segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Michelle ironiza delação de Cid após ser apontada como “radical”: “Sei dar golpe”

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, teria incentivado o golpe de Estado em 2022. Foto: reprodução

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro reagiu com ironia e críticas às acusações feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid, que, em sua delação premiada, a colocou como parte de uma ala radical que teria pressionado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a articular um golpe de Estado em 2022. As declarações de Cid foram reveladas no último domingo (26), em um trecho obtido pelo colunista Elio Gaspari, na Folha de S.Paulo.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Michelle afirmou que a divulgação da delação é uma tentativa do governo atual de criar uma “cortina de fumaça”. “Todos sabem o motivo para requentarem isso agora. Esse governo e o sistema vivem de cortina de fumaça para esconder a sua traição contra o povo”, declarou.

Cid apontou Michelle e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como integrantes de um grupo que “conversava constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado”. O militar também citou nove das 40 pessoas indiciadas pela Polícia Federal por suspeita de participação no planejamento para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Michelle, em nota, questionou o acesso às informações da delação por jornalistas, enquanto advogados de defesa estariam impedidos de consultar os autos.

“Estranho mesmo (e todos fingem que não veem) são esses ‘acessos’ a inquéritos sigilosos, sendo que os advogados dos acusados são proibidos de acessar os dados para promoverem a defesa de seus clientes. Uma afronta à Constituição e aos direitos humanos”, afirmou.

Story de Michelle, no Instagram, ironizando a delação de Cid. Foto: reprodução

A ex-primeira-dama também resgatou uma declaração feita em novembro de 2023, quando ironizou as acusações de golpe com uma encenação de movimentos de boxe.

“Golpe? Eu, incitando o golpe? Com qual arma? Minha Bíblia poderosa?”, brincou na ocasião. Em seguida, simulou golpes de boxe e disse: “Eu dou golpe, eu sei dar golpe e quero ensinar para vocês agora. Olha só, presta atenção: jab, jab, direto, cruzado, upper, esquiva, overhand”.

Michelle também usou as redes sociais para rebater as acusações. Em uma publicação, compartilhou uma chamada de notícia que mencionava seu nome e o de Eduardo Bolsonaro na delação de Mauro Cid, acompanhada de um emoji que sugere ironia.

O deputado Eduardo Bolsonaro, por sua vez, minimizou as alegações do militar e criticou a divulgação seletiva das delações. “Mauro Cid fez diversas delações, mudou sua versão várias vezes. Mas se os advogados de defesa de Jair Bolsonaro pagarem para a Folha R$ 1,90/mês durante 6 meses poderão ter acesso à primeira delas”, escreveu no X, antigo Twitter.

Fonte: DCM

Milei copia Trump e promete construir cerca na fronteira entre Argentina e Bolívia

 

Javier Milei, presidente de extrema-direita da Argentina. Foto: Agustin Marcarian/Reuters

O governo de Javier Milei anunciou a construção de um alambrado de 200 metros de comprimento e 2,5 metros de altura na fronteira com a Bolívia. A obra será instalada na cidade de Aguas Blancas, na província de Salta, ao norte do país, que faz fronteira com Bermejo, na Bolívia. A medida é justificada pelo controle migratório e o combate à passagem ilegal de pessoas pela região.

De acordo com Adrián Zigarán, representante local do governo argentino, a estrutura servirá para “evitar que as pessoas passem de modo ilegal”. A área já possui um muro construído para evitar inundações, mas que tem sido usado por pessoas para atravessar a fronteira sem passar pela alfândega.

“Para evitar essa situação, fomos uma barreira. Não sei por que há tanta confusão contra esse arame”, afirmou Zigarán em entrevista à rádio argentina Mitre.

A região de Aguas Blancas, com cerca de 3 mil a 4 mil habitantes, registra intenso movimento de pessoas que cruzam ilegalmente a fronteira. Segundo o governo local, cerca de 15 mil pessoas circulam pela área para realizar atividades clandestinas, como compras ilegais, atravessando os telhados das casas.

Milei ao lado de Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: reprodução

Dados do Censo de 2022 revelam que a Argentina, com 45 milhões de habitantes, abriga 2 milhões de imigrantes, dos quais mais de 60% são provenientes de países da América do Sul, incluindo Bolívia, Paraguai, Venezuela e Peru.

A decisão argentina gerou críticas por parte do governo boliviano, que emitiu um comunicado oficial manifestando preocupação. O Ministério de Relações Exteriores da Bolívia destacou que “os assuntos fronteiriços devem ser tratados por meio de mecanismos de diálogo bilaterais” e que “qualquer medida unilateral pode afetar a boa vizinhança e a convivência pacífica entre os povos irmãos”.

A Bolívia anunciou que buscará informações detalhadas sobre o projeto através de canais diplomáticos e reafirmou sua disposição para manter um diálogo construtivo sobre temas de interesse mútuo.

Em resposta, o governo argentino reagiu de forma irônica. “Que bom que agora eles estão preocupados”, disse Zigarán, referindo-se à declaração boliviana.

Fonte: DCM

Voo dos deportados teve exigências dos EUA não acatadas pela PF; saiba quais

 

Primeiro voo com migrantes brasileiros deportados dos Estados Unidos, após a posse de Donald Trump. Foto: Karoline Leavitt@PressSec/Casa Branca

O tratamento dado aos brasileiros deportados pelos Estados Unidos voltou a gerar polêmica após o voo fretado com migrantes repatriados realizar uma escala inesperada em Manaus, na sexta-feira (24). Além de algemas, os deportados relataram o uso de correntes e outras condições degradantes, como alimentação insuficiente e ar-condicionado defeituoso.

Segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, fontes da Polícia Federal afirmaram que o uso de algemas durante o transporte de migrantes deportados, prática comum em voos fretados pelos EUA, inclusive durante o governo Joe Biden, não foi aceita pela corporação para que o avião estadunidense seguisse com os brasileiros para Belo Horizonte.

O uso de correntes e a manutenção das restrições durante o desembarque em solo brasileiro são considerados excessos e violam normas de dignidade humana.

Normalmente, os migrantes brasileiros têm as algemas retiradas ao desembarcar no Brasil, já que não são prisioneiros. No entanto, no caso específico do voo que fez escala em Manaus, os 88 deportados permaneceram algemados e acorrentados até serem transferidos para outro avião que os levaria a Belo Horizonte.

Aeronave da FAB transportou deportados dos EUA de Manaus para Belo Horizonte
Imagem: Déborah Lima/Folhapress

Um delegado da Polícia Federal ressaltou que os estadunidenses exigiram que os brasileiros continuassem presos durante a escala, o que gerou indignação entre as autoridades locais.

“A diferença neste caso foi a imposição americana de manter os deportados algemados e acorrentados em solo brasileiro, o que não é permitido pelas nossas leis”, destacou a fonte.

O governo brasileiro classificou o episódio como um desrespeito aos acordos bilaterais que garantem tratamento digno aos repatriados. Em comunicado, o Itamaraty declarou: “O uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

PF começa a ouvir brasileiros deportados pelos EUA sobre agressões sofridas durante o voo

O grupo foi algemado e acorrentado pelos agentes americanos

Brasileiros deportados dos Estados Unidos em Manaus (AM) (Foto: GOV AM/Divulgação )

A Polícia Federal deu início a uma investigação preliminar sobre as suspeitas de maus-tratos contra os brasileiros deportados dos Estados Unidos em um voo realizado na última sexta-feira (24). De acordo com o g1, a corporação abriu um "registro de fato", que corresponde a uma investigação inicial para apurar as denúncias de agressões e tratamento degradante sofridos por alguns dos migrantes a bordo.

Os relatos de maus-tratos começaram a surgir logo após a chegada dos deportados em Manaus, onde a aeronave, originalmente destinada a Belo Horizonte, fez um pouso de emergência devido a problemas técnicos. Alguns dos passageiros prestaram depoimento à Polícia Federal ainda em Manaus, antes de seguir para o destino final.

A aeronave foi recebida por agentes da PF na capital amazonense, que informaram a situação ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, e ao Ministério da Justiça. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o trecho restante da viagem fosse realizado em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB).

A investigação da PF pode subsidiar as autoridades brasileiras, especialmente os Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, nos próximos passos de uma negociação diplomática. Isso incluiria a análise de possíveis novos voos de repatriação e a definição das responsabilidades no caso.

Apesar das denúncias, fontes da GloboNews apontaram que, caso a investigação avance, a Polícia Federal não tem jurisdição para atribuir crimes a autoridades americanas, mesmo que se confirme que os abusos tenham ocorrido durante o processo de deportação conduzido pelos Estados Unidos. A corporação também pode decidir, nos próximos dias, formalizar a apuração com a abertura de um inquérito.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Brasileiros inocentes devem ser tratados com dignidade, diz Lewandowski sobre deportados dos EUA

"A deportação tem que ser feita em respeito aos direitos fundamentais das pessoas, sobretudo os que não são criminosos”, afirmou o ministro

Ministro Ricardo Lewandowski 24/03/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, pediu nesta segunda-feira (27) respeito aos direitos fundamentais dos brasileiros deportados dos Estados Unidos. Apesar de reforçar que o governo federal não quer “afrontar” ou “provocar” os EUA, Lewandowski exigiu que os inocentes sejam tratados com dignidade.

“Não queremos provocar o governo americano, até porque a deportação está prevista num tratado que vige há anos entre Brasil e EUA. Mas, obviamente, essa deportação tem que ser feita em respeito aos direitos fundamentais das pessoas, sobretudo os que não são criminosos”, disse durante um evento sobre segurança pública promovido pelo Lide, grupo empresarial liderado pelo ex-governador de São Paulo João Doria.

“Nós não queremos provocação, não queremos afrontar quem quer que seja, mas queremos que os brasileiros que são inocentes, que foram lá procurar trabalho, queremos que eles sejam tratados com a dignidade que merecem”, completou.

A Polícia Federal no Amazonas iniciou uma investigação sobre supostas agressões contra brasileiros deportados dos Estados Unidos durante um voo que chegou em Manaus na sexta-feira (24). O processo de apuração será enviado ao departamento americano responsável pela imigração.

Fonte: Brasil 247

Palestinos aguardam em longas filas para voltar ao norte da Faixa de Gaza (vídeo)

Momento é marcado por um misto de esperança e dificuldades após o cessar-fogo entre Israel e o Hamas

Palestinos, que foram deslocados para o sul por ordem de Israel durante a guerra, retornam para suas casas no norte de Gaza, em meio a um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, no centro da Faixa de Gaza, 27 de janeiro de 2025 (Foto: REUTERS/Ramadan Abed)

Milhares de palestinos iniciaram nesta segunda-feira (27) o retorno ao norte da Faixa de Gaza, dando continuidade à implementação do cessar-fogo acordado entre Israel e o movimento militante palestino Hamas, informou o Ministério do Interior da Faixa de Gaza.

Imagens compartilhadas nas redes sociais e na mídia mostram dezenas de milhares de habitantes de Gaza retornando em longas filas para suas casas, marcando um momento de esperança após o cessar-fogo.

Dias antes, centenas de famílias palestinas aguardavam sob condições precárias, a céu aberto, próximo ao posto de controle de Netzarim, esperando a autorização oficial para o retorno em massa ao norte, mesmo com seus lares devastados.

Com a retirada das forças israelenses do corredor de Netzarim, que divide o norte e o sul da Faixa de Gaza, foi iniciado o processo de retorno pela rua costeira Al-Rashid.

Em reação, o Hamas afirmou que o retorno dos deslocados simboliza uma vitória do povo palestino e uma declaração do fracasso e da derrota de Israel e de seus planos de deslocamento.

Combatentes do Hamas saudaram a população no caminho de volta ao norte da Faixa de Gaza. Segundo relatos do canal HispanTV, militantes palestinos felicitaram e acompanharam os palestinos em seu retorno após 15 meses de genocídio em Gaza.

Por outro lado, o político israelense de extrema-direita Itamar Ben-Gvir classificou o retorno dos moradores ao norte da Faixa como "uma imagem de vitória para o Hamas e mais uma parte humilhante do acordo". "Isso não é uma vitória absoluta, mas uma rendição total", enfatizou Ben-Gvir.

Fonte: Brasil 247

Musk admite dificuldades financeiras no X e bancos estudam vender dívida bilionária:“mal estamos conseguindo nos sustentar”

Em e-mail enviado a funcionáros, Musk relata crise enquanto credores avaliam repassar US$ 13 bilhões em débitos acumulados na aquisição da rede social

Elon Musk faz gesto nazista durante festividade da posse de Donald Trump na presidência dos EUA - 20/01/2025 (Foto: REUTERS/Mike Segar)

Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), revelou em um e-mail enviado aos funcionários que a situação financeira da empresa é crítica. Segundo informações divulgadas pelo The Wall Street Journal e divulgadas pelo Olhar Digital, o bilionário nazista mencionou que a receita está abaixo do esperado e que "mal estamos conseguindo nos sustentar". A crise ocorre em meio à tentativa de recuperação dos US$ 13 bilhões em dívidas contraídas por Musk para financiar a compra da rede social.

De acordo com o The Wall Street Journal, os bancos que financiaram a aquisição, incluindo o Bank of America, o Barclays e o Morgan Stanley, estão considerando vender parte da dívida bilionária para investidores. A transação, embora arriscada, é vista como uma forma de minimizar os prejuízos já registrados pelas instituições financeiras.

No e-mail enviado por Musk, o empresário destacou o impacto que o X tem nas discussões públicas, mas alertou para problemas graves. "Testemunhamos o poder do X em moldar conversas e resultados nacionais [mas] nosso crescimento de usuários está estagnado, a receita é decepcionante, e mal estamos conseguindo nos sustentar", escreveu.

Desde que assumiu a rede social e implementou mudanças significativas, incluindo a transformação do Twitter no X, Musk enfrentou dificuldades para gerar receitas que justifiquem o alto custo da aquisição, avaliada em US$ 44 bilhões. As iniciativas para monetizar a plataforma, como assinaturas pagas, não foram suficientes para equilibrar as contas.

Dívida bilionária e hesitação dos bancos

Os bancos que financiaram a aquisição hesitam em vender a dívida devido ao risco de sofrerem prejuízos ainda maiores. No entanto, a alternativa de repassá-la para investidores segue em análise. Caso a decisão avance, a operação envolveria encontrar interessados que assumissem parte do débito bilionário.

Uma possível estratégia levantada pelos bancos seria utilizar a relação entre Musk e o ex-presidente Donald Trump para atrair investidores que tenham afinidade com a visão e os projetos do bilionário.

Fonte: Brasil 247 com Olhar Digital 

Polícia Federal defende manutenção de medidas cautelares contra Filipe Martins

Ex-assessor de Bolsonaro segue com restrições, incluindo proibição de sair do país e usar redes sociais, enquanto investigações sobre golpe avançam

(Foto: Filipe Martins/ Reprodução X )

A Polícia Federal (PF) manifestou-se contrariamente à revogação das medidas cautelares impostas a Filipe Martins, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pela CNN Brasil, após a PF enviar um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no qual defende a necessidade de manter as restrições contra Martins, que é investigado em supostas articulações para impedir a posse do presidente Lula (PT).

De acordo com a PF, Martins não apenas integra o grupo de investigados na operação que apura supostos atos golpistas, mas também está envolvido em outro inquérito que resultou na prisão do general Walter Braga Netto, em dezembro de 2022. “Considerando que o indiciado está sendo investigado no contexto dos fatos apurados na PET 13.299/DF, a Polícia Federal entende necessária a manutenção da custódia dos referidos bens apreendidos na PET 12.100/DF, para fins de eventual confronto e realização de nova extração pericial”, afirmou a PF no documento enviado ao STF.

Filipe Martins foi preso em dezembro do ano passado e permaneceu seis meses em custódia. Após sua liberação, ele passou a cumprir medidas cautelares, que incluem a proibição de deixar sua comarca, o recolhimento noturno em casa e o uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, o ex-assessor está impedido de sair do país e teve seus passaportes confiscados.

Outra restrição significativa é a proibição de usar redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 20 mil por postagem. Martins também não pode se comunicar com outros investigados no caso, incluindo Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Walter Braga Netto.

Na última terça-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Justiça do Paraná envie, em até cinco dias, um relatório detalhado sobre o cumprimento das medidas cautelares por parte de Filipe Martins. O documento deve esclarecer se o ex-assessor está respeitando todas as restrições impostas pela Justiça.

As investigações sobre o suposto envolvimento de Martins em tentativas de golpe seguem em andamento, e a PF reforça que a manutenção das medidas cautelares é essencial para garantir a continuidade das apurações.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Delação de Cid pode implodir clã Bolsonaro, e extrema direita já avalia outros nomes para 2026

Aliados de Bolsonaro passam a reconhecer a necessidade de um nome de fora da família para disputar o Planalto

       Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliam que a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid pode ter impactos eleitorais em 2026. Nesse cenário, interlocutores próximos defendem a construção de novos nomes para concorrer ao Planalto que sejam de fora do clã Bolsonaro. As informações são da jornalista Andréia Sadi, do g1.

No entanto, o ex-presidente ainda insiste na ideia de repetir a estratégia do presidente Lula (PT) nas eleições de 2018. Naquele pleito, o petista estava injustamente preso, mas manteve seu nome como candidato até a data limite para o registro de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O candidato de fato, então, foi o hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Com o avanço das investigações sobre a trama golpista, a ideia de pessoas próximas a Bolsonaro é trabalhar novos nomes, como o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Nos bastidores, a ala jurídica de Bolsonaro reconhece que dificilmente ele conseguirá ser candidato, mesmo explorando o discurso de que será o representante da extrema-direita.

Michelle X Cid - Um dos nomes que são cotados para concorrer ao Planalto é o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foi citada na delação de Cid. Segundo o militar, ela e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faziam parte de uma ala mais “radical” da trama golpista. No entanto, aliados avaliam que não existem provas concretas contra ela, já que Michelle e Cid se detestavam. ''Onde um entrava, o outro saía'', disse um ex-assessor de Bolsonaro.

Michelle e Cid discordavam, por exemplo, sobre a decisão de Bolsonaro de sair ou não do Brasil após perder as eleições e não conseguir colocar o golpe em prática. A ex-primeira-dama defendia que ele ficasse para não parecer que estava fugindo. Cid, por sua vez, defendia que ele saísse, pois estava muito mal, “para aliviar a cabeça”.

Michelle e os filhos são sempre citados por Bolsonaro como possíveis candidatos em 2026. Entretanto, o avanço das delações de Cid devem inviabilizar essa estratégia.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula passa por tomografia e exame aponta "progressiva melhora" do presidente

Presidente Lula está liberado para retomar plenamente sua rotina habitual, incluindo viagens e atividades físicas

13.01.2025 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante participação por videoconferência na cerimônia alusiva aos 164 anos da Caixa Econômica Federal, no Palácio do Planalto - Brasília - DF. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula (PT) realizou, nesta segunda-feira (27), uma nova tomografia de controle no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. De acordo com o boletim médico divulgado após o exame, os resultados indicam uma "progressiva melhora" do quadro de saúde do chefe do Executivo. O laudo aponta uma redução na coleção de líquido no local da lesão, confirmando a evolução positiva do tratamento.

Lula foi liberado pelos médicos para retomar plenamente sua rotina habitual, incluindo viagens e atividades físicas. A equipe médica responsável pelo acompanhamento do presidente, liderada pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e pela Dra. Ana Helena Germoglio, segue monitorando seu estado de saúde.

O presidente de acidentou em 19 de outubro. Após cuidados médicos imediatos, o presidente foi liberado para retornar ao trabalho normalmente e realizar pequenas viagens. No entanto, em 9 de dezembro, o presidente passou a sentir dores de cabeça e foi levado ao hospital, onde se detectou a necessidade de realização de uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma no cérebro. Depois, Lula ainda passou por mais um procedimento para evitar novos sangramentos e, desde então, vem recebendo acompanhamento médico e adotando uma rotina de trabalho mais leve.

Fonte: Brasil 247

Gleisi elogia Gustavo Petro por embate com Trump e defende união da América Latina

Presidente colombiano se posicionou contra o tratamento dos EUA aos colombianos deportados

Gleisi Hoffmann (Foto: Divulgação/pt.org.br)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), utilizou as redes sociais nesta segunda-feira (27) para elogiar a postura do presidente colombiano, Gustavo Petro, por sua firme oposição às políticas anti-imigração do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Petro se posicionou contra o tratamento dos EUA aos colombianos deportados e tomou a decisão de impedir a entrada de um avião norte-americano que os transportava para a Colômbia, o que levou à imposição de sanções por parte de Washington, posteriormente anuladas. Em suas redes sociais, Petro enviou uma mensagem contundente a Trump, afirmando sua promessa de abrir a Colômbia ao mundo e rejeitando medidas que violem a dignidade do país.

Gleisi destacou a "coragem e soberania" de Petro "diante da truculência do governo Trump", elogiando sua defesa da autonomia colombiana. Ela também mencionou a reunião da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), marcada para esta quinta-feira (30), como uma oportunidade estratégica para a construção de uma posição unificada entre os países da região.

"Agiu com coragem e soberania o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, diante da truculência do governo Trump no tratamento dos migrantes deportados, como já tinha reagido o presidente Lula diante das agressões e desrespeito aos direitos dos cidadãos brasileiros. A reunião da Celac convocada para esta quinta-feira é extremamente necessária para definir uma posição coordenada dos países da região", escreveu a dirigente na plataforma X.
Fonte: Brasil 247

Aumento de preços de alimentos e de energia impacta aprovação do governo, diz Padilha

O ministro comentou o resultado da pesquisa Genial/Quaest, que apontou a aprovação do governo Lula menor do que a desaprovação

       Alexandre Padilha (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira (27), apontou que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu para 47%, enquanto a desaprovação subiu para 49%. Conforme relatado pela CNN, o resultado não surpreendeu o Palácio do Planalto, que vinha percebendo nas últimas semanas que a alta nos preços dos alimentos estava pesando desfavoravelmente na avaliação sobre o governo.

Sobre o resultado do levantamento, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo federal não pode “desligar o alarme de atenção” em relação ao que afeta o orçamento das famílias.

“Todas as vezes em que há aumento de preços de alimentos e de energia tivemos uma oscilação (na popularidade)”, disse Padilha à CNN.

O ministro ponderou, no entanto, que a pesquisa reflete um momento específico e defendeu o desempenho geral do governo: “O nosso filme de dois anos [mandato atual] tem sido de crescimento econômico, de redução do desemprego e de aumento do poder de compra do povo.”

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Por telefone, Putin convida e Lula sinaliza intenção de ir à Rússia

Nesta manhã, presidentes do Brasil e da Rússia discutiram paz global, cooperação no BRICS e iniciativas contra a fome, reforçando laços bilaterais

Lula e Vladimir Putin (Foto: Reuters)

Em um diálogo que reforçou a importância da diplomacia em tempos de tensões globais, o presidente Lula (PT) conversou por telefone, nesta segunda-feira (27), com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A informação foi divulgada pela assessoria da Presidência da República, que detalhou os principais pontos abordados na conversa entre os dois líderes.

Durante o telefonema, Lula expressou preocupação com o cenário internacional, especialmente em relação aos conflitos que afetam a estabilidade global, e reafirmou o compromisso do Brasil com a promoção da paz. Putin, por sua vez, agradeceu a atuação de países como o Brasil na busca por soluções para a guerra na Ucrânia e demonstrou interesse nos trabalhos do Grupo de Amigos da Paz, iniciativa lançada por Brasil e China na ONU em setembro de 2024.

Um dos momentos mais significativos da conversa foi o convite formal feito por Putin a Lula para participar das comemorações dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial, que ocorrerão em Moscou no próximo dia 9 de maio. O presidente brasileiro demonstrou intenção de comparecer ao evento, o que seria mais um passo no fortalecimento dos laços entre os dois países. Putin, que atualmente está em São Petersburgo para as celebrações dos 80 anos do fim do cerco a Leningrado, expressou satisfação com a perspectiva de receber Lula na Rússia.

A conversa também abordou temas bilaterais e multilaterais, com destaque para a cooperação no âmbito do BRICS. Putin expressou apoio à presidência brasileira do bloco e indicou disposição para avançar em iniciativas que facilitem o comércio e os investimentos entre os países membros. Ambos celebraram a entrada da Indonésia como membro pleno do grupo, reforçando a importância de ampliar a representatividade global do BRICS.

Outro ponto destacado foi o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa proposta pelo Brasil durante sua presidência do G20. Putin cumprimentou o país pela iniciativa e lembrou que a Rússia foi um dos primeiros países a aderir ao projeto. O líder russo sugeriu ainda a retomada da Comissão Bilateral de Alto Nível entre Brasil e Rússia, mecanismo que pode ampliar a cooperação em áreas estratégicas.

Fonte: Brasil 247

De olho em 2026, Lula avalia ampliar espaços para PSD e MDB no governo e reduzir ministros do União e PP

Palácio do Planalto vê PSD e MDB como peças importantes para uma aliança pela reeleição do presidente no próximo ano

Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia fortalecer o PSD e o MDB na Esplanada dos Ministérios já pensando em uma aliança eleitoral para a disputa presidencial de 2026, informa a CNN Brasil. Por outro lado, partidos como o União Brasil e o PP, que não devem estar com Lula nas eleições, devem perder ministérios.

Entre as trocas de ministérios avaliadas está o da Pesca, para que o PSD assuma o Turismo, o Esporte ou as Comunicações. Já o MDB pode aumentar seu número de pastas de três para quatro, assumindo Ciência e Tecnologia ou Pesca.

O União Brasil e o PP deverão perder espaço no primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios. Os partidos devem decidir se ficam ou não no governo nos próximos meses, mas a sua posição na oposição de Lula nas eleições de 2026 é dada como certa. Atualmente, o PP controla o Esporte, enquanto o União Brasil comanda Turismo e Comunicações, além de uma indicação do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.

Em votações no Congresso, o PP apresenta um nível maior de fidelidade ao governo, enquanto o União Brasil costuma rachar sua bancada e tem uma dos maiores índices de infidelidade entre os partidos governistas. A ideia é aumentar o espaço para partidos que deverão formar uma frente ampla em torno da reeleição de Lula no ano que vem.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

STF pode reabrir investigações sobre rachadinha de Flávio Bolsonaro

Recurso do MP-RJ está parado no gabinete de Gilmar Mendes e pode reabrir o caso de de desvio de salários no gabinete do senador, à época deputado no Rio

Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Há quase dois anos, um recurso do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) aguarda análise no gabinete do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido, protocolado em maio de 2023, busca reverter uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou as provas coletadas no caso da rachadinha envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), informam Guilherme Amado e João Pedroso de Campos, do PlatôBR. A reabertura do caso pode representar um risco significativo para o futuro político do filho de Jair Bolsonaro (PL), que já sinalizou interesse em concorrer ao Senado em 2026 e até mesmo ao Planalto.

O caso da rachadinha remonta a 2019, quando o MP-RJ denunciou Flávio Bolsonaro por supostamente participar de um esquema de desvio de salários de servidores de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Segundo as investigações, o ex-policial militar e ex-assessor Fabrício Queiroz, figura próxima à família Bolsonaro, seria o operador do esquema, que teria como destinatário final o próprio Flávio. O caso, no entanto, foi paralisado na Justiça após decisão do STJ em novembro de 2021, que anulou todas as provas obtidas pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

A Quinta Turma do STJ entendeu, por quatro votos a um, que Flávio Bolsonaro tinha foro privilegiado como deputado estadual e que, portanto, as decisões de Itabaiana, que atuou na primeira instância, não tinham validade. Com isso, todas as provas coletadas durante as investigações foram derrubadas. O recurso do MP-RJ no STF tenta reverter essa decisão e reabrir o caso, o que poderia reativar as investigações e trazer novas dores de cabeça para o clã Bolsonaro.

A demora na análise do recurso pelo ministro Gilmar Mendes gera incertezas sobre o futuro do caso. Não há prazo para que o ministro se manifeste, e a eventual reabertura das investigações pode ter impactos significativos na trajetória política de Flávio Bolsonaro. O senador, que já anunciou publicamente sua intenção de concorrer à reeleição em 2026, é visto pelo pai, Jair Bolsonaro, como um “excelente nome” para a Presidência da República. “Bom articulador, um baita nome”, disse o ex-presidente sobre o filho em entrevista recente.

Enquanto o recurso permanece parado no STF, a família Bolsonaro enfrenta uma série de outras investigações, incluindo supostos planos golpistas, desvio de joias e fraudes em cartões de vacinação. Esses casos podem resultar em novas denúncias contra Jair Bolsonaro nos próximos meses, aumentando a pressão sobre o clã. A reabertura do caso da rachadinha, no entanto, pode ser especialmente danosa para Flávio, cuja imagem política já foi abalada pelas acusações.

A decisão do STF sobre o recurso do MP-RJ será crucial para definir os rumos do caso e, possivelmente, do futuro político da família Bolsonaro. Enquanto isso, a espera continua, e o destino de Flávio Bolsonaro permanece nas mãos do Supremo.

Fonte: Brasil 247 com informações do site PlatôBR

Folha "tortura os números" para mentir sobre suposta crise fiscal, aponta Gleisi

Presidente do PT critica a Folha por negar a melhora fiscal e diz que o jornal pressiona por juros altos e cortes nas políticas públicas

(Foto: (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados))

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu com indignação ao editorial publicado pela Folha de S. Paulo, que questiona os dados apresentados pelo governo federal sobre o desempenho fiscal de 2024. Em uma postagem no X, Gleisi classificou como “espantosa” a tentativa do jornal de minimizar a melhora nas contas públicas, acusando-o de manipular números para construir uma narrativa de crise econômica com objetivos políticos.

“É espantoso o editorial da Folha que revela o inconformismo do jornal com a inegável melhora das contas do governo Lula em 2024. Chega ao cúmulo de acusar o governo de ter ‘gastado mais’ em 2023 para ‘gastar menos’ no ano passado. Torturam os números para ver se eles contam uma história de crise fiscal, que não existe, para seguir pressionando por mais juros e cortes nos investimentos e políticas públicas”, afirmou Gleisi.

A crítica de Gleisi se dirige ao editorial intitulado “Déficit do Tesouro é maior do que sugerem balanços oficiais”, que acusa o governo Lula de maquiar as contas públicas por meio de manobras orçamentárias, como antecipação de despesas e adiamento de receitas. O jornal sugere que, sem um ajuste fiscal mais rígido, o país corre o risco de entrar em uma crise econômica.

Entre os pontos destacados pela *Folha*, está a alegação de que o governo federal teria inflado as contas de 2023 para apresentar uma melhora mais expressiva no ano seguinte. A publicação ainda cita análises de especialistas e dados da Instituição Fiscal Independente (IFI) que apontam aumento de 4,3% nos gastos públicos acima da inflação em 2024, além de um déficit de 1,16% nos três primeiros trimestres do ano.

Rebatendo a narrativa - Gleisi, no entanto, argumenta que os dados apresentados pelo jornal desconsideram a “herança desastrosa” deixada pelo governo de Jair Bolsonaro, que inclui um calote bilionário de R$ 82 bilhões em precatórios e débitos com estados. Ela também destacou que o pagamento dessas dívidas, feito pelo governo Lula em 2023, foi um compromisso necessário e inadiável, refutando a ideia de que se tratou de um gasto irresponsável. “É uma acusação tão falsa e injusta como chamar alguém de perdulário porque pagou o que era devido”, disparou Gleisi.

A liderança petista também sugeriu que o posicionamento editorial da Folha faz parte de uma estratégia maior para pressionar o governo por cortes em políticas públicas e o Banco Central por uma manutenção dos juros altos, prejudicando o crescimento econômico e os investimentos sociais.

Fonte: Brasil 247

Plano do governo para ferrovias atrai 20 grupos antes mesmo do anúncio

O plano abrange um total de cinco mil quilômetros de novos trilhos, com investimento estimado em cerca de R$ 100 bilhões

(Foto: VLI/Divulgação)

O anúncio oficial do Plano Nacional de Ferrovias, que está previsto para fevereiro, já está gerando movimentação nos bastidores. De acordo com informações obtidas pela CNN, diversos grupos têm procurado o governo federal para discutir os projetos do pipeline, que promete impulsionar a infraestrutura ferroviária do Brasil. O plano abrange um total de cinco mil quilômetros de novos trilhos, com investimento estimado em cerca de R$ 100 bilhões.

Fontes revelaram à CNN que, nos próximos dias, técnicos do governo irão se reunir com vinte grupos interessados nas oportunidades do setor. Para facilitar os encontros, foi reservado um escritório na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) em São Paulo, onde os investidores poderão discutir as perspectivas dos projetos com os responsáveis pela gestão.

Apesar da animação com o crescente interesse do mercado, fontes do governo alertam que o caminho até a efetivação das propostas é longo. "Entre o primeiro contato e a realização de um lance no leilão — quando a empresa ‘bidar’ — há uma série de etapas a serem cumpridas", disseram os técnicos. No entanto, a complexidade dos projetos a serem oferecidos tem gerado otimismo entre os quadros da Esplanada, que veem as reuniões com grandes operadores como um sinal positivo. Entre os investidores estão algumas das maiores empresas de infraestrutura de transporte do país, como CCR, MRS e Rumo. Além disso, também há interesse de grupos internacionais, como a Concremat, agora sob controle chinês, e a suíça Mediterranean Shipping Company (MSC), tradicionalmente conhecida pelo transporte marítimo, mas que busca expandir suas operações no setor ferroviário.

O governo federal aposta na parceria com a iniciativa privada para viabilizar economicamente os projetos. Para atrair investidores, será necessária a participação da União em parte dos investimentos. Estima-se que a contribuição federal pode variar entre 20% e 30% dos recursos necessários, dependendo do projeto específico. Este formato de financiamento deve ajudar a tornar os empreendimentos mais atraentes para o mercado.

Parte do financiamento virá dos acordos de repactuação das concessões no setor ferroviário. O governo já fechou entendimentos com grandes operadoras como a Rumo e a MRS Logística, e, no final de dezembro, firmou um compromisso com a Vale, que concordou em pagar até R$ 17 bilhões pela extensão das concessões da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM).

Os detalhes do pacote de projetos estão sendo finalizados, com discussões ainda em andamento junto à Casa Civil e ao Ministério da Fazenda. O plano já foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segue acompanhando de perto as negociações.

A expectativa agora é que, com o lançamento oficial, o governo consiga atrair um grande número de investidores para o setor ferroviário, o que poderá representar um avanço significativo para o Brasil em termos de infraestrutura e logística, essencial para o crescimento econômico do país.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula vai defender reforma da renda e diálogo entre Poderes em mensagem ao Congresso

O texto deve ser lido pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), na cerimônia de início do ano legislativo

Presidente Lula em Brasília - 16/1/2025 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve defender a reforma tributária sobre a renda e o diálogo entre os Poderes na mensagem de abertura aos trabalhos legislativos em 2025, informa a CNN Brasil. Como tradição, o texto deve ser lido pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), na cerimônia de início do ano legislativo, marcada para o dia 3 de fevereiro.

A mensagem do presidente também deve trazer agradecimentos ao Congresso pela aprovação de pautas governistas nos últimos dois anos, ressaltando as medidas do pacote fiscal, aprovadas em dezembro de 2024. Lula também deve parabenizar os presidentes eleitos da Câmara e do Senado.

A ideia do governo é enviar ao Congresso já no início do ano o início da reforma tributária sobre a renda, com o aumento da faixa de isenção para até R$5 mil. Outra prioridade é a PEC da Segurança, que está em ajustes finais na Casa Civil. A proposta reformula as forças federais e busca aumentar o cerco contra facções criminosas. Em julho, deve ser enviada atualização da tabela do Imposto de Renda.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Confiança do consumidor brasileiro recua para menor nível desde fevereiro de 2023, diz FGV

"A queda da confiança do consumidor foi impulsionada pela deterioração tanto das perspectivas futuras quanto das condições atuais", diz especialista

      (Foto: Agência Brasil)

Reuters - A confiança dos consumidores brasileiros recuou pelo segundo mês consecutivo em janeiro, registrando o menor nível desde fevereiro de 2023, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas divulgados nesta segunda-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês queda de 5,1 pontos, para 86,2 pontos, menor nível desde fevereiro de 2023 (85,7 pontos).

futuras quanto das condições atuais pelo segundo mês consecutivo, levando o indicador de volta à faixa dos 80 pontos e evidenciando um maior pessimismo entre os consumidores neste início de ano", explicou em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

Os dados mostram que o Índice de Expectativas (IE) recuou 6,0 pontos, para 91,6 pontos em janeiro.

Já o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 3,3 pontos, para 79,4 pontos, patamar mais baixo desde fevereiro do ano passado (78,9 pontos).

O quesito que apresentou a maior contribuição para a queda da confiança no mês foi o que mede as perspectivas para a situação financeira futura da família, com queda de 6,7 pontos, para 92,5 pontos, menor nível desde agosto de 2022 (90,0 pontos).

"O resultado é disseminado entre as faixas de renda e possivelmente aliado a focos de pressão inflacionária, além da continuidade do aumento da taxa de juros que encarece dívidas e dificulta a compra de bens de maior valor", afirmou Gouveia.

Em dezembro, o Banco Central acelerou o ritmo de aperto nos juros e elevou a taxa Selic em 1,00 ponto percentual, a 12,25% ao ano, prevendo mais duas altas da mesma magnitude à frente após citar risco de piora da dinâmica inflacionária a partir do anúncio de medidas fiscais pelo governo.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciará sua próxima decisão de juros na quarta-feira.

Fonte: Brasil 247 com Reuters