sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Quem eram as vítimas do acidente aéreo em São Paulo

Avião de pequeno porte caiu na Zona Oeste da capital e deixou dois mortos: Gustavo Medeiros e Márcio Louzada Carpena

     Gustavo Medeiros (Foto: Reprodução/LinkedIn)

A queda de um avião de pequeno porte na manhã desta sexta-feira (7) na Avenida Marquês de São Vicente, no bairro da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, resultou na morte do piloto Gustavo Carneiro Medeiros e do advogado Márcio Louzada Carpena, proprietário da aeronave, informa o Metrópoles. O acidente aconteceu por volta das 7h20, nas proximidades dos centros de treinamento do Palmeiras e do São Paulo, e deixou ainda seis feridos em solo.

O avião, um modelo King Air F-90, decolou do Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte da capital paulista, com destino a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave perdeu altitude logo após a decolagem e atingiu um ônibus da Viação Santa Brígida, que pegou fogo com o impacto. Entre os feridos estão um motociclista atingido por uma placa de sinalização e uma passageira do coletivo. Ambos foram encaminhados para unidades de saúde da região e não correm risco de morte.

☉ Quem eram as vítimas - Gustavo Medeiros, de 44 anos, era natural de Indaiatuba, no interior de São Paulo, e possuía vasta experiência na aviação. Ele foi piloto comercial da Azul Linhas Aéreas por dez anos, entre 2011 e 2021, e, mais recentemente, trabalhava como piloto particular. Formado em Ciências Aeronáuticas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) em 2002, ele também concluiu uma graduação em Administração de Empresas em 2006. Medeiros era cadastrado como piloto de linha pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Já Márcio Louzada Carpena, que também estava na aeronave, era advogado e professor universitário. Natural do Rio Grande do Sul, ele se formou em Direito na PUCRS, onde também lecionava. Carpena era especialista em direito societário e possuía um escritório com sedes em Caxias do Sul e Porto Alegre. Ele deixa três filhos.

☉ Investigação e impacto do acidente - A queda da aeronave mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, além do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que iniciou a perícia para determinar as causas do acidente. Uma das hipóteses investigadas é uma falha mecânica logo após a decolagem, mas outras possibilidades, como erro humano, também estão sendo consideradas.

O tráfego na Avenida Marquês de São Vicente ficou completamente interditado nos dois sentidos durante várias horas. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentaram a tragédia em publicações nas redes sociais.

A Azul Linhas Aéreas expressou solidariedade às famílias das vítimas, enquanto a PUCRS também manifestou pesar pela morte de Carpena e Medeiros, ressaltando a trajetória profissional de ambos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Avião que caiu em SP era de advogado gaúcho

Márcio Louzada Carpena publicou imagens no avião cerca de uma hora antes da queda

     Marcio Louzada Carpena (Foto: Reprodução)

Na manhã desta sexta-feira (7), um acidente aéreo deixou dois mortos na Zona Oeste de São Paulo. Um avião de pequeno porte, modelo King Air F90, caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na região da Barra Funda, após uma tentativa de pouso de emergência. A aeronave havia decolado do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista, com destino a Porto Alegre. As informações são do Metrópoles.

O avião envolvido no acidente pertencia à empresa Máxima Inteligência Operações Estruturadas e Empreendimentos LTDA, com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A empresa, fundada em 2009, é especializada em consultoria empresarial e gestão estratégica. Entre seus sócios estão Maria da Graça Paz Louzada e Márcio Louzada Carpena, sendo este último também proprietário da aeronave acidentada.

Márcio Louzada Carpena é um advogado e empresário de destaque no cenário jurídico, sócio do escritório Carpena Advogados Associados, especializado em contencioso civil e com atuação em tribunais regionais, estaduais e superiores. Além de sua carreira no direito, Carpena é professor na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) desde 2002 e também leciona na Escola da Magistratura (Ajuris).

Na manhã desta sexta, ele fez imagens da aeronave cerca de uma hora antes do acidente. A queda foi registrada por volta das 7h20, próximo aos centros de treinamento do Palmeiras e do São Paulo. Carpena, que havia adquirido a aeronave em dezembro de 2024, havia publicado fotos celebrando a compra e o uso em janeiro deste ano.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Haddad: alta dos combustíveis está ligada ao dólar e às privatizações de Bolsonaro

Ainda assim, "o preço hoje da gasolina e do diesel está mais baixo do que dois anos atrás", destaca o ministro

Fernando Haddad (Foto: Reuters/Adriano Machado | Reuters/Ricardo Moraes)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu a recente alta dos combustíveis à valorização do dólar e às privatizações realizadas pelo governo de Jair Bolsonaro. Em entrevista à Rádio Cidade, de Caruaru (PE), nesta sexta-feira (7), Haddad afirmou que os aumentos nos preços refletem decisões tomadas pelo governo anterior e defendeu que, apesar da volatilidade, os valores praticados atualmente ainda são inferiores aos registrados há dois anos.

"Depois da eleição do Trump teve uma disparada do dólar. E você sabe que a gente importa gasolina e diesel. Então isso tem reflexo no preço. Agora, de novo, compara com o preço de dois anos atrás. O preço hoje da gasolina e do diesel está mais baixo do que dois anos atrás", argumentou o ministro.

Haddad também criticou a privatização das refinarias e dos postos de combustíveis da BR Distribuidora, apontando que a venda desses ativos favoreceu a lógica do lucro privado em detrimento do interesse da população. "É óbvio que você tem aumento da produção, ativação das refinarias - as refinarias foram privatizadas pelo Bolsonaro. Você já viu empresário não querer lucrar em cima da população? Quando você privatiza uma refinaria, ela vai gerar lucro para quem comprou. Isso não foi feito pelo governo Lula, foi feito pelo governo anterior", ressaltou.

O ministro ainda lembrou que a estatal Petrobras perdeu participação direta no mercado de distribuição de combustíveis com a venda da BR. "Você lembra que os postos de gasolina da BR eram da Petrobras. Hoje não são mais. O Bolsonaro vendeu. Então a gente tem que ter clareza de que você não conserta um país que foi destruído em dois anos", disse.

Mesmo diante dos desafios, Haddad destacou avanços na gestão econômica e reafirmou que os combustíveis estão mais acessíveis do que no período do governo anterior. "Agora, ainda assim, o preço do combustível no posto de gasolina está mais barato do que no Bolsonaro. É só pegar as fotos e as notícias que vocês mesmos deram dois anos atrás. Repito: tem muita coisa para fazer, você não reconstrói um país em dois anos, mas comparando com o que a vida estava há dois anos, acho que o avanço é muito significativo", concluiu.

Fonte: Brasil 247

Haddad cita queda do dólar e "safra recorde" e prevê queda dos preços dos alimentos "nas próximas semanas"

Ministro também destacou que 'todos os preços hoje, mesmo elevados no último período, ainda estão abaixo do que no governo Bolsonaro'

Lula e Fernando Haddad (Foto: Reuters/Stephane Mahe | Diogo Zacarias)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (7), em entrevista à Rádio Cidade, de Caruaru (PE), que os preços dos alimentos devem cair nas próximas semanas, impulsionados pela desvalorização do dólar e por uma safra recorde prevista para este ano. O ministro também destacou que, apesar dos aumentos recentes, os preços ainda estão abaixo do patamar deixado pelo governo Bolsonaro.

Haddad explicou que a valorização do dólar no final de 2023 teve impacto direto na inflação, mas que essa tendência está se revertendo. "No final do ano passado, tivemos uma ocorrência que foi a eleição do Trump nos Estados Unidos, e isso fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro. As moedas perderam valor. Agora, se você acompanhar o que está acontecendo, o dólar está perdendo força. Já chegou a R$ 6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$ 5,70 e poucos. Isso também colabora para a redução do preço dos alimentos no médio prazo", afirmou

O ministro ressaltou que, como os produtos exportados são precificados em dólar, uma moeda norte-americana mais fraca impacta positivamente os preços internos. "Se o produtor aqui está recebendo mais em reais em virtude do dólar ter se apreciado, isso acaba tendo impacto nos preços internos. A política que estamos adotando para trazer esse dólar para um patamar mais adequado também vai ter reflexo nos preços nas próximas semanas", completou.

Haddad também destacou o impacto do Plano Safra, lançado pelo governo Lula no ano passado. "O Plano Safra do presidente Lula no ano passado foi o maior da história, e vamos colher a safra agora, a partir de março. A safra vai ser recorde, vamos colher como nunca colhemos. Tem o ciclo do boi também, que está no final. Isso tudo vai ajudar a normalizar essa situação", explicou.

O ministro ressaltou que o governo tem adotado medidas para ampliar o poder de compra da população e combater a inflação. "Você tem que levar em consideração a situação em que o presidente Lula assumiu. Todos os preços hoje, mesmo tendo sido elevados no último período em função desses fatores – seca, inundação no Rio Grande do Sul, dólar, eleição do Trump e tudo mais – ainda estão abaixo do que o presidente Lula herdou do governo Bolsonaro", afirmou.

Entre as medidas para aliviar o impacto dos preços, Haddad mencionou o aumento do salário mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda e a redução da cotação do dólar. "Vamos continuar tomando as medidas de aumentar o salário mínimo, corrigir a tabela do Imposto de Renda, melhorar o poder de compra do salário, baixar o dólar e melhorar a safra para combater os preços altos", concluiu o ministro.

Fonte: Brasil 247

Oposição teme desgaste com deportação de bolsonaristas por Trump

Pastores evangélicos que atuam nos EUA relatam “perseguição” contra brasileiros

    (Foto: Reprodução)

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) temem um possível desgaste com a deportação de imigrantes brasileiros apoiadores do ex-presidente pelo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos. Segundo lideranças evangélicas que ministram cultos em cidades norte-americanas, o governo Trump está prendendo e deportando brasileiros bolsonaristas que são frequentadores de suas igrejas. As informações são do g1.

Pastores brasileiros que atuam nos Estados Unidos chegam a falar em “perseguição”. “Bolsonaro apoia Trump, que deporta imigrantes brasileiros que apoiam o ex-presidente e tinham uma simpatia pelo atual presidente dos Estados Unidos influenciados por Bolsonaro. Essa é uma mistura muito ruim para nós”, comenta um líder evangélico.

Governo Lula trabalha para garantir direitos aos deportados - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está atuando para que os brasileiros deportados pelos Estados Unidos cheguem ao Brasil em condições dignas, ao contrário do que ocorreu com o último voo que pousou em Manaus, no final de janeiro.

Naquela ocasião, os imigrantes chegaram algemados e acorrentados, e relataram ter sofrido agressões físicas e psicológicas. A orientação do governo brasileiro é evitar a repetição dessas cenas e garantir que os deportados tenham acesso à direitos básicos, como água e ir ao banheiro.

O segundo voo com brasileiros deportados no governo Trump chega ao Brasil na tarde desta sexta-feira (7), em Fortaleza. A aeronave deve pousar em território brasileiro por volta das 15h, trazendo 111 passageiros.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Cenipa inicia investigação sobre queda de avião em São Paulo

FAB confirma que aeronave perdeu contato com torre minutos após a decolagem

Acidente envolvendo um avião de pequeno porte que caiu na avenida Marquês de São Vicente, após decolar do Campo de Marte (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foram acionados para apurar a queda de um avião de pequeno porte na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (7). A informação foi divulgada pela CNN Brasil.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a investigação inclui a coleta de informações, a preservação de elementos essenciais, a verificação dos danos causados à aeronave e ao solo, e o levantamento de outros dados necessários para determinar as causas do acidente.

A FAB informou ainda que os investigadores estão em contato com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para obter detalhes sobre o plano de voo da aeronave. Após a análise inicial, os técnicos repassarão as informações aos órgãos competentes, incluindo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A investigação está sendo conduzida pelo Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, unidade regional do Cenipa localizada em São Paulo. "A conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes", destacou a FAB em nota.

De acordo com a Polícia Militar, as duas pessoas a bordo da aeronave morreram carbonizadas, enquanto outras seis ficaram feridas. Entre os feridos estão cinco passageiros do ônibus atingido e um motociclista que caiu ao se assustar com o impacto da queda.

O acidente ocorreu por volta das 7h20. O Aeroporto Campo de Marte confirmou que o avião, um King Air bimotor de pequeno porte, decolou nesta manhã. A torre de controle perdeu contato com a aeronave às 7h16, apenas alguns minutos após a decolagem. As causas da perda de comunicação e da queda do avião ainda estão sendo apuradas.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Veja o momento exato da queda de avião em avenida de São Paulo (vídeo)

As imagens mostram a aeronave caindo na pista e, em seguida, pegando fogo

Queda de aeronave em São Paulo (Foto: Reprodução/CNN Brasil)

Uma câmara de segurança da Prefeitura de São Paulo registrou o momento exato da queda do avião em que o avião do modelo King Air F-90 caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. As informações são do Metrópoles.

As imagens mostram a aeronave caindo na pista e, em seguida, pegando fogo, gerando uma cortina de fumaça preta que se espalha rapidamente.

De acordo com informações preliminares, o avião havia decolado do Campo de Marte, na zona norte da cidade, poucos minutos antes de cair. O destino da aeronave era Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde fica a sede de uma empresa de advocacia pertencente a um dos donos do avião.


 


Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Vítima de queda de avião em SP postou imagens da aeronave momentos antes do acidente

O advogado gaúcho Márcio Louzada Carpena costumava postar imagens do avião, adquirido por ele em janeiro deste ano

Registro feito pelo advogado Márcio Louzada Carpena antes de embarcar na aeronave (Foto: Reprodução)

Um avião de pequeno porte, modelo F90, caiu na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, poucos momentos após ter sido registrado nas redes sociais por seu proprietário, o advogado Márcio Louzada Carpena, informa o Metrópoles. O vídeo postado por Carpena mostrava a aeronave taxiando na pista do aeroporto, enquanto o advogado anunciava sua viagem entre São Paulo e Porto Alegre. As informações foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo e pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Carpena, natural do Rio Grande do Sul, registrou em suas redes sociais, na quinta-feira (6), uma foto de sua visita à cidade, com imagens de sua estadia e até de um encontro na empresa Enel, responsável pela distribuição de energia na capital paulista. Também compartilhava momentos de sua rotina dentro da aeronave, com registros de sua presença na cabine de pilotagem e com membros da família.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, Carpena estava a bordo da aeronave que caiu nesta manhã e foi uma das vítimas fatais do acidente. Ele deixa três filhos. A ANAC informou que a aeronave, que possuía capacidade para sete passageiros e um tripulante, estava em condições normais de "aerovavegabilidade" no momento da tragédia.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Poupança tem saques de R$ 26,3 bi em janeiro, maior volume em 2 anos, diz BC

Resultado marca a maior retirada líquida da poupança em um mês desde janeiro de 2023, quando houve saques de R$ 33,631 bilhões
    Moedas de reais (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

Reuters - A caderneta de poupança iniciou 2025 com saque líquido no valor de R$ 26,226 bilhões em janeiro, o maior volume em dois anos, mostraram dados do Banco Central nesta sexta-feira.

O resultado marca a maior retirada líquida da poupança em um mês desde janeiro de 2023, quando houve saques de R$ 33,631 bilhões.

No primeiro mês do ano, houve um saldo negativo de R$ 20,304 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto a poupança rural teve saques líquidos de R$5,922 bilhões. Ambos também marcaram o maior volume desde janeiro de 2023.

A rentabilidade atual da caderneta de poupança é dada pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Esta fórmula vale enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano -- a taxa básica de juros está atualmente em 13,25% ao ano.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Paraná inicia 2025 com 68 transplantes, o maior número dos últimos 14 anos para janeiro

De acordo com o Sistema Estadual de Transplantes do Estado (SET), no mês passado houve 44 transplantes de rim, 21 de fígado e um de coração, além de dois duplos – um de pâncreas e rim e outro de fígado e rim. Também foram transplantadas 82 córneas.

SESA TRANSPLANTES 2025
Paraná inicia 2025 com 68 transplantes, o maior número dos últimos 14 anos para janeiro
Foto: Albari Rosa/Arquivo AEN

O ano de 2025 mal começou e o Paraná já registrou 68 transplantes de órgãos. Esse é o maior número de procedimentos realizados no mês de janeiro desde 2011, quando contabilizou nove procedimentos. Desde então, a média dos últimos 14 anos foi de 44,14 para esse período.

De acordo com o Sistema Estadual de Transplantes do Estado (SET), no mês passado houve 44 transplantes de rim, 21 de fígado e um de coração, além de dois duplos – um de pâncreas e rim e outro de fígado e rim. Também foram transplantadas 82 córneas. O primeiro realizado em 2025 foi de rim, no dia 1º de janeiro, em Curitiba. O receptor foi um homem de 53 anos.

Os números refletem o compromisso do Governo do Estado com a população, oferecendo uma nova chance de vida aos pacientes em estado crítico, além da manutenção de uma rede eficiente de doação, captação, transporte de órgãos e conscientização.

O Estado conta com uma estrutura robusta para realização dos procedimentos. São 34 equipes transplantadoras de órgãos, 72 equipes transplantadoras de tecidos (córneas, valvas cardíacas, musculoesqueléticos, pele e medula óssea), cinco laboratórios de histocompatibilidade, três laboratórios de sorologia e três bancos de tecidos, sendo dois de tecidos oculares e um de multitecidos (córneas, valvas cardíacas, musculoesquelético e pele).

“Começamos a ter registro efetivo das atividades em 2011 e, desde então, estamos evoluindo. O sucesso dos transplantes depende, acima de tudo, da solidariedade dos doadores e de suas famílias. Cada transplante é um testemunho da generosidade de pessoas que dizem sim à doação. A conversa com os familiares sobre a intenção em ser um doador pode ser decisiva”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a eficiência logística foi crucial para o sucesso dos procedimentos. O governo estadual disponibiliza infraestrutura aérea e terrestre para o transporte de órgãos, incluindo 22 veículos próprios do SET e 12 aeronaves para transporte emergencial.

Atualmente, 4.107 pessoas aguardam na fila de espera por um transplante no Paraná, sendo 3.652 ativas e 455 semi-ativas, ou seja, que o receptor potencial está temporariamente inapto para o transplante. A maior demanda é por transplante de rim, com 1.937 pacientes ativos e 268 semi-ativos, seguido por transplante de córneas (1.476 ativos e 107 semi-ativos) e fígado (179 ativos e 70 semi-ativos).

MAIS ESTRUTURA – Em setembro de 2024, o Estado entregou 18 novos veículos para o Sistema Estadual de Transplantes do Estado (SET), maior renovação da frota da história do órgão. Na ocasião também foi anunciada a aquisição de duas aeronaves para a Casa Militar, que ajudam no transporte de órgãos no Estado.

O investimento da Secretaria de Estado da Saúde nos novos veículos foi R$ 1,9 milhão, destinados às quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) do Estado. Nove veículos ficaram em Curitiba, onde está a sede da Central Estadual de Transplantes, e o restante distribuído entre as Organizações de Londrina (Norte), Maringá (Noroeste) e Cascavel (Oeste).

Para a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), Juliana Ribeiro Giugni, o sucesso do resultado se deve ao trabalho e dedicação das equipes envolvidas nesse processo. “Os resultados positivos são mais do que números, representam esperança e nova vida para as pessoas na lista de espera para transplante”, reforça.

Fonte: AEN

Rio Vivo: conheça as espécies de peixes que estão repovoando as águas doces do Paraná

A iniciativa, desenvolvida pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, faz ações de soltura de peixes nativos nas bacias hidrográficas do Paraná, tanto para ajudar a garantir o equilíbrio do ecossistema dos rios quanto para trazer benefícios econômicos ligados ao turismo da pesca. Traíras, carás, jundiás, lambaris, dourados, pintados, pacus, piaus e piaparas são os protagonistas da iniciativa.

IAT RIO VIVO
Programa Rio Vivo promove a soltura de peixes de nove espécies nativas nos rios do Paraná
Foto: SEDEST

O Governo do Estado, por meio do programa Rio Vivo, ajuda a garantir o equilíbrio ecológico nos rios paranaenses por meio da soltura de peixes de nove espécies, todas nativas: traíra, jundiá, lambari, cará, dourado, pintado, piau, piapara e pacu.

Desenvolvida pela Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SDBHP), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), a iniciativa trabalha exclusivamente com peixes que trazem benefícios tanto para o ecossistema quanto para ações de turismo e educação ambiental nos corpos hídricos.

A segunda fase do programa foi iniciada no final de 2024, com previsão de soltura de 10 milhões de peixes até 2026. Na primeira etapa, entre 2021 e 2022, foram 2,615 milhões de peixes.

Os animais que repovoam os rios são de um estágio juvenil de desenvolvimento, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos. O programa também segue os critérios estabelecidos pela Resolução Sedest/IAT nº 10, para evitar a introdução de espécies exóticas nos rios e selecionar peixes com genética e tamanho ideais para o repovoamento.

Para as ações de soltura nos rios da bacia do Iguaçu são usados traíras, carás, jundiás e lambaris. Já para os rios Ivaí, Piquiri e Tibagi, as espécies selecionadas são dourados, pintados, piaus, pacus, piaparas e lambaris.

“Damos prioridade para espécies cujos estoques naturais apresentaram alguma queda, e também tentamos contemplar toda a cadeia alimentar, indo dos forrageiros, que compõem a base da cadeia, até os predadores do topo. Assim, garantimos o equilíbrio do ecossistema e ao mesmo tempo fornecemos insumos para os pescadores amadores que frequentam os rios”, explica o coordenador técnico da SDBHP, Roald Andretta.

As próximas ações de soltura da iniciativa estão previstas para o dia 22 de fevereiro na bacia do Iguaçu, na usina hidrelétrica de Salto Osório, em Sulina, no Sudoeste do Estado, e no dia 11 de abril no Rio Ivaí, em Japurá, no Noroeste do Paraná.

Conheça um pouco mais sobre as espécies de peixes nativos que compõe o programa Rio Vivo:

⊛ TRAÍRA – A traíra (Hoplias malabaricus) é um peixe cilíndrico com boca e olhos grandes, podendo atingir 60 centímetros de comprimento e 4 kg de peso, e coloração preta ou marrom com manchas cinzas. É um animal carnívoro, que se alimenta de peixes pequenos, rãs e insetos usando dentes afiados. É frequentemente alvo de muitos torneios de pesca esportiva na bacia do Iguaçu.

⊛ JUNDIÁ – Também conhecido como bagre, o jundiá (Rhamdia sp) é um peixe omnívoro, alimentando-se de outros peixes, insetos, crustáceos e restos vegetais encontrados no fundo dos rios. Possui coloração acinzentada-escura e ventre branco, e pode atingir 50 centímetros de comprimento e três quilos de peso.

⊛ LAMBARI – Com dezenas de espécies presentes apenas na bacia do Rio Iguaçu, os lambaris (Astyanax sp.) são alguns dos peixes mais usados no programa, já que fazem parte da base da cadeia alimentar de toda a ictiofauna das bacias paranaenses. São peixes pequenos, com tamanho médio entre 10 e 15 centímetros de comprimento, com coloração prateada e nadadeiras que variam entre vermelho, preto e amarelo. Se alimentam de vegetais aquáticos, frutas, sementes, insetos, outros peixes e até sedimentos e detritos.

⊛ CARÁ – Também chamado de acará, o cará (Geophagus iporangensis) é outro peixe onívoro, que se alimenta de matéria vegetal, invertebrados aquáticos e pequenos peixes. Possui uma coloração que varia conforme a região, passando do cinza para o esverdeado, além de um forte tom vermelho nas nadadeiras. Os machos da espécie desenvolvem uma protuberância na cabeça durante o período reprodutivo, chamada de calo nupcial, para atrair as fêmeas. Quando adulto, chega a 20 centímetros de comprimento.

⊛ DOURADO – Nomeado com base na cor predominante da espécie, o dourado (Salminus brasiliensis) também possui reflexos avermelhados nas escamas. É um animal carnívoro, com uma boca grande com caninos em formato cônico, que se alimenta de outros peixes e até de pequenas aves. Pode atingir mais de 25 quilos e alcançar 1 metro de comprimento. É considerado um dos maiores troféus da pesca esportiva, com fama internacional.

⊛ PINTADO – Outro carnívoro empregado pelo programa, o pintado (Pseudoplatystoma corruscans) é um peixe de cor acinzentada com pintas em todo o corpo. Tem formato alongado e roliço, podendo chegar a 2 metros de comprimento e pesar próximo a 80 quilos. Possui também uma cabeça achatada e ferrões em torno das nadadeiras. Assim como o dourado, é muito cobiçado pelos pescadores amadores.

⊛ PIAU – O piau-três-pintas (Leporinus friderici) tem esse nome por conta das três manchas escuras que possui nos flancos. É um peixe que pode alcançar 40 centímetros de comprimento e dois quilos de peso, com nadadeiras douradas e dentes em forma de pinça. É uma espécie onívora, se alimentando ora de insetos ora de frutas e vegetais, dependendo da oferta.

⊛ PIAPARA – A piapara (Leporinus sp.) é um peixe encontrado em toda a Bacia da Prata, e que costuma fazer longas migrações para reprodução e alimentação nos rios do Paraná. Pode chegar a 50 centímetros de comprimento e possui escamas com uma cor prateada. Se alimentam de insetos, restos de peixes e vegetais.

⊛ PACU – Conhecido pelo uso na piscicultura, o pacu (Piaractus mesopotamicus) é um peixe com coloração cinza-escura no dorso e amarelo-dourada no ventre. Tem corpo comprido, alto e em formato de disco, o que lhe proporciona grande força. Se alimenta de frutas, material vegetal e pequenos peixes, e pode chegar a 60 centímetros de comprimento e peso superior a 10 quilos.

Fonte: AEN

Haddad critica "memória curta" do jornalismo e diz que "não dá para corrigir sete anos de má administração em dois"

Ministro destacou medidas econômicas do governo Lula para baratear os alimentos e lembrou que Bolsonaro não aumentou o salário mínimo acima da inflação

Ministro Fernando Haddad 29/01/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Adriano Machado / Reuters)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez duras críticas à postura do jornalismo nesta sexta-feira (7), chamando atenção para a "memória curta" de parte da imprensa. Ele argumentou que, apesar das dificuldades econômicas herdadas dos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), o governo Lula (PT) tem tomado medidas significativas para melhorar as condições de vida da população, especialmente no que diz respeito ao salário mínimo e à tributação de itens essenciais.

"Durante o governo Temer e o governo Bolsonaro o salário mínimo ficou congelado por sete anos. E desde que o presidente Lula assumiu, há apenas dois anos, o salário mínimo estava em R$ 1.100 e já foi reajustado para R$ 1.500. Obviamente que você não consegue corrigir sete anos de má administração em dois, mas o presidente Lula, com o compromisso que tem com as pessoas que mais precisam do Estado, já começou uma política de valorização do salário mínimo, sob protesto do pessoal da direita", disse Haddad em entrevista à Rádio Cidade, de Caruaru (PE).

"O pessoal que ataca o presidente Lula, que manteve o salário mínimo congelado, não queria reajuste acima da inflação, mas o presidente Lula bancou essa proposta e, mais do que isso, corrigiu a tabela do Imposto de Renda, que também estava há sete anos congelada. Então o governo Bolsonaro cobrava impostos de quem ganhava até dois salários mínimos, e o presidente Lula acabou com isso reajustando a tabela do Imposto de Renda, e agora quer ampliar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, justamente para que as famílias possam enfrentar o custo de vida, sobretudo a questão da cesta básica", completou.

Haddad ressaltou também as mudanças na tributação, como a reforma tributária que isenta a cesta básica de impostos federais e estaduais a partir de 2027. "Hoje alguns estados, sobretudo no Sudeste, cobram impostos sobre a cesta básica, e nós aprovamos uma reforma tributária para acabar com o ICMS, inclusive da carne, que fica mais cara por causa das cobranças de impostos estaduais", explicou.

Para Haddad, todas essas ações têm como objetivo melhorar a qualidade de vida da população, especialmente no Nordeste, e refletem o compromisso do governo Lula com as pessoas mais necessitadas. "O presidente Lula tem um compromisso com essa agenda, mas são dois anos apenas que nós geramos três milhões de postos de trabalho", destacou, enfatizando que o governo já reajustou o salário mínimo acima da inflação por três anos consecutivos.

Além disso, o ministro não deixou de lembrar da postura do governo Bolsonaro. "O governo Bolsonaro não deu um real de aumento do salário mínimo acima da inflação", afirmou Haddad, sublinhando que aumentar o salário mínimo é uma das formas de garantir que o trabalhador mantenha seu poder de compra.

Fonte: Brasil 247

PEC da Segurança, emenda que proíbe candidaturas de militares e regulação de redes são pautas prioritárias do governo Lula

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, entregará ao Congresso a lista de pautas prioritárias

O presidente Lula entre Hugo Motta e Davi Alcolumbre (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, entregará na próxima semana aos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, a pauta prioritária que o presidente Lula quer ver aprovada no Congresso. Entre os temas destacam-se a PEC da Segurança Pública, a emenda que proíbe militares da ativa de se candidatarem, projetos sobre a inteligência artificial e de regulação de redes sociais.

No caso da regulação das redes, integrantes do governo, incluindo o próprio Padilha, defendem que não seja enviado um projeto novo pelo Executivo, como o que vem sendo elaborado pelo Ministério da Justiça, informa a Folha de S.Paulo.

Ele prefere que o governo encampe dois textos já em tramitação, de parlamentares de oposição: um do deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), que veda o anonimato nas redes e estabelece regulação pelas plataformas, e outro do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que prevê medidas de proteção a crianças e adolescentes nas redes.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Aliados traçam cronograma para julgamento e preveem Bolsonaro preso no final do ano

Sobre as propostas de anistia aos golpistas do 8 de janeiro, os bolsonaristas admitem: "não sobrevive a 15 dias no Supremo"

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)

Enquanto aguardam a denúncia formal da Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve ser apresentada ainda neste mês, aliados de Jair Bolsonaro (PL) já traçaram um cronograma das próximas etapas da investigação que apura a trama golpista montada por integrantes da cúpula do seu governo para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, interlocutores do ex-mandatário avaliam que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser ágil no julgamento, buscando uma condenação até dezembro deste ano para evitar que o caso se arraste até 2026, quando o cenário eleitoral estará em pleno andamento.

Embora a estratégia não seja admitida publicamente, membros do PL avaliam que o STF se sentirá pressionado a resolver a questão antes da virada do ano, a fim de evitar a "contaminação da campanha política". "O STF não vai querer deixar para resolver a prisão no ano que vem, com a contaminação da campanha política", afirmou um aliado de Bolsonaro sob condição de anonimato.

O ex-mandatário já foi indiciado pela Polícia Federal em novembro do ano passado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, que juntos somam até 28 anos de prisão. Desde então, a PGR se dedica à análise do relatório de 884 páginas da investigação para embasar a acusação formal. A expectativa é de que, após a formalização da denúncia, o ministro Alexandre de Moraes conceda celeridade ao processo, levando o recebimento da acusação à Primeira Turma do STF já em março de 2025.

A Primeira Turma, composta por Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino, deve decidir se há provas suficientes para abrir uma ação penal. A aposta dos aliados mais cautelosos de Bolsonaro é de que a denúncia será aceita de forma unânime pelos ministros, com base no histórico de decisões favoráveis à PGR nos últimos processos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Ainda de acordo com a reportagem, considerando o histórico recente das ações penais, que têm levado de quatro a seis meses entre a abertura e a condenação, é possível que o STF julgue Bolsonaro e outros acusados até outubro de 2025. Nesse julgamento, os ministros avaliarão se as provas são suficientes para determinar a pena, sendo que a execução imediata da sentença, conforme o entendimento atual do STF, dependeria do esgotamento de todos os recursos.

Se o Supremo confirmar a condenação e Bolsonaro recorrer, a defesa terá até dezembro de 2025 para apresentar os primeiros embargos de declaração. Após esse período, o STF poderá rejeitar esses recursos e, eventualmente, decretar a prisão do ex-mandatário.

No entanto, aliados de Bolsonaro apostam suas fichas em um projeto de lei que prevê a anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos. Eles acreditam que, embora a proposta tenha apoio no Congresso, ela não sobreviveria no STF. "A anistia não sobrevive a 15 dias no Supremo", disse um interlocutor do ex-mandatário, sugerindo que o tribunal derrubaria qualquer tentativa de anistiar os responsáveis pelos atos golpistas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

VÍDEOS: Avião cai na Barra Funda (SP) e deixa ao menos 2 mortos e 2 feridos

 

Avião de pequeno porte cai e atinge ônibus na Zona Oeste de SP. Foto: reprodução

Um avião de pequeno porte caiu por volta das 7h20 desta sexta-feira (7) na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. O acidente deixou ao menos dois mortos e dois feridos. A via precisou ser interditada.

A aeronave, um King Air F90 com capacidade para oito passageiros, decolou do Campo de Marte às 7h15 com destino a Porto Alegre. Segundo apuração da TV Globo, o piloto tentou fazer um pouso de emergência na avenida, mas não conseguiu e a aeronave caiu.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, dois corpos carbonizados foram encontrados dentro do avião. Entre os feridos, um motociclista foi atingido por destroços da aeronave e o motorista de um ônibus, que também foi atingido na queda, sofreu ferimentos. Ainda não há informações sobre o estado de saúde deles.

Testemunhas relataram ter ouvido um barulho de explosão no momento do impacto, seguido de uma grande nuvem de fumaça preta visível à distância. Motoristas que passavam pela região afirmaram ter visto o acidente da Marginal Tietê.

Segundo os bombeiros, não havia passageiros no avião no momento da queda. A SPTrans informou que o ônibus atingido pelo impacto tem o prefixo 732, da viação Santa Brígida.

As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil e pela Aeronáutica, que analisará possíveis falhas no voo. O Corpo de Bombeiros enviou sete viaturas para o local para conter o incêndio e prestar socorro às vítimas.

Fonte: DCM

De olho em 'tarifaço' de Trump, deputado propõe projeto para retaliação imediata a sobretaxas dos EUA

“Se um país sobretaxar nossos produtos, o governo brasileiro, pelas regras atuais, não tem autonomia para adotar medidas recíprocas”, diz o projeto

Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

Na tentativa de reforçar a defesa comercial do Brasil diante das ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB) apresentou um projeto de lei que permite ao Congresso Nacional autorizar o governo federal a reagir de forma imediata a sanções contra exportações brasileiras. A proposta, protocolada na quinta-feira (6), busca agilizar a aplicação de medidas de reciprocidade, contornando as limitações atuais da legislação brasileira.

Atualmente, o Brasil é obrigado a recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) quando um país impõe tarifas acima do permitido, processo que pode levar anos. O deputado alerta que essa demora pode causar “prejuízos irrecuperáveis à indústria, à agricultura e à economia”. O projeto visa modificar a Lei nº 14.353, de 2022, para que o governo possa retaliar imediatamente na hipótese de sobretaxas abusivas, especialmente em caso de decisão unilateral dos Estados Unidos.

☉ Guerra comercial e o impacto no Brasil - Desde que reassumiu a presidência, Trump tem ampliado sua retórica protecionista, ameaçando impor barreiras comerciais a diversos países, incluindo os integrantes do BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A possibilidade de uma moeda alternativa ao dólar também levou o republicano a sugerir tarifas punitivas contra os países do grupo.

Apesar de ainda não ter mencionado diretamente o Brasil, as falas de Trump já geraram reações. O presidente Lula (PT) afirmou que o país adotará medidas de reciprocidade caso suas exportações sejam atingidas por tarifas abusivas. “É muito simples: se ele taxar, haverá reciprocidade do Brasil com os produtores brasileiros. Não tem nenhuma dificuldade”, declarou Lula no Palácio do Planalto.

☉ Apoio político e articulação no Congresso - A proposta de Murilo Galdino conta com a simpatia do novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o que pode impulsionar sua tramitação. Na última terça-feira (4), Galdino se reuniu com Motta para discutir “pautas essenciais” para o Brasil, incluindo a urgência de um mecanismo de resposta rápida às tarifas comerciais.

O parlamentar argumenta que o projeto pode funcionar como um elemento de dissuasão contra aumentos tarifários impostos de forma arbitrária. Ele destaca que muitos países exploram a lentidão da OMC para alcançar seus interesses sem temor de retaliação. Caso aprovado, o projeto fortaleceria a posição do Brasil nas negociações comerciais internacionais e daria ao governo federal mais instrumentos para proteger o setor produtivo nacional.

Fonte: Brasil 247