domingo, 26 de janeiro de 2025

Plano golpista: confira a íntegra da primeira delação de Mauro Cid contra Eduardo, Michelle e Bolsonaro

 

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, preso por envolvimento em trama golpista – Foto: Reprodução


Em seu depoimento de colaboração premiada, o tenente-coronel Mauro Cid revelou detalhes sobre supostas articulações golpistas envolvendo Jair Bolsonaro (PL) após a vitória de Lula nas eleições de 2022. Segundo o documento, divulgado pelo colunista Elio Gaspari, da Folha, Cid afirmou que Bolsonaro analisava duas possibilidades para reverter o resultado das eleições: encontrar indícios de fraude nas urnas ou convencer as Forças Armadas a apoiarem um golpe de Estado. O depoimento, prestado em agosto de 2023, também incluiu menções a diversos aliados do ex-presidente.

Entre os envolvidos, Mauro Cid destacou Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro como integrantes da ala mais radical do grupo. Segundo ele, ambos incentivavam o ex-presidente a tomar medidas contra a democracia, argumentando que ele tinha apoio popular e de grupos como os CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores). O depoimento apontou ainda que o círculo próximo a Bolsonaro era composto por pessoas com diferentes graus de radicalismo, algumas dispostas a apoiar diretamente um golpe.

O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Leia o depoimento na íntegra:


O COLABORADOR MAURO CESAR BARBOSA CID, assessorado por seus advogados, manifestou intenção de colaborar, nos termos da lei 12.850/2013, com as investigações desenvolvidas no âmbito os Inquéritos Policiais 2020.0075332 – CGCINT/DIP/PF (Ing. 4781/DF) e 2021.0052061 – CGCINT/DIP/PF (Inq. 4874/DF), que tramitam no Supremo Tribunal Federal, relacionados ao seguintes tópicos: a) ataques virtuais a opositores; b) ataques às instituições (STF, TSE), ao sistema eletrônico de votação e à higidez do processo eleitoral; c) tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; d) ataques às vacinas contra a Covid-19 e as medidas sanitárias na pandemia e; f) uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens, o qual se subdivide em: f.1) uso de suprimentos de fundos (cartões corporativos) para pagamento de despesas pessoais e; f.2) Inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde para falsificação de cartões de vacina; e f.3) Desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República, JAIR MESSISAS BOLSONARO, ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação com o fim de enriquecimento ilícito; g) outros tópicos que possam surgir no transcorrer da investigação.

A presente oitiva não exaure a coleta de dados relativa aos fatos apurados, em razão da dimensão da investigação referente aos eixos de atuação. O presente ato de colaboração será gravado em mídia audiovisual para garantir a fidelidade das informações prestadas, podendo seu conteúdo ser utilizado nas referidas investigações. Ademais, também será reduzido a termo como forma de facilitar o acesso ao conteúdo pelo juízo e demais atores. Inquiridoa respeito dos fatos investigados no presente ato, o senhor, na presença de seus advogados, reafirma a renuncia ao direito de permanecer em silêncio e o compromisso legal de dizer a verdade?

A Polícia Federal conduz investigação que apura a prática de atos relacionados a uma possível tentativa de execução de um Golpe de Estado e Abolição violenta do Estado Democrático de Direito ocorridos após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Nesse sentido, INDAGADO sobre os elementos que têm conhecimento em relação aos referidos fatos investigados, respondeu QUE depois que acabou o período eleitoral, o então Presidente JAIR BOLSONARO recebia diversas pessoas, sempre no Palácio da Alvorada; QUE as pessoas que visitavam o então Presidente formavam três grupos distintos; QUE tinha um grupo bem conservador, de linha bem política; QUE aconselhavam o Presidente a mandar o povo para casa, e colocar-se como um grande líder da oposição; QUE diziam que o povo só queria um direcionamento; QUE para onde o PRESDENTE mandasse, o povo iria; QUE o grupo era formado pelo Senador FLÁVIO BOLSONARO, o AGU BRUNO BIANCO, CIRO NOGUEIRA (então Ministro da Casa Civil) e o Brigadeiro BATISTA JUNIOR (então Comandante da Aeronáutica); QUE o outro grupo era formado por pessoas moderadas; QUE apesar de não concordar com o caminho que o Brasil estava indo, com abusos jurídicos, prisões e não concordar com a condução das relações institucionais que ocorriam no país, entendiam que nada poderia ser feito diante do resultado das eleições: QUE qualquer coisa em outro sentido seria um golpe armado; QUE representaria um regime militar por mais 20, 30 anos; QUE esse grupo era totalmente contra isso; QUE o grupo se subdividia em dois:

QUE um primeiro grupo era composto basicamente por generais da ativa que tinham mais contato com o então Presidente da República JAIR BOLSONARO; QUE eram as pessoa que o então PRESIDENTE mais gostava de ouvir; QUE o grupo era composto pelo COMANDANTE DO EXÉRCITO GENERAL FREIRE GOMES; pelo GENERAL ARRUDA, chefe do DEC -Departamento de Engenharia e Construção; pelo GENERAL TEOFILO, chefe do COTER- Comando de Operações Terrestres; pelo GENERAL PAULO SERGIO, então Ministro da Defesa; QUEesse grupo temia que o grupo radical trouxesse um assessoramento e levasse PRESIDENTE JAIR BOLSOANRO assinar uma “doidera”: QUE o GENERAL FREIRE GOMES estava muito preocupado com essa situação, com que poderia acontecer com esse pessoal que ia para o Palácio da Alvorada; QUE estavam preocupados com o grupo radical que estava tentando convencer o então Presidente a fazer “alguma coisa”, um golpe:QUE havia um outro grupo de moderados que entendia que o ex-Presidente deveria sair do país; QUE o próprio colaborador sugeriu que o ex-presidente deveria sair do país; QUE o grupo era composto pelo PAULO JUNQUEIRA, empresário do agronegócio, que financiou a viagem do presidente para os EUA; por NABAN GARCIA, que ocupou algum cargo na secretaria de agricultura, e por fim o senador MAGNO MALTA que tinha uma posição mais radical e se juntou ao referido grupo entendendo que o presidente deveria deixar o país; QUE o terceiro grupo, denominado pelo colaborador como “radicais”, era dividido em dois grupos; Que o primeiro subgrupo “menos radicais” que queriam achar uma fraude nas urnas; QUE o segundo grupo de “radicais” era a favor de um braço armado. QUE gostariam de alguma forma incentivar um golpe de Estado; QUE queria que ele assinasse o decreto; QUE acreditavam que quando o Presidente desse a ordem, ele teria apoio do povo e dos CACS: QUE “romantizavam” o art. 142 da Constituição Federal como o fundamento para o Golpe de Estado: QUE o primeiro grupo que defendia a identificação de uma possível fraude nas umas era o que o ex-Presidente mais pressionava; QUE JAIR BOLSONARO queria uma atuação mais contundente do GENERAL PAULO SÉRGIO em relação à Comissão de Transparência das eleições montada pelo Ministério da Defesa; QUE JAIR BOLSONARO queria que o documento produzido fosse “duro”: QUE o grupo era composto pelo GENERAL PAZZUELLO, pelo PRESIDENTE DO PL VALDEMAR DA COSTA NETO, pelo MAJOR DENICOLE e por um grupo de pessoas que prestavam assessoramento tecnico:

QUE nessa época após o segundo tumo, recebiam muitas informações de fraudes; QUE o presidente repassa as possíveis denúncias para os GENERAIS PAZZUELLO e PAULO SERGIO para que fossem apuradas; QUE o grupo tentava encontrar algum elemento concreto de fraude, mas a maloria era explicada por questões estatísticas: QUE as informações estatísticas foram tratadas pelo MAJOR DENICOLE: QUE O MAJOR DENICOLE era quem geralmente trazia os dados ao ex-presidente; QUE o grupo não identificou nenhuma fraude nas umas; QUE a única coisa substancial que encontraram foi a questão das umas antigas que ensejou a ação do PL; QUE o Senador HEINZ, que também integrava esse grupo, usava um documento do Ministério Publico militar que dizia que como o país estava em GLO, para garantia das eleições, o Senador entendia que as forças armadas poderiam pegar uma uma, sem autorização do TSE ou qualquer instancia judicial, para realização de testes de integridade; QUE o senador encaminhava esse entendimento tanto ao Colaborador, quanto ao ex-presidente JAIR BOLSONARO para que repassassem esse entendimento ao Ministro da Defesa; QUE o ex- presidente não encampou esse entendimento; QUE o ex-Diretor-Geral da PRF SILVINEI VAQUES era politizado; QUE ele comparecia a todos os eventos políticos; QUE ele esteve com o ex-Presidente por algumas ocasiões durante o período pré-eleitoral; QUE não informar o que tratavam; QUE a questão de compra de votos era um preocupação constante do ex-Presidente; que reclamava de maneira genérica; QUE não participava das reuniões entre o ex-Presidente e os Ministros e os Generais; QUE esse grupo tinha ligação com o Argentino; QUE quanto a parte mais radical, não era um grupo organizado, eram pessoas que se encontravam com presidente, esporadicamente, com a intenção de exigir uma atuação mais contundente do então Presidente; QUE uma dessas pessoas era FELIPE MARTINS, ex-assessor internacional do ex-presidente e ligado à área mais ideológica; QUE FELIPE MARTINS vinha acompanhado de um jurista, que não se recorda um nome;

QUE o colaborador se recorda que o referido jurista escreveu livros sobre Garantias Constitucionais; QUE os encontros ocorreram em meados de novembro de 2022; QUE em um dos encontros o jurista também foi acompanhado de um padre; QUE foram mais de dois encontros dessas pessoas com o ex-Presidente JAIR BOLSONARO; QUE FELIPE MARTINS juntamente com esses juristas apresentaram um documento ao Presidente JAIR BOLSONARO, no Palácio da Alvorada; QUE o documento tinha várias páginas de “considerandos”, que retratava as interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e no final era um decreto que determinava diversas ordens que prendia todo mundo; QUE determina as prisões dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dentre eles ALEXANDRE DE MORAES, GILMAR MENDES e outros; QUE determinava também a prisão do Presidente do Senado RODRIGO PACHECO e de outras autoridades que de alguma forma se opunham ideologicamente ao ex-presidente; QUE decretava novas eleições; QUE não dizia quem iria fazer, mas sim, o que fazer, QUE o ex-presidente recebeu o documento, leu e alterou as ordens, mantendo apenas a prisão do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e a realização de novas eleições devido a fraude no pleito; QUE o colaborador teve ciência do documento quando FELIPE MARTINS apresentou ao colaborador o documento impresso e de forma digital para que fossem feitas as correções; QUE FELIPE MARTINS tinha uma versão digital em seu notebook, que levou para a reunião; QUE FELIPE MARTINS não alterou o documento, conforme pedido pelo então PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, naquele momento; QUE alguns dias depois FELIPE MARTINS retomou juntamente com o jurista trazendo o documento alterado conforme solicitado pelo então PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, no Palácio da Alvorada; QUE o presidente concordou com os termos ajustados e em seguida mandou chamar, no mesmo dia, os Generais, comandantes das forças; QUE participaram o ALMIRANTE GARNIER, GENERAL FREIRE GOMES e o BRIGADEIRO BATISTA JUNIOR;

QUE nessa reunião com os Generais o presidente apresentou apenas os “considerandos” (fundamentos dos atos a serem implementados) sem mostrar as ordens a serem cumpridas (prisão do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e a realização de novas eleições); QUE na reunião com as Generais, FELIPE MARTINS foi explicando cada item; QUE o colaborador participou da reunião, operando a apresentação no computador; QUE o ex-presidente queria pressionar as Forças Armadas para saber o que estavam achando da conjuntura; QUE queria mostrar a conjuntura do país: QUE o colaborador saiu da sala, não participando do restante da reunião QUE depois o GENERAL FREIRE GOMES relatou ao colaborador o conteúdo do que conversaram; QUE o ex-presidente apresentou o documento aos GENERAIS com intuito de entender a reação dos comandantes das forças em relação ao seu conteúdo; QUE o ALMIRANTE GARNIER, comandante da Marinha, era favorável a um intervenção militar, afirmava que a Marinha estava pronta para agir: QUE aguardava apenas a ordem do ex-presidente JAIR BOLSONARO; QUE no entanto, o ALMIRANTE GARNIER condicionava a ação de intervenção militar à adesão do Exército, pois não tinha capacidade sozinho; QUE o Brigadeiro BATISTA JUNIOR, comandante da aeronáutica, era terminantemente contra qualquer tentativa de golpe de Estado; QUE afirmava de forma categórica que não ocorreu qualquer fraude nas eleições presidenciais;

QUE o GENERAL FREIRE GOMES, era um meio-termo dos outros dois Generais; QUE ele não concordava como as coisas estava sendo conduzidas; QUE no entanto, entendia que não caberia um golpe de Estado, pois entendia que as instituições estavam funcionando; QUE não foi comprovado fraude nenhuma; QUE não cabia às Forças Armadas realizar o controle Constitucional; QUE dizia que estavam “romantizando” o art. 142 da CF; QUE dizia que tudo que acontecesse seria um regime autoritário pelos próximos 30 anos, decorrente de um Golpe Militar, QUE o ex-Presidente teve várias reuniões com os Generais; QUE o ex- Presidente JAIR BOLSOANRO não queria que o pessoal saísse das ruas; QUE o ex- Presidente JAIR BOLSOANRO tinha certeza que encontraria uma fraude nas umas eletrónicas e por isso precisava de um clamor popular para reverter a narrativa; QUE o ex- Presidente estava trabalhando com duas hipóteses: a primeira seria encontrar uma fraude nas eleições e a outra, por maio do grupo radical, encontrar uma forma de convencer as Forças Armadas a aderir a um Golpe de Estado; QUE o ex-Presidente não interferia nos manifestantes que estavam nas ruas; QUE o ex-Presidente pediu apenas para que os caminhoneiros não parassem o país; QUE acredita que os militares não adeririam a uma ideia de golpe de Estado; QUE como não teve apoio dos Comandantes do Exército e da Aeronáutica, a proposta de FELIPE MARTINS não foi executada: QUE acredita que o ex- Presidente não assinaria esse documento; QUE as outras pessoas que integravam essa ala mais radical era composta pelo ex-ministro ONIX LORENZONE, pelo atual SENADOR JORGE SEIFF, o ex-ministro GILSON MACHADO, SENADOR MAGNO MALTA, DEPUTADO FEDERAL EDUARDO BOLSONARO, GENERAL MARIO FERNANDES (secretário executivo do General RAMOS); QUE GENERAL MARIO FERNANDES atuava de forma ostensiva, tentando convencer os demais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado; QUE compunha também o referido grupo a ex- primeira dama MICHELE BOLSONARO; QUE tais pessoas conversavam constantemente com o ex- Presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado; QUE afirmavam que o ex-Presidente tinha o apoio do povo e dos CACs para dar o golpe; QUE não sabe se essas pessoas levavam documentos para o ex-Presidente; QUE não presenciou todos os encontros dessas pessoas radicais com o ex-Presidente; QUE o GENERAL BRAGA NETO conversava constante com o ex-Presidente; QUE ele seria o elo entre os manifestantes e o ex-Presidente; QUE o GENERAL BRAGA NETO atualizava o ex-Presidente sobre as manitestações;

QUE não sabe informar se o GENERAL BRAGA NETO tinha contato com AILTON BARROS; INDAGADO sobre pessoas que exerciam influência em relação às pessoas acampadas e que entraram no Palácio do Alvorada, responde QUE no dia 12/12/2022, após a prisão do CACIQUE SERERE, na saída do palácio da Alvorada, as pessoas de BISMARK e PAULO SOUZA, integrantes do canal do YouTube HIPÓCRITAS e OSWALDO EUSTAQUIO, com meo de também serem presos, ligaram para o ex-presidente JARI BOLSONARO; QUE JARI BOLSONARO mandou que autorizasem a entrada de BISMARK e PAULO SOUZA e OSWALDO EUSTAQUIO no Palácio da Alvorada; QUE a intenção era evitar que fossem presos; QUE após a advertência do colaborador de que a permanência de OSWALDO EUSTÁQUIO no Palácio da Alvorada poderia causar problemas, o ex-Presidente determinou que um carro da Presidência levasse OSWALDO EUSTÁQUIO para o local que estava hospedado em Brasilia/DF; QUE os integrantes do HIPÓCRITAS jantaram com o ex-Presidente no Palácio da Alvorada; QUE não se recorda se os referidos jornalistas dormiram no Palácio da Alvorada; QUE os integrantes do HIPÓCRITAS tinham contato direto com o ex-Presidente JAIR BOLSONARO; QUE entendiam que os CACs apoiariam o ex-Presidente em uma tomada de decisão, como um tropa civil em caso de um Golpe; QUE o Deputado Federal EDUARDO BOLSONARO tinha mais contato com os CACs.

Fonte: DCM com informações do colunista Elio Gaspari, da Folha de S. Paulo


Professor que beijou aluna de 12 anos em Balneário (SC) é preso após 2 meses foragido

 

Momento em que o condenado é conduzido pelos agentes policiais após determinação da sentença – Foto: Reprodução
Um professor de matemática, de 46 anos, foi preso pela Polícia Civil em Ascurra, no Vale do Itajaí, após permanecer foragido por mais de dois meses. Condenado a 7 anos, 11 meses e 28 dias de prisão por estupro de vulnerável, ele havia sido flagrado, em 2018, beijando uma aluna de 12 anos em uma praia de Balneário Camboriú, Santa Catarina. Após a prisão, o homem foi levado para o sistema prisional de Blumenau.

O caso ocorreu em dezembro de 2018, quando a atitude do professor chamou a atenção de banhistas que consideraram a relação entre ele e a menina incomum.

De acordo com a delegada Inara Drapalski, “quando a Guarda chegou, eles estavam de mãos dadas”. Na época, o homem foi preso em flagrante, mas acabou sendo solto após uma audiência de custódia, o que gerou críticas.

Fonte: DCM

Mercado acertou apenas 5% das previsões sobre a economia brasileira desde 2021

 

Placa da Avenida Faria Lima, onde estão localizadas as maiores empresas do setor financeiro brasileiro – Foto: Reprodução

Desde 2021, o mercado financeiro errou 95% das previsões relacionadas à economia brasileira e à Bolsa de Valores. Dados divulgados pelo UOL mostram que projeções sobre o Ibovespa, Selic, PIB, dólar e inflação ficaram longe da realidade em quase todos os casos. Apenas uma previsão acertou: o desempenho positivo da Bolsa em 2022.

O levantamento utilizou o boletim Focus do Banco Central e a pesquisa “LatAm Fund Manager Survey” do Bank of America para compilar as estimativas feitas entre 2021 e 2024. Apesar de metodologias estatísticas avançadas, as previsões frequentemente subestimaram ou superestimaram os resultados, como o caso da Selic em 2021, que deveria encerrar o ano em 3,25% e chegou a 9,25%.


Especialistas apontam que a economia brasileira apresenta desafios para projeções devido à sua alta sensibilidade a eventos globais. Álvaro Bandeira, da Apimec, destacou que fatores externos, como guerras e mudanças em economias estrangeiras, têm grande impacto, especialmente em países exportadores de commodities, como o Brasil.

Outro ponto levantado por economistas é que modelos estatísticos baseados em dados do passado não conseguem prever eventos imprevisíveis, como mudanças climáticas severas ou crises inesperadas. Rafael Ribeiro, da UFMG, ressaltou que variáveis imprevistas podem mudar completamente os rumos econômicos.

Apesar dos erros, especialistas defendem que acertar a tendência é mais relevante do que prever números exatos.

Cédulas de dólar

Cédulas de dólares americanos – Agência Brasil
Para a economista sênior do C6 Bank, previsões sobre o dólar em 2023 apontaram corretamente a alta, mesmo que os valores finais tenham variado. A direção das estimativas permite que investidores se preparem com antecedência.

Fonte: DCM

Nulidade cultural bolsonarista, Mario Frias ataca Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui: ‘Desinformação comunista’

 

Deputado Mario Frias ataca o longa ‘Ainda Estou Aqui’ e chama filme de “peça de propaganda e desinformação comunista” – Foto: Reprodução
O deputado federal bolsonarista Mario Frias (PL-SP) usou seu perfil no X neste sábado (25) para atacar o filme “Ainda Estou Aqui”. O parlamentar chamou o longa de “peça de propaganda e desinformação comunista”. O ex-ministro da Cultura do desgoverno de Jair Bolsonaro criticou a indicação do filme ao Oscar 2025 e a atuação de Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro. Segundo ele, o filme “não enriquece a cultura nacional, mas a destrói”.

Frias também afirmou que a obra, baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, é “mera técnica de manipulação psicológica” e acusou a celebração de Fernanda Torres de ser “auto-bajulação de militantes da esquerda”. O longa retrata o assassinato de Rubens Paiva pela ditadura militar e a luta de sua viúva, Eunice Paiva, para proteger a família.

“Uma das piores coisas que um suposto defensor da arte pode fazer é separar o princípio estético do princípio moral”, concluiu o bolsonarista, rechaçado por suas declarações.

Fonte: DCM

'Ainda Estou Aqui' cresce 82% em bilheteria após indicações ao Oscar e se firma como sucesso no Brasil e no exterior

Filme brasileiro projeta o cinema nacional a novos patamares, inspirando cineastas e emocionando plateias ao redor do mundo

(Foto: Divulgação)

 O longa "Ainda estou aqui", dirigido por Walter Salles, continua a quebrar recordes na história do cinema nacional, como destacou o jornal O Globo. Há três meses em cartaz, o filme tem lotado salas de cinema desde sua estreia em outubro de 2024. Após conquistar três indicações ao Oscar, incluindo a inédita categoria de melhor filme, o drama baseado na história real da família de Eunice e Rubens Paiva durante a ditadura militar despertou um renovado interesse do público.

Na sexta-feira, 24 de janeiro, um dia após o anúncio das indicações da Academia, o filme vendeu 48 mil ingressos em 500 salas de exibição no Brasil, um aumento de 82% em relação à sexta anterior. O público acumulado de "Ainda estou aqui" já ultrapassa a marca de 3,7 milhões de espectadores, consolidando-o como o longa brasileiro de maior sucesso desde a pandemia. "O impacto dessas indicações é notável. O público não quer apenas assistir, mas revisitar essa obra que dialoga com nossa história", afirmou uma fonte ligada à produção.

Além de liderar os rankings de público e renda no Brasil, o filme também tem se destacado no circuito internacional. Em Portugal, estreou com sessões lotadas em Lisboa e Porto, liderando as bilheterias com 55 cópias em exibição. Nos Estados Unidos, onde foi lançado em caráter limitado, atingiu a maior média de arrecadação por sala (US$ 22,7 mil) entre todos os longas em cartaz no fim de semana de estreia. Na França, a recepção foi igualmente expressiva, com exibição em 180 complexos e uma média de renda por cinema de US$ 3,1 mil.

O sucesso reflete também no reconhecimento de sua equipe. A atuação de Fernanda Torres, como Eunice Paiva, foi premiada no Globo de Ouro na categoria de melhor atriz em drama. O longa ainda recebeu indicações ao Critics Choice, Bafta e ao próprio Golden Globe como melhor filme internacional.

O filme segue ganhando novos mercados. Na Itália, a estreia está marcada para o dia 30 de janeiro, enquanto Espanha e Inglaterra recebem o longa no dia 21 de fevereiro. "O cinema brasileiro está vivendo um momento único, e 'Ainda estou aqui' é prova de que nossas histórias têm força e alcance universal", declarou Walter Salles em uma entrevista recente.

Com uma narrativa sensível e potente, "Ainda estou aqui" não apenas resgata a memória de um dos períodos mais sombrios da história brasileira, mas também projeta o cinema nacional a novos patamares, inspirando cineastas e emocionando plateias ao redor do mundo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Mauro Cid revela conversas sobre golpe e divisão entre aliados de Bolsonaro após eleição de 2022

Em delação premiada, ex-assessor detalha grupos radicais e moderados em torno de Bolsonaro após derrota nas eleições, incluindo intervenção militar

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

O ex-assessor de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, prestou mais de dez depoimentos confidenciais à investigação sobre os planos golpistas de 2022 e 2023. De acordo com a coluna de Elio Gaspari, publicada no O Globo, os depoimentos estão sob sigilo pelo ministro Alexandre de Moraes, mas o primeiro deles, datado de 28 de agosto de 2023, foi revelado e contém seis páginas detalhadas que mencionam mais de 20 pessoas envolvidas nas articulações.

Cid compartilhou com as autoridades informações sobre três grupos distintos que se formaram em torno de Bolsonaro após sua derrota nas urnas. O primeiro grupo, composto por figuras como o senador Flávio Bolsonaro, o chefe da Casa Civil Ciro Nogueira, o advogado-geral da União Bruno Bianco e o brigadeiro Baptista Júnior, visava transformar Bolsonaro no líder da oposição, sugerindo que o presidente derrotado mandasse seus apoiadores para casa.

O segundo grupo, mais moderado, acreditava que qualquer tentativa de contestar o resultado das eleições representaria um golpe, o que resultaria em um regime militar de longo prazo. Entre seus membros estavam o comandante do Exército, general Freire Gomes, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o general Júlio César de Arruda. Este grupo temia que radicais, como o major da reserva Angelo Denicoli e o senador Carlos Heinze, levassem Bolsonaro a adotar medidas extremas.

Já o terceiro grupo, radical, estava dividido entre dois segmentos. Um procurava provas de fraude nas eleições e chegou a sugerir ações como o sequestro de uma urna eletrônica para "testes de integridade". O outro grupo, mais extremista, defendia uma ação armada. Cid relatou que, embora não tenha revelado os nomes dos envolvidos, essa ala radical já planejava uma forma de convencimento das Forças Armadas para apoiar um golpe de Estado.

As revelações mais alarmantes surgiram em novembro de 2022, quando o assessor Filipe Martins levou até Bolsonaro uma proposta de documento jurídico que pedia a anulação das eleições e a prisão de diversos ministros, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além de figuras como o senador Rodrigo Pacheco. Bolsonaro recebeu várias versões desse documento e, após modificá-lo, incluiu os comandantes militares em uma reunião no Palácio da Alvorada para discutir a minuta. O almirante Garnier, da Marinha, foi favorável à intervenção militar, mas condicionou a ação ao apoio do Exército, enquanto o brigadeiro Baptista Júnior se opôs veementemente à ideia de um golpe, declarando que não havia evidências de fraude eleitoral.

Mauro Cid relatou que, sem o respaldo das Forças Armadas, Bolsonaro não teria seguido adiante com o plano. "Ele estava trabalhando com duas hipóteses: a primeira, encontrar uma fraude nas eleições, e a segunda, convencer as Forças Armadas a aderir a um golpe de Estado", detalhou. Ele também mencionou que figuras como o ex-ministro Onyx Lorenzoni, o atual senador Jorge Seif, o ex-ministro Gilson Machado e outros aliados de Bolsonaro estavam envolvidos nas articulações mais radicais.

Por fim, Cid mencionou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como integrante deste grupo, o que amplia o espectro de figuras próximas a Bolsonaro que estavam tentando minar a ordem democrática no Brasil. O depoimento de Cid é um dos mais impactantes e comprometedores da investigação, que segue sob a supervisão do ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ministério da Saúde realiza maior número de cirurgias eletivas da história do SUS

Em 2024, o SUS realizou 13,6 milhões de procedimentos, um aumento de 32% em relação a 2022, com foco na redução das filas e qualificação do atendimento

Luiz Inácio Lula da Silva e Nísia Trindade (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O Ministério da Saúde do Brasil anunciou a realização do maior número de cirurgias eletivas da história do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, foram realizados 13.663.782 procedimentos, superando em 10,8% o total de 2023, quando o número de operações ficou em 12.322.368. Em comparação a 2022, o crescimento é ainda mais expressivo: 32%, já que naquele ano foram realizadas 10.314.385 cirurgias. Isso representa um aumento de 3.349.397 procedimentos eletivos no SUS.

Entre os esforços para melhorar o atendimento, o Programa Nacional de Redução das Filas, focado em cirurgias prioritárias, também obteve resultados significativos. No ano passado, foram realizadas 5.324.823 cirurgias dentro desse programa, 18% a mais do que em 2023, quando o número foi de 4.510.740. No período de 2022 a 2024, houve um aumento de 1.573.966 cirurgias, o que representa um crescimento de 42%. Um total de 1.355.192 desses procedimentos foi financiado pelo programa, um reflexo do esforço para combater a fila de espera.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou que a redução das filas e o fortalecimento do SUS têm sido prioridades do Governo Federal. "Estamos trabalhando em programas que diminuem o tempo de espera do paciente nas filas. Além disso, nos últimos dois anos, concentramos nossos esforços na reestruturação do SUS, que passou por um período de desestruturação. Nosso objetivo é que a população seja atendida em tempo hábil e com muita qualidade", afirmou a ministra.

Além disso, Nísia Trindade destacou o impacto positivo do programa Mais Acesso a Especialistas para o SUS. "Com o programa, alcançamos o maior crescimento no número de serviços especializados no SUS nos últimos 10 anos. Além disso, ampliamos o número de médicos especialistas que atendem no SUS entre 2022 e 2024", afirmou a ministra, reforçando a relevância das ações desenvolvidas.

O Mais Acesso a Especialistas é uma iniciativa que traz inovações, como a introdução de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que coloca o paciente como prioridade. O programa recebeu investimentos de R$ 2,4 bilhões, com foco em especialidades como oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Com adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, e 97,9% dos municípios, o programa já atingiu 167,9 milhões de habitantes por meio de 136 planos de ação regionais.

O programa também prioriza a redução do tempo de espera para consultas, exames e tratamentos, com ênfase no diagnóstico precoce. A ministra Nísia Trindade concluiu destacando que as especialidades prioritárias, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia, são essenciais para garantir um atendimento ágil e de qualidade à população.

Fonte: Brasil 247

Brasil pedirá explicações aos EUA por tratamento degradante a brasileiros deportados

Ministro Mauro Vieira acompanha caso e busca garantir respeito aos direitos dos cidadãos em voo de deportação

Brasileiros deportados dos Estados Unidos em Manaus (AM) (Foto: GOV AM/Divulgação )

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, anunciou que pedirá explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou como “tratamento degradante” dado a brasileiros deportados pela administração de Donald Trump. Segundo informações divulgadas pelo site Metrópoles, os cidadãos chegaram algemados e acorrentados ao Brasil no primeiro voo de deportação promovido pelos EUA sob o novo governo norte-americano.

A aeronave, que transportava 158 passageiros de várias nacionalidades, sendo 88 brasileiros, teve o pouso inicialmente previsto para o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte. No entanto, por questões técnicas, o avião precisou aterrissar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, para reabastecimento. Problemas técnicos impediram a continuidade do trajeto, e, por ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o transporte dos deportados até Minas Gerais.

O episódio gerou indignação do governo federal, especialmente do Ministério da Justiça, que considerou a situação um “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”. O Itamaraty também demonstrou preocupação com os relatos sobre as condições degradantes durante o voo e o desembarque.

No sábado, 25 de janeiro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou a Manaus para se reunir com autoridades locais, incluindo o delegado da Polícia Federal do Amazonas e o comandante do 7º Comando Aéreo Regional, a fim de coletar informações detalhadas sobre o caso. “Estamos atuando para garantir que os direitos dos cidadãos brasileiros sejam respeitados em qualquer circunstância, sobretudo em situações sensíveis como essa”, afirmou Vieira em pronunciamento.

Ainda segundo o Itamaraty, as informações obtidas na reunião servirão de base para uma comunicação formal ao governo dos Estados Unidos. O objetivo é exigir explicações sobre as condições em que os brasileiros foram deportados e medidas que evitem a repetição de episódios semelhantes.

O caso repercutiu intensamente, destacando as tensões diplomáticas entre os dois países em relação a políticas migratórias. Para o governo brasileiro, as imagens de cidadãos sendo transportados algemados são incompatíveis com os padrões internacionais de respeito aos direitos humanos. O episódio também reacendeu debates sobre a necessidade de maior diálogo entre Brasília e Washington para garantir tratamento digno aos brasileiros em território estrangeiro.

O Ministério das Relações Exteriores reafirmou seu compromisso de seguir acompanhando o caso e reforçou que a proteção aos cidadãos brasileiros, especialmente em situações de vulnerabilidade, permanece como uma prioridade em sua atuação diplomática.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Mauro Cid aponta Michelle e Eduardo Bolsonaro como incitadores de golpe, segundo delação

Chefe da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro afirmou que ex-primeira-dama e deputado defendiam ruptura institucional e incitavam o ex-presidente

     (Foto: ABR )

Chefe da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid revelou em depoimento de colaboração premiada que Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro integravam a ala "mais radical" do grupo que, no final de 2022, defendia um golpe de Estado no Brasil, aponta reportagem da Folha de S.Paulo. A informação foi divulgada inicialmente pelo colunista Elio Gaspari, que teve acesso à íntegra do depoimento, prestado em 28 de agosto de 2023.

Segundo a transcrição obtida, Cid afirmou que Michelle e Eduardo mantinham conversas frequentes com o ex-presidente Jair Bolsonaro, "instigando-o para dar um golpe de Estado". O depoimento detalha que ambos afirmavam que Bolsonaro tinha o apoio popular e dos CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores) para concretizar a ruptura institucional. A delação de Cid já havia sido parcialmente revelada pelo UOL em novembro de 2023.

Apesar das graves acusações, o relatório final da investigação da Polícia Federal (PF), concluído em 21 de novembro de 2024, não incluiu Michelle nem Eduardo entre os 40 indiciados. O nome da ex-primeira-dama sequer é mencionado no documento, enquanto Eduardo aparece apenas como contato no celular de um investigado. O caso agora está sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se oferecerá denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou arquivará os indiciamentos.

Negativas veementes

Na época em que os detalhes da delação de Cid vieram a público, Michelle e Eduardo negaram categoricamente qualquer envolvimento em ações pró-golpe. A defesa da ex-primeira-dama classificou as acusações como "absurdas e sem qualquer amparo na verdade", reforçando que "Bolsonaro ou seus familiares jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país". Eduardo, por sua vez, descreveu as alegações como "devaneio" e "fantasia".

A ausência de ambos no relatório da PF não impediu que a delação gerasse impacto no cenário político, especialmente considerando que Michelle e Eduardo são apontados como possíveis candidatos à Presidência em 2026. Jair Bolsonaro, declarado inelegível até 2030, vê nos dois potenciais sucessores para liderar o campo político que representa.

A trama em torno das declarações de Mauro Cid e a conclusão do relatório da PF reforçam os desafios do processo judicial e político em torno dos atos de 2022. A análise da PGR será decisiva para determinar se as acusações terão desdobramentos judiciais ou serão arquivadas, encerrando o caso sem imputações contra Michelle e Eduardo Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

Flavio Bolsonaro defende deportação de brasileiros, mas lamenta que sejam “eleitores de esquerda”

Segundo o filho de Jair Bolsonaro, a decisão de Trump contra imigrantes, afeta o cenário político brasileiro



O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais para comentar a deportação de brasileiros pelos Estados Unidos.

Segundo ele, a decisão do presidente Donald Trump contra imigrantes, afeta o cenário político brasileiro.

Sem provas, o senador e filho de Jair Bolsonaro disse que os imigrantes são "condenados por crimes como terrorismo, abuso sexual de menores e integrantes de gangue".

Para ele, o problema "é que são mais eleitores da esquerda votando, pelo menos aqui no Brasil, onde presidiários votam!”.

No Brasil, apenas os presos provisórios, ou seja, que não tiveram o trânsito em julgado, e os jovens internos podem votar.

Fonte: Brasil 247

“A gente nem esperava", diz brasileiro deportado sobre recepção humanizada

Após chegarem algemados e acorrentados pelas autoridades americanas, deportados recebem apoio humanitário

(Foto: Reprodução MJ)

Brasileiros deportados dos Estados Unidos chegaram algemados e acorrentados pelas autoridades americanas, mas encontraram no Brasil o acolhimento digno e solidário.

“A gente nem esperava. A gente está vindo de uma viagem internacional. A gente foi bastante acolhido”, disse Alisdete Gonçalves, de 49 anos, um dos brasileiros deportados em entrevista à assessoria de comunicação do governo amazonense.

O governo de Donald Trump iniciou um processo de deportação em massa expulsando imigrantes em situação irregular, muitas vezes sem considerar as circunstâncias individuais.

Os brasileiros foram deportados com algemas e correntes. Por determinação do presidente Lula (PT), que disse se tratar de uma “questão de soberania”, as algemas e correntes foram retiradas. Lula afirmou que “no Brasil, ninguém acorrenta brasileiros”.

Equipes dos governos estadual e federal ofereceram água, alimentos e atendimento psicológico ao grupo. A ação reforça o compromisso do Brasil em tratar seus cidadãos com respeito e humanidade, independentemente das circunstâncias.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro diz que quer vice-presidência do Senado para pautar anistia

O plano é pautar o tema na ausência do presidente eleito do Senado e garantir a anistia aos golpistas

Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Brandão/Senado Federal)

Jair Bolsonaro (PL) não esconde sua estratégia para tentar se livrar da prisão pela tentativa de golpe de 8 de janeiro. Em entrevista ele afirma que articula para que um aliado ocupe a vice-presidência do Senado para viabilizar a votação de um projeto de anistia aos presos dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Segundo Bolsonaro, ocupar o cargo permitirá que a proposta avance durante eventuais ausências do senador Davi Alcolumbre (União-AP), favorito para ser reeleito presidente da Casa Legislativa no próximo dia 1º de fevereiro.

"Estamos negociando a primeira vice-presidência. Em uma ausência do Alcolumbre, você pode colocar em votação, por exemplo, o projeto da anistia. Não queremos esperar um eventual presidente de direita ser eleito em 2026 para resolver isso só em 2027", declarou Bolsonaro em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, da Revista Oeste.

Bolsonaro também voltou a negar particpação nos atos de 8 de janeiro. Segundo ele, sua ausência do Brasil durante o ocorrido é prova de sua inocência. "Eu estava em Orlando. Querem dizer que eu organizei um golpe com o Pateta, o Pato Donald e a Minnie ao meu lado", ironizou.

Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal por envolvimento em um grupo que planejava uma ruptura democrática. Ele minimizou as acusações, afirmando que sua estadia nos Estados Unidos foi tranquila e que chegou a receber convites para morar no país, mas preferiu retornar ao Brasil.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro desdenha de candidatura de Gusttavo Lima à presidência: 'ele bebe muito'

Já em entrevista à CNN, ex-presidente afirmou que o cantor sertanejo ainda não está "maduro" para o Planalto, mas seria bom nome para o Senado

Gusttavo Lima e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram @gusttavolima)

O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu com desdém a uma possível candidatura de Gusttavo Lima à presidência em 2026. Segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, Bolsonaro disse a interlocutores que o sertanejo não estaria apto à disputa presidencial, porque “bebe muito”. O comentário não foi bem recebido por Gusttavo Lima, que, para aliados, teria relembrado seu apoio a Bolsonaro nas eleições de 2022, e considerou o comentário desnecessário.

Em entrevista à CNN Brasil, Bolsonaro expressou dúvidas sobre a "maturidade" do cantor sertanejo para disputar o Planalto. No entanto, ele não hesitou em afirmar que Lima seria uma excelente opção para o Senado. A declaração surge após o cantor se colocar como possível candidato, algo que surpreendeu o ex-mandatário, como ele mesmo contou na entrevista.

Ao falar sobre as ambições políticas de Gusttavo Lima, Bolsonaro disse que não sabia se o cantor estava pronto para a presidência, embora o considerasse popular e com potencial. "Conversei com ele um tempo atrás, no dia seguinte apareceu a candidatura dele para presidente. Então, eu tirei o pé. Ele tem idade e tem popularidade. De resto, a gente não conhece", afirmou Bolsonaro, destacando que, para ele, Lima teria mais perfil para o Senado do que para a presidência.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

EUA tratam imigrantes deportados como escravos em navios negreiros

Governo dos Estados Unidos confere tratamento desumano aos trabalhadores enviados de volta a seus países de origem

Brasileiros deportados pelos Estados Unidos (Foto: Reprodução X / Paulo Pimenta)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) denunciou o “flagrante desrespeito” aos direitos dos brasileiros deportados pelo governo dos Estados Unidos, em um comunicado divulgado pelo Ministério da Justiça. A Polícia Federal relatou que os brasileiros chegaram ao país algemados e acorrentados, sendo imediatamente liberados pelos agentes brasileiros. O voo, que tinha como destino Confins, em Minas Gerais, precisou fazer uma escala em Manaus devido a problemas técnicos.

A situação remete a um tratamento desumano, comparável ao dos navios negreiros que transportavam escravos no período colonial. Naquela época, homens, mulheres e crianças eram acorrentados e submetidos a condições degradantes durante longas viagens. Agora, séculos depois, imigrantes deportados enfrentam práticas que violam sua dignidade e direitos fundamentais.

◉ Desrespeito aos direitos humanos

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou ao presidente Lula o “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”. Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou: “A dignidade da pessoa humana é um princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, configurando valores inegociáveis”.

O repatriamento de imigrantes ilegais ocorre com base em um acordo bilateral firmado em 2017, durante o governo de Michel Temer. Esse acordo permite o retorno de pessoas que, após processo judicial nos Estados Unidos, não têm mais direito a recursos e se encontram em situação irregular no país. No entanto, o governo brasileiro ressaltou que este voo específico não está relacionado às novas medidas migratórias adotadas pela administração de Donald Trump.

◉ Repúdio ao uso de algemas

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, manifestou repúdio ao uso de algemas em voos de deportação de cidadãos brasileiros. “Não há motivos para que cidadãos brasileiros sejam algemados em voos de deportação. Fere a nossa soberania e a dignidade da pessoa humana, bases da nossa Constituição”, afirmou Messias em postagem nas redes sociais.

Ele elogiou a atuação do presidente Lula, do ministro Ricardo Lewandowski e da Polícia Federal no resgate dos brasileiros deportados. Segundo Messias, a decisão de proibir o uso de contenções humilhantes em situações de deportação demonstra o compromisso do governo com os direitos humanos e a dignidade dos cidadãos. “Que o ciclo de desenvolvimento inaugurado em 2023 gere oportunidades para todos os brasileiros”, completou.

◉ Acolhimento humanizado

A Polícia Federal informou que os brasileiros deportados chegaram algemados ao Brasil. A corporação recebeu a aeronave em Manaus após problemas técnicos, e os deportados foram imediatamente liberados das algemas “na garantia da soberania brasileira em território nacional e dos protocolos de segurança”.

Por determinação do presidente Lula e do ministro Ricardo Lewandowski, os agentes proibiram que os deportados fossem detidos pelos americanos novamente. Os passageiros foram acolhidos e acomodados na área restrita do aeroporto, onde receberam bebida, comida, colchões e acesso a banheiros com chuveiros.

Por determinação de Lula, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) transportará os brasileiros para o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Eles serão acompanhados e protegidos por militares da FAB e policiais federais brasileiros. De acordo com relatos, os passageiros “choraram de emoção” ao saberem que seriam transportados pelo governo brasileiro.

◉ A comparação com os navios negreiros

A comparação com os navios negreiros não é mero exagero retórico. Durante os séculos XVI a XIX, milhões de africanos foram transportados em condições desumanas, acorrentados e sem qualquer respeito à sua dignidade. Hoje, séculos depois, a imagem de imigrantes algemados e acorrentados em voos de deportação evoca um passado sombrio que muitos pensavam superado.

O governo brasileiro tem reforçado que, no âmbito do acordo de repatriamento, não devem ser incluídas pessoas que ainda possuam possibilidade de revisar sua sentença. Desde o início do novo mandato de Trump, as autoridades dos EUA informaram ter deportado centenas de imigrantes ilegais, incluindo 538 prisões de imigrantes de diversas nacionalidades, conforme mencionado pela Casa Branca. No entanto, o jornal Washington Post destaca que esses números são modestos em comparação com as metas do governo Trump para o controle da imigração.

O tratamento conferido aos imigrantes deportados pelo governo Trump não apenas viola os direitos humanos, mas também evoca um passado de opressão e desrespeito à dignidade humana. O governo brasileiro, ao acolher e proteger seus cidadãos, reafirma seu compromisso com os valores democráticos e a soberania nacional. Enquanto isso, o mundo observa atentamente as práticas migratórias dos Estados Unidos, que, em pleno século XXI, parecem retroceder a um tempo que muitos esperavam nunca mais reviver.

Fonte: Brasil 247

Jorge Messias diz que algemar deportados "fere a soberania e a dignidade da pessoa humana"

O ministro da AGU elogiou a decisão de Lula no resgate de deportados pelo governo Trump

Jorge Messias (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, manifestou repúdio ao uso de algemas em voos de deportação de cidadãos brasileiros.

"Não há motivos para que cidadãos brasileiros sejam algemados em voos de deportação. Fere a nossa soberania e a dignidade da pessoa humana, bases da nossa Constituição", afirmou o ministro em postagem nas redes sociais.

Messias elogiou a atuação do presidente Lula, do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Polícia Federal no resgate de brasileiros deportados dos Estados Unidos. Segundo ele, a decisão de proibir o uso de contenções humilhantes em situações de deportação demonstra o compromisso do governo com os direitos humanos e a dignidade dos cidadãos.

"Que o ciclo de desenvolvimento inaugurado em 2023 gere oportunidades para todos os brasileiros", completou o ministro.

Fonte: Brasil 247

Brasileiros denunciam socos e chutes em voo de deportação dos Estados Unidos para Manaus

Migrantes relatam socos, chutes, maus-tratos e calor intenso durante voo por parte de agentes estadunidenses

Brasileiros deportados dos EUA em Manaus (Foto: Antonio Lima/Secom )

Brasileiros deportados dos Estados Unidos relataram à Folha de S.Paulo episódios de agressões e maus-tratos durante o voo de repatriação que partiu do território americano com destino a Manaus, na noite desta sexta-feira. A aeronave transportava dezenas de migrantes, incluindo mulheres e crianças, que denunciaram condições desumanas e violência por parte de agentes americanos responsáveis pelo retorno.

Segundo os relatos, os deportados estavam algemados durante o voo, enfrentaram dificuldade para respirar e relataram episódios de pessoas passando mal. Muitos tiveram restrições severas para usar o banheiro e para receber água ou alimentos. Os protestos dos passageiros para que as condições fossem amenizadas resultaram em discussões que, de acordo com os depoimentos, levaram às agressões físicas.

"Eu não fui agredido, mas os meninos foram. Eles estavam algemados, meteram o porrete neles sem dó. Desumano. Chutes, jogando os moleques no chão. Em um deles, um cara deu um mata-leão", afirmou Luiz Fernando Caetano Costa, que vivia nos Estados Unidos há um ano e meio e retornou no voo de deportação.

Após o pouso em Manaus, a Polícia Federal foi acionada e determinou que as algemas fossem retiradas dos migrantes. O governo Lula mobilizou a Força Aérea Brasileira para transportar os deportados de Manaus até Belo Horizonte, destino final da viagem.

No desembarque no Aeroporto de Confins, vários imigrantes mostraram marcas das algemas apertadas e ferimentos nas costas. Alguns dos retornados realizaram exame de corpo de delito em Manaus para comprovar as agressões sofridas. "É desumano. Ninguém merece ser tratado assim, ainda mais crianças. O que a gente viu nesse voo foi revoltante", declarou um dos deportados que preferiu não se identificar.

No sábado, 25 de janeiro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou a Manaus para se reunir com autoridades locais, incluindo o delegado da Polícia Federal do Amazonas e o comandante do 7º Comando Aéreo Regional, a fim de coletar informações detalhadas sobre o caso. “Estamos atuando para garantir que os direitos dos cidadãos brasileiros sejam respeitados em qualquer circunstância, sobretudo em situações sensíveis como essa”, afirmou Vieira em pronunciamento.

Ainda segundo o Itamaraty, as informações obtidas na reunião servirão de base para uma comunicação formal ao governo dos Estados Unidos. O objetivo é exigir explicações sobre as condições em que os brasileiros foram deportados e medidas que evitem a repetição de episódios semelhantes.

O caso repercutiu intensamente, destacando as tensões diplomáticas entre os dois países em relação a políticas migratórias. Para o governo brasileiro, as imagens de cidadãos sendo transportados algemados são incompatíveis com os padrões internacionais de respeito aos direitos humanos. O episódio também reacendeu debates sobre a necessidade de maior diálogo entre Brasília e Washington para garantir tratamento digno aos brasileiros em território estrangeiro.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

Claudia Sheinbaum reage a deportações de Trump: 'EUA não seriam o que são sem os trabalhadores do México'

A presidente mexicana prometeu apoiar os mexicanos que retornam ao seu país após serem deportados pelas autoridades estadunidenses

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, durante cerimônia no Campo Militar 1, na Cidade do México, México 03/10/2024 REUTERS/Raquel Cunha (Foto: Raquel Cunha)

Sputnik Brasil - A presidente mexicana Claudia Sheinbaum disse no sábado (25) que os mexicanos apoiam amplamente a economia dos EUA, em um momento em que Washington está endurecendo suas políticas de imigração e afirma estar realizando a maior deportação de imigrantes indocumentados da história.

"Que seja ouvido em alto e bom som: os mexicanos de lá sustentam a economia dos Estados Unidos, nos campos, nos serviços, em toda parte! Os Estados Unidos não seriam o que são se não fossem as pessoas trabalhadoras que vão lá para ajudar", disse Sheinbaum durante um evento de anúncio de programas sociais na região de Mixteca, no estado de Oaxaca (sul).

A presidente prometeu apoiar os mexicanos que retornam ao seu país após serem deportados pelas autoridades norte-americanas.

"Se eles retornarem ao México, retornam com nossos braços abertos para lhes dar tudo o que merecem, porque são generosos e solidários, assim como o povo mixteco e todos os povos do nosso país", disse a presidente mexicana.

Sheinbaum destacou recentemente as contribuições dos imigrantes mexicanos para a economia dos Estados Unidos em um momento em que o governo Donald Trump reforçou todas as políticas de imigração e ordenou o envio das Forças Armadas para a fronteira.

Há alguns dias, a presidente apresentou um relatório recente do think tank Latino Donor Collaborative (LDC), que indica que os mexicanos representam US$ 2,06 trilhões (cerca de R$ 12,1 trilhões) no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, enquanto toda a população latina contribui com US$ 3,6 trilhões (mais de R$ 21,2 trilhões) para o PIB.

Na conferência, a diretora geral da (LDC), Ana Teresa Ramírez Rodríguez, apresentou os resultados do estudo Quick Facts: Latinos in the United States 2024, que se baseia em fontes oficiais dos EUA, destacando o impacto econômico da comunidade Latina nos Estados Unidos, que é composta por cerca de 60% de mexicanos.

De acordo com o estudo, os latinos nos Estados Unidos representam 19,5% da população. Eles são o segundo maior grupo depois dos anglo-saxões.

Além disso, oito em cada dez latinos falam inglês e quatro em cada cinco latinos são cidadãos norte-americanos.

Da mesma forma, os latinos nos Estados Unidos são a população mais jovem. Em 2022, 25% dos jovens com mais de 18 anos eram latinos. Além disso, a idade média dos latinos era de 30,7 anos, em comparação com 41,1 anos dos anglo-americanos.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik Brasil