quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Lula exige protagonismo da Saúde no governo e reforça apoio a Nísia Trindade

Presidente cobra marca de gestão enquanto aposta no programa Mais Acesso a Especialistas como prioridade para o SUS

Nísia Trindade e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Em meio a debates sobre a reforma ministerial, o presidente Lula (PT) reafirmou sua confiança na ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacando, no entanto, a necessidade de que a titular imprima uma marca própria em sua gestão. Segundo informações do jornal O Globo, Lula vem exigindo maior visibilidade das ações da pasta, especialmente no contexto de uma comunicação reformulada sob a direção do marqueteiro Sidônio Palmeira, com vistas às eleições de 2026.

A ministra, que já presidiu a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e é amplamente reconhecida por seu perfil técnico, saiu de reuniões recentes com o presidente com a missão de acelerar projetos estratégicos, como o programa Mais Acesso a Especialistas. A iniciativa, considerada uma obsessão de Lula, tem como objetivo reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS).

◎ Reformas na comunicação e prioridades estratégicas - As cobranças de Lula ocorrem em um cenário de preocupação com a avaliação da área da saúde pela população. Levantamento do Ipec, realizado em dezembro, apontou que 44% dos brasileiros consideram a saúde pública ruim ou péssima, enquanto apenas 26% avaliam a área como boa. Esse descontentamento tem sido combustível para ajustes, que incluem desde mudanças na equipe da ministra até investimentos em estratégias de comunicação.

Sidônio Palmeira, chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), foi encarregado de maximizar o alcance das ações da Saúde e Educação, áreas prioritárias para o governo. Antes mesmo de assumir oficialmente a Secom, Sidônio já havia iniciado reuniões com a equipe da ministra, evidenciando a urgência de resultados.

Entre os projetos destacados, além do Mais Acesso a Especialistas, estão propostas como a tele-entrega de medicamentos do programa Farmácia Popular e a implementação de vans odontológicas para atender regiões remotas pelo SUS. No entanto, entraves como a divisão de responsabilidades entre estados e municípios podem dificultar o reconhecimento dessas iniciativas como realizações do governo federal.

◎ Desafios políticos e fortalecimento da interlocução - A pressão sobre Nísia Trindade também reflete o apetite do Centrão pela pasta da Saúde, uma das mais robustas em orçamento. Apesar disso, Lula tem reiterado que não pretende ceder o comando da área para aliados políticos.

Diante das críticas e da disputa política, a ministra ampliou sua interlocução com parlamentares. Em 2024, a agenda de Nísia incluiu 265 reuniões com deputados e senadores, além da circulação de informes semanais detalhando as ações do ministério. A estratégia foi acompanhada de visitas a estados para fortalecer sua presença em diferentes regiões.

◎ Saúde como vitrine do governo Lula 3 - O programa Mais Acesso a Especialistas, uma das principais apostas de Lula, busca agilizar o atendimento de saúde especializado, reduzindo o tempo de espera para consultas e procedimentos para até 60 dias. Todos os estados e quase 100% dos municípios aderiram à iniciativa, que é vista como uma potencial vitrine para o governo federal.

Apesar das críticas, auxiliares de Lula reconhecem o valor técnico de Nísia e os avanços no combate a crises herdadas, como a distribuição de vacinas. No entanto, para que o setor se consolide como um dos pilares do terceiro mandato do presidente, será essencial transformar iniciativas pontuais em marcas amplamente reconhecidas pela população.

A expectativa é de que, em 2025, medidas como a ampliação do programa Farmácia Popular e a inclusão da vacina contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, no SUS tragam maior visibilidade à gestão da ministra.

Com saúde e educação no centro das prioridades, Lula pretende fortalecer a imagem do governo em áreas sensíveis e, assim, pavimentar o caminho para sua reeleição em 2026.

Fonte: Brasil 247

Brasil já é a sétima maior economia do mundo em paridade do poder de compra

A PPC é um método de comparação entre as economias que leva em conta o custo de bens e serviços em diferentes países

Fernando Haddad, ministro da Fazenda (à esq.), e Lula (presidente da República) (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


Dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o Brasil ocupa a 7ª posição no ranking de países com maior paridade do poder de compra (PPC). Segundo o levantamento, o país aparece à frente de nações como Indonésia, França e Reino Unido. A lista é liderada pela China.

A PPC é um método de comparação entre as economias que leva em conta o custo de bens e serviços em diferentes países. Em vez de usar apenas taxas de câmbio de mercado, que podem distorcer o valor real da economia por variações cambiais ou especulação, a PPC ajusta os valores para refletir quanto é possível comprar em cada país com a mesma quantidade de dinheiro.

Isso faz com que o tamanho relativo da economia de países como o Brasil pareça maior em PPC em comparação com o PIB nominal, já que o custo de vida mais baixo permite maior poder de compra com a mesma moeda.

 

Fonte: Brasil 247

Ministros vão se licenciar para garantir votos nas eleições da Câmara e do Senado

Gesto de Lula busca fortalecer relação com Alcolumbre e Motta, candidatos apoiados pelo Planalto

Hugo Motta (Foto: Mário Agra / Câmara)

O governo Lula (PT) dará o primeiro passo para garantir uma boa relação com os novos comandantes do Congresso Nacional. Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, todos os 12 ministros que possuem mandato parlamentar vão se licenciar temporariamente de suas pastas para participar das eleições para as mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, marcadas para os dias 1º e 3 de fevereiro, respectivamente.

Os principais nomes apoiados pelo Palácio do Planalto para liderar as duas Casas são Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no Senado e Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara. Embora ambos já contem com apoios sólidos para suas vitórias, a decisão de Lula em convocar os ministros é vista como um movimento político relevante para fortalecer as articulações e estreitar os laços com os futuros presidentes do Legislativo.

Entre os ministros que vão reassumir seus mandatos de senador para votar em Alcolumbre estão Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes) e Carlos Fávaro (Agricultura).

Na Câmara, a disputa também contará com reforços significativos do governo. Para votar em Hugo Motta, ministros como Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Luiz Marinho (Trabalho), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Juscelino Filho (Comunicações), André Fufuca (Esportes), Celso Sabino (Turismo), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Marina Silva (Meio Ambiente) vão deixar temporariamente seus cargos no Executivo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Microsoft compra 3,5 milhões de créditos de carbono no Brasil

Transação com a empresa Re.green é estimada em mais de R$ 1 bilhão; big tech financiará projetos de restauração florestal na Amazônia e Mata Atlântica

(Foto: Divulgação)

 Em um grande passo para a sustentabilidade, a Microsoft anunciou nesta quinta-feira (23) que investiu cerca de US$ 200 milhões na compra de 3,5 milhões de créditos de carbono da Re.green. Segundo informações do site Capital Reset, a empresa brasileira utilizará esses recursos para restaurar 17,5 mil hectares de florestas na Amazônia, Mata Atlântica e Vale do Paraíba, absorvendo CO2 ao longo de 25 anos.

O CEO da Re.green, Thiago Picolo, destacou a importância do acordo como uma das maiores operações do tipo já realizadas. “Esse contrato tem um tamanho bem relevante, em termos de área e toneladas de carbono [removidas] entregues. Certamente é uma das maiores operações já feitas e com um grande impacto”, diz Thiago Picolo, CEO da Re.green, ao Reset.

Fonte: Brasil 247 com informações do site Capital Reset

Ativistas reproduzem imagem de saudação nazista de Musk em fábrica da Tesla na Alemanha

Dois grupos de esquerda assumiram a responsabilidade pela projeção

projeção em fábrica da Tesla na Alemanha (Foto: Reprodução)

Ativistas reproduziram nesta quarta-feira (22) a imagem da saudação nazista feita pelo bilionário Elon Musk durante a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma fábrica da Tesla, em Berlim. O protesto mostrava a saudação de Musk acompanhada das palavras "Heil Tesla", em referência a saudação utilizada pelos nazistas.

Dois grupos ativistas de esquerda, Led By Donkeys, do Reino Unido, e o Centro para a Beleza Política da Alemanha, assumiram a responsabilidade pela projeção no X, antigo Twitter, informa a Newsweek.

Outra mensagem, exibindo a palavra "boicote" junto com o logo da Tesla, também foi projetada na sede da fábrica.

A saudação nazista - Durante discurso na posse de Trump, Musk exaltou a vitória de Trump como “não uma vitória qualquer”, descrevendo-a como “um marco no caminho da civilização humana”. Enquanto agradecia aos apoiadores, ele bateu a mão no peito e, em seguida, estendeu o braço em ângulo ascendente, com a palma voltada para baixo e os dedos juntos, em um gesto inconfundível. As imagens do ato viralizaram imediatamente nas redes sociais, sendo amplamente reconhecido como o famoso "Sieg Heil", associado a Adolf Hitler e ao regime nazista.

Fonte: Brasil 247 com informações da Newsweek

Marçal admite que vídeo com Trump foi antes da posse nos EUA

“Sim, foi em Mar-a-Lago. Eu segurei o vídeo [até a posse] para valorizar. Eu sou um investidor”, disse o ex-coach da extrema-direita

Pablo Marçal e Donald Trump (Foto: Reprodução/Vídeo/X)

Ex-coach de extrema-direita Pablo Marçal admitiu nesta quinta-feira (23) que o vídeo em que ele aparece ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é fake, não foi gravado durante a posse do estadunidense na segunda-feira (20). Segundo a coluna de Malu Gaspar, no Globo, o vídeo foi feito no dia 4 de janeiro, durante uma hospedagem de dois dias no resort de luxo Mar-a-Lago, na Flórida, que pertence a Trump.

“Sim, foi em Mar-a-Lago. Eu segurei o vídeo [até a posse] para valorizar. Eu sou um investidor”, disse Marçal por telefone dos Estados Unidos. “Deixei para soltar os vídeos depois da posse porque os bolsonaristas ficam malucos. Eles querem me por como inimigo da direita, como o Paulo Figueiredo e o Fabio Wajngarten”, disparou.

No vídeo, que já alcançou 18,1 milhões de visualizações desde quando foi publicado na última terça-feira, Marçal aparece pedindo ao então presidente eleito dos EUA para que “salve o Brasil”. O registro intrigou deputados e aliados de Jair Bolsonaro que foram ao Multicultural Ball, um dos bailes de gala da cidade em celebração ao início do novo governo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

AGU propõe 14 sugestões para regulamentação das redes sociais no Brasil

O órgão vai enviar ao STF um material que propõe três modelos de regulamentação das redes sociais

(Foto: Divulgação)

A Advocacia-Geral da União (AGU) vai apresentar uma lista com 14 sugestões e ponderações sobre a intenção de regulamentar o funcionamento das redes sociais no Brasil, informa o g1. O material deve ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que já começou a julgar a responsabilidade das big techs pelos conteúdos postados nas plataformas. A análise deve ser retomada em fevereiro.

As propostas foram construídas após a audiência pública convocada pela AGU com especialistas e empresas para discutir o tema. O encontro foi marcado após a Meta, empresa que controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp, anunciar uma mudança na sua política de moderação de conteúdos, acabando com o formato anterior de checagem de fatos. As big techs foram convocadas para a audiência, mas não compareceram.

A lista de 14 itens da AGU está dividida em três seções. Entre as propostas, estão sete sugestões de regulação, que incluem critérios mínimos para questões como transparência, responsabilidade, privacidade, segurança, combate à desinformação, proteção de menores e direito de resposta. A AGU também apresentou três modelos possíveis para estabelecer as novas regras: autorregulação (em que as empresas definem as normas e o governo monitora), corregulação (em que as decisões são tomadas de forma conjunta entre governo e empresas) e regulação (em que o governo define as regras e as empresas devem cumpri-las).

Além disso, o documento da AGU destaca quatro desafios principais para a regulação das redes sociais. Entre esses desafios, estão o risco de danos à liberdade de expressão, o impacto econômico sobre as plataformas, a complexidade e o dinamismo das tecnologias, e a exigência de cooperação das empresas no cumprimento das regras estabelecidas.

Veja a lista completa:

◉ Propostas de regulação

☉ Transparência: Exigir que as plataformas sejam transparentes sobre suas políticas de moderação, algoritmos e práticas de coleta de dados.

☉ Responsabilidade: Estabelecer responsabilidade para as plataformas em relação ao conteúdo que elas hospedam, incluindo a remoção de conteúdo ilegal ou prejudicial.

☉ Privacidade: Proteger a privacidade dos usuários, limitando a coleta e o uso de dados pessoais.

☉ Segurança: Exigir que as plataformas implementem medidas de segurança robustas para proteger os usuários contra ameaças cibernéticas.

☉ Luta contra a desinformação: Desenvolver estratégias para combater a desinformação e a propaganda, incluindo a verificação de fatos e a identificação de fontes confiáveis.

☉ Proteção de menores: Implementar medidas para proteger os menores de idade contra conteúdo inapropriado e abuso online.

☉ Direito de resposta: Garantir o direito de resposta para os usuários que se sentirem prejudicados por conteúdo publicado nas redes sociais.

◉ Modelos de regulação (três alternativas)

☉ Modelo de autorregulação: As plataformas se regulamentam por conta própria, com orientação do governo.

☉ Modelo de regulação governamental: O governo estabelece regras e regulamentações específicas para as redes sociais.

☉ Modelo de corregulação: As plataformas e o governo trabalham juntos para estabelecer regras e regulamentações.

◉ Desafios e considerações

☉ Liberdade de expressão: A regulação das redes sociais pode afetar a liberdade de expressão e a capacidade dos usuários de se expressar livremente.

☉ Impacto econômico: A regulação pode afetar a economia das plataformas e a capacidade delas de gerar receita.

☉ Complexidade tecnológica: A regulação das redes sociais pode ser complexa devido à natureza dinâmica e em constante evolução das tecnologias envolvidas.

☉ Cooperação internacional: A regulação das redes sociais pode exigir cooperação internacional para ser eficaz, o que pode ser um desafio.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Governo avalia medidas para conter a inflação: remédios em supermercados e corte de taxas em cartões estão em discussão

Rui Costa diz que o governo pretende dialogar com produtores para identificar alternativas que possam estimular o mercado e facilitar a queda de preços

Geraldo Alckmin, Lula e Rui Costa (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O governo federal está analisando um conjunto de propostas para conter a inflação e reduzir os custos para os consumidores, incluindo medidas que podem impactar tanto o mercado de alimentos quanto o setor farmacêutico. Uma das ideias apresentadas é permitir a venda de medicamentos sem prescrição médica em supermercados.

Reportagem do jornal Valor Econômico informa que as propostas foram trazidas pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) como forma de baratear preços no varejo. A sugestão faz parte de um esforço mais amplo do governo para reduzir o custo de vida no Brasil, que também inclui a possibilidade de cortar taxas aplicadas em cartões de crédito e débito.

Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, Rui Costa, chefe da Casa Civil, afirmou que o governo está empenhado em encontrar soluções de alimentos para reduzir o preço dos alimentos.

Costa informa ainda que o governo pretende dialogar com produtores para identificar alternativas que possam estimular o mercado e facilitar a queda de preços. No entanto, o ministro foi cauteloso ao esclarecer que o governo não pretende adotar intervenções diretas nos preços, mas sim estratégias de "redirecionamento".

A proposta da Abras para permitir a comercialização de medicamentos sem prescrição em supermercados divide opiniões e ainda será amplamente discutida com o Ministério da Saúde. A ideia tem como objetivo ampliar o acesso da população a remédios básicos, reduzindo os custos para os consumidores ao permitir que produtos sejam

O ministro Rui Costa afirmou que as propostas ainda estão em fase de afunilamento e que os impactos dependem dos alimentos e produtos que passam a ser estimulados por essas iniciativas. Ele destacou que o governo está comprometido em criar políticas que favoreçam o consumidor, mas sem comprometer a sustentabilidade dos mercados.

A Abras e outros representantes do setor também estão acompanhando de perto as discussões, esperando que medidas como essas possam, de fato, trazer um rompimento para os consumidores diante da pressão inflacionária. O debate sobre a venda de medicamentos em supermercados, por sua vez, promete ser um dos mais delicados, exigindo uma avaliação cuidadosa para equilibrar custos e segurança.

Com essas ações, o governo busca demonstrar agilidade e compromisso com o bem-estar econômico da população, mas ainda precisa superar desafios técnicos e políticos.

Enquanto o governo federal trabalha para consolidar suas propostas, setores da sociedade e especialistas já começaram a reagir às ideias apresentadas. A sugestão de venda de medicamentos sem prescrição em supermercados, por exemplo, gerou debate entre profissionais de saúde e representantes do setor farmacêutico. Muitos argumentam que esta medida pode facilitar o acesso da população a medicamentos básicos, mas alertam para riscos, como o aumento da automedicação e possíveis impactos na saúde pública.

Fonte: Brasil 247

Com 105 mortes em 2024, Brasil é o país que mais mata pessoas trans

País ocupa liderança do ranking de assassinatos há 17 anos

     (Foto: Tomaz Paiva/Agência Brasil )

Mariana Tokarnia, da Agência Brasil - No ano passado, 105 pessoas trans foram mortas no Brasil. Apesar de o país ter registrado 14 casos a menos que em 2023, o país segue, pelo 17º ano consecutivo, como o que mais mata pessoas trans no mundo. Os dados são do Dossiê: Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024: da Expectativa de Morte a um Olhar para a Presença Viva de Estudantes Trans na Educação Básica Brasileira, da Rede Trans Brasil.

O dossiê, que será oficialmente lançado no próximo dia 29 nas redes sociais da organização, reúne os casos divulgados por meios de comunicação, como internet, redes sociais, jornais e emissoras de televisão, ao longo do ano passado.

A maior parte dos casos, 38%, foi na Região Nordeste, que continua sendo a que mais registra mortes de pessoas trans desde 2022. A Região Sudeste aparece em segundo lugar, com 33% dos assassinatos, seguida pelo Centro-Oeste, com 12,6% dos mortes; pelo Norte, com 9,7%, e Sul, com 4,9% dos casos.

Entre os estados, em números absolutos, São Paulo foi o estado com maior registro de assassinatos: 17. Minas Gerais, com 10 casos, e o Ceará, com 9, aparecem em seguida.

“A queda no número de mortes de pessoas trans em relação a 2023 é um pequeno alívio, mas não podemos ignorar que elas ainda acontecem. Isso reflete como o Brasil está em um processo lento e desigual de mudança. Apesar de avanços em debates públicos e de maior visibilidade, a violência e o preconceito ainda são uma realidade para muitas pessoas trans. Essa trajetória mostra que, embora existam sinais de progresso, a luta está longe de acabar”, diz a secretária adjunta de Comunicação da Rede Trans Brasil, Isabella Santorinne.

A organização é uma das que colaboram com a pesquisa Trans Murder Monitoring, que monitora os assassinatos de pessoas trans e de gênero diverso em nível global. A pesquisa considera os casos registrados até 30 de setembro de cada ano. Em 2024, foi registrado em nível global o maior número de assassinatos, 350 pessoas trans.

Apenas a América Latina e o Caribe reúnem cerca de 70% dos casos, um total de 255. O Brasil lidera o ranking com 106 mortes notificadas no período considerado. Em seguida, estão México (71), Colômbia (25), Equador (14), Honduras (6), Argentina (6), Guatemala (5), Venezuela (4), Cuba (3), Panamá (3), Peru (2), Bolívia (2), Nicarágua (2), Uruguai (1), Porto Rico (1), Chile (1), Guiana (1), Trindade e Tobago (1) e República Dominicana (1).

“É muito contraditório, porque o país que mais consome pornografia trans no mundo é o Brasil e o Brasil também é o país que mais mata pessoas trans, ou seja, as pessoas sentem prazer e desejo pelos nossos corpos, e ao mesmo tempo sentem ódio e repulsa pelos nossos corpos. É muito contraditório”, diz Isabella Santorinne.

Perfil

A maioria das mortes registradas no Brasil é de mulheres trans ou travestis, que correspondem a 93,3% das vítimas. As demais vítimas, 6,7% são homens trans. A maior parte tinha idade entre 26 e 35 anos (36,8%), era parda (36,5%) ou preta (26%) e era trabalhadora sexual.

“Os dados evidenciam e detalham a realidade violenta à qual pessoas trans e travestis são submetidas. Nosso dossiê também revela que a faixa etária média das pessoas mortas era de 26 a 35 anos e elas eram, em sua maioria, pessoas racializadas, incluindo pretas e pardas. Além disso, muitos dos homicídios registrados desde 2016 tiveram como vítima trabalhadoras sexuais que foram assassinadas ou violentadas em seu local de trabalho, as ruas”, enfatiza Isabella.

O levantamento mostra ainda, que a maior parte dos casos, 66%, ainda estava sendo investigada e que, em 34% deles, o suspeito foi preso. Dentre os casos com os devidos registros, os agressores eram companheiros e ex-companheiros, em 14 casos; clientes, em nove; e nove foram de execução com possível envolvimento com dívidas com agiotas, drogas e ligação com organizações criminosas.

As mortes foram, a maioria, por arma de fogo e facada. Os homicídios ocorreram, a maior parte, em vias públicas, seguido pela residência da própria vítima.

O dossiê também analisou o respeito dos meios de comunicação aos nomes das vítimas. No ano passado, 93,3% dos casos foram respeitados e 6,7% trataram as vítimas pelo chamado nome morto, ou seja, o nome pelo qual a pessoa era chamada antes da transição de gênero.

De acordo com Isabella, o dossiê dá visibilidade aos assassinatos e violências cometidas contra pessoas trans no Brasil e ajuda a desenvolver políticas públicas. “Faltam políticas públicas voltadas para a proteção de pessoas trans. Embora existam iniciativas pontuais, elas são insuficientes diante do cenário de exclusão e violência que a população trans enfrenta. É urgente criar ações que promovam educação inclusiva, empregabilidade, acesso à saúde e segurança, além de garantir que crimes transfóbicos sejam devidamente investigados e punidos. Sem políticas públicas eficazes, a luta pela sobrevivência e dignidade continua sendo uma batalha diária para pessoas trans no Brasil”, diz a secretária adjunta de Comunicação da Rede Trans Brasil.

Fonte: Brasil 247

Barroso analisa pedido para que Dino seja relator da Overclean

Polícia Federal pede que investigação sobre desvios de emendas parlamentares na Bahia seja conduzida por Flávio Dino

Luís Roberto Barroso (Foto: ASCOM_CASA_CIVIL)

O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá decidir, em breve, se a relatoria da Operação Overclean, que investiga suspeitas de desvios em emendas parlamentares na Bahia, será redistribuída. Inicialmente sob a responsabilidade do ministro Nunes Marques, o caso pode ser transferido para o ministro Flávio Dino, a pedido da Polícia Federal (PF), devido à relação com outras apurações sob sua relatoria. A informação foi publicada originalmente pelo portal Metrópoles.

A Operação Overclean chegou ao STF por envolver um deputado federal, cujo foro privilegiado exige a tramitação na Suprema Corte. A relatoria foi atribuída a Nunes Marques por sorteio, mas a PF argumenta que a redistribuição seria mais adequada. Segundo o pedido, Flávio Dino já conduz investigações relacionadas a possíveis irregularidades no uso de emendas parlamentares, o que justificaria a mudança por prevenção.

◎ O papel de Barroso e a manifestação da PGR

Para subsidiar a decisão, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou que a Secretaria Judiciária forneça informações técnicas que possam embasar a análise sobre a eventual redistribuição. Após essa etapa, caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentar seu parecer sobre o caso.

A redistribuição da relatoria é tema sensível, pois envolve não apenas a análise técnica do processo, mas também questões institucionais e de gestão processual no STF. Caso a mudança seja aprovada, Flávio Dino assumirá a responsabilidade por uma investigação de alto impacto político, somando-se a outras apurações de sua relatoria.

◎ Conexões entre os casos

De acordo com a Polícia Federal, há elementos que conectam a Operação Overclean a outros processos já relatados por Dino, reforçando a necessidade de um olhar unificado sobre as investigações. As supostas fraudes envolvem o desvio de recursos destinados por meio de emendas parlamentares, um tema de repercussão nacional.

Enquanto a redistribuição não é decidida, o ministro Nunes Marques continua responsável por conduzir as etapas iniciais do processo, como análise de eventuais pedidos e decisões urgentes.

A decisão do STF sobre a relatoria terá impacto direto no andamento das investigações e poderá definir os rumos de um dos casos mais relevantes em apuração no momento.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF identifica elo entre blitze da PRF e plano golpista de Bolsonaro

PF inclui um sétimo núcleo à organização golpista, este dedicado à "alteração criminosa do resultado das eleições presidenciais"

Jair Bolsonaro, Anderson Torres e Silvinei Vasques (Foto: Anderson Riedel/PR)

A Polícia Federal (PF) revelou um elo entre a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para obstruir o direito ao voto de eleitores do Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022 e o plano golpista supostamente articulado por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. As informações foram divulgadas por Aguirre Talento, do UOL, que teve acesso ao relatório final do inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O documento, que embasou o indiciamento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, descreve ações coordenadas para criar barreiras ilegais no dia da eleição. Segundo a PF, essas operações estavam dedicadas à "alteração criminosa do resultado das eleições presidenciais" e faziam parte de uma organização criminosa articulada em torno do plano de golpe que buscava impedir a vitória do presidente Lula (PT).

☉ Blitze e intimidação de eleitores no Nordeste - As blitze realizadas pela PRF, principalmente na Bahia — estado onde Lula obteve votação expressiva —, foram descritas pela PF como ações orquestradas sob ordens diretas de Anderson Torres. O relatório cita que Torres pressionou as forças de segurança a intensificar o policiamento em regiões estratégicas para o resultado eleitoral. "Houve uma atuação orquestrada deliberada pelo ministro da Justiça, empregando recursos materiais e humanos do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal como força armada para criar óbices e intimidação aos eleitores do Nordeste", destaca o texto.

Segundo o relatório, a operação ilegal utilizou a PRF como ferramenta de intimidação, com a finalidade de desestimular o comparecimento às urnas de eleitores no Nordeste, região que historicamente concentra um forte eleitorado progressista.

☉ A conexão com o plano de golpe - O relatório também vinculou essas ações ao plano golpista amplamente investigado. De acordo com a PF, o plano incluía núcleos com diferentes funções, desde a desinformação e ataques ao sistema eleitoral até operações para incitar apoio de militares e ações coercitivas. O inquérito sobre Torres e a PRF adiciona um possível sétimo núcleo à estrutura criminosa, que visava alterar por meio de crime o resultado eleitoral.

Um trecho do documento descreve os atos como uma "tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito", tipificada nos artigos 359-L e 359-M do Código Penal. A minuta golpista apreendida na residência de Anderson Torres, que previa a alteração do resultado das eleições, é outro elemento que reforça o vínculo direto entre as ações do ex-ministro e o planejamento antidemocrático.

☉ Repercussão e próximos passos - Enquanto a equipe de Paulo Gonet analisa as provas apresentadas, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se os atos envolvendo as blitze da PRF serão incluídos na denúncia principal sobre o plano golpista ou se configurarão um caso à parte. Alexandre de Moraes, ministro do STF, já destacou a possibilidade de conexão entre as investigações.

As defesas de Torres e Vasques afirmaram não ter acesso ao relatório completo e, por isso, não se manifestaram. Jair Bolsonaro, também indiciado, permanece em silêncio sobre o caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Carne podre no mercado: como saber se o alimento está impróprio para o consumo

Quatro pessoas foram presas por comercializar carnes estragadas.

Pedaços de carne em açougue no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Moraes / Reuters)

A Operação Carne Fraca revelou um esquema envolvendo a revenda de carnes impróprias para consumo no Rio de Janeiro. A investigação aponta que a empresa Tem Di Tudo Salvados, localizada em Três Rios (RJ), adquiriu carnes que ficaram submersas durante as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em 2024. As fortes chuvas deixaram mais de 200 mortos e diversos desaparecidos. Segundo o portal G1, a empresa comprou as carnes sob a justificativa de que seriam transformadas em ração animal.

No entanto, de acordo com as investigações, os produtos – que incluíam carnes bovina, suína e de aves – foram maquiados para ocultar os danos e revendidos para açougues e mercados em várias regiões do país. Detalhes sobre como as carnes foram adulteradas não foram revelados. Na quarta-feira (22), quatro pessoas foram presas em decorrência do esquema criminoso.

◎ Como identificar carne estragada

Diante de fraudes como essa, é essencial que os consumidores saibam identificar se uma carne está imprópria para consumo. Henrique Pedro Dias, diretor de Política Profissional do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), explica que a coloração e o cheiro são os principais indicadores.

"A forma mais simples de saber se uma carne está estragada é se atentar à sua coloração. Se ela tiver muito escura ou esverdeada, é um sinal de que não está própria para a alimentação", diz Dias. Além disso, "o cheiro forte sinaliza o processo de putrefação".

Nos casos de carnes embutidas, o especialista alerta para a dificuldade de identificar irregularidades, já que os ingredientes podem mascarar a deterioração. Ele orienta os consumidores a verificarem o registro do produto no Ministério da Agricultura e Pecuária, garantido pelo selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

"O consumidor precisa desconfiar de preço barato, de pessoas que não sigam as normas tanto sanitárias, comerciais e emissão de nota fiscal", reforça Dias.

◎ Como conservar a carne em casa

Além de saber identificar problemas, o cuidado com o armazenamento da carne em casa é fundamental. A nutricionista Neiva Souza, doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), recomenda o congelamento de acordo com a temperatura do freezer:

  • 0°C a -5°C: até 10 dias
  • -6°C a -10°C: até 20 dias
  • -11°C a -18°C: até 30 dias
  • Abaixo de -18°C: até 90 dias

Carne cozida, por sua vez, deve ser resfriada imediatamente após o preparo, atingindo de 60°C a 10°C em até 2 horas. Esse resfriamento pode ser feito na geladeira antes do congelamento.

Na hora de descongelar, os métodos mais seguros incluem micro-ondas, temperaturas abaixo de 5°C ou o uso de fornos de convecção, que permitem aquecimento uniforme.

Regras para frigoríficos e cuidados com contaminações

As normas para o manuseio e transporte de carnes são rigorosas no Brasil. A Portaria nº 304/1996, do Ministério da Agricultura, exige que as carnes sejam entregues pelos frigoríficos com temperaturas de até 7°C, dependendo do tipo de produto. Já o Decreto nº 9.013/2017 proíbe o retorno de produtos retirados de câmaras frias que tenham sido expostos a temperaturas ambiente.

Além disso, carnes com sinais de putrefação, coloração anormal ou odores fortes – como os considerados medicamentosos, urinários ou excrementícios – devem ser imediatamente condenadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula vai ter reunião com ministros sobre medidas para diminuir preços dos alimentos

Entre as medidas estudadas está o aumento de crédito aos produtores

Margareth Menezes, Ricardo Lewandowski,Geraldo Alckmin, Lula, Rui Costa e Fernando Haddad (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir com ministros na próxima segunda-feira (27) para discutir estratégias para diminuir o preço dos alimentos no país, informa a CNN. Lula pede urgência e o foco total dos ministros no tema e reforçou esse recado na reunião ministerial desta semana.

Entre as ideias discutidas para baratear os alimentos está aumentar o crédito para produtores e prestar assistência técnica. Os ministérios da Fazenda, da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, além da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão trabalhando no assunto ao longo dos últimos dias.

Em entrevista na última quarta (22), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que as medidas estudadas pelo governo não se tratam de “intervenções”, termo que ele utilizou outras vezes, mas consistem em medidas para baratear alimentos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2024 em 4,83%, com impacto maior no grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Gleisi: indiciamento de diretores da PRF “expõe golpe para roubar” Lula em 2022

 

Gleisi Hoffmann: presidente nacional do PT comentou o indiciamento de quatro ex-diretores e coordenadores da PRF que atuaram no golpe contra o presidente Lula em 2022 – Foto: Reprodução
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o indiciamento de quatro ex-diretores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), acusados de tentarem coibir eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última eleição, expõe a “extensão do golpe armado para roubar a vitória de Lula nas eleições de 2022”.

A declaração foi feita após a Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (22), anunciar o indiciamento de quatro ex-diretores e coordenadores da PRF. Segundo Hoffmann, os envolvidos “terão de pagar pelo que fizeram”. Os acusados teriam participado de operações para impedir eleitores de Lula de votarem no segundo turno.

Entre os indiciados estão Luis Carlos Reischak Júnior, Rodrigo Cardozo Hoppe, Djairlon Henrique Moura e Adiel Pereira Alcântara, além de Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador da ANTT. As investigações apontam que a PRF realizou blitze ilegais, principalmente no Nordeste, desobedecendo ordens do então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, para suspender as fiscalizações. A estratégia buscava dificultar o acesso dos eleitores às urnas.

Os ex-diretores da PRF Luis Carlos Reischak Júnior (Inteligência) e Djairlon Henrique Moura (Operações), dois dos quatro policiais rodoviários indiciados pela PF – Foto: Reprodução

Segundo a PF, as ações configuram crimes como desobediência, prevaricação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, já havia sido indiciado anteriormente e é apontado como o principal articulador do esquema. Mensagens revelam que as fiscalizações foram planejadas com direcionamento político e sem embasamento técnico.

Hoffmann destacou que os bloqueios, que afetaram principalmente ônibus fretados, ocorreram em regiões onde Lula teve ampla maioria de votos. Durante o segundo turno, 2.185 veículos foram fiscalizados no Nordeste, enquanto apenas 571 passaram por fiscalização no Sudeste. “Foi um crime contra a democracia”, enfatizou a presidente do PT.

O caso foi encaminhado ao STF e será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes. A Procuradoria-Geral da República decidirá os próximos passos, que podem incluir a apresentação de denúncia ou arquivamento.

Fonte: DCM

Zelensky volta a atacar Lula e rejeita plano de paz

O ucraniano ressaltou que, após conversas anteriores com Lula, ele não vê mais o presidente brasileiro como um "player" nas negociações de paz

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, 17/10/2024 (Foto: REUTERS/Johanna Geron)

Por InfoMoney - Durante sua participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou que o Brasil, sob a liderança de Lula, não é mais um ator relevante nas tentativas de mediação entre a Ucrânia e a Rússia.

Em resposta a uma pergunta da TV Globo, Zelensky afirmou que “o trem do Brasil já passou”, referindo-se à oportunidade do país de atuar como mediador no conflito.

Zelensky ressaltou que, após conversas anteriores com Lula, ele não vê mais o presidente brasileiro como um “player” nas negociações de paz e que essa situação não mudará com o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA.

O presidente ucraniano já havia criticado a postura de Lula em relação à guerra, especialmente suas declarações de que tanto a Ucrânia quanto os Estados Unidos e a União Europeia têm responsabilidades no prolongamento do conflito.

Ao longo de 2023, Lula tentou, sem sucesso, se posicionar como mediador entre as partes. Em suas falas, o presidente brasileiro destacou a importância do diálogo, mas Zelensky, em um discurso na Assembleia Geral da ONU, expressou dúvidas sobre o real interesse do Brasil e da China em liderar as negociações.

Lula continua a afirmar que a solução para o conflito deve ser diplomática e que é essencial que as partes se sentem à mesa para discutir um acordo.

O governo do presidente Lula apresentou, em conjunto com a China em maio de 2024, uma proposta para negociações com o objetivo de promover uma solução diplomática da crise ucraniana.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney