sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Haddad defende política fiscal de Lula e diz que governos anteriores tinham apenas "retórica de cuidado com as contas públicas"

“Tivemos os governos Temer e Bolsonaro com déficits fiscais muito superiores - mas muito superiores - ao que está sendo observado agora”, destacou

      Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Adriano Machado / Reuters)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), criticou nesta quinta-feira (31) a gestão econômica dos governos anteriores e rebateu acusações de falta de responsabilidade fiscal por parte do governo Lula (PT). Em entrevista à RedeTV, Haddad afirmou que há uma "falsa narrativa" sobre o controle das contas públicas e destacou que nem Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda de Michel Temer (MDB), nem Paulo Guedes, ex-ministro da Economia de Jair Bolsonaro (PL), conseguiram garantir um superávit sustentável.

"O déficit dos sete anos dos governos Temer e Bolsonaro somou 2% do PIB. Ano passado tivemos um déficit de 0,1%", afirmou Haddad, alegando que a gestão atual tem conseguido manter a situação fiscal sob controle, segundo o g1. "Passa-se uma ideia falsa de que estava se cuidando das contas públicas antes e não agora".

A declaração do ministro ocorre em um momento de reformulação da comunicação do governo. Com a recente substituição de Paulo Pimenta pelo publicitário Sidônio Palmeira no comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom), o Planalto tem apostado na divulgação de dados e comparações diretas com gestões passadas para reforçar os avanços econômicos obtidos neste primeiro biênio de governo.

“Havia muita retórica de cuidado com as contas públicas, mas nem o Meirelles, nem o Guedes conseguiram produzir um superávit sustentável das contas públicas", complementou Haddad.

⊛ Déficit e meta fiscal - Dados divulgados na quinta-feira pelo Tesouro Nacional indicam que o governo fechou 2024 com um déficit primário de R$ 11,03 bilhões, equivalente a 0,09% do PIB. Esse resultado exclui R$ 32 bilhões em despesas extraordinárias não contabilizadas na meta fiscal, como gastos emergenciais para mitigar os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul.

A meta fiscal estabelecida para 2024 previa resultado primário zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. Na prática, o governo Lula conseguiu se manter dentro desse limite.

Em uma análise mais ampla, o Tesouro apontou que o déficit primário nos dois primeiros anos do atual governo foi de 1,19% do PIB. No governo Temer, entre 2016 e 2018, o déficit chegou a 2,09%, enquanto na gestão Bolsonaro, entre 2019 e 2022, alcançou 2,43%.

⊛ 'Dilapidação da Petrobras e venda criminosa da Eletrobras' - Haddad também mirou diretamente Bolsonaro ao criticar o desempenho econômico do ex-presidente. Segundo ele, o governo anterior promoveu um dos maiores déficits da história do país, "mesmo dando calote em precatórios e vendendo estatais na 'bacia das almas', como foi o caso da dilapidação da Petrobras e da venda criminosa da Eletrobras".

Ele cobrou maior "honestidade intelectual" na avaliação dos números e defendeu que os críticos do governo reconheçam as dificuldades herdadas e os avanços conquistados.

⊛ Fake news e ataques nas redes - Durante a entrevista, Haddad lamentou a proliferação de memes e fake news envolvendo sua imagem e o Ministério da Fazenda. Ele citou a circulação de um vídeo adulterado por inteligência artificial no qual ele supostamente anunciava uma "taxação de tudo". "Eu jamais autorizaria isso contra um adversário", declarou o ministro, criticando o uso de deepfakes na desinformação política.

O governo Lula já precisou desmentir várias informações falsas nas redes sociais. Em janeiro, uma norma da Receita Federal foi revogada após boatos infundados sobre uma suposta "taxa sobre o Pix".

"Quem reajustou a tabela do Imposto de Renda? Foram eles? Eles mantiveram a tabela congelada por sete anos, penalizando os trabalhadores, e agora querem se apresentar como defensores da classe trabalhadora?", questionou Haddad, em referência aos bolsonaristas.

⊛ Inflação e crescimento - O ministro também abordou as perspectivas econômicas para 2025. Segundo ele, a queda do dólar e a safra forte devem contribuir para a estabilização dos preços dos alimentos. Haddad projetou um crescimento do PIB de 2,5% para 2025 e garantiu que o governo segue atento à inflação.

Contudo, evitou comentar sobre a possibilidade de reduzir tarifas de importação de alimentos que estejam com preços elevados no Brasil. "Não é prudente mexer muito com essas coisas antes de aferir o impacto real. Mas houve algumas indicações neste sentido", afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Cassação de Zambelli é "exemplar", diz Gleisi Hoffmann

‘A bolsonarista mentiu muito para comprometer a credibilidade do processo eleitoral’ e ‘plantou a semente do golpe’, aponta a presidente do PT

Gleisi Hoffmann e Carla Zambelli (Foto: Lula Marques | Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu, nesta quinta-feira (30), pela cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por cinco votos a dois. Além de perder o cargo, a parlamentar foi declarada inelegível por oito anos, contados a partir das eleições de 2022. A decisão se baseou em abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante o período eleitoral.

A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), celebrou a decisão e afirmou que a punição imposta à bolsonarista é “exemplar”. Em publicação nas redes sociais, Gleisi destacou que Zambelli “mentiu, e mentiu muito” para minar a confiança nas eleições brasileiras.

“A decisão do TRE-SP de cassar o mandato de Carla Zambelli por abuso de poder é exemplar. A bolsonarista mentiu, e mentiu muito, na mídia e nas redes sociais, para comprometer a credibilidade das urnas eletrônicas, das eleições e do processo eleitoral. Além de enganar os eleitores, plantou as sementes dos golpes contra a democracia e a posse de Lula. No Estado Democrático de Direito, que a turma de Bolsonaro tentou destruir, terá o direito de recorrer antes de perder o mandato. Mas não vai escapar de ser punida pelo que fez”, escreveu a petista.

A condenação de Zambelli foi resultado de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), movida pela deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). O processo teve como base publicações feitas por Zambelli durante as eleições de 2022, em que a deputada alegava, sem qualquer prova, que urnas eletrônicas na cidade de Itapeva (SP) teriam sido manipuladas. O relator do caso, desembargador Encinas Mafré, destacou que as declarações da bolsonarista configuraram “abuso da liberdade de expressão e ato de evidente má-fé”. O julgamento já havia sido suspenso em dezembro de 2023, após pedido de vistas da juíza Maria Cláudia Bedotti.

A decisão, no entanto, não tem efeito imediato. Zambelli poderá permanecer no cargo enquanto seus recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estiverem em análise. Caso a condenação seja mantida na instância superior, os votos recebidos pela deputada nas eleições de 2022 serão anulados.

Zambelli alega perseguição política - Após o resultado, Carla Zambelli se manifestou em suas redes sociais e criticou duramente a decisão do TRE-SP. Em sua nota, a deputada afirmou: "hoje, o TRE-SP entendeu por anular os votos de 946.244 cidadãos paulistas e cassar meu mandato de deputada federal. Essa decisão não tem efeitos imediatos, e irei continuar representando São Paulo e meus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis. Fica claro que a perseguição política em nosso país, contra os conservadores, é visível como o Sol do meio-dia".

A deputada já havia sido alvo de investigações e processos ao longo de seu mandato, especialmente por sua participação em atos antidemocráticos e na disseminação de notícias falsas. Além das acusações que levaram à sua cassação, Zambelli também responde a processos no Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação ao crime e outros delitos.

O caso agora segue para o TSE, onde a defesa de Zambelli tentará reverter a decisão do TRE-SP. Se a sentença for mantida, a deputada ficará inelegível até 2030.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro tem redes sociais hackeadas pela 2ª vez em uma semana e Carluxo alega invasão

 

Jair Bolsonaro (PL) com expressão de preocupação e mãos no rosto
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

Pela segunda vez em uma semana, a conta oficial de Jair Bolsonaro (PL) no X, antigo Twitter, foi hackeada. A informação foi confirmada por Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador e filho do ex-presidente, e Fabio Wajngarten, advogado do político em diversos casos.

Carlos Bolsonaro informou que todos os métodos de segurança foram aprimorados, mas mesmo assim a conta foi invadida novamente. Ele relatou que a equipe está em contato com o X para restaurar a normalidade do perfil, e fez uma piada:

“Todos os métodos de segurança foram aperfeiçoados e novamente a conta do Presidente Jair Bolsonaro foi hackeada. Em contato com o X para restabelecimento da normalidade. Pelo jeito, as únicas coisas invioláveis no mundo são as caixinhas de Sucrilhos. Logo informamos quando retornarmos com a conta normalizada”.

Print de tweet de hacker na conta de Jair Bolsonaro
Print de tweet de hacker na conta de Jair Bolsonaro – Reprodução

Fabio Wajngarten pediu uma investigação da Polícia Federal (PF) para apurar a invasão. O advogado ressaltou que as redes sociais de Bolsonaro são de propriedade exclusiva do ex-presidente e que o ataque à sua conta configura uma violação do princípio democrático. Wajngarten sugeriu que a PF iniciasse uma investigação rigorosa para identificar e prender os responsáveis.

“As redes sociais do Presidente Jair Bolsonaro são ativos estratégicos e de propriedade exclusivamente dele. O ‘hackeamento’ delas fere o princípio democrático tal qual a censura das mesmas. Para piorar, é a segunda vez em poucos dias. Caberia, como sugestão, que a Nobre Polícia Federal iniciasse uma profunda investigação para localizar e prender todos os criminosos”, disse ele.

Após o hackeamento, a conta de Bolsonaro publicou uma mensagem negando a invasão, mas seguidores rapidamente comentaram, lembrando que Carlos já havia alertado sobre o ocorrido. O perfil do ex-presidente no X, plataforma de Elon Musk, conta com 13,5 milhões de seguidores.

Fonte: DCM

Desesperada, Zambelli faz apelo aos colegas na Câmara após ter mandato cassado

 

A deputada federal Carla Zambelli (PL): ela enviou uma mensagem aos colegas parlamentares fazendo um apelo após o TRE-SP cassar seu mandato. Foto: Reprodução

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) fez um apelo a colegas parlamentares nesta quinta-feira (30), após o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassar seu mandato por 5 votos a 2, sob a acusação de abuso de poder ao divulgar fake news. A ação foi protocolada pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Em busca de apoio, Zambelli enviou mensagens pelo WhatsApp a aliados, pedindo que saíssem em sua defesa nas redes sociais para demonstrar que conta com respaldo político, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

“Infelizmente a votação terminou com somente 2 votos divergentes, com um resultado de 5×2 pela cassação do meu mandato e 8 anos de inegibilidade. Peço que os colegas postem em seu X pra que os jornalistas vejam o apoio dos amigos. Foi um julgamento político e não jurídico no TRE-SP com o inclusão de fatos alheios ao processo”, escreveu a deputada em um grupo de WhatsApp com outros parlamentares.

A bolsonarista anunciou que vai recorrer da decisão do TRE-SP, mas alertou sobre as consequências de uma eventual derrota judicial, destacando que, caso perca o mandato, sua vaga será ocupada por um parlamentar do PSOL. “Em caso de perda final, minha vaga vai para o PSOL e ainda perdermos mais 2 a 3 deputados de SP, afirmou.


Zambelli enfrenta acusações e polêmicas nos últimos anos, mas se mantém protegida pelo foro privilegiado. Entre os episódios mais graves está a perseguição armada a Luan Araújo, colunista do DCM, em uma área nobre de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

Nas redes sociais, a bolsonarista mentiu ao alegar que foi agredida. Na realidade, caiu sozinha enquanto discutia com Luan, que lhe disse: “Te amo, espanhola”.

Nos vídeos que viralizaram, o jornalista corre em direção a um bar enquanto Zambelli e alguns homens aparecem em seu encalço. Pouco antes, um dos indivíduos que acompanhavam a parlamentar disparou um tiro em sua direção. “A intenção era me matar”, disse ele ao UOL na época.


Outro caso envolve sua relação com o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, a quem solicitou a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: DCM

Diplomatas temem perda de autonomia do Itamaraty e risco de interferência na política externa com PEC de Alcolumbre

Proposta do senador permite que parlamentares acumulem mandato com cargo de embaixador, levantando preocupações sobre ingerência política na diplomacia

Davi Alcolumbre (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Diplomatas brasileiros estão em alerta diante da possibilidade de Davi Alcolumbre (União-AP) reassumir a presidência do Senado. O motivo da preocupação é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 34/2021, de autoria do parlamentar, que permite que deputados e senadores ocupem embaixadas sem perder o mandato. A informação foi revelada pelo G1.

A PEC propõe alterar o artigo 56 da Constituição, que atualmente permite que congressistas assumam cargos de ministro, secretário de Estado ou município sem abrir mão do mandato. A proposta de Alcolumbre estende essa prerrogativa para a chefia de missões diplomáticas permanentes.

"Logo, se, em tese, qualquer cidadão poderia ser chefe de missão diplomática permanente, preenchidos os critérios fixados em lei, por que não os deputados federais e senadores, representantes do povo?", argumenta o senador no texto da PEC.

A iniciativa foi mal recebida pelo Itamaraty desde sua apresentação, em 2021. Na época, diplomatas conseguiram barrar a tramitação da proposta por meio de apelos ao atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). No entanto, caso Alcolumbre reassuma o comando da Casa, há temor de que a PEC avance. O texto está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por onde as emendas constitucionais precisam passar antes de serem analisadas pelo Plenário.

Diplomatas veem a proposta como uma interferência política na estrutura técnica da diplomacia brasileira. "Se essa PEC passar, todos os embaixadores brasileiros serão parlamentares", alertou um diplomata. Na avaliação de servidores da pasta, a medida permitiria que políticos influenciassem diretamente as diretrizes da política externa do país, sem passar pelo crivo tradicional da carreira diplomática.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Receita paga nesta sexta lote da malha fina do Imposto de Renda

Ao todo, 268.144 contribuintes recebem R$ 864,83 milhões. Desse total, R$ 402,88 milhões serão de pessoas com prioridade no reembolso

     (Foto: Eduarda)

Agência Brasil - Cerca de 268 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências com o Fisco têm, nesta sexta-feira (31), o dinheiro depositado em suas contas. O lote também contempla restituições de anos anteriores.

Ao todo, 268.144 contribuintes recebem R$ 864,83 milhões. Desse total, R$ 402,88 milhões são de contribuintes com prioridade no reembolso.

Em relação à lista de prioridades, a maior parte, 125.751 contribuintes, informou a chave Pix do tipo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) na declaração do Imposto de Renda ou usou a declaração pré-preenchida. Desde 2023, a informação da chave Pix dá prioridade no recebimento.

Em segundo, há 52.525 contribuintes entre 60 e 79 anos. Em terceiro, vêm 16.003 cuja maior fonte de renda é o magistério. O restante dos contribuintes prioritários é formado por 7.321 idosos acima de 80 anos e 4.519 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.

A lista é concluída com 61.995 contribuintes que não informaram a chave Pix e não se encaixam em nenhuma das categorias de prioridades legais.

Aberta desde o último dia 24, a consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.O pagamento é feito na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessando o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Vazamentos, media training e trabalhos paralelos: o que estaria por trás da demissão de Bocardi

Veja os bastidores da demissão do jornalista, decisão que partiu do compliance da Rede Globo

      Rodrigo Bocardi (Foto: Reprodução/TV Globo)

A surpreendente demissão de Rodrigo Bocardi da Globo pegou de surpresa não apenas os telespectadores, mas também o próprio departamento de jornalismo da emissora. Conforme revelou o portal F5, profissionais das redações de São Paulo e do Rio foram informados apenas na noite de quinta-feira (30), quando a decisão foi oficialmente comunicada à imprensa. Até então, não havia qualquer indício de que o jornalista estivesse prestes a deixar o "Bom Dia São Paulo".

O afastamento de Bocardi se deu por determinação do departamento de compliance da Globo, que apontou uma infração grave ao código de ética da emissora. De acordo com o F5, ele teria realizado trabalhos paralelos prestando serviços de comunicação para uma empresa que atende contas públicas, incluindo prefeituras da Grande São Paulo. Além disso, teria atuado como consultor de media training, preparando políticos e empresários para entrevistas na própria Globo, o que representaria um evidente conflito de interesses.

Nos bastidores, comenta-se ainda que o jornalista teria vazado informações internas da emissora, o que aumentou a gravidade da situação. A Globo segue um código de ética rigoroso desde 2015, quando criou seu departamento de compliance.

Na quinta-feira (30), Bocardi apresentou normalmente o "Bom Dia São Paulo" e se despediu dos colegas ao deixar a redação. Mais tarde, foi chamado para uma reunião com o diretor geral de jornalismo, Ricardo Villela, que viajou do Rio de Janeiro especialmente para tratar do caso.

Bocardi ainda não se manifestou sobre as acusações. Em nota oficial, a Globo afirmou que “a empresa não comenta decisões de compliance” e se recusou a fornecer mais detalhes sobre a demissão.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna F5, da Folha de S. Paulo

Efeito Lula: taxa média anual de desemprego fecha 2024 em 6,6%, a menor da série histórica

Rendimento médio real habitual dos trabalhadores em 2024 foi estimado em R$ 3.225, o maior já registrado pela Pnad Contínua

      Luiz Inácio da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em dezembro de 2024, mantendo-se estável em relação ao período de julho a setembro (6,4%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, a taxa média de desocupação foi de 6,6%, uma queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) em comparação a 2023 (7,8%). Esse resultado representa o menor patamar da série histórica iniciada em 2012.

O número de pessoas desocupadas também apresentou redução expressiva. Em média, 7,4 milhões de brasileiros estavam sem emprego em 2024, uma queda de 1,1 milhão em relação ao ano anterior (8,5 milhões). Esse é o menor contingente desde 2014, quando o total era de 7 milhões. Paralelamente, o mercado de trabalho absorveu um número recorde de trabalhadores, com a população ocupada chegando a 103,3 milhões de pessoas, um crescimento de 2,6% em relação a 2023.

A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que os avanços no emprego foram impulsionados pela continuidade da recuperação pós-pandemia e pelo crescimento de setores estratégicos. “Os resultados de 2024 indicaram a manutenção da trajetória de crescimento contingente de trabalhadores que, inicialmente, em 2022, respondia como uma recuperação das perdas geradas durante a Pandemia de COVID-19, em 2020 e 2021. Em 2023 e 2024 os ganhos ainda expressivos, mesmo após a recuperação de ocupação após a pandemia, foram fundamentais para o alcance desses recordes”, afirmou.

⊛ Avanço na formalização do emprego - A estimativa do número de empregados com carteira assinada também atingiu um patamar inédito: 38,7 milhões de trabalhadores formais em 2024, um crescimento de 2,7% em relação ao ano anterior. A categoria de empregados sem carteira assinada no setor privado também registrou um recorde, com 14,2 milhões de trabalhadores, um aumento de 6% no mesmo período.

Enquanto isso, o trabalho por conta própria também cresceu e alcançou 26,1 milhões de trabalhadores, um aumento de 1,9% frente a 2023. Desde 2012, essa categoria cresceu 29,5%, refletindo a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro, onde a informalidade segue representando uma parcela significativa da ocupação.

Apesar da expansão do emprego formal, a taxa de informalidade ainda é elevada. Em 2024, a informalidade recuou levemente para 39%, frente a 39,2% em 2023. A população desalentada — aquela que desistiu de procurar emprego por falta de esperança — também apresentou queda, recuando 11,2%, totalizando 3,3 milhões de pessoas.

⊛ Rendimento médio alcança maior patamar da série - O rendimento médio real habitual dos trabalhadores em 2024 foi estimado em R$ 3.225, o maior já registrado pela Pnad Contínua. O valor representa um crescimento de 3,7% em relação a 2023, quando era de R$ 3.110. Anteriormente, o maior resultado da série havia sido registrado em 2014 (R$ 3.120), enquanto o menor ocorreu em 2022 (R$ 2.901).

Já a massa de rendimento real habitual — que representa o total de rendimentos recebidos por todos os trabalhadores ocupados — atingiu o maior valor da série: R$ 328,9 bilhões, um aumento de 6,5% (R$ 20,1 bilhões) em relação a 2023.

⊛ Destaques setoriais e tendências para 2025 - No quarto trimestre de 2024, a ocupação cresceu em setores estratégicos. A construção registrou um aumento de 4,4% no período, absorvendo mais 333 mil trabalhadores. O setor de transporte, armazenagem e correio também teve alta expressiva de 5%, incorporando 283 mil pessoas ao mercado de trabalho. Já o setor de alojamento e alimentação cresceu 3,9%, somando mais 214 mil trabalhadores. Em contrapartida, a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registrou uma retração de 2,4%, com a perda de 196 mil postos de trabalho.

As projeções para 2025 seguem otimistas, com economistas apontando para a continuidade da geração de empregos formais e aumento na massa salarial. No entanto, desafios permanecem, como a necessidade de ampliar a formalização e reduzir as desigualdades regionais no acesso ao mercado de trabalho.

A próxima divulgação da Pnad Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em janeiro de 2025, está prevista para 27 de fevereiro.

Fonte: Brasil 247

Luis Rubiales, ex-presidente da federação espanhola de futebol, é julgado por beijo forçado em Jenni Hermoso

Ex-dirigente do futebol espanhol enfrenta acusação de agressão sexual e coação, com pedido de dois anos e meio de prisão

Luis Rubiales beija Jenni Hermoso após título da Espanha na Copa do Mundo (Foto: Reprodução)

O ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, começou a ser julgado nesta quarta-feira (29) pelo beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso durante a celebração da Copa do Mundo de 2023 e pela pressão subsequente para que a atleta justificasse o episódio. A informação é da AFP.

A Promotoria pede uma pena de dois anos e meio de prisão para Rubiales: um ano por agressão sexual e um ano e meio por coação. A legislação espanhola passou por uma reforma em 2022, que ampliou a definição de agressão sexual para incluir beijos não consentidos, enquadrando o caso na categoria de crimes de violência sexual.

Além de Rubiales, também são réus no julgamento, que ocorre na Audiência Nacional em San Fernando de Henares, próximo a Madri, o ex-técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, e dois ex-dirigentes da RFEF, Rubén Rivera e Alberto Luque. Os três são acusados de coagir Hermoso para que ela minimizasse o ocorrido e podem pegar um ano e meio de prisão.

"Falso feminismo" e a reação de Hermoso

O caso teve repercussão mundial em 23 de agosto de 2023, quando, ao cumprimentar Hermoso no pódio após a conquista da Copa do Mundo pela seleção espanhola, Rubiales segurou sua cabeça e lhe deu um beijo nos lábios, antes de soltá-la com duas palmadas nas costas. O gesto gerou uma onda de indignação e foi amplamente condenado.

Rubiales, porém, minimizou o episódio, chamando o beijo de um "selinho entre amigos celebrando" e alegando que houve consentimento. Em meio à crescente pressão, ele convocou uma assembleia geral extraordinária da federação e se recusou a renunciar, afirmando ser vítima de um "falso feminismo".

Diante das declarações, Hermoso rompeu o silêncio e declarou publicamente: "Fui vítima de uma agressão, um ato impulsivo, machista, fora de lugar e sem nenhum tipo de consentimento".

Fonte: Brasil 247 com AFP

Xenofobia e relativização do racismo: internautas se revoltam com postagens de Karla Sofía Gascón, protagonista de Emilia Perez

As postagens de Karla Sofia Gascón viralizaram nas redes sociais após declarações dela sobre a equipe de Fernanda Torres e os fãs brasileiros

     Karla Sofía Gascón (Foto: Divulgação)

Karla Sofía Gascón, protagonista de Emilia Pérez e primeira mulher trans indicada ao Oscar, está no centro de uma nova polêmica. Postagens antigas da atriz, publicadas entre 2020 e 2021, vieram à tona nesta quinta-feira (30/1), gerando forte reação negativa nas redes sociais. As mensagens, que foram resgatadas e amplamente compartilhadas, contêm críticas ao islamismo, ao movimento Black Lives Matter, à crescente presença de muçulmanos na Espanha e às mudanças na representatividade do Oscar. As informações são do Metrópoles e da revista Variety.

Entre os tweets polêmicos, há declarações como: "O islamismo é maravilhoso, sem nenhum machismo. As mulheres são respeitadas e, quando são respeitadas, ficam com um pequeno buraco quadrado no rosto para que seus olhos fiquem visíveis e suas bocas, mas apenas se ela se comportar. Embora se vistam assim para seu próprio prazer. Quão PROFUNDAMENTE REPUGNANTE DA HUMANIDADE", escreveu Gascón em 2020. Em outro momento, a atriz afirmou que "as religiões devem ser proibidas enquanto não cumprirem os Direitos Humanos".

As falas geraram revolta entre internautas, que passaram a criticar a presença da atriz na corrida pelo Oscar 2025. "Nós, mexicanos, nos sentimos indignados que uma atriz racista, homofóbica, xenófoba e antivacina tenha interpretado nossa heroína Emilia Pérez. É por isso que o povo mexicano apoia que o prêmio seja dado à Fernanda Torres, do Brasil, porque amamos Pelé e Ronaldinho", escreveu um usuário nas redes sociais.

⊛ Embate com fãs de Fernanda Torres

A polêmica envolvendo Karla Sofía Gascón ganhou novos contornos após suas recentes declarações sobre a recepção de Emilia Pérez e a rivalidade com Fernanda Torres. Durante um evento de divulgação do filme, ela relatou estar sendo constantemente atacada nas redes por fãs da atriz brasileira.

"O que eu não suporto é que, a cada notícia minha que sai ou a cada programa que participo, apoiadores da Fernanda Torres ou do filme enchem tudo com 'Fernanda Torres é melhor, você é uma porcaria', 'Fernanda Torres tem que participar deste programa', 'Fernanda Torres merece tudo'", desabafou.

Apesar das críticas, Gascón ressaltou que não falará mal da colega de profissão, mas que "há pessoas que trabalham com Fernanda Torres que falam mal dela e de Emilia Pérez".

⊛ Acusações de racismo e críticas ao Oscar

As postagens resgatadas também incluem críticas ao movimento Black Lives Matter e ao assassinato de George Floyd, ocorrido em 2020 nos Estados Unidos. Em uma das mensagens, Karla afirmou: "Eu realmente acho que muito poucas pessoas se importaram com George Floyd, um vigarista viciado em drogas, mas sua morte serviu para demonstrar mais uma vez que há pessoas que ainda consideram os negros como macacos sem direitos e consideram os policiais como assassinos. Eles estão todos errados".

Em outro momento, ao criticar a representatividade crescente na premiação da Academia, Gascón escreveu: "Cada vez mais o #Oscar parece uma cerimônia de filmes independentes e de protesto, eu não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, a uma manifestação do Black Lives Matter ou ao 8M".

Sobre a China, ela escreveu em 2020: : “A vacina chinesa, além do chip obrigatório, vem com dois rolinhos primavera, um gato que mexe a mão, 2 flores de plástico, uma lanterna pop-up, 3 linhas telefônicas e um euro para sua primeira compra controlada.”

As declarações polêmicas lançam dúvidas sobre a permanência da atriz na disputa pelo Oscar 2025. Embora algumas publicações tenham sugerido que suas falas poderiam infringir as diretrizes da Academia, a Variety pontua que as declarações não foram diretamente contra Fernanda Torres, o que pode evitar uma desclassificação.

Diante da repercussão negativa, Gascón apagou os tweets polêmicos na noite de quarta-feira (29), mas os prints já circulavam amplamente nas redes sociais. O caso segue gerando debate sobre os limites do discurso e as consequências para a carreira da atriz.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lira faz ataque grosseiro ao governo Lula e insinua que "barco está naufragando"

Presidente da Câmara ataca a gestão federal, diz que governo perdeu credibilidade e sugere que reforma ministerial não será suficiente

Lula e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez duros ataques ao governo do presidente Lula (PT), insinuando que a gestão petista caminha para o fracasso. Ao comentar a tentativa do Planalto de atrelar a reforma ministerial ao apoio para as eleições de 2026, Lira disse que ninguém quer se associar a um governo enfraquecido. “Ninguém vai embarcar num navio que vai naufragar sabendo que vai naufragar”, afirmou.

O presidente da Câmara sugeriu que a troca de ministros não resolverá os problemas do governo e cobrou mudanças mais profundas, especialmente na economia e na relação com o Congresso. Lira ainda alfinetou a condução econômica da gestão petista e disse que o governo ganhou a "fama de taxador", em referência às tentativas de aumentar a arrecadação.

Reforma ministerial não resolve crise, diz Lira - Lira deixou claro que não considera a reforma ministerial suficiente para reverter o desgaste do governo. Segundo ele, o problema central não é a distribuição de cargos, mas sim a falta de credibilidade na economia e na articulação política. O presidente da Câmara também ironizou a condução da política econômica, afirmando que o governo precisa parar de criar novas formas de arrecadação e melhorar sua comunicação com a sociedade.

Apesar de ter sido um dos principais articuladores da reforma tributária, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Lira agora se coloca em posição de confronto com o governo, reforçando que não há clima para aprovação de novas medidas que aumentem impostos. “Esse governo está com fama de taxador, de arrecadador. Uma sanha arrecadatória, sem limite de despesa”, acusou.

Conflito com o governo e ameaça à governabilidade - As críticas de Lira reforçam o cenário de tensão entre o Congresso e o governo Lula, que enfrenta dificuldades para consolidar uma base de apoio. Nos bastidores, há um descontentamento crescente entre os partidos do Centrão, que reclamam da falta de espaço no governo e da condução política do Planalto.

Além disso, Lira reclamou de uma suposta ingerência do Judiciário sobre o Congresso, em referência às investigações sobre emendas parlamentares. Para ele, o governo precisa agir rapidamente para evitar que uma crise institucional paralise o país.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Itaipu investe R$ 81 milhões em energia solar para hospitais filantrópicos do Paraná

Programa Femipa Energia prevê implantação de sistemas fotovoltaicos que podem gerar economia anual de R$ 11,7 milhões para Santas Casas e hospitais

     (Foto: Agência Brasil )

A Itaipu Binacional e a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (Femipa) anunciaram o lançamento do programa Femipa Energia, iniciativa que prevê a implantação de sistemas fotovoltaicos para atender hospitais sem fins lucrativos no estado. A assinatura do contrato ocorrerá na próxima segunda-feira (3), às 9h, na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba.

O evento contará com a presença do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, do diretor de Coordenação da empresa, Carlos Carboni, e do presidente da Femipa, Charles London, além de representantes de Santas Casas e outras instituições filantrópicas do Paraná.

Energia limpa e economia para hospitais

O programa Femipa Energia terá um investimento superior a R$ 81 milhões e prevê a instalação de 18 megawatts de sistemas de geração solar fotovoltaica até fevereiro de 2027. O objetivo é reduzir custos com eletricidade e fortalecer a sustentabilidade dos hospitais filantrópicos vinculados à Femipa.

Os beneficiários serão unidades hospitalares enquadradas nos grupos tarifários A e B, que poderão economizar até R$ 11,7 milhões por ano. O montante representa cerca de 35% do consumo total de energia dessas instituições.

A implantação do projeto será dividida em duas etapas. No Lote 01, serão instaladas usinas fotovoltaicas em telhados de hospitais, com início das obras previsto para abril de 2025. Já no Lote 02, serão implantadas usinas solares em solo em quatro municípios, com obras programadas para começar em junho de 2025.

Fonte: Brasil 247 

Dívida pública bruta do Brasil cai a 76,1% do PIB em dezembro e superávit primário supera expectativa

Dívida líquida foi a 61,1% em dezembro

Sede do Banco Central, em Brasília 22/02/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: ADRIANO MACHADO)

Reuters - A dívida bruta do Brasil registrou queda em dezembro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou superávit primário acima do esperado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou dezembro em 76,1%, contra 77,7% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 61,1%, de 61,2% em novembro.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 77,0% para a dívida bruta e de 61,0% para a líquida.

Em dezembro, o setor público consolidado registrou um superávit primário de 15,745 bilhões de reais, acima da expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo positivo de 10,2 bilhões de reais.

O desempenho mostra que o governo central teve saldo positivo de 26,728 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de 12,018 bilhões de reais e as estatais tiveram superávit de 1,035 bilhão de reais, mostraram os dados do BC.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Planalto espera avanços com Hugo Motta na Câmara e Alcolumbre "pragmático" no comando do Senado

Hugo Motta promete focar em pautas de consenso, enquanto Davi Alcolumbre se mostrou receptivo a algumas das principais pautas bolsonaristas

Lula e Hugo Motta (Foto: Reprodução/X/@guimaraes13PT)

Neste sábado (1), deputados e senadores voltam do recesso parlamentar para eleger os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que conduzirão o Congresso Nacional pelos próximos dois anos. A disputa interessa diretamente ao governo do presidente Lula (PT), que precisa de apoio no Legislativo para avançar em sua agenda política e econômica. As definições das lideranças no Congresso podem facilitar ou travar as pautas prioritárias do governo federal, relata o Metrópoles.

As eleições marcam o fim dos ciclos de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado. Ambos já cumpriram dois mandatos consecutivos e, pelo regimento interno, estão impedidos de buscar reeleição. No tabuleiro político, dois nomes despontam como favoritos: Hugo Motta (Republicanos-PB) para a Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) para o Senado. Ambos contam com apoio de uma ampla base política, que inclui desde o PT, partido do presidente Lula, até o PL, sigla de Jair Bolsonaro.

◉ O desafio de Motta: governabilidade e distanciamento ideológico - Hugo Motta, de 35 anos e no quarto mandato como deputado federal, surge como nome de consenso entre diferentes bancadas. Apadrinhado por Arthur Lira, ele tem uma trajetória de articulação política consolidada e transita bem entre governistas e oposicionistas. Durante a campanha para a presidência da Câmara, evitou temas ideológicos e enfatizou que seu foco estará em pautas de consenso, o que pode facilitar a relação com o Planalto.

A escolha de Motta pode ser benéfica para o governo federal, que encontrou dificuldades de articulação com Arthur Lira. O atual presidente da Câmara protagonizou embates públicos com Alexandre Padilha (PT), ministro das Relações Institucionais de Lula, e usou seu poder para travar algumas votações estratégicas. Caso Motta seja eleito, a expectativa é que ele atue de forma mais pragmática, reduzindo atritos e garantindo maior previsibilidade na tramitação de projetos importantes para o Executivo.

No entanto, ele também precisará lidar com as pressões da oposição, especialmente de setores do PL e de grupos bolsonaristas que defendem pautas conservadoras e fiscalização rigorosa do governo Lula. O grande desafio será administrar as diferentes expectativas dentro de uma Casa que tem mostrado forte fragmentação nos últimos anos.

◉ Alcolumbre no Senado: pragmatismo e influência além do parlamento - No Senado, Davi Alcolumbre é apontado como o principal candidato a substituir Rodrigo Pacheco. Ex-presidente da Casa entre 2019 e 2021, Alcolumbre manteve forte influência nos bastidores, tendo sido um dos articuladores da reeleição de Pacheco. Sua proximidade com o governo Lula é evidente, especialmente pela indicação de aliados para cargos estratégicos na Esplanada.

No entanto, sua candidatura também preocupa o Planalto. Apesar do apoio petista, Alcolumbre fez acordos com setores da oposição e se mostrou receptivo a algumas das principais pautas bolsonaristas. O presidente do Senado tem poder para dar andamento ou barrar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), uma das principais bandeiras da base de Jair Bolsonaro. Ele também precisará decidir como lidará com pressões por anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Para o governo Lula, o cenário ideal seria um Alcolumbre fiel ao Palácio do Planalto. No entanto, sua postura pragmática indica que ele deve atuar de forma independente, negociando caso a caso, sem necessariamente priorizar os interesses do Executivo.

◉ O peso do Congresso na governabilidade de Lula - A nova composição das mesas diretoras da Câmara e do Senado terá papel central na agenda de Lula. A relação entre os poderes esteve tensa no último ano, com o Congresso travando votações estratégicas, em resposta a disputas com o STF e demandas por maior controle sobre o Orçamento da União. O embate sobre as emendas parlamentares segue como um dos principais desafios, com deputados e senadores pressionando por maior autonomia na destinação de recursos.

A escolha de Hugo Motta e Davi Alcolumbre pode representar um período de maior estabilidade para Lula, caso consigam equilibrar suas bases de apoio sem confrontar diretamente o governo. Por outro lado, a presença de uma oposição fortalecida no Congresso pode criar novos obstáculos para a gestão petista, especialmente em temas sensíveis, como a política econômica e os avanços na regulação das plataformas digitais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Haddad critica possibilidade de sobretaxa dos EUA a produtos brasileiros: "não faz o menor sentido"

Sobretaxa de Trump sobre outros países pode beneficiar exportações brasileiras, avalia o ministro da Fazenda

      (Foto: REUTERS)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que "não faz o menor sentido" os Estados Unidos imporem sobretaxas sobre produtos brasileiros, destacando que a balança comercial entre os dois países está atualmente equilibrada. As declarações foram dadas em entrevista à RedeTV, gravada nesta quinta-feira (30).

Segundo o InfoMoney, citando o Estadão Conteúdo, Haddad argumentou que, caso Washington decida ampliar as tarifas sobre importações de outros países, o Brasil poderia ser beneficiado, aumentando sua participação no mercado norte-americano. No entanto, o ministro reforçou a necessidade de cautela, já que ainda não há um anúncio oficial detalhado por parte de Donald Trump.

Outro ponto destacado pelo ministro foi o impacto da decisão de Trump de reduzir subsídios para a transição energética. Segundo Haddad, essa mudança tem levado investidores, que antes planejavam aplicar seus recursos nos EUA, a procurarem oportunidades no Brasil. "Há agora investidores procurando o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para fazer aqui. Nós temos vantagem competitiva incrível, em relação à produção de energia barata", disse.

A declaração do ministro reforça a percepção do governo de que o Brasil pode se tornar um destino mais atrativo para investimentos em energia renovável, especialmente diante das incertezas políticas e econômicas nos Estados Unidos. O país tem se consolidado como um dos líderes na produção de energia limpa, com fontes como hidrelétrica, eólica e solar desempenhando um papel cada vez mais relevante no cenário global.

O posicionamento de Haddad ocorre em um momento de crescente tensão comercial global, com os EUA avaliando medidas protecionistas que podem afetar diversas economias emergentes.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney