domingo, 26 de janeiro de 2025

Mercado acertou apenas 5% das previsões sobre a economia brasileira desde 2021

 

Placa da Avenida Faria Lima, onde estão localizadas as maiores empresas do setor financeiro brasileiro – Foto: Reprodução

Desde 2021, o mercado financeiro errou 95% das previsões relacionadas à economia brasileira e à Bolsa de Valores. Dados divulgados pelo UOL mostram que projeções sobre o Ibovespa, Selic, PIB, dólar e inflação ficaram longe da realidade em quase todos os casos. Apenas uma previsão acertou: o desempenho positivo da Bolsa em 2022.

O levantamento utilizou o boletim Focus do Banco Central e a pesquisa “LatAm Fund Manager Survey” do Bank of America para compilar as estimativas feitas entre 2021 e 2024. Apesar de metodologias estatísticas avançadas, as previsões frequentemente subestimaram ou superestimaram os resultados, como o caso da Selic em 2021, que deveria encerrar o ano em 3,25% e chegou a 9,25%.


Especialistas apontam que a economia brasileira apresenta desafios para projeções devido à sua alta sensibilidade a eventos globais. Álvaro Bandeira, da Apimec, destacou que fatores externos, como guerras e mudanças em economias estrangeiras, têm grande impacto, especialmente em países exportadores de commodities, como o Brasil.

Outro ponto levantado por economistas é que modelos estatísticos baseados em dados do passado não conseguem prever eventos imprevisíveis, como mudanças climáticas severas ou crises inesperadas. Rafael Ribeiro, da UFMG, ressaltou que variáveis imprevistas podem mudar completamente os rumos econômicos.

Apesar dos erros, especialistas defendem que acertar a tendência é mais relevante do que prever números exatos.

Cédulas de dólar

Cédulas de dólares americanos – Agência Brasil
Para a economista sênior do C6 Bank, previsões sobre o dólar em 2023 apontaram corretamente a alta, mesmo que os valores finais tenham variado. A direção das estimativas permite que investidores se preparem com antecedência.

Fonte: DCM

Nulidade cultural bolsonarista, Mario Frias ataca Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui: ‘Desinformação comunista’

 

Deputado Mario Frias ataca o longa ‘Ainda Estou Aqui’ e chama filme de “peça de propaganda e desinformação comunista” – Foto: Reprodução
O deputado federal bolsonarista Mario Frias (PL-SP) usou seu perfil no X neste sábado (25) para atacar o filme “Ainda Estou Aqui”. O parlamentar chamou o longa de “peça de propaganda e desinformação comunista”. O ex-ministro da Cultura do desgoverno de Jair Bolsonaro criticou a indicação do filme ao Oscar 2025 e a atuação de Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro. Segundo ele, o filme “não enriquece a cultura nacional, mas a destrói”.

Frias também afirmou que a obra, baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, é “mera técnica de manipulação psicológica” e acusou a celebração de Fernanda Torres de ser “auto-bajulação de militantes da esquerda”. O longa retrata o assassinato de Rubens Paiva pela ditadura militar e a luta de sua viúva, Eunice Paiva, para proteger a família.

“Uma das piores coisas que um suposto defensor da arte pode fazer é separar o princípio estético do princípio moral”, concluiu o bolsonarista, rechaçado por suas declarações.

Fonte: DCM

'Ainda Estou Aqui' cresce 82% em bilheteria após indicações ao Oscar e se firma como sucesso no Brasil e no exterior

Filme brasileiro projeta o cinema nacional a novos patamares, inspirando cineastas e emocionando plateias ao redor do mundo

(Foto: Divulgação)

 O longa "Ainda estou aqui", dirigido por Walter Salles, continua a quebrar recordes na história do cinema nacional, como destacou o jornal O Globo. Há três meses em cartaz, o filme tem lotado salas de cinema desde sua estreia em outubro de 2024. Após conquistar três indicações ao Oscar, incluindo a inédita categoria de melhor filme, o drama baseado na história real da família de Eunice e Rubens Paiva durante a ditadura militar despertou um renovado interesse do público.

Na sexta-feira, 24 de janeiro, um dia após o anúncio das indicações da Academia, o filme vendeu 48 mil ingressos em 500 salas de exibição no Brasil, um aumento de 82% em relação à sexta anterior. O público acumulado de "Ainda estou aqui" já ultrapassa a marca de 3,7 milhões de espectadores, consolidando-o como o longa brasileiro de maior sucesso desde a pandemia. "O impacto dessas indicações é notável. O público não quer apenas assistir, mas revisitar essa obra que dialoga com nossa história", afirmou uma fonte ligada à produção.

Além de liderar os rankings de público e renda no Brasil, o filme também tem se destacado no circuito internacional. Em Portugal, estreou com sessões lotadas em Lisboa e Porto, liderando as bilheterias com 55 cópias em exibição. Nos Estados Unidos, onde foi lançado em caráter limitado, atingiu a maior média de arrecadação por sala (US$ 22,7 mil) entre todos os longas em cartaz no fim de semana de estreia. Na França, a recepção foi igualmente expressiva, com exibição em 180 complexos e uma média de renda por cinema de US$ 3,1 mil.

O sucesso reflete também no reconhecimento de sua equipe. A atuação de Fernanda Torres, como Eunice Paiva, foi premiada no Globo de Ouro na categoria de melhor atriz em drama. O longa ainda recebeu indicações ao Critics Choice, Bafta e ao próprio Golden Globe como melhor filme internacional.

O filme segue ganhando novos mercados. Na Itália, a estreia está marcada para o dia 30 de janeiro, enquanto Espanha e Inglaterra recebem o longa no dia 21 de fevereiro. "O cinema brasileiro está vivendo um momento único, e 'Ainda estou aqui' é prova de que nossas histórias têm força e alcance universal", declarou Walter Salles em uma entrevista recente.

Com uma narrativa sensível e potente, "Ainda estou aqui" não apenas resgata a memória de um dos períodos mais sombrios da história brasileira, mas também projeta o cinema nacional a novos patamares, inspirando cineastas e emocionando plateias ao redor do mundo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Mauro Cid revela conversas sobre golpe e divisão entre aliados de Bolsonaro após eleição de 2022

Em delação premiada, ex-assessor detalha grupos radicais e moderados em torno de Bolsonaro após derrota nas eleições, incluindo intervenção militar

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

O ex-assessor de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, prestou mais de dez depoimentos confidenciais à investigação sobre os planos golpistas de 2022 e 2023. De acordo com a coluna de Elio Gaspari, publicada no O Globo, os depoimentos estão sob sigilo pelo ministro Alexandre de Moraes, mas o primeiro deles, datado de 28 de agosto de 2023, foi revelado e contém seis páginas detalhadas que mencionam mais de 20 pessoas envolvidas nas articulações.

Cid compartilhou com as autoridades informações sobre três grupos distintos que se formaram em torno de Bolsonaro após sua derrota nas urnas. O primeiro grupo, composto por figuras como o senador Flávio Bolsonaro, o chefe da Casa Civil Ciro Nogueira, o advogado-geral da União Bruno Bianco e o brigadeiro Baptista Júnior, visava transformar Bolsonaro no líder da oposição, sugerindo que o presidente derrotado mandasse seus apoiadores para casa.

O segundo grupo, mais moderado, acreditava que qualquer tentativa de contestar o resultado das eleições representaria um golpe, o que resultaria em um regime militar de longo prazo. Entre seus membros estavam o comandante do Exército, general Freire Gomes, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o general Júlio César de Arruda. Este grupo temia que radicais, como o major da reserva Angelo Denicoli e o senador Carlos Heinze, levassem Bolsonaro a adotar medidas extremas.

Já o terceiro grupo, radical, estava dividido entre dois segmentos. Um procurava provas de fraude nas eleições e chegou a sugerir ações como o sequestro de uma urna eletrônica para "testes de integridade". O outro grupo, mais extremista, defendia uma ação armada. Cid relatou que, embora não tenha revelado os nomes dos envolvidos, essa ala radical já planejava uma forma de convencimento das Forças Armadas para apoiar um golpe de Estado.

As revelações mais alarmantes surgiram em novembro de 2022, quando o assessor Filipe Martins levou até Bolsonaro uma proposta de documento jurídico que pedia a anulação das eleições e a prisão de diversos ministros, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além de figuras como o senador Rodrigo Pacheco. Bolsonaro recebeu várias versões desse documento e, após modificá-lo, incluiu os comandantes militares em uma reunião no Palácio da Alvorada para discutir a minuta. O almirante Garnier, da Marinha, foi favorável à intervenção militar, mas condicionou a ação ao apoio do Exército, enquanto o brigadeiro Baptista Júnior se opôs veementemente à ideia de um golpe, declarando que não havia evidências de fraude eleitoral.

Mauro Cid relatou que, sem o respaldo das Forças Armadas, Bolsonaro não teria seguido adiante com o plano. "Ele estava trabalhando com duas hipóteses: a primeira, encontrar uma fraude nas eleições, e a segunda, convencer as Forças Armadas a aderir a um golpe de Estado", detalhou. Ele também mencionou que figuras como o ex-ministro Onyx Lorenzoni, o atual senador Jorge Seif, o ex-ministro Gilson Machado e outros aliados de Bolsonaro estavam envolvidos nas articulações mais radicais.

Por fim, Cid mencionou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como integrante deste grupo, o que amplia o espectro de figuras próximas a Bolsonaro que estavam tentando minar a ordem democrática no Brasil. O depoimento de Cid é um dos mais impactantes e comprometedores da investigação, que segue sob a supervisão do ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ministério da Saúde realiza maior número de cirurgias eletivas da história do SUS

Em 2024, o SUS realizou 13,6 milhões de procedimentos, um aumento de 32% em relação a 2022, com foco na redução das filas e qualificação do atendimento

Luiz Inácio Lula da Silva e Nísia Trindade (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O Ministério da Saúde do Brasil anunciou a realização do maior número de cirurgias eletivas da história do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, foram realizados 13.663.782 procedimentos, superando em 10,8% o total de 2023, quando o número de operações ficou em 12.322.368. Em comparação a 2022, o crescimento é ainda mais expressivo: 32%, já que naquele ano foram realizadas 10.314.385 cirurgias. Isso representa um aumento de 3.349.397 procedimentos eletivos no SUS.

Entre os esforços para melhorar o atendimento, o Programa Nacional de Redução das Filas, focado em cirurgias prioritárias, também obteve resultados significativos. No ano passado, foram realizadas 5.324.823 cirurgias dentro desse programa, 18% a mais do que em 2023, quando o número foi de 4.510.740. No período de 2022 a 2024, houve um aumento de 1.573.966 cirurgias, o que representa um crescimento de 42%. Um total de 1.355.192 desses procedimentos foi financiado pelo programa, um reflexo do esforço para combater a fila de espera.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou que a redução das filas e o fortalecimento do SUS têm sido prioridades do Governo Federal. "Estamos trabalhando em programas que diminuem o tempo de espera do paciente nas filas. Além disso, nos últimos dois anos, concentramos nossos esforços na reestruturação do SUS, que passou por um período de desestruturação. Nosso objetivo é que a população seja atendida em tempo hábil e com muita qualidade", afirmou a ministra.

Além disso, Nísia Trindade destacou o impacto positivo do programa Mais Acesso a Especialistas para o SUS. "Com o programa, alcançamos o maior crescimento no número de serviços especializados no SUS nos últimos 10 anos. Além disso, ampliamos o número de médicos especialistas que atendem no SUS entre 2022 e 2024", afirmou a ministra, reforçando a relevância das ações desenvolvidas.

O Mais Acesso a Especialistas é uma iniciativa que traz inovações, como a introdução de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que coloca o paciente como prioridade. O programa recebeu investimentos de R$ 2,4 bilhões, com foco em especialidades como oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Com adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, e 97,9% dos municípios, o programa já atingiu 167,9 milhões de habitantes por meio de 136 planos de ação regionais.

O programa também prioriza a redução do tempo de espera para consultas, exames e tratamentos, com ênfase no diagnóstico precoce. A ministra Nísia Trindade concluiu destacando que as especialidades prioritárias, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia, são essenciais para garantir um atendimento ágil e de qualidade à população.

Fonte: Brasil 247

Brasil pedirá explicações aos EUA por tratamento degradante a brasileiros deportados

Ministro Mauro Vieira acompanha caso e busca garantir respeito aos direitos dos cidadãos em voo de deportação

Brasileiros deportados dos Estados Unidos em Manaus (AM) (Foto: GOV AM/Divulgação )

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, anunciou que pedirá explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou como “tratamento degradante” dado a brasileiros deportados pela administração de Donald Trump. Segundo informações divulgadas pelo site Metrópoles, os cidadãos chegaram algemados e acorrentados ao Brasil no primeiro voo de deportação promovido pelos EUA sob o novo governo norte-americano.

A aeronave, que transportava 158 passageiros de várias nacionalidades, sendo 88 brasileiros, teve o pouso inicialmente previsto para o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte. No entanto, por questões técnicas, o avião precisou aterrissar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, para reabastecimento. Problemas técnicos impediram a continuidade do trajeto, e, por ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o transporte dos deportados até Minas Gerais.

O episódio gerou indignação do governo federal, especialmente do Ministério da Justiça, que considerou a situação um “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”. O Itamaraty também demonstrou preocupação com os relatos sobre as condições degradantes durante o voo e o desembarque.

No sábado, 25 de janeiro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou a Manaus para se reunir com autoridades locais, incluindo o delegado da Polícia Federal do Amazonas e o comandante do 7º Comando Aéreo Regional, a fim de coletar informações detalhadas sobre o caso. “Estamos atuando para garantir que os direitos dos cidadãos brasileiros sejam respeitados em qualquer circunstância, sobretudo em situações sensíveis como essa”, afirmou Vieira em pronunciamento.

Ainda segundo o Itamaraty, as informações obtidas na reunião servirão de base para uma comunicação formal ao governo dos Estados Unidos. O objetivo é exigir explicações sobre as condições em que os brasileiros foram deportados e medidas que evitem a repetição de episódios semelhantes.

O caso repercutiu intensamente, destacando as tensões diplomáticas entre os dois países em relação a políticas migratórias. Para o governo brasileiro, as imagens de cidadãos sendo transportados algemados são incompatíveis com os padrões internacionais de respeito aos direitos humanos. O episódio também reacendeu debates sobre a necessidade de maior diálogo entre Brasília e Washington para garantir tratamento digno aos brasileiros em território estrangeiro.

O Ministério das Relações Exteriores reafirmou seu compromisso de seguir acompanhando o caso e reforçou que a proteção aos cidadãos brasileiros, especialmente em situações de vulnerabilidade, permanece como uma prioridade em sua atuação diplomática.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Mauro Cid aponta Michelle e Eduardo Bolsonaro como incitadores de golpe, segundo delação

Chefe da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro afirmou que ex-primeira-dama e deputado defendiam ruptura institucional e incitavam o ex-presidente

     (Foto: ABR )

Chefe da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid revelou em depoimento de colaboração premiada que Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro integravam a ala "mais radical" do grupo que, no final de 2022, defendia um golpe de Estado no Brasil, aponta reportagem da Folha de S.Paulo. A informação foi divulgada inicialmente pelo colunista Elio Gaspari, que teve acesso à íntegra do depoimento, prestado em 28 de agosto de 2023.

Segundo a transcrição obtida, Cid afirmou que Michelle e Eduardo mantinham conversas frequentes com o ex-presidente Jair Bolsonaro, "instigando-o para dar um golpe de Estado". O depoimento detalha que ambos afirmavam que Bolsonaro tinha o apoio popular e dos CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores) para concretizar a ruptura institucional. A delação de Cid já havia sido parcialmente revelada pelo UOL em novembro de 2023.

Apesar das graves acusações, o relatório final da investigação da Polícia Federal (PF), concluído em 21 de novembro de 2024, não incluiu Michelle nem Eduardo entre os 40 indiciados. O nome da ex-primeira-dama sequer é mencionado no documento, enquanto Eduardo aparece apenas como contato no celular de um investigado. O caso agora está sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se oferecerá denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou arquivará os indiciamentos.

Negativas veementes

Na época em que os detalhes da delação de Cid vieram a público, Michelle e Eduardo negaram categoricamente qualquer envolvimento em ações pró-golpe. A defesa da ex-primeira-dama classificou as acusações como "absurdas e sem qualquer amparo na verdade", reforçando que "Bolsonaro ou seus familiares jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país". Eduardo, por sua vez, descreveu as alegações como "devaneio" e "fantasia".

A ausência de ambos no relatório da PF não impediu que a delação gerasse impacto no cenário político, especialmente considerando que Michelle e Eduardo são apontados como possíveis candidatos à Presidência em 2026. Jair Bolsonaro, declarado inelegível até 2030, vê nos dois potenciais sucessores para liderar o campo político que representa.

A trama em torno das declarações de Mauro Cid e a conclusão do relatório da PF reforçam os desafios do processo judicial e político em torno dos atos de 2022. A análise da PGR será decisiva para determinar se as acusações terão desdobramentos judiciais ou serão arquivadas, encerrando o caso sem imputações contra Michelle e Eduardo Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

Flavio Bolsonaro defende deportação de brasileiros, mas lamenta que sejam “eleitores de esquerda”

Segundo o filho de Jair Bolsonaro, a decisão de Trump contra imigrantes, afeta o cenário político brasileiro



O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais para comentar a deportação de brasileiros pelos Estados Unidos.

Segundo ele, a decisão do presidente Donald Trump contra imigrantes, afeta o cenário político brasileiro.

Sem provas, o senador e filho de Jair Bolsonaro disse que os imigrantes são "condenados por crimes como terrorismo, abuso sexual de menores e integrantes de gangue".

Para ele, o problema "é que são mais eleitores da esquerda votando, pelo menos aqui no Brasil, onde presidiários votam!”.

No Brasil, apenas os presos provisórios, ou seja, que não tiveram o trânsito em julgado, e os jovens internos podem votar.

Fonte: Brasil 247

“A gente nem esperava", diz brasileiro deportado sobre recepção humanizada

Após chegarem algemados e acorrentados pelas autoridades americanas, deportados recebem apoio humanitário

(Foto: Reprodução MJ)

Brasileiros deportados dos Estados Unidos chegaram algemados e acorrentados pelas autoridades americanas, mas encontraram no Brasil o acolhimento digno e solidário.

“A gente nem esperava. A gente está vindo de uma viagem internacional. A gente foi bastante acolhido”, disse Alisdete Gonçalves, de 49 anos, um dos brasileiros deportados em entrevista à assessoria de comunicação do governo amazonense.

O governo de Donald Trump iniciou um processo de deportação em massa expulsando imigrantes em situação irregular, muitas vezes sem considerar as circunstâncias individuais.

Os brasileiros foram deportados com algemas e correntes. Por determinação do presidente Lula (PT), que disse se tratar de uma “questão de soberania”, as algemas e correntes foram retiradas. Lula afirmou que “no Brasil, ninguém acorrenta brasileiros”.

Equipes dos governos estadual e federal ofereceram água, alimentos e atendimento psicológico ao grupo. A ação reforça o compromisso do Brasil em tratar seus cidadãos com respeito e humanidade, independentemente das circunstâncias.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro diz que quer vice-presidência do Senado para pautar anistia

O plano é pautar o tema na ausência do presidente eleito do Senado e garantir a anistia aos golpistas

Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Brandão/Senado Federal)

Jair Bolsonaro (PL) não esconde sua estratégia para tentar se livrar da prisão pela tentativa de golpe de 8 de janeiro. Em entrevista ele afirma que articula para que um aliado ocupe a vice-presidência do Senado para viabilizar a votação de um projeto de anistia aos presos dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Segundo Bolsonaro, ocupar o cargo permitirá que a proposta avance durante eventuais ausências do senador Davi Alcolumbre (União-AP), favorito para ser reeleito presidente da Casa Legislativa no próximo dia 1º de fevereiro.

"Estamos negociando a primeira vice-presidência. Em uma ausência do Alcolumbre, você pode colocar em votação, por exemplo, o projeto da anistia. Não queremos esperar um eventual presidente de direita ser eleito em 2026 para resolver isso só em 2027", declarou Bolsonaro em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, da Revista Oeste.

Bolsonaro também voltou a negar particpação nos atos de 8 de janeiro. Segundo ele, sua ausência do Brasil durante o ocorrido é prova de sua inocência. "Eu estava em Orlando. Querem dizer que eu organizei um golpe com o Pateta, o Pato Donald e a Minnie ao meu lado", ironizou.

Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal por envolvimento em um grupo que planejava uma ruptura democrática. Ele minimizou as acusações, afirmando que sua estadia nos Estados Unidos foi tranquila e que chegou a receber convites para morar no país, mas preferiu retornar ao Brasil.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro desdenha de candidatura de Gusttavo Lima à presidência: 'ele bebe muito'

Já em entrevista à CNN, ex-presidente afirmou que o cantor sertanejo ainda não está "maduro" para o Planalto, mas seria bom nome para o Senado

Gusttavo Lima e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram @gusttavolima)

O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu com desdém a uma possível candidatura de Gusttavo Lima à presidência em 2026. Segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, Bolsonaro disse a interlocutores que o sertanejo não estaria apto à disputa presidencial, porque “bebe muito”. O comentário não foi bem recebido por Gusttavo Lima, que, para aliados, teria relembrado seu apoio a Bolsonaro nas eleições de 2022, e considerou o comentário desnecessário.

Em entrevista à CNN Brasil, Bolsonaro expressou dúvidas sobre a "maturidade" do cantor sertanejo para disputar o Planalto. No entanto, ele não hesitou em afirmar que Lima seria uma excelente opção para o Senado. A declaração surge após o cantor se colocar como possível candidato, algo que surpreendeu o ex-mandatário, como ele mesmo contou na entrevista.

Ao falar sobre as ambições políticas de Gusttavo Lima, Bolsonaro disse que não sabia se o cantor estava pronto para a presidência, embora o considerasse popular e com potencial. "Conversei com ele um tempo atrás, no dia seguinte apareceu a candidatura dele para presidente. Então, eu tirei o pé. Ele tem idade e tem popularidade. De resto, a gente não conhece", afirmou Bolsonaro, destacando que, para ele, Lima teria mais perfil para o Senado do que para a presidência.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

EUA tratam imigrantes deportados como escravos em navios negreiros

Governo dos Estados Unidos confere tratamento desumano aos trabalhadores enviados de volta a seus países de origem

Brasileiros deportados pelos Estados Unidos (Foto: Reprodução X / Paulo Pimenta)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) denunciou o “flagrante desrespeito” aos direitos dos brasileiros deportados pelo governo dos Estados Unidos, em um comunicado divulgado pelo Ministério da Justiça. A Polícia Federal relatou que os brasileiros chegaram ao país algemados e acorrentados, sendo imediatamente liberados pelos agentes brasileiros. O voo, que tinha como destino Confins, em Minas Gerais, precisou fazer uma escala em Manaus devido a problemas técnicos.

A situação remete a um tratamento desumano, comparável ao dos navios negreiros que transportavam escravos no período colonial. Naquela época, homens, mulheres e crianças eram acorrentados e submetidos a condições degradantes durante longas viagens. Agora, séculos depois, imigrantes deportados enfrentam práticas que violam sua dignidade e direitos fundamentais.

◉ Desrespeito aos direitos humanos

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou ao presidente Lula o “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”. Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou: “A dignidade da pessoa humana é um princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, configurando valores inegociáveis”.

O repatriamento de imigrantes ilegais ocorre com base em um acordo bilateral firmado em 2017, durante o governo de Michel Temer. Esse acordo permite o retorno de pessoas que, após processo judicial nos Estados Unidos, não têm mais direito a recursos e se encontram em situação irregular no país. No entanto, o governo brasileiro ressaltou que este voo específico não está relacionado às novas medidas migratórias adotadas pela administração de Donald Trump.

◉ Repúdio ao uso de algemas

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, manifestou repúdio ao uso de algemas em voos de deportação de cidadãos brasileiros. “Não há motivos para que cidadãos brasileiros sejam algemados em voos de deportação. Fere a nossa soberania e a dignidade da pessoa humana, bases da nossa Constituição”, afirmou Messias em postagem nas redes sociais.

Ele elogiou a atuação do presidente Lula, do ministro Ricardo Lewandowski e da Polícia Federal no resgate dos brasileiros deportados. Segundo Messias, a decisão de proibir o uso de contenções humilhantes em situações de deportação demonstra o compromisso do governo com os direitos humanos e a dignidade dos cidadãos. “Que o ciclo de desenvolvimento inaugurado em 2023 gere oportunidades para todos os brasileiros”, completou.

◉ Acolhimento humanizado

A Polícia Federal informou que os brasileiros deportados chegaram algemados ao Brasil. A corporação recebeu a aeronave em Manaus após problemas técnicos, e os deportados foram imediatamente liberados das algemas “na garantia da soberania brasileira em território nacional e dos protocolos de segurança”.

Por determinação do presidente Lula e do ministro Ricardo Lewandowski, os agentes proibiram que os deportados fossem detidos pelos americanos novamente. Os passageiros foram acolhidos e acomodados na área restrita do aeroporto, onde receberam bebida, comida, colchões e acesso a banheiros com chuveiros.

Por determinação de Lula, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) transportará os brasileiros para o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Eles serão acompanhados e protegidos por militares da FAB e policiais federais brasileiros. De acordo com relatos, os passageiros “choraram de emoção” ao saberem que seriam transportados pelo governo brasileiro.

◉ A comparação com os navios negreiros

A comparação com os navios negreiros não é mero exagero retórico. Durante os séculos XVI a XIX, milhões de africanos foram transportados em condições desumanas, acorrentados e sem qualquer respeito à sua dignidade. Hoje, séculos depois, a imagem de imigrantes algemados e acorrentados em voos de deportação evoca um passado sombrio que muitos pensavam superado.

O governo brasileiro tem reforçado que, no âmbito do acordo de repatriamento, não devem ser incluídas pessoas que ainda possuam possibilidade de revisar sua sentença. Desde o início do novo mandato de Trump, as autoridades dos EUA informaram ter deportado centenas de imigrantes ilegais, incluindo 538 prisões de imigrantes de diversas nacionalidades, conforme mencionado pela Casa Branca. No entanto, o jornal Washington Post destaca que esses números são modestos em comparação com as metas do governo Trump para o controle da imigração.

O tratamento conferido aos imigrantes deportados pelo governo Trump não apenas viola os direitos humanos, mas também evoca um passado de opressão e desrespeito à dignidade humana. O governo brasileiro, ao acolher e proteger seus cidadãos, reafirma seu compromisso com os valores democráticos e a soberania nacional. Enquanto isso, o mundo observa atentamente as práticas migratórias dos Estados Unidos, que, em pleno século XXI, parecem retroceder a um tempo que muitos esperavam nunca mais reviver.

Fonte: Brasil 247

Jorge Messias diz que algemar deportados "fere a soberania e a dignidade da pessoa humana"

O ministro da AGU elogiou a decisão de Lula no resgate de deportados pelo governo Trump

Jorge Messias (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, manifestou repúdio ao uso de algemas em voos de deportação de cidadãos brasileiros.

"Não há motivos para que cidadãos brasileiros sejam algemados em voos de deportação. Fere a nossa soberania e a dignidade da pessoa humana, bases da nossa Constituição", afirmou o ministro em postagem nas redes sociais.

Messias elogiou a atuação do presidente Lula, do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Polícia Federal no resgate de brasileiros deportados dos Estados Unidos. Segundo ele, a decisão de proibir o uso de contenções humilhantes em situações de deportação demonstra o compromisso do governo com os direitos humanos e a dignidade dos cidadãos.

"Que o ciclo de desenvolvimento inaugurado em 2023 gere oportunidades para todos os brasileiros", completou o ministro.

Fonte: Brasil 247

Brasileiros denunciam socos e chutes em voo de deportação dos Estados Unidos para Manaus

Migrantes relatam socos, chutes, maus-tratos e calor intenso durante voo por parte de agentes estadunidenses

Brasileiros deportados dos EUA em Manaus (Foto: Antonio Lima/Secom )

Brasileiros deportados dos Estados Unidos relataram à Folha de S.Paulo episódios de agressões e maus-tratos durante o voo de repatriação que partiu do território americano com destino a Manaus, na noite desta sexta-feira. A aeronave transportava dezenas de migrantes, incluindo mulheres e crianças, que denunciaram condições desumanas e violência por parte de agentes americanos responsáveis pelo retorno.

Segundo os relatos, os deportados estavam algemados durante o voo, enfrentaram dificuldade para respirar e relataram episódios de pessoas passando mal. Muitos tiveram restrições severas para usar o banheiro e para receber água ou alimentos. Os protestos dos passageiros para que as condições fossem amenizadas resultaram em discussões que, de acordo com os depoimentos, levaram às agressões físicas.

"Eu não fui agredido, mas os meninos foram. Eles estavam algemados, meteram o porrete neles sem dó. Desumano. Chutes, jogando os moleques no chão. Em um deles, um cara deu um mata-leão", afirmou Luiz Fernando Caetano Costa, que vivia nos Estados Unidos há um ano e meio e retornou no voo de deportação.

Após o pouso em Manaus, a Polícia Federal foi acionada e determinou que as algemas fossem retiradas dos migrantes. O governo Lula mobilizou a Força Aérea Brasileira para transportar os deportados de Manaus até Belo Horizonte, destino final da viagem.

No desembarque no Aeroporto de Confins, vários imigrantes mostraram marcas das algemas apertadas e ferimentos nas costas. Alguns dos retornados realizaram exame de corpo de delito em Manaus para comprovar as agressões sofridas. "É desumano. Ninguém merece ser tratado assim, ainda mais crianças. O que a gente viu nesse voo foi revoltante", declarou um dos deportados que preferiu não se identificar.

No sábado, 25 de janeiro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou a Manaus para se reunir com autoridades locais, incluindo o delegado da Polícia Federal do Amazonas e o comandante do 7º Comando Aéreo Regional, a fim de coletar informações detalhadas sobre o caso. “Estamos atuando para garantir que os direitos dos cidadãos brasileiros sejam respeitados em qualquer circunstância, sobretudo em situações sensíveis como essa”, afirmou Vieira em pronunciamento.

Ainda segundo o Itamaraty, as informações obtidas na reunião servirão de base para uma comunicação formal ao governo dos Estados Unidos. O objetivo é exigir explicações sobre as condições em que os brasileiros foram deportados e medidas que evitem a repetição de episódios semelhantes.

O caso repercutiu intensamente, destacando as tensões diplomáticas entre os dois países em relação a políticas migratórias. Para o governo brasileiro, as imagens de cidadãos sendo transportados algemados são incompatíveis com os padrões internacionais de respeito aos direitos humanos. O episódio também reacendeu debates sobre a necessidade de maior diálogo entre Brasília e Washington para garantir tratamento digno aos brasileiros em território estrangeiro.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

Claudia Sheinbaum reage a deportações de Trump: 'EUA não seriam o que são sem os trabalhadores do México'

A presidente mexicana prometeu apoiar os mexicanos que retornam ao seu país após serem deportados pelas autoridades estadunidenses

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, durante cerimônia no Campo Militar 1, na Cidade do México, México 03/10/2024 REUTERS/Raquel Cunha (Foto: Raquel Cunha)

Sputnik Brasil - A presidente mexicana Claudia Sheinbaum disse no sábado (25) que os mexicanos apoiam amplamente a economia dos EUA, em um momento em que Washington está endurecendo suas políticas de imigração e afirma estar realizando a maior deportação de imigrantes indocumentados da história.

"Que seja ouvido em alto e bom som: os mexicanos de lá sustentam a economia dos Estados Unidos, nos campos, nos serviços, em toda parte! Os Estados Unidos não seriam o que são se não fossem as pessoas trabalhadoras que vão lá para ajudar", disse Sheinbaum durante um evento de anúncio de programas sociais na região de Mixteca, no estado de Oaxaca (sul).

A presidente prometeu apoiar os mexicanos que retornam ao seu país após serem deportados pelas autoridades norte-americanas.

"Se eles retornarem ao México, retornam com nossos braços abertos para lhes dar tudo o que merecem, porque são generosos e solidários, assim como o povo mixteco e todos os povos do nosso país", disse a presidente mexicana.

Sheinbaum destacou recentemente as contribuições dos imigrantes mexicanos para a economia dos Estados Unidos em um momento em que o governo Donald Trump reforçou todas as políticas de imigração e ordenou o envio das Forças Armadas para a fronteira.

Há alguns dias, a presidente apresentou um relatório recente do think tank Latino Donor Collaborative (LDC), que indica que os mexicanos representam US$ 2,06 trilhões (cerca de R$ 12,1 trilhões) no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, enquanto toda a população latina contribui com US$ 3,6 trilhões (mais de R$ 21,2 trilhões) para o PIB.

Na conferência, a diretora geral da (LDC), Ana Teresa Ramírez Rodríguez, apresentou os resultados do estudo Quick Facts: Latinos in the United States 2024, que se baseia em fontes oficiais dos EUA, destacando o impacto econômico da comunidade Latina nos Estados Unidos, que é composta por cerca de 60% de mexicanos.

De acordo com o estudo, os latinos nos Estados Unidos representam 19,5% da população. Eles são o segundo maior grupo depois dos anglo-saxões.

Além disso, oito em cada dez latinos falam inglês e quatro em cada cinco latinos são cidadãos norte-americanos.

Da mesma forma, os latinos nos Estados Unidos são a população mais jovem. Em 2022, 25% dos jovens com mais de 18 anos eram latinos. Além disso, a idade média dos latinos era de 30,7 anos, em comparação com 41,1 anos dos anglo-americanos.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik Brasil

VÍDEO: zagueiro do Athletico-PR sofre racismo durante clássico contra Coritiba

 

O zagueiro Léo, do Athletico-PR, alvo de racismo durante o clássico contra o Coritiba neste sábado (25) – Foto: Reprodução

O zagueiro Léo, do Athletico-PR, foi alvo de racismo durante o jogo contra o Coritiba neste sábado (25), pelo Campeonato Paranaense. Um torcedor filmou um vídeo com ofensas racistas contra o atleta logo após sua expulsão.

No vídeo, que circula nas redes, o homem, sem mostrar o rosto, usa palavras ofensivas, como “macaco”, para atacar o jogador. As imagens geraram revolta entre torcedores e clubes.


O Athletico-PR divulgou nota condenando o ato e informou que está ajudando Léo e buscando identificar o responsável. O Coritiba também repudiou o caso e prometeu colaborar para encontrar o torcedor envolvido.




Depois do jogo, Léo tentou registrar boletim de ocorrência no estádio Couto Pereira, mas a delegacia móvel estava fechada. O registro deve ser feito na segunda-feira (27), segundo o clube.

O clássico terminou empatado em 0 a 0, mas o caso de racismo chamou mais atenção que o resultado da partida. O caso será investigado pelas autoridades.

Fonte: DCM

Fim do “sonho americano”: a humilhação dos brasileiros deportados por Trump é só um aperitivo

 



Na noite de sexta-feira (24), um grupo de deportados dos Estados Unidos desembarcou em Manaus em condições que chamaram atenção: algemados e com os pés acorrentados, como mostram imagens registradas no momento em que deixavam o avião. A aeronave, que partiu dos EUA com 158 pessoas a bordo, tinha como destino final Belo Horizonte, com uma conexão programada na capital amazonense.

Segundo o Itamaraty, 88 são brasileiros. Oficiais americanos desejavam mantê-los em correntes até a chegada de outra aeronave vinda dos EUA. No entanto, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, vetou a continuidade do uso das algemas, argumentando que, em território brasileiro, esses indivíduos são cidadãos livres, tornando a medida uma questão de soberania nacional.

Diante disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou o envio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para assumir o transporte do grupo. A aeronave chegou a Manaus na tarde deste sábado (25) para realizar a operação.

O “sonho americano” virou um pesadela para essas pessoas, muitas delas apoiadoras do racista Donald Trump.

A bispa Mariann Edgar Budde, da Diocese de Washington, emergiu como uma voz de serenidade e apelo à misericórdia. Suas palavras numa missa nesta semana, dirigidas a Trump, ganharam repercussão internacional após ela criticar ações e discursos divisivos que, segundo ela, fomentavam o desprezo e a fragmentação do tecido social.

Em entrevistas concedidas à NPR e ao programa The View, ela explicou que seu objetivo era contrapor uma narrativa divisiva e polarizadora, sem recorrer ao desprezo ou à hostilidade. Embora tenha sido alvo de ataques, Mariann reafirmou sua posição de não enxergar Trump como inimigo, mas como alguém por quem ela continua a orar.

Essa postura reflete um compromisso com o diálogo respeitoso e a compaixão, mesmo diante da discordância profunda. Trump respondeu com sua matéria-prima: ódio. Chamou-a de “esquerdista radical”, entre outras coisas. Pintou um alvo em suas costas.


O apelo de Mariann Edgar Budde reflete a prática de “agressividade espiritual” que Martin Luther King Jr. defendia. Assim como King usou discursos, reuniões comunitárias e protestos pacíficos para combater a injustiça, Mariann usou sua posição como líder religiosa para desafiar uma retórica política que, segundo ela, prejudica pessoas reais.

A resposta de Budde às críticas, recusando-se a pedir desculpas por clamar por misericórdia, também ressoa com a coragem moral que King identificava como essencial para a não-violência. Ela não recuou diante das pressões ou dos ataques pessoais, mas manteve sua postura de buscar reconciliação sem comprometer seus princípios.

Essa terá de ser a resposta a Trump e esse ciclo de humilhações e agressões que estão apenas começando. O inimigo é grande demais e está armado. Colocar um espelho diante dele, como fez a bispa Mariann, é a melhor maneira de atingi-lo e mostrar sua natureza. Assim morreu a Medusa, assim morrerá o fascismo.

Fonte: DCM

Brasileiros cantam hino e batem palmas após governo determinar retirada de algemas

Após enfrentarem deportação em condições humilhantes, grupo é resgatado pelo governo brasileiro, que desautorizou o uso de algemas e correntes.

(Foto: Reprodução MJ)

Brasileiros deportados dos Estados Unidos desembarcaram em Manaus (AM) em uma aeronave que marcou um momento de alívio e emoção. Após enfrentarem a deportação com uso de algemas e correntes, o governo brasileiro garantiu o resgate do grupo, desautorizando práticas de contenção consideradas degradantes.

Um vídeo divulgado pelo Ministério da Justiça capturou a comoção do momento. Nas imagens, os deportados cantam o hino nacional em uníssono, simbolizando o alívio de estarem de volta ao país. Em outro trecho, os passageiros vibram e aplaudem ao serem informados por um representante da Polícia Federal de que seguiriam o restante da viagem em uma aeronave do Brasil, sem as restrições impostas anteriormente.

A aeronave que transportava o grupo fez uma conexão em Manaus antes de seguir para Belo Horizonte (MG), destino final dos passageiros. Por determinação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o uso de algemas e correntes foi proibido, e os deportados foram transferidos para uma aeronave das Forças Armadas para concluir o trajeto com dignidade.

Este voo marcou a chegada do primeiro grupo de deportados brasileiros ao país após a posse do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, cuja política migratória foi marcada por discursos e ações duramente críticos aos imigrantes.

O episódio evidencia os desafios enfrentados pelos brasileiros no exterior e destaca o compromisso do governo em assegurar o respeito aos direitos de seus cidadãos, mesmo em contextos adversos.

Fonte: Brasil 247