sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Bolsonaro recebe comitiva da OEA e se faz de vítima de Alexandre de Moraes

Relatório da OEA pode favorecer Bolsonaro para agradar governo Trump, principal financiador da entidade

     Jair Bolsonaro - 25/11/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Jair Bolsonaro (PL) se reuniu nesta quinta-feira (13) com integrantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) para apresentar suas queixas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo Paulo Cappelli, do Metrópoles. A reunião foi conduzida pelo advogado colombiano Pedro Vaca Villarreal, relator especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão vinculado à OEA.

A visita da comitiva a Brasília teve como objetivo ouvir diferentes versões sobre a atuação de Moraes, incluindo a de críticos e a do próprio magistrado. Antes de Bolsonaro, Vaca já havia colhido depoimentos do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e do próprio Alexandre de Moraes.

Bolsonaro saiu otimista do encontro e destacou que o relator da CIDH demonstrou interesse em seu relato. “Conversamos por cerca de 50 minutos. Ele [Pedro Vaca Villarreal] se mostrou interessado no que eu falava e disse que vai fazer um relatório sincero sobre o que está acontecendo aqui no Brasil”, afirmou. Durante a conversa, Bolsonaro reforçou sua narrativa de que estaria sendo alvo de uma suposta “perseguição política” conduzida pelo STF, alegando que Moraes manipula depoimentos, realiza "pesca probatória" e ordena prisões sem denúncia formalizada.

A visita da OEA ao Brasil resultará na produção de um relatório que poderá aumentar a pressão sobre a atuação do STF. A CIDH, responsável por investigações de violações de direitos humanos nas Américas, tem influência no debate jurídico global e pode produzir um documento com impacto político relevante.

Além das implicações jurídicas e institucionais, o relatório da OEA também carrega um fator geopolítico. O principal financiador da entidade é o governo dos Estados Unidos, que, sob a gestão de Donald Trump, já demonstrou alinhamento com Bolsonaro. No entorno do presidente norte-americano, há dois desafetos diretos de Moraes: o empresário Elon Musk e o estrategista Jason Miller, ambos alvos de decisões judiciais do magistrado brasileiro.

O financiamento norte-americano à OEA pode influenciar na forma como o relatório será elaborado. Atualmente, os EUA destinam cerca de US$ 52 milhões anuais à organização, o que representa metade do orçamento total da entidade. A relação política entre os países e as decisões de financiamento podem ter impacto na condução da investigação e na redação do relatório final.

A reunião de Bolsonaro com a CIDH ocorre em um momento em que ele enfrenta múltiplas investigações e inquéritos no Brasil, incluindo apurações sobre sua participação em uma tentativa de golpe de Estado. Apesar disso, o ex-presidente busca consolidar apoio internacional para reforçar sua narrativa de perseguição política, apostando na repercussão do relatório da OEA para enfraquecer o Judiciário.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PL quer 'suavizar' anistia aos golpistas de 8 de janeiro para atrair apoio do Centrão

Líder do partido admite que pode flexibilizar proposta para viabilizar aprovação na Câmara

Estátua do STF 'A Justiça' vandalizada no 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

O PL avalia restringir o alcance da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 como estratégia para ampliar o apoio à proposta na Câmara dos Deputados. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. O líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), reconhece que o projeto, da forma como está, enfrenta resistência e pode necessitar de ajustes para conquistar votos suficientes para sua aprovação.

A negociação envolve bancadas do Centrão, incluindo partidos como União Brasil, PSD, Republicanos e PP. A ideia é retirar da anistia crimes como dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, cujas penas variam de seis meses a três anos de prisão. No entanto, crimes considerados mais graves, como associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, permaneceriam contemplados na proposta.

Segundo Sóstenes, a mudança pode ser fundamental para garantir apoio suficiente à medida. "Precisa ter os votos para aprovar a anistia. Depois que eu tiver os votos, a gente vê o melhor texto para garantir os votos ou ampliar. A gente pode anistiar de todos os cinco crimes que as pessoas estão sendo acusadas ou podemos anistiar de três. As pessoas serão soltas do mesmo jeito. O nosso objetivo é soltar pessoas presas injustamente. Se anistiar por três crimes em vez dos cinco traz mais votos para a anistia, a gente pode pensar nisso, sim", argumentou Sóstenes.

A tramitação do projeto na Câmara ainda é incerta. O texto pode ser analisado por uma comissão especial, passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ou ir direto ao plenário. Em 2023, a proposta chegou a tramitar na CCJ, mas foi retirada da pauta pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Agora, o novo comandante da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda avalia o destino do projeto.

A proposta original foi apresentada pelo ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), então líder do governo Bolsonaro. O texto previa a anistia não apenas para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, mas também para caminhoneiros e manifestantes que bloquearam estradas e participaram de atos em frente a unidades militares entre 30 de outubro de 2022 e a entrada em vigor da lei.

O último relator da proposta, deputado Rodrigo Valadares (União-SE), confirmou que o texto deve ser discutido novamente nos próximos dias com a presidência da Câmara. "A gente sabe que consenso 100% não é possível em política, mas que tenha mais consenso. A gente está nessa fase de buscar", afirmou. Ele também alertou para o risco de impasses com o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF), caso a proposta não seja formulada de maneira estratégica.

O projeto também abrange crimes relacionados a processos eleitorais, incluindo anistia para condenações por litigância de má-fé em ações sobre a eleição de 2022. A proposta, contudo, enfrenta forte resistência de parlamentares da oposição e de setores do Judiciário, que consideram a medida um precedente perigoso para a impunidade de crimes contra a democracia.

Ainda sem consenso, a estratégia do PL agora é reduzir danos e buscar uma versão viável da anistia, que possa ser aprovada sem esbarrar em novas barreiras institucionais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Fazenda prevê queda da inflação dos alimentos até o fim do ano

Cenário climático positivo está entre os motivos da projeção

Fazenda prevê queda da inflação dos alimentos até o fim do ano (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Agência Brasil - A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda apresentou nesta quinta-feira (13) projeções macroeconômicas para o país em 2025. De acordo com a pasta, a inflação da alimentação deverá ceder até o fim do ano e apresentar recuo principalmente em razão de um cenário climático melhor, de safras recordes, e do fim da reversão do ciclo do abate de bovinos.

“A gente está vendo que, por exemplo, uma safra muito favorável de soja, uma safra muito favorável de arroz e feijão, vão ajudar [a conter] os preços de cereais, leguminosas, derivados da soja. Estamos vendo também que, a partir de março, a projeção é de neutralidade climática, o que tende a ajudar preço de frutas e hortaliças, entre outras”, destacou a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal.

Carne

O comportamento do preço da carne em 2025, de acordo com a subsecretária, terá um papel central no resultado da inflação da alimentação. O preço do produto deverá desacelerar em razão do fim da reversão do ciclo do abate - período em que as vacas são destinadas ao abate, após a retenção delas para procriação e a entrada dos bezerros no mercado - que aumentará a oferta de animais para o mercado.

“O impacto maior da reversão do ciclo de abate na inflação se deu já em 2024. Então a tendência é de desaceleração desses preços [em 2025]. Se o preço da carne subiu cerca de 20% em 2024, esse ano, essa inflação deve desacelerar. Então nós estamos vendo tudo isso ajudando na [contenção da] inflação de alimentos”, acrescentou Raquel Nadal.

A subsecretária frisou que os preços do café e do leite subiram em 2024 impactados pelas estiagens e queimadas no segundo semestre do ano. Já a inflação no preço da laranja ocorreu, segundo ela, devido ao greening, doença que prejudica a produção de cítricos.

O maior choque nos preços de alimentos no ano passado, de acordo com a subsecretária, veio em razão da reversão do ciclo de abate de bovino, de agosto em diante. A queda no abate, somado ao forte crescimento das exportações em 2024, levou a uma alta de mais de 19% no preço das carnes bovinas.

“A alta foi tão relevante que, excluindo carnes bovinas do índice de inflação, teríamos uma inflação de alimentos em cerca de 6,2% ao invés de 8,2% em 2024. Nesse cenário, a inflação cheia teria fechado 2024 dentro da meta, em 4,5%”, destacou Nadal.

Para 2025, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda projeta elevação de 4,8% no Índice Nacional de Preços aos Consumidor Amplo (IPCA), variação similar à observada em 2024.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Internet supera TV aberta e assume liderança em investimento publicitário no Brasil

Estudo revela que, pela primeira vez, a internet ultrapassou a TV aberta em participação no mercado publicitário nacional, com 39,5% dos investimentos

Celulares | mídias sociais (Foto: Freepik | https://packageslife.com/category/how-to-guide/ )

Os investimentos publicitários no Brasil passaram por uma reviravolta histórica: pela primeira vez, a internet superou a TV aberta como o principal destino de recursos do setor. A informação consta no estudo Cenp-Meios, divulgado pelo Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp), um dos principais fóruns de autorregulação do mercado publicitário.

Segundo o levantamento, entre janeiro e setembro de 2024, os investimentos em publicidade atingiram R$ 17,8 bilhões, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2023, quando somaram R$ 14,9 bilhões. A pesquisa envolveu a participação de 336 agências, número superior às 325 que contribuíram com o levantamento do ano anterior, destaca reportagem do Uol.

A internet, que liderou os investimentos pela primeira vez, ficou com 39,5% da verba publicitária, o equivalente a R$ 7,04 bilhões. Em contrapartida, a TV aberta, que por décadas dominou o setor, registrou R$ 6,72 bilhões em publicidade, o que corresponde a 37,7% do total.

Dentro do segmento digital, a maior parte dos recursos foi destinada a anúncios display, aqueles posicionados estrategicamente em sites e aplicativos. Dos R$ 7,04 bilhões investidos na internet, 62,8% (R$ 4,42 bilhões) foram direcionados para esse tipo de publicidade.

A terceira posição no ranking dos meios que mais atraíram investimentos ficou com a mídia exterior (out of home), que arrecadou R$ 2,06 bilhões. Confira a divisão completa dos investimentos publicitários entre janeiro e setembro de 2024:

    ☉ Internet: R$ 7,04 bilhões (39,5% do total)
    ☉ TV aberta: R$ 6,72 bilhões (37,7%)
    ☉ Mídia exterior: R$ 2,06 bilhões (11,6%)
    ☉ TV por assinatura: R$ 928,9 milhões (5,2%)
    ☉ Rádio: R$ 712,9 milhões (4,0%)
    ☉ Jornal: R$ 238,4 milhões (1,3%)
    ☉ Revista: R$ 62,7 milhões (0,4%)
    ☉ Cinema: R$ 48,3 milhões (0,3%)

Projeções para o ano

A expectativa do mercado é que o total de investimentos publicitários em 2024 ultrapasse os R$ 23,4 bilhões registrados em 2023. Historicamente, o volume de anúncios cresce no último trimestre, impulsionado por campanhas de Black Friday, Natal e eventos esportivos.

O relatório do Cenp-Meios é baseado nos dados fornecidos pelas agências de publicidade por meio de Pedidos de Inserção (PIs) efetivamente executados. As informações são consolidadas por meio, período, estado e região, sem que o Cenp tenha acesso a detalhes sobre clientes ou veículos específicos.

Mesmo diante de desafios econômicos, como a alta do dólar e oscilações no PIB, o setor publicitário se mantém resiliente e estratégico para o crescimento da economia brasileira.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

"Nada repara a dor da perda, mas saber que a justiça foi feita é importante", diz Gleisi sobre condenação de Guaranho

O ex-policial penal foi condenado nesta quinta-feira a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato do tesoureiro do PT

      Gleisi Hoffmann (Foto: Divulgação/pt.org.br)

O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.

Com a sentença, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou que, embora nada “repare a dor da perda”, a condenação do acusado é um passo importante. Em publicação na rede social X, a parlamentar também fez um apelo pelo fim da violência política.

“O assassino do companheiro Marcelo Arruda irá cumprir 20 anos de prisão em regime fechado. Jorge Guaranho foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil, associado à violência política. Nada repara a dor da perda, mas saber que a justiça foi feita é muito importante. Meu abraço a todos os amigos e familiares do Marcelo! Política se debate no campo das ideias. Que cenas de violência como aquela que aconteceu em Foz do Iguaçu nunca mais se repitam”, escreveu Hoffmann.

Arruda foi morto a tiros em 2022, durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos. O bolsonarista Guaranho invadiu a festa temática, que fazia uma homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores. Na época do assassinato, ocorrido em um contexto de forte polarização eleitoral no Brasil, o caso reacendeu debates sobre o aumento da violência política no país.

Fonte: Brasil 247

Operação da PF contra desvios em emendas parlamentares vira tema da reunião de líderes da Câmara

Operação "EmendaFest", deflagrada pela PF nesta quinta-feira, teve um assessor do deputado Afonso Motta como um dos alvos principais

     Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Adriano Machado /Reuters)

A operação "EmendaFest", deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (13), virou um dos principais temas da reunião do colégio de líderes da Câmara dos Deputados. A operação investiga um suposto desvio de emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery, localizado em Santa Cruz do Sul (RS), e teve um assessor do deputado Afonso Motta (PDT-RS) como um dos alvos principais.

Segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, o líder do Novo na Casa, Marcel Van Hattem (RS), foi quem trouxe à tona a operação, destacando a investigação contra o assessor de seu adversário político no Rio Grande do Sul. No entanto, os demais líderes não deram continuidade ao assunto. “Só o Marcel Van Hattem falou que tínhamos de tratar do que aconteceu no Sul. Eu não senti que ele tivesse falado nada que tivesse que refutar”, comentou o líder do PDT, Mário Heringer (MG), à coluna, ressaltando que a discussão não gerou controvérsias entre os presentes na reunião.

De acordo com análises de líderes da Câmara, a "EmendaFest" ainda não provocou uma repercussão significativa entre os deputados, ao contrário de outras operações da PF, já que, até o momento, apenas um assessor foi alvo da investigação. A operação, com o aval do Supremo Tribunal Federal (STF), cumpriu ao menos 11 mandados de busca e apreensão para apurar o desvio de emendas. Entre os alvos, estavam endereços relacionados ao deputado Afonso Motta.

Durante a operação, a PF encontrou conversas entre o assessor de Motta e um intermediário do hospital sobre supostos pagamentos de propina. O material foi localizado durante a Operação Rêmora, que investiga a compra e venda de telas interativas em cidades do Rio Grande do Sul. Como o caso envolvia o assessor de um deputado, foi enviado ao STF para a devida apuração.

Segundo a Polícia Federal, diversas conversas sugerem o direcionamento de emendas parlamentares para o Hospital Ana Nery. Em uma delas, um áudio indicaria que o assessor do parlamentar estaria recebendo valores relacionados às emendas.

Fonte: Brasil 247

“Anistia é o caralh*”: a resposta de Janones ao movimento bolsonarista


André Janones (Avante-MG) usa camisa com a estampa “Anistia é o caralho” após movimento de parlamentares bolsonaristas. Foto: Reprodução

O deputado federal André Janones (Avante-MG) decidiu usar uma camisa com a frase “anistia é o caralh*” estampada como uma resposta ao movimento de parlamentares bolsonaristas que buscam perdão aos golpistas condenados pelo ataque de 8 de janeiro de 2023.

Segundo a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, a peça foi usada no mesmo dia em que bolsonaristas levaram familiares de presos para conversar com Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados.

No dia em que a camiseta foi usada, bolsonaristas caminharam pelos corredores do Congresso Nacional com placas e gritos de “anistia já”. A cúpula do PL tem intensificado a conversa com presidentes de partidos e o Centrão para fazer a proposta que perdoa os golpistas avançar.

Fonte: DCM

Bolsonaristas articulam projeto de anistia parcial aos golpistas do 8/1

 

Bolsonaristas pedem anistia aos golpistas do 8/1. Foto: reprodução
Os partidos de oposição no Congresso Nacional, liderados pelo Partido Liberal (PL), estão articulando uma estratégia para garantir maior adesão ao projeto de lei que propõe anistia parcial para os acusados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023. A proposta, que tem sido um dos principais pontos de conflito entre governo e oposição, deve ser ajustada para não conceder anistia total aos presos, buscando assim maior apoio entre deputados, senadores e a população.

A linha defendida pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é a de anistiar apenas parte dos crimes pelos quais os acusados foram condenados, como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

Os bolsonaristas consideram essas condenações injustas, argumentando que os atos não foram orquestrados e não teriam potencial para culminar em um golpe. Assim, os acusados manteriam as penas por crimes como dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, que têm penas de detenção, não de prisão.

Sóstenes acredita que a proposta de anistia parcial tem mais chances de ser aprovada no plenário. “Com essa proposta, eu acho que a gente tem mais capilaridade de votos, mais aceitação do plenário”, afirmou o líder do PL.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) espera ser beneficiado pelos projetos de anistia. Foto: reprodução

O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) será o relator do projeto na Câmara, e a oposição trabalha para atrair o apoio de outros partidos, embora admita que ainda não tenha os votos necessários para a aprovação.

A base governista, por sua vez, trabalha para evitar que o projeto seja votado. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), eleito com apoio tanto de governistas quanto da oposição, não assumiu compromisso de pautar a proposta durante sua campanha. Ele afirmou que a decisão será tomada em conjunto com os líderes partidários da Casa.

Na semana passada, Motta declarou que não considera os ataques do 8 de janeiro uma tentativa de golpe, o que gerou insatisfação no governo e animou a oposição.

“O que aconteceu não pode ser admitido novamente, foi uma agressão às instituições. Agora, querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, e não teve isso”, disse o presidente da Câmara em entrevista à rádio Arapuan, de João Pessoa (PB).

Fonte: DCM

Apucarana inicia planejamento do “Mês da Mulher”



A Secretaria da Mulher e Assuntos da Família da Prefeitura de Apucarana (Semaf) já trabalha nos preparativos da programação do “Mês da Mulher”. O primeiro encontro de mobilização aconteceu nesta quinta-feira (13/02), em um café da manhã, no Centro de Atendimento à Mulher de Apucarana (CAM). Em viagem oficial, o prefeito Rodolfo Mota esteve representado pelo vice-prefeito Marcos da Vila Reis.

Coordenado pela primeira-dama e secretária da Semaf, Karine Priscila da Silva Mota, o momento reuniu representantes de entidades parceiras do Programa Municipal de Economia Solidária e Protagonismo Feminino, empreendedoras da rede de economia solidária do município e várias secretarias municipais. “Março é um período simbólico e de grande importância, especialmente pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, e por isso estamos preparando com muito carinho um cronograma de eventos que vaí atender as nossas mulheres em ações de saúde, educação, assistência social, esporte, segurança e garantia de direitos, geração de emprego e renda, entre outras áreas”, disse a secretária.

O mote da programação 2025 já está definido, sendo “Mulher, Força, Coragem e Inspiração”. “Estamos dando início à construção desta agenda. Convido a todos que queiram colaborar com uma ideia ou participar ativamente do cronograma, que entrem em contato conosco”, disse.

A Secretaria da Mulher e Assuntos da Família é responsável pelas políticas e diretrizes voltadas à promoção dos direitos humanos no município, incluindo os direitos da mulher, da família e da criança e do adolescente. A sede fica na Rua Castro Alves, 1629 – Jardim América. O telefone de contato é o 3422-4479 e o atendimento presencial ocorrer de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Apucarana segue com trabalho emergencial na Rua Emiliano Perneta


A Secretaria de Obras da Prefeitura de Apucarana atua em caráter emergencial com equipe própria, na recuperação de um trecho da Rua Emiliano Perneta, no Jardim Ponta Grossa, próximo ao entroncamento com a Rua Piratininga, mas imediações do pátio de máquinas da prefeitura.

Segundo assinala o prefeito Rodolfo Mota o trabalho visa garantir segurança e o mínimo de trafegabilidade no trecho até a conclusão do processo licitatório de contratação de empresa para dar solução efetiva ao problema. Mota lembra que a galeria pluvial e o pavimento asfáltico sofreram danos significativos após temporal registrado no início do mês de dezembro do ano passado. “Na ocasião, a chuva foi intensa e se concentrou em um curto espaço de tempo com registro de cerca de 35 milímetros em cerca de uma hora. O problema foi agravado no último dia 16 de janeiro, a partir da ocorrência de mais uma forte chuva”, relata o prefeito Rodolfo Mota.

De acordo com o secretário Municipal de Obras, engenheiro civil Mateus Franciscon Fernandes, o problema teve origem a partir do rompimento da galeria pluvial, que não suportou a quantidade de água. “Estamos agora realizando uma intervenção emergencial provisória até a licitação ser concluída, com a abertura de duas valetas que vão direcionar a água da chuva para que ela não escoe pelo pavimento”, explica Fernandes, frisando que a prefeitura também realiza a limpeza de todas as bocas de lobo na região. “Além disto, atuamos na manutenção de um dissipador que estava assoreado. Em uma força-tarefa até a contratação de uma empresa especializada responsável pela reconstrução definitiva do trecho, envolvendo galerias pluviais, bocas de lobo, meio-fio e pavimentação asfáltica”, esclarece o secretário de Obras. O investimento previsto para a licitação é na ordem de R$300 mil.

Clotário Portugal – Ainda no setor de pavimentação, o secretário Mateus Franciscon Fernandes informou que a prefeitura finalizou nesta semana a recuperação do sistema de drenagem e recomposição do asfalto em trecho da Rua Desembargador Clotário Portugal. “O problema teve origem com o rompimento da tubulação devido a ação das águas da chuva, resultando em uma grande cratera em um ponto entre os cruzamentos com as ruas Guarapuava e São Jerônimo. Com isso, parte da pista de rolagem precisou ser interditada para a execução da obra”, contextualiza o secretário, ressaltando que com a conclusão dos serviços, “o tráfego de veículos está agora liberado nas duas pistas”.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Vereadores de Apucarana participam do Paraná Mais Cidades

Congresso realizado em Foz do Iguaçu visa modernizar a gestão pública e fortalecer a parceria entre os municípios e o Estado

Os vereadores Adan Lenharo, Danylo Acioli e Sidnei da Levelimp, e a vereadora Eliana Rocha participam do Paraná Mais Cidades

Com extensa programação até sexta-feira (14), os vereadores Danylo Acioli (MDB), Adan Lenharo (DC) e Sidnei da Levelimp (MDB), e a vereadora Eliana Rocha (Solidariedade), participam do Paraná Mais Cidades 2025, em Foz do Iguaçu, iniciativa do Governo do Paraná com o objetivo de modernizar a gestão pública e fortalecer a parceria entre os municípios e o Estado.

No cronograma do congresso estão palestras e workshops para capacitar agentes públicos, além de uma Feira de Serviços, na qual os participantes terão a oportunidade de interagir diretamente com as Secretarias de Estado e representantes de órgãos como a Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Ministério Público, Defensoria Pública e Sistema S.

Nesta quinta-feira (13), a programação oficial foi aberta pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior, que proferiu a palestra “Paraná: uma Potência”. “Estamos em Foz trabalhando pela nossa cidade. Junto dos vereadores Adan e Sidnei, e da vereadora Eliana, garantimos recursos para o Esporte. Este valor virá direto do Estado, de fundo a fundo, só está sendo verificada a questão do IDH”, explica o presidente da Câmara, vereador Acioli.

Conforme informações de Acioli, também já existe um “cardápio” apresentando o que virá para o setor beneficiado. “Estamos verificando com os deputados estaduais a viabilização de kits para modalidades, como futebol, handebol, futsal, basquete, além de uma série de demandas que serão atendidas para nossa cidade. É muito importante que a população entenda que as viagens são para buscar recursos para Apucarana. Graças a Deus estamos conseguindo”, ressalta.

Oportunidades

Em seu primeiro mandato, a vereadora e vice-presidente da Câmara, Eliana Rocha, vê o Paraná Mais Cidades como uma grande oportunidade de fazer parcerias e contatos. “Vejo esse evento como uma grande oportunidade de fazermos parcerias e contatos a nível estadual e até federal, para trazer recursos para o nosso município. Além disso, também tive o prazer de conhecer outras vereadoras e alinhar ideias importantes, que logo serão colocadas em prática”, avalia.

O vereador e 1º secretário da Câmara, Sidnei da Levelimp, acredita que o congresso irá trazer aprendizado e novas ideias para seu mandato. “É gratificante fazer parte de um evento tão relevante e perceber que estamos avançando juntos em direção a uma gestão pública mais moderna e eficaz. Continuo acompanhando todas as atividades com entusiasmo e certeza de que este momento será um divisor de águas em nossa jornada de melhorias para Apucarana”, comenta.

Para o vereador Adan Lenharo, o congresso é muito importante neste início de novas gestões municipais. “O evento visa fortalecer a parceria entre o estado e suas 399 cidades. Além da capacitação, os gestores terão oportunidade de interagir diretamente com as secretarias e órgãos do Estado, com foco na modernização e na eficiência da máquina pública. Quem ganha com essa união de esforços são os mais de 12 milhões de paranaenses. Estamos aqui para trazer melhorias e investimentos para nossa cidade”, reforça.

Fonte: Câmara Municipal de Apucarana

“Foi uma brincadeira”: o depoimento do bolsonarista que assassinou Marcelo Arruda

O bolsonarista Jorge Guaranho, assassino de Marcelo Arruda. Foto: reprodução


O ex-policial penal Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do militante petista Marcelo Arruda em 2022, prestou depoimento ao Tribunal do Júri na noite da última quarta-feira (12), em Curitiba. Durante o julgamento, o assassino afirmou que atirou em Arruda para se defender, alegando que estava em uma situação de “atirar ou ser baleado”.

O crime, que ocorreu durante uma festa de aniversário de Arruda em Foz do Iguaçu (PR), ganhou repercussão nacional e reacendeu o debate sobre violência política no Brasil.

Guaranho, que se recusou a responder perguntas do Ministério Público, disse estar arrependido e classificou sua atitude como “uma idiotice”.

Ele admitiu que chegou à festa de Arruda tocando música da campanha do então presidente Jair Bolsonaro (PL), mas afirmou que o volume estava baixo porque seu filho estava no carro. “Hoje percebo que foi uma idiotice, com certeza”, disse, referindo-se ao ato como “uma brincadeira”.

O assassinato ocorreu em 9 de julho de 2022, quando Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do diretório municipal do PT em Foz do Iguaçu (PR), comemorava seu aniversário de 50 anos com familiares e amigos.

Marcelo Arruda foi assassinado ao comemorar seu aniversário de 50 anos com temática petista. Foto: reprodução

A festa tinha decoração com símbolos do PT e do então candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. Guaranho invadiu o local, gritou “Bolsonaro mito” e, após uma discussão, atirou contra Arruda, que reagiu e também disparou, mas não resistiu aos ferimentos.

O bolsonarista relatou ao júri que, ao chegar à festa, ouviu Arruda responder “cadeia [para Bolsonaro]” e que houve uma “discussão boba”.

Ele afirmou que Arruda jogou terra na janela do carro, atingindo seu rosto e o de seu filho. “Voltei para casa, mas no caminho percebi que meu filho também tinha sido atingido. Fiquei com muita raiva e decidi retornar para buscar explicação”, disse. Ao retornar, Guaranho afirmou que Arruda apontou uma arma para ele, o que o levou a atirar em legítima defesa. “Foi uma fatalidade”, declarou.

A defesa do atirador tentou enfatizar as agressões e tiros que ele teria sofrido no local, além de sequelas físicas, como projéteis alojados no corpo e dificuldades de locomoção. Os advogados também mencionaram um laudo que apontava amnésia pós-trauma, mas Guaranho afirmou que se lembra do dia do crime. “Me recordo do dia”, disse ele aos jurados.

Nesta quinta-feira (13), a juíza Michelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba, leu a sentença de 20 anos de prisão após a decisão dos sete jurados, sendo quatro mulheres e três homens.

Fonte: DCM

Estado não admite que alguém seja agredido ou assassinado por divergências ideológicas, diz advogado após condenação de Guaranho

O bolsonarista foi condenado nesta quinta-feira a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de tesoureiro do PT

Bolsonarista Jorge da Rocha Guaranho, que matou Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (Foto: Reprodução)

O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.

Após a sentença, que determinou o cumprimento da pena em regime fechado, Daniel Godoy, advogado assistente de acusação da família da vítima, enfatizou a importância da decisão não apenas para punir o acusado, mas também para reafirmar os princípios democráticos do país.

“A decisão, além de punir o acusado por um crime tão grave, reafirma o Estado Democrático de Direito, um Estado que não admite que alguém seja agredido ou assassinado por divergências ideológicas, sejam elas quais forem”, disse Godoy. “Quem comete um crime por ser intolerante vai pagar, e vai pagar caro.”

Arruda foi morto a tiros em 2022, durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos. O bolsonarista Guaranho invadiu a festa temática, que fazia uma homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores. Na época do assassinato, ocorrido em um contexto de forte polarização eleitoral no Brasil, o caso reacendeu debates sobre o aumento da violência política no país.

Fonte: Brasil 247

“São cinquenta tons de golpe”: pressão pela reabilitação política de Bolsonaro mobiliza extrema-direita

Advogado Arnóbio Rocha vê anistia preventiva e ataques à Ficha Limpa como estratégia para o retorno do ex-presidente Bolsonaro à política

    (Foto: Divulgação | ABR)

A mobilização para reabilitar Jair Bolsonaro na política brasileira tem ganhado força. Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o advogado Arnóbio Rocha analisou as articulações da extrema-direita para viabilizar a volta do ex-presidente, incluindo tentativas de desqualificação das instituições e pressões por uma anistia preventiva. Rocha destacou que o caos e a desinformação são elementos centrais da estratégia bolsonarista. "O caos ajuda muito esses caras. Criar uma cortina de fumaça favorece quem realmente gosta do caos", afirmou.

O advogado fez críticas contundentes ao que chamou de "cinquenta tons de golpe", em referência às múltiplas estratégias adotadas para garantir a reabilitação política de Bolsonaro. Segundo ele, um dos movimentos mais evidentes é a defesa de uma anistia para atos ainda não julgados, o que ele classificou como uma manobra "surreal". "Como é que você pede anistia para algo que ainda nem foi julgado? Isso não existe", reforçou Rocha, ecoando observações recentes feitas pelo presidente Lula.

◉ Estratégia de desinformação e radicalismo

Arnóbio Rocha também comentou o papel das redes sociais na construção de uma "falsa imagem do Brasil" para alimentar narrativas de censura e ditadura inexistente. Ele ironizou as declarações de membros da extrema direita que tentam ligar o país a uma ditadura. "Eles dominam bem as redes e criam dúvidas razoáveis nas pessoas sobre o que realmente está acontecendo", explicou.

Na avaliação do advogado, o bolsonarismo se assemelha a uma seita, onde a lealdade ao ex-presidente ultrapassa até a autopreservação dos próprios seguidores. Rocha relatou o comportamento de muitos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro: "É assustador. Tem gente com filho pequeno, arrimo de família, que prefere proteger o Bolsonaro a se proteger. É quase um comportamento de seita."

◉ Rejeição à transação penal e manobras legislativas

Outro ponto central da entrevista foi a recusa, por parte da maioria dos envolvidos nos atos golpistas, em aceitar a transação penal oferecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Rocha lembrou que essa medida poderia evitar processos criminais, mas muitos recusaram. "Agora, esses mesmos querem anistia, o que é uma grande contradição", afirmou.

O advogado alertou ainda para as tentativas de enfraquecer a Lei da Ficha Limpa como parte da estratégia de retorno de Bolsonaro. Rocha lembrou que o próprio ex-presidente, quando estava no poder, defendeu o endurecimento das regras da Ficha Limpa. "Agora, eles querem acabar com essa lei. É muita malandragem, mas é evidente que o único objetivo é beneficiar o Bolsonaro", concluiu.

◉ Foco da oposição e o simbolismo do caos

Arnóbio Rocha destacou que, embora as tentativas de criar um clima de desordem favoreçam a extrema-direita, a oposição deve manter o foco em suas pautas prioritárias. "Nossa bolha acaba absorvendo muita pauta proposta por eles. Isso cria um efeito devastador", afirmou. Para ele, o governo e os setores progressistas precisam resistir a essa agenda caótica e concentrar-se no fortalecimento das instituições.

Ao final da entrevista, Rocha reiterou a importância de uma denúncia sólida e bem fundamentada contra Bolsonaro para evitar que a defesa se aproveite de brechas jurídicas. "Eu sou da linha da paciência. Quanto mais substanciosa a denúncia, mais rápido será o caminho para a condenação. O rito será mais claro e eficiente", concluiu, demonstrando confiança no desfecho das investigações. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Anderson Torres solicita acareação com ex-comandantes do Exército e da FAB em investigação sobre suposta tentativa de golpe

Ex-ministro da Justiça contesta versão de militares e pede confronto de depoimentos ao STF; caso envolve suposta reunião no Palácio do Planalto em 2022

Anderson Torres na CPMI dos Atos Golpistas (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado )

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres formalizou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja realizada uma acareação entre ele e os ex-comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Baptista Júnior. A solicitação, feita com base no artigo 229 do Código de Processo Penal (CPP), ocorre após a conclusão da investigação da Polícia Federal (PF) sobre supostas ações antidemocráticas discutidas em reuniões no Palácio do Planalto em 2022. A informação foi divulgada pelo Uol.

Em seu pedido ao STF, a defesa de Torres solicita que ele seja ouvido novamente e que os ex-comandantes também prestem novo depoimento. "Caso, após a reinquirição de Anderson Torres e a nova oitiva de Baptista Júnior e Freire Gomes, remanesçam contradições quanto ao conteúdo dos depoimentos, o requerente requer, com fulcro no art. 229 do CPP, seja procedida sua acareação com as testemunhas acima indicadas", diz o documento. O pedido aguarda análise do ministro Alexandre de Moraes desde o dia 6 de fevereiro.

De acordo com os depoimentos dos ex-comandantes à PF, Torres teria participado de ao menos um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros militares, no qual foi discutida uma minuta golpista. O ex-ministro, no entanto, nega as acusações. Sua defesa afirma que ele não esteve presente em nenhuma reunião para discutir "medidas antidemocráticas contra o governo eleito" e ressalta que os registros de entrada no Palácio do Planalto mostram que Torres chegou ao local quase cinco horas depois dos militares.

O caso ganhou destaque após a divulgação do relatório final da PF, que cita a presença de Torres no Palácio do Planalto no dia 7 de dezembro de 2022, mesma data mencionada pelos ex-comandantes. No entanto, a defesa do ex-ministro insiste que não há evidências de que ele tenha participado de discussões antidemocráticas e reforça a necessidade de esclarecer as supostas contradições nos depoimentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Fazenda reduz previsão de crescimento do PIB para 2025 e aponta riscos externos

Projeção caiu de 2,5% para 2,3%, com foco na desaceleração do crescimento e impacto da política externa dos EUA

Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello (Foto: Washington Costa/MF)

O Ministério da Fazenda revisou para baixo a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025, passando de 2,5% para 2,3%. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país em um ano, e a revisão se deve a fatores internos e externos. O aumento na taxa básica de juros e o cenário conjuntural externo foram destacados no documento "2024 em retrospectiva e o que esperar para 2025", da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

"A gente espera uma desaceleração do ritmo de crescimento. Estamos atravessando um ciclo de aumento de juros, que tem impacto no ritmo de atividade", afirmou o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, de acordo com a Folha de S. Paulo. Para o ano de 2025, a Fazenda projeta uma aceleração no setor agropecuário, mas uma redução no desempenho da indústria e dos serviços.

A SPE alerta para os riscos de um "aumento muito acentuado do protecionismo nos EUA", que, se ocorrer, pode levar o Federal Reserve (FED) a interromper o ciclo de redução de juros. Caso isso aconteça, as projeções para o Brasil podem ser revistas.

Nesta quinta-feira (13), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em sua rede social Truth Social que as últimas três semanas foram as melhores, mas que esta quinta promete ser um "grande dia" devido às tarifas recíprocas que pretende implementar. A medida afetaria países que aplicam taxas sobre importações dos EUA.

Quanto à inflação, a previsão da Fazenda é que a meta seja novamente descumprida, com uma alta de 4,8% nos preços, conforme medido pelo IPCA. Esse resultado seria equivalente ao índice registrado em 2024.

Apesar de o indicador superar a meta, a Fazenda acredita que os preços de alimentos devem cair neste ano. "Os preços de carnes tendem a desacelerar até o final do ano, menos impactados pela reversão no ciclo de abate do gado e pelo avanço das exportações", observa o documento. Também há perspectivas favoráveis para o arroz, feijão, alimentos in natura e derivados de soja e leite, devido às boas expectativas para o clima e para a produção agrícola em 2025.

Ainda conforme a reportagem, a Fazenda prevê um aumento nos preços de trigo e derivados, em razão de uma colheita baixa no ano passado. Mello ainda ponderou que "a taxa de câmbio utilizada foi a do Focus, de R$ 6 para cada dólar. Caso o câmbio mais apreciado [se mantenha], em R$ 5,73, isso terá impacto no nosso cenário inflacionário". "Nossa safra mais forte e a produção maior de petróleo também devem impactar [no câmbio]".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo