sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

“Não puderam impedir posse”, diz Maduro ao assumir Venezuela até 2031

Ele diz que não depende de governos estrangeiros para liderar país

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e sua esposa, Cilia Flores, acenam no dia da posse do terceiro mandato presidencial, em Caracas 10/01/2025 (Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

Agência Brasil - Em cerimônia realizada na Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas, nesta sexta-feira (10), o presidente Nicolás Maduro foi empossado para o terceiro mandato como chefe do Executivo do país, para o período de 2025 a 2031. No discurso, a liderança chavista destacou que não puderam impedir a posse, apesar da pressão internacional e dos protestos da oposição.

“Agora, trataram de converter a juramentação [posse oficial], na Venezuela, em uma guerra mundial. Que vão invadir, que entraram, que saíram. Digam o que quiserem, mas esta posse venezuelana constitucional não puderam impedir e é uma grande vitória da democracia venezuelana e das pessoas que querem paz e estabilidade”, afirmou Maduro.

Nos últimos dias, o candidato opositor Edmundo González fez uma peregrinação por países da região para receber apoio internacional e prometia, após ter se exilado na Espanha, regressar à Venezuela para intervir na posse de Maduro.

Em tom de brincadeira, Maduro questionou durante o discurso: “Chegou Edmundo? Peguem-no! Peguem o pataruco [sinônimo de covarde]! Como espero que ele chegue. Estou nervoso”, causando riso entre os presentes. Há pedido de prisão aberto contra Edmundo. Entre os motivos está conspiração contra as instituições venezuelanas.

A coalizão que apoiou González acusa o governo de fraude eleitoral e, com base em documentos eleitorais que possuem, afirmam que o ex-diplomata foi o vencedor. O governo alega que esses documentos são fraudados. Nessa sexta-feira (10), atos da oposição questionaram a posse de Maduro e a notícia da prisão, depois desmentida, da Maria Corina Machado, principal liderança da oposição do país, fez crescer o repúdio internacional contra o governo de Cararas.

Nesse contexto, Maduro foi juramentado pelo presidente da Assembleia Nacional, o deputado Jorge Rodríguez, a quem jurou defender a Constituição. Em seguida, agradeceu, entre outros atores, às delegações dos mais de 125 países e organizações internacionais presentes, citando, nominalmente, os representantes de Cuba, China, Rússia e Honduras.

Questionado internacionalmente em relação a eleição de 28 de julho de 2024, Nicolas Maduro rebateu as críticas dizendo que não depende de governos estrangeiros para ser presidente da Venezuela.

“Eu não fui nomeado presidente pelo governo dos Estados Unidos, nem pelos governos pró-imperialistas da direita latino-americana. E não me colocou aqui a oligarquia dos sobrenomes. Venho do povo, sou do povo, e meu poder emana da história e do povo”, afirmou.

O governo Maduro tem enfrentado questionamentos em relação a eleição de 2024 que, segundo a apuração oficial, ratificada pelo Judiciário do país, deu a Maduro 51,9% dos votos contra 43,1% de Edmundo González. A oposição, organizações internacionais e países têm rejeitado o resultado porque não foram publicados os dados detalhados por mesa de votação, como sempre acontecia.

☉ Reforma constitucional

O presidente Nicolas Maduro ainda destacou, em seu discurso, as linhas de trabalho que o governo deve assumir no novo mandato, destacando a reforma constitucional que pretende realizar ainda em 2025. Maduro defendeu atualizar a Constituição Bolivariana da Venezuela, de 1999.

“Que se atualize os postulados da Constituição sobre a nova sociedade humanista e democrática a ser construída. Que a Constituição seja atualizada para defender o país das novas ameaças tecnológicas que já conhecemos nas redes sociais”, disse.

O chefe do Executivo do país sul-americano acrescentou que assinará, ainda nesta sexta-feira, decreto para criar a Comissão Ampla Nacional de Elaboração do Projeto de Reforma Constitucional.

“Incluiremos o maior número de setores [na Comissão] para podermos ter um amplo apelo à ação. Acredito que esta Assembleia Nacional tem autoridade política, moral e constitucional para ser o epicentro deste ano deste debate com o povo”, completou.

☉ Histórico

No poder desde 2013, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, venceu a primeira eleição presidencial após a morte do então presidente Hugo Chávez, principal liderança da chamada Revolução Bolivariana, processo político iniciado em 1999 e que promoveu uma refundação da república do país.

Em 2018, Maduro foi reeleito pela primeira vez, quando a maior parte da oposição boicotou a votação alegando falta de condições para competir. Seu último mandato, de 2019 a 2025, foi marcado pelo bloqueio internacional liderado pelos Estados Unidos contra a economia do país, em especial, contra o comércio do petróleo venezuelano.

A crise econômica, iniciada em 2014 com a queda nos preços do combustível no mercado global, se agravou ao longo do seu segundo mandato, chegando a um cenário de hiperinflação. Com isso, estima-se que mais de 7 milhões de venezuelanos imigraram.

Após o PIB retrair cerca de 75% entre 2014 e 2020, a Venezuela registrou uma recuperação econômica nos últimos anos, apesar dos salários ainda continuarem muito defasados.

Em janeiro de 2022, a Venezuela saiu oficialmente da hiperinflação. Segundo o Banco Central do país (BCV), o índice de preços de janeiro à outubro de 2024 ficou em 16,6%, número historicamente baixo para os padrões venezuelanos. De acordo com a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal), a Venezuela deve ter um crescimento de 6,2% do PIB em 2024.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Miguel Díaz-Canel: ‘Maduro é o legítimo presidente da Venezuela, que é o berço da independência na nossa América’ (vídeo)

O líder cubano chamou o presidente venezuelano de "irmão"

Nicolás Maduro (à esq.) e Miguel Díaz-Canel (Foto: Reuters)

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, publicou nesta sexta-feira (10) uma mensagem de apoio a Nicolás Maduro, que toma posse para um novo mandato na Venezuela (2025-2031).

“Já estamos na #Venezuela, pátria do bravo povo de Simón Bolívar, Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Viemos acompanhar, no momento do seu juramento, o legítimo presidente deste país, que é o berço da independência na Nossa América. Aqui está #Cuba, irmão Nicolás”, escreveu o presidente cubano.

Simon Bolívar
Simon Bolívar. Foto: Reprodução

O Conselho Eleitoral venezuelano declarou o atual governante como vencedor das eleições realizadas no ano passado, com 51,21% dos votos (5,1 milhões), contra 44,2% (4,4 milhões) de González.

O atual presidente da Venezuela está no poder desde 2013, tendo sucedido Hugo Chávez (1954-2013), que presidiu o país sul-americano de 1999 até o ano de sua morte.

Hugo-Chavez
Hugo Chavez. Foto: TeleSur

No contexto do novo mandato de Maduro, há expectativa sobre a reação dos Estados Unidos, que aumentaram o valor da recompensa por informações que levem à prisão do presidente venezuelano de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões.

A Venezuela sofreu uma tentativa de golpe em 2002. O país possui as maiores reservas de petróleo do mundo (300,9 bilhões de barris), de acordo com números divulgados pela CIA em 2019. A Arábia Saudita ficou em segundo lugar (266,5 bilhões de barris), seguida pelo Canadá em terceiro (169,7 bilhões de barris). O Brasil aparece na 15ª posição do ranking, com 12,7 bilhões de barris.

Fonte: Brasil 247

Inflação fecha 2024 em 4,83%, acima do teto da meta

Maiores impactos sobre a inflação de 2024 vieram do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses

       (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

Lara Rizério, Infomoney - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,52% em dezembro, após alta de 0,39% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).

Com isso, o índice oficial de inflação do país fechou o ano acumulando alta de 4,83%, superando em 0,21 ponto percentual (p.p.) o IPCA de 2023 (4,62%) e ficando 0,33 p.p. acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta oficial era de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta mensal de 0,57% e de 4,88% em 12 meses.

Esses números estarão na mesa da autarquia para a reunião de política monetária de 28 e 29 de janeiro, a primeira sob o comando do novo presidente, Gabriel Galípolo.

Os maiores impactos sobre a inflação de 2024 vieram do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63 pontos percentuais para o IPCA do ano. Além disso, as elevações acumuladas nos preços dos grupos Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos (de 0,81 p.p. e 0,69 p.p., respectivamente) sobre o IPCA do ano. Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.

Entre os 377 subitens que têm seus preços considerados no cálculo do IPCA, a gasolina exerceu o maior impacto (0,48 p.p.) individual sobre a inflação de 2024, acumulando alta de 9,71% no ano. Em segundo lugar, veio o subitem Plano de Saúde, que subiu 7,87% em 12 meses e contribuiu com 0,31 p.p. para o IPCA de 2024. A seguir, veio o subitem Refeição fora do domicílio, que acumulou alta de 5,70% em 12 meses, com impacto de 0,20 p.p. no IPCA do ano.

Outro subitem em destaque foi o Café moído, que exerceu o quarto maior impacto individual sobre a inflação do ano passado (0,15 p.p.) e acumulou alta de 39,60% em 2024.

Por outro lado, subitens com preços mais voláteis, como as Passagens aéreas, ajudaram a puxar o IPCA do ano para baixo, com queda acumulada de 22,20% em 2024 e impacto de -0,21 p.p. no IPCA de 2024. Da mesma forma, o Tomate e a Cebola fecharam o ano acumulando queda de preços (-25,86% e -35,31%, respectivamente) e ambos tiveram o mesmo impacto (-0,07 p.p.) sobre a inflação de 2024.

Para Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, “o índice foi puxado pela alta dos itens alimentícios, que sofreram influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país. Além disso, assim como em 2023, a gasolina foi responsável pela maior contribuição no indicador em 2024”.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Maduro toma posse na Venezuela e projeta seis anos de paz: 'A oligarquia está derrotada'

 

Presidente da Venezuela disse que país enfrentou tentativa dos EUA de 'impor um presidente' em território venezuelano

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, ao lado da primeira-dama, Cilia Flores, para a posse presidencial, em Caracas, em 10 de janeiro de 2025 - Federico Parra / AFP

O presidente Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10) em Caracas e disse que os proximos 6 anos de mandato serão "marcados pela paz". Em meio a uma pressão da oposição que ameaçou interferir na cerimônia, o presidente disse que "prometeu paz e entregou paz".

A cerimônia começou com a juramentação de Maduro ante a Constituição. O responsável por fazer o discurso de abertura foi o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez. Maduro recebeu o colar das chaves da arca, a faixa presidencial e cumprimentou deputados e convidados internacionais antes de assinar o termo de posse e fazer o discurso.

Diferente do habitual, a cerimônia não foi realizada no Hemiciclo da Assembleia Nacional. Maduro também agradeceu o apoio das ruas não só das marchas realizadas nesta quinta-feira (9) como durante a posse. Em seu discurso, o presidente eleito não deixou de falar sobre a "atuação estadunidense" sobre a economia venezuelana e disse que Washington foi derrotado na tentativa de "atacar" o país caribenho.

"Tivemos força contra uma articulação pública e midiática dos EUA, que transformaram a eleição da Venezuela em uma disputa global. Não é Maduro, é um povo que cresce em um homem. Se Maduro tem sentido, é porque Chávez tem sentido. Eles tentaram transformar a eleição de um país pacífico, mas a oligarquia está derrotada, os EUA estão derrotados", afirmou.


Brasil de Fato acompanha o que está acontecendo na Venezuela / Brasil de Fato/Rafael Canoba


Maduro também reforçou a importância do poder cidadão, que chamou de "poder moral e fundacional da República". De acordo com ele, essa ideia de criar um quarto poder que fosse popular foi inspirado em Simón Bolivar, que no processo de independência da Venezuela já pleiteava a necessidade do poder político transmitido à população. Além do Executivo, Legislativo e Judiciário, a Venezuela tem também os Poderes Popular e Eleitoral.

Durante o discurso, Maduro lembrou a articulação de movimentos de esquerda em torno dos congressos antifascistas. Os eventos realizados nos últimos meses em Caracas reuniram militantes, congressistas e lideranças de movimentos populares para discutir a formação de uma frente internacional contra a extrema direita.

As lideranças de extrema direita também foram citadas pelo chavista. De acordo com ele, os EUA não aprenderam com a experiência do ex-deputado Juan Guaidó. O mandatário citou a ultraliberal Maria Corina Machado, que nesta quinta acusou ter sido presa pela polícia Venezuelana depois do ato opositor, mas que foi desmentida pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello. Nas redes sociais, circularam vídeos da ex-deputada falando que estava bem.

"Ninguém impõe um presidente na Veneuzela. Não puderam e não poderão colocar um Guaidó 2.0, que tem a mesma bagagem. Eu vi ontem, tinham um plano. Mas que foi desarticulado", afirmou. O mandatário também debochou do que chamou de "tentativa frustrada" de tomar posse. "Eles não disseram que estariam na Assembleia e que fariam a juramentação?", perguntou o presidente rindo.

O chefe do Executivo também saudou os convidados e cumprimentou o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e o ex-presidente Manuel Zelaya fez referência ao "legado construído pelo ex-presidente Hugo Chávez".

"A Constituição foi criada pelo povo e hoje podemos dizer que a Carta Magna é vitoriosa e a Venezuela está está paz. Os últimos 6 anos representam um símbolo da luta contra o imperialismo e da história de 500 anos dessa terra, contra todas as formas de dominação", disse.

Ao final do discurso, Maduro disse respeitar a Constituição à risca e afirmou ter ouvido de Jorge Rodríguez que a intenção é elaborar nos próximos dias o calendário eleitoral para a disputa legislativa, de prefeitos e governadores de 2025. Já há um projeto de reforma da lei eleitoral em discussão na própria Assembleia Nacional. Segundo a constituição, para valer no pleito deste ano, a reforma deve ser aprovada até março.

☉ Tensão com oposição

Os dias anteriores à posse foram marcados por tensão e uma disputa da oposição em torno da cerimônia. O ex-candidato opositor, Edmundo González Urrutia, questiona os resultados e afirmou que estaria na Venezuela neste 10 de janeiro para tomar posse, mas não disse como faria isso. Ele é alvo de um mandado de prisão

Maduro será o presidente mais longevo da história da Venezuela. Se terminar seu mandato em 2031, ele terá ficado 18 anos no comando do país e superará o libertador Simón Bolívar, que chefiou o governo venezuelano por 15 anos. Ele foi eleito em 28 de julho de 2024 com 6,4 milhões de votos (51,97%) contra 5,3 milhões (43,18%) do opositor Edmundo González Urrutia.

☉ 'Somos do Brics'

O venezuelano voltou a dizer que a Venezuela vai se desenvolver nos próximos anos junto ao Brics. De acordo com ele, o país já faz parte do bloco "há 200 anos, porque somos do mundo que empurra uma nova história".

A entrada no Brics foi motivo de tensão entre os governos brasileiro e venezuelano em outubro. O governo Lula vetou a participação do país caribenho na última cúpula realizada em Kazan. Depois disso, os dois governos trocaram farpas pela imprensa e Caracas chegou a convocar o embaixador em Brasília, Manuel Vadell, para consultas.

☉ Reforma constitucional

O discurso também foi marcado por uma ideia já levantada por Maduro no final de 2024: uma reforma constitucional.

Segundo ele, é preciso um projeto de consenso, inclusivo, debatido com diferentes setores para "aperfeiçoar, melhorar, ampliar e embelezar" a Carta Magna.

A atual Constituição é um dos principais elementos políticos utilizados pelo governo já que foi a principal proposta de campanha da primeira eleição de Hugo Chávez, ainda em 1998.

☉ 'David x Golias'

Em referência à passagem bíblica, o presidente terminou o discurso afirmando ser o "David do povo venezuelano".

"Eu vou sair na frente de Golias, e vou enfrentá-lo, e Samuel 17:43 nos diz que uma vez no caminho até o povoado de David eles se encontraram frente à frente, e Golias falou a David: 'Aproxime-se, aproxima-se e vou atirar seu corpo aos animais selvagens e às aves de rapina'. E David disse ao filisteu, a Golias: 'Você vem contra mim com essa espada gigante, com essa lança [...] mas eu David venho contra você em nome do Senhor todo poderoso e todos os exércitos'", disse.

Edição: Leandro Melito

Fonte: Brasil de Fato

Campos Neto descumpriu meta da inflação em três dos últimos 6 anos

IPCA fechou o ano de 2024 em 4,83%, superando o teto da meta e inflação, de 4,5%

Roberto Campos Neto (Foto: Reuters/Brendan McDermid)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (10) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano de 2024 com alta de 4,83%, superando o teto da meta de inflação, fixado em 4,5%.

Em dezembro, o próprio Banco Central (BC) já havia reconhecido que a inflação encerraria o ano acima da meta estabelecida. A instituição era comandada por Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro para comandar o BC a partir de 2019. No início de 2024, Gabriel Galípolo assumiu a presidência do BC.

Durante a gestão de Campos Neto, o BC não conseguiu cumprir a meta de inflação em três dos seis anos em que esteve à frente da instituição, mesmo com a taxa básica de juros em patamares elevados. A inflação ficou acima da meta em 2021 e 2022, últimos anos do governo Bolsonaro. Somente em 2023, primeiro ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o IPCA voltou a se alinhar com o centro da meta.

Campos Neto protagonizou embates com Lula nos últimos dois anos devido às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic. O presidente criticou reiteradamente o então chefe do BC, alegando que os juros altos prejudicavam o crescimento econômico.

Fonte: Brasil 247

Rodolfo Mota e equipe prestigiam passagem de comando no 30º BIMec

Rodolfo Mota deu as boas vindas ao novo comandante, afirmando que o batalhão tem grande relevância para Apucarana e para a história da cidade



O prefeito Rodolfo Mota – acompanhado da primeira-dama e secretária da Mulher, Karine Priscila da Silva Mota, do vice Marcos da Vila Reis e de diversos secretários municipais – prestigiou nesta sexta-feira (10/01) a solenidade de passagem de comando no 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec). O tenente-coronel Ubiratan Athayde Marcondes Filho assumiu o comando da unidade, substituindo o coronel Alexandre Pereira Figueiredo.

A solenidade foi presidida pelo general Evandro Luís Amorim Rocha, comandante da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, com sede em Cascavel. A cerimônia teve início com a inauguração do retrato do comandante substituído, que irá integrar a galeria de honra dos ex-comandantes da unidade. Figueiredo, que ficou dois anos à frente do 30º BIMec, recebeu ainda diversas homenagens, como a entrega de medalhas e do documento com a referência elogiosa relativa à sua atuação no comando do 30º BIMec. Em seguida, ocorreu a cerimônia de passagem de comando no pátio do batalhão, juntamente com a formatura militar, desfile da tropa e de viaturas.

O prefeito Rodolfo Mota deu as boas vindas ao novo comandante, afirmando que o batalhão tem grande relevância para Apucarana e para a história da cidade. “A presença do Exército Brasileiro em Apucarana nos ajuda muito, em relação a renda per capita, na sensação de segurança e criação de oportunidades, porque a unidade militar prepara os nossos jovens, ensinando diversos valores e eles saem daqui muitas vezes já com um encaminhamento para um emprego”, frisa Rodolfo Mota, destacando ainda as parcerias com o Município, como por exemplo no combate à dengue.

O tenente-coronel Ubiratan – que é natural do Rio de Janeiro, tem 43 anos, é casado e tem dois filhos- afirma que poderia optar por seguir a carreira em 56 unidades dentro do Brasil e colocou Apucarana como a prioridade. “A motivação dessa escolha foi o fato de Apucarana ser uma cidade acolhedora e de termos um batalhão operacional que cumpre diversas missões que estão nas atribuições do Exército Brasileiro”, ressalta Ubiratan.



Fonte: Prefeitura de Apucarana


Lula lidera em todos os cenários para 2026, aponta pesquisa AtlasIntel

Segundo a pesquisa, o presidente Lula venceria todos os outros possíveis candidatos, tanto no primeiro quanto no segundo turno

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 07/09/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se consolida como o grande favorito para as eleições presidenciais de 2026, conforme revela a pesquisa realizada pelo instituto AtlasIntel, em parceria com a Bloomberg, divulgada nesta sexta-feira (10). Segundo a Carta Capital, a pesquisa aponta que Lula lidera em todos os cenários apresentados, tanto no primeiro quanto no segundo turno, mostrando força em sua reeleição.

Nos números do primeiro cenário, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como principal nome da direita, Lula possui uma vantagem de 9,3 pontos percentuais. O petista alcança 42,5%, enquanto Tarcísio fica com 33,2%. Em um campo com múltiplos concorrentes à direita, incluindo o cantor Gusttavo Lima, que anunciou suas intenções políticas, a diferença se mantém considerável. Já Pablo Marçal, terceiro colocado, aparece com apenas 6,9%.

Cenário 1 – Primeira votação:

● Lula: 42,5%

● Tarcísio de Freitas: 33,2%

● Pablo Marçal: 6,9%

● Ronaldo Caiado: 2,9%

● Simone Tebet: 2,1%

● Sergio Moro: 1,4%

● Gusttavo Lima: 1,3%

● Marina Silva: 0,9%

● Branco/Nulo: 8,8%

No segundo cenário, com a entrada de Eduardo Bolsonaro (PL) como principal nome da direita, a vantagem de Lula sobre o deputado federal é ainda mais robusta, chegando a quase 20 pontos percentuais. Lula se mantém com 42,5%, enquanto Eduardo Bolsonaro soma 23,5%. A pesquisa também apresenta a participação de outros nomes como Pablo Marçal (7,9%) e Ronaldo Caiado (6,2%).

Cenário 2 – Segunda votação:

● Lula: 42,5%

● Eduardo Bolsonaro: 23,5%

● Pablo Marçal: 7,9%

● Ronaldo Caiado: 6,2%

● Gusttavo Lima: 4,3%

● Simone Tebet: 2,4%

● Marina Silva: 2%

● Branco/Nulo: 7,9%

A pesquisa também simula diversos cenários de segundo turno, nos quais Lula mantém vantagem sobre os principais concorrentes da direita, incluindo Jair Bolsonaro (PL), que, embora inelegível, figura entre os adversários mais próximos, com 43% contra 49% do atual presidente.

Cenários de segundo turno:

● Lula: 52% x Pablo Marçal: 35%

● Lula: 52% x Eduardo Bolsonaro: 39%

● Lula: 49% x Jair Bolsonaro: 43%

● Lula: 49% x Tarcísio de Freitas: 39%

● Lula: 48% x Ronaldo Caiado: 35%

Com uma amostra de 2.873 participantes, a pesquisa tem uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 31 de dezembro, por meio de questionários online. O levantamento da AtlasIntel e Bloomberg é feito mensalmente, fornecendo um panorama constante das intenções de voto para 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações da Carta Capital

Celso Amorim: Brasil "cumpre o ritual diplomático" com participação de embaixadora na posse de Maduro

Decisão de manter Glivânia Oliveira no evento busca equilibrar críticas à alegada falta de transparência eleitoral com a manutenção do diálogo com o país

         Celso Amorim (Foto: Agência Brasil )

O Brasil confirmou a participação da embaixadora Glivânia Oliveira na cerimônia de posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, marcada para esta sexta-feira (10). A decisão foi confirmada pelo assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim, em entrevista à CNN Brasil. Amorim afirmou que o país “cumpre o ritual diplomático de relação entre Estados” com a decisão.

A presença da embaixadora chegou a ser reavaliada após a suposta detenção da líder opositora María Corina Machado durante um ato em Caracas, na véspera da posse. A notícia da prisão gerou preocupação sobre o ambiente político venezuelano e levantou questionamentos dentro da diplomacia brasileira. Fontes diplomáticas destacaram que a situação ainda estava "mal contada" e que poderia ser uma estratégia da oposição para chamar a atenção dos Estados Unidos, às vésperas da posse de Donald Trump. O governo Maduro negou a detenção da opositora.

Optando por um posicionamento pragmático, o governo brasileiro decidiu não enviar representantes de hierarquia superior à embaixadora, como o chanceler Mauro Vieira ou o próprio Celso Amorim, que tradicionalmente participariam de eventos dessa magnitude.

O Itamaraty tem adotado uma postura cuidadosa para preservar as relações diplomáticas com a Venezuela, evitando rupturas que possam prejudicar a cooperação regional. Embora o governo brasileiro não tenha reconhecido oficialmente a reeleição de Maduro, devido à alegada ausência de transparência nas atas eleitorais, a manutenção de canais diplomáticos é considerada estratégica.

A Venezuela é um dos principais vizinhos do Brasil, com relevância territorial, populacional e fronteiriça. Dessa forma, o governo brasileiro busca equilibrar as críticas à gestão de Maduro com a necessidade de manter relações diplomáticas estáveis, essenciais para a segurança e o desenvolvimento regional.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

VÍDEO: “Lula foi preso injustamente e Moro era chefe de gangue”, disse Eduardo Cunha

 

Sergio Moro e Eduardo Cunha: ex-deputado diz que ex-juiz era chefe de gangue. Foto: reprodução
Eduardo Cunha, deputado cassado e ex-presidente da Câmara, afirmou em entrevista no ano passado que o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil) era “chefe de gangue” e que “sequestrava pessoas para obter delações”. Cunha também declarou que o presidente Lula (PT) foi preso de forma injusta. O vídeo com as declarações viralizou nas redes sociais nesta semana.

“O Moro montou uma indústria de delações, em que ele sequestrava as pessoas, e o resgate era a delação nos termos que eles queriam”, disse Cunha. “Aliás, o Moro já tinha escrito um artigo na Folha de S.Paulo, sete anos antes de começar essa história toda, explicando como deveria ser feita uma operação no Brasil.”

Cunha, que foi um dos principais articuladores do golpe contra Dilma Rousseff, completou: “O Moro era chefe de gangue. Essa é a verdade. Ele tinha representantes, inclusive nos presídios; todo mundo fazia parte da gangue do Moro.” Ele reiterou que Lula foi preso de forma injusta: “O Lula foi preso injustamente, ilegalmente, e foi afastado com ‘gol de mão’ das eleições de 2018. Eu não tenho o menor pudor em dizer isso, mesmo sendo adversário do PT.”


Assista abaixo:

Fonte: DCM

Gracyanne Barbosa tem vídeo íntimo vazado após ser confirmada no BBB25

 

Gracyanne Barbosa, influenciadora fitness e modelo de fisiculturismo, foi confirmada na vigésima quinta edição do BBB, da Globo – Foto: Reprodução

Na quinta-feira (9), Gracyanne Barbosa foi confirmada como integrante do grupo Camarote do BBB25. No entanto, logo após o anúncio, um vídeo íntimo da influencer, de sua conta no OnlyFans, vazou na web. Depois disso, nas redes, o nome da modelo voltou a ser um dos mais comentados.

No material vazado, Gracyanne aparece completamente nua, tocando suas partes íntimas e rebolando para a câmera.

Além de Gracyanne, outros famosos, como Vitória Strada, Diogo Almeida e os irmãos Diego e Daniele Hypólito, também foram anunciados no elenco do reality. Gracyanne participará do programa ao lado de sua irmã Giovanna, de 26 anos, com quem compartilha a paixão por atividades físicas.

Foto íntima vazada de Gracyanne – Foto: Reprodução

Fonte: DCM

Nicolás Maduro toma posse para terceiro mandato na Venezuela em meio a tensão com opositores

 

Presidente será o mandatário mais longevo da história do país; cerimônia será marcada por discurso e juramentação


Maduro venceu as eleições em 28 de julho com 6,4 milhões de votos (51,97%) - JUAN BARRETO / AFP


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomará posse nesta sexta-feira (10) para o terceiro mandato em um contexto ainda questionado pela oposição do país. A cerimônia foi alvo de uma disputa com a oposição venezuelana nos últimos 5 meses. O grupo de extrema direita tenta interferir na juramentação do chavista e questiona o resultado do pleito.

Maduro será o presidente mais longevo da história da Venezuela. Se terminar seu mandato em 2031, ele terá ficado 18 anos no comando do país e superará o libertador Simón Bolívar, que chefiou o governo venezuelano por 15 anos. Ele foi eleito em 28 de julho de 2024 com 6,4 milhões de votos (51,97%) contra 5,3 milhões (43,18%) do opositor Edmundo González Urrutia.


Brasil de Fato acompanha o que está acontecendo na Venezuela / Brasil de Fato/Rafael Canoba


Se por um lado o governo afirma que o evento está garantido e não deverá ter intercorrências, por outro a oposição questiona os resultados e afirma que tentará interferir na cerimônia. O ex-candidato da Plataforma Unitária, Edmundo González Urrutia, fez um tour por países governados pela direita para tentar fazer uma articulação para exercer pressão sobre o governo de Maduro

O opositor se encontrou com os presidentes da Argentina, Javier Milei, do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e dos Estados Unidos, Joe Biden, em um esforço de mostrar força política para tentar um golpe no país vizinho. Em todas as ocasiões, ele reforçou a ideia de estar em Caracas em 10 de janeiro para tomar posse. Edmundo, no entanto, não especificou como pretende ir ao país, já que é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Ministério Público.

O grupo da extrema direita também tentou mobilizar opositores para as ruas e tem usado as redes sociais para tentar esquentar o clima para o 10 de janeiro. Tendo esse pano de fundo, a véspera foi marcada por marchas que testaram a capacidade de mobilização da direita para fazer pressão sobre o governo e das forças de segurança para garantir que nada saia do previsto durante a posse.

As manifestações, no entanto, foram esvaziadas e arrefeceram o ímpeto dos opositores. O governo reforçou o esquema de segurança para a posse nos últimos dias e as forças policiais atuaram nesta quinta-feira. Mesmo sem acompanhar de perto as manifestações, as forças de segurança atuaram rápido para evitar conflito no momento mais movimentado das duas marchas, no encontro entre ambas.

Já do lado governista, as marchas foram mais cheias e saíram de pontos diferentes de Caracas para se encontrar no centro da capital venezuelana. A expectativa é de que, nesta sexta, apoiadores também acompanhem a posse nos arredores da Assembleia e do palácio Miraflores, sede do executivo venezuelano.

Preparação e convidados


Maduro foi convocado no último domingo (5) pela Assembleia Nacional para juramentar. A cerimônia será realizada na própria sede do Legislativo e terá a entrega da faixa presidencial e o discurso de Maduro para os deputados e convidados internacionais.

A posse deste ano não receberá muitos convidados internacionais representando governos. O Brasil de Fato apurou que o governo Lula enviará a embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira. Colômbia e México também devem enviar os seus representantes diplomáticos. A Colômbia é representada em território venezuelano por Milton Rengifo Hernández, enquanto o México tem o embaixador Leopoldo de Gyvés de la Cruz na capital venezuelana.

A maior parte dos países será representada pelos embaixadores que estão em Caracas, enquanto as embaixadas da maior parte dos países europeus não receberam convite para a posse. O presidente do Legislativo russo, Viacheslav Volodin, vai à cerimônia. O governo da Bolívia também confirmou o envio de um ministro, enquanto Belarus vai enviar o vice-primeiro-ministro, Nikolai Snopkov.

A República Democrática do Congo também enviará uma delegação que deve ter uma série de bilaterais com o governo venezuelano na semana depois da posse.

Terceiro mandato

O atual presidente apresentou para os próximos seis anos o seu programa de governo chamado de "7 Transformações". O documento propõe o desenvolvimento em sete áreas. Os eixos estão divididos em economia, social, política, meio ambiente e relações internacionais, além de dois tópicos mais conceituais: expandir a doutrina bolivariana e aperfeiçoar a convivência cidadã.

De acordo com o presidente, as transformações são necessárias para o país “se transformar em uma “potência definitiva”. Outra proposta é ampliar a extração de petróleo. Depois de um período de oito anos de sanções impostas pelos Estados Unidos contra a indústria petroleira, a Venezuela voltou a ampliar a produção do produto e, segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), chegou a 922 mil barris por dia em junho. A meta do governo é chegar a 2 milhões já em 2025.

Maduro também propõe aumentar os programas sociais do governo chamados de Grandes Missões, projeto de políticas públicas desenvolvido ainda nos governos de seu antecessor, o ex-presidente Hugo Chávez, que prestam assistência social em distintos níveis, como alimentar, escolar e de moradia.

Oposição contesta eleição

A oposição questiona o resultado das eleições desde 28 de julho. A líder da extrema direita venezuelana, María Corina Machado, publicou no último sábado (4) o que seria uma atualização dos resultados das atas recolhidas pela oposição.

De acordo com a ex-deputada ultraliberal, foram recolhidas 85,18% das atas eleitorais da Venezuela com resultados que dariam a vitória a Edmundo González com 67% dos votos válidos (7.443.548 votos). Já Nicolás Maduro teria recebido 30% do total de votos, somando 3.385.155 eleitores. A publicação ainda afirma que os outros oito candidatos teriam recebido 273.063 votos.

A coalizão de extrema direita, no entanto, não divulgou as cópias de maneira pública e não disse por que estava atualizando os dados depois de mais de cinco meses do pleito.

Edição: Rodrigo Chagas

Fonte: Brasil de Fato

Embaixadora brasileira será enviada à posse de Maduro na Venezuela

Glivânia Oliveira; governo Lula confirmou o envio da embaixadora Glivânia Oliveira à posse de Nicolás Maduro – Foto: Reprodução

O governo Lula (PT) confirmou o envio da embaixadora Glivânia Oliveira à posse de Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (10) em Caracas. Apesar das críticas e tensões envolvendo a situação política venezuelana, a decisão foi mantida como uma forma de preservar o canal diplomático entre os dois países.

Segundo fontes do Planalto, o envio da representante brasileira não significa um apoio direto ao governo de Maduro, mas sim uma estratégia de diálogo. “É fundamental manter as pontes abertas para intermediar eventuais conflitos e reforçar a diplomacia”, afirmou um interlocutor do governo.

A posse de Nicolás Maduro acontece em um contexto de contestação. As eleições venezuelanas de julho de 2024 foram marcadas por acusações de fraude por parte da oposição. Apesar da pressão de diversos países, incluindo o Brasil, o governo venezuelano não divulgou as atas que comprovariam a vitória do chefe de Estado.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela – Foto: Reprodução

Além disso, organizações internacionais e grupos de direitos humanos têm apontado críticas à Venezuela. O governo Lula, no entanto, tem adotado uma postura de equilíbrio.

Fonte: DCM