Agora ex-ministro da Secom, Pimenta reafirmou lealdade ao presidente e celebrou a chegada de Sidônio Palmeira ao governo
Paulo Pimenta e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
O deputado federal Paulo Pimenta, que deixou o comando da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (14), destacou as dificuldades e conquistas dos dois primeiros anos de governo e reconheceu a necessidade de uma reavaliação no setor de comunicação. Pimenta, que foi aplaudido de pé pelos convidados presentes à cerimônia, será substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira. “A Secom era um ministério que não existia, que foi reconstruído, e tenho certeza de que vamos entregar para o Sidônio uma Secom em condições muito melhores do que aquelas que nós chegamos aqui”, disse Pimenta.
Pimenta, que se descreveu como um "petista raiz", relembrou sua longa jornada ao lado de Lula, desde os primeiros encontros em 1983, quando o presidente ainda estava à frente do Partido dos Trabalhadores (PT). O ministro também destacou sua experiência como parlamentar e líder do PT, especialmente em momentos de crise, como o golpe de 2016, que depôs a ex-presidente Dilma Rousseff, e a subsequente perseguição ao próprio Lula. "Hoje, sou grato e tenho muito orgulho de estar ao seu lado", afirmou.
Sobre a comunicação do governo, Pimenta reconheceu que o Ministério da Secom passou por um processo de reconstrução desde o início do governo Lula. “Temos marcas importantes da luta do ‘Brasil Contra o Fake’, o ComunicaBR, a ideia da regionalização da produção de conteúdos, que desde o início foi uma marca do nosso trabalho. Recuperamos uma relação de respeito com o ambiente republicano, com as agências que trabalham com o governo, com os veículos de comunicação, democratizamos o acesso às mídias do governo. Hoje o Brasil inteiro se enxerga e faz parte da política de comunicação do governo”, disse.
No entanto, Pimenta também reconheceu que os resultados não são os esperados e concordou com a decisão de Lula em "sacudir" a comunicação do governo. "O presidente tem toda a razão quando quer uma sacudida na comunicação do governo. Tenho dito para o presidente: quando tem o presidente de um time popular, como é o nosso time, e a gente sabe que o time é bom e o resultado ali na tabela não está o que a gente espera, o presidente tem a obrigação de dar uma satisfação para a torcida e o primeiro que paga a conta é o técnico. E eu sou o técnico da Secom e reconheço a todos vocês e quero publicamente dizer que sempre tive carta branca do presidente para trabalhar. As limitações do trabalho da Secom devem ser creditadas a mim, e os méritos de tudo aquilo que foi feito a esta equipe, que foi composta por pessoas que têm história, que têm trajetória, e muitas delas estiveram junto com o presidente não só no governo, mas nos momentos mais difíceis da história do presidente”, afirmou.
Paulo Pimenta também abordou o crescente desafio das fake news e do papel das mídias digitais, um tema que, segundo ele, representa um desafio global para a democracia. Citando uma fala do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre o impacto negativo das plataformas digitais, Pimenta reafirmou seu compromisso em fortalecer a luta contra as mentiras espalhadas, especialmente por setores da extrema-direita.
“A luta incessante contra a mentira, contra a fake news, que se transformou em um modus operandi de setores da extrema direita mundial, está aqui diariamente a nos desafiar. Tenho absoluta convicção de que vamos dar um salto na qualidade desse trabalho porque conheço o Sidônio, sei das pessoas que estão vindo com ele e da capacidade que ele tem para cumprir esta tarefa. Me sinto muito feliz de poder ser sucedido por ele”, finalizou.
Fonte: Brasil 247
