domingo, 2 de fevereiro de 2025

Canadá anuncia tarifas retaliatórias contra os EUA em resposta a medidas de Trump

Trudeau critica decisão "irresponsável" dos EUA e impõe tarifas de 25% sobre US$ 107 bilhões em produtos americanos

Trudeau anuncia tarifas contra produtos dos EUA (Foto: Reuters)

Reuters – O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou neste sábado (1º) a imposição de tarifas de 25% sobre C$ 155 bilhões (US$ 107 bilhões) em produtos dos Estados Unidos, em resposta direta às novas tarifas decretadas pelo presidente norte-americano Donald Trump. A decisão foi divulgada em coletiva de imprensa em Ottawa, ao lado do ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, da ministra das Relações Exteriores, Mélanie Joly, e do ministro da Segurança Pública, David McGuinty.

As tarifas canadenses começam a vigorar na próxima terça-feira para um volume de C$ 30 bilhões em produtos, enquanto o restante, C$ 125 bilhões, terá efeito em 21 dias.

"As ações do presidente Trump terão consequências reais para os americanos", declarou Trudeau, destacando que as tarifas canadenses afetarão itens icônicos da economia dos EUA, como cerveja, vinho e bourbon, além de frutas, sucos — incluindo o suco de laranja da Flórida, estado natal de Trump —, roupas, equipamentos esportivos e eletrodomésticos.

Trump havia ordenado horas antes tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México, além de 10% para produtos chineses, aumentando o risco de uma guerra comercial que, segundo economistas, pode desacelerar o crescimento global e reacender a inflação. O presidente dos EUA também anunciou uma tarifa de 10% sobre todas as importações de energia canadense.

⊛ Impacto econômico e tensão bilateral

Trudeau alertou para os impactos negativos das tarifas americanas sobre a própria economia dos EUA.

"As tarifas contra o Canadá colocarão em risco empregos americanos, podendo levar ao fechamento de fábricas de montagem de automóveis e outras indústrias", disse.

Ele destacou ainda que os custos para os consumidores dos EUA devem aumentar, afetando desde alimentos nos supermercados até o preço da gasolina.

O Canadá também estuda medidas não tarifárias em setores estratégicos, como minerais críticos e energia. O comércio entre os dois países, que compartilham a mais longa fronteira terrestre do mundo (9.000 km), movimenta mais de US$ 2,5 bilhões por dia, especialmente nos setores de energia e manufatura.

Em 2023, o Canadá exportou cerca de C$ 550 bilhões em bens e serviços para os EUA, representando mais de 75% de suas exportações totais. Esse comércio responde por cerca de 17,8% do PIB canadense e sustenta mais de 2,4 milhões de empregos no país.

⊛ Crise política interna e apelo ao patriotismo

O anúncio das tarifas ocorre em meio a uma crise política interna no Canadá, com Trudeau enfrentando baixos índices de aprovação e já tendo anunciado que deixará o cargo após nove anos, assim que um novo líder do Partido Liberal for escolhido. Pesquisas recentes indicam a possibilidade de uma vitória esmagadora dos conservadores nas próximas eleições.

Apesar do tom duro, Trudeau fez questão de lembrar a longa história de cooperação entre os dois países.

"Das praias da Normandia às montanhas da Península da Coreia, dos campos da Flandres às ruas de Kandahar, lutamos e morremos ao lado de vocês nos momentos mais sombrios", afirmou. "Construímos a parceria econômica, militar e de segurança mais bem-sucedida que o mundo já viu."

O primeiro-ministro concluiu incentivando os canadenses a apoiar a economia local.

"Não pedimos por isso, mas não recuaremos. Comprem produtos canadenses, viajem pelo Canadá. Juntos, superaremos este desafio."

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Especialistas alertam que tarifas dos EUA contra China, México e Canadá podem aumentar inflação e custos para consumidores

Trump planeja impor novas taxas sobre importações; Canadá e México prometem resposta enérgica

Trump anuncia taxação contra México por conta da imigração (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

O governo dos Estados Unidos deve impor tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, além de 10% sobre importações da China, a partir deste sábado (1), segundo anunciou a Casa Branca. Especialistas consultados pelo Global Times apontam que a medida intensifica o protecionismo econômico dos EUA e pode pressionar a inflação no país.

O porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, já havia se manifestado em 23 de janeiro, alertando que as tarifas prejudicam não apenas a China e os EUA, mas também a economia global. Durante coletiva de imprensa na sexta-feira (31), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, justificou a imposição das tarifas mencionando a crise do fentanil nos EUA. Segundo ela, a medida representaria uma resposta ao tráfico da substância: "pelo fentanil ilegal que eles obtiveram e permitiram distribuir em nosso país, o que matou dezenas de milhões de americanos", disse.

A rede NBC destacou que o impacto das tarifas será sentido por consumidores e empresas dos EUA, que pagarão mais caro por produtos importados, como eletrônicos, brinquedos, calçados, alimentos, madeira e automóveis. Apesar disso, o ex-presidente Donald Trump minimizou os efeitos da medida, afirmando que pode haver apenas uma "interrupção temporária e de curto prazo" e que os americanos entenderão a necessidade da decisão. "As tarifas garantirão que outros países tratem os EUA de forma justa", declarou ele ao canal Fox News.

Especialistas avaliam que a decisão de Trump reforça sua retórica contra China, México e Canadá, mas não apresenta uma justificativa econômica clara. "Esta é uma escalada do protecionismo dos EUA, que aumentará os custos para consumidores e empresas, além de prejudicar as cadeias de suprimentos globais", afirmou Zhou Mi, pesquisador da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica, ao Global Times. Ele também destacou que as tarifas podem ser aplicadas de forma generalizada, em vez de mirarem produtos específicos.

O pesquisador Lü Xiang, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, alertou que a medida poderá afetar os investimentos chineses no México e no Canadá. "É um cenário de perda para todos os lados. Os EUA também arcarão com o custo, pois tarifas mais altas alimentam a inflação, aumentam o custo de vida e dificultam o controle econômico do governo", avaliou Lü ao Global Times.

Os países atingidos já se manifestaram contra a decisão. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, prometeu uma resposta rápida: "Estamos prontos para dar uma resposta proposital, enérgica, mas razoável e imediata", declarou ele durante um evento em Toronto. "Não é o que queremos, mas se ele seguir em frente, também agiremos", afirmou, segundo a CBC News.

No México, o ministro da Economia, Marcelo Ebrard, classificou a decisão como um erro. "Impor tarifas de 25% sobre nossos produtos aumentará os custos para os consumidores dos EUA", disse ele à Bloomberg. Ebrard também assegurou que o México está preparado para reagir a qualquer ação do governo Trump.

Fonte: Brasil 247 com Global Times

DeepSeek, IA da China, é o aplicativo mais baixado do mundo em 2025

Aplicativo de inteligência artificial supera ChatGPT em popularidade e provoca debates sobre soberania tecnológica e segurança cibernética

O logotipo da DeepSeek é visto nesta ilustração tirada em 27 de janeiro de 2025 (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

O software de inteligência artificial (IA) DeepSeek conquistou o topo dos rankings de downloads em dispositivos móveis em 140 mercados ao redor do mundo, segundo informou a Bloomberg em 31 de janeiro. O destaque vai para a Índia, que contribuiu com a maior parcela de novos usuários, respondendo por 15,6% dos downloads após o lançamento do novo modelo de IA, segundo reporta o site Guancha.

Dados da Appfigures, plataforma de análise de aplicativos, revelam que, desde 26 de janeiro, o DeepSeek ocupa o primeiro lugar em downloads na App Store da Apple, ultrapassando o ChatGPT da OpenAI nos Estados Unidos. O sucesso do DeepSeek não se restringe à Apple: a partir de 28 de janeiro, o aplicativo também lidera o ranking da Play Store do Google nos EUA, de acordo com o Sensor Tower.

Em apenas 18 dias, o DeepSeek alcançou impressionantes 16 milhões de downloads, quase o dobro dos 9 milhões registrados pelo ChatGPT em seu lançamento. O crescimento meteórico da plataforma despertou o interesse de gigantes da tecnologia, como NVIDIA, Intel, AMD, Amazon e Microsoft, que buscam integrar ou otimizar seus serviços com o DeepSeek.

No entanto, o avanço da IA chinesa também gerou preocupações em governos ocidentais. Nos EUA, o Departamento de Defesa e o Congresso emitiram diretrizes restringindo o uso do DeepSeek por seus funcionários, sob alegações de riscos à segurança nacional. Além disso, parlamentares norte-americanos defendem um controle mais rígido sobre a exportação de tecnologias essenciais para IA, acusando o DeepSeek de supostos "riscos cibernéticos" e até de "roubo de propriedade intelectual".

Na Índia, o sucesso do DeepSeek provocou reflexões sobre a capacidade tecnológica do país. O ministro da Eletrônica e Tecnologia da Informação, Ashwini Vaishnaw, ironizou declarações anteriores do CEO da OpenAI, Sam Altman, que duvidava da capacidade indiana de desenvolver um modelo de IA robusto com um orçamento modesto. "Eles [DeepSeek] criaram um modelo poderoso com apenas 5,5 milhões de dólares. Isso é o poder da inteligência", afirmou Vaishnaw.

O impacto do DeepSeek vai além dos números. Especialistas indianos consideram seu modelo "de baixo custo e alta eficiência" uma alternativa promissora para países em desenvolvimento, desafiando o domínio ocidental no setor de IA. No entanto, o crescimento da plataforma pode enfrentar obstáculos com a intensificação das restrições governamentais e as campanhas de desinformação sobre sua segurança.

Apesar das críticas e bloqueios, o DeepSeek continua a expandir sua presença global, enquanto empresas norte-americanas demonstram uma postura ambígua: enquanto o governo impõe barreiras, o setor privado abraça a tecnologia chinesa em busca de inovação e competitividade.

Fonte: Brasil 247 com informações do site Guancha

Trump confirma ameaça e impõe tarifas pesadas sobre Canadá, México e China

Medida do presidente dos EUA impõe tarifas agressivas usando lei de sanções emergenciais

Donald Trump em Washington - 30/1/2025 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)


Reuters – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avançou em território inédito da legislação comercial ao impor tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México, além de um acréscimo de 10% sobre produtos chineses. A justificativa da Casa Branca é o combate à crise do fentanil e à imigração ilegal.

Trump declarou emergência nacional com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977, que confere ao presidente amplos poderes para impor sanções econômicas em tempos de crise. Embora a lei seja frequentemente utilizada para sanções contra países em conflito, como a Rússia, esta é a primeira vez que é usada para justificar tarifas comerciais.

Especialistas em comércio e direito internacional preveem desafios jurídicos rápidos, já que a IEEPA nunca foi testada para tarifas de importação. "Os tribunais historicamente têm apoiado o poder do presidente para ações emergenciais, especialmente relacionadas à segurança nacional", afirmou Tim Brightbill, do escritório Wiley Rein. No entanto, ele pondera que a aplicação da lei a tarifas pode enfrentar resistência judicial.

Jennifer Hillman, professora de direito comercial na Universidade de Georgetown e ex-juíza da Organização Mundial do Comércio, questiona a conexão entre a emergência declarada e a solução proposta. "As tarifas não se aplicam apenas ao fentanil, portanto não há uma razão clara para que sejam 'necessárias' no enfrentamento da crise de drogas ou da imigração", disse.

O uso da IEEPA por Trump remete ao precedente do presidente Richard Nixon, que utilizou uma lei predecessora, o Trading With the Enemy Act de 1917, para impor tarifas generalizadas de 10% em 1971, durante uma crise de balanço de pagamentos. Embora os tribunais tenham apoiado Nixon, o contexto era mais diretamente ligado ao problema econômico em questão.

O senador democrata Tim Kaine apresentou recentemente um projeto de lei para restringir o uso da IEEPA na imposição de tarifas. "Os americanos querem preços mais baixos, não impostos desnecessários sobre produtos dos nossos principais parceiros comerciais", declarou Kaine.

Se os tribunais mantiverem o uso da IEEPA para tarifas, especialistas sugerem que o Congresso precisará reformar a lei para aumentar a supervisão presidencial. "Permitir que Trump assine uma ordem executiva com uma canetada mágica para impor tarifas desequilibra o sistema de pesos e contrapesos que o Congresso buscou estabelecer", alertou Peter Harrell, especialista em segurança nacional.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Pablo Marçal elogia convite do PRTB a Nikolas Ferreira: "um cara muito bom"

Iniciativa partiu do presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, que afirmou querer atrair políticos em busca de “liberdade” na trajetória política

     Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YT)

O coach de extrema direita Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo em 2024, avaliou como “muito positivo” o convite feito ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para se filiar à legenda, informou a coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

A iniciativa partiu do presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, que afirmou querer atrair políticos em busca de “liberdade” na trajetória política. Marçal avaliou o deputado mineiro como "um cara muito bom".

Nikolas, no entanto, descartou qualquer mudança partidária. “Agradeço pelo convite, mas não vou trocar de partido. O PL foi a casa que abraçou Bolsonaro, o maior líder da direita. Portanto, o PL é onde acredito que eu deva estar”, declarou o deputado à coluna.

O convite teria surgido após Avalanche interpretar uma fala do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma possível indireta a Nikolas. Bolsonaro mencionou que alguns políticos, empolgados com a popularidade, “querem dar voos bem mais altos”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Bolsonaro se irrita com Zambelli e recusa conversa em reunião do PL

Ex-presidente afastou aproximação da deputada alegando que ambos não poderiam se comunicar por serem investigados no mesmo inquérito

     Jair Bolsonaro e Carla Zambelli (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repreendeu a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante uma reunião com parlamentares do Partido Liberal neste sábado (1), na sede do partido em Brasília. Segundo informações apuradas pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, Bolsonaro impediu que a deputada se aproximasse dele e teria usado um tom exaltado para afastá-la.

A reação do ex-presidente ocorreu quando Zambelli se levantou para falar com ele. Bolsonaro então interrompeu a tentativa da parlamentar, alegando que ambos não poderiam se comunicar por serem investigados no mesmo inquérito. Ele não especificou qual investigação seria essa, mas a repreensão foi acompanhada de palavrões, conforme fontes presentes na reunião.

Na quinta-feira (30), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou o mandato da deputada por disseminação de notícias falsas sobre o STF e as urnas eletrônicas. A cassação, porém, ainda cabe recurso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula segue forte e Gusttavo Lima é nome mais competitivo da direita, diz nova pesquisa Quaest

Novo levantamento será divulgado nesta segunda-feira e testará nível de conhecimento, rejeição e potencial de voto de 12 candidatos

Lula e Gusttavo Lima (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reprodução/Instagram)

Uma nova pesquisa Genial/Quaest, que será divulgada nesta segunda-feira (3), trará cenários para a eleição presidencial de 2026 e testará, pela primeira vez, os nomes de Gusttavo Lima e Eduardo Bolsonaro como potenciais candidatos da direita, segundo informações antecipadas pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo.

A pesquisa "mostrará que Lula continua muito competitivo, mesmo com a piora na avaliação", diz o colunista. O levantamento também revelará que o cantor sertanejo surge como o nome mais competitivo contra o atual presidente em um eventual segundo turno.

O fator determinante para essa competitividade é o alto grau de conhecimento de Gusttavo Lima entre os eleitores. Outros possíveis adversários, como governadores da direita e Pablo Marçal, enfrentam um desconhecimento superior a 50%, o que limita suas chances no momento. A pesquisa avaliará o nível de conhecimento, rejeição e potencial de voto de 12 candidatos, incluindo Lula, Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Romeu Zema, Fernando Haddad, além de Gusttavo Lima e Eduardo Bolsonaro.

A pesquisa anterior da Genial/Quaest, realizada entre 23 e 26 de janeiro, apontou uma piora na avaliação do governo Lula. A aprovação caiu de 52% em dezembro para 47% em janeiro, enquanto a reprovação aumentou de 31% para 37%. A deterioração foi mais intensa em alguns segmentos específicos, como no Nordeste, onde a aprovação do presidente caiu de 48% para 37%. Entre as mulheres, a avaliação negativa subiu de 27% para 36%, e entre os eleitores com Ensino Médio e Superior, a reprovação passou de 33% para 43% e de 39% para 47%, respectivamente.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo

Wall Street Journal classifica a guerra comercial de Trump como 'a mais estúpida da história'

"Ser inimigo dos Estados Unidos é perigoso, mas ser amigo pode ser fatal", escreveu o jornal

Presidente dos EUA, Donald Trump - 20/01/2025 (Foto: Julia Demaree Nikhinson/Pool via REUTERS)


Em um editorial contundente publicado neste domingo, o Wall Street Journal classificou as recentes medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como "a guerra comercial mais estúpida da história". O jornal criticou duramente a decisão de Trump de impor tarifas de 25% sobre o Canadá e o México, enquanto aplicou apenas 10% sobre a China, seu principal concorrente econômico. A publicação destacou que essa abordagem desequilibrada faz lembrar uma antiga piada: "Ser inimigo dos Estados Unidos é perigoso, mas ser amigo pode ser fatal".

O editorial, também destacado pelo site chinês Guancha, argumentou que as tarifas não apenas prejudicam setores cruciais da economia americana, como automóveis e agricultura, mas também corroem a credibilidade internacional dos EUA. Segundo o Wall Street Journal, essa política pode dificultar a capacidade do país de negociar novos acordos comerciais no futuro, já que os aliados podem questionar a confiabilidade dos Estados Unidos.A publicação também rebateu as justificativas apresentadas pela Casa Branca para as tarifas. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, afirmou que Canadá e México são responsáveis pelo fluxo de drogas ilegais para os EUA. No entanto, o Wall Street Journal destacou que esse problema persiste há décadas e não será resolvido com tarifas, já que a demanda por drogas nos Estados Unidos continua alta.

Além disso, o jornal apontou que as tarifas podem desencadear retaliações por parte do Canadá e do México, países que já demonstraram capacidade de responder de forma estratégica. Em 2009, por exemplo, o México impôs tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA em resposta a uma disputa sobre transporte rodoviário. Da mesma forma, em 2018, o país retaliou com tarifas sobre produtos como aço, carne suína e bourbon após as medidas protecionistas de Trump.

O Canadá também prometeu uma resposta proporcional. O primeiro-ministro Justin Trudeau afirmou que seu país não hesitará em retaliar, mesmo que sua economia seja menor e possa sofrer mais impactos. No entanto, os consumidores americanos também sentirão os efeitos, com o aumento dos preços de produtos importados.

O Wall Street Journal destacou ainda que as tarifas ameaçam a integração econômica da América do Norte, especialmente no setor automotivo. A indústria automobilística dos EUA depende fortemente de cadeias de suprimentos que abrangem Canadá e México. Em 2024, o México foi responsável por 42% das importações de peças automotivas dos EUA, enquanto o Canadá contribuiu com 13%. A produção de um único veículo pode cruzar as fronteiras várias vezes para maximizar a eficiência e reduzir custos, beneficiando todos os envolvidos.

Além do setor automotivo, as tarifas podem afetar o comércio agrícola. O México é o maior fornecedor de abacates para os EUA, respondendo por 90% do mercado, e também exporta uma variedade de frutas e vegetais. Com a escassez de mão de obra nos EUA devido às restrições à imigração, muitos agricultores americanos já transferiram parte de suas operações para o México.

O editorial concluiu que, se as tarifas persistirem, essa pode se tornar uma das guerras comerciais mais prejudiciais da história, com impactos negativos para os EUA e seus vizinhos. A publicação sugeriu que, se Trump obtiver concessões simbólicas, ele pode recuar. No entanto, caso a disputa se prolongue, as consequências serão graves para todos os envolvidos.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa com preocupação. A China já se manifestou, afirmando que guerras comerciais não têm vencedores e que as medidas unilaterais dos EUA violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Outros países também temem que as ações de Trump possam desencadear um conflito comercial global, com repercussões negativas para a economia mundial.

A guerra comercial de Trump, segundo o Wall Street Journal, não apenas coloca em risco a estabilidade econômica da América do Norte, mas também ameaça a reputação dos Estados Unidos como um parceiro confiável no cenário internacional.

Fonte: Brasil 247

Argentinos vão às ruas contra Milei em ato do orgulho antifascista (vídeo)

Centenas de milhares de argentinos se mobilizaram em defesa da diversidade

Javier Milei atacou o feminismo em Davos (Foto: Reuters/Denis Balibouse)

Diferentes coletivos da comunidade LGBT+ se manifestaram no sábado (1) na Argentina contra o governo de ultradireita de Javier Milei, informou a C5N.

A "Marcha do Orgulho Antifascista" coordenou mobilizações em Buenos Aires, Rosário, Córdoba e outras capitais. A quantidade de manifestantes superou as expectativas, com centenas de milhares enchendo as ruas em resposta ao discurso de ódio de Milei.
"Viemos nos manifestar contra os discursos de ódio do presidente, porque depois eles se materializam em violência", contou uma das jovens no ato.

A manifestante acrescentou que "o governo tem a clara intenção de vir atrás de nossa identidade, então temos que defendê-la".

Em solidariedade com a situação de violência institucional que vivem as pessoas que integram o coletivo LGBT+, cidadãos e organizações de outros países decidiram se unir ao protesto. Usuários das redes sociais compartilharam fotos de Paris, Lisboa, Berlim, Londres, Roma e Barcelona.

O estopim dos protestos foi o recente anúncio de que o governo argentino elabora um projeto de lei para eliminar do Código Penal o conceito de feminicídio. Milei também quer revogar a Lei de Identidade de Gênero, definindo apenas dois gêneros nos documentos oficiais — masculino e feminino.

Fonte: Brasil 247 com informações a C5N

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Lula parabeniza Hugo Motta por eleição à presidência da Câmara e destaca parceria entre Executivo e Legislativo

Presidente reafirma compromisso com desenvolvimento do país e responsabilidade fiscal, social e ambiental

Lula e Hugo Motta (Foto: Reprodução/X/@guimaraes13PT)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou neste sábado (1) o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) por sua eleição à presidência da Câmara dos Deputados. Em nota oficial, Lula destacou a importância da parceria entre os Poderes para garantir o avanço do país e reforçou seu compromisso com uma gestão equilibrada.

"Parabenizo o deputado Hugo Motta pela sua eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados. Estou certo de que avançaremos ainda mais nessa parceria exitosa entre Executivo e Legislativo, para a construção de um Brasil cada vez mais desenvolvido e mais justo, com responsabilidade fiscal, social e ambiental", declarou o presidente.

Motta foi eleito com 444 votos, em uma disputa resolvida no primeiro turno, consolidando o domínio do Centrão na Câmara. O parlamentar, que já ocupava posição de destaque na Casa, assume o comando com apoio tanto do governo quanto de partidos de oposição, o que lhe confere grande influência no cenário político nacional.

A relação entre Executivo e Legislativo será um dos desafios da nova gestão, especialmente diante de pautas prioritárias para o governo Lula, como a reforma tributária e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. A expectativa do Planalto é de que Motta, apesar de sua ligação com o Centrão, mantenha um canal de diálogo aberto com o governo para garantir o avanço dessas medidas.

Na segunda-feira (3), Lula deve se reunir com o novo presidente da Câmara e com o presidente eleito do Senado, Davi Alcolumbre, consolidando as primeiras articulações da nova composição do Congresso.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro liga para Davi Alcolumbre e sugere encontro após votação no Senado

Ex-presidente parabenizou o senador do União Brasil-AP e propôs um café nos próximos dias

Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Brandão/Senado Federal)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ligou para Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para parabenizá-lo pela votação no Senado, após o senador alcançar 41 votos. A informação foi divulgada pela CNN neste sábado (1).

O contato foi intermediado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que passou o telefone para Alcolumbre ainda no plenário. Segundo Bolsonaro, a conversa foi breve e incluiu um convite para um encontro nos próximos dias.

"Dei os parabéns a Davi Alcolumbre e combinamos para tomar um café em breve", afirmou o ex-presidente à CNN.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Tênis: Brasil perde dois primeiros jogos contra a França na Copa Davis

O Brasil iniciou, neste sábado (1) em Orléans (França), a disputa da primeira rodada dos Qualifiers da Copa Davis

João Fonseca (Foto: Divulgação / CBT)

Agência Brasil - O Brasil iniciou, neste sábado (1) em Orléans (França), a disputa da primeira rodada dos Qualifiers da Copa Davis com duas derrotas para a França. O primeiro revés foi de 2 sets a 0 (parciais de 7/5 e 6/3), de João Fonseca, número 2 do Brasil e 99 do mundo, para Ugo Humbert, número 1 dos franceses e 15 do mundo.

Depois o paranaense Thiago Wild, número 1 do Brasil e 76° do mundo, caiu diante de Arthur Fils, número 2 da França e 19° do mundo, pelo placar de 2 sets a 0 (parciais de 6/1 e 6/4).

Com a desvantagem de 2 a 0 no placar geral, o Brasil tem a obrigação de vencer o seu próximo compromisso diante dos franceses para continuar vivo na disputa. E esse jogo nas duplas, que será disputado a partir das 10h (horário de Brasília) do próximo domingo (2), colocará frente a frente os brasileiros Rafael Matos e Marcelo Melo e os franceses Benjamin Bonzi e Pierre-Hugues Herbert.

Triunfando nas duplas, os números 1 de cada país, Wild e Humbert, disputam a quarta partida. Em caso de empate, a definição do confronto será no jogo entre Fonseca e Fils.

Fonte: Brasil2 47 com informações da Agência Brasil

Lula parabeniza Alcolumbre pela vitória no Senado

Presidente reforça compromisso com a democracia e desenvolvimento do país ao cumprimentar senador pela vitória

     Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) por sua reeleição à presidência do Senado Federal e do Congresso Nacional, neste sábado (1). Em nota oficial, Lula destacou a importância da harmonia entre as instituições para o crescimento do país e reforçou a parceria com o Legislativo na defesa da democracia e na busca por um Brasil mais justo e desenvolvido.

A mensagem do presidente foi divulgada após a confirmação da vitória de Alcolumbre na disputa pelo comando do Senado, neste sábado (1). O senador, que já havia presidido a Casa entre 2019 e 2021, retorna ao cargo em um momento de articulações políticas para os próximos desafios legislativos do governo.

Confira a íntegra da nota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

Parabéns ao senador Davi Alcolumbre pelo novo mandato na Presidência do Senado e do Congresso Nacional. Um país cresce quando as instituições trabalham em harmonia. Caminharemos juntos na defesa da democracia e na construção de um Brasil mais desenvolvido e menos desigual, com oportunidades para todo o povo brasileiro.

Um forte abraço,

Luiz Inácio Lula da Silva

Fonte: Brasil 247

Hugo Motta é eleito presidente da Câmara com 444 votos e promete fortalecer a autonomia do Legislativo

Deputado dos Republicanos-PB assume cargo com apoio amplo e desafio de equilibrar interesses do governo e da oposição

Hugo Motta é eleito presidente da Câmara (Foto: Reprodução)

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito neste sábado (1) como novo presidente da Câmara dos Deputados, com 444 votos, a segunda maior votação da história da Casa. Aos 35 anos, ele se torna o mais jovem parlamentar a assumir o cargo. Sua eleição é resultado da articulação do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e contou com o apoio de 17 dos 20 partidos, incluindo siglas governistas, como o PT, e de oposição, como o PL.

A disputa foi resolvida ainda no primeiro turno. Além de Motta, concorreram Marcel van Hattem (Novo-RS), que obteve 31 votos, e o pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que recebeu 22. Dois deputados votaram em branco.

A vitória de Motta consolida o domínio do Centrão no Congresso, destaca O Globo. Apesar do apoio governista, o grupo enfrenta divisões internas, o que tem dificultado a aprovação de projetos de interesse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além disso, o novo presidente assume a Câmara em um momento em que o Congresso detém um poder inédito sobre o Orçamento federal. Desde o governo Dilma Rousseff, as emendas parlamentares cresceram significativamente, ultrapassando R$ 50 bilhões em 2024, o que representa cerca de um quinto dos recursos livres da União.

Antes da votação, Motta discursou na tribuna da Câmara, destacando a necessidade de garantir a independência do Legislativo e a defesa da imunidade parlamentar.

“Vamos fortalecer a Câmara, manter a autonomia e a independência em relação a outros Poderes. Queremos uma Câmara forte, com a garantia das nossas prerrogativas e a defesa da nossa imunidade parlamentar. A garantia das prerrogativas parlamentares é essencial para o fortalecimento do povo”, declarou.

O posicionamento do novo presidente faz referência a investigações recentes que miraram parlamentares por declarações feitas no plenário. Em 2023, a Polícia Federal indiciou os deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e Marcel van Hattem (Novo-RS) por calúnia e difamação contra um delegado da corporação. Embora a Constituição assegure imunidade parlamentar por opiniões, o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que crimes contra a honra, como injúria, calúnia e difamação, não estão protegidos por essa prerrogativa.

Motta também se comprometeu a conduzir os trabalhos da Câmara com diálogo e imparcialidade, distribuindo relatorias de projetos de forma equânime e ouvindo parlamentares de diferentes espectros políticos. “Aquela cadeira [da presidência da Câmara] não faz nenhum de nós diferente. Serei o que sempre fui, um deputado presidente e não um presidente deputado”, afirmou.

Ele citou o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela para reforçar a importância de uma liderança equilibrada: “Mandela era um líder gigante e humilde. A arrogância é uma marca de fraqueza na vida pública. A humildade é sinônimo de firmeza, de quem não precisa se achar infalível”.

Fonte: Brasil 247

Alcolumbre pede que Supremo respeite as decisões do Congresso durante seu discurso

Senador foi eleito presidente do Senado com 73 votos

   Davi Alcolumbre (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


De volta à presidência do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) usou seu discurso neste sábado (1º) para defender a independência do Legislativo e a necessidade de respeito às prerrogativas parlamentares.

Durante sua fala, o senador abordou o recente impasse sobre as emendas parlamentares, criticando o bloqueio de recursos do orçamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Não haverá democracia forte sem um Congresso livre, sem um parlamento firme, sem um Senado soberano, autônomo e independente", declarou, sendo aplaudido pelos presentes.

A decisão do STF, tomada pelo ministro Flávio Dino no final de dezembro, impediu a execução de 5.449 indicações de emendas de comissão que não cumpriam normas jurídicas, segundo dados do Congresso Nacional. Alcolumbre ressaltou que, embora o respeito ao Judiciário seja fundamental, o Parlamento deve preservar sua autonomia para legislar e representar a sociedade de forma independente.

⊛ Defesa dos municípios e descentralização de recursos

Alcolumbre também destacou a importância do fortalecimento dos municípios, defendendo uma distribuição mais equitativa dos recursos públicos. Para ele, "fortalecer as cidades é garantir a cada cidadão o direito à cidade, onde a verdadeira cidadania é construída e exercida". O senador prometeu trabalhar pelo pacto federativo e pela valorização dos estados e municípios dentro de um modelo de desenvolvimento integrado.

A pauta municipalista também foi defendida pelo atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, ao longo de seu mandato, argumentou que os congressistas conhecem melhor as necessidades do interior do país do que os ministros do governo federal. Alcolumbre reforçou essa linha de raciocínio, sustentando que o Parlamento deve desempenhar um papel ativo no apoio aos gestores locais.

⊛ Diálogo com a oposição e pacificação política

Ao longo do discurso, o senador se posicionou como defensor do diálogo e da construção de consensos, alertando contra a polarização e o uso do discurso de ódio nas redes sociais. "A maioria deve prevalecer com respeito às minorias", afirmou. Ele criticou a tendência de rotular adversários como inimigos e destacou a necessidade de reconstituir pontes no debate político.

Com experiência no Senado, Alcolumbre relembrou sua atuação em momentos críticos, como a aprovação do sistema de votação remota, o marco legal do saneamento, a reforma da Previdência e o auxílio emergencial durante a pandemia. Ele enfatizou que sua liderança é fundamental para a estabilidade política e o respeito ao diálogo.

Fonte: Brasil 247

Flávio Bolsonaro será o presidente da Comissão de Segurança Pública no Senado

Além de Flávio, a senadora Damares Alves ficará à frente da Comissão de Direitos Humanos e o senador Marcos Rogério vai comandar a de Infraestrutura

(Foto: Reprodução)

Flávio Bolsonaro será o presidente da Comissão de Segurança Pública no Senado. Ele disse neste sábado (1º) que irá procurar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, para discutir a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental das Favelas. Segundo ele, o fim dessa ADPF será uma das prioridades da atuação dele à frente da Comissão.

De acordo com a CNN, o senador falou a jornalistas nesta manhã, ao chegar no Congresso Nacional, onde participa das eleições para a Presidência do Senado Federal.

A ADPF 635 é uma ação que discute violações a direitos fundamentais, nas atividades com violência e letalidade policial nas comunidades do Rio. Ela foi movida em 2019 pelo PSB, por instituições dos direitos humanos e por movimentos sociais.

Além de Flávio, a senadora Damares Alves ficará à frente da Comissão de Direitos Humanos e o senador Marcos Rogério vai comandar a de Infraestrutura.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

As fake news e os ataques que resultaram na cassação do mandato de Zambelli

 

A deputada federal Carla Zambelli (PL) teve seu mandato cassado pelo TRE-SP na última quinta-feira (30). Foto: Reprodução
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na última quinta-feira por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão também a tornou inelegível por oito anos a partir das eleições de 2022.

O relator do caso, Encinas Manfré, apontou uma série de publicações feitas pela bolsonarista e concluiu que Zambelli “conscientemente atuou para difundir informações fraudulentas” e promoveu “incitação de animosidade e hostilidade contra o sistema eleitoral e membros do Poder Judiciário antes e depois do período eleitoral”.

As publicações

Entre as postagens citadas, uma de 19 de fevereiro de 2022 trazia uma imagem de uma reportagem da Revista Oeste, acompanhada de ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

A publicação continua ativa no Facebook. Segundo a decisão, Zambelli “externou tentativa de deslegitimar a atuação desses ministros do colendo Supremo Tribunal Federal, aos quais, então, imputara atuação tendenciosa e partidarizada”.

Postagem da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) citada na ação — Foto: Reprodução
Postagem da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no Facebook ataca ministros do STF. Foto: Reprodução

Outra publicação, feita em abril de 2022 e ainda disponível, questionava a segurança das urnas eletrônicas com base em uma informação distorcida retirada de um ofício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviado ao Exército em fevereiro do mesmo ano.

O relator destacou que, embora o número de 712 riscos identificados fosse real, era falso afirmar que o TSE não atuou para resolver essas questões. Segundo ele, Zambelli “reitera ataques infundados contra o sistema eleitoral” na publicação.

Postagem da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) citada na ação — Foto: Reprodução
Postagem da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no Facebook questiona a segurança das urnas eletrônicas. Foto: Reprodução

O relatório também menciona um vídeo publicado pela parlamentar insinuando irregularidades no processo de carga e lacração de urnas eletrônicas no município de Itapeva (SP). No conteúdo, ela sugere que as urnas estariam sendo manipuladas dentro de um sindicato ligado a Lula e ao PT.

O TRE-SP considerou que a deputada fez propaganda eleitoral irregular com notícias falsas sobre fraude nas eleições. Como punição, a Justiça determinou uma multa de R$ 30 mil e a remoção do vídeo das plataformas YouTube, Kwai e Twitter.

Outro caso apontado envolve uma postagem de setembro de 2022 sobre a Auditoria de Conformidade do Partido Liberal (PL) no TSE, que segue on-line. O relator afirmou que Zambelli divulgou “afirmações sabidamente inverídicas acerca do processo de apuração das eleições”. No mesmo dia da publicação, o TSE emitiu uma nota contestando os dados do partido.

Postagem da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) citada na ação — Foto: Reprodução

Postagem da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) sobre a Auditoria de Conformidade do Partido Liberal (PL) no TSE. Foto: Reprodução

Zambelli também foi punida por divulgar informações falsas sobre o QR Code presente na nova versão digital do título eleitoral, alegando que ele seria usado para contabilizar automaticamente votos para Lula. A Justiça determinou a remoção dessas postagens, e o TSE aplicou uma multa de R$ 30 mil.

Após a decisão, Zambelli afirmou que vai “continuar representando os eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis”. Pela legislação, a deputada permanece no cargo até que todos os recursos sejam esgotados.

Fonte: DCM