quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Ataques de 8 de janeiro jamais podem ser classificados como liberdade de expressão, diz ministro do GSI

O general Marcos Antônio Amaro afirma que os eventos foram "tresloucados" e reforça a responsabilidade das redes sociais na polarização

General Marcos Antonio Amaro, ministro do GSI (Foto: Agência Brasil)

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Antônio Amaro, afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que os atos golpistas de 8 de janeiro jamais poderão ser classificados como liberdades de expressão. O argumento é utilizado por alvos de investigações como uma tentativa de se livrar de condenações e reduzir penas. Os atos não podem, de forma alguma, ser classificados como “liberdade de expressão”, disse o ministro.

Para Amaro, o que aconteceu em 8 de janeiro não foi uma ação promovida pelas Forças Armadas, que, segundo ele, não compactuaram com o golpe. Ele também reforçou que as redes sociais desempenharam um papel crucial na escalada dos eventos. “O mau uso e desinformação em mídias sociais contribuem para a má compreensão da realidade nacional e amplificam a polarização da sociedade”, afirmou o ministro.

Sobre o futuro e a memória dos eventos, o general acredita que o Brasil sempre lembrará do 8 de janeiro, mas ele alertou para a possibilidade de tentativas de reinterpretação histórica. “A realidade é uma só. As visões da realidade diferem de pessoas, de grupos, de polos. É preciso, sempre, buscar a verdade”, afirmou, defendendo que o país não deve cair na tentação de revisitar os eventos com uma visão distorcida. Para ele, a lembrança correta deve ser a de que os atos de 8 de janeiro não foram, de maneira alguma, atitudes democráticas.

Sobre a perspectiva dos próximos eventos e como o país deve reagir, Amaro manteve uma posição firme. “Minha expectativa é positiva. É preciso condenar o 8 de janeiro, qualquer que tenha sido a sua motivação. É importante que se enxergue que aqueles atos não constituíram atitudes democráticas e não serão jamais aceitáveis coisas semelhantes”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

“Abraço pela democracia”: Lula realiza ato pelos 2 anos do 8/1 nesta quarta

O presidente Lula (PT), ao lado da primeira-dama Janja, durante a cerimônia de posse em 2023. Foto: Reprodução.

O presidente Lula participará nesta quarta-feira (8) de uma cerimônia no Palácio do Planalto para marcar os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O evento, organizado em defesa da democracia, incluirá a reintegração de obras de arte restauradas e diversas etapas para simbolizar a reconstrução institucional após os ataques.

A cerimônia começará às 9h30, com o retorno ao acervo governamental de 21 obras de arte danificadas nos atos de vandalismo promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entre elas, destacam-se um relógio de pêndulo do século XVII e uma ânfora portuguesa de cerâmica esmaltada, que exigiram processos de restauração complexos. O relógio foi enviado à Suíça para reparo, enquanto as demais peças foram restauradas em um laboratório montado no Palácio da Alvorada.

Às 10h30, será apresentada a obra As Mulatas, de Di Cavalcanti, totalmente restaurada após ter sido furada e rasgada por extremistas durante os ataques. Essa pintura icônica ocupava o terceiro andar do Planalto e simboliza a resiliência da arte diante da violência.

Vândalos fizeram pelo menos seis rasgos na tela "As Mulatas", do Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto — Foto: Reprodução/Twitter

Vândalos fizeram pelo menos seis rasgos na tela “As Mulatas”, do Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto — Foto: Reprodução/Twitter

O terceiro momento da solenidade, programado para as 11h, será marcado por discursos de autoridades no Salão Nobre do Planalto. Ministros, parlamentares, governadores e ministros de tribunais superiores estão entre os convidados. Dentre eles, destaca-se Alexandre de Moraes, responsável no STF pelos casos relacionados aos atos golpistas. O STF já condenou 371 pessoas envolvidas nos ataques, cujos prejuízos ultrapassaram R$ 26 milhões.

Abraço pela democracia

O evento será encerrado com o “abraço da democracia” na Praça dos Três Poderes. Lula e outros participantes descerão a rampa do Planalto para formar o gesto simbólico. Um arranjo de flores com a palavra “democracia” será montado no local, reforçando o compromisso com os valores democráticos.

Apesar da ausência confirmada de alguns chefes de poderes, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o evento contará com representantes de destaque. Luiz Edson Fachin, vice-presidente do STF, e Veneziano Vital do Rêgo, vice-presidente do Senado, estarão presentes, assim como os comandantes das Forças Armadas.

Fonte: DCM

Governo inclui livro ‘Ainda Estou Aqui’ nas bibliotecas das escolas públicas da Bahia


Livro “Ainda Estou Aqui”; governo deve incluir obra literária nas bibliotecas das escolas públicas estaduais da Bahia – Foto: Reprodução

O DCM recebeu a seguinte nota:

A adaptação da obra para o cinema rendeu uma premiação inédita para o Brasil com a atriz Fernanda Torres sendo eleita a Melhor Atriz em Filme Dramático do Globo de Ouro 2025

O governador Jerônimo Rodrigues anunciou a adoção do livro Ainda Estou Aqui, do escritor Marcelo Rubens Paiva, para as bibliotecas das escolas públicas estaduais. A obra, que aborda memórias pessoais do autor e os impactos da ditadura militar no Brasil, foi adaptada para o cinema e recebeu nesse domingo (5), o prêmio internacional inédito no Globo de Ouro, elegendo a atriz Fernanda Torres como Melhor Atriz em Filme de Drama.

Fernanda Torres, vencedora do prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação em 
“Ainda Estou Aqui” – Foto: Reprodução

“Esse prêmio nos motiva a aprofundar o diálogo sobre democracia. Nós vamos fazer entregas e doações do livro Ainda Estou Aqui para festas literárias, para nossas bibliotecas das escolas estaduais, e planejamos exibir filmes em nossas unidades escolares e teatros, promovendo debates e discussões com especialistas”, explica o governador.

Através da Secretaria Estadual de Educação (SEC), a obra será utilizada como instrumento para promover debates sobre democracia, história e direitos humanos no ambiente escolar. Está prevista a exibição do filme nas escolas da rede estadual, seguida de rodas de conversa e atividades pedagógicas.

A ação integra um esforço do governo baiano para estimular o pensamento crítico e resgatar a memória histórica entre os jovens, fortalecendo o compromisso da educação pública com a formação cidadã.

“Estamos oferecendo aos estudantes da rede estadual a oportunidade de compreender a história do Brasil de forma mais profunda, refletindo sobre o passado e os valores que devemos cultivar para o futuro,” destacou a secretária da educação, Rowenna Brito.

Também para estimular a leitura e o desenvolvimento do pensamento crítico, a SEC criou, em 2024, o projeto “Nós por Nós: Projeto de Incentivo à Produção Literária do Campo, Indígena e Quilombola no Estado da Bahia”, uma iniciativa voltada a promover a valorização cultural e incentivar a produção literária entre estudantes do campo, indígenas e quilombolas.

Um dos livros selecionados para o projeto é Salvar o Fogo do escritor baiano Itamar Vieira Jr. A obra premiada com o Prêmio Jabuti de 2024, na categoria Romance Literário, foi escolhida por seu impacto e abordagem sobre temas como identidade e resistência nas comunidades afro-brasileiras.

Justiça Social e Cultura

“É uma excelente iniciativa em termos de preservação da memória e promoção da justiça. A circulação de narrativas sobre a resistência política ao autoritarismo e sobre a defesa das liberdades democráticas é um importante passo para que absurdo como os atentados de 8 de janeiro de 2023 não se repitam. A iniciativa do governador Jerônimo Rodrigues se soma a um ciclo virtuoso de ações de preservação do nosso patrimônio histórico e cultural”, afirma o titular da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) da Bahia, Felipe Freitas.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) – Foto: Reprodução
A SJDH realiza ações de valorização dos direitos humanos e da memória das lutas sociais brasileiras em festas populares, feiras literárias e Caravanas de Direitos Humanos, promovendo debates, lançamentos de livros e atividades formativas em escolas estaduais. Em 2024, a pasta também produziu exposições fotográficas que destacaram a militância de mulheres afrodiaspóricas contra o racismo e o patriarcado, além de homenagear defensoras e defensores dos direitos humanos, reforçando a importância da cidadania na construção de uma sociedade justa e democrática.

O Governo do Estado, através da Fundação Pedro Calmon (FPC), órgão vinculado à Secretaria da Cultura (Secult), também promove ações de preservação da memória e apoio a publicações. Entre as iniciativas, destacam-se o projeto Memórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia (1964-1985), que registra histórias de resistência à ditadura, e a exposição “Para que NÃO se esqueça… Para que NUNCA mais aconteça”, em parceria com o Tribunal de Justiça da Bahia, que reflete sobre os 45 anos da Lei de Anistia e os 60 anos do Golpe Militar.

“Essas iniciativas reforçam nosso compromisso com a formação de cidadãos conscientes do seu papel na construção de um futuro mais justo, e é por meio da cultura e da memória que conseguimos dialogar com diferentes gerações sobre a importância de nunca esquecermos os erros do passado”, ressalta Vladimir Pinheiro, diretor-geral da FPC.

Fonte: DCM

Outros pontos do Rio também são palco de “surubões” ao ar livre, diz praticante


Homens foram flagrados envolvidos em atos sexuais ao ar livre na Pedra do Arpoador, no Rio de Janeiro, durante o dia – Foto: Reprodução
O “Surubão” do Arpoador, que chamou atenção após vídeos da orgia ao ar livre viralizarem no réveillon de 2025, revelou uma prática recorrente em outro ponto turístico da Zona Sul do Rio. O Mirante do Pasmado, em Botafogo, é conhecido entre os adeptos do dogging — atividade de sexo público com desconhecidos. No local, áreas mais reservadas, como trilhas e platôs, atraem frequentadores em busca de privacidade e uma vista privilegiada do Pão de Açúcar.

Segundo relatos, o dogging é cercado de códigos: mulheres geralmente usam vestidos ou saias, e sinais como luzes acesas nos carros indicam abertura para interação. “A graça é ser visto em ambiente aberto. Algumas pessoas têm fantasias com o caráter transgressor da prática”, explicou um praticante em entrevista ao Globo. No entanto, o risco de flagrante pela polícia é constante, e os encontros geralmente ocorrem entre 22h e 6h.

Além do Mirante, a Praia da Reserva, na Zona Oeste, também atrai adeptos, especialmente em um deck entre as ilhas 2 e 3. Mesmo com a repercussão do Arpoador, a Guarda Municipal reforçou que atos obscenos em locais públicos são proibidos. “Se flagrados, os envolvidos são conduzidos à delegacia”, afirmou a corporação. O Código Penal prevê detenção ou multa para quem realizar os atos.

Fonte: DCM

Abin identifica três manifestações em defesa de bolsonaristas condenados por atos terroristas do 8/1

Atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023: Abin identifica três atos em defesa dos bolsonaristas. Foto: reprodução

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) identificou três manifestações programadas para esta quarta-feira (8) em defesa de bolsonaristas condenados por invadirem e depredarem a Praça dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, conforme informações da Folha de S.Paulo.

Segundo um documento da Abin, distribuído aos órgãos de inteligência nesta terça-feira (7), os atos ocorrerão em Campo de Santana, no centro do Rio de Janeiro, na Praça Tamandaré, em Goiânia, e na Torre do Castelo, em Campinas (SP).

O relatório da Abin também aponta uma transmissão ao vivo organizada pela Asfav (Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro), que será realizada como contraponto ao evento promovido pelo governo Lula (PT) em Brasília.

“A mobilização deve contar com a participação de jornalistas, juristas e parlamentares e busca reforçar a narrativa de perseguição institucional a opositores da atual gestão do Governo Federal”, destaca o documento da agência.

Governo Lula aciona STF após identificar nova ameaça terrorista
Terroristas atacaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro de 2023 – Foto: M
Apesar do monitoramento, a Abin afirma que nenhuma dessas manifestações apresenta caráter anti-institucional ou incitações a ações violentas. Paralelamente, a agência identificou a realização de outros oito atos em defesa da democracia e contra os ataques golpistas, além do evento oficial do governo em Brasília.

Essas manifestações ocorrerão em Belo Horizonte (MG), na Praça Sete de Setembro e na Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), e também em cidades como Vitória (ES), Campo Grande (MS), Recife (PE), Araraquara (SP), Aracaju (SE) e João Pessoa (PB).

O governo Lula (PT), por outro lado, prepara uma cerimônia especial no Palácio do Planalto para marcar a memória dos atos golpistas. Durante o evento, serão devolvidas obras e objetos que foram destruídos nos ataques ocorridos em janeiro de 2023.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Após ameaça, Trump posta mapas dos EUA com Canadá “anexado”


Donald Trump; recém-eleito Presidente dos EUA postou mapas que mostram os EUA e o Canadá como um único país – Foto: Reprodução

Donald Trump, recém-eleito Presidente dos EUA, causou alvoroço na web após publicar mapas que mostram os EUA e o Canadá como um único país. As imagens foram compartilhadas na Truth Social na terça-feira (7), acompanhadas de mensagens que sugerem a anexação do Canadá ao território norte-americano.

Uma das postagens apresenta a bandeira americana cobrindo os dois países, sem nenhuma divisão entre os territórios. Outra imagem exibe o mapa da América do Norte, destacando o nome “United States” sobre o Canadá. Juntas, as postagens alcançaram mais de 42 mil curtidas e foram compartilhadas quase 12 mil vezes.
Imagem compartilhada por Trump que mostra o Canadá “anexado” aos EUA – Foto: Reprodução
Imagem compartilhada por Trump que mostra o Canadá coberto pela bandeira dos EUA – Foto: Reprodução

☉ Resposta imediata

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, respondeu imediatamente à provocação. Antes mesmo das publicações de Trump, Trudeau já havia declarado no X, antigo Twitter, que “não existe a menor chance de o Canadá se tornar parte dos Estados Unidos”. Ele também ressaltou a importância da parceria comercial entre os dois países.

O presidente americano, conhecido por suas declarações polêmicas, já havia sugerido, em coletivas anteriores, a ideia de incorporar o Canadá como o 51º estado norte-americano. Ele argumentou que isso traria vantagens econômicas e reforçaria a segurança nacional. A proposta, no entanto, não possui base legal ou apoio significativo.

☉ Groenlândia, Canal do Panamá e Golfo do México

Além das declarações sobre o Canadá, o chefe de Estado voltou a falar sobre seu interesse pela Groenlândia. Ele afirmou considerar medidas econômicas contra a Dinamarca, país que administra a ilha, para facilitar uma eventual aquisição pelos Estados Unidos. A Groenlândia é estratégica por abrigar uma base militar norte-americana.

Outro ponto de destaque foi a menção ao Canal do Panamá, que Trump classificou como “vital para os Estados Unidos”. Ele sugeriu retomar o controle do canal, afirmando que sua administração pelos panamenhos e suposta influência da China representam um problema para os interesses norte-americanos.

Trump também propôs uma mudança no nome do Golfo do México, que passaria a se chamar “Golfo da América”. Segundo ele, o novo nome refletiria melhor a relação econômica e geopolítica da região com os Estados Unidos. A ideia foi recebida com críticas e descrença por analistas.

Fonte: DCM

“Não é o momento de discutir anistia”, diz futura presidente do STM sobre 8/1

Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, futura presidente do Superior Tribunal Militar (STM): para ela, o episódio é uma ferida aberta que vai custar para cicatrizar. Foto: reprodução

Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, futura presidente do Superior Tribunal Militar (STM), disse, em entrevista à colunista Malu Gaspar, do Globo, que é “precoce” a discussão sobre uma anistia aos envolvidos nos atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Ela assumirá o comando do STM em 12 de março:

Como a senhora vê a possibilidade de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro? É uma discussão oportuna?

Acho que é simplesmente precoce, muito cedo para se falar em anistia. Ainda não tenho os dados para avaliar se ela é pertinente ou não, então, como diria Dom João VI, quando não se sabe o que fazer, o melhor é não se fazer nada. Em primeiro lugar, nem todos os réus ainda foram julgados, apenados – e outros ainda vão ser denunciados. Então é preciso aguardar para que todos os autores e perpetradores do 8 de Janeiro sejam efetivamente julgados para se cogitar que tipo de anistia, porque até tem um indulto presidencial. Existe um indulto que é dado e concedido todos os anos pelo presidente da República, mas precisa-se ver se a situação comporta até o indulto. Talvez não precise nem de anistia, mas vamos guardar.

Do ponto de vista pessoal, a senhora é particularmente contra ou a favor da anistia?

Vai depender de muitos fatos que ainda estão sendo apurados. É preciso ter uma visão completa do que foi o 8 de Janeiro, esclarecer tudo, para poder se falar nisso, porque a anistia é perdão, não é esquecimento. É preciso que se tenha em conta toda a cena do crime. Podemos dizer que, pelo visto, não foi só a depredação do Palácio do Planalto, do Supremo e do Congresso. Ela extrapolou a Praça dos Três Poderes, e aí é preciso ter consciência do que realmente poderia acontecer para se valorar a possibilidade ou não desse perdão. E essa consciência nós ainda não temos, porque depende inclusive da atuação do Procurador-Geral da República (a quem caberá apresentar a denúncia contra os indiciados pela Polícia Federal na trama golpista).
Atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023: a ministra disse que é “precoce” a discussão de uma anistia aos envolvidos no episódio. Foto: reprodução

Por falar na PGR, os militares devem ser punidos, se ficar comprovado o envolvimento deles nos planos golpistas?

É claro, ninguém está acima da lei. Nenhum de nós está acima da lei, nem militar, nem ministro, nem magistrado, nem o próprio presidente da República. (…)

A senhora acha que o 8 de Janeiro já foi superado?

Não. Isso vai ser como 64, vai incomodar ainda por muitas décadas. O 8 de Janeiro é uma ferida aberta que vai custar para cicatrizar. É um fantasma que nos atormenta, e que nos obriga a ficarmos vigilantes e reflexivos, porque nós, aqueles que têm um pensamento de vanguarda, que querem que o país progrida, que querem reformar as instituições e distribuir a riqueza de uma forma igualitária, também andamos falhando muito. Os setores progressistas da sociedade têm falhado muito também com as camadas populares. (…)

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

VÍDEO: Fernanda Torres é homenageada na maior roda gigante do Brasil

Fernanda Torres é homenageada em roda gigante da Zona Portuária, no Rio. Foto: Divulgação

Fernanda Torres foi homenageada nesta terça-feira (7) com uma projeção especial na roda-gigante ‘Yup Star’, localizada na Zona Portuária do Rio de Janeiro. O ponto turístico, que é uma das maiores atrações da cidade, mede 88 metros de altura e pode ser avistado de locais como a Ponte Rio-Niterói e bairros próximos, como Saúde e Caju.

A homenagem celebra o prêmio de Melhor Atriz de Drama no ‘Globo de Ouro’, conquistado por Fernanda Torres. A exibição ficará em cartaz até esta quarta-feira (8) no Porto Maravilha. A Yup Star, conhecida por ser a primeira roda-gigante de grande porte no Brasil, conta com 54 cabines climatizadas e recebe milhares de visitantes mensalmente.

A projeção, que acontece das 18h30 às 5h, exibe uma frase que ressalta o orgulho da cidade pelo troféu conquistado por Fernanda. Além disso, a homenagem ganhou destaque nas redes sociais da ‘Visit Rio’, iniciativa que promove o Rio de Janeiro como destino turístico para visitantes do Brasil e do mundo.

Confira o vídeo:

Fonte: DCM

Coronel é denunciado ao MPF por atacar o STF após prisão de Braga Netto


O general Walter Braga Netto foi preso no último dia 14 em Copacabana, no Rio de Janeiro. Foto: Reprdodução

O coronel da reserva Nilo Paulo Moreira foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por publicar artigo atacando o Supremo Tribunal Federal (STF) após a prisão do general Walter Braga Netto, acusado de interferência no inquérito da trama golpista. A queixa foi protocolada por Leonardo Carvalho Bastos, membro do Conselho de Ética do PT, e cita texto divulgado no último dia 26 no site Clube Miltar.

No texto, o coronel tenta minimizar o plano golpista, chamando as articulações de “bate-papos”, e diz que Braga Netto e os demais militares foram presos “ao arrepio da lei”. Sem citar o Supremo, o artigo ainda diz que a Corte estaria criminalizando “a livre manifestação de pensamento e a liberdade de opinião”.

“Por enquanto, a prisão do General de Exército Braga Netto representa a mais recente cartada nesse quadro de descalabros e legalidade polêmica. Sem desviar um centavo sequer dos cofres públicos, sem ter praticado ilicitude penal ou atentado contra a vida de quem quer que seja, o Oficial-General sofre constrangimentos extremos”, prossegue o coronel.

O militar também defende os golpistas condenados pelo ataque de 8 de janeiro de 2023 à Praça dos Três Poderes, em Brasília. “Tudo em nome de uma democracia incapaz de respeitar os mais elementares direitos da Cidadania”, escreve.
Artigo publicado pelo coronel da reserva Nilo Paulo Moreira no site Clube Militar. Foto: Reprodução

Na denúncia apresentada ao MPF, Bastos pede uma “investigação severa” contra o coronel e alega que ele está “estimulando a ‘tropa'”. “Peço deferimento à essa importante, gravíssima e necessária manifestação”, diz a queixa.

O documento ainda cita uma mensagem escrita pelo também coronel da reserva Anderson Freire Barboza em um grupo de WhatsApp acusando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de “roubar” as eleições presidenciais de 2022. “Surpresas desagradáveis contra nossa democracia podem surgir”, escreve Bastos.

Fonte: DCM

Sakamoto: Fernanda Torres fura a bolha e derruba pautas bolsonaristas, mostra Quaest


Fernanda Torres. Foto: Divulgação


Por Leonardo Sakamoto, no UOL

A repercussão nas redes sociais do Globo de Ouro de melhor atriz para Fernanda Torres atropelou todos os outros assuntos, inclusive a polêmica sobre a saída do Brasil de um soldado israelense acusado de crimes de guerra em Gaza, que se transformou em bandeira do bolsonarismo nos últimos dias. Em números, ela teve volume de mobilização mais de 50 vezes maior.

O prêmio à atriz por sua interpretação no filme “Ainda Estou Aqui”, que trata da luta de Eunice Paiva para manter a família e garantir justiça após a morte do marido pela ditadura, gerou 2,5 milhões de menções, segundo a Quaest, entre sábado (4) e às 12h desta terça (7). Enquanto isso, a fuga do soldado produziu 43,3 mil menções no mesmo período. Ou seja, menos de 2% do Globo de Ouro.

Para efeito de comparação, a comoção pelo Globo de Ouro à Fernanda Torres foi maior que a da cassação do então deputado federal Deltan Dallagnol em maio de 2023 (1 milhão de menções), que a declaração de Lula comparando a retaliação de Israel a Gaza ao Holocausto judeu em fevereiro de 2024 (692 mil menções) e que a delação do tenente-coronel Mauro Cid sobre a tentativa de golpe de Estado em setembro de 2023 (59 mil menções), segundo a Quaest.

Para quem não acompanhou o caso, o soldado israelense Yuval Vagdani deixou o Brasil após a Justiça Federal do Distrito Federal determinar a apuração de crimes de guerra que teriam sido cometidos pelo militar em Gaza. Ele havia sido alvo de acusação de uma organização da sociedade civil que busca responsabilizar o Estado de Israel por violações de direitos humanos contra os palestinos. A partir daí, políticos e influenciadores bolsonaristas tomaram a pauta, afirmando que o caso é perseguição e afronta à soberania de outro país.

Mais do que quantidade, a repercussão do prêmio teve qualidade. Do total de menções, 72% são positivas, celebrando Fernanda Torres e considerando o fato como uma conquista nacional, segundo a Quaest. Outros 21% têm teor neutro ou noticioso.

Apenas 7% trazem críticas à atriz, principalmente impulsionadas por bolsonaristas.

Fernanda Torres. Foto: Divulgação

Entre elas, reclamações sobre o uso a lei Rouanet (o que é mentira, uma vez que o filme não a utilizou para o seu financiamento), insinuações de que o governo não estaria gastando em cultura o dinheiro da comida da população mais pobres, reclamações de que a atriz defende as vítimas da ditadura, mas não os golpistas do 8 de janeiro e uma busca por deslegitimá-la por ser progressista.

O levantamento da Quaest aponta, contudo, que o baixo volume de críticas mostrou que, ao menos até o momento, “a narrativa dos bolsonaristas não ganha força no ambiente digital”.

“Em tempos de política pop, em que a política tenta copiar o entretenimento para buscar engajamento, Fernanda Torres e seu merecido prêmio mostram como funciona o caminho inverso: quando a arte, boa por essência, domina o debate público e fura bolhas políticas, neutralizando narrativas fabricadas”, afirmou à coluna o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest.

“Ainda Estou Aqui”, baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e de Rubens Paiva, deputado que foi cassado e morto pela ditadura civil-militar (1964-1985), foi dirigido por Walter Salles. Ao focar no impacto desse período na vida cotidiana de uma família, o filme atingiu um público mais amplo. Didático, alcançou também os mais jovens, muitos dos quais pouco conheciam os casos de tortura e assassinatos do regime.

Torres mais falada que Jolie, Kidman, Winslet, Anderson e Swinton

A Quaest levantou que, no final de semana da premiação, Fernanda Torres foi a candidata ao prêmio de melhor atriz mais mencionada nas redes. Não só nas postagens em língua portuguesa, das quais recebeu 89% das menções, mas também naquelas em inglês – nas quais, ela recebeu 66% das menções.

Para efeito de comparação, considerando as postagens em língua inglesa Angelina Jolie teve 14%, Nicole Kidman, 8%, Kate Winslet, 6%, Pamela Anderson, 4%, e Tilda Swinton, 2%.

Fonte: DCM

VÍDEO – Influencer cristã é atacada por celebrar vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro

 

A influenciadora cristã Jordana Vucetic sofreu ataques de seguidores por comemorar vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro. Foto: Reprodução
A influenciadora cristã Jordana Vucetic afirmou que vem sofrendo ataques por celebrar a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro. Ela gravou um vídeo mostrando os ataques e explicou o motivo da felicidade após a premiação da atriz.

Entre os comentários recebidos pela influenciadora, há ataques chamando-a de “esquerdista”, além de menções à Lei Rouanet e mensagens dizendo que Fernanda Torres é “petista”. Jordana diz que celebrou “o fato de uma atriz brasileira ser reconhecida internacionalmente”.

“É muito injusto tirar todo o mérito da Fernanda Torres como atriz e achar que a Lei Rouanet está bancando um prêmio mundial”, disse a influenciadora, ironizando os comentários. Ela ainda recomendou que seus seguidores vejam “Ainda Estou Aqui” e destacou a importância da obra.

Jordana também relembrou a fala de Fernanda Torres em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, em 1997, quando disse que ter “preconceito contra crente”. A atriz pediu desculpas posteriormente e a influenciadora afirma que ela se “reconciliou” com os religiosos.

Fonte: DCM

Fernanda Torres debocha após tentativa de boicote de bolsonaristas: “Não funcionou”

 

Fernanda Torres de lado, segurando estatueta, de preto
Fernanda Torres com a estatueta do Globo de Ouro – Reprodução/Instagram
Durante um evento internacional para promover o longa-metragem Ainda Estou Aqui, a atriz Fernanda Torres e o diretor Walter Salles afirmaram que o boicote promovido por setores da direita brasileira contra o filme — escolhido para representar o Brasil na corrida pelo Oscar — “não funcionou”. A vencedora do Globo de Ouro ressaltou que a produção pode contribuir para a superação da polarização política que domina o país.

“Eles (representantes da direta) foram ver o filme e choraram (…) O filme não é sobre os revolucionários, a esquerda, a guerrilha contra a ditadura. É sobre uma família, o que todos podem se relacionar. Nós podemos escapar desse pensamento binário no Brasil, porque todo mundo tem uma família, uma mãe, um pai”, afirmou a filha de Fernanda Torres, na segunda-feira (6), em aspas divulgadas pelo jornal O Globo.

A premiação de Fernanda Torres foi celebrada por políticos de direita, como os governadores Ratinho Júnior, do Paraná, e Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, que parabenizaram a atriz publicamente. Por outro lado, o deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-secretário de Cultura, utilizou suas redes sociais para criticar a postura desses líderes que comemoraram a premiação e reforçou suas críticas ao filme.

Fonte: DCM