dante, Vila Duque De Caxias, Vila Lebres, Vila Martins, Vila Regina, Vila São Carlos, Vila São Francisco, Vila São Jorge, Vila Swain, Vila Vitória, Pq Industrial Galan.

A Sanepar orienta a população a priorizar o uso da água para alimentação e higiene pessoal, sem desperdícios. Atividades que demandam grande volume de água devem ser adiadas.

Só ficarão sem água os clientes que não têm caixa-d’água no imóvel, conforme recomendação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A Sanepar sugere que cada imóvel tenha uma caixa-d’água de pelo menos 500 litros. Assim, é possível ter água por 24 horas, no mínimo.

O Serviço de Atendimento ao Cliente Sanepar é feito pelo telefone 0800 200 0115. Ao ligar, tenha em mãos a conta de água ou o número de sua matrícula.

Para consultar esta e outras informações, use o aplicativo para celular Sanepar Mobile ou acesse sempre o site da Sanepar: www.sanepar.com.br

Fonte: Sanepar

Kim Kataguiri compara imigração japonesa à escravização de negros no país: “Dívida histórica”

 

O deputado federal Kim Kataguiri – Foto: Reprodução

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil) enfrenta críticas após declarações em que relativiza a dívida histórica com a população negra no país. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o parlamentar discute temas relacionados ao racismo e às políticas de reparação.

No material, Kim afirma ter se aprofundado na história da imigração japonesa no Brasil e nas legislações pertinentes. Ele declara: “Nos últimos tempos eu tenho me aproximado bastante da história da migração da cultura japonesa no Brasil e tenho me aprofundado no tema das legislações e descoberto bastante coisa interessante, principalmente relacionado à dívida histórica”.

O deputado sugere que, caso houvesse a cobrança de uma dívida histórica, os descendentes de japoneses também teriam reivindicações a fazer. Ele comenta: “Descobri que se for o caso de uma eventual cobrança de dívida histórica, nós, descendentes de japoneses, temos muito a cobrar”.

Kataguiri menciona eventos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial, alegando que descendentes de japoneses foram expulsos do Brasil naquele período.

As declarações geraram forte repercussão. Nos comentários, internautas contestaram as falas do deputado.

“Nossa… sério??? Suas ginásticas mentais antes eram mais elaboradas!!”, escreveu um usuário no Instagram. “Sim, vamos comparar a imigração japonesa com quase 350 anos de escravidão”, ironizou outro.

Fonte: DCM

Por anistia, Bolsonaro diz que participará do ato contra Lula no Rio no dia 16/3

 

Jair Bolsonaro, em ato com apoiadores na Av. Paulista. Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou à coluna de Igor Gadelha, do Métropoles, que tem a intenção de participar dos protestos contra o governo Lula organizados pela extrema-direita programados para o dia 16 de março.

Às vésperas de ser acusado por seus crimes pela PGR, o inelegível disse que pretende ir à manifestação no Rio de Janeiro, onde defenderá o projeto de lei que oferece anistia aos indivíduos condenados pelos eventos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“A previsão, não é certeza porque tenho que acertar com mais gente… eu gostaria de ir no Rio de Janeiro, no dia 16. E a pauta lá seria anistia e as questões nacionais”, afirmou o ex-presidente.

A escolha de Bolsonaro pelo Rio, em vez de São Paulo, se dá pelo fato de que, na capital paulista, o evento está sendo organizado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), de quem o núcleo mais próximo do bolsonarismo prefere manter distância.

O PL também está planejando manifestações em outras capitais do Brasil para protestar contra Lula e apoiar a anistia.

◉ Anistia parcial para atrair o Centrão

Os partidos de oposição no Congresso Nacional estão articulando uma estratégia para garantir maior adesão ao projeto de lei que propõe anistia parcial para os acusados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023.

A proposta, que tem sido um dos principais pontos de conflito entre governo e oposição, deve ser ajustada para não conceder anistia total aos presos, buscando assim maior apoio entre deputados, senadores e a população.

A linha defendida pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é a de anistiar apenas parte dos crimes pelos quais os acusados foram condenados, como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

Fonte: DCM

"O PT nasce da luta do povo e segue firme nas bases", diz Luna Zarattini

Vereadora defende que o partido mantém suas raízes na classe trabalhadora e deve qualificar ainda mais o trabalho de base

     (Foto: Paulo Pinto/Agência PT | Alesp)

A vereadora Luna Zarattini, líder da bancada do PT na Câmara de São Paulo, destacou a força histórica do Partido dos Trabalhadores, que completou, no último dia 10 de fevereiro, 45 anos de fundação. Para ela, é importante manter o trabalho de base como instrumento essencial de mobilização social, mas lembrou que o PT não é um partido que dirige o povo, e sim um reflexo da luta popular por direitos e democracia.

“O PT tem uma origem popular. É um partido construído de baixo para cima. Por essa razão, o PT é resultado de um processo histórico, político e econômico, e não algo artificial. Então, não é o PT que dirige o povo. O PT é um resultado dessa expressão do povo em lutar pelos seus direitos, em defender a democracia, em subverter lógicas e ordens econômicas vigentes, como a ordem capitalista. O PT surge dessa vontade popular, então ele é resultado de um processo histórico. Por isso, ele é um instrumento de luta tão entranhado na sociedade e tão difícil de desaparecer”, afirmou a vereadora.

Luna lembrou que, nos últimos anos, tentaram acabar com o PT por meio de processos políticos e jurídicos, utilizando o lawfare. “A gente viu o que foi a Lava Jato e o Mensalão: farsas jurídicas para embutir crimes e tentar, de alguma maneira, fazer com que lideranças do PT e figuras históricas fossem escanteadas do processo político”, destacou.

Segundo a vereadora, a tentativa de destruir o PT falhou porque o partido tem raízes profundas na classe trabalhadora, nas periferias, nos movimentos sociais e na luta democrática pós-ditadura.

“Muita gente fala que o PT precisa voltar para as bases, que precisa escutar as bases. Mas o que eu acho é que o PT ainda está nas bases e precisa qualificar esse trabalho. Eu acho que esse é o nosso desafio: como fazer com que as pessoas que já conquistaram diversos direitos, que já tiveram diversas emancipações, participem mais da política, se envolvam mais e estejam mais à frente das lutas”, frisou.

Sobre o desafio atual, Luna enfatiza a necessidade de qualificar ainda mais o trabalho de base, promovendo formação política e incentivando a participação popular nas lutas. Para ela, é essencial engajar aqueles que já conquistaram direitos para que continuem lutando por mais avanços e contra retrocessos.

"A história não é linear; ela é feita de lutas e conquistas. A participação política e partidária é fundamental para garantir vitórias coletivas e continuar construindo um Brasil mais justo", afirmou. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Argentina vai abrir investigação "urgente" sobre escândalo de criptomoeda promovida por Milei

Economistas e oposição criticam lançamento de criptomoeda promovida por Javier Milei, sugerindo ser um golpe ou esquema de pirâmide

Presidente da Argentina Javier Milei 7/7/2024 (Foto: REUTERS/Anderson Coelho)

O governo argentino anunciou uma "investigação urgente" sobre o lançamento de uma criptomoeda promovida pelo presidente de extrema-direita Javier Milei na sexta-feira (14). O ativo, que inicialmente teve um aumento exponencial em seu valor, despencou poucas horas após uma publicação nas redes sociais do ultraliberal, gerando acusações de fraude e pedidos de um "julgamento político". As informações são do jornal O Globo.

Imagens da imprensa local indicam que Milei postou uma mensagem no X, fixada em seu perfil por mais de cinco horas, com um link para uma iniciativa chamada "Projeto Viva La Libertad", que evocava seu slogan "Viva a liberdade, caral**". Na postagem, ele anunciou o nome do token, $LIBRA, uma unidade de valor digital baseada na tecnologia blockchain e sem lastro em dinheiro real. A mensagem, publicada na sexta-feira, afirmava: "O mundo quer investir na Argentina. $LIBRA".

O projeto da criptomoeda foi descrito como "privado", com o objetivo de "incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenos negócios e startups". Contudo, economistas, especialistas em criptomoedas e figuras da oposição rapidamente criticaram a iniciativa, sugerindo que o ativo poderia ser um golpe ou até um esquema de pirâmide.

Horas depois, Milei apagou a publicação e tentou se justificar no sábado, dizendo no X: "Eu não estava ciente dos detalhes do projeto e, depois de tomar conhecimento dele, decidi não continuar a divulgá-lo". A justificativa, no entanto, não foi suficiente para aplacar as críticas. Na noite de sábado, a Presidência argentina anunciou que Milei havia decidido encaminhar a questão ao Escritório Anticorrupção (OA) para investigar possíveis condutas impróprias por parte do governo, inclusive do próprio presidente. Além disso, foi criada uma "Força-Tarefa Investigativa" para apurar o lançamento da criptomoeda $LIBRA e o envolvimento de empresas ou pessoas na operação.

A revista especializada em mercados financeiros The Kobeissi Letter revelou que quase 80% do ativo $LIBRA estava nas mãos de poucos detentores antes do apoio de Milei. Após o anúncio do presidente, o valor da criptomoeda disparou de frações de centavo para um pico de US$ 4,978, gerando milhões de dólares de lucro para os detentores originais, que começaram a vender a moeda antes de seu valor despencar.

Javier Smaldone, especialista em informática e influenciador digital dedicado a expor esquemas de pirâmide, explicou o que aconteceu: "O que aconteceu é o que no mundo dos títulos negociáveis é chamado de 'tapete puxado'". Ele detalhou como a promoção de Milei poderia ter desempenhado um papel na criação de um ativo que foi valorizado artificialmente para atrair compradores. "A liquidez inicial é dada, uma campanha publicitária é iniciada e, eventualmente, aqueles que administram a liquidez retiram o dinheiro, causando o colapso", disse Smaldone.

Ainda conforme a reportagem, o volume de transações durante a operação chegou a aproximadamente US$ 4,4 bilhões, e Smaldone estimou que o valor fraudado seja superior a 107 milhões de dólares.

Em resposta, o bloco União pela Pátria, liderado pelo peronismo na Câmara dos Deputados, anunciou que apresentará um pedido de impeachment contra Milei na segunda-feira. A oposição também se manifestou, incluindo a ex-presidente Cristina Kirchner, que chamou o presidente de "golpista de criptomoedas" e afirmou que ele atuava "como um gancho para um golpe digital".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Oposição argentina pressiona por impeachment de Milei após publicação sobre criptomoeda

Partido União pela Pátria denuncia envolvimento do presidente em possível fraude com criptomoedas

      Javier Milei (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

A oposição argentina voltou a pressionar pela abertura de um impeachment contra o presidente Javier Milei após o polêmico apoio que ele demonstrou em relação a um projeto de criptomoeda, anunciou o partido União pela Pátria. Em comunicado, o partido classificou a ação de Milei como "extremamente séria", ressaltando que o envolvimento do presidente em um possível crime relacionado à fraude com criptomoeda representa "um escândalo sem precedentes".

"O bloco de parlamentares decidiu apresentar uma proposta de impeachment da presidência", declarou a legenda através do X, plataforma anteriormente conhecida como Twitter, de acordo com a Sputnik. A reação surgiu após Milei divulgar em suas redes sociais, na noite de sexta-feira (14), seu apoio ao "Viva La Libertad Project", um projeto de criptomoeda que alegava "incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenas empresas e empreendimentos".

A publicação rapidamente gerou críticas, já que muitos cidadãos que investiram na criptomoeda acabaram perdendo dinheiro. Diante da repercussão negativa, o presidente apagou a postagem e se justificou, afirmando que não estava devidamente informado sobre os detalhes do projeto, o que o levou a desistir de divulgar mais informações.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

 

PGR pede condenação de oficiais da PMDF por omissão nos atentados golpistas de 8 de janeiro

Relatório com as alegações finais sobre o caso foi enviado a STF e acusa policias militares de sabotar segurança e facilitar os ataques golpistas do 8/1

      (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório com as alegações finais do inquérito que investiga os atentados de 8 de janeiro de 2023, pedindo a condenação de oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por suposta omissão. A PGR afirma que integrantes da cúpula da corporação à época estavam cientes de um plano para impedir a permanência de Luiz Inácio Lula da Silva no poder, logo após sua posse. As informações são do Correio Braziliense.

O documento, que se encontra no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, aponta que os réus compartilharam informações falsas sobre fraudes nas urnas e estavam cientes das ameaças de ataques contra pontos críticos da capital federal, como a Esplanada dos Ministérios e o Setor de Combustíveis e Inflamáveis. A acusação de omissão é fundamentada no fato de que os oficiais da PMDF não tomaram providências suficientes para evitar os ataques ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao STF, que resultaram em graves danos, incluindo vidraças quebradas, obras de arte vandalizadas e estruturas elétricas e hidráulicas destruídas.

"Como indicado na denúncia, nos dias que antecederam o segundo turno da eleição presidencial de 2022, teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e vulnerabilidade das urnas eletrônicas passaram a ser difundidas massivamente em redes sociais e aplicativos de comunicação instantânea, gerando clima social de polarização político-ideológica e de desconfiança nas instituições republicanas", diz um trecho do relatório, de acordo com a reportagem.

“Os denunciados, integrantes de cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal, às vésperas das eleições de 2022 e especialmente depois do pleito, aderiram à difusão de informações falsas, trocaram arquivos com conteúdo inverídico sobre fraudes eleitorais e trataram sobre possíveis meios ilegais para impedir a permanência do presidente legitimamente eleito, conforme comprovam extensamente os relatórios que instruem a denúncia”, completa a PGR.

A acusação ainda aponta que a PMDF soube, no dia anterior aos ataques, da presença de 5,5 mil pessoas preparadas para o confronto em Brasília e que carros disfarçados da corporação circularam pela cidade entre os dias 4 e 7 de janeiro, registrando possíveis preparativos para a invasão de órgãos públicos. Para a Procuradoria, a omissão dos oficiais favoreceu a realização dos atos antidemocráticos.

A PGR pede a condenação dos réus, incluindo o ex-comandante-geral da PMDF, coronel Fábio Augusto Vieira, o ex-subcomandante Klepter Rosa Gonçalves, o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto e outros oficiais de alta patente. Eles são acusados de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, danos qualificados e violação de deveres previstos na Lei Orgânica da PMDF.

Em resposta, a defesa de um dos réus, o coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, contestou a acusação, alegando que a PGR ignorou documentos da Polícia Federal que indicam responsabilidades da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), além de não considerar a hierarquia e a disciplina da corporação. A defesa também argumenta que o réu não está envolvido no alinhamento ideológico mencionado no relatório da PGR. Até o momento, os outros réus ou suas defesas não se manifestaram.

Fonte: Brasil 247 com informações do Correio Braziliense

PL reavalia flexibilização da Lei da Ficha Limpa após acusações de que projeto protege corruptos

Texto gerou controvérsias devido à percepção de que ele poderia beneficiar Jair Bolsonaro, inelegível até 2030 após ser condenado por crime eleitoral

      Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Adriano Machado /Reuters)

O Partido Liberal (PL) está avaliando alterações em um projeto que propõe a redução do tempo de inelegibilidade de políticos condenados, especialmente para não ser associado a um favorecimento de corruptos. O projeto, inicialmente apresentado pelo deputado Bibo Nunes (PL-RS), prevê a diminuição do prazo de oito para dois anos em que um político condenado fica proibido de se candidatar. O texto gerou controvérsias, principalmente devido à percepção de que ele poderia beneficiar Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030 após ser condenado por crime eleitoral.

Segundo o UOL, a repercussão negativa nos meios políticos e entre eleitores conservadores levou membros do PL a revisitar o projeto. Deputados do partido, que se elegeram com discursos de combate à corrupção, passaram a temer que a medida fosse vista como uma forma de proteger Bolsonaro e enfraquecer a imagem do PL como partido contrário à corrupção.

Filipe Barros (PL-PR), relator do projeto, se manifestou em defesa da proposta, mas deixou claro que quer limitar a redução da pena apenas a crimes eleitorais, preservando a proibição de candidaturas para políticos condenados por outros tipos de crimes, como corrupção. Barros apontou que existem três motivos para um político ser proibido de se candidatar: cometer crime eleitoral, ser condenado por processo criminal ou ter sua cassação determinada pelo Legislativo.

No caso de Bolsonaro, ele foi condenado após ser acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2022. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou sua inelegibilidade, decisão que foi tomada sob a presidência do ministro Alexandre de Moraes.

Em relação ao andamento do projeto, o PL divide o processo em duas fases. A primeira, ocorrida em dezembro de 2024, consistiu na apresentação do projeto por Bibo Nunes e na designação de Filipe Barros como relator. A segunda fase se deu neste mês, quando Bolsonaro se manifestou em vídeo defendendo a mudança. A publicação gerou uma onda de críticas nas redes sociais, o que levou Barros a anunciar que está considerando mudanças no texto.

Em entrevista ao UOL, o deputado afirmou que está "analisando aquilo que pode ser feito" e afirmou que as conversas sobre mudanças no projeto ainda são informais. Ele também explicou que, ao limitar a modificação à inelegibilidade por crime eleitoral, pretende assegurar que políticos corruptos ou envolvidos em outros tipos de crimes não sejam beneficiados.

O projeto enfrenta resistência jurídica, sendo considerado inconstitucional por alguns especialistas, incluindo o ministro do STF, Gilmar Mendes, que argumenta que mudanças na Ficha Limpa com a finalidade de favorecer uma pessoa específica configurariam uma "lei casuística". Durante participação no Canal Reconversa, do jornalista Reinaldo Azevedo, Gilmar Mendes comentou sobre os esforços de especialistas em direito em tentar encontrar maneiras de livrar os envolvidos na tentativa de golpe de responsabilidades legais, sugerindo que há uma movimentação para aprovar uma possível "lei de anistia".

Em resposta, Filipe Barros segue em busca de argumentos jurídicos para garantir que a proposta esteja dentro da legalidade. O deputado encaminhou sua proposta à consultoria da Câmara dos Deputados, aguardando um parecer sobre a viabilidade da mudança.

No entanto, Barros destacou que o projeto ainda está em fase preliminar e precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir para o plenário. A CCJ, por sua vez, ainda precisa ser implementada, com a escolha do presidente e dos membros da comissão programada para acontecer após o Carnaval.

Com o PL possuindo a maior bancada na Câmara, há uma expectativa de que o partido utilize seu poder para eleger um presidente da CCJ que seja favorável à proposta. A negociação sobre quem ocupará o cargo deve envolver partidos como o MDB e União Brasil, aliados políticos do PL, além de uma possível pressão para garantir que o escolhido esteja alinhado com as mudanças na Ficha Limpa e com a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Caso Filipe Barros seja nomeado para presidir outra comissão, um novo relator precisará ser designado para a proposta.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

“Tentaram me matar, mas não conseguiram”, diz Silvio Almeida

Ex-ministro quebra o silêncio após deixar o governo Lula e afirma que irá lutar por justiça

     Silvio Almeida (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)

O ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida afirmou neste sábado (15) que retomará o trabalho nas redes sociais e voltará a escrever livros. O ex-titular da pasta criticou as denúncias de assédio sexual contra ele, que levaram à sua saída do governo Lula (PT) em setembro do ano passado.

“Tentaram me matar. Mas não deu certo […] E se morto levanta, acabou o velório. Nestes últimos meses, tentaram me fazer esquecer quem eu realmente sou, quem eu fui e quem eu sempre quis ser. Tentaram apagar trinta anos de trabalho sério, de dedicação e de muita renúncia”, escreveu em postagem no Instagram.

Entre as denunciantes de Silvio Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A organização Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou ter sido procurada por mulheres que relataram supostos episódios de assédio praticados pelo ex-ministro.


Fonte: Brasil 247

Demandas do Brasil por diesel e fertilizantes tornam a Rússia fornecedor-chave em 2024

Segundo Almir Ribeiro Américo, chefe do escritório da ApexBrasil em Moscou, a demanda é "permanente e crescente"

Trabalhador agrícola carrega trator com fertilizante, perto de Brasília (DF) (Foto: Adriano Machado / Reuters)

A demanda por fertilizantes e combustível diesel no Brasil segue em alta, segundo Almir Ribeiro Américo, chefe do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em Moscou, em entrevista à Sputnik. De acordo com Américo, essa demanda é "permanente e crescente", pois o Brasil, um país agrícola, depende das importações desses produtos, sendo a Rússia um fornecedor-chave.

"Sobre a demanda no Brasil de fertilizantes e combustível diesel, posso dizer que esta demanda é permanente e crescente. O Brasil é um país agrícola e depende das importações de fertilizantes. A Rússia é um dos fornecedores-chave", afirmou.

Na entrevista, Américo destacou que, em 2024, as entregas de diesel e fertilizantes da Rússia contribuíram significativamente para o crescimento do comércio bilateral. Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) corroboram suas palavras. A Rússia, de fato, consolidou-se como o principal fornecedor de óleo diesel para o Brasil, com 65,5% (9,5 milhões de metros cúbicos) dos 14,5 milhões de metros cúbicos importados em 2024 oriundos do país.

Além disso, o chefe da ApexBrasil afirmou que a demanda por esses produtos se manterá, mas o volume final do comércio bilateral em 2025 dependerá de fatores geopolíticos e logísticos. De acordo com cálculos da Sputnik, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, o comércio entre os dois países atingiu um recorde de US$ 12,4 bilhões (R$ 74,4 bilhões) até o final de 2024, com a Rússia, pela primeira vez, entrando no seleto grupo dos dez principais parceiros comerciais do Brasil. Para efeito de comparação, em 2023, o volume de comércio foi de US$ 11 bilhões (R$ 66 bilhões).

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Investimentos militares no governo Lula superam os de Bolsonaro, mas gastos com pessoal permanecem elevados

Em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro, 6,8% do orçamento de defesa foram alocados para investimentos. No ano passado, o índice aumentou para 7,4%

Lula (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil | Presidência da República)

Os primeiros dois anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostraram avanços no setor de defesa nacional, como o aumento na taxa de investimentos, mas também mantiveram desafios relacionados aos gastos com pessoal, especialmente nas Forças Armadas. Sob a gestão do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, o Brasil viu uma elevação no montante destinado a investimentos em defesa. Em 2022, o último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), 6,8% do orçamento de defesa foi alocado para essa área. Já no ano passado, o índice aumentou para 7,4%, com valores corrigidos pela inflação, passando de R$ 8,6 bilhões para R$ 9,2 bilhões.

Entretanto, de acordo com a Folha de S.Paulo, houve uma queda no pagamento de militares ativos e inativos, que caiu de 80% para 78,2%. A redução reflete a falta de reajustes para a categoria, somada a distorções no uso de recursos no setor militar. Dados do sistema de acompanhamento da execução orçamentária federal do Senado e do Tesouro indicam que, apesar da melhoria marginal no perfil dos gastos, a despesa com pessoal continua alta, sendo que os inativos representam 60% dessa fatia.

A despeito dos esforços para reequilibrar as contas, os gastos com pessoal no setor militar brasileiro continuam elevados, e as reformas previdenciárias, como a de 2019, e novos projetos de aposentadoria não devem modificar substancialmente esse quadro. No cenário político-militar, o debate sobre o controle desses gastos tem sido complexo, especialmente com as tensões entre o governo e a Marinha. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, tem buscado equilibrar essas relações, mas chegou a considerar a possibilidade de deixar o cargo.

Em relação aos investimentos, o Brasil ainda está aquém da meta ideal recomendada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que sugere que 20% do orçamento de defesa seja destinado a equipamentos e seus programas. Embora apenas três dos 32 membros atuais da OTAN tenham cumprido essa meta em 2024, a pressão internacional sobre o Brasil para aumentar seus investimentos também persiste. A meta total de gastos de 2% do produto interno bruto (PIB), estipulada pela aliança desde 2006, tem sido uma cobrança crescente, especialmente sob o governo de Donald Trump, que pressionou para que os membros do bloco chegassem a 5% do PIB, um valor bem acima dos investimentos atuais do Brasil.

Os principais projetos de defesa brasileira nos últimos anos incluem a aquisição de caças suecos Saab Gripen, que em 2024 teve um desembolso de R$ 1,5 bilhão, quase R$ 500 milhões a mais do que o previsto inicialmente. Também se destacam o programa de submarinos da Marinha (R$ 960 milhões), o programa de controle do tráfego aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB) (R$ 840 milhões), o programa Calha Norte (R$ 720 milhões) e a adoção do cargueiro Embraer KC-390 pela Suécia (R$ 690 milhões).

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Operações da PF sobre desvios de emendas parlamentares já atingem PL, União Brasil, PSB e PDT

Desde 2022, a PF realizou ao menos sete operações cujos desdobramentos já atingiram políticos dos mais diversos espectros políticos

     (Foto: Polícia Federal)

O aumento no volume de emendas parlamentares nos últimos anos, além de criar uma tensão entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), colocou políticos de diversos partidos na mira de investigações da Polícia Federal (PF). Desde 2020, quando o Congresso passou a ter uma maior fatia de dinheiro à disposição de emendas, o valor desse tipo de gasto alcançou cerca de R$ 150 bilhões – um número muito maior que os aproximadamente R$ 30 bilhões utilizados entre 2015 e 2019.

Somente em emendas do relator, segundo dados do governo federal, foram gastos cerca de R$ 36 bilhões. Esse tipo de emenda está no centro da tensão com o STF devido à falta de transparência. Com o aumento dos valores destinados a estados e municípios, também cresceu a quantidade de operações da PF sobre o tema.

Segundo a coluna do jornalista Fabio Serapião, do Metrópoles, desde 2022, a PF realizou ao menos sete operações cujos desdobramentos, tornados públicos até o momento, atingiram políticos de partidos como PL, União Brasil, PDT e PSB. O número não leva em conta investigações conduzidas na primeira instância, que ainda não envolvem pessoas com foro privilegiado.

Esse cenário sugere que o número de siglas com integrantes na mira da PF pode ser ainda maior, dado o número de casos sob sigilo que tramitam no STF e que devem resultar em novas operações da PF nos próximos meses.

Na última semana, foi a vez do PDT ter um deputado citado em investigação relacionada a desvios em emendas. Afonso Motta (PDT-RS) foi incluído na Operação Emendafest, após seu assessor Lino Furtado ser flagrado em conversas com um lobista contratado por um hospital para captar recursos de emendas parlamentares.

No topo da lista de alvos, no entanto, está o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. O motivo são as várias operações que tiveram como alvo o deputado Josimar Maranhãozinho. Bolsonaro chegou a defender a expulsão do parlamentar do partido. Maranhãozinho foi alvo das operações Odoacro, Descalabro, Engrenagem e Emendário. As investigações miram, em sua maioria, emendas que custearam obras da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, convênios do Ministério da Agricultura e ações na área de Saúde.

A operação Emendário resultou em uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Maranhãozinho e outros dois deputados do PL: Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE). Segundo a PGR, entre janeiro e agosto de 2020, os parlamentares, com o apoio de outras pessoas, solicitaram ao prefeito Eudes Sampaio Nunes, de São José do Ribamar (MA), propina para a liberação de recursos federais. O valor pedido foi de R$ 1,6 milhão para liberar R$ 6,6 milhões em emendas.

A investigação sobre Maranhãozinho também atingiu outro parlamentar do PL, o senador Eduardo Gomes (PL-TO). A PF pediu a instauração de inquérito contra ele após um ex-assessor aparecer em conversa cobrando valores de um assessor do deputado.

Outro desdobramento das investigações de Maranhãozinho atingiu o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil). A PF passou a investigá-lo após encontrar conversas relacionadas a emendas dele na operação Odoacro. Com base nesse material, a PF deflagrou a operação Benesse, em setembro de 2023. A investigação foi encerrada, e Juscelino foi indiciado devido aos desvios em obras de recapeamento asfáltico custeadas com emendas.

O partido de Juscelino Filho, o União Brasil, também é um dos principais alvos de investigações relacionadas a emendas, como na Operação Overclean. Deflagrada pela PF da Bahia, a investigação agora tramita no STF, após surgirem indícios sobre o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA). As suspeitas envolvem contratos milionários financiados com emendas, a maioria sem transparência, por meio do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

O PSB, por sua vez, tem o deputado Junior Mano na mira da PF por causa de desvios em emendas. Na última sexta-feira (14), o ministro Gilmar Mendes, do STF, cobrou da PF um relatório parcial sobre o caso, que investiga irregularidades em emendas enviadas para cidades do Ceará.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gonet finaliza análise para denunciar Bolsonaro: primeiras peças devem chegar ao STF na próxima semana

Procurador-geral revisa minuciosamente inquéritos da PF e prepara acusações contra o ex-presidente e militares de sua cúpula

      Paulo Gonet (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil I Divulgação )

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, está na fase final da revisão dos três inquéritos conduzidos pela Polícia Federal que investigam Jair Bolsonaro (PL) e aliados próximos. Segundo Guilherme Amado, do PlatôBR, Gonet avalia minuciosamente os relatórios produzidos pela PF para decidir a melhor estratégia de acusação contra os 40 indiciados. A tendência é que as primeiras denúncias sejam protocoladas no Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana.

A estratégia da PGR é fatiar as denúncias, iniciando com um grupo que incluirá o próprio Bolsonaro e militares que integraram seu governo. Entre os nomes que devem ser alvo da primeira leva de acusações estão o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

O detalhamento do trabalho da Polícia Federal tem sido um fator que exige tempo para análise antes da formalização das denúncias. A expectativa dentro da Procuradoria-Geral da República é de que Gonet apresente as primeiras acusações já na próxima semana, o que deve gerar uma nova onda de reações políticas no meio bolsonarista.

Fonte: Brasil 247 com informações do site PlatôBR

Justiça concede regime aberto ao bolsonarista que tentou explodir aeroporto do DF

 

George Washington de Oliveira Sousa, bolsonarista condenado por tentar explodir um caminhão-tanque com 60 mil litros de querosene no Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal de 2022 – Foto: Reprodução
A Justiça do Distrito Federal concedeu neste sábado (15) a progressão para o regime aberto de George Washington de Oliveira Sousa, bolsonarista condenado por tentar explodir um caminhão-tanque com 60 mil litros de querosene no Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal de 2022. A tentativa de atentado fez parte da escalada de violência de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão foi assinada pelo juiz Bruno Aielo Macacari, que entendeu que Sousa cumpriu os requisitos para a mudança de regime, sem registros de falhas disciplinares enquanto esteve preso. Além disso, a medida visa reduzir a superlotação no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) do Distrito Federal, onde estão detentos em regime semiaberto.

George Washington foi condenado em maio de 2023 a 9 anos e 4 meses de prisão por expor vidas a perigo, causar incêndio a combustível e porte ilegal de artefato explosivo. Em maio de 2024, conseguiu a progressão para o semiaberto e, agora, passa ao regime aberto. O comparsa Alan Diego dos Santos Rodrigues também foi condenado pelo caso.

A prisão ocorreu em 24 de dezembro de 2022, no mesmo dia da tentativa de explosão. Durante a abordagem, a Polícia Civil encontrou um arsenal de armas e explosivos no apartamento alugado onde Sousa morava, no bairro Setor Sudoeste, em Brasília.

O explosivo utilizado no atentado foi produzido com emulsões trazidas do Pará. Alan Diego dos Santos foi o responsável por acoplar o material ao caminhão-tanque, que estava estacionado próximo ao aeroporto.

O plano só não foi concretizado por uma falha técnica no acionamento da bomba.
Justiça concede prisão domiciliar a bolsonarista que matou tesoureiro do PT

A progressão para o regime aberto de George Washington ocorre um dia após o ex-policial penal Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pela morte de Marcelo Arruda, ter recebido autorização judicial para cumprir a pena em prisão domiciliar. A decisão foi do desembargador Gamaliel Seme Scaff.

Ex-policial penal Jorge Guaranho e o petista Marcelo Arruda – Foto: Reprodução
Scaff justificou a decisão citando o estado de saúde do condenado. “Assim, ao que parece, o paciente continua muito debilitado e com dificuldade para se deslocar em razão da enfermidade e das lesões que o acometem, logo, por ora, chega-se à ilação de que sua prisão domiciliar não colocará em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal”, escreveu o magistrado ao conceder o habeas corpus. Ele também mencionou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) como base para sua decisão.

Vale ressaltar, no entanto, que o DCM revelou que o desembargador exibe, nas redes, alinhamento claro com a extrema direita brasileira.

Scaff, em 2022, como mostra a reportagem, chegou a sair em defesa do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, comentando uma publicação do site ‘Jornal da Cidade Online’ sobre Sandra Terena, mulher do extremista.

Além disso, no Instagram, o desembargador segue os perfis de Jair e Michelle Bolsonaro, assim como dos deputados federais Carla Zambelli e Pastor Marco Feliciano.


“O desembargador Gamaliel Seme Scaff, que tirou da cadeia o assassino de Marcelo Arruda para deixá-lo cumprir pena em casa, não tem isenção para decidir sobre um crime com motivação política”, escreveu a deputada neste sábado (15) em post em seu perfil no X.