quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Indústria brasileira cresce 3,1% em 2024, impulsionada por consumo das famílias e aumento do emprego

Resultado anual é o terceiro mais elevado dos últimos 15 anos

Indústria brasileira (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino)

O setor industrial brasileiro cresceu 3,1% em 2024, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado anual é o terceiro mais elevado dos últimos 15 anos, ficando atrás apenas de 2010, quando a indústria registrou alta de 10,2%, e de 2021, com avanço de 3,9% no contexto de recuperação da pandemia.

O crescimento foi disseminado entre os segmentos industriais, com quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 25 ramos apresentando expansão. “De modo geral, o crescimento do setor industrial em 2024 pode ser entendido a partir de alguns fatores, como o maior número de pessoas incorporadas pelo mercado de trabalho, a queda na taxa de desocupação, o aumento na massa de salários e o incremento no consumo das famílias, beneficiado pelos estímulos fiscais, maior renda e a evolução na concessão do crédito”, explicou André Macedo, gerente da PIM.

Entre os setores que mais contribuíram para o resultado positivo estão a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (12,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,2%), produtos alimentícios (1,5%) e produtos químicos (3,3%).

Apesar do desempenho favorável ao longo do ano, os últimos três meses de 2024 registraram retração, com queda acumulada de 1,2%. Em outubro, a indústria teve variação negativa de 0,2%, seguida por recuos de 0,7% em novembro e 0,3% em dezembro. “Essa perda de dinamismo da indústria no último trimestre guarda relação com a redução nos níveis de confiança das famílias e dos empresários, explicada, em grande parte, pelo aperto na política monetária, com o aumento das taxas de juros a partir de setembro de 2024, a depreciação cambial, impactando os custos, e a alta da inflação, especialmente de alimentos”, analisou Macedo.
Desempenho de dezembro

Em dezembro, a produção industrial recuou 0,3%, marcando o terceiro mês seguido de queda. Ainda assim, o setor está 1,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas continua 15,6% abaixo do recorde histórico de maio de 2011.

A maior influência negativa no mês veio do setor de máquinas e equipamentos, que registrou queda de 3%, interrompendo dois meses seguidos de crescimento. Produtos de borracha e material plástico também tiveram retração de 2,5%, acumulando dois meses de perdas. No índice de média móvel trimestral, o setor de bens de consumo semi e não duráveis apresentou o pior desempenho, com queda de 1,8% no último trimestre do ano.

Por outro lado, indústrias extrativas e o setor de bebidas tiveram desempenho positivo em dezembro. “Foram dois dos poucos segmentos que cresceram no mês. As indústrias extrativas registraram o segundo avanço consecutivo, enquanto o ramo de bebidas interrompeu quatro meses seguidos de retração”, destacou Macedo.

O desempenho da indústria em 2024 confirma uma retomada da atividade, mas a desaceleração no final do ano acende um alerta sobre os desafios econômicos que podem impactar a produção nos próximos meses.

Fonte: Brasil 247

PT quer criação de “núcleo político” no Planalto de olho em 2026

O grupo ajudaria o presidente na tomada de decisões e na contenção de possíveis crises

Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Adriano Machado / Reuters)

Dirigentes do PT defendem a criação de um “núcleo político” no Palácio do Planalto para auxiliar o presidente Lula (PT) na tomada de decisões, informa a CNN Brasil. Segundo o presidente, o governo já fez as bases para o desenvolvimento econômico e social do país, e agora é preciso garantir o discurso político para as eleições de 2026.

A ideia é que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, costure a criação desse núcleo político ao assumir a Secretaria-Geral da Presidência. A deputada é considerada um nome experiente e que conta com a confiança de Lula por sua atuação à frente do partido desde 2019.

Além de Gleisi, esse núcleo político deveria ser composto pelos ministérios do Planalto (Secretaria de Relações Institucionais, Secretaria-Geral, Secretaria de Comunicação Social e Casa Civil) e que temas pontuais poderiam envolver outros ministros da Esplanada dos Ministérios.

A avaliação é de que a atuação da oposição nas redes sociais exige uma resposta rápida, e o núcleo político poderia atuar em possíveis crises e evitar perdas para o governo. Um dos eventos citados é a “crise do Pix” que gerou grandes desgastes no governo, especialmente no Ministério da Fazenda. A atuação do núcleo em casos como esse poderia reduzir o ganho político da oposição.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula defende Marina e promete solução para impasse sobre exploração da Margem Equatorial

Presidente afirmou que buscará uma solução sem prejudicar o meio ambiente e que Marina não é responsável pela não aprovação da exploração na região.

     (Foto: ABR)

O presidente Lula (PT) saiu em defesa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta quarta-feira (5), após críticas sobre a não aprovação da exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira pelo Ibama. Lula negou que Marina seja a responsável pela demora na liberação e afirmou que o governo está buscando uma solução para o impasse, que envolve questões ambientais e econômicas. Em entrevista a rádios de Minas Gerais, o presidente ressaltou que a responsabilidade pelo bloqueio à exploração não recai sobre a ministra, mas sim sobre a necessidade de tomar decisões fundamentadas e bem estudadas, com o objetivo de proteger o país e seu meio ambiente.

“A Marina não é a responsável. O responsável é que temos que fazer a coisa com muita clareza e estudo, porque temos que tomar conta do país. Nós queremos o petróleo e precisamos utilizá-lo para fazer a transição energética, pois vai precisar de muito dinheiro. E temos perto de nós a Guiana e o Suriname pesquisando petróleo próximo à Margem Equatorial. Precisamos então fazer um acordo e procurar uma solução”, afirmou Lula, destacando a importância de aproveitar o petróleo da região para financiar a transição energética do Brasil, conforme noticiado pelo jornal O Globo.

O impasse sobre a exploração da Margem Equatorial teve início no ano passado, quando o Ibama negou a licença da Petrobras para realizar atividades de pesquisa na região da Foz do Amazonas. Desde então, a estatal tem buscado atender aos requisitos exigidos pelo instituto para garantir a preservação ambiental. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, revelou que todos os documentos solicitados pelo Ibama foram entregues em novembro de 2023.

Na última terça-feira (4), Lula se comprometeu, durante reunião com os novos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a buscar uma solução para liberar as pesquisas na Margem Equatorial. A reunião entre Petrobras e Ibama, que aconteceu em Brasília a pedido de Lula, teve como objetivo esclarecer os argumentos de ambos os lados, para que o governo possa tomar uma decisão sobre o futuro da exploração na região, que se estende do litoral do Amapá até o Rio Grande do Norte.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Restaurantes equilibram delivery e salão para maximizar lucros e atrair clientes

Pesquisa aponta crescimento de 13% no setor de food service em 2023, com delivery representando até 40% do faturamento de muitos estabelecimentos

     (Foto: Freepik )

A rentabilidade dos restaurantes envolve uma série de variáveis estratégicas, entre elas a escolha entre investir no delivery ou no atendimento presencial no salão. Em meio a um cenário onde o comportamento do consumidor muda constantemente, encontrar o equilíbrio entre esses dois modelos pode ser a chave para o sucesso do negócio.

De acordo com a Associação Nacional de Restaurantes (ANR), o setor de food service no Brasil cresceu 13% em 2023, impulsionado principalmente pela expansão do delivery. Durante a pandemia, o segmento de entregas disparou e, mesmo após a reabertura dos estabelecimentos, manteve um espaço significativo no mercado, respondendo por cerca de 40% do faturamento de muitos restaurantes. Ainda assim, o atendimento no salão permanece essencial para a fidelização dos clientes e a valorização da experiência gastronômica.

Para Daniel Lucco, CEO da rede La Braciera — que recentemente entrou no Guia das Melhores Redes de Pizzarias do Mundo pelo 50 Top Pizza e foi eleita a Melhor de São Paulo pelo Melhores da Gastronomia 2024 —, a chave está em entender o perfil do público e adaptar a operação. “No salão, conseguimos oferecer uma experiência completa ao cliente, desde o ambiente acolhedor até o atendimento personalizado. Já no delivery, o foco é conveniência e rapidez. Ambos têm suas vantagens, mas a chave é garantir a mesma qualidade nos dois canais”, destaca Lucco.

⊛ Localização e público-alvo como fatores decisivos

A localização desempenha um papel crucial na definição entre salão e delivery. Restaurantes situados em bairros residenciais, por exemplo, costumam registrar uma demanda maior por entregas, enquanto aqueles localizados em áreas centrais ou turísticas tendem a aproveitar melhor o movimento no salão. “Na La Braciera, analisamos o perfil de consumo de cada unidade antes de decidir o peso do delivery ou do salão na operação. Essa análise nos permite ajustar estratégias para maximizar o faturamento e reduzir custos”, explica Lucco.

Além disso, o perfil do público é um fator determinante na lucratividade. Consumidores que buscam uma experiência gastronômica diferenciada, como casais ou grupos em ocasiões especiais, tendem a gastar mais no salão, consumindo entradas, bebidas e sobremesas. Já o delivery atende principalmente quem busca praticidade no dia a dia, exigindo um menu adaptado para viagens sem perder a qualidade.

⊛ Gestão eficiente e otimização dos modelos

Tanto o delivery quanto o salão apresentam desafios operacionais. No caso das entregas, o controle de logística e a gestão de parceiros de aplicativos são fundamentais para manter os custos sob controle. Por outro lado, o atendimento no salão exige uma boa gestão do fluxo de clientes e treinamento contínuo da equipe para garantir um serviço de excelência.

“Uma das estratégias que adotamos foi a centralização da produção em uma cozinha matriz. Isso não apenas facilita o atendimento das demandas do delivery, mas também padroniza a qualidade dos pratos servidos no salão”, ressalta Lucco. Ele também enfatiza que a capacitação da equipe é essencial para manter o padrão de atendimento em ambos os canais, garantindo a consistência da experiência.

Para restaurantes que buscam crescer, combinar os dois modelos pode ser a melhor estratégia. Investir em um salão bem estruturado permite criar vínculos mais fortes com os clientes e construir uma marca sólida. Paralelamente, o delivery amplia o alcance do negócio, tornando-o mais acessível para diferentes perfis de consumidores.

“Na La Braciera, entendemos que um modelo complementa o outro. O delivery nos ajuda a atingir novos mercados, enquanto o salão fortalece nosso posicionamento como referência em experiência gastronômica. Trabalhar essas frentes de forma integrada é o que nos permite alcançar resultados financeiros mais expressivos”, conclui Lucco.

Fonte: Brasil 247

WhatsApp alavanca vendas no varejo e fortalece relacionamento com clientes

Marketplace aposta em comunicações personalizadas e registra mais de 10 mil pedidos mensais por WhatsApp

      (Foto: Freepik )

Aplicativos de mensagens como o WhatsApp estão entre as redes sociais mais utilizadas no Brasil. De acordo com um estudo da VTrends, hub de pesquisa e insights da Vivo, 80% dos brasileiros acessam esses aplicativos diariamente. Para o varejo, essa alta adesão representa uma oportunidade valiosa de impulsionar vendas e fidelizar clientes. Um exemplo bem-sucedido é o marketplace digital Compra Agora, que, por meio da plataforma inteligente da Yalo, conseguiu elevar o ticket médio para R$ 2,3 mil por pessoa em relação a 2023.

A estratégia do Compra Agora se baseia na personalização da comunicação e na automação do atendimento pelo WhatsApp. Utilizando mensagens automatizadas e promoções direcionadas, a empresa alcançou mais de 10 mil pedidos mensais. "As soluções da Yalo são flexíveis, adaptando-se ao nosso modelo de negócio disruptivo e permitindo testes rápidos, análises precisas e evolução contínua das soluções", afirmou Thaise Hagge, General Manager do Compra Agora.

A tecnologia da Yalo possibilita que as empresas gerenciem toda a jornada do cliente por meio de conversas orientadas por inteligência artificial. Com esse modelo, o Compra Agora aprimorou a experiência de compra ao utilizar dados reais dos clientes para criar segmentações mais detalhadas. O canal de WhatsApp da empresa já soma mais de 19,8 milhões de mensagens trocadas, com um agente inteligente que opera a partir de 150 respostas base, gerando mais de 40 mil variações por IA. Atualmente, 98% das interações são resolvidas pelo bot. "A plataforma Yalo permitiu ampliar nossa cesta de compras, fortalecendo nossa posição no mercado ao melhorar a proximidade com a marca, a comunicação direta e a escuta ativa das necessidades dos clientes", explicou Hagge.

Além de facilitar pedidos e consultas, a integração do WhatsApp ao processo de compras tem fortalecido a rede própria de varejistas do Compra Agora, que está em expansão. Hoje, 68% das lojas realizam pedidos de forma autônoma, sem necessidade de suporte humano. "Desde 2022, oferecemos suporte aos varejistas via WhatsApp pela plataforma Yalo, o que facilita a digitalização e autonomia dos pedidos, reduzindo o tempo de consulta e permitindo um aumento na frequência e no valor das compras”, destacou Thaise.

A solução traz praticidade para pequenos e médios varejistas, que podem gerenciar pedidos, acessar recomendações personalizadas e resolver dúvidas de forma dinâmica e imediata. "Ao navegar no e-commerce, o varejista pode simplesmente conversar com o agente, dizer o que precisa e receber as melhores sugestões e promoções. É um processo intuitivo que economiza tempo e facilita decisões", concluiu Manuel Centeno, cofundador e General Manager Brasil da Yalo.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro insiste em candidatura e adia sucessão na direita

Plano é pressionar e aguardar decisões judiciais até 2026, quando Tarcísio de Freitas poderá deixar o governo para disputar a Presidência

Jair Bolsonaro em São Paulo - 25/03/2024 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Jair Bolsonaro (PL) continua apostando numa saída política para reverter sua inelegibilidade, que vigora até 2030, e pretende registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2026. Segundo aliados ouvidos pela coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1, ele irá esperar a decisão da Corte até o fim, prolongando o debate sobre um sucessor na direita.

O plano de Bolsonaro é ser o candidato até onde for possível, pressionar e aguardar decisões judiciais que podem ocorrer após abril de 2026, prazo máximo para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deixe o cargo caso deseje disputar a Presidência.

Ainda conforme a reportagem, caso sua candidatura seja inviabilizada, Bolsonaro escolherá um sucessor, possivelmente dentro da própria família. Esse cenário é comemorado por aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação é de que Bolsonaro interdita o debate e fragmenta a direita eleitoralmente, atrasando a escolha de um candidato capaz de enfrentar Lula.

Outro ponto de foco para Bolsonaro é a ajuda internacional, principalmente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do bilionário Elon Musk. O núcleo mais próximo do ex-mandatário acredita na interferência da Casa Branca no cenário político brasileiro.

No Supremo Tribunal Federal (STF), contudo, a ideia é julgar os processos que tramitam na Corte envolvendo o ex-mandatário até o fim de 2025. Para isso, ministros da Corte contam com uma denúncia fatiada da Procuradoria-Geral da República (PGR) e com a atuação de juízes auxiliares para agilizar as oitivas, a exemplo do que ocorreu no caso do mensalão.

Segundo integrantes da Corte ouvidos pela reportagem, não há dúvidas sobre a atuação de Bolsonaro no golpe — mas, em relação a personagens menores, sim. Principalmente civis.

Quanto a Bolsonaro, a avaliação é de que não haveria como um roteiro do golpe estar em andamento sem um comando geral vindo do chefe do Executivo. Nesta linha, os investigadores esperam descobrir novas informações do núcleo do general Braga Netto, preso em dezembro, e de seu assessor, coronel Peregrino, tido como “Mauro Cid de Braga Netto.”

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula critica “bravatas” de Trump e defende “direito” do BRICS à desdolarização

“Os BRICS significam praticamente metade da população mundial, quase metade do comércio exterior. Os Estados Unidos também precisam do mundo”, pontuou

O presidente Lula (Foto: Reprodução- canal Lula, youtube)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à política externa e ao comércio internacional, com destaque aos BRICS. Em entrevista concedida nesta quarta-feira (5) a rádios de Minas Gerais, Lula condenou declarações recentes de Trump sobre a Faixa de Gaza e destacou a necessidade de os palestinos administrarem seu próprio território.

Além da questão do Oriente Médio, o presidente brasileiro reprovou a forma como Trump conduz sua política internacional, classificando suas ações como "bravatas". Para Lula, o republicano adota uma postura provocativa que prejudica as relações diplomáticas globais. "Tem um tipo de político que vive de bravata. O presidente Trump fez a campanha dele assim, ele agora tomou posse e já anunciou ocupar a Groenlândia, já anunciou anexar o Canadá, já anunciou mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América, já anunciou reocupar o Canal do Panamá. Ou seja, sinceramente, nenhum país, por mais importante que seja, pode brigar com todo mundo a todo tempo", afirmou.

⊛ Defesa do BRICS e da desdolarização

Durante a entrevista, Lula também enfatizou a importância do bloco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na economia global e defendeu a possibilidade de adoção de uma moeda alternativa ao dólar nas transações comerciais. "Os BRICS significam praticamente metade da população mundial, significam quase metade do comércio exterior desse mundo e nós temos o direito de discutir a criação de uma forma de comercialização que a gente não dependa só do dólar. Não foi o mundo que decidiu que o dólar seria a moeda, foram os Estados Unidos", ressaltou.

O presidente reforçou a necessidade de um debate mais amplo sobre a autonomia financeira dos países e criticou a dependência global da moeda norte-americana. Para ele, o mundo deve buscar maior equilíbrio no comércio internacional e evitar imposições unilaterais por parte dos Estados Unidos. "Não é o mundo que precisa dos Estados Unidos. Os Estados Unidos também precisam do mundo, precisam conviver harmonicamente com o Brasil, com o México, com a China. Ninguém pode viver de bravata a vida inteira. Ninguém pode viver ameaçando todo mundo a vida inteira", completou.

⊛ Relações comerciais e possíveis taxações

Lula também abordou a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, enfatizando que ambos os países mantêm um fluxo significativo de comércio. Segundo ele, o Brasil não aceitará medidas protecionistas unilaterais sem resposta. Questionado sobre a possibilidade de taxar produtos norte-americanos em caso de retaliação econômica, Lula foi direto: "É lógico. O mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade. Você tem na Organização Mundial do Comércio uma permissão para que você possa taxar qualquer produto até 35%. Para nós, seria importante os Estados Unidos baixarem a taxação e nós baixarmos a taxação, mas se eles ou qualquer país aumentarem a taxação do Brasil, nós iremos utilizar a reciprocidade e taxá-los também".

O presidente também fez um apelo para que os EUA abandonem uma postura isolacionista e retomem o diálogo internacional. "Os Estados Unidos estão se isolando do mundo, e isso não é importante, nem para eles e nem para o mundo. É importante que a diplomacia volte a funcionar e que a gente restabeleça a harmonia. Como é que a gente vai prescindir de um país do tamanho da China, da Índia, de uma força como a Rússia, do México, dos países africanos?", questionou.

A fala de Lula reforça a postura do Brasil em defesa do multilateralismo e da cooperação internacional, contrapondo-se ao discurso protecionista e beligerante de Trump. O debate sobre a desdolarização no BRICS ganha cada vez mais força, sinalizando uma possível mudança nos rumos do comércio global nos próximos anos.

Fonte: Brasil 247

Brasil tem calor extremo no Sul e chuvas intensas em várias regiões do país; veja a previsão

 

Pedestres enfrentam forte chuva em avenida movimentada de SP – Foto: Reprodução
O Brasil segue com tempo instável nesta quarta-feira (5), com chuvas fortes em 16 estados, segundo o Inmet. Os volumes podem chegar a 100 mm por dia, com ventos de até 100 km/h, devido à influência da ZCAS, ZCIT e VCAN. Enquanto isso, o Sul enfrenta uma onda de calor, com temperaturas que podem atingir 43°C até sexta-feira (7).

Na terça-feira (4), Quaraí (RS) registrou 43,8°C, recorde histórico no estado. O meteorologista Fábio Luengo, da Climatempo, alerta para temporais na região com a chegada de uma frente fria. “O calor extremo pode intensificar os ventos e causar tempestades severas”, afirmou.

Fevereiro deve ser marcado por chuvas no Norte e Nordeste e tempo seco no Sul, influenciado pelo La Niña. O Inmet prevê temperaturas acima da média no Pará e Mato Grosso. “O calor no Sul pode se prolongar, com possibilidade de novas ondas nos próximos dias”, diz Luengo.

Fonte: DCM

“Bolsonaro na cadeia”: web pede prisão do ex-presidente após anúncio da PGR sobre trama golpista

 

Jair Bolsonaro (PL): internautas pedem a prisão do ex-presidente nas redes sociais. Foto: reprodução
Com a divulgação de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar, nos próximos dias, uma denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe, internautas lotaram as redes sociais com memes, incluindo alguns gerados por IA, pedindo a prisão do ex-presidente.

A expectativa entre integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional é de que o processo avance ainda em fevereiro. Até o momento, a investigação foi conduzida pela Polícia Federal (PF), mas, com a formalização da denúncia, caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, analisar e oficializar as acusações.

Além disso, a PGR avalia apresentar mais de uma denúncia no caso da trama golpista. A estratégia de dividir as acusações tem como objetivo agilizar a análise no Supremo Tribunal Federal (STF), facilitando a instrução do processo, que será julgado pela Primeira Turma da Corte após a liberação do ministro Alexandre de Moraes.

Confira a repercussão:


Fonte: DCM

Narrador chama comentarista de “pilantra” e internautas apontam alvo da indireta

 

Jorge Iggor e Mauro Cezar Pereira. Foto: Reprodução
Jorge Iggor, narrador da TNT Sports, rebateu nesta terça-feira (4) as críticas de Mauro Cezar Pereira. Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, o jornalista esportivo chamou o ex-comentarista da ESPN de “pilantra”.

“Os brasileiros estão cansados de pilantragem e hipocrisia nas redes sociais. Isso ainda vende muito, não é? O pilantra se dá bem, mas cada vez mais ele é confrontado com suas próprias incoerências. Fico muito feliz de estar do outro lado, o pilantra está lá e eu estou aqui”, disse Jorge Iggor, sem citar Mauro Cezar. “Eu acho que o futebol é emoção, e é assim que eu pauto meu trabalho”, acrescentou.

A declaração ocorreu após Mauro afirmar que o choro do narrador durante a transmissão da apresentação de Neymar na Vila Belmiro, na última sexta-feira (31), não é uma postura profissional.

“Teve jornalista chorando lá porque o Neymar chegou… Pelo amor de Deus, gente! A pessoa é escalada para cobrir e entra ao vivo chorando ‘Ai, não sei o que, que emoção…’, cara, isso não dá, meu irmão, sério! Não tem um chefe para falar: ‘Meu filho, não pode ser assim…’? Pô, pera aí, se for assim, compra um ingresso e vai para a arquibancada”, disparou.


Fonte: DCM

Lula critica anistia e minimiza eventual candidatura de Bolsonaro em 2026: “se for comigo, vai perder outra vez”

Presidente disse ser “hilariante” que os golpistas peçam anistia antes mesmo de serem condenados: “não acreditam que são inocentes?”

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em entrevista nesta quarta-feira (5) a rádios de Minas Gerais, o presidente Lula (PT) criticou o movimento da extrema-direita brasileira para anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os outros envolvidos na tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022. Segundo Lula, os próprios golpistas estão se condenando ao pedirem anistia antes mesmo do fim do processo.

“As pessoas são muito interessantes. Nem terminou o processo e as pessoas já querem anistia. Ou seja, eles não acreditam que são inocentes? Eles deveriam acreditar que são inocentes e não ficar pedindo anistia antes do juiz determinar qual é a punição ou se vai ter punição. O que estamos garantindo é um processo de julgamento altamente democrático, em que eles têm todo o direito de defesa. Agora, quando as pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia é porque as pessoas estão se condenando. Eles acham que fizeram exatamente aquilo que a Justiça está dizendo que eles fizeram. Então, primeiro, espera o julgamento, se defendam. Vai ter uma condenação, vocês honram ou não”, disse.

Na sequência, o presidente voltou a afirmar que Bolsonaro terá o direito de se defender, o que ele próprio não teve quando foi preso em 2018, e disse que vecerá a eleição caso se enfrentem novamente. “Vocês têm o direito de se defender. Haverá o direito de defesa que nunca houve para mim, e para ele [Jair Bolsonaro] vai haver. E se a Justiça entender que ele pode concorrer às eleições, ele pode concorrer. E se for comigo, vai perder outra vez. Não há possibilidade de a mentira ganhar uma eleição nesse país. Não há possibilidade dos blefadores, daqueles que não têm nenhum respeito pelas crianças que ficam na televisão, na internet, acompanhando a mentira deles. Estou muito tranquilo com relação a isso. Quem vai decidir o processo é a Justiça. Quem vai absolver ou condenar é a Justiça”, pontuou.

Lula também lembrou do plano golpista que envolvia o seu assassinato, assim como o do vice-preisdente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e fez uma comparação com a situação dos comunistas no Brasil no século passado.

Fonte: Brasil 247

Prima comemora morte de ex-prefeito executado em Natal: “maravilhoso, aquele imundo!"

Miguel Cabral governou São Pedro por oito anos, deixando o cargo em 1º de janeiro deste ano

Miguel Cabral e sua prima, Ana Clara Cabral (Foto: Reprodução)

O ex-prefeito de São Pedro (RN), Miguel Cabral (MDB), foi executado a tiros na noite da última segunda-feira (3/2) no Lago de Atheneu, em Natal. O crime aconteceu quando ele e outras pessoas estavam em um estabelecimento comercial e foram surpreendidos por criminosos armados. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.

Segundo relatos de testemunhas à Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN), um carro se aproximou do local e os ocupantes dispararam contra Cabral e outras vítimas. O ex-prefeito chegou a ser socorrido para um hospital particular, mas não resistiu aos ferimentos. O estado de saúde dos outros baleados não foi informado.

A perícia identificou no local munições de calibres 9 mm e .40, indicando que os assassinos usaram armas de alto poder de fogo. Após a execução, os suspeitos fugiram e, até o momento, não foram localizados. A Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), iniciou as investigações para apurar a motivação e possíveis autores do crime.

⊛ Prima do ex-prefeito celebra sua morte

O assassinato de Miguel Cabral ganhou ainda mais repercussão após uma manifestação polêmica de sua prima, Ana Clara Cabral, nas redes sociais. Ela comemorou a morte do ex-prefeito, afirmando que ele teria assassinado seu irmão em 2014.

“Maravilhoso, maravilhoso, não tem data melhor para mim. Sabe por quê? Porque nesse exato momento recebi a notícia que o imundo que ceifou a vida do meu irmão, primo dele, acabou de morrer. E que interessante, morreu da mesma forma covarde que ele tirou a vida do meu irmão”, declarou Ana Clara.

Ela também afirmou que, antes de morrer, seu irmão teria mencionado o nome de Miguel Cabral como responsável pelos disparos que o mataram. “Ele morreu fazendo a mesma coisa que o meu irmão fez, falando o nome de quem tirou a vida dele”, declarou. E concluiu: “Aqui se faz, aqui se paga, já dizia o velho ditado.”

⊛ Autoridades prometem rigor na investigação

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), usou as redes sociais para se manifestar sobre o caso, garantindo que a apuração terá "total comprometimento" por parte das forças de segurança do estado.

Miguel Cabral governou São Pedro por oito anos, deixando o cargo em 1º de janeiro deste ano. O município, localizado a cerca de 60 km de Natal, agora acompanha de perto o desenrolar das investigações sobre sua execução.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Globo usa rombo inexistente das estatais para defender privatização selvagem

Jornal parte de premissas falsas para defender a agenda privatista

Líderes de estatais apresentam compromissos de sustentabilidade ao G20 (Foto: Divulgação BNDES)

O editorial do jornal O Globo desta quarta-feira (5) é um exemplo clássico de como narrativas podem ser construídas a partir de premissas falsas para sustentar agendas ideológicas. O texto tenta convencer seus leitores de que existe um "rombo recorde" nas estatais federais, minimizando o fato de que as maiores e mais lucrativas empresas do país — Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras — não foram incluídas nos cálculos.

Essa omissão não é um detalhe insignificante, mas o cerne da manipulação. Excluir empresas que geram bilhões em lucros anuais é uma estratégia para criar a falsa impressão de que o setor público é ineficiente e deficitário. É uma narrativa conveniente para quem defende a privatização selvagem, que transforma patrimônio público em mercadoria a ser entregue ao setor privado, sem considerar o impacto social e estratégico dessas empresas para o Brasil.

O Globo também ignora o papel fundamental que estatais desempenham na economia, na geração de empregos e na prestação de serviços essenciais, especialmente em regiões onde o setor privado não tem interesse em atuar. Empresas como Correios e Infraero não existem para dar lucro a acionistas, mas para garantir a integração nacional e a soberania logística e de comunicações do país.

O editorial ainda desconsidera o histórico recente de privatizações, que frequentemente resultaram em aumento de tarifas, piora na qualidade dos serviços e demissões em massa. O caso das concessões de energia elétrica e telefonia é emblemático: prometeram eficiência e acabaram entregando serviços caros e instáveis.

Por trás da retórica alarmista do Globo está o velho projeto de transferir para o mercado o que é do povo. Em vez de debater soluções para aprimorar a gestão das estatais, o jornal prefere o caminho fácil da venda do patrimônio público, beneficiando interesses privados que pouco se importam com o desenvolvimento nacional.

O Brasil precisa de um debate sério sobre o papel das estatais, baseado em dados concretos e não em ficções criadas para justificar agendas neoliberais.

Fonte: Brasil 247