segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

STF pode reabrir investigações sobre rachadinha de Flávio Bolsonaro

Recurso do MP-RJ está parado no gabinete de Gilmar Mendes e pode reabrir o caso de de desvio de salários no gabinete do senador, à época deputado no Rio

Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Há quase dois anos, um recurso do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) aguarda análise no gabinete do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido, protocolado em maio de 2023, busca reverter uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou as provas coletadas no caso da rachadinha envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), informam Guilherme Amado e João Pedroso de Campos, do PlatôBR. A reabertura do caso pode representar um risco significativo para o futuro político do filho de Jair Bolsonaro (PL), que já sinalizou interesse em concorrer ao Senado em 2026 e até mesmo ao Planalto.

O caso da rachadinha remonta a 2019, quando o MP-RJ denunciou Flávio Bolsonaro por supostamente participar de um esquema de desvio de salários de servidores de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Segundo as investigações, o ex-policial militar e ex-assessor Fabrício Queiroz, figura próxima à família Bolsonaro, seria o operador do esquema, que teria como destinatário final o próprio Flávio. O caso, no entanto, foi paralisado na Justiça após decisão do STJ em novembro de 2021, que anulou todas as provas obtidas pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

A Quinta Turma do STJ entendeu, por quatro votos a um, que Flávio Bolsonaro tinha foro privilegiado como deputado estadual e que, portanto, as decisões de Itabaiana, que atuou na primeira instância, não tinham validade. Com isso, todas as provas coletadas durante as investigações foram derrubadas. O recurso do MP-RJ no STF tenta reverter essa decisão e reabrir o caso, o que poderia reativar as investigações e trazer novas dores de cabeça para o clã Bolsonaro.

A demora na análise do recurso pelo ministro Gilmar Mendes gera incertezas sobre o futuro do caso. Não há prazo para que o ministro se manifeste, e a eventual reabertura das investigações pode ter impactos significativos na trajetória política de Flávio Bolsonaro. O senador, que já anunciou publicamente sua intenção de concorrer à reeleição em 2026, é visto pelo pai, Jair Bolsonaro, como um “excelente nome” para a Presidência da República. “Bom articulador, um baita nome”, disse o ex-presidente sobre o filho em entrevista recente.

Enquanto o recurso permanece parado no STF, a família Bolsonaro enfrenta uma série de outras investigações, incluindo supostos planos golpistas, desvio de joias e fraudes em cartões de vacinação. Esses casos podem resultar em novas denúncias contra Jair Bolsonaro nos próximos meses, aumentando a pressão sobre o clã. A reabertura do caso da rachadinha, no entanto, pode ser especialmente danosa para Flávio, cuja imagem política já foi abalada pelas acusações.

A decisão do STF sobre o recurso do MP-RJ será crucial para definir os rumos do caso e, possivelmente, do futuro político da família Bolsonaro. Enquanto isso, a espera continua, e o destino de Flávio Bolsonaro permanece nas mãos do Supremo.

Fonte: Brasil 247 com informações do site PlatôBR

Folha "tortura os números" para mentir sobre suposta crise fiscal, aponta Gleisi

Presidente do PT critica a Folha por negar a melhora fiscal e diz que o jornal pressiona por juros altos e cortes nas políticas públicas

(Foto: (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados))

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu com indignação ao editorial publicado pela Folha de S. Paulo, que questiona os dados apresentados pelo governo federal sobre o desempenho fiscal de 2024. Em uma postagem no X, Gleisi classificou como “espantosa” a tentativa do jornal de minimizar a melhora nas contas públicas, acusando-o de manipular números para construir uma narrativa de crise econômica com objetivos políticos.

“É espantoso o editorial da Folha que revela o inconformismo do jornal com a inegável melhora das contas do governo Lula em 2024. Chega ao cúmulo de acusar o governo de ter ‘gastado mais’ em 2023 para ‘gastar menos’ no ano passado. Torturam os números para ver se eles contam uma história de crise fiscal, que não existe, para seguir pressionando por mais juros e cortes nos investimentos e políticas públicas”, afirmou Gleisi.

A crítica de Gleisi se dirige ao editorial intitulado “Déficit do Tesouro é maior do que sugerem balanços oficiais”, que acusa o governo Lula de maquiar as contas públicas por meio de manobras orçamentárias, como antecipação de despesas e adiamento de receitas. O jornal sugere que, sem um ajuste fiscal mais rígido, o país corre o risco de entrar em uma crise econômica.

Entre os pontos destacados pela *Folha*, está a alegação de que o governo federal teria inflado as contas de 2023 para apresentar uma melhora mais expressiva no ano seguinte. A publicação ainda cita análises de especialistas e dados da Instituição Fiscal Independente (IFI) que apontam aumento de 4,3% nos gastos públicos acima da inflação em 2024, além de um déficit de 1,16% nos três primeiros trimestres do ano.

Rebatendo a narrativa - Gleisi, no entanto, argumenta que os dados apresentados pelo jornal desconsideram a “herança desastrosa” deixada pelo governo de Jair Bolsonaro, que inclui um calote bilionário de R$ 82 bilhões em precatórios e débitos com estados. Ela também destacou que o pagamento dessas dívidas, feito pelo governo Lula em 2023, foi um compromisso necessário e inadiável, refutando a ideia de que se tratou de um gasto irresponsável. “É uma acusação tão falsa e injusta como chamar alguém de perdulário porque pagou o que era devido”, disparou Gleisi.

A liderança petista também sugeriu que o posicionamento editorial da Folha faz parte de uma estratégia maior para pressionar o governo por cortes em políticas públicas e o Banco Central por uma manutenção dos juros altos, prejudicando o crescimento econômico e os investimentos sociais.

Fonte: Brasil 247

Plano do governo para ferrovias atrai 20 grupos antes mesmo do anúncio

O plano abrange um total de cinco mil quilômetros de novos trilhos, com investimento estimado em cerca de R$ 100 bilhões

(Foto: VLI/Divulgação)

O anúncio oficial do Plano Nacional de Ferrovias, que está previsto para fevereiro, já está gerando movimentação nos bastidores. De acordo com informações obtidas pela CNN, diversos grupos têm procurado o governo federal para discutir os projetos do pipeline, que promete impulsionar a infraestrutura ferroviária do Brasil. O plano abrange um total de cinco mil quilômetros de novos trilhos, com investimento estimado em cerca de R$ 100 bilhões.

Fontes revelaram à CNN que, nos próximos dias, técnicos do governo irão se reunir com vinte grupos interessados nas oportunidades do setor. Para facilitar os encontros, foi reservado um escritório na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) em São Paulo, onde os investidores poderão discutir as perspectivas dos projetos com os responsáveis pela gestão.

Apesar da animação com o crescente interesse do mercado, fontes do governo alertam que o caminho até a efetivação das propostas é longo. "Entre o primeiro contato e a realização de um lance no leilão — quando a empresa ‘bidar’ — há uma série de etapas a serem cumpridas", disseram os técnicos. No entanto, a complexidade dos projetos a serem oferecidos tem gerado otimismo entre os quadros da Esplanada, que veem as reuniões com grandes operadores como um sinal positivo. Entre os investidores estão algumas das maiores empresas de infraestrutura de transporte do país, como CCR, MRS e Rumo. Além disso, também há interesse de grupos internacionais, como a Concremat, agora sob controle chinês, e a suíça Mediterranean Shipping Company (MSC), tradicionalmente conhecida pelo transporte marítimo, mas que busca expandir suas operações no setor ferroviário.

O governo federal aposta na parceria com a iniciativa privada para viabilizar economicamente os projetos. Para atrair investidores, será necessária a participação da União em parte dos investimentos. Estima-se que a contribuição federal pode variar entre 20% e 30% dos recursos necessários, dependendo do projeto específico. Este formato de financiamento deve ajudar a tornar os empreendimentos mais atraentes para o mercado.

Parte do financiamento virá dos acordos de repactuação das concessões no setor ferroviário. O governo já fechou entendimentos com grandes operadoras como a Rumo e a MRS Logística, e, no final de dezembro, firmou um compromisso com a Vale, que concordou em pagar até R$ 17 bilhões pela extensão das concessões da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM).

Os detalhes do pacote de projetos estão sendo finalizados, com discussões ainda em andamento junto à Casa Civil e ao Ministério da Fazenda. O plano já foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segue acompanhando de perto as negociações.

A expectativa agora é que, com o lançamento oficial, o governo consiga atrair um grande número de investidores para o setor ferroviário, o que poderá representar um avanço significativo para o Brasil em termos de infraestrutura e logística, essencial para o crescimento econômico do país.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula vai defender reforma da renda e diálogo entre Poderes em mensagem ao Congresso

O texto deve ser lido pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), na cerimônia de início do ano legislativo

Presidente Lula em Brasília - 16/1/2025 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve defender a reforma tributária sobre a renda e o diálogo entre os Poderes na mensagem de abertura aos trabalhos legislativos em 2025, informa a CNN Brasil. Como tradição, o texto deve ser lido pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), na cerimônia de início do ano legislativo, marcada para o dia 3 de fevereiro.

A mensagem do presidente também deve trazer agradecimentos ao Congresso pela aprovação de pautas governistas nos últimos dois anos, ressaltando as medidas do pacote fiscal, aprovadas em dezembro de 2024. Lula também deve parabenizar os presidentes eleitos da Câmara e do Senado.

A ideia do governo é enviar ao Congresso já no início do ano o início da reforma tributária sobre a renda, com o aumento da faixa de isenção para até R$5 mil. Outra prioridade é a PEC da Segurança, que está em ajustes finais na Casa Civil. A proposta reformula as forças federais e busca aumentar o cerco contra facções criminosas. Em julho, deve ser enviada atualização da tabela do Imposto de Renda.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Confiança do consumidor brasileiro recua para menor nível desde fevereiro de 2023, diz FGV

"A queda da confiança do consumidor foi impulsionada pela deterioração tanto das perspectivas futuras quanto das condições atuais", diz especialista

      (Foto: Agência Brasil)

Reuters - A confiança dos consumidores brasileiros recuou pelo segundo mês consecutivo em janeiro, registrando o menor nível desde fevereiro de 2023, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas divulgados nesta segunda-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês queda de 5,1 pontos, para 86,2 pontos, menor nível desde fevereiro de 2023 (85,7 pontos).

futuras quanto das condições atuais pelo segundo mês consecutivo, levando o indicador de volta à faixa dos 80 pontos e evidenciando um maior pessimismo entre os consumidores neste início de ano", explicou em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

Os dados mostram que o Índice de Expectativas (IE) recuou 6,0 pontos, para 91,6 pontos em janeiro.

Já o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 3,3 pontos, para 79,4 pontos, patamar mais baixo desde fevereiro do ano passado (78,9 pontos).

O quesito que apresentou a maior contribuição para a queda da confiança no mês foi o que mede as perspectivas para a situação financeira futura da família, com queda de 6,7 pontos, para 92,5 pontos, menor nível desde agosto de 2022 (90,0 pontos).

"O resultado é disseminado entre as faixas de renda e possivelmente aliado a focos de pressão inflacionária, além da continuidade do aumento da taxa de juros que encarece dívidas e dificulta a compra de bens de maior valor", afirmou Gouveia.

Em dezembro, o Banco Central acelerou o ritmo de aperto nos juros e elevou a taxa Selic em 1,00 ponto percentual, a 12,25% ao ano, prevendo mais duas altas da mesma magnitude à frente após citar risco de piora da dinâmica inflacionária a partir do anúncio de medidas fiscais pelo governo.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciará sua próxima decisão de juros na quarta-feira.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Inovação industrial brasileira atinge patamar histórico com R$ 34 bilhões em financiamentos em 2024

Programa Nova Indústria Brasil impulsiona investimentos recordes em tecnologia, sustentabilidade e reindustrialização

Presidente Lula, Geraldo Alckmin e Aloizio Mercadante (Foto: Ricardo Stuckert)

O ano de 2024 marcou um novo capítulo na história da indústria brasileira, com um recorde de R$ 34 bilhões em financiamentos aprovados para projetos de inovação, informa a Exame. Os recursos, provenientes de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), foram direcionados ao programa Nova Indústria Brasil (NIB), lançado pelo governo federal em janeiro de 2023. A iniciativa tem como objetivo reindustrializar o país, com foco em áreas estratégicas como agroindústria, saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia e transição energética.

O BNDES, principal agente de fomento, aprovou R$ 11,1 bilhões para projetos de inovação industrial, o maior valor desde o início da série histórica, em 1995. A Finep, por sua vez, registrou um crescimento de 232,8% nas aprovações, totalizando R$ 22,3 bilhões. Já a Embrapii financiou 610 projetos, somando R$ 1 bilhão em investimentos, também um recorde para a instituição. Esses números refletem um esforço conjunto para modernizar a indústria nacional e torná-la mais competitiva globalmente.

◎ Prioridade na indústria e sustentabilidade - José Luiz Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES, destacou que a indústria ultrapassou o agronegócio como prioridade na carteira do banco. "No BNDES, a indústria ultrapassou o agro e tornou-se uma prioridade. O apoio ao agro também cresceu 26%, mas para a indústria também. Queremos continuar apoiando o agro, mas queremos apoiar a indústria e a sua volta mais forte. E, obviamente, a NIB tem um papel estratégico de puxar os investimentos". Gordon ressaltou ainda que muitos projetos se enquadram em múltiplos eixos, como produtividade e sustentabilidade, o que amplia seu impacto.

A NIB está alinhada com o Plano Mais Produção, que já mobilizou R$ 506,71 bilhões em recursos, sendo R$ 300 bilhões do BNDES. Entre 2023 e 2024, R$ 181,3 bilhões foram alocados no setor industrial, com destaque para o eixo de produtividade, que recebeu R$ 131 bilhões. A inovação, embora com menos projetos, também registrou números expressivos, com R$ 13,8 bilhões aprovados.

◎ Foco em tecnologia e descarbonização - Celso Pansera, presidente da Finep, enfatizou a importância de aliar reindustrialização à descarbonização da economia. "Fazer a reindustrialização dentro de um conceito de descarbonização da economia é determinante para a gente", disse. A Finep tem sido um dos principais braços financeiros da NIB, com mais de R$ 29 bilhões contratados desde 2023. Pansera destacou que a iniciativa não só moderniza a indústria, mas também gera empregos de qualidade e valoriza a pós-graduação brasileira.

A Embrapii, por sua vez, concentrou esforços em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com destaque para a agroindústria e as indústrias de alimentos e bebidas, que lideraram em número de projetos financiados. Alvaro Prata, diretor-presidente da Embrapii, ressaltou que a instituição tem investido na promoção de seu modelo e na capacitação de suas unidades para captar mais projetos.

◎ Desafios e oportunidades - Apesar dos avanços, os investimentos em inovação ainda estão concentrados nas regiões Sudeste e Sul, que detêm a maior parte dos recursos. Pansera reconheceu a assimetria e destacou iniciativas para reduzir as desigualdades regionais, como editais voltados para a agricultura familiar no Nordeste e projetos de bioeconomia no Norte.

Valter Pieracciani, fundador da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, destacou a importância do apoio governamental à inovação. "Todos os países inovadores financiam a inovação. A inovação precisa ter apoio do governo porque ela envolve risco e promove desenvolvimento e competitividade", afirmou. Ele também elogiou o impacto da NIB, afirmando que "nunca viu tanto dinheiro" para a inovação no Brasil.

◎  Lei do Bem e incentivos fiscais - Outro mecanismo que tem impulsionado a inovação é a Lei do Bem, que oferece incentivos fiscais para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento. Nos últimos dois anos, R$ 63 bilhões foram investidos por meio da legislação, beneficiando 27 mil projetos de 6.505 empresas. Pieracciani, no entanto, criticou as restrições da lei, que beneficia principalmente a inovação de laboratório, em detrimento de soluções práticas desenvolvidas pela indústria.

Com um cenário promissor, a indústria brasileira avança em direção a um futuro mais inovador e sustentável. A NIB, aliada aos esforços do BNDES, Finep e Embrapii, tem sido fundamental para consolidar esse movimento, mas ainda há desafios a superar, especialmente no que diz respeito à distribuição regional dos recursos e à inclusão de setores menos representados, como o de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Exame

Concessões de empréstimos no Brasil sobem 10,7% em dezembro e fecham 2024 com alta de 15,4%, diz BC

Em dezembro, o estoque total de crédito avançou 1,4%, a R$ 6,427 trilhões, apresentando no ano alta de 10,9%

Moedas de reais (Foto: Reuters/Bruno Domingos)

Reuters - As concessões de empréstimos no Brasil aumentaram 10,7% em dezembro na comparação com o mês anterior e fecharam 2024 com alta de 15,4%, informou o Banco Central nesta segunda-feira.

Em dezembro, o estoque total de crédito avançou 1,4%, a 6,427 trilhões de reais, apresentando no ano alta de 10,9%.

No último mês do ano, as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, subiram 11,1% em relação ao mês anterior, acumulando ganho de 16,1% em 2024.

Para as operações com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve aumento de 8,2% em dezembro, subindo 9,3% no ano.

No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres, ficou em 4,1%, contra 4,3% no mês anterior.

Já os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre ficaram em 40,8% em dezembro, uma queda de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. No ano, houve aumento de 0,2 ponto.

Nos recursos direcionados, houve aumento de 0,2 ponto no mês, a 10,9%, com alta de 0,8 ponto percentual em 2024.

O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente, caiu para 27,2 pontos percentuais nos recursos livres, contra 28,5 pontos no mês anterior.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Mercado passa a ver Selic em 12,50% em 2026, com inflação mais alta

Projeção da taxa de juros em 15% em 2025 foi mantida

Sede do Banco Central em Brasília (Foto: Reuters/Adriano Machado)

Reuters - Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma taxa Selic mais alta ao fim do próximo ano, elevando também suas projeções para a inflação em 2025 e 2026, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para a taxa básica de juros agora é de 12,50% ao fim do próximo ano, de 12,25% na semana anterior. Para 2025, a projeção de 15,00% foi mantida.

A Selic está atualmente em 12,25% ao ano, após o BC acelerar o aperto no mês passado ao elevar a taxa de juros em 1 ponto percentual. A autarquia também sinalizou que realizará mais dois aumentos da mesma magnitude nas duas primeiras reuniões do ano, com a próxima decisão a ser anunciada na quarta-feira.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para a inflação neste ano e no próximo. A mediana das expectativas para o IPCA em 2025 agora é de alta de 5,50%, de 5,08% na semana anterior, no que foi a 15ª semana consecutiva de aumento na previsão.

Para o fim de 2026, a projeção para a inflação é de 4,22%, de 4,10% há uma semana.

O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

As mudanças nas projeções ocorrem na esteira da divulgação do IPCA-15 de janeiro na semana passada, que registrou uma alta inesperada na base mensal, subindo 0,11%, diante da expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,03%.

O resultado foi puxado pelos preços de alimentos e bebidas, justamente no momento em que o governo demonstra preocupação com o tema. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na sexta-feira que o Executivo poderá alterar alíquotas de importação de produtos que estiverem com preços mais altos no Brasil do que no mercado internacional, para baratear o custo dos alimentos no país.

Os investidores também têm demonstrado preocupações com o início do governo de Donald Trump nos EUA, após sua posse na segunda-feira passada, dada a perspectiva de medidas que incluem tarifas de importação, o que pode fortalecer o dólar e prejudicar ativos e as economias de países emergentes.

No Focus desta segunda, houve ainda manutenção na expectativa para o preço do dólar em 2025 e 2026, com as projeções indicando que a moeda norte-americana encerrará este ano e o próximo em 6,00 reais.

Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 2,06% neste ano, ligeiramente acima da projeção de 2,04% da semana anterior. Em 2026, a expectativa é de que a expansão seja de 1,72%, uma queda em relação à taxa de 1,77% prevista na pesquisa anterior.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Operação de imigração do governo Trump prende mais de 2.300 imigrantes em Chicago

As autoridades informaram que as ações são direcionadas a "estrangeiros imigrantes ilegais criminosos conhecidos"

Presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca 20/01/2025 (Foto: REUTERS/Carlos Barria)

Agentes do governo Donald Trump estão realizando uma série de prisões em Chicago, EUA, com uma operação do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE, na sigla em inglês) e outras agências federais. A ação, iniciada no domingo (26), está cumprindo ordens de repressão à imigração ilegal e à segurança pública, mas gerou controvérsia quanto ao perfil dos detidos. Até o momento, o número de prisões realizadas pelo ICE ultrapassa as 2.300, segundo balanço divulgado pela própria agência. As informações são do g1.

Em comunicado oficial, o ICE afirmou que as operações têm como objetivo "fazer cumprir a lei de imigração dos EUA e preservar a segurança pública e a segurança nacional, mantendo possíveis criminosos estrangeiros perigosos fora de nossas comunidades". As autoridades informaram que as ações são direcionadas a "estrangeiros imigrantes ilegais criminosos conhecidos que representam uma ameaça à segurança nacional ou à segurança pública."

A operação, que ocorre em Chicago — uma cidade com forte representação democrata — também envolveu agências como o FBI, a DEA (Agência Antinarcóticos dos EUA), o ATF (Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos), além do escritório local da ICE e o Serviço de Delegados dos EUA. Essa colaboração entre diferentes órgãos federais tem sido uma constante em operações de imigração durante o governo Trump.

A decisão de realizar tais prisões foi criticada, especialmente em localidades como Newark, em Nova Jersey, onde o prefeito acusou o governo de capturar civis americanos, incluindo um veterano de guerra. A polêmica cresce quando se considera que o ICE não especificou em seus relatórios se todos os detidos estavam realmente em situação ilegal. No domingo (26), o número de imigrantes presos pela operação já havia chegado a 2.373.

Essas ações fazem parte das políticas agressivas de imigração adotadas pelo governo Trump desde o primeiro dia de seu mandato, com o objetivo de reduzir a presença de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolo envenenado: apelidada de "naja", sogra conta que nora suspeita do crime nutria verdadeira obsessão por ela


De acordo com as investigações da polícia, Zeli seria o principal alvo de Deise

Deise é suspeita de envenenar bolo (Foto: Reprodução)

Em um dos casos mais chocantes registrados recentemente no Rio Grande do Sul, Zeli dos Anjos, sogra de Deise Moura dos Anjos, acusada de envenenar a farinha de um bolo de reis que resultou na morte de três pessoas, prestou depoimento à Polícia Civil e revelou detalhes sobre a relação conflituosa com a nora. O depoimento foi obtido pela CNN e trouxe à tona um histórico de desavenças e desconfianças entre as duas.

De acordo com as investigações da polícia, Zeli seria o principal alvo de Deise. Mesmo consumindo o bolo envenenado com arsênio, Zeli sobreviveu ao ataque. "Soube somente agora, através da cunhada Regina, que era chamada assim", declarou Zeli, referindo-se ao apelido "Naja" que Deise utilizava para se referir a ela. Segundo Zeli, a nora nunca a chamou pelo apelido pessoalmente, mas a sogra soube que o termo foi usado em conversas com outros membros da família.

Zeli afirmou também que Deise demonstrava ciúmes e chegava a copiar seu estilo pessoal: "Copiava seu jeito de vestir, de se arrumar, comprava sapatos e acessórios iguais", relatou no depoimento.

◎ O preparo do bolo

Segundo Zeli, o bolo de reis foi preparado no dia 23 de dezembro, na casa da irmã Maida, em Torres, onde a família estava reunida para as comemorações de Natal. Ela descreveu como adquiriu os ingredientes: foi ao mercado comprar açúcar mascavo, margarina, leite condensado, ovos e passas brancas. A farinha, no entanto, foi retirada de um saco que estava embaixo da pia

Zeli relatou que "achou a farinha estranha" e decidiu peneirá-la, mas atribuiu o aspecto diferente à baixa qualidade, já que o produto era uma doação destinada a vítimas de enchentes no estado. Ela também afirmou que, durante o preparo, "não experimentou a massa do bolo, nem sentiu odor diferente".

O glacê, usado para cobrir o bolo, foi feito com o açúcar que já estava na residência. O bolo, preparado sem fermento, foi consumido na noite de Natal, resultando em uma tragédia.

◎ As vítimas

O envenenamento causou a morte de Maida, irmã de Zeli, e de Neuza, outra irmã, na madrugada do dia 24 de dezembro. Tatiana, sobrinha, faleceu no dia 25, após ser hospitalizada. Zeli e o sobrinho-neto Matheus também foram hospitalizados, mas receberam alta posteriormente.

O caso trouxe à tona suspeitas anteriores envolvendo Deise. Paulo, marido de Zeli, morreu em circunstâncias semelhantes, após consumir leite em pó que, segundo a polícia, também estava envenenado.

◎ A investigação

A Polícia Civil segue apurando o caso, que revelou um suposto histórico de violência premeditada dentro da família. Deise, o marido Diego (filho de Zeli) e o filho do casal residem em Nova Santa Rita, enquanto Zeli divide seu tempo entre Canoas e Arroio do Sal.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Milícia do Rio lança cigarro próprio e ameaça matar quem fumar outra marca

Grupos paramilitares, sustentados por extorsões e ameaças, movimentam bilhões com produtos falsificados e impõem regras violentas nas comunidades

(Foto: Reuters)

Enquanto facções criminosas e milícias travam uma disputa sangrenta pelo controle de territórios no Rio de Janeiro, os grupos paramilitares têm consolidado seu domínio explorando atividades ilegais altamente lucrativas. Entre elas, destaca-se a venda de cigarros falsificados, que se tornou um dos principais pilares financeiros dessas organizações criminosas. Segundo informações publicadas pelo portal Metrópoles., a comercialização de cigarros ilegais movimentou cerca de R$ 9 bilhões em 2023, com 34 bilhões de unidades vendidas no Brasil.

As milícias, formadas majoritariamente por ex-policiais e militares, não apenas distribuem os produtos, mas também os produzem, incluindo versões falsificadas de marcas paraguaias, criando o que foi chamado de “falsificação da falsificação”. Apesar da baixa qualidade dos cigarros, comerciantes locais são coagidos a vender exclusivamente a “marca do crime”. Para os moradores que ousam adquirir produtos de outra marca, a punição pode ser fatal.

De acordo com Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), as forças de segurança já identificaram a participação de milicianos e facções na fabricação de cigarros falsificados no Brasil. “Eles não só contrabandeiam como têm produzido isso em território nacional. E ainda contam com uma facilidade logística, por ocupar espaço no monopólio do crime”, afirmou. Ele também destacou que as milícias proíbem terminantemente a venda de outras marcas: “Essas organizações vão ocupando espaços nas comunidades, e os moradores só podem comprar o produto liberado pela milícia.”

◎ Expansão e domínio territorial

O poder das milícias vai muito além do mercado de cigarros falsificados. Esses grupos exploram ilegalmente serviços como a venda de gás de cozinha e o transporte alternativo, ampliando suas fontes de lucro e consolidando o controle sobre as comunidades. Atualmente, estima-se que as milícias tenham influência em pelo menos 45 dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro.

Esse domínio é mantido por uma rede de crimes que inclui extorsões, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, contrabando e assassinatos. Investigações das polícias Civil e Federal revelaram uma onda de mortes violentas, desaparecimentos e tentativas de homicídio relacionadas à disputa pelo monopólio da venda de cigarros ilegais.

O nome de Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, aparece como o principal chefe por trás desse esquema. Ele e seu irmão, Cláudio Coutinho de Oliveira, foram alvos das operações Smoke Free, realizada em novembro de 2022, e Fumus, no ano anterior. Essas ações, conduzidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF), resultaram na emissão de quase 70 mandados de prisão.

◎ Monopólio do crime

As investigações apontam que as milícias têm se estruturado como verdadeiras organizações empresariais do crime, com um único objetivo: o lucro. Com a venda de cigarros falsificados e outras atividades ilegais, esses grupos fortalecem sua influência e criam uma realidade de medo e opressão para os moradores das comunidades.

O avanço das milícias no Rio de Janeiro escancara a necessidade urgente de ações integradas e contínuas das forças de segurança e de políticas públicas para combater essas organizações, que transformaram territórios vulneráveis em verdadeiros monopólios do crime.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

EUA desrespeitaram tratados, Constituição e súmula do STF ao algemar deportados, avalia Lewandowski

O governo brasileiro anunciou que solicitará esclarecimentos oficiais dos Estados Unidos

       Ricardo Lewandowski (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou, em entrevista à jornalista Camila Bomfim, do g1, que os Estados Unidos podem ter desrespeitado pelo menos quatro frentes diferentes da Justiça brasileira ao manter deportados brasileiros algemados ao pousar no país. Lewandowski atuou diretamente no caso e determinou a retirada imediata das algemas do grupo.

Segundo o ministro, além de atentar contra os direitos humanos garantidos aos brasileiros, os agentes americanos feriram a Constituição brasileira. "Cidadãos brasileiros contra os quais nada pesava criminalmente, ao pisar em solo brasileiro , estavam sob a proteção de tratados internacionais, da Constituição, da súmula 11 do STF [que regula uso de algemas], e da portaria do MJ sobre uso progressivo da força, que também tem artigo sobre algemas”, explica.

O governo brasileiro já se manifestou sobre o ocorrido, anunciando que solicitará esclarecimentos oficiais dos Estados Unidos. A questão também gerou repercussão internacional, com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, entrando em confronto público com o ex-presidente Donald Trump, abordando a delicada questão dos direitos dos deportados.

Lewandowski detalhou as normas violadas pelos Estados Unidos, destacando que, ao operar no Brasil, a legislação brasileira deve prevalecer sobre as regras americanas. Entre as normas infringidas, estão:

◎ Constituição Federal: Em vigor desde 1988, a Constituição brasileira estabelece a "dignidade da pessoa humana" como um princípio fundamental, garantindo os direitos humanos e a dignidade de todos os cidadãos, incluindo aqueles que retornam ao Brasil após a deportação.

◎ Tratado de Deportação: O acordo mais recente entre Brasil e Estados Unidos foi assinado em 2017, durante o governo de Michel Temer e Donald Trump. O tratado visa evitar que cidadãos brasileiros fiquem longos períodos em centros de detenção nos EUA, mas, segundo o Itamaraty, foi desrespeitado ao manter os deportados sob algemas e correntes.

◎ Súmula 11 do STF: Essa súmula regula o uso de algemas em território brasileiro, permitindo seu uso apenas em casos de resistência, risco de fuga ou alta periculosidade. Ela ainda exige que o uso de algemas seja justificado por escrito, sob pena de nulidade do ato.

◎ Portaria de Uso Progressivo da Força: Recentemente assinada pelo Ministério da Justiça, essa portaria também estabelece diretrizes claras sobre o uso de algemas e correntes, sendo a aplicação dessas medidas restritivas considerada ilegal, em situações que não envolvem risco iminente ou resistência.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Em clima de paz, Apucarana celebra o aniversário com as canções do Roupa Nova

Logo mais à noite, na véspera do feriado do aniversário é a vez da dupla sertaneja Mato Grosso e Mathias subir ao palco e fazer a alegria da multidão 


Os fãs puderam relembrar grandes sucessos, como “Dona”, “Sapato velho”, “A força do amor” e “Coração pirata”. 

Milhares de fãs foram até a Praça Rui Barbosa e cantaram juntos canções da Banda Roupa Nova que marcaram gerações. A última vez que o grupo esteve em Apucarana foi em 2016 e o retorno veio num momento histórico da cidade: na celebração dos 81 anos do município.

Os fãs puderam relembrar grandes sucessos, como “Dona”, “Sapato velho”, “A força do amor” e “Coração pirata”. O público interagiu o tempo inteiro, como por exemplo, durante a canção “A Paz”. A multidão acendeu as luzes dos celulares, cantou a plenos pulmões “a força da paz junta todos outra vez” e proporcionou um lindo espetáculo. Não faltou também o tradicional “parabéns”, entoado de forma antecipada pelo Roupa Nova em homenagem pelo aniversário de Apucarana, comemorado no dia 28 de janeiro.

O prefeito Rodolfo Mota saudou o público e destacou que Apucarana vive um novo momento. De acordo com ele, a festa é uma demonstração de união, de paz e de confraternização. “Estamos muito felizes por este momento histórico, de celebração dos 81 anos de Apucarana. Praça cheia, povo ordeiro, feliz e trabalhador”, disse Rodolfo Mota.

De acordo com o prefeito, a comemoração pelo aniversário do município – que conta com atrações musicais e barracas gastronômicas – acontece desde a noite de sábado na Praça Rui Barbosa num clima de tranquilidade e harmonia. Rodolfo Mota também destacou a postura do público, afirmando que população deu exemplo a ser seguido. “O povo é bom. No início desta gestão plantamos flores na praça, que não foram pisoteadas. É um belo exemplo”, salienta.

Um grande esquema de segurança foi preparado com as forças de segurança municipais, estaduais e federais que estão trabalhando com estratégia, equipamentos e patrulhamento intensos. Nenhuma ocorrência foi registrada dentro da festa, segundo a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal.

“É uma felicidade imensa ver esse resultado incrível. Várias gerações estiveram presentes, famílias, pais com crianças no colo e até pessoas de idade. Uma festa para toda a família, com um clima de paz”, avalia Rodrigo Lievore (Recife), secretário municipal de Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur).

A programação de shows gratuitos prossegue nesta segunda-feira (27), com a dupla Mato Grosso e Mathias. Já na terça-feira (28), feriado municipal e último dia da festa, será a vez do grupo Turma do Pagode.

Cerca de 25 pessoas prestigiaram a apresentação do "Roupa Nova"

Fonte: Prefeitura de Apucarana

VÍDEO: Lula anuncia reuniões com supermercados e produtores por preço dos alimentos

 

Presidente Lula. Foto: Divulgação


O presidente Lula afirmou que pretende se reunir com atacadistas, produtores e donos de supermercados para buscar soluções que reduzam os preços dos alimentos no Brasil. Em vídeo divulgado neste domingo (26) pela primeira-dama, Janja, ele ressaltou a necessidade de tornar a comida mais acessível para a população, considerando o poder de compra dos brasileiros.

“Estamos discutindo e vamos realizar muitas reuniões com atacadistas, donos de supermercados e produtores para encontrar uma solução que garanta comida mais barata”, declarou o presidente enquanto caminhava pela horta da Granja do Torto, uma das residências oficiais em Brasília.

De acordo com Lula, a alta nos preços dos alimentos tem múltiplas causas, incluindo o aumento da demanda, a valorização do dólar e fatores climáticos. A preocupação com o tema se intensificou após a inflação de 2024 fechar em 4,83%, acima da meta estipulada pelo governo, com o setor de alimentos sendo um dos principais responsáveis pela alta.

Na última sexta-feira (24), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, descartou a possibilidade de tabelar preços como forma de conter a inflação. Ele defendeu que o governo está buscando alternativas mais sustentáveis para enfrentar o problema.

A alta nos preços dos alimentos tem sido tema de amplo debate no governo, que busca formas de aliar estímulos à produção, políticas fiscais e estratégias de mercado para combater o impacto da inflação no bolso dos brasileiros. A expectativa é que as reuniões lideradas por Lula tragam propostas concretas para estabilizar os custos sem afetar a cadeia produtiva.

Segundo especialistas, o aumento nos preços dos alimentos é reflexo de diversos fatores, como a instabilidade climática, que afeta colheitas, e a alta do dólar, que encarece os insumos agrícolas. Além disso, a maior demanda por alguns produtos tem pressionado ainda mais os valores.

O presidente busca um diálogo direto com os principais atores da cadeia de produção e distribuição de alimentos. A ideia é criar um consenso entre produtores, atacadistas e varejistas para reduzir os preços de forma sustentável, sem recorrer a medidas extremas, como o tabelamento.

Fonte: DCM

Baleada na cabeça pela PRF no RJ fala pela 1ª vez: “Tomei um tiro para salvar meu irmão”

 

Juliana Leite Rangel, baleada por policiais rodoviários federais em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, na véspera de Natal do ano passado – Foto: Reprodução
Juliana Leite Rangel, agente de saúde de 26 anos, falou pela primeira vez sobre o que viveu na véspera de Natal, quando foi baleada por policiais rodoviários federais em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Em entrevista ao Fantástico, ela revelou que tentou proteger seu irmão, que tem deficiência visual, no momento do ataque. “Tomei um tiro tentando salvar meu irmão. Eu mandei ele abaixar, porque já é deficiente visual, e tomei o tiro vendo que ele tava agachado”, contou a jovem, ainda em recuperação no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes.

A jovem relatou os momentos de pânico na Rodovia Washington Luís, onde os policiais dispararam contra o carro em que sua família seguia para uma comemoração em Niterói. Juliana declarou esperar que os responsáveis sejam punidos e agradeceu à família e às pessoas que torceram por sua melhora. Após passar um mês no CTI, ela foi transferida para a enfermaria e revelou seus planos para o futuro: “Quero voltar a trabalhar, encontrar meus amigos e contar minha história”.

Os três policiais envolvidos no caso foram afastados, e Juliana segue em recuperação com acompanhamento médico. Segundo o diretor do hospital, a recuperação dela tem sido positiva, com avanços significativos nas últimas semanas.

Fonte: DCM

VÍDEOS: Berlim reúne mais de 100 mil em manifestação histórica contra o nazi-fascismo

 

Manifestação em Berlim contra a extrema-direita: luzes formam a frase “Hope and Resistance” (“Esperança e Resistência”). Foto: Reuters

Na noite do último sábado (25), as ruas de Berlim foram palco de uma manifestação histórica que reuniu milhares de pessoas contra o nazi-fascismo e o avanço da extrema-direita na Alemanha e no mundo.

Organizado por grupos como “Campact”, “Fridays for Future” e “Pais contra a direita”, além de partidos progressistas, o ato, chamado “Mar de Luzes contra a mudança para a direita”, contou com mais de 100 mil participantes, segundo os organizadores, no icônico Portão de Brandemburgo.

Os manifestantes exibiram faixas, cartazes e velas, clamando por um “cordão sanitário” democrático contra o AfD (Alternativa para a Alemanha), partido de extrema-direita que ocupa a segunda posição nas pesquisas para as eleições gerais de fevereiro.

A preocupação foi intensificada após Friedrich Merz, candidato da aliança conservadora CDU/CSU, líder nas pesquisas, sugerir pela primeira vez uma possível colaboração com o AfD em propostas anti-imigração, uma das principais pautas do partido, que possui laços com grupos neonazistas.

De acordo com uma pesquisa divulgada em 24 de janeiro, a aliança CDU/CSU lidera a corrida eleitoral com 30% das intenções de voto, seguida pelo AfD, com 20%. O SPD (Partido Social-Democrata), liderado pelo atual chanceler Olaf Scholz, aparece em terceiro lugar, com 17%.

Christoph Bautz, diretor da Campact, criticou duramente a postura de Merz e enfatizou a relevância do protesto. “Com as nossas luzes de esperança, nos levantamos contra a mudança para a direita – em todo o mundo, mas especialmente aqui”, declarou Bautz.

“Muitas pessoas ficam chocadas com o fato de Friedrich Merz querer abrir um grande buraco no cordão sanitário contra o AfD quando procura especificamente uma maioria comum com os extremistas de direita na próxima semana. Há duas semanas, ele descartou esta possibilidade – não se pode confiar nele para defender a nossa democracia. Hoje há mais uma vez uma grande onda de protestos do meio da sociedade para impedir a mudança para a direita.”

A manifestação ocorreu enquanto o AfD promovia um evento para marcar o início de sua campanha eleitoral em Halle, no leste do país, o qual contou com a presença inesperada do bilionário Elon Musk.

O empresário, fez um gesto nazista durante a posse de Donald Trump nos Estados Unidos, expressou apoio público à líder do AfD, Alice Weidel. Musk declarou que o partido é “a melhor esperança” para o futuro da Alemanha e defendeu um discurso anti-multiculturalista, encorajando os alemães a se orgulharem de sua “cultura”.

Fonte: DCM