segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Glauber Braga: ‘a coragem de Gustavo Petro deve inspirar o Brasil na luta contra fascistas poderosos’

'Gestos de enfrentamento como o adotado pelo presidente colombiano são importantíssimos', destacou o parlamentar

Glauber Braga (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) publicou nesta segunda-feira (27) uma mensagem de apoio ao presidente colombiano, Gustavo Petro, que proibiu a entrada em seu território de aviões norte-americanos transportando deportados da Colômbia.

“Para além do desfecho, gestos de enfrentamento como o adotado pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, são importantíssimos por servirem de exemplo para o mundo. Fascistas, por mais poderosos que sejam, calculam os próprios prejuízos. A coragem de @petrogustavo deve nos inspirar”, escreveu o parlamentar na rede social X.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que aplicará sanções à Colômbia, como a criação de uma tarifa emergencial de 25% sobre todos os produtos colombianos que entrem nos EUA e a revogação de vistos de autoridades do governo e aliados de Petro.

O Grupo de Puebla, uma coalizão de líderes políticos e intelectuais progressistas da América Latina e da Europa, emitiu um comunicado para repudiar as sanções defendidas pelo governo da extrema-direita norte-americana.

Projeções oficiais apontam que os EUA têm entre 45 milhões e 50 milhões de imigrantes e que cerca de 10 milhões a 15 milhões de estrangeiros de várias nacionalidades devem ser afetados pelas deportações.
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Gustavo Petro. Foto: Luisa Gonzalez / Reuters(Photo: REUTERS/)
Fonte: Brasil 247

'Crise com o Brasil é página virada’, afirma Maduro

Presidente da Venezuela defendeu união diante dos novos desafios geopolíticos em entrevista ao jornalista Breno Altman, de Opera Mundi

Presidentes da Venezuela, Nicolas Maduro, do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Opera Mundi - O presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou que, apesar das diferenças entre os ministérios das Relações Exteriores de Brasil e Venezuela, ambos os países estão comprometidos a superar essas divergências e fortalecer suas relações bilaterais.

A fala de Maduro ocorreu durante a entrevista exclusiva que o líder venezuelano concedeu ao fundador de Opera Mundi, Breno Altman, numa edição especial do programa 20 Minutos:


“(Devemos) ver o novo cenário da geopolítica mundial, a situação da Nossa América e priorizar as relações entre o Brasil e a Venezuela, relações pacíficas, de cooperação, de irmandade, de progresso econômico”, disse.

Sobre o Brasil, Maduro voltou a afirmar que “não houve crise, não há crise, nem haverá crise” entre Caracas e Brasília, apontando que a “única maneira” para que a relação mantenha um vínculo é através do “entendimento pela América Latina, pelo Caribe, pela paz e pelo desenvolvimento dos nossos países”.

O governo Lula não reconheceu a vitória de Maduro na eleição presidencial de 28 de julho, mas enviou uma representação diplomática à sua posse. Além disso, o Brasil vetou a entrada de Caracas ao BRICS, culminando em um acirramento da relação entre os países.

Maduro avalia que é necessário “olhar para o futuro” e que aconteçam avanços no “reconhecimento daquilo que já é uma realidade, que a Venezuela pertence ao BRICS”.

Veja trechos da entrevista de Breno Altman com Nicolás Maduro:

Breno Altman: presidente Nicolás Maduro, queria começar nossa entrevista com uma pergunta que está na cabeça de muita gente. Alguns governos estrangeiros, como o dos Estados Unidos, não reconheceram sua vitória no dia 28 de julho, chegando até mesmo a anunciar que reconheciam Edmundo González como presidente eleito. O senhor considera que sua posse em 10 de janeiro e o enfraquecimento da extrema direita vão pôr fim a esta controvérsia?

Nicolás Maduro: o enfraquecimento e a derrota da extrema direita fascista na Venezuela, que intoxicou e contaminou a direita e a centro-direita em toda a América Latina e o Caribe durante mais de 20 anos, é a expressão de que tudo o que fizeram com eles nas redes, na mídia, toda a operação em torno dessa candidatura foi uma operação orquestrada pelo governo dos Estados Unidos que acabou de sair, que se aproveitou das negociações com a diplomacia do engano , a diplomacia da cenoura, e não falou com clareza nem seriedade.

Na verdade, todos os acordos que fizemos foram totalmente violados e desrespeitados por eles, nunca foram cumpridos, apenas serviram de pretexto para preparar mais uma vez o terreno para a desestabilização da Venezuela. Conseguimos consolidar, depois de 2017, um processo de paz e de estabilidade política. Em 2017 e 2018, sofremos um bombardeio de mísseis, de sanções, que nos causaram grandes prejuízos econômicos.

Então, em 2019, o governo da época, os funcionários da época: John Bolton, Mike Pence, John Kelly, Mike Pompeo, elaboraram o projeto Guaidó e convenceram o presidente na época, Donald Trump, de que era muito fácil nomear e reconhecer um presidente chamado Guaidó, que ninguém conhecia, e que isso implicaria imediatamente na tomada da Venezuela, um golpe de Estado internacional. Conseguimos denunciá-lo, enfrentá-lo, derrotá-lo e, em meio a essa luta, conseguimos recuperar a sociedade e a economia. Em meio a essa estabilidade duramente conquistada, com nosso próprio esforço, o governo de Joe Biden perdeu, infelizmente, uma oportunidade de ouro de se entender conosco, de respeitar os acordos conversados e assinados, e concebeu um Guaidó 2.0, como ele é chamado, Guaidó parte 2, que acabou tendo um fim muito ruim, Guaidó parte 2 acabou tendo um fim muito ruim. Portanto, eles já sabiam a jogada há muito tempo, fizeram de tudo.

Aqui na Venezuela, foram investidos nada menos que um bilhão de dólares pela oligarquia, chamada de oligarquia tecnológica, donos das grandes redes, todas as redes se voltaram contra nós: Facebook, Instagram, X, antigo Twitter; TikTok, e criaram uma situação nacional e internacional que acreditavam ser infalível.

Sofremos isso no dia 28 de julho, algo que eu denunciei imediatamente, no dia 29 de julho, como o primeiro golpe ciberfascista da história moderna da América Latina, e poderia dizer da humanidade, o derrotamos em 48 horas, e fomos consolidando a vitória. O país está em paz, as instituições estão funcionando, os cinco poderes públicos estão funcionando, a economia está crescendo, se recuperando. E a grande maioria dos venezuelanos, como mostram todas as pesquisas, mais de 80% repudia essas tentativas de golpe, 80% dos venezuelanos querem virar a página dessa desestabilização e que se siga um rumo seguro de crescimento, recuperação e respeito pela Venezuela.

Presidente, o que o senhor responde aos que afirmam que houve fraude no dia 28 de julho?

Isso não é a primeira vez, não há nada de novo. Temos sido acusados, desde o início da Revolução Bolivariana, de algo impossível de fazer, a Venezuela construiu um sistema eleitoral absolutamente auditável.

Digam-me, em que parte do mundo existe um sistema eleitoral que é auditado 15 vezes? Foram 15 auditorias! Antes, durante e depois do processo, só na Venezuela.

Portanto, simplesmente, nosso povo sabe, as instituições sabem, o Supremo Tribunal de Justiça fez uma avaliação tremenda do processo e ficou demonstrado, tal como nas 31 eleições anteriores que realizamos – realizámos 31 eleições em 25 anos, um recorde mundial – ficou demonstrado, tal como nas 31 eleições anteriores, que se trata de um processo em que prevaleceu a soberania popular.

O governo do presidente Lula, do meu país, o Brasil, também não reconheceu sua vitória em 28 de julho, mas enviou uma representação diplomática à sua posse. Considera que a crise com o Brasil pode ser ultrapassada a curto prazo?

Com o Brasil não houve crise, não há crise, nem haverá crise. Há simplesmente diferenças entre os ministérios das Relações Exteriores, diferenças com assessores; de lá, de cá. E, bom, a obrigação do presidente Lula e do presidente Nicolás Maduro é se entenderem pelos nossos países, virar a página, ver o novo cenário da geopolítica mundial, a situação da Nossa América e priorizar as relações entre o Brasil e a Venezuela, relações pacíficas, de cooperação, de irmandade, de progresso econômico.

Se você soubesse quantos investidores do Brasil estão chegando à Venezuela, no ramo de petróleo, gás, petroquímica, energia e turismo. Temos este caminho traçado e se há diferenças de opinião, a única forma é falar, se comunicar. Nosso ministro das Relações Exteriores está em comunicação constante e fluida com o ministro das Relações Exteriores Mauro (Vieira). A única maneira, o único caminho que temos é o do entendimento, pela América Latina, pelo Caribe, pela paz e pelo desenvolvimento dos nossos países.

Presidente, o que a mudança de governo nos Estados Unidos, do democrata Joe Biden para o republicano Donald Trump, significa para a Venezuela? O senhor acha que o novo presidente vai repetir a política agressiva do seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, quando chegou a ameaçar a Venezuela com agressão militar?

Você pergunta: o que é que isso significa para a Venezuela? Eu te respondo que para a Venezuela significa uma oportunidade de abrir as portas a um novo tipo de relação em que todos ganham. Isso é o que significa para nós.

E para o mundo?

Para o mundo, significa grandes mudanças que estão em pleno andamento, e certamente veremos turbulências, problemas, mas também o reconhecimento de que já existe um mundo multicêntrico, pluripolar, e que o mundo multicêntrico pluripolar prevalecerá, e esperamos que se cumpra o que o presidente Trump ofereceu: que haja paz, que não haja mais guerra, que acabe a guerra e que todas as outras questões sejam resolvidas através da diplomacia e da paz.

Há setores da esquerda que o criticam por adotar medidas liberais na economia. Como responde a esse tipo de crítica?

Bom, eu teria que ouvir as críticas, porque depois de uma guerra econômica que ainda se mantém, depois de um bloqueio que se mantém, você tem que ver, se você produziu ou não produziu, porque muitas pessoas criticam, eu ouço todas, estudo todas e se encontro alguma razão, alguma crítica, na prática, na ação, eu dou a razão e faço a retificação. Mas nós tivemos o cuidado de construir o nosso próprio plano econômico e posso dizer com orgulho, como disse no dia 10 de janeiro quando tomei posse, que o nosso pensamento econômico nesta fase é Made in Venezuela, é nosso, aqui nós não aplicamos políticas nem do Fundo Monetário Internacional nem do Banco Mundial, não temos nada a ver com o neoliberalismo, nem com o do fascista do Milei, nem o neoliberalismo ao estilo do Fundo Monetário.

Aqui na Venezuela tudo o que se faz é feito em diálogo nacional, temos grandes consensos em matéria econômica e podemos ter o orgulho de haver construído, no meio da mais terrível guerra econômica que foi feita contra nós, desde dentro e desde fora, no meio de sanções econômicas que nos fizeram perder 99% da nossa renda, construímos o nosso próprio caminho com pensamento próprio. Assim, não nos subestimem mais, alguma capacidade tivemos. Deveriam dar um Prêmio Nobel da Economia ao povo da Venezuela.

Fonte: Brasil 247 com Opera Mundi

Bolsa rompe os 124 mil pontos, melhor fechamento de 2025

Foi uma sessão descolada de Wall Street (EUA), que sofreu nesta segunda-feira com forte correção no setor de tecnologia

Tela de cotações da B3 em São Paulo - 6/7/2023 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista fechou o primeiro pregão da semana com o Ibovespa acima dos 124 mil pontos, o que não havia acontecido ainda neste ano, em sessão descolada de Wall Street, que sofreu nesta segunda-feira com forte correção no setor de tecnologia.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,84%, a 124.695,51 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 124.801,72 pontos na máxima e 122.206,78 pontos na mínima do dia.

O volume financeiro no pregão somava 21 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Fonte: Brasil 247

Governo desmente fake news sobre suposta "privatização de terras indígenas"

Acordo entre MPI e Ambipar não transfere gestão de terras indígenas

Terra Indígena (Foto: Lidiane Ribeiro/Ibama)

O governo federal veio a público desmentir as notícias falsas referentes a uma suposta "privatização das terras indígenas" no país. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República reforçou que o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) implementa rigorosamente as garantias da Constituição, que torna essas terras inalienáveis e imprescritíveis.

O acordo firmado pelo MPI com a empresa Ambipar, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, trata de um protocolo de intenções, sem transferência de verbas públicas ou responsabilidades estatais, segundo a nota divulgada nesta segunda-feira (27).

"O presente protocolo assim como outras iniciativas que poderão, conforme cada comunidade decidir, qualificar e fortalecer, reflete o compromisso do Governo Federal, especialmente do Ministério dos Povos Indígenas, em ampliar parcerias para a promoção dos direitos dos povos indígenas no Brasil", diz a nota.

O acordo tem como objetivo fortalecer a infraestrutura para o combate a incêndios, aprimorar a gestão e destinação de resíduos, expandir o monitoramento das terras indígenas e facilitar o acesso a insumos essenciais demandados pelos povos indígenas, conforme divulgou a Ambipar.

O objetivo é fortalecer a gestão territorial indígena em consonância com a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) e compromissos internacionais, como a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, disse o documento.

Fonte: Brasil 247

Eleição para nova Mesa Diretora da Câmara será realizada no dia 1º de fevereiro

Cronograma para formalização dos blocos parlamentares, para a escolha dos cargos da Mesa e o registro das candidaturas foi publicado
Depositphotos
      Plenário Ulysses Guimarães, onde será feita a eleição da nova Mesa da Câmara

A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados e para os demais cargos da Mesa Diretora foi marcada para o dia 1º de fevereiro, sábado. O mandato é de dois anos e, para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação (257) ou ser o mais votado no segundo turno. O início da primeira sessão preparatória, na qual será eleito o presidente, está marcado para as 16 horas, no Plenário Ulysses Guimarães.

O cronograma para formalização dos blocos parlamentares, para a escolha dos cargos da Mesa e o registro das candidaturas foi publicado nesta quarta-feira (15). Em ofício assinado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), está definido o prazo limite para formação de blocos parlamentares até 9 horas do dia 1º de fevereiro de 2025. Em seguida, às 11 horas, haverá reunião de líderes para a escolha dos cargos da Mesa Diretora. O prazo limite para o registro das candidaturas é até 13h30 de 1º de fevereiro, e a sessão preparatória para a eleição da Mesa foi confirmada para 16 horas do mesmo dia.

O ofício também estabelece que a eleição será realizada de forma presencial, com urnas dispostas no Salão Verde e no Plenário. O documento informa, ainda, que foi convocada sessão conjunta do Congresso Nacional para o dia 3 de fevereiro (segunda-feira), às 15 horas, para a inauguração da sessão legislativa.

Blocos

Os blocos parlamentares, cujo objetivo é aumentar a representatividade na composição dos órgãos da Casa, são formados no dia 1º de fevereiro do primeiro ano da nova legislatura e valem para a distribuição das presidências das comissões pelos quatro anos seguintes.

Já para a eleição da Mesa Diretora, que é feita a cada dois anos, podem ser formados novos blocos para composição dos cargos pelos partidos.

Candidatos

Os deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) são, até agora, os dois deputados que se declararam oficialmente como candidatos à presidência da Câmara.

Hugo Motta é médico e foi eleito deputado federal pela primeira vez em outubro de 2010. Ele é titular da Comissão de Finanças e Tributação. Em 2015, foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou denúncias de corrupção na Petrobras e, em 2023, foi relator da PEC dos Precatórios, que limitou o valor de despesas anuais com precatórios. É autor de 32 projetos de lei e de 18 propostas de emenda à Constituição.

Henrique Vieira é ator, poeta, professor e pastor da Igreja Batista. Tem 37 anos e está em seu primeiro mandato como deputado federal. Integrou a CPI que investigou os atos golpistas de 8 de janeiro. Já foi vice-líder do governo e integrante de diversas comissões na Casa. É autor do Projeto de Lei 2753/24, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade de aulas de prevenção a abusos sexuais.

Mesa Diretora
A Mesa Diretora é responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Casa. Entre suas atribuições, também está a promulgação de emendas à Constituição, juntamente com o Senado.

A Mesa compõe-se da Presidência (presidente e dois vice-presidentes) e da Secretaria — formada por quatro secretários e quatro suplentes.



Fonte: Agência Câmara de Notícias

Lula deve participar de cúpula da Celac sobre Trump por videoconferência

O encontro foi convocado diante da crise migratória desencadeada pelas políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

 Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, em Brasília 25/10/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não viajar a Honduras para participar da reunião de emergência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), marcada para esta quinta-feira (30), informou o site Metrópoles. O encontro foi convocado pela presidente de Honduras, Xiomara Castro de Zelaya, atual líder do bloco.

Embora tenha descartado a viagem presencial, o Palácio do Planalto avalia a possibilidade de participação de Lula de forma virtual. A reunião abordará, entre outros temas, questões ambientais, a "unidade latino-americana" e a crise migratória desencadeada pelas políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Nesta segunda-feira (27), Lula esteve com o chanceler Mauro Vieira para debater a crise migratória, após brasileiros deportados pelo governo estadunidense relatarem agressões por parte de agentes dos EUA no último fim de semana.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Fernando Diniz é demitido do Cruzeiro, após comandar time por 4 meses

Em 20 jogos, técnico somou 4 vitórias, 9 empates e 7 derrotas

Fernando Diniz (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

Agência Brasil - O Cruzeiro anunciou nesta segunda-feira (27) que Fernando Diniz não é mais técnico do time de futebol masculino, dois dias após o clube empatar em casa com o Betim (1 a 1), o segundo tropeço seguido da Raposa no Campeonato Mineiro – na rodada anterior fora derrotado pelo Athletic Club (1 a 0), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O time também não foi bem na Flórida Cup Séries, nos Estados Unidos, na segunda quinzena deste mês. Empatou duas vezes, a primeira com o São Paulo e depois não saiu do 0 a 0 como o Atlético-MG.

Há 18 dias, Diniz havia renovado com o Cruzeiro até o final deste ano. O ex-treinador da seleção brasileira chegou ao clube em setembro, mas a campanha irregular no fim do ano passado frustrou os torcedores: o time foi vice-campeão da Copa Sul-Americana, após derrota por 3 a 1 para o Racing (Argentina), e encerrou o Brasileirão em nono lugar, fora da zona de classificação para a Libertadores 2025, após empates em 1 a 1 em rodadas decisivas (contra Grêmio e Bragantino) .

Do total de 20 partidas com Diniz à beira do gramado, o Cruzeiro somou apenas quatro vitórias, empatou nove vezes e perdeu outras sete. Além da demissão de Diniz, também foi anunciada a saída do auxiliar Eduardo Barros e o preparador físico Wagner Bertelli.

A partir desta segunda (27), o auxiliar técnico fixo Wesley Carvalho comandará os treinamentos do Cruzeiro de forma interina.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Covid-19: China rebate CIA e reforça conclusão da OMS contra hipótese de vazamento em laboratório

Porta-voz chinesa criticou os Estados Unidos por politizarem e usarem a questão da pandemia como instrumento de ataque contra outros países

Bandeiras da China e dos EUA (Foto: Reuters)

A China descartou, nesta segunda-feira (27), a teoria de que a COVID-19 teria se originado de um vazamento acidental em laboratório, sugerida recentemente pela CIA. Em entrevista coletiva em Pequim, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, classificou a alegação como infundada e defendeu que o tema deve ser tratado com base científica, segundo reportagens da mídia estatal chinesa.

“A origem do coronavírus é uma questão científica e deve ser determinada por cientistas em um espírito científico. A hipótese de vazamento em laboratório é altamente improvável”, afirmou Mao, de acordo com o portal AA.

A declaração veio após novos relatos de que a CIA estaria apoiando a tese de que a pandemia poderia ter surgido devido a um acidente em laboratórios de alta segurança em Wuhan, e não por meio de transmissão natural em um mercado de animais na cidade. De acordo com essas informações, a agência norte-americana teria chegado à conclusão após uma análise mais detalhada das condições desses laboratórios antes do início do surto, em dezembro de 2019.

A porta-voz chinesa refutou as alegações e destacou as conclusões de uma investigação conjunta entre a China e a Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em 2021. Segundo o relatório da época, a possibilidade de um vazamento em laboratório foi considerada “altamente improvável”. Mao também ressaltou que essas conclusões foram amplamente aceitas pela comunidade científica e internacional.

“A equipe de especialistas da China e da OMS chegou a essa conclusão com base em visitas presenciais a laboratórios relevantes em Wuhan e trocas aprofundadas com pesquisadores científicos. Essa determinação tem sido amplamente reconhecida pela comunidade científica mundial”, acrescentou Mao.

A disputa em torno da origem da COVID-19 voltou a ganhar força com as recentes declarações da CIA - logo após a posse do presidente Donald Trump.

Além de descartar a teoria do vazamento, Mao Ning criticou os Estados Unidos por politizarem e usarem a questão como instrumento de ataque contra outros países. Ela pediu que Washington compartilhe dados de possíveis casos iniciais com a OMS e esclareça dúvidas sobre seus próprios laboratórios biológicos.

“O governo dos EUA deveria parar de politizar e instrumentalizar a questão da origem do coronavírus, parar de difamar outros países e transferir responsabilidades”, disse Mao. “Deve, em vez disso, responder às preocupações legítimas da comunidade internacional e fornecer dados sobre casos suspeitos iniciais, além de esclarecer questões relacionadas aos laboratórios biológicos americanos."

Fonte: Brasil 247 com portal AA

Aloysio Nunes: uso indevido de algemas viola acordo entre Brasil e EUA

De acordo com o ex-chanceler, não houve "razões sérias de segurança" que justificassem a maneira como os brasileiros foram deportados

Aloysio Nunes (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (sem partido-SP) afirmou nesta segunda-feira (27) que o acordo firmado entre Brasil e Estados Unidos, em 2017, proíbe o uso "indiscriminado" de algemas e correntes em brasileiros deportados. O ex-chanceler comentou sobre a deportação de 88 brasileiros, que, na última sexta-feira (24), chegaram algemados a Manaus (AM).

“O pacto 'proíbe o uso indiscriminado de algemas e correntes', ou seja, o uso que não se justifique por razões sérias de segurança. O acordo também preconiza o tratamento digno e respeitoso dessas pessoas, o que, visivelmente, foi violado neste voo que chegou a Manaus”, disse Nunes em entrevista ao UOL News. “O objetivo era abreviar o tempo deles encarcerados e submetidos a inquéritos, ainda com possibilidade de recursos, para que pudessem responder aqui no Brasil o que tivessem que responder.”

De acordo com o Pew Research Center, o número de brasileiros em situação irregular nos EUA aumentou 53%, ao passar de 150 mil em 2018 para 230 mil em 2022. Comandado por Mauro Vieira, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que mais de 2 milhões de brasileiros vivem nos EUA, entre regulares e irregulares. Estima-se que o território estadunidense tenha entre 45 milhões e 50 milhões de imigrantes.

As deportações foram prometidas pelo então presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano). Segundo Aloysio Nunes, “o problema” do atual chefe da Casa Branca “não tem muito a ver com os imigrantes brasileiros, o discurso dele é mais voltado para os seus eleitores”. “A preocupação dele é com a China, a influência da China na América Latina e a relação com o Brasil no âmbito dos Brics [bloco que reúne países emergentes, incluindo Brasil e China]. É isso que preocupa ele.”

Fonte: Brasil 247 com UOL News

Deputado deixa o PL sob suspeita de caso envolvendo menor de idade e segurança preso

Saída do partido foi motivada por pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro, irritado com a repercussão do caso

Dep. Professor Alcides (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Professor Alcides Ribeiro (GO) enfrenta uma investigação da Polícia Civil de Goiás por suspeita de envolvimento com um adolescente menor de idade, o que culminou em sua desfiliação do Partido Liberal (PL) na semana passada. De acordo com reportagem do jornal O Globo, a saída foi motivada por pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro, irritado com a repercussão do caso, que teria solicitado a expulsão do parlamentar de forma "amigável".

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia apura o caso desde dezembro. Na época, agentes cumpriram três mandados de prisão e três de busca e apreensão na casa de suspeitos relacionados ao caso. Entre os presos, estava o segurança de Alcides. Segundo a polícia, os investigados teriam restringido a liberdade do adolescente e utilizado armas de fogo para ameaçá-lo, exigindo a entrega de aparelhos telefônicos e a senha do iCloud. O objetivo seria ocultar uma relação íntima entre o menor e o parlamentar.

A investigação causou desconforto entre os dirigentes do PL. Articuladores afirmam que o episódio levou Bolsonaro a ordenar sua saída imediata da legenda. O ex-presidente teria solicitado que a expulsão ocorresse de maneira discreta, resultando em um convite para que o deputado pedisse desfiliação. Alcides agora busca um novo partido para se abrigar e tentar a reeleição nas eleições do próximo ano.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PF aponta atuação de Fabio Wajngarten para ocultar kit de joias

A PF identificou novas evidências que ratificam o envolvimento do advogado no esquema de desvio de joias entregues por autoridades estrangeiras a Bolsonaro

Fabio Wajngarten e Jair Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A Polícia Federal identificou novas evidências que ratificam o envolvimento de Fabio Wajngarten, advogado e ex-Secretário de Comunicação Social durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), no esquema de desvio de joias entregues por autoridades estrangeiras ao ex-mandatário. A informação é da CNN.

No relatório da PF, é destacado que Wajngarten insiste que atuou apenas como orientador jurídico na devolução dos itens ao Tribunal de Contas da União (TCU). No entanto, elementos coletados pela investigação apontam tentativas do advogado de ocultar a real localização dos bens.

“Fabio Wajngarten afirma mais de uma vez que teria apenas dado uma orientação advocatícia conforme trecho destacado: ‘Repito que apenas dei uma orientação jurídica para a devolução deles ao TCU, o que foi feito’. Entretanto, as evidências coletadas até o momento evidenciam ações para ocultar a real localização dos bens do Kit Ouro Rose, que foram a leilão, além de outros itens como o Kit Ouro Branco”, diz o relatório.

As novas evidências também sinalizam que Wajngarten teria atuado na reintrodução do “Kit Ouro Rose” no Brasil. O documento foi encaminhado ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Estado atualiza procedimentos do ICMS Ecológico; 59% das cidades recebem o benefício

Entre as novidades para facilitar a interpretação e aplicação da lei estão a atualização da lista de documentos e a elaboração de novos critérios para inclusão de áreas protegidas no Cadastro Estadual de Unidades de Conservação e Áreas Especialmente Protegidas (CEUC) e, por consequência, no ICMS Ecológico por Biodiversidade. O calendário do programa também foi atualizado.

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Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Governo do Estado publicou novas portarias (04/2025, 05/2025 e 06/2025) para atualizar a operacionalização do ICMS Ecológico por Biodiversidade. O programa, estabelecido na década de 1990, é uma forma de compensar financeiramente os municípios que abrigam Unidades de Conservação (UCs), Áreas de Terras Indígenas e Áreas Especiais de Uso Regulamentado (Aresur).

Ao todo, 236 das 399 cidades do Paraná (59%) recebem o benefício, seguindo critérios estabelecidos pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). Em 2024, a transferência de recursos foi de R$ 317.535.613,35, incremento de 12% em relação ao ano anterior (R$ 283.397.137,85).

Entre as novidades para facilitar a interpretação e aplicação da lei estão a atualização da lista de documentos e a elaboração de novos critérios para inclusão de áreas protegidas no Cadastro Estadual de Unidades de Conservação e Áreas Especialmente Protegidas (CEUC) e, por consequência, no ICMS Ecológico por Biodiversidade.

A partir deste ano há a exigência de apresentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) da área, do mapa legal das áreas protegidas, envio da matrícula atualizada, com no máximo 180 dias de expedição, e a necessidade de comprovação de quitação de pelo menos 50% do imóvel onde se localiza a área protegida.

O calendário do programa também foi atualizado. O prazo para solicitação de inclusão de novas áreas passou de 30 de abril para 15 de março. Para que sejam analisados, esses locais de proteção precisam ser criados no ano anterior ao da apuração. Além disso, os municípios também têm a obrigação de enviar os relatórios anuais de atividades até 1º de março de cada ano.

“Essa atualização teve objetivo de trazer mais clareza em relação ao regramento e mais simplicidade na tratativa dos temas, que é bastante complexo por natureza, com vários critérios e que incidem no cálculo da distribuição do ICMS Ecológico entre os municípios”, explica a gerente de Biodiversidade do IAT, Patricia Accioly Calderari da Rosa.

AVALIAÇÃO – Outro ponto é que os indicadores e procedimentos utilizados para avaliar as áreas protegidas anualmente pelo programa foram revistos com o objetivo de valorizar as ações municipais de conservação da biodiversidade e orientar os municípios sobre as obrigações e responsabilidades relacionadas à gestão das áreas protegidas. Esse mecanismo, chamado de Tábuas de Avaliação, impacta diretamente na definição do valor do repasse a ser transferido para cada cidade.

“São aqueles checklists que são aplicados nas Unidades de Conservação anualmente para avaliar a qualidade ambiental dessas áreas. Elas vieram com o intuito de deixar mais simplificado e evitar dupla interpretação. Estão mais objetivas para que a gente consiga ter uma padronização da aplicação em todas as regionais”, afirma Patricia.

O ICMS Ecológico é aplicado no Paraná há 33 anos, e tem o propósito de incentivar a proteção de áreas de conservação ambiental no Estado. Os valores repassados envolvem 5% do total do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) destinado aos municípios paranaenses. Metade desses 5%, ou seja, 2,5%, é destinada aos municípios que abrigam UCs, enquanto a outra metade é repassada para municípios que abrigam mananciais de abastecimento público.

SIMULADOR – O IAT disponibiliza também uma ferramenta online que permite às prefeituras simularem os repasses de ICMS Ecológico, para facilitar o planejamento das ações de conservação dos municípios. O programa é interativo e apresenta cenários de arrecadação municipal em resposta aos dados das Unidades de Conservação.

Basta preencher os dados sobre a categoria da área protegida e o tamanho em hectares. O simulador apresenta três resultados, com o valor mínimo, médio e máximo ao ano. A plataforma pode ser acessada AQUI.

O programa conta, ainda, com o dashboard do ICMS Ecológico, que contempla tanto o ICMS Ecológico por Biodiversidade quanto o por Mananciais e apresenta de forma interativa os dados e repasses

PROGRAMAS – O IAT estimula as ações municipais de desenvolvimento sustentável por meio de programas ambientais, como o ICMS Ecológico e o Pagamento por Serviços Ambientais Municipal (PSAM) para gestão de Áreas Protegidas.

O ICMS Ecológico é um instrumento que ajuda as prefeituras e, por consequência, toda a população. É uma política pública que trata do repasse de recursos financeiros aos municípios que abrigam, em seus territórios, Unidades de Conservação ou mananciais para abastecimento de municípios vizinhos. O objetivo é estimular o incremento da área protegida e a melhoria na gestão do patrimônio natural no Paraná.

Já o PSAM é o incentivo financeiro para os proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural, que são uma categoria de manejo de Unidade de Conservação e, portanto, geram repasses de ICMS Ecológico, auxiliando os municípios na promoção dos serviços ambientais e conservação do meio ambiente.

Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)

“Estelionato religioso”: pastor é denunciado por prometer “reconstruir seio” e fazer “nascer dentes”

 

O pastor David Tonelli Mainarte. Foto: Reprodução

O pastor David Tonelli Mainarte, das igrejas Quadrangular (SP) e Missão Céu na Terra (MS), foi denunciado por “estelionato religioso”. Ele virou alvo do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS) por vender “tratamentos milagrosos” a fiéis.

Segundo o Blog do Fausto Macedo no Estadão, o religioso diz ter vários métodos de “cura” e ser capaz de “fazer dentes nascer”, “reconstruir seios”, “desaparecer com cicatrizes”, “conseguir que paralítico ande” e que “cegos voltem a enxergar”.

Uma das vítimas do pastor denunciou o caso à polícia e afirmou que Mainarte cobrou R$ 1.680 para atendê-lo. A mulher diz que o religioso parou de responder às suas mensagens após algumas sessões serem realizadas e não terem resultado.

Ela, que mora em Dourados (MS), relatou que procurou o pastor após descobri-lo na internet e teve que pagar todo o transporte dele de São Paulo a Campo Grande. Segundo a denúncia, a mulher estava “desesperada com seu problema e acreditando na veracidade da promessa de cura”.


“Trata-se de imputado que habitualmente manipula vítimas, passando-se por detentor de poderes sobrenaturais para empreender curas milagrosas, explorando a vulnerabilidade de pessoas que estão muito enfermas e em situação de extrema vulnerabilidade e aflição”, diz a denúncia do MP.

O promotor de Justiça João Linhares é autor da denúncia, que já foi aceita pelo juiz Marcelo da Silva Cassavara, da 1ª Vara Criminal de Dourados.

Fonte: DCM com informações do blog de Fausto Macedo, no Estadão

Colunista diz que Flávio Bolsonaro teve noitada em cassino antes da posse de Trump

 

O advogado Willer Tomaz e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Foto: Reprodução
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) curtiu a noite em um cassino em Miami, nos Estados Unidos, antes da posse do presidente Donald Trump. Ele viajou ao país para acompanhar a cerimônia, em Washington, mas esteve no Hard Rock Hotel & Casino entre a noite de sábado (18) e a manhã de domingo (19).

Segundo a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, Flávio estava junto do advogado Willer Tomaz, seu amigo. O colega do senador recebeu um total de US$ 236 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) em dinheiro vivo e foi acompanhado por ele ao retirar o valor.

O senador não se manifestou sobre a viagem ou a noitada no cassino.

Fonte: DCM com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo

Entenda a briga por dinheiro nos bastidores da igreja Bola de Neve

 

Fachada da igreja Bola de Neve em Balneário Camboriú (SC). Foto: reprodução
A pastora Denise Seixas, ex-esposa do apóstolo Rina, fundador da Igreja Bola de Neve, revelou acusações de irregularidades financeiras envolvendo Everton Cesar Ribeiro, ex-diretor financeiro da igreja e dono da empresa SIAF Solutions, responsável pela gestão financeira da denominação. Segundo o Uol, Denise afirma que há indícios de desvio de dinheiro, o que motivou uma comunicação ao Ministério Público de São Paulo.

A defesa de Denise acusa Everton de agir em conluio com membros do conselho da igreja para assumir o controle administrativo, além de reter documentos e equipamentos da sede. Ela aponta que a empresa de Everton teria retido de 3% a 5% das doações feitas via máquinas de cartão.

Everton rebate as acusações e afirma que a remuneração da SIAF é menor que o padrão de mercado, sendo paga por uma terceira empresa, a Granito Meios de Pagamento. Ele também nega ter retido documentos da igreja, dizendo que o computador citado é de uso pessoal.

A situação se agravou após a morte de Rina, em novembro de 2024. Desde então, Denise busca na Justiça o reconhecimento como presidente da igreja, direito que lhe seria assegurado pelo estatuto em caso de ausência do líder.

Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, mais conhecido como apóstolo Rina, morreu em 17 de novembro. Foto: reprodução
Em meio à disputa pelo comando da instituição, Denise demitiu Everton, mas o conselho deliberativo declarou a decisão inválida, argumentando que mudanças na diretoria exigem aprovação formal.

O conselho também saiu em defesa de Everton, afirmando que uma sindicância interna foi aberta após as primeiras denúncias, sem encontrar irregularidades. Segundo o conselho, o percentual citado pela pastora corresponde ao custo operacional e manutenção do software, adotado em 2018 após um processo de licitação.

Denise, no entanto, contesta a existência de qualquer licitação e afirma que, na época de sua implementação, não foi informada sobre o contrato com a SIAF, apesar de ocupar a vice-presidência.

Everton argumenta que o sistema desenvolvido por sua empresa trouxe eficiência para a administração financeira da igreja, centralizando as arrecadações das mais de 3.000 máquinas de cartão usadas nas filiais. Ele destaca que sua empresa atende outras grandes igrejas e que a exposição das denúncias prejudicou sua atuação no mercado.

O caso segue em segredo de justiça, dificultando o acesso a detalhes das provas. Ainda assim, a disputa tem exposto divergências administrativas e fragilidades na governança da Bola de Neve Church, que conta com centenas de filiais em mais de 30 países.

Fonte: DCM com informações do UOL


Movimentos sociais manifestam apoio a Pochmann durante disputa no IBGE

 

Márcio Pochmann, presidente do IBGE – Foto: Reprodução

Márcio Pochmann, presidente do IBGE, recebeu apoio de movimentos sociais como MST, MTST, CUT e UNE, que divulgaram uma nota conjunta em solidariedade a ele nesta segunda-feira (27).

A manifestação ocorre em meio a uma disputa interna no instituto, onde funcionários criticam a proposta de criação de uma fundação vinculada ao órgão para captar recursos privados. A iniciativa é vista por opositores como um risco à credibilidade do IBGE e à criação de uma estrutura paralela.

A nota, assinada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, destaca o compromisso de Pochmann com “valores e objetivos populares”. Os movimentos defendem que ele continue à frente do IBGE e criticam os ataques que consideram “oportunistas e corporativos”. “Márcio Pochmann é a expressão do compromisso coletivo com os movimentos populares”, afirmaram.

Economista ligado ao PT e à Unicamp, Pochmann tem longa trajetória na área de desenvolvimento e já presidiu o Instituto Lula. Sua atuação no IBGE é elogiada pelos movimentos, que afirmam que ele tem fortalecido projetos para promover inclusão e justiça social. A nota também enfatiza sua importância para a modernização e recuperação da instituição

Presidente Lula e Márcio Pochmann, presidente do IBGE – Foto: Reprodução


Leia a íntegra da nota:

Manifesto de solidariedade ao presidente do IBGE Márcio Pochmann

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem medo manifestam sua solidariedade ao presidente do IBGE Márcio Pochmann, diante dos ataques sofridos por funcionários oportunistas e pela imprensa irresponsável.

Reconhecemos seu compromisso com a construção das instituições comprometidas com o projeto popular para o Brasil.

Márcio Pochmann é a expressão do compromisso coletivo com os valores e objetivos representados pelos nossos movimentos populares.

Sua atuação tem sido essencial para fortalecer projetos que apontem a realidade e possibiltem políticas de inclusão, justiça social e a construção de uma sociedade mais igualitária.

Márcio não é apenas uma figura técnico-política, mas um símbolo do pensamento social e da ciência e do conhecimento.

É fundamental que ele possa garantir a continuidade dessa missão que abraçou com coragem e determinação na recuperação e modernização do IBGE.

A experiência acumulada e a visão técnica de Marcio são indispensáveis para superar os desafios enfrentados por instituições de Estado e, sobretudo, pelo povo brasileiro.

Querem interromper esse trabalho por motivações oportunistas e corporativas.

Por isso, registramos nosso apoio irrestrito a Marcio Pochmann.

São Paulo, 27 de janeiro de 2025.


Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Fonte: DCM