terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Invejoso, Mario Frias vira piada por atuação “medíocre” após criticar Fernanda Torres

 

O deputado federal Mario Frias (PL-SP) em uma de suas cenas na novela “Os Mutantes”, da TV Record. Foto: reprodução
O deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-secretário da Cultura durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), virou piada nas redes sociais após criticar a vitória da atriz Fernanda Torres no Globo de Ouro. O motivo? Internautas resgataram cenas dele em Os Mutantes, novela da TV Record em que interpretava o vampiro Drácula.

Frias declarou que a premiação “não é uma vitória do Brasil”, classificando-a como “autopromoção da elite artística global”. “Isso aí não é uma vitória do Brasil. O que temos ali é a autobajulação de militantes radicais da esquerda mundial, querendo dar ar de legitimidade a um filme que é uma peça de ficção e desinformação da esquerda brasileira”, escreveu o deputado.

Após a declaração, internautas começaram a debochar do bolsonarista e de sua atuação na novela. “Mesma performance dele no Congresso”, comentou um usuário. “Maldade postar essa peça que ele fez na época de escola. Certamente os trabalhos profissionais dele são muito melhores”, ironizou outro. “Atuação medíocre”.

Confira a repercussão:

 

Fonte: DCM

Carcereira brasileira que fez sexo com detento é condenada a 15 meses de prisão

 

Linda De Sousa Abreu foi flagrada durante sexo com detento. Foto: Reprodução
Linda De Sousa Abreu, de 31 anos, foi condenada nesta segunda-feira (6) a 15 meses de prisão após ter um vídeo vazado em que aparece tendo relação sexual com um detento no presídio HMP Wandsworth, em Londres, na Inglaterra. A modelo brasileira, que trabalhava na unidade prisional, foi presa em junho no aeroporto de Heathrow, em Londres. Ela é casada e tem uma filha de oito anos.

Durante o julgamento, Linda admitiu ter se relacionado com Linton Weirich, de 36 anos. O homem foi preso após roubar 65 mil libras em objetos de valor de um cofre em um apartamento em Kensington.

De acordo com o jornal The Guardian, a polícia metropolitana começou a investigar o caso após tomar conhecimento sobre “um vídeo supostamente filmado dentro do HMP Wandsworth”.

Fonte: DCM

8/1: STF já condenou 371 envolvidos nos atos golpistas; penas variam entre 3 e 17 anos

Atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023; 371 pessoas já foram condenadas pelo 
STF por envolvimento nas ações golpistas – Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF), em dois anos de investigações, condenou 371 pessoas por envolvimento nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Entre os condenados estão homens e mulheres que participaram da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, ações que geraram prejuízos superiores a R$ 26 milhões.

As penas aplicadas pelo STF variam entre 3 e 17 anos de prisão. Setenta dos condenados já cumprem suas penas de forma definitiva, sem possibilidade de recurso. Os crimes mais comuns incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa.

Além das condenações, o STF também firmou 527 acordos de não persecução penal. Esses acordos foram oferecidos a pessoas que estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército e que cometeram crimes sem violência. Os acusados confessaram seus atos, receberam multas de R$ 1 mil a R$ 20 mil, restrições ao uso de redes sociais e participaram de cursos sobre democracia.

☉ Investigações e análise individual

Os ministros do STF analisaram os casos de forma individualizada e concluíram que os atos configuraram crimes com intenção de derrubar o governo democraticamente eleito. A maioria da Corte seguiu o voto do relator Alexandre de Moraes, enquanto os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques divergiram em algumas decisões.

As investigações seguem em curso para identificar organizadores e financiadores dos atos. A Procuradoria-Geral da República denunciou pessoas que financiaram transporte e alimentação dos manifestantes, enquanto a Polícia Federal (PF) analisa dados financeiros e bancários que apontam um esquema mais amplo de organização.

☉ Ambiente golpista e Jair Bolsonaro

O relatório da PF indica que as ações foram parte de um ambiente criado durante o mandato de Jair Bolsonaro, que teria alimentado ideais golpistas contra a democracia.

A corporação também aponta que esse contexto levou aos ataques de 8 de janeiro e a um atentado ocorrido em novembro de 2022 contra o Supremo.

☉ Investigações contra cúpula militar

Já neste ano, o STF deve julgar a ex-cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão durante os ataques. Sete policiais militares são réus por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e violação de deveres funcionais.

As investigações apontam que falhas na segurança pública do Distrito Federal facilitaram os ataques. A PF concluiu que relatórios de inteligência já haviam previsto os riscos, mas as ações preventivas foram insuficientes para conter a mobilização.

Fonte: DCM

Bolsonaristas e familiares de investigados pelo 8 de janeiro planejam ato em contraposição ao governo e STF

Ato prevê 'superlive' para denunciar supostas irregularidades nos processos, além de abordar o projeto de anistia para os envolvidos na trama golpista

(Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)

A Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro organiza, para esta quarta-feira (8), um ato virtual em memória dos dois anos dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, em um esforço de contraposição aos atos que serão realizados pelo Palácio do Planalto e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a coluna do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, o ato prevê uma live de oito horas, intitulada “08 de janeiro: 2 anos de farsa”, onde o grupo abordará oito temas, com destaque para o número de julgamentos, supostas irregularidades nos processos e a situação dos investigados que fugiram do Brasil para a Argentina e outros países.

O advogado da associação, Ezequiel Silveira, disse que "a ideia é essa: não deixar passar em branco a data. O governo e o STF vão tentar fortalecer a narrativa deles e nós faremos o contraponto de como esses processos contêm abusos e irregularidades e que, a pretexto de defender a democracia, esse consórcio entre STF e Planalto está acabando com a democracia”.

Entre os temas discutidos estarão as ações penais abertas (1.552), as condenações (371), os acordos de não persecução penal (527), e os presos provisórios (78). O grupo também pretende abordar as nulidades nos processos e as condições de detenção, com relatos de casos de presos doentes, alguns dos quais faleceram.

Em outro bloco, a live discutirá o impacto dos acontecimentos de 8 de janeiro nos Estados Unidos e o andamento das denúncias internacionais feitas na Organização dos Estados Americanos (OEA). A transmissão também abordará o projeto de lei de anistia aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro e contará com a participação de parlamentares bolsonaristas e de extrema direita, como os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES), além dos deputados Marcel Van Hatten (Novo-RS), Bia Kicis (PL-DF), Julia Zanatta (PL-SC) e Rodrigo Valadares (União-SE).

Do outro lado, o ato que marcará os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes será realizado no Palácio do Planalto e contará com a presença de ministros, presidentes dos Poderes e governadores. Durante a cerimônia, serão exibidas as obras de arte restauradas após a depredação ocorrida em 2023. Além disso, haverá um abraço simbólico da Praça dos Três Poderes, organizado pela Frente Brasil Popular, em apoio aos movimentos sociais que lutam pela democracia e contra o autoritarismo.

“Trata-se da construção de uma memória coletiva, para que a tentativa de tomada violenta do poder nunca mais seja cogitada por quem quer que seja. Como havia assinalado o presidente Lula em seu discurso de posse, se antes dizíamos ditadura nunca mais, agora é a vez de garantir democracia para sempre", disse o advogado-geral da União, Jorge Messias, sobre o ato em memória dos ataques golpistas de 8 de janeiro

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil

Orgia do Arpoador: polícia usa reconhecimento facial para identificar participantes do ato em local público

Tecnologia avançada está sendo utilizada para localizar homens que participaram do evento durante o réveillon, registrado e divulgado nas redes sociais

(Foto: Reprodução / Agenda do Poder)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está empregando tecnologia de reconhecimento facial para identificar cerca de 30 homens que participaram de uma orgia sexual ao ar livre na Pedra do Arpoador, na Zona Sul da cidade, durante as comemorações de Ano Novo. O episódio, que começou na madrugada e se estendeu até o amanhecer, foi filmado por testemunhas e rapidamente viralizou nas redes sociais, onde recebeu o apelido de “surubão do Arpoador”. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com o delegado Sandro Caldeira, titular da 14ª Delegacia Policial (Leblon) e responsável pelo caso, todos os envolvidos serão convocados para prestar esclarecimentos. Ele destacou que a prática de atos obscenos em espaços públicos constitui crime previsto no Artigo 233 do Código Penal, com pena de até um ano de detenção ou multa. “Também fizemos diligências para recolher imagens de câmeras de segurança instaladas próximas ao local”, afirmou o delegado, sublinhando o uso de recursos tecnológicos para a investigação.

Os registros em vídeo do evento serão analisados pelo Instituto de Identificação Félix Pacheco, que utiliza tecnologia fornecida pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran). Segundo Alexandre Trece Motta, diretor do Instituto, o sistema trabalha com bancos de dados civis e criminais para gerar uma lista de até cem candidatos por imagem analisada. Posteriormente, especialistas revisam manualmente as informações para confirmar as identificações. “O sistema é bastante eficaz e nos permite avançar na apuração dos fatos”, comentou Motta ao O Globo.

O caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais e também reacendeu debates sobre privacidade, exposição online e a responsabilidade em relação ao uso de espaços públicos. Embora atos obscenos em locais abertos sejam claramente tipificados como crime no Brasil, especialistas apontam para a complexidade de enquadrar os envolvidos sem comprovações individualizadas de intencionalidade e conhecimento do caráter público da situação.

Ainda não há prazo para a conclusão da investigação. Por enquanto, os investigados que forem identificados pelo sistema de reconhecimento facial serão intimados para prestar depoimento e, possivelmente, responder pelo ato na Justiça.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

SBT demite funcionária que enfrenta batalha contra câncer no cérebro: "com o Silvio não era assim"

Uma das ex-funcionárias relatou ter feito um apelo para permanecer na empresa, mas sem sucesso

(Foto: Reprodução)

A saída da jornalista Márcia Dantas do SBT, anunciada na última segunda-feira (6), revelou um cenário conturbado nos bastidores da emissora. As recentes demissões, parte de uma reestruturação do departamento de Jornalismo iniciada em dezembro, geraram críticas e relatos preocupantes. Uma das ex-funcionárias, em tratamento contra um câncer no cérebro desde 2019, relatou ter feito um apelo para permanecer na empresa, mas sem sucesso. A notícia foi publicada pelo portal Notícias da TV, que revelou os bastidores da crise.

"Com o Silvio Santos não era assim", desabafou a profissional, que preferiu não ser identificada. Após a repercussão do caso, a presidente do SBT, Daniela Beyruti, afirmou em suas redes sociais desconhecer a situação: "Não estou sabendo disso. Vou investigar".

● Apelo ignorado

Contratada pelo SBT em 2017, a funcionária relatou que o tratamento contra o câncer é realizado com medicação oral e depende do plano de saúde. Embora a emissora tenha garantido a continuidade do convênio por seis meses, a medida foi insuficiente para aliviar sua preocupação.

"Eles disseram que o SBT não era responsável pelo meu câncer. Só que eu trabalho no SBT desde 2017, e meu câncer no cérebro apareceu em 2019. Eles disseram que não é problema deles. Depois disso, vão tentar ver se podem fazer algum acordo para eu pagar e continuar com ele por mais dois anos", afirmou a ex-funcionária, demonstrando indignação.

Segundo ela, o clima de tensão no departamento piorou com a chegada de Leandro Cipoloni, ex-Record, que assumiu como diretor nacional de Jornalismo em dezembro. "Saí de lá chocada, apavorada. Nós sabíamos que haveria uma reestruturação desde que o Cipoloni chegou. Eles andam gritando no switcher, coisa que nunca aconteceu antes. O clima é de muita tristeza e de muita tensão."

● Situação de "terror"

Além dela, outra funcionária foi demitida enquanto enfrentava dificuldades pessoais graves: o irmão está em estágio terminal de câncer. "Eles estão querendo colocar esse esquema de terror no SBT, e o SBT nunca foi assim, nunca teve isso. Minha demissão não é ilegal, mas é imoral. Eu nunca vi nada igual", declarou a ex-produtora do SBT Brasil.

● Resposta da emissora

A emissora foi questionada pela reportagem do Notícias da TV sobre as demissões, mas não retornou até a publicação do texto. Em comunicado anterior sobre a saída de Márcia Dantas, o SBT justificou que "essas ações fazem parte da reestruturação pela qual o departamento de Jornalismo está passando. Não se trata de corte e sim de substituições que estão sendo realizadas pelo novo diretor de Jornalismo, Leandro Cipoloni".

O impacto das decisões internas, entretanto, tem gerado reações intensas, tanto entre os profissionais demitidos quanto nos que permanecem na emissora. "Eles não se comoveram. Com o Silvio não era assim. Eu pedi para me deixar só com o convênio, e eu trabalharia, mas não quiseram saber. A ordem é: custa muito caro para a emissora, mandem embora", concluiu a ex-funcionária.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Notícias na TV

Presença de militares no ‘Abraço à Democracia’ mostra que eles se opuseram ao golpe, diz Múcio

O ministro tem reiterado que a cúpula militar não embarcou na aventura golpista do governo de Jair Bolsonaro

Almirante Olsen, Lula, José Múcio, General Tomás Paiva e Marcelo Kanitz Damasceno 
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ministro da Defesa, José Múcio, avalia que a presença dos comandantes das Forças Armadas no evento ‘Abraço à Democracia’, que marca os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro, mostra que a cúpula militar se opôs à tentativa de golpe. A leitura é diferente da feita por alguns setores do governo Lula (PT), que criticam a presença dos militares na cerimônia. As informações são do g1.

Segundo Múcio, a presença do comandante do Exército, general Tomás Paiva, da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, e da Marinha, almirante Marcos Olsen, mostra que eles foram contra o planejamento da trama golpista. O ministro tem reiterado que a cúpula militar não embarcou na aventura golpista do governo de Jair Bolsonaro (PL), já que os comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Junior, não concordaram com o plano apresentado pelos golpistas.

Múcio tem dito a amigos que está cansado do fogo amigo que recebe de dentro do governo e já comunicou a Lula que deseja deixar o Ministério da Defesa. No entanto,o presidente tem resistido à ideia, já que considera que o ministro conseguiu pacificar as relações entre o Planalto e os militares.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 371 pessoas que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro e afirma que não há espaço para a anistia. Os ministros esperam que o provável novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) não dê prosseguimento ao projeto que concede anistia aos golpistas, o que abriria uma porta para a anistia de Bolsonaro. Os ministros avaliam que, caso o texto fosse aprovado, seria declarado inconstitucional pela Corte.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Partidos intensificam articulações por fusões e federações de olho em 2026

PP, Republicanos e União Brasil podem criar o maior bloco partidário no Congresso. PSDB pode ser incorporado pelo PSD de Kassab

Glberto Kassab, presidente do PSD (Foto: Divulgação/PSD

A menos de dois anos das eleições gerais de 2026, partidos políticos brasileiros intensificam articulações para fusões e reorganização de federações. A movimentação visa não apenas a sobrevivência política de siglas ameaçadas pela cláusula de barreira, mas também a ampliação do poder de barganha no Congresso e nas próximas eleições presidenciais. Conforme noticiado pelo O Globo, PP, Republicanos e União Brasil lideram as tratativas mais significativas, buscando formar uma federação que, consolidada, será a maior força legislativa do país, com 153 deputados federais e 17 senadores.

O redesenho no modelo de alianças também abrange partidos como PSDB, PV e Rede, que enfrentam dilemas internos e externos sobre suas estratégias para manter relevância no cenário político. Essas mudanças prometem alterar profundamente o equilíbrio de forças no Legislativo e nas disputas regionais.

Centrão: uma federação de peso - Entre as negociações mais avançadas, PP, Republicanos e União Brasil trabalham para consolidar uma federação. Caso concretizada, a aliança garantirá liderança no Congresso, mas enfrenta entraves regionais e disputas internas. O União Brasil, por exemplo, ainda lida com divisões após atritos recentes nas eleições da Câmara, onde Republicanos e PP apoiaram Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência, enfraquecendo a candidatura de Elmar Nascimento (União-BA).

Mendonça Filho (União), que tenta ser líder do partido na Câmara, é uma das vozes contrárias à federação. Ele teme perder influência para figuras como Eduardo da Fonte (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos), ministros e lideranças fortes em Pernambuco. Situações semelhantes se repetem em estados como Paraíba, Amazonas e Minas Gerais.

Apesar das resistências, defensores do bloco apostam em sua formação até 2025, atraindo ainda mais parlamentares e governadores insatisfeitos com suas siglas de origem.

PSDB e PSD: fusão em debate - Longe do protagonismo de outrora, o PSDB estuda sua incorporação ao PSD, liderado por Gilberto Kassab, que emergiu como a força municipalista mais influente após as eleições de 2024. Segundo Marconi Perillo, presidente do PSDB, as alternativas em análise incluem a formação de uma nova federação com Podemos e Solidariedade, além da fusão com o PSD.

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, surge como principal aposta presidencial dos tucanos para 2026, mas o projeto enfrenta resistências em negociações com o PSD, que também considera lançar Ratinho Júnior, governador do Paraná.

PV, Rede e os desafios da cláusula de barreira - Enquanto o Centrão negocia expansão, siglas menores como PV, Rede e Cidadania enfrentam riscos de extinção devido à cláusula de barreira. A lei exige que partidos elejam 13 deputados ou obtenham 2,5% dos votos válidos para manter acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda.

O PV avalia deixar a federação com PT e PCdoB, enquanto dialoga com PSB e PDT para uma nova aliança. A Rede planeja romper com o Psol e buscar outros parceiros, já que possui apenas um deputado e nenhum senador.

No caso do Cidadania, a federação com o PSDB se desgastou após discordâncias nas eleições municipais. Em 2025, as legendas devem seguir caminhos distintos.

Impacto para 2026 - As articulações para federações e fusões não se limitam à sobrevivência imediata. Para partidos como PSB e PDT, que temem a cláusula de barreira, e para gigantes do Centrão, os rearranjos visam influenciar diretamente a sucessão presidencial.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Planalto recebe obras de arte restauradas após danos causados no 8 de Janeiro

Entre as peças entregues estão a tela As Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti, e uma escultura em madeira de Frans Krajcberg

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

O Palácio do Planalto recebeu, nesta segunda-feira (6), parte das obras de arte que foram danificadas nos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Ao todo, 21 peças passaram por processos de restauração ao longo dos últimos meses, com intervenções realizadas no Palácio da Alvorada e na Suíça.

Conforme relatado pela CNN, entre as peças entregues estão a tela As Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti; uma escultura em madeira de Frans Krajcberg; e a escultura em bronze O Flautista, de Bruno Giorgi.

Os itens restaurados serão apresentados ao público em uma cerimônia nesta quarta-feira (8), no Planalto. O evento marca dois anos dos atos golpistas em Brasília.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil 

Governo Lula prioriza projetos econômicos e sociais em 2025

Lideranças do Partido dos Trabalhadores consideram que 2025 é um ano de intensa articulação política e entregas

Lula (Foto: ABr | Reprodução)

A principal missão do governo Lula em 2025 é aprovar projetos prioritários nas áreas econômica, social e de segurança pública. O governo começa o ano preparando a articulação política para contornar a fragmentação política do Congresso e assegurar a aprovação dos projetos prioritários, aponta o jornal O Estado de S.Paulo, que destaca também a possibilidade de tomar medidas adicionais como a reforma ministerial.

Nos dois primeiros anos do atual mandato do presidente Lula, o governo conseguiu avanços importantes no Congresso, incluindo a aprovação do novo marco fiscal, que estabelece regras para o controle de gastos públicos, e a reforma tributária, voltada para simplificar o sistema de impostos. Essas vitórias foram alcançadas com grande esforço político.

No próximo ano, o professor de ciência política analisa que o governo enfrentará um cenário ainda mais desafiador, marcado por um Congresso fragmentado e uma polarização crescente às vésperas das eleições presidenciais de 2026. O professor destaca que, com parlamentares focados em suas bases eleitorais, a aprovação de projetos prioritários será mais difícil, sobretudo diante de interesses conflitantes e da resistência de uma oposição fortalecida.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que assumirá a liderança da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, aposta na aprovação de projetos econômicos e considera que isto melhorará a avaliação do governo.

“O presidente falou que é hora de consolidar o governo. A economia é muito importante. Acho que vai continuar sendo a principal questão do governo aqui. A questão do governo aqui é dar tranquilidade, consolidar os números, os resultados do governo. Terá uma turma nova que vai estar na ‘frequência’. Vejo, com bons olhos, também esse novo momento no Parlamento”, disse.

Na mesma linha, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Rogério Correia (PT-MG), destaca a importância das matérias econômicas e sociais, afirmando que 2025 será um “ano de entrega” para o governo, O parlamentar menciona o projeto de lei que propõe a alteração das regras para a aposentadoria de militares, com o objetivo de equilibrar as contas públicas, além da proposta de redução da renúncia fiscal, que busca diminuir os benefícios tributários concedidos a determinados setores da economia, aumentando a arrecadação e possibilitando a destinação de mais recursos para áreas prioritárias, como saúde, educação e programas sociais.

“Agora, precisamos de alguns programas para acertar a economia, que promovam a divisão de renda — uma marca que o PT busca estabelecer e que o governo do presidente Lula tem como compromisso”, resume.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Embaixador de Israel diz que pretende diminuir tensões com o Brasil: "somos países amigos"

Daniel Zonshine propõe celebrações históricas e intercâmbio cultural para fortalecer laços diplomáticos

Daniel Zonshine. Foto: Alan Santos - PR

Daniel Zohar Zonshine, embaixador de Israel no Brasil, expressou seu desejo de reduzir as tensões nas relações entre Israel e Brasil, destacando a importância da amizade bilateral. Em entrevista ao portal Metrópoles, o diplomata enfatizou a necessidade de manter um diálogo aberto e construtivo para superar os desafios atuais.

Após o incidente envolvendo um soldado israelense que se tornou alvo da Justiça brasileira, Zonshine declarou que “não há espaço para tornar o caso um problema diplomático entre os dois países”. “Nossa ideia é diminuir as tensões [na relação entre Israel e Brasil], porque somos países amigos”, afirmou o embaixador, demonstrando a intenção de Israel em resolver as divergências de maneira pacífica e colaborativa.

A crise diplomática teve início em fevereiro de 2024, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto, gerando ampla repercussão internacional. Em resposta, Lula foi declarado persona non grata em Israel, e o governo brasileiro ordenou a retirada do embaixador em Tel Aviv, sinalizando um abrandamento nas relações entre as duas nações.

Quando questionado sobre possíveis gestos positivos que o Brasil poderia adotar para melhorar o cenário, Zonshine sugeriu a celebração do 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, marcada para 27 de janeiro. “Acho que essa data é um momento importante para reforçarmos nossos laços históricos e a memória compartilhada”, declarou o embaixador, referindo-se à libertação de Auschwitz, onde aproximadamente 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas.

Além disso, Zonshine destacou a importância de eventos culturais e acadêmicos como meios de estreitar a cooperação entre os países. “Iniciativas que promovam o intercâmbio cultural e científico podem servir como pontes para superar os desafios atuais e construir um futuro de parceria e respeito mútuo”, completou o diplomata.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF pede à Justiça que reconsidere ação contra o soldado israelense acusado de crimes de guerra que fugiu para a Argentina

Yuval Vagdani estava na Bahia e saiu do País com a ajuda a embaixada israelense

Soldado Yuval Vagdani, procurado pela Justiça Federal por crimes de guerra na Faixa de Gaza (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Polícia Federal solicitou à Justiça Federal a reconsideração da decisão da juíza Raquel Soares Chiarelli, que havia determinado a instauração de um inquérito para apurar possíveis crimes de guerra e genocídio cometidos por Yuval Vagdani, soldado israelense que neste fim de semana fugiu para a Argentina.

Conforme divulgado pelo Metrópoles, ao invés de instaurar imediatamente o inquérito formal, a PF optou por abrir uma Notícia-Crime em Verificação (NCV) em 3 de janeiro de 2025, aguardando a análise completa do processo judicial. A decisão judicial, proferida durante o plantão de 30 de dezembro de 2024, baseia-se em denúncias apresentadas pela Fundação Hind Rajab (HRF), uma organização internacional dedicada à documentação de crimes contra palestinos. Segundo a HRF, Vagdani teria participado da destruição do corredor Netzarim, na Faixa de Gaza, resultando em danos indiscriminados à população civil. A organização apresentou imagens e postagens em redes sociais como evidências, incluindo declarações do soldado incentivando a “destruição completa” da região.

Em comunicado oficial, a PF afirmou que está adotando uma postura cautelosa diante das graves acusações. A PF argumenta que o caso requer uma análise mais detalhada antes de proceder com a instauração formal de um inquérito policial, especialmente considerando que Vagdani agora se encontra na Argentina.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Comissão do Congresso aguarda relatório para votar Orçamento de 2025

Atividades no Congresso devem ser retomadas na semana do dia 3 de fevereiro, mas a CoMissão Mista de Orçamento passará por mudanças em sua liderança

(Foto: Pedro França/Ag. Senado)

O deputado Julio Arcoverde (PP-PI), atual presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, afirmou à CNN Brasil que aguarda a entrega do relatório elaborado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA) para que o orçamento de 2025 seja votado. O processo ainda está em andamento, com a expectativa de que o relator finalize sua análise e que o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 seja votado até o final de fevereiro.

As atividades no Congresso Nacional devem ser retomadas na semana do dia 3 de fevereiro, mas a CMO, uma das comissões mais disputadas e influentes da Casa, passará por mudanças em sua liderança. Os mandatos dos cargos de direção no colegiado têm duração de um ano, o que significa que o presidente atual, Julio Arcoverde, deixará a função após a eleição de um novo líder da comissão.

A escolha do próximo presidente da CMO está vinculada às articulações políticas em torno das novas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, cujos acordos ainda estão sendo definidos. Dessa forma, segundo a reportagem, há a possibilidade de Arcoverde não comandar mais a comissão no momento da votação do orçamento.

Além disso, o orçamento de 2025 já contempla R$ 38,9 bilhões em emendas parlamentares impositivas, sendo R$ 24,67 bilhões destinados às emendas individuais e R$ 14,28 bilhões às emendas de bancada. Esses valores representam a quantia que o governo é obrigado a pagar, e a aprovação do orçamento ainda dependerá da análise e aprovação do projeto em uma sessão conjunta formada por deputados e senadores

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

“Uma afronta à soberania brasileira”, diz Sâmia Bomfim sobre fuga de soldado israelense denunciado por crimes de guerra

A deputada prestou solidariedade à autora da denúncia, a advogada Maira Pinheiro, que está sofrendo ameaças

Sâmia Bomfim (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) saiu em defesa da advogada Maira Pinheiro, autora da denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) que resultou em uma investigação contra o soldado israelense Yuval Vagdani por crimes de guerra cometidos em Gaza. Vagdani fugiu para a Argentina e conseguiu escapar de um mandado de prisão emitido pela Justiça Federal. A fuga foi facilitada pela Embaixada de Israel no Brasil.

“Minha solidariedade à Maira Pinheiro, advogada brasileira e autora de uma denúncia ao MPF que resultou em investigação contra o soldado israelense Yuval Vagdani por crimes de guerra cometidos em Gaza”, escreveu Sâmia em suas redes sociais.

Segundo a deputada, a fuga do soldado com o auxílio do governo israelense é uma afronta à soberania brasileira. “O soldado, que estava no Brasil de férias, fugiu para a Argentina com auxílio do governo israelense. Uma afronta à soberania brasileira. O caso ganhou repercussão, sendo comentado por membros da ONU e do próprio parlamento israelense”, disse.

Sâmia relatou que Maira está sendo vítima de ataques por ter feito a denúncia contra o soldado. “Por isso, Maira está sofrendo gravíssimos ataques e ameaças, até mesmo contra sua filha. Todo apoio a Maira Pinheiro, abaixo os ataques sionistas e da extrema direita. Palestina livre!”, concluiu a deputada.

Fonte: Brasil 247

Aumentam os processos por racismo no Brasil, mas Justiça ainda é lenta e falha em punir agressores

Dados apontam alta de 64% nos registros em 2024, mas maioria dos casos resulta em penas brandas, como cestas básicas ou indenizações

Mobilização contra a desigualdade racial no Brasil (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)

Em meio a um cenário de maior conscientização sobre o racismo no Brasil, o número de processos judiciais relacionados a esse crime disparou em 2024. De acordo com dados do Painel de Monitoramento Justiça Racial, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foram registrados 5.552 processos, representando um aumento de 64% em relação ao ano anterior, informa o jornal O Globo. Apesar disso, as punições permanecem lentas e, frequentemente, brandas, com penas como pagamento de cestas básicas ou prestação de serviços comunitários.

Atualmente, há 12.095 processos criminais de racismo pendentes de julgamento no Brasil, sendo que 98% deles tramitam na Justiça estadual. A demora nos julgamentos e a suavidade das punições são problemas recorrentes que enfraquecem a confiança no sistema.

O bancário L., de 38 anos, exemplifica essa realidade. Ele processou uma cliente que o chamou de "macaco" em 2020. Após dois anos, a sentença determinou apenas o pagamento de cestas básicas e serviços comunitários, enquanto o processo por danos morais segue sem resolução. "Denunciei porque queria causar ao menos algum desconforto na agressora", afirmou L., destacando sua frustração com a falta de consequências mais severas.

Outro exemplo é o de Amanda Pereira, estudante de 16 anos, acusada injustamente de roubo em uma loja no Shopping Praça da Moça, em Diadema. Embora o caso criminal tenha sido arquivado por falta de provas, a ação por danos morais ainda aguarda julgamento. "Minha filha ficou traumatizada. Nenhum dinheiro apaga o ocorrido, mas é uma forma de justiça", desabafou Jorge Pereira, pai de Amanda.

Bahia lidera em processos - A Bahia, estado com a maior proporção de pessoas pretas no Brasil, lidera em número de processos por racismo, com 4.693 registros desde 2020. A promotora Lívia Sant’Anna Vaz, do Ministério Público da Bahia, destaca que o aumento está ligado à trajetória histórica dos movimentos negros e à evolução da legislação antirracista no país. "O Brasil deu passos relevantes para o enfrentamento ao racismo, envolvendo: renovação e aperfeiçoamento das cotas raciais, alterações na legislação criminal tendentes a uma efetiva responsabilização por práticas racistas, absorção da Convenção Interamericana contra o Racismo no texto constitucional, adoção de ações afirmativas, protocolos de julgamento e pactos antirracistas no sistema de justiça".

A ampliação da legislação em 2023, que equiparou injúria racial ao crime de racismo, contribuiu para a elevação no número de denúncias. No entanto, a sobrecarga do Judiciário e a falta de prioridade para esses casos limitam o impacto das mudanças legais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Moraes absolve pessoa em situação de rua presa por atos golpistas

Ministro do STF não viu intenção de atentar contra a democracia

Também será comunicado o fim do processo de restauro, com a entrega de todas as 21 obras restauradas.

Agência Brasil - O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), absolveu e expediu alvará de soltura em favor de Jeferson França da Costa Figueiredo, de 31 anos, que respondia ação penal por envolvimento nos atos golpistas que culminaram na invasão e depredação dos Palácios da República, no dia 8 de janeiro de 2023. Em sua decisão, publicada na última sexta-feira (3), Moraes, que é o relator das ações no STF sobre os atos golpistas, acatou os argumentos da Defensoria Pública e da Procuradoria Geral da República (PGR), de que Jeferson é morador de rua e não tinha a intenção de promover um golpe de Estado, em associação a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Como bem observado pelo Ministério Público em alegações finais, a autoria delitiva não foi suficientemente comprovada, persistindo dúvida razoável acerca do dolo do agente. Ante os depoimentos prestados pelo denunciado e a narrativa apresentada pela defesa técnica, em cotejo com a ausência de outros elementos probatórios, subsiste dúvida razoável quanto à autoria delitiva, especificamente no que diz respeito à presença do elemento subjetivo (dolo)", diz um trecho da decisão.

Segundo os autos, Jeferson chegou ao acampamento montado em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília, para pedir comida, no dia 6 de janeiro de 2023, dois dias antes da invasão às sedes dos Três Poderes. Ele permaneceu no local até o dia 9 de janeiro, quando foi impedido por militares de sair do local, e detido no mesmo dia. Ele chegou a obter liberdade provisória ainda naquele mês, mas voltou a ser preso em novembro de 2023, por descumprir ordem de comparecer em juízo, passando a cumprir a prisão na Penitenciária de Andradina, interior de São Paulo, onde ficou por pouco mais de um ano.

O processo também descreve que Jeferson tem registro de atendimento no Centro de Atendimento de População em Situação de Rua (Centro Pop) de Ponta Grossa (PR), é andarilho, obtém renda por meio de pequenos serviços e doações, e não possui endereço físico, pernoitando em albergues, hotéis ou postos de combustível.

Esta é a quinta absolvição de um réu envolvido nos atos golpistas. De acordo com o STF, ao todo, das 1.552 ações penais em curso, houve 371 condenações e 527 acordos de não persecução penal. Há 78 presos provisórios, 70 presos definitivos (cumprindo condenação) e sete em prisão domiciliar.

Memória

Na próxima quarta-feira (8), quando se completam dois anos da tentativa de golpe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordenará uma cerimônia em memória aos episódios antidemocráticos, no Palácio do Planalto. O evento tem como atos previstos a reincorporação de 21 obras de arte vandalizadas durante a invasão ao palácio, a realização de uma sessão pública com autoridades e uma atividade com participação popular, na Praça dos Três Poderes, que está sendo chamada de Abraço da Democracia.

Participarão autoridades da República, integrantes do Ministério da Cultura (MinC), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Embaixada da Suíça, além de movimentos sociais.

Um dos momentos previstos é a descerramento do quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti. Outro será a entrega das obras de arte, incluindo relógio suíço do século XVII e uma ânfora (vaso) italiana, tidos como símbolos da dificuldade e delicadeza dos reparos. O relógio foi consertado na Suíça sem custo para o governo brasileiro.

Também será comunicado o fim do processo de restauro, com a entrega de todas as 21 obras restauradas.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

PF prepara relatório complementar sobre tentativa de golpe e garante rigor contra militares, diz diretor-geral

Corporação já concluiu um inquérito que apura organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para dar um golpe violento, indiciando Bolsonaro

Andrei Passos Rodrigues (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) está preparando um relatório complementar no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, informou o diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues. O novo documento servirá como base adicional para as análises da Procuradoria-Geral da República (PGR), que atualmente examina o inquérito concluído em novembro, o qual indiciou Jair Bolsonaro e outras figuras de destaque do governo anterior.

"Ainda permanecem questões que estão sendo apuradas, até em razão da Operação Contragolpe (realizada em novembro). A partir das apreensões realizadas nessa fase, de depoimentos coletados, dos que ainda serão tomados e de outros fatores que estão sendo apurados, vamos finalizar um relatório complementar que também vai servir de base para a Procuradoria-Geral da República fazer a análise", disse ele em entrevista ao jornal O Globo, divulgada nesta segunda-feira (6).

Na entrevista, Rodrigues também avisou que a PF não vai "passar a mão na cabeça de ninguém", militares ou policiais. "Todos temos o mesmo sentimento de que precisamos separar as instituições daquelas pessoas que se desviaram. Inclusive, um policial federal já foi preso. Não vamos passar a mão na cabeça de ninguém, seja militar, policial, profissional liberal...", afirmou.

A PF concluiu em novembro um inquérito que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o encaminhamento do relatório final da PF à PGR.

Entre os indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa estão Bolsonaro; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin); o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Moraes deve aplicar pena média de 20 anos a Bolsonaro, Braga Netto e outros envolvidos em trama golpista

Advogados antecipam condenações severas no STF e expressam preocupação com a falta de segunda instância

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | ABR)

Conforme informações da jornalista Malu Gaspar, do Globo, advogados dos indiciados na investigação da trama golpista aguardam a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), prevista para fevereiro. Eles preveem que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), imponha penas médias de 20 anos de prisão aos principais investigados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, que já está preso.

“Com base nos crimes imputados e nos julgamentos anteriores do STF, a pena média deverá ser de 20 anos”, afirmou um dos advogados consultados pelo blog. Essa estimativa se baseia na condenação de Aécio Lúcio Costa Pereira em setembro de 2023, que recebeu 17 anos por danos qualificados, deterioração de patrimônio público, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa.

Os defensores destacam que, se os indiciados tiveram maior protagonismo na trama do que os manifestantes, as penas devem ser ainda mais rigorosas. “Se os indiciados tiveram mais protagonismo na trama golpista que os manifestantes, a pena tem que ser mais elevada”, acrescentou outro advogado.

Jair Bolsonaro enfrenta acusações de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, com pena total que pode chegar a 28 anos. Braga Netto é acusado de ser um dos líderes da organização que visava manter Bolsonaro no poder através de divisão de tarefas e ataques virtuais a opositores e instituições.

A Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Cristiano Zanin, tem respaldado unanimemente as decisões de Moraes em casos envolvendo bolsonaristas e atos golpistas ao longo de 2024.

Uma das principais preocupações das defesas é que os casos serão julgados diretamente no STF, sem a possibilidade de segunda instância. “Não temos um segundo grau de apelação, com magistrados diferentes”, lamenta um dos advogados, reforçando a expectativa de penas elevadas para os principais indiciados.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo