domingo, 2 de fevereiro de 2025

“BYD venceu a guerra dos carros elétricos e as tarifas são ruins para os Estados Unidos”, diz Richard Wolff

Em análise no YouTube, economista detalha a queda acelerada do império americano

     BYD (Foto: Reuters)

Em uma análise contundente publicada em seu canal no YouTube, o economista Richard Wolff abordou o declínio acelerado dos Estados Unidos como potência global e criticou as políticas tarifárias do país, especialmente as que afetam a indústria de carros elétricos. Segundo Wolff, a empresa chinesa BYD venceu a competição global por veículos elétricos, mas os EUA, ao impor tarifas de 100% sobre esses produtos, estão prejudicando sua própria economia.

“A BYD venceu a guerra dos carros elétricos. Eles produzem os melhores veículos elétricos do mundo, com a melhor qualidade e os preços mais baixos. Mas os americanos não veem esses carros nas ruas porque o governo impôs uma tarifa de 100% sobre eles”, explicou Wolff. “Isso significa que, se um caminhão elétrico da BYD custa US$ 30 mil, um americano teria que pagar US$ 60 mil. Enquanto isso, empresas como Ford e General Motors vendem veículos elétricos inferiores por US$ 40 ou 50 mil.”

Wolff destacou que essa política protecionista beneficia apenas as montadoras americanas, mas prejudica outros setores da economia dos EUA. “Se você é um produtor de camisas, cadeiras ou software, precisa de veículos elétricos para transportar seus produtos. Enquanto seus concorrentes na Europa, Ásia ou América do Sul compram veículos da BYD por US$ 30 mil, você tem que pagar US$ 40 ou 50 mil para a Ford. Isso torna sua empresa menos competitiva, e você acaba demitindo trabalhadores”, afirmou.

⊛ O declínio do império americano

Wolff não se limitou a criticar as tarifas. Ele traçou um panorama amplo do que chamou de “declínio do império americano”. Segundo o economista, os EUA estão perdendo influência global para blocos como os BRICS, que reúnem países como China, Índia, Rússia e Brasil. “Os BRICS representam de 55% a 60% da população mundial e cerca de 35% da produção global. Enquanto isso, os EUA e seus aliados do G7 respondem por apenas 28% da produção mundial”, disse.

Ele também citou a recente adesão da Indonésia aos BRICS como um sinal dessa mudança. “A Indonésia tem 280 milhões de habitantes, quase o tamanho dos EUA, que têm 330 milhões. Quando um país desse tamanho se junta aos BRICS, é um sinal claro de que o mundo está se reorganizando, e os EUA não estão mais no centro.”

⊛ Guerras perdidas e dívidas crescentes

Wolff lembrou que os EUA têm uma história recente de derrotas militares e estratégicas. “Perdemos no Vietnã, no Afeganistão, no Iraque e estamos perdendo na Ucrânia. Enquanto isso, nossa dívida pública ultrapassa US$ 30 trilhões, e nossos maiores credores são Japão e China. Isso significa que parte dos impostos que os americanos pagam vai para a China, que usa esse dinheiro para fortalecer seu exército”, explicou.

O economista também criticou a política de sanções contra a Rússia, que, segundo ele, fracassou. “A ideia era reduzir o rublo a ‘escombros’, mas a economia russa cresceu mais do que a americana nos últimos dois anos. A Rússia simplesmente vendeu seu petróleo e gás para China e Índia, e as sanções não funcionaram.”

⊛ O papel da China e o futuro incerto

Wolff destacou o papel central da China na nova ordem global. “A China é a economia que mais cresce no mundo. Todas as grandes empresas de tecnologia dos EUA têm equivalentes na China. Eles estão construindo ferrovias na África, liderando a produção de carros elétricos e dominando setores estratégicos”, afirmou.

Ele também criticou a falta de preparo dos EUA para lidar com essa realidade. “Estamos em negação. Nossos líderes não conseguem admitir que o império está em declínio. Em vez de enfrentar os problemas, eles preferem culpar os outros e proteger os interesses das grandes corporações.”

⊛ O que vem pela frente?

Para Wolff, o futuro dos EUA dependerá de dois fatores principais: as ações de outros países, como China, Índia e Brasil, e a capacidade dos americanos de se organizarem para enfrentar os desafios. “A classe trabalhadora está sendo espremida há décadas, mas há sinais de que as pessoas estão acordando. Greves na Starbucks, na Amazon e em outras empresas mostram que o movimento trabalhista está renascendo”, disse.

Ele concluiu com uma mensagem de esperança: “Este é um momento histórico. O império está em declínio, mas isso pode ser uma oportunidade para construirmos algo melhor. Depende de nós.”

A análise de Richard Wolff, disponível em seu canal no YouTube, oferece uma visão crítica e detalhada dos desafios enfrentados pelos EUA em um mundo em transformação. Seu alerta sobre as tarifas e o declínio do império americano ressoa como um chamado para que o país enfrente sua realidade e busque soluções coletivas. 

Assista:
Fonte: Brasil 247

Morre aos 86 anos o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso

Causa da morte foi uma múltipla falência de órgãos

Newton Cardoso (Foto: Arquivo pessoal)

O ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso (MDB) morreu na madrugada deste domingo (2), em Belo Horizonte, aos 86 anos.

Seu filho, o deputado federal Newton Cardoso Júnior (MDB), informou ao portal g1 que o ex-governador estava internado há alguns dias no Hospital Orizonti, no bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul da capital mineira. A causa da morte foi uma múltipla falência de órgãos.

O velório será realizado nesta segunda-feira (3), às 10h, no Palácio da Liberdade, com honrarias em reconhecimento à trajetória política de Cardoso. Após a cerimônia, o corpo será cremado em uma cerimônia restrita à família.

Em uma rede social, Newton Cardoso Júnior lamentou a perda do pai: “Com profunda tristeza e uma imensa dor no coração, comunico o falecimento do meu querido Pai, Newton Cardoso, que nos deixou nesta madrugada do dia 02/02/2025, aos 86 anos. Fundador do MDB, foi Governador de Minas Gerais, Vice-Governador, Prefeito de sua querida Contagem por três mandatos, Deputado Federal por três mandatos.”

fonte: Brasil 247 com informações do G1

China condena tarifas dos EUA e promete retaliação na OMC

Medida dos Estados Unidos viola regras da OMC e pode prejudicar cooperação internacional no combate ao tráfico de drogas, alerta governo chinês

Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jiping, da China (Foto: REUTERS / KEVIN LAMARQUE)

O governo da China manifestou dura oposição à decisão dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais sobre produtos chineses. Em declaração oficial divulgada no domingo, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que o país “condena firmemente” a medida e adotará contramedidas necessárias para defender seus direitos e interesses. As informações são do Global Times.

“A posição da China é firme e consistente. Guerras comerciais e tarifárias não têm vencedores. O aumento unilateral de tarifas pelos EUA viola gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), não resolve os problemas internos dos Estados Unidos e, mais importante, não beneficia nenhuma das partes, muito menos o mundo”, destacou o ministério.

Além das críticas à política tarifária, a China destacou o impacto negativo da decisão na cooperação internacional, especialmente no combate ao tráfico de drogas. O governo chinês ressaltou que possui uma das políticas mais rigorosas de controle de entorpecentes do mundo e que a crise do fentanil é um problema interno dos EUA.

“Em um espírito humanitário, a China apoiou os esforços dos EUA para enfrentar a crise do fentanil. A pedido dos Estados Unidos, fomos o primeiro país a listar oficialmente toda a classe de substâncias relacionadas ao fentanil em 2019. A cooperação antidrogas entre os dois países gerou resultados notáveis, amplamente reconhecidos internacionalmente”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores.

O ministério enfatizou que os Estados Unidos deveriam lidar com sua crise de fentanil de forma objetiva e racional, em vez de utilizar tarifas como forma de pressionar outras nações. Segundo o governo chinês, medidas tarifárias adicionais prejudicam a cooperação no combate às drogas e minam a confiança entre os dois países.

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou no sábado uma ordem executiva impondo uma tarifa de 10% sobre produtos importados da China, além de tarifas de 25% sobre bens provenientes do México e do Canadá.

Em resposta, o Ministério do Comércio da China (MOFCOM) anunciou que o país entrará com uma ação na OMC contra as práticas dos Estados Unidos e tomará contramedidas correspondentes para proteger seus direitos e interesses. “A China está profundamente insatisfeita e se opõe firmemente às tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses”, declarou o MOFCOM.

O ministério destacou que a imposição unilateral de tarifas pelos Estados Unidos não contribui para a resolução de seus próprios problemas, além de prejudicar a cooperação econômica e comercial normal entre os dois países. “Esperamos que os EUA encarem e resolvam suas questões internas de forma objetiva e racional, em vez de usar tarifas como medida coercitiva contra outras nações”, acrescentou o MOFCOM.

O Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) também manifestou “profundo pesar e forte oposição” à decisão dos EUA. Em comunicado divulgado no domingo à noite, a entidade afirmou que o aumento unilateral de tarifas viola gravemente as regras da OMC, transfere os custos para empresas e consumidores norte-americanos e compromete a estabilidade da cadeia global de suprimentos.

“Não há vencedores em guerras comerciais e tarifárias. Apelamos para que os Estados Unidos cessem suas ações equivocadas e colaborem com outras nações para promover a estabilidade econômica global e o crescimento, injetando energia positiva no desenvolvimento da economia mundial”, concluiu o CCPIT.

Fonte: Brasil 247 com informações do Global Times

Elon Musk obtém acesso ao sistema de pagamentos do Tesouro dos EUA

Decisão levanta preocupações sobre conflitos de interesse e segurança de dados

Elon Musk participa da cerimônia de posse de Trump 20/01/2025 (Foto: Chip Somodevilla/Pool via REUTERS)

Reuters – O bilionário Elon Musk e sua equipe do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental receberam acesso ao sistema de pagamentos do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, informou o New York Times neste sábado (1º).

A medida põe fim a um impasse que durava dias e suscita críticas sobre os riscos de interferência política e conflitos de interesse, dado o envolvimento de Musk em empresas que mantêm contratos com o governo.

Musk, que também é CEO da SpaceX e presidente do Departamento de Eficiência Governamental — uma unidade criada por ordem do presidente Donald Trump e que opera a partir da Casa Branca —, foi incumbido de identificar fraudes e desperdícios nos gastos públicos.

Para cumprir essa tarefa, ele buscava acesso ao sistema que administra a distribuição de fundos federais, incluindo pagamentos da Seguridade Social, reembolsos de impostos e contratos governamentais.

O acesso havia sido inicialmente negado por David Lebryk, um veterano do Tesouro, que acabou sendo afastado do cargo e, posteriormente, aposentado.

A decisão final coube ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, que autorizou o acesso da equipe de Musk na sexta-feira, segundo o New York Times.

O sistema gerencia mais de US$ 6 trilhões em pagamentos anuais e contém informações pessoais de milhões de cidadãos americanos.

A autorização para que o Departamento de Eficiência Governamental tenha acesso irrestrito aos dados gerou reações imediatas.

O senador democrata Ron Wyden, membro sênior da Comissão de Finanças do Senado, confirmou a concessão do acesso em uma publicação na rede social Bluesky:

“Fontes informaram ao meu gabinete que o secretário do Tesouro, Bessent, concedeu ao DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) acesso total ao sistema. Benefícios da Seguridade Social e do Medicare, subsídios, pagamentos a contratantes do governo — incluindo aqueles que competem diretamente com as empresas de Musk. Tudo isso está agora ao alcance da equipe dele,” declarou Wyden.

Em carta enviada a Bessent na sexta-feira, Wyden expressou preocupação com o que classificou como “interferência política motivada”, alertando que isso poderia causar “danos severos ao país e à economia”.

Musk, por sua vez, fez uma postagem na rede X no sábado, alegando, sem apresentar provas, que autoridades do Tesouro haviam sido instruídas a aprovar pagamentos para “grupos fraudulentos ou terroristas conhecidos”.

A polêmica em torno da decisão envolve não apenas o potencial de uso político do sistema de pagamentos, mas também o risco de vazamento de dados sensíveis e o conflito de interesses, uma vez que Musk lidera empresas que mantêm contratos bilionários com o governo federal.

O Departamento de Eficiência Governamental, embora atue com prerrogativas de um órgão oficial, não é uma agência federal formal, o que agrava as preocupações sobre transparência e fiscalização.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

China, Canadá e México anunciam retaliações a tarifas de Trump

Guerra comercial de Trump contra seus três principais parceiros comerciais promete se intensificar

Presidente dos EUA, Donald Trump - 30/01/2025 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

Canadá, México e China anunciaram que adotarão medidas de retaliação em resposta às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assinou neste sábado (1) um decreto estabelecendo taxas de 25% sobre produtos de seus vizinhos e de 10% sobre todas as importações chinesas.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse em coletiva de imprensa que Ottawa irá impor tarifas de importação de 25% sobre produtos dos EUA em resposta às ações de Washington.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse em postagem na rede social X que instruiu seu ministro da Economia a aplicar "medidas tarifárias e não tarifárias" para proteger os interesses do país.

A China entrará com uma ação na Organização Mundial do Comércio (OMC) em resposta às tarifas dos EUA e adotará contramedidas apropriadas, afirmou o Ministério do Comércio da China em comunicado.

A guerra comercial de Trump promete se intensificar. Isto porque o novo decreto inclui a opção de aumentar as tarifas caso algum país adote medidas de retaliação contra Washington, de acordo com a CNN.

Os três países são os três principais parceiros comerciais dos EUA. A Casa Branca havia descartado a possibilidade de uma guerra comercial, enquanto a medida vem gerando ampla oposição tanto no âmbito doméstico quanto internacional. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik

Brasileiro deportado que chegou no Brasil algemado juntou R$ 170 mil e quase morreu para entrar nos EUA

O mineiro decidiu tentar a imigração ilegal após ver relatos de brasileiros que, segundo ele, estavam conseguindo prosperar nos EUA

Brasileiro deportado (Foto: Reprodução)

 Carlos Vinicius de Jesus, de 29 anos, viu seu sonho de uma vida melhor nos Estados Unidos se transformar em um pesadelo. O brasileiro, que trabalhava como frentista em Vespasiano (MG), vendeu a casa e a moto para financiar a travessia ilegal para o país norte-americano. A jornada terminou em prisão e deportação. A história foi relatada pelo UOL.

O mineiro decidiu tentar a imigração ilegal após ver relatos de brasileiros que, segundo ele, estavam conseguindo prosperar nos EUA. "Separei tudo que tinha juntado, vendi minha casa, minha moto e tudo o que eu tinha", contou. Com cerca de R$ 170 mil, iniciou o trajeto em maio de 2023. Do Brasil, seguiu para o Panamá e depois para a Guatemala, onde embarcou em um barco clandestino com mais 12 pessoas rumo ao México.

A travessia foi marcada pelo medo. "Eu não sei nadar, a maioria do meu dinheiro já tinha acabado, fiquei com medo do barco virar na água e morrer todo mundo", relembrou. Já em território mexicano, precisou fugir da polícia e passou dias escondido antes de seguir para Tijuana, na fronteira com os EUA.

Carlos conseguiu atravessar o muro que separa os dois países, mas foi capturado pouco depois. "A intenção era pegar um táxi e ir para outro local, mas um carro parou e disse que se a gente não fosse até o posto de imigração tomaríamos um tiro", relatou. Ele foi preso pela patrulha migratória e levado para uma instalação conhecida como "geleira", onde imigrantes são mantidos sob baixíssimas temperaturas. "Só me deram um plástico prateado, como se fosse uma manta térmica, burrito e água".

O brasileiro passou oito meses detido na Califórnia enquanto aguardava uma resposta sobre o pedido de asilo. Sem perspectiva de conseguir permanecer no país, optou pela deportação. "Eu já não aguentava mais ficar naquela prisão. Queria voltar para o meu país".

O voo de retorno foi mais uma experiência traumática. Algemado por três dias, Carlos relatou problemas técnicos na aeronave e maus-tratos durante o trajeto. "Desde que o avião decolou, a gente sabia que tinha algo errado. A turbina estava saindo fumaça, não tinha comida, só água. Eles não queriam deixar as pessoas usarem o banheiro e nem tomar as medicações com hora marcada. Os idosos começaram a passar mal e desmaiar".

Após um pouso de emergência em Manaus, o governo brasileiro enviou uma aeronave da FAB para concluir o trajeto até Belo Horizonte. No Brasil, Carlos tenta reconstruir a vida e faz um alerta a quem deseja tentar a mesma travessia. "Estou aceitando qualquer trabalho porque tenho que sustentar os meus dois filhos. Mas se tem algo que quero fazer é ajudar as pessoas a não fazerem o que fiz. Eu quase morri naquele país. Mas eu sou trabalhador, não sou criminoso, só queria dar uma vida melhor para os meus filhos. Como deu errado, a gente volta e recomeça aqui mesmo".

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

China critica tarifas de Trump e diz que 'fentanil é problema dos EUA'

Governo chinês denuncia nova tarifa de 10% sobre importações e promete recorrer à OMC

China e EUA podem ter uma relação madura e estável (Foto: Global Times )

Reuters – O governo da China condenou neste domingo a decisão da administração Trump de impor uma tarifa de 10% sobre produtos chineses, medida que entrará em vigor na próxima terça-feira. O Ministério das Finanças e o Ministério do Comércio da China anunciaram que irão contestar a tarifa junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) e adotar "contramedidas" ainda não especificadas.

O anúncio chinês ocorre após o presidente Donald Trump ordenar tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México e de 10% sobre mercadorias chinesas, justificando a medida como uma forma de pressionar Pequim a conter o fluxo de fentanil para os Estados Unidos.

Em resposta, o Ministério do Comércio da China afirmou que a decisão de Trump "viola gravemente as regras do comércio internacional" e pediu aos EUA que "engajem em um diálogo franco e fortaleçam a cooperação".

Embora tenha prometido ações na OMC, a postura chinesa foi menos agressiva do que em confrontos anteriores da guerra comercial com Trump.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, reiterou que "não há vencedores em uma guerra comercial", reforçando o tom diplomático adotado nas últimas semanas.

No entanto, o ponto mais contundente da resposta de Pequim foi a rejeição das acusações de Trump sobre o fentanil.

"O fentanil é um problema dos Estados Unidos", declarou o Ministério das Relações Exteriores da China. "O lado chinês tem realizado uma ampla cooperação antidrogas com os Estados Unidos e alcançado resultados notáveis."

O governo Biden também havia pressionado a China a coibir o envio de precursores químicos usados na produção do opioide sintético, mas Pequim argumenta que o problema é interno aos EUA.

O fentanil tem sido responsável por uma grave crise de overdose no país, com milhares de mortes anuais, especialmente entre jovens.

Especialistas avaliam que o impacto da nova tarifa será significativo para setores estratégicos da economia chinesa, mas Pequim parece disposta a manter o canal de diálogo aberto para evitar uma escalada no conflito comercial.

Fonte: Brasil 247 com informações da agência Reuters

Canadá anuncia tarifas retaliatórias contra os EUA em resposta a medidas de Trump

Trudeau critica decisão "irresponsável" dos EUA e impõe tarifas de 25% sobre US$ 107 bilhões em produtos americanos

Trudeau anuncia tarifas contra produtos dos EUA (Foto: Reuters)

Reuters – O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou neste sábado (1º) a imposição de tarifas de 25% sobre C$ 155 bilhões (US$ 107 bilhões) em produtos dos Estados Unidos, em resposta direta às novas tarifas decretadas pelo presidente norte-americano Donald Trump. A decisão foi divulgada em coletiva de imprensa em Ottawa, ao lado do ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, da ministra das Relações Exteriores, Mélanie Joly, e do ministro da Segurança Pública, David McGuinty.

As tarifas canadenses começam a vigorar na próxima terça-feira para um volume de C$ 30 bilhões em produtos, enquanto o restante, C$ 125 bilhões, terá efeito em 21 dias.

"As ações do presidente Trump terão consequências reais para os americanos", declarou Trudeau, destacando que as tarifas canadenses afetarão itens icônicos da economia dos EUA, como cerveja, vinho e bourbon, além de frutas, sucos — incluindo o suco de laranja da Flórida, estado natal de Trump —, roupas, equipamentos esportivos e eletrodomésticos.

Trump havia ordenado horas antes tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México, além de 10% para produtos chineses, aumentando o risco de uma guerra comercial que, segundo economistas, pode desacelerar o crescimento global e reacender a inflação. O presidente dos EUA também anunciou uma tarifa de 10% sobre todas as importações de energia canadense.

⊛ Impacto econômico e tensão bilateral

Trudeau alertou para os impactos negativos das tarifas americanas sobre a própria economia dos EUA.

"As tarifas contra o Canadá colocarão em risco empregos americanos, podendo levar ao fechamento de fábricas de montagem de automóveis e outras indústrias", disse.

Ele destacou ainda que os custos para os consumidores dos EUA devem aumentar, afetando desde alimentos nos supermercados até o preço da gasolina.

O Canadá também estuda medidas não tarifárias em setores estratégicos, como minerais críticos e energia. O comércio entre os dois países, que compartilham a mais longa fronteira terrestre do mundo (9.000 km), movimenta mais de US$ 2,5 bilhões por dia, especialmente nos setores de energia e manufatura.

Em 2023, o Canadá exportou cerca de C$ 550 bilhões em bens e serviços para os EUA, representando mais de 75% de suas exportações totais. Esse comércio responde por cerca de 17,8% do PIB canadense e sustenta mais de 2,4 milhões de empregos no país.

⊛ Crise política interna e apelo ao patriotismo

O anúncio das tarifas ocorre em meio a uma crise política interna no Canadá, com Trudeau enfrentando baixos índices de aprovação e já tendo anunciado que deixará o cargo após nove anos, assim que um novo líder do Partido Liberal for escolhido. Pesquisas recentes indicam a possibilidade de uma vitória esmagadora dos conservadores nas próximas eleições.

Apesar do tom duro, Trudeau fez questão de lembrar a longa história de cooperação entre os dois países.

"Das praias da Normandia às montanhas da Península da Coreia, dos campos da Flandres às ruas de Kandahar, lutamos e morremos ao lado de vocês nos momentos mais sombrios", afirmou. "Construímos a parceria econômica, militar e de segurança mais bem-sucedida que o mundo já viu."

O primeiro-ministro concluiu incentivando os canadenses a apoiar a economia local.

"Não pedimos por isso, mas não recuaremos. Comprem produtos canadenses, viajem pelo Canadá. Juntos, superaremos este desafio."

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Especialistas alertam que tarifas dos EUA contra China, México e Canadá podem aumentar inflação e custos para consumidores

Trump planeja impor novas taxas sobre importações; Canadá e México prometem resposta enérgica

Trump anuncia taxação contra México por conta da imigração (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

O governo dos Estados Unidos deve impor tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, além de 10% sobre importações da China, a partir deste sábado (1), segundo anunciou a Casa Branca. Especialistas consultados pelo Global Times apontam que a medida intensifica o protecionismo econômico dos EUA e pode pressionar a inflação no país.

O porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, já havia se manifestado em 23 de janeiro, alertando que as tarifas prejudicam não apenas a China e os EUA, mas também a economia global. Durante coletiva de imprensa na sexta-feira (31), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, justificou a imposição das tarifas mencionando a crise do fentanil nos EUA. Segundo ela, a medida representaria uma resposta ao tráfico da substância: "pelo fentanil ilegal que eles obtiveram e permitiram distribuir em nosso país, o que matou dezenas de milhões de americanos", disse.

A rede NBC destacou que o impacto das tarifas será sentido por consumidores e empresas dos EUA, que pagarão mais caro por produtos importados, como eletrônicos, brinquedos, calçados, alimentos, madeira e automóveis. Apesar disso, o ex-presidente Donald Trump minimizou os efeitos da medida, afirmando que pode haver apenas uma "interrupção temporária e de curto prazo" e que os americanos entenderão a necessidade da decisão. "As tarifas garantirão que outros países tratem os EUA de forma justa", declarou ele ao canal Fox News.

Especialistas avaliam que a decisão de Trump reforça sua retórica contra China, México e Canadá, mas não apresenta uma justificativa econômica clara. "Esta é uma escalada do protecionismo dos EUA, que aumentará os custos para consumidores e empresas, além de prejudicar as cadeias de suprimentos globais", afirmou Zhou Mi, pesquisador da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica, ao Global Times. Ele também destacou que as tarifas podem ser aplicadas de forma generalizada, em vez de mirarem produtos específicos.

O pesquisador Lü Xiang, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, alertou que a medida poderá afetar os investimentos chineses no México e no Canadá. "É um cenário de perda para todos os lados. Os EUA também arcarão com o custo, pois tarifas mais altas alimentam a inflação, aumentam o custo de vida e dificultam o controle econômico do governo", avaliou Lü ao Global Times.

Os países atingidos já se manifestaram contra a decisão. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, prometeu uma resposta rápida: "Estamos prontos para dar uma resposta proposital, enérgica, mas razoável e imediata", declarou ele durante um evento em Toronto. "Não é o que queremos, mas se ele seguir em frente, também agiremos", afirmou, segundo a CBC News.

No México, o ministro da Economia, Marcelo Ebrard, classificou a decisão como um erro. "Impor tarifas de 25% sobre nossos produtos aumentará os custos para os consumidores dos EUA", disse ele à Bloomberg. Ebrard também assegurou que o México está preparado para reagir a qualquer ação do governo Trump.

Fonte: Brasil 247 com Global Times

DeepSeek, IA da China, é o aplicativo mais baixado do mundo em 2025

Aplicativo de inteligência artificial supera ChatGPT em popularidade e provoca debates sobre soberania tecnológica e segurança cibernética

O logotipo da DeepSeek é visto nesta ilustração tirada em 27 de janeiro de 2025 (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

O software de inteligência artificial (IA) DeepSeek conquistou o topo dos rankings de downloads em dispositivos móveis em 140 mercados ao redor do mundo, segundo informou a Bloomberg em 31 de janeiro. O destaque vai para a Índia, que contribuiu com a maior parcela de novos usuários, respondendo por 15,6% dos downloads após o lançamento do novo modelo de IA, segundo reporta o site Guancha.

Dados da Appfigures, plataforma de análise de aplicativos, revelam que, desde 26 de janeiro, o DeepSeek ocupa o primeiro lugar em downloads na App Store da Apple, ultrapassando o ChatGPT da OpenAI nos Estados Unidos. O sucesso do DeepSeek não se restringe à Apple: a partir de 28 de janeiro, o aplicativo também lidera o ranking da Play Store do Google nos EUA, de acordo com o Sensor Tower.

Em apenas 18 dias, o DeepSeek alcançou impressionantes 16 milhões de downloads, quase o dobro dos 9 milhões registrados pelo ChatGPT em seu lançamento. O crescimento meteórico da plataforma despertou o interesse de gigantes da tecnologia, como NVIDIA, Intel, AMD, Amazon e Microsoft, que buscam integrar ou otimizar seus serviços com o DeepSeek.

No entanto, o avanço da IA chinesa também gerou preocupações em governos ocidentais. Nos EUA, o Departamento de Defesa e o Congresso emitiram diretrizes restringindo o uso do DeepSeek por seus funcionários, sob alegações de riscos à segurança nacional. Além disso, parlamentares norte-americanos defendem um controle mais rígido sobre a exportação de tecnologias essenciais para IA, acusando o DeepSeek de supostos "riscos cibernéticos" e até de "roubo de propriedade intelectual".

Na Índia, o sucesso do DeepSeek provocou reflexões sobre a capacidade tecnológica do país. O ministro da Eletrônica e Tecnologia da Informação, Ashwini Vaishnaw, ironizou declarações anteriores do CEO da OpenAI, Sam Altman, que duvidava da capacidade indiana de desenvolver um modelo de IA robusto com um orçamento modesto. "Eles [DeepSeek] criaram um modelo poderoso com apenas 5,5 milhões de dólares. Isso é o poder da inteligência", afirmou Vaishnaw.

O impacto do DeepSeek vai além dos números. Especialistas indianos consideram seu modelo "de baixo custo e alta eficiência" uma alternativa promissora para países em desenvolvimento, desafiando o domínio ocidental no setor de IA. No entanto, o crescimento da plataforma pode enfrentar obstáculos com a intensificação das restrições governamentais e as campanhas de desinformação sobre sua segurança.

Apesar das críticas e bloqueios, o DeepSeek continua a expandir sua presença global, enquanto empresas norte-americanas demonstram uma postura ambígua: enquanto o governo impõe barreiras, o setor privado abraça a tecnologia chinesa em busca de inovação e competitividade.

Fonte: Brasil 247 com informações do site Guancha

Trump confirma ameaça e impõe tarifas pesadas sobre Canadá, México e China

Medida do presidente dos EUA impõe tarifas agressivas usando lei de sanções emergenciais

Donald Trump em Washington - 30/1/2025 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)


Reuters – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avançou em território inédito da legislação comercial ao impor tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México, além de um acréscimo de 10% sobre produtos chineses. A justificativa da Casa Branca é o combate à crise do fentanil e à imigração ilegal.

Trump declarou emergência nacional com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977, que confere ao presidente amplos poderes para impor sanções econômicas em tempos de crise. Embora a lei seja frequentemente utilizada para sanções contra países em conflito, como a Rússia, esta é a primeira vez que é usada para justificar tarifas comerciais.

Especialistas em comércio e direito internacional preveem desafios jurídicos rápidos, já que a IEEPA nunca foi testada para tarifas de importação. "Os tribunais historicamente têm apoiado o poder do presidente para ações emergenciais, especialmente relacionadas à segurança nacional", afirmou Tim Brightbill, do escritório Wiley Rein. No entanto, ele pondera que a aplicação da lei a tarifas pode enfrentar resistência judicial.

Jennifer Hillman, professora de direito comercial na Universidade de Georgetown e ex-juíza da Organização Mundial do Comércio, questiona a conexão entre a emergência declarada e a solução proposta. "As tarifas não se aplicam apenas ao fentanil, portanto não há uma razão clara para que sejam 'necessárias' no enfrentamento da crise de drogas ou da imigração", disse.

O uso da IEEPA por Trump remete ao precedente do presidente Richard Nixon, que utilizou uma lei predecessora, o Trading With the Enemy Act de 1917, para impor tarifas generalizadas de 10% em 1971, durante uma crise de balanço de pagamentos. Embora os tribunais tenham apoiado Nixon, o contexto era mais diretamente ligado ao problema econômico em questão.

O senador democrata Tim Kaine apresentou recentemente um projeto de lei para restringir o uso da IEEPA na imposição de tarifas. "Os americanos querem preços mais baixos, não impostos desnecessários sobre produtos dos nossos principais parceiros comerciais", declarou Kaine.

Se os tribunais mantiverem o uso da IEEPA para tarifas, especialistas sugerem que o Congresso precisará reformar a lei para aumentar a supervisão presidencial. "Permitir que Trump assine uma ordem executiva com uma canetada mágica para impor tarifas desequilibra o sistema de pesos e contrapesos que o Congresso buscou estabelecer", alertou Peter Harrell, especialista em segurança nacional.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Pablo Marçal elogia convite do PRTB a Nikolas Ferreira: "um cara muito bom"

Iniciativa partiu do presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, que afirmou querer atrair políticos em busca de “liberdade” na trajetória política

     Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YT)

O coach de extrema direita Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo em 2024, avaliou como “muito positivo” o convite feito ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para se filiar à legenda, informou a coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

A iniciativa partiu do presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, que afirmou querer atrair políticos em busca de “liberdade” na trajetória política. Marçal avaliou o deputado mineiro como "um cara muito bom".

Nikolas, no entanto, descartou qualquer mudança partidária. “Agradeço pelo convite, mas não vou trocar de partido. O PL foi a casa que abraçou Bolsonaro, o maior líder da direita. Portanto, o PL é onde acredito que eu deva estar”, declarou o deputado à coluna.

O convite teria surgido após Avalanche interpretar uma fala do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma possível indireta a Nikolas. Bolsonaro mencionou que alguns políticos, empolgados com a popularidade, “querem dar voos bem mais altos”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Bolsonaro se irrita com Zambelli e recusa conversa em reunião do PL

Ex-presidente afastou aproximação da deputada alegando que ambos não poderiam se comunicar por serem investigados no mesmo inquérito

     Jair Bolsonaro e Carla Zambelli (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repreendeu a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante uma reunião com parlamentares do Partido Liberal neste sábado (1), na sede do partido em Brasília. Segundo informações apuradas pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, Bolsonaro impediu que a deputada se aproximasse dele e teria usado um tom exaltado para afastá-la.

A reação do ex-presidente ocorreu quando Zambelli se levantou para falar com ele. Bolsonaro então interrompeu a tentativa da parlamentar, alegando que ambos não poderiam se comunicar por serem investigados no mesmo inquérito. Ele não especificou qual investigação seria essa, mas a repreensão foi acompanhada de palavrões, conforme fontes presentes na reunião.

Na quinta-feira (30), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou o mandato da deputada por disseminação de notícias falsas sobre o STF e as urnas eletrônicas. A cassação, porém, ainda cabe recurso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula segue forte e Gusttavo Lima é nome mais competitivo da direita, diz nova pesquisa Quaest

Novo levantamento será divulgado nesta segunda-feira e testará nível de conhecimento, rejeição e potencial de voto de 12 candidatos

Lula e Gusttavo Lima (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reprodução/Instagram)

Uma nova pesquisa Genial/Quaest, que será divulgada nesta segunda-feira (3), trará cenários para a eleição presidencial de 2026 e testará, pela primeira vez, os nomes de Gusttavo Lima e Eduardo Bolsonaro como potenciais candidatos da direita, segundo informações antecipadas pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo.

A pesquisa "mostrará que Lula continua muito competitivo, mesmo com a piora na avaliação", diz o colunista. O levantamento também revelará que o cantor sertanejo surge como o nome mais competitivo contra o atual presidente em um eventual segundo turno.

O fator determinante para essa competitividade é o alto grau de conhecimento de Gusttavo Lima entre os eleitores. Outros possíveis adversários, como governadores da direita e Pablo Marçal, enfrentam um desconhecimento superior a 50%, o que limita suas chances no momento. A pesquisa avaliará o nível de conhecimento, rejeição e potencial de voto de 12 candidatos, incluindo Lula, Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Romeu Zema, Fernando Haddad, além de Gusttavo Lima e Eduardo Bolsonaro.

A pesquisa anterior da Genial/Quaest, realizada entre 23 e 26 de janeiro, apontou uma piora na avaliação do governo Lula. A aprovação caiu de 52% em dezembro para 47% em janeiro, enquanto a reprovação aumentou de 31% para 37%. A deterioração foi mais intensa em alguns segmentos específicos, como no Nordeste, onde a aprovação do presidente caiu de 48% para 37%. Entre as mulheres, a avaliação negativa subiu de 27% para 36%, e entre os eleitores com Ensino Médio e Superior, a reprovação passou de 33% para 43% e de 39% para 47%, respectivamente.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo

Wall Street Journal classifica a guerra comercial de Trump como 'a mais estúpida da história'

"Ser inimigo dos Estados Unidos é perigoso, mas ser amigo pode ser fatal", escreveu o jornal

Presidente dos EUA, Donald Trump - 20/01/2025 (Foto: Julia Demaree Nikhinson/Pool via REUTERS)


Em um editorial contundente publicado neste domingo, o Wall Street Journal classificou as recentes medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como "a guerra comercial mais estúpida da história". O jornal criticou duramente a decisão de Trump de impor tarifas de 25% sobre o Canadá e o México, enquanto aplicou apenas 10% sobre a China, seu principal concorrente econômico. A publicação destacou que essa abordagem desequilibrada faz lembrar uma antiga piada: "Ser inimigo dos Estados Unidos é perigoso, mas ser amigo pode ser fatal".

O editorial, também destacado pelo site chinês Guancha, argumentou que as tarifas não apenas prejudicam setores cruciais da economia americana, como automóveis e agricultura, mas também corroem a credibilidade internacional dos EUA. Segundo o Wall Street Journal, essa política pode dificultar a capacidade do país de negociar novos acordos comerciais no futuro, já que os aliados podem questionar a confiabilidade dos Estados Unidos.A publicação também rebateu as justificativas apresentadas pela Casa Branca para as tarifas. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, afirmou que Canadá e México são responsáveis pelo fluxo de drogas ilegais para os EUA. No entanto, o Wall Street Journal destacou que esse problema persiste há décadas e não será resolvido com tarifas, já que a demanda por drogas nos Estados Unidos continua alta.

Além disso, o jornal apontou que as tarifas podem desencadear retaliações por parte do Canadá e do México, países que já demonstraram capacidade de responder de forma estratégica. Em 2009, por exemplo, o México impôs tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA em resposta a uma disputa sobre transporte rodoviário. Da mesma forma, em 2018, o país retaliou com tarifas sobre produtos como aço, carne suína e bourbon após as medidas protecionistas de Trump.

O Canadá também prometeu uma resposta proporcional. O primeiro-ministro Justin Trudeau afirmou que seu país não hesitará em retaliar, mesmo que sua economia seja menor e possa sofrer mais impactos. No entanto, os consumidores americanos também sentirão os efeitos, com o aumento dos preços de produtos importados.

O Wall Street Journal destacou ainda que as tarifas ameaçam a integração econômica da América do Norte, especialmente no setor automotivo. A indústria automobilística dos EUA depende fortemente de cadeias de suprimentos que abrangem Canadá e México. Em 2024, o México foi responsável por 42% das importações de peças automotivas dos EUA, enquanto o Canadá contribuiu com 13%. A produção de um único veículo pode cruzar as fronteiras várias vezes para maximizar a eficiência e reduzir custos, beneficiando todos os envolvidos.

Além do setor automotivo, as tarifas podem afetar o comércio agrícola. O México é o maior fornecedor de abacates para os EUA, respondendo por 90% do mercado, e também exporta uma variedade de frutas e vegetais. Com a escassez de mão de obra nos EUA devido às restrições à imigração, muitos agricultores americanos já transferiram parte de suas operações para o México.

O editorial concluiu que, se as tarifas persistirem, essa pode se tornar uma das guerras comerciais mais prejudiciais da história, com impactos negativos para os EUA e seus vizinhos. A publicação sugeriu que, se Trump obtiver concessões simbólicas, ele pode recuar. No entanto, caso a disputa se prolongue, as consequências serão graves para todos os envolvidos.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa com preocupação. A China já se manifestou, afirmando que guerras comerciais não têm vencedores e que as medidas unilaterais dos EUA violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Outros países também temem que as ações de Trump possam desencadear um conflito comercial global, com repercussões negativas para a economia mundial.

A guerra comercial de Trump, segundo o Wall Street Journal, não apenas coloca em risco a estabilidade econômica da América do Norte, mas também ameaça a reputação dos Estados Unidos como um parceiro confiável no cenário internacional.

Fonte: Brasil 247

Argentinos vão às ruas contra Milei em ato do orgulho antifascista (vídeo)

Centenas de milhares de argentinos se mobilizaram em defesa da diversidade

Javier Milei atacou o feminismo em Davos (Foto: Reuters/Denis Balibouse)

Diferentes coletivos da comunidade LGBT+ se manifestaram no sábado (1) na Argentina contra o governo de ultradireita de Javier Milei, informou a C5N.

A "Marcha do Orgulho Antifascista" coordenou mobilizações em Buenos Aires, Rosário, Córdoba e outras capitais. A quantidade de manifestantes superou as expectativas, com centenas de milhares enchendo as ruas em resposta ao discurso de ódio de Milei.
"Viemos nos manifestar contra os discursos de ódio do presidente, porque depois eles se materializam em violência", contou uma das jovens no ato.

A manifestante acrescentou que "o governo tem a clara intenção de vir atrás de nossa identidade, então temos que defendê-la".

Em solidariedade com a situação de violência institucional que vivem as pessoas que integram o coletivo LGBT+, cidadãos e organizações de outros países decidiram se unir ao protesto. Usuários das redes sociais compartilharam fotos de Paris, Lisboa, Berlim, Londres, Roma e Barcelona.

O estopim dos protestos foi o recente anúncio de que o governo argentino elabora um projeto de lei para eliminar do Código Penal o conceito de feminicídio. Milei também quer revogar a Lei de Identidade de Gênero, definindo apenas dois gêneros nos documentos oficiais — masculino e feminino.

Fonte: Brasil 247 com informações a C5N

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Lula parabeniza Hugo Motta por eleição à presidência da Câmara e destaca parceria entre Executivo e Legislativo

Presidente reafirma compromisso com desenvolvimento do país e responsabilidade fiscal, social e ambiental

Lula e Hugo Motta (Foto: Reprodução/X/@guimaraes13PT)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou neste sábado (1) o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) por sua eleição à presidência da Câmara dos Deputados. Em nota oficial, Lula destacou a importância da parceria entre os Poderes para garantir o avanço do país e reforçou seu compromisso com uma gestão equilibrada.

"Parabenizo o deputado Hugo Motta pela sua eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados. Estou certo de que avançaremos ainda mais nessa parceria exitosa entre Executivo e Legislativo, para a construção de um Brasil cada vez mais desenvolvido e mais justo, com responsabilidade fiscal, social e ambiental", declarou o presidente.

Motta foi eleito com 444 votos, em uma disputa resolvida no primeiro turno, consolidando o domínio do Centrão na Câmara. O parlamentar, que já ocupava posição de destaque na Casa, assume o comando com apoio tanto do governo quanto de partidos de oposição, o que lhe confere grande influência no cenário político nacional.

A relação entre Executivo e Legislativo será um dos desafios da nova gestão, especialmente diante de pautas prioritárias para o governo Lula, como a reforma tributária e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. A expectativa do Planalto é de que Motta, apesar de sua ligação com o Centrão, mantenha um canal de diálogo aberto com o governo para garantir o avanço dessas medidas.

Na segunda-feira (3), Lula deve se reunir com o novo presidente da Câmara e com o presidente eleito do Senado, Davi Alcolumbre, consolidando as primeiras articulações da nova composição do Congresso.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro liga para Davi Alcolumbre e sugere encontro após votação no Senado

Ex-presidente parabenizou o senador do União Brasil-AP e propôs um café nos próximos dias

Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Brandão/Senado Federal)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ligou para Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para parabenizá-lo pela votação no Senado, após o senador alcançar 41 votos. A informação foi divulgada pela CNN neste sábado (1).

O contato foi intermediado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que passou o telefone para Alcolumbre ainda no plenário. Segundo Bolsonaro, a conversa foi breve e incluiu um convite para um encontro nos próximos dias.

"Dei os parabéns a Davi Alcolumbre e combinamos para tomar um café em breve", afirmou o ex-presidente à CNN.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil