terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Churrasco vira luxo na Argentina e consumo de carne é o menor em 20 anos

Crise econômica e mudanças nos hábitos alimentares reduzem o consumo de carne bovina

O presidente da Argentina, Javier Milei, participa da Cúpula do Mercosul em Montevidéu, Uruguai - 06/12/2024 (Foto: Mariana Greif/Reuters)

Em 2024, a Argentina registrou o menor consumo de carne bovina em duas décadas, de acordo com a Sputnik Brasil. A combinação de queda na renda das famílias e diminuição na produção levou a uma redução de 11,1% nas vendas de carne bovina em comparação a 2023, alcançando níveis não vistos desde 2002.

Segundo a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (CICCRA), o consumo per capita de carne bovina foi de 47,4 quilos entre janeiro e novembro de 2024, quase 6 quilos a menos que no mesmo período do ano anterior e bem abaixo da média histórica de 72,9 kg. Fernando Savore, presidente da Federação de Almaceneiros da província de Buenos Aires, afirmou: “Estamos vendendo cada vez menos carne, mas o que é novo é que muitas famílias optaram por não fazer um churrasco, uma privação muito forte pela tradição cultural argentina.”

Miguel Schiariti, presidente da CICCRA, explicou: “Com o preço de um quilo de carne bovina, é possível comprar três de frango. Em uma situação tão frágil, a decisão final é influenciada pelo bolso.” Além disso, a seca que afetou o país reduziu o abate de bovinos em 8%.

Apesar da queda no consumo interno, as exportações de carne bovina aumentaram 12%, totalizando mais de 784 mil toneladas enviadas ao exterior, principalmente para a China, Israel e Estados Unidos. Savore acrescentou: “Estamos consumindo a mesma quantidade de frango que de carne bovina, algo impensável há 30 anos. Jovens de setores vulneráveis já se acostumaram com alternativas como carne suína ou de aves.”

A crise econômica, agravada pelas políticas de austeridade do governo de Javier Milei, também afetou o mercado de trabalho. Embora o desemprego tenha diminuído, a informalidade cresceu, com rendimentos 46% inferiores aos de empregos formais, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). Quase 60% dos trabalhadores informais não conseguem cobrir o valor da cesta básica, comparado a apenas 8% dos trabalhadores formais.

Um estudo do Centro de Economia Política Argentina (CEPA) aponta que a perda de renda leva as famílias a optarem por produtos substitutos. “Em 2024, pela primeira vez na história, o consumo de carne de frango quase igualou o de carne bovina, atingindo 44,5 kg per capita anual”, revelou o relatório.

Schiariti prevê que o consumo de carne continuará a cair até se estabilizar em níveis mais baixos, a menos que haja uma recuperação econômica significativa. “O consumo de carne vai continuar caindo até se estabilizar por uma questão de preços, a menos que a situação econômica se inverta drasticamente e vejamos um forte aumento da renda.”

A diminuição persistente no consumo de carne bovina questiona a sustentabilidade da tradição do churrasco argentino. Savore concluiu: “O que vimos nos últimos anos é uma queda gradual que nos levará a nos estabilizar em sintonia com outros países, onde o churrasco não é uma tradição tão forte.”

Fonte: Brasil 247 com Sputnik Brasil

Prêmio a Fernanda Torres faz Folha sair do 'ditabranda' e classificar o regime militar como “ditadura cruel e sanguinária”

Reconhecimento internacional da atriz catalisa mudança na postura editorial do jornal sobre período sombrio da história brasileira

Fernanda Torres conquista o Globo de Ouro (Foto: Reuters)

Em uma reviravolta significativa, o jornal Folha de S.Paulo revisitou sua posição histórica sobre o regime militar de 1964-1985, classificando-o agora como uma "ditadura cruel e sanguinária". A mudança foi impulsionada pela recente conquista internacional de Fernanda Torres, que recebeu o Globo de Ouro de melhor atriz de drama por sua interpretação de Eunice Paiva no filme "Ainda Estou Aqui".

Em 2009, o jornal publicou um controverso editorial onde descreveu o período como uma "ditabranda", termo que minimizava a gravidade das violações dos direitos humanos ocorridas na época. A premiação de Fernanda Torres, que trouxe à luz a história de resistência de Eunice Paiva, serviu como catalisador para essa reavaliação.

“Em 31 de março de 1964, um golpe militar deu início no Brasil a uma ditadura progressivamente sanguinária que só chegaria ao fim 21 anos depois. No auge da repressão, dois anos após o AI-5 de 1968, o ex-deputado federal Rubens Paiva foi preso, torturado e assassinado por agentes do Estado; seus restos mortais seguem desaparecidos", escreveu a Folha, em editorial publicado hoje.

Fonte: Brasil 247

Invejoso, Mario Frias vira piada por atuação “medíocre” após criticar Fernanda Torres

 

O deputado federal Mario Frias (PL-SP) em uma de suas cenas na novela “Os Mutantes”, da TV Record. Foto: reprodução
O deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-secretário da Cultura durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), virou piada nas redes sociais após criticar a vitória da atriz Fernanda Torres no Globo de Ouro. O motivo? Internautas resgataram cenas dele em Os Mutantes, novela da TV Record em que interpretava o vampiro Drácula.

Frias declarou que a premiação “não é uma vitória do Brasil”, classificando-a como “autopromoção da elite artística global”. “Isso aí não é uma vitória do Brasil. O que temos ali é a autobajulação de militantes radicais da esquerda mundial, querendo dar ar de legitimidade a um filme que é uma peça de ficção e desinformação da esquerda brasileira”, escreveu o deputado.

Após a declaração, internautas começaram a debochar do bolsonarista e de sua atuação na novela. “Mesma performance dele no Congresso”, comentou um usuário. “Maldade postar essa peça que ele fez na época de escola. Certamente os trabalhos profissionais dele são muito melhores”, ironizou outro. “Atuação medíocre”.

Confira a repercussão:

 

Fonte: DCM

Carcereira brasileira que fez sexo com detento é condenada a 15 meses de prisão

 

Linda De Sousa Abreu foi flagrada durante sexo com detento. Foto: Reprodução
Linda De Sousa Abreu, de 31 anos, foi condenada nesta segunda-feira (6) a 15 meses de prisão após ter um vídeo vazado em que aparece tendo relação sexual com um detento no presídio HMP Wandsworth, em Londres, na Inglaterra. A modelo brasileira, que trabalhava na unidade prisional, foi presa em junho no aeroporto de Heathrow, em Londres. Ela é casada e tem uma filha de oito anos.

Durante o julgamento, Linda admitiu ter se relacionado com Linton Weirich, de 36 anos. O homem foi preso após roubar 65 mil libras em objetos de valor de um cofre em um apartamento em Kensington.

De acordo com o jornal The Guardian, a polícia metropolitana começou a investigar o caso após tomar conhecimento sobre “um vídeo supostamente filmado dentro do HMP Wandsworth”.

Fonte: DCM

8/1: STF já condenou 371 envolvidos nos atos golpistas; penas variam entre 3 e 17 anos

Atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023; 371 pessoas já foram condenadas pelo 
STF por envolvimento nas ações golpistas – Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF), em dois anos de investigações, condenou 371 pessoas por envolvimento nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Entre os condenados estão homens e mulheres que participaram da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, ações que geraram prejuízos superiores a R$ 26 milhões.

As penas aplicadas pelo STF variam entre 3 e 17 anos de prisão. Setenta dos condenados já cumprem suas penas de forma definitiva, sem possibilidade de recurso. Os crimes mais comuns incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa.

Além das condenações, o STF também firmou 527 acordos de não persecução penal. Esses acordos foram oferecidos a pessoas que estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército e que cometeram crimes sem violência. Os acusados confessaram seus atos, receberam multas de R$ 1 mil a R$ 20 mil, restrições ao uso de redes sociais e participaram de cursos sobre democracia.

☉ Investigações e análise individual

Os ministros do STF analisaram os casos de forma individualizada e concluíram que os atos configuraram crimes com intenção de derrubar o governo democraticamente eleito. A maioria da Corte seguiu o voto do relator Alexandre de Moraes, enquanto os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques divergiram em algumas decisões.

As investigações seguem em curso para identificar organizadores e financiadores dos atos. A Procuradoria-Geral da República denunciou pessoas que financiaram transporte e alimentação dos manifestantes, enquanto a Polícia Federal (PF) analisa dados financeiros e bancários que apontam um esquema mais amplo de organização.

☉ Ambiente golpista e Jair Bolsonaro

O relatório da PF indica que as ações foram parte de um ambiente criado durante o mandato de Jair Bolsonaro, que teria alimentado ideais golpistas contra a democracia.

A corporação também aponta que esse contexto levou aos ataques de 8 de janeiro e a um atentado ocorrido em novembro de 2022 contra o Supremo.

☉ Investigações contra cúpula militar

Já neste ano, o STF deve julgar a ex-cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão durante os ataques. Sete policiais militares são réus por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e violação de deveres funcionais.

As investigações apontam que falhas na segurança pública do Distrito Federal facilitaram os ataques. A PF concluiu que relatórios de inteligência já haviam previsto os riscos, mas as ações preventivas foram insuficientes para conter a mobilização.

Fonte: DCM

Bolsonaristas e familiares de investigados pelo 8 de janeiro planejam ato em contraposição ao governo e STF

Ato prevê 'superlive' para denunciar supostas irregularidades nos processos, além de abordar o projeto de anistia para os envolvidos na trama golpista

(Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)

A Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro organiza, para esta quarta-feira (8), um ato virtual em memória dos dois anos dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, em um esforço de contraposição aos atos que serão realizados pelo Palácio do Planalto e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a coluna do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, o ato prevê uma live de oito horas, intitulada “08 de janeiro: 2 anos de farsa”, onde o grupo abordará oito temas, com destaque para o número de julgamentos, supostas irregularidades nos processos e a situação dos investigados que fugiram do Brasil para a Argentina e outros países.

O advogado da associação, Ezequiel Silveira, disse que "a ideia é essa: não deixar passar em branco a data. O governo e o STF vão tentar fortalecer a narrativa deles e nós faremos o contraponto de como esses processos contêm abusos e irregularidades e que, a pretexto de defender a democracia, esse consórcio entre STF e Planalto está acabando com a democracia”.

Entre os temas discutidos estarão as ações penais abertas (1.552), as condenações (371), os acordos de não persecução penal (527), e os presos provisórios (78). O grupo também pretende abordar as nulidades nos processos e as condições de detenção, com relatos de casos de presos doentes, alguns dos quais faleceram.

Em outro bloco, a live discutirá o impacto dos acontecimentos de 8 de janeiro nos Estados Unidos e o andamento das denúncias internacionais feitas na Organização dos Estados Americanos (OEA). A transmissão também abordará o projeto de lei de anistia aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro e contará com a participação de parlamentares bolsonaristas e de extrema direita, como os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES), além dos deputados Marcel Van Hatten (Novo-RS), Bia Kicis (PL-DF), Julia Zanatta (PL-SC) e Rodrigo Valadares (União-SE).

Do outro lado, o ato que marcará os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes será realizado no Palácio do Planalto e contará com a presença de ministros, presidentes dos Poderes e governadores. Durante a cerimônia, serão exibidas as obras de arte restauradas após a depredação ocorrida em 2023. Além disso, haverá um abraço simbólico da Praça dos Três Poderes, organizado pela Frente Brasil Popular, em apoio aos movimentos sociais que lutam pela democracia e contra o autoritarismo.

“Trata-se da construção de uma memória coletiva, para que a tentativa de tomada violenta do poder nunca mais seja cogitada por quem quer que seja. Como havia assinalado o presidente Lula em seu discurso de posse, se antes dizíamos ditadura nunca mais, agora é a vez de garantir democracia para sempre", disse o advogado-geral da União, Jorge Messias, sobre o ato em memória dos ataques golpistas de 8 de janeiro

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil

Orgia do Arpoador: polícia usa reconhecimento facial para identificar participantes do ato em local público

Tecnologia avançada está sendo utilizada para localizar homens que participaram do evento durante o réveillon, registrado e divulgado nas redes sociais

(Foto: Reprodução / Agenda do Poder)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está empregando tecnologia de reconhecimento facial para identificar cerca de 30 homens que participaram de uma orgia sexual ao ar livre na Pedra do Arpoador, na Zona Sul da cidade, durante as comemorações de Ano Novo. O episódio, que começou na madrugada e se estendeu até o amanhecer, foi filmado por testemunhas e rapidamente viralizou nas redes sociais, onde recebeu o apelido de “surubão do Arpoador”. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com o delegado Sandro Caldeira, titular da 14ª Delegacia Policial (Leblon) e responsável pelo caso, todos os envolvidos serão convocados para prestar esclarecimentos. Ele destacou que a prática de atos obscenos em espaços públicos constitui crime previsto no Artigo 233 do Código Penal, com pena de até um ano de detenção ou multa. “Também fizemos diligências para recolher imagens de câmeras de segurança instaladas próximas ao local”, afirmou o delegado, sublinhando o uso de recursos tecnológicos para a investigação.

Os registros em vídeo do evento serão analisados pelo Instituto de Identificação Félix Pacheco, que utiliza tecnologia fornecida pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran). Segundo Alexandre Trece Motta, diretor do Instituto, o sistema trabalha com bancos de dados civis e criminais para gerar uma lista de até cem candidatos por imagem analisada. Posteriormente, especialistas revisam manualmente as informações para confirmar as identificações. “O sistema é bastante eficaz e nos permite avançar na apuração dos fatos”, comentou Motta ao O Globo.

O caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais e também reacendeu debates sobre privacidade, exposição online e a responsabilidade em relação ao uso de espaços públicos. Embora atos obscenos em locais abertos sejam claramente tipificados como crime no Brasil, especialistas apontam para a complexidade de enquadrar os envolvidos sem comprovações individualizadas de intencionalidade e conhecimento do caráter público da situação.

Ainda não há prazo para a conclusão da investigação. Por enquanto, os investigados que forem identificados pelo sistema de reconhecimento facial serão intimados para prestar depoimento e, possivelmente, responder pelo ato na Justiça.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

SBT demite funcionária que enfrenta batalha contra câncer no cérebro: "com o Silvio não era assim"

Uma das ex-funcionárias relatou ter feito um apelo para permanecer na empresa, mas sem sucesso

(Foto: Reprodução)

A saída da jornalista Márcia Dantas do SBT, anunciada na última segunda-feira (6), revelou um cenário conturbado nos bastidores da emissora. As recentes demissões, parte de uma reestruturação do departamento de Jornalismo iniciada em dezembro, geraram críticas e relatos preocupantes. Uma das ex-funcionárias, em tratamento contra um câncer no cérebro desde 2019, relatou ter feito um apelo para permanecer na empresa, mas sem sucesso. A notícia foi publicada pelo portal Notícias da TV, que revelou os bastidores da crise.

"Com o Silvio Santos não era assim", desabafou a profissional, que preferiu não ser identificada. Após a repercussão do caso, a presidente do SBT, Daniela Beyruti, afirmou em suas redes sociais desconhecer a situação: "Não estou sabendo disso. Vou investigar".

● Apelo ignorado

Contratada pelo SBT em 2017, a funcionária relatou que o tratamento contra o câncer é realizado com medicação oral e depende do plano de saúde. Embora a emissora tenha garantido a continuidade do convênio por seis meses, a medida foi insuficiente para aliviar sua preocupação.

"Eles disseram que o SBT não era responsável pelo meu câncer. Só que eu trabalho no SBT desde 2017, e meu câncer no cérebro apareceu em 2019. Eles disseram que não é problema deles. Depois disso, vão tentar ver se podem fazer algum acordo para eu pagar e continuar com ele por mais dois anos", afirmou a ex-funcionária, demonstrando indignação.

Segundo ela, o clima de tensão no departamento piorou com a chegada de Leandro Cipoloni, ex-Record, que assumiu como diretor nacional de Jornalismo em dezembro. "Saí de lá chocada, apavorada. Nós sabíamos que haveria uma reestruturação desde que o Cipoloni chegou. Eles andam gritando no switcher, coisa que nunca aconteceu antes. O clima é de muita tristeza e de muita tensão."

● Situação de "terror"

Além dela, outra funcionária foi demitida enquanto enfrentava dificuldades pessoais graves: o irmão está em estágio terminal de câncer. "Eles estão querendo colocar esse esquema de terror no SBT, e o SBT nunca foi assim, nunca teve isso. Minha demissão não é ilegal, mas é imoral. Eu nunca vi nada igual", declarou a ex-produtora do SBT Brasil.

● Resposta da emissora

A emissora foi questionada pela reportagem do Notícias da TV sobre as demissões, mas não retornou até a publicação do texto. Em comunicado anterior sobre a saída de Márcia Dantas, o SBT justificou que "essas ações fazem parte da reestruturação pela qual o departamento de Jornalismo está passando. Não se trata de corte e sim de substituições que estão sendo realizadas pelo novo diretor de Jornalismo, Leandro Cipoloni".

O impacto das decisões internas, entretanto, tem gerado reações intensas, tanto entre os profissionais demitidos quanto nos que permanecem na emissora. "Eles não se comoveram. Com o Silvio não era assim. Eu pedi para me deixar só com o convênio, e eu trabalharia, mas não quiseram saber. A ordem é: custa muito caro para a emissora, mandem embora", concluiu a ex-funcionária.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Notícias na TV

Presença de militares no ‘Abraço à Democracia’ mostra que eles se opuseram ao golpe, diz Múcio

O ministro tem reiterado que a cúpula militar não embarcou na aventura golpista do governo de Jair Bolsonaro

Almirante Olsen, Lula, José Múcio, General Tomás Paiva e Marcelo Kanitz Damasceno 
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ministro da Defesa, José Múcio, avalia que a presença dos comandantes das Forças Armadas no evento ‘Abraço à Democracia’, que marca os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro, mostra que a cúpula militar se opôs à tentativa de golpe. A leitura é diferente da feita por alguns setores do governo Lula (PT), que criticam a presença dos militares na cerimônia. As informações são do g1.

Segundo Múcio, a presença do comandante do Exército, general Tomás Paiva, da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, e da Marinha, almirante Marcos Olsen, mostra que eles foram contra o planejamento da trama golpista. O ministro tem reiterado que a cúpula militar não embarcou na aventura golpista do governo de Jair Bolsonaro (PL), já que os comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Junior, não concordaram com o plano apresentado pelos golpistas.

Múcio tem dito a amigos que está cansado do fogo amigo que recebe de dentro do governo e já comunicou a Lula que deseja deixar o Ministério da Defesa. No entanto,o presidente tem resistido à ideia, já que considera que o ministro conseguiu pacificar as relações entre o Planalto e os militares.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 371 pessoas que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro e afirma que não há espaço para a anistia. Os ministros esperam que o provável novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) não dê prosseguimento ao projeto que concede anistia aos golpistas, o que abriria uma porta para a anistia de Bolsonaro. Os ministros avaliam que, caso o texto fosse aprovado, seria declarado inconstitucional pela Corte.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Partidos intensificam articulações por fusões e federações de olho em 2026

PP, Republicanos e União Brasil podem criar o maior bloco partidário no Congresso. PSDB pode ser incorporado pelo PSD de Kassab

Glberto Kassab, presidente do PSD (Foto: Divulgação/PSD

A menos de dois anos das eleições gerais de 2026, partidos políticos brasileiros intensificam articulações para fusões e reorganização de federações. A movimentação visa não apenas a sobrevivência política de siglas ameaçadas pela cláusula de barreira, mas também a ampliação do poder de barganha no Congresso e nas próximas eleições presidenciais. Conforme noticiado pelo O Globo, PP, Republicanos e União Brasil lideram as tratativas mais significativas, buscando formar uma federação que, consolidada, será a maior força legislativa do país, com 153 deputados federais e 17 senadores.

O redesenho no modelo de alianças também abrange partidos como PSDB, PV e Rede, que enfrentam dilemas internos e externos sobre suas estratégias para manter relevância no cenário político. Essas mudanças prometem alterar profundamente o equilíbrio de forças no Legislativo e nas disputas regionais.

Centrão: uma federação de peso - Entre as negociações mais avançadas, PP, Republicanos e União Brasil trabalham para consolidar uma federação. Caso concretizada, a aliança garantirá liderança no Congresso, mas enfrenta entraves regionais e disputas internas. O União Brasil, por exemplo, ainda lida com divisões após atritos recentes nas eleições da Câmara, onde Republicanos e PP apoiaram Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência, enfraquecendo a candidatura de Elmar Nascimento (União-BA).

Mendonça Filho (União), que tenta ser líder do partido na Câmara, é uma das vozes contrárias à federação. Ele teme perder influência para figuras como Eduardo da Fonte (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos), ministros e lideranças fortes em Pernambuco. Situações semelhantes se repetem em estados como Paraíba, Amazonas e Minas Gerais.

Apesar das resistências, defensores do bloco apostam em sua formação até 2025, atraindo ainda mais parlamentares e governadores insatisfeitos com suas siglas de origem.

PSDB e PSD: fusão em debate - Longe do protagonismo de outrora, o PSDB estuda sua incorporação ao PSD, liderado por Gilberto Kassab, que emergiu como a força municipalista mais influente após as eleições de 2024. Segundo Marconi Perillo, presidente do PSDB, as alternativas em análise incluem a formação de uma nova federação com Podemos e Solidariedade, além da fusão com o PSD.

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, surge como principal aposta presidencial dos tucanos para 2026, mas o projeto enfrenta resistências em negociações com o PSD, que também considera lançar Ratinho Júnior, governador do Paraná.

PV, Rede e os desafios da cláusula de barreira - Enquanto o Centrão negocia expansão, siglas menores como PV, Rede e Cidadania enfrentam riscos de extinção devido à cláusula de barreira. A lei exige que partidos elejam 13 deputados ou obtenham 2,5% dos votos válidos para manter acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda.

O PV avalia deixar a federação com PT e PCdoB, enquanto dialoga com PSB e PDT para uma nova aliança. A Rede planeja romper com o Psol e buscar outros parceiros, já que possui apenas um deputado e nenhum senador.

No caso do Cidadania, a federação com o PSDB se desgastou após discordâncias nas eleições municipais. Em 2025, as legendas devem seguir caminhos distintos.

Impacto para 2026 - As articulações para federações e fusões não se limitam à sobrevivência imediata. Para partidos como PSB e PDT, que temem a cláusula de barreira, e para gigantes do Centrão, os rearranjos visam influenciar diretamente a sucessão presidencial.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Planalto recebe obras de arte restauradas após danos causados no 8 de Janeiro

Entre as peças entregues estão a tela As Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti, e uma escultura em madeira de Frans Krajcberg

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

O Palácio do Planalto recebeu, nesta segunda-feira (6), parte das obras de arte que foram danificadas nos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Ao todo, 21 peças passaram por processos de restauração ao longo dos últimos meses, com intervenções realizadas no Palácio da Alvorada e na Suíça.

Conforme relatado pela CNN, entre as peças entregues estão a tela As Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti; uma escultura em madeira de Frans Krajcberg; e a escultura em bronze O Flautista, de Bruno Giorgi.

Os itens restaurados serão apresentados ao público em uma cerimônia nesta quarta-feira (8), no Planalto. O evento marca dois anos dos atos golpistas em Brasília.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil 

Governo Lula prioriza projetos econômicos e sociais em 2025

Lideranças do Partido dos Trabalhadores consideram que 2025 é um ano de intensa articulação política e entregas

Lula (Foto: ABr | Reprodução)

A principal missão do governo Lula em 2025 é aprovar projetos prioritários nas áreas econômica, social e de segurança pública. O governo começa o ano preparando a articulação política para contornar a fragmentação política do Congresso e assegurar a aprovação dos projetos prioritários, aponta o jornal O Estado de S.Paulo, que destaca também a possibilidade de tomar medidas adicionais como a reforma ministerial.

Nos dois primeiros anos do atual mandato do presidente Lula, o governo conseguiu avanços importantes no Congresso, incluindo a aprovação do novo marco fiscal, que estabelece regras para o controle de gastos públicos, e a reforma tributária, voltada para simplificar o sistema de impostos. Essas vitórias foram alcançadas com grande esforço político.

No próximo ano, o professor de ciência política analisa que o governo enfrentará um cenário ainda mais desafiador, marcado por um Congresso fragmentado e uma polarização crescente às vésperas das eleições presidenciais de 2026. O professor destaca que, com parlamentares focados em suas bases eleitorais, a aprovação de projetos prioritários será mais difícil, sobretudo diante de interesses conflitantes e da resistência de uma oposição fortalecida.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que assumirá a liderança da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, aposta na aprovação de projetos econômicos e considera que isto melhorará a avaliação do governo.

“O presidente falou que é hora de consolidar o governo. A economia é muito importante. Acho que vai continuar sendo a principal questão do governo aqui. A questão do governo aqui é dar tranquilidade, consolidar os números, os resultados do governo. Terá uma turma nova que vai estar na ‘frequência’. Vejo, com bons olhos, também esse novo momento no Parlamento”, disse.

Na mesma linha, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Rogério Correia (PT-MG), destaca a importância das matérias econômicas e sociais, afirmando que 2025 será um “ano de entrega” para o governo, O parlamentar menciona o projeto de lei que propõe a alteração das regras para a aposentadoria de militares, com o objetivo de equilibrar as contas públicas, além da proposta de redução da renúncia fiscal, que busca diminuir os benefícios tributários concedidos a determinados setores da economia, aumentando a arrecadação e possibilitando a destinação de mais recursos para áreas prioritárias, como saúde, educação e programas sociais.

“Agora, precisamos de alguns programas para acertar a economia, que promovam a divisão de renda — uma marca que o PT busca estabelecer e que o governo do presidente Lula tem como compromisso”, resume.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Embaixador de Israel diz que pretende diminuir tensões com o Brasil: "somos países amigos"

Daniel Zonshine propõe celebrações históricas e intercâmbio cultural para fortalecer laços diplomáticos

Daniel Zonshine. Foto: Alan Santos - PR

Daniel Zohar Zonshine, embaixador de Israel no Brasil, expressou seu desejo de reduzir as tensões nas relações entre Israel e Brasil, destacando a importância da amizade bilateral. Em entrevista ao portal Metrópoles, o diplomata enfatizou a necessidade de manter um diálogo aberto e construtivo para superar os desafios atuais.

Após o incidente envolvendo um soldado israelense que se tornou alvo da Justiça brasileira, Zonshine declarou que “não há espaço para tornar o caso um problema diplomático entre os dois países”. “Nossa ideia é diminuir as tensões [na relação entre Israel e Brasil], porque somos países amigos”, afirmou o embaixador, demonstrando a intenção de Israel em resolver as divergências de maneira pacífica e colaborativa.

A crise diplomática teve início em fevereiro de 2024, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto, gerando ampla repercussão internacional. Em resposta, Lula foi declarado persona non grata em Israel, e o governo brasileiro ordenou a retirada do embaixador em Tel Aviv, sinalizando um abrandamento nas relações entre as duas nações.

Quando questionado sobre possíveis gestos positivos que o Brasil poderia adotar para melhorar o cenário, Zonshine sugeriu a celebração do 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, marcada para 27 de janeiro. “Acho que essa data é um momento importante para reforçarmos nossos laços históricos e a memória compartilhada”, declarou o embaixador, referindo-se à libertação de Auschwitz, onde aproximadamente 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas.

Além disso, Zonshine destacou a importância de eventos culturais e acadêmicos como meios de estreitar a cooperação entre os países. “Iniciativas que promovam o intercâmbio cultural e científico podem servir como pontes para superar os desafios atuais e construir um futuro de parceria e respeito mútuo”, completou o diplomata.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF pede à Justiça que reconsidere ação contra o soldado israelense acusado de crimes de guerra que fugiu para a Argentina

Yuval Vagdani estava na Bahia e saiu do País com a ajuda a embaixada israelense

Soldado Yuval Vagdani, procurado pela Justiça Federal por crimes de guerra na Faixa de Gaza (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Polícia Federal solicitou à Justiça Federal a reconsideração da decisão da juíza Raquel Soares Chiarelli, que havia determinado a instauração de um inquérito para apurar possíveis crimes de guerra e genocídio cometidos por Yuval Vagdani, soldado israelense que neste fim de semana fugiu para a Argentina.

Conforme divulgado pelo Metrópoles, ao invés de instaurar imediatamente o inquérito formal, a PF optou por abrir uma Notícia-Crime em Verificação (NCV) em 3 de janeiro de 2025, aguardando a análise completa do processo judicial. A decisão judicial, proferida durante o plantão de 30 de dezembro de 2024, baseia-se em denúncias apresentadas pela Fundação Hind Rajab (HRF), uma organização internacional dedicada à documentação de crimes contra palestinos. Segundo a HRF, Vagdani teria participado da destruição do corredor Netzarim, na Faixa de Gaza, resultando em danos indiscriminados à população civil. A organização apresentou imagens e postagens em redes sociais como evidências, incluindo declarações do soldado incentivando a “destruição completa” da região.

Em comunicado oficial, a PF afirmou que está adotando uma postura cautelosa diante das graves acusações. A PF argumenta que o caso requer uma análise mais detalhada antes de proceder com a instauração formal de um inquérito policial, especialmente considerando que Vagdani agora se encontra na Argentina.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Comissão do Congresso aguarda relatório para votar Orçamento de 2025

Atividades no Congresso devem ser retomadas na semana do dia 3 de fevereiro, mas a CoMissão Mista de Orçamento passará por mudanças em sua liderança

(Foto: Pedro França/Ag. Senado)

O deputado Julio Arcoverde (PP-PI), atual presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, afirmou à CNN Brasil que aguarda a entrega do relatório elaborado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA) para que o orçamento de 2025 seja votado. O processo ainda está em andamento, com a expectativa de que o relator finalize sua análise e que o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 seja votado até o final de fevereiro.

As atividades no Congresso Nacional devem ser retomadas na semana do dia 3 de fevereiro, mas a CMO, uma das comissões mais disputadas e influentes da Casa, passará por mudanças em sua liderança. Os mandatos dos cargos de direção no colegiado têm duração de um ano, o que significa que o presidente atual, Julio Arcoverde, deixará a função após a eleição de um novo líder da comissão.

A escolha do próximo presidente da CMO está vinculada às articulações políticas em torno das novas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, cujos acordos ainda estão sendo definidos. Dessa forma, segundo a reportagem, há a possibilidade de Arcoverde não comandar mais a comissão no momento da votação do orçamento.

Além disso, o orçamento de 2025 já contempla R$ 38,9 bilhões em emendas parlamentares impositivas, sendo R$ 24,67 bilhões destinados às emendas individuais e R$ 14,28 bilhões às emendas de bancada. Esses valores representam a quantia que o governo é obrigado a pagar, e a aprovação do orçamento ainda dependerá da análise e aprovação do projeto em uma sessão conjunta formada por deputados e senadores

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

“Uma afronta à soberania brasileira”, diz Sâmia Bomfim sobre fuga de soldado israelense denunciado por crimes de guerra

A deputada prestou solidariedade à autora da denúncia, a advogada Maira Pinheiro, que está sofrendo ameaças

Sâmia Bomfim (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) saiu em defesa da advogada Maira Pinheiro, autora da denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) que resultou em uma investigação contra o soldado israelense Yuval Vagdani por crimes de guerra cometidos em Gaza. Vagdani fugiu para a Argentina e conseguiu escapar de um mandado de prisão emitido pela Justiça Federal. A fuga foi facilitada pela Embaixada de Israel no Brasil.

“Minha solidariedade à Maira Pinheiro, advogada brasileira e autora de uma denúncia ao MPF que resultou em investigação contra o soldado israelense Yuval Vagdani por crimes de guerra cometidos em Gaza”, escreveu Sâmia em suas redes sociais.

Segundo a deputada, a fuga do soldado com o auxílio do governo israelense é uma afronta à soberania brasileira. “O soldado, que estava no Brasil de férias, fugiu para a Argentina com auxílio do governo israelense. Uma afronta à soberania brasileira. O caso ganhou repercussão, sendo comentado por membros da ONU e do próprio parlamento israelense”, disse.

Sâmia relatou que Maira está sendo vítima de ataques por ter feito a denúncia contra o soldado. “Por isso, Maira está sofrendo gravíssimos ataques e ameaças, até mesmo contra sua filha. Todo apoio a Maira Pinheiro, abaixo os ataques sionistas e da extrema direita. Palestina livre!”, concluiu a deputada.

Fonte: Brasil 247