domingo, 5 de janeiro de 2025

Biden concede Medalha Presidencial da Liberdade a Hillary Clinton, Michael J. Fox, Denzel Washington e outros

A Medalha Presidencial da Liberdade é a maior honraria civil dos Estados Unidos

Hillary Clinton e Joe Biden (Foto: Reuters/Ken Cedeno)

Reuters - O presidente Joe Biden concedeu a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil dos Estados Unidos, à ex-secretária de Estado Hillary Clinton, ao chef Jose Andres, ao ator Michael J. Fox e à conservacionista Jane Goodall no sábado, em um de seus últimos atos oficiais no cargo.

Biden, democrata que deixará a Casa Branca em 20 de janeiro, quando o presidente eleito Donald Trump será empossado, também entregou a honraria ao humanitário e vocalista da banda U2, Bono; ao estilista Ralph Lauren; ao apresentador e divulgador científico "Bill Nye, o Cara da Ciência"; ao ator Denzel Washington; à estrela do basquete Earvin "Magic" Johnson; e à editora-chefe da revista Vogue, Anna Wintour.

Outros homenageados na cerimônia na Casa Branca incluíram Tim Gill, ativista LGBT; David Rubenstein, filantropo e cofundador do grupo Carlyle; e George Stevens Jr., escritor e diretor fundador do Instituto Americano de Cinema (AFI).

O astro internacional do futebol Lionel Messi também foi agraciado com a medalha, mas não compareceu à cerimônia devido a um conflito de agenda, conforme informado por funcionários da Casa Branca. O investidor e filantropo George Soros também recebeu a medalha, mas não esteve presente; seu filho, Alex Soros, aceitou a honraria em seu lugar.

Biden ainda concedeu a Medalha da Liberdade postumamente a Fannie Lou Hamer, ativista dos direitos civis; Ash Carter, ex-secretário de Defesa; Robert F. Kennedy, ex-procurador-geral e senador dos Estados Unidos, além de irmão do presidente John F. Kennedy; e George Romney, empresário, ex-governador de Michigan e ex-secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano. O senador Mitt Romney, filho de George Romney, recebeu a medalha em nome de seu pai.

O presidente descreveu o grupo de agraciados como "pessoas verdadeiramente extraordinárias" que dedicaram seus esforços para moldar as causas e a cultura dos Estados Unidos. As escolhas refletiram algumas das paixões, aliados e heróis pessoais de Biden.

Hillary Clinton, que realizou sua própria e histórica (embora sem sucesso) candidatura à presidência em 2016, foi apoiadora de Biden, incluindo durante sua campanha à reeleição, até ele retirar sua candidatura em julho. A ex-senadora e ex-primeira-dama foi ovacionada de pé pelo público presente na Casa Branca.

Michael J. Fox, astro da franquia de filmes De Volta para o Futuro e das séries de TV Family Ties e Spin City, tem doença de Parkinson e chegou à cerimônia em uma cadeira de rodas, mas caminhou com assistência e ficou em pé enquanto Biden colocava a medalha em seu pescoço. Fox sorriu e aplaudiu durante toda a cerimônia.

Biden destacou que Robert F. Kennedy foi um de seus "verdadeiros heróis políticos." Kathleen Kennedy, filha do falecido senador, recebeu a medalha em nome do pai.

O chef Jose Andres, fundador da organização de caridade World Central Kitchen, que alimenta pessoas em zonas de conflito, incluindo em Gaza, onde alguns de seus colaboradores foram mortos no ano passado, lutou para conter as lágrimas ao receber a medalha.

Fonte: Brasil 247

Demétrio Magnoli diz não conhecer Gusttavo Lima e cantor reage

Cantor sertanejo anunciou intenção de disputar a Presidência da República em 2026

Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Redes sociais)

O cantor sertanejo Gusttavo Lima protagonizou um embate com o comentarista da GloboNews, Demétrio Magnoli, após declarações do jornalista sobre sua possível candidatura à Presidência da República.

Durante o programa da GloboNews, Magnoli ironizou a notícia da possível candidatura de Gusttavo Lima, afirmando desconhecer quem era o artista: “quem é Gusttavo Lima?”, segundo relato do Metrópoles. A fala gerou uma resposta do sertanejo, que utilizou suas redes sociais para revidar o comentário com sarcasmo. “Alguém conta para ele”, escreveu o cantor nos Stories do Instagram. Em seguida, completou: “Eu sou o povo, sou o cidadão, pagador de impostos, que sustenta toda essa máquina chamada Brasil”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Edmundo González desafia Maduro e confirma ida à posse na Venezuela, mesmo sob risco de prisão

Opositor enfrenta mandado de prisão e recompensa de US$ 100 mil enquanto planeja retorno a Caracas para "tomar posse"

Edmundo Gonzalez em Madri, Espanha - 10/12/24 (Foto: REUTERS/Juan Medina)

Edmundo González, principal líder da oposição na Venezuela, reafirmou neste sábado (4) sua decisão de retornar ao país para tomar posse como presidente em 10 de janeiro. Mesmo com um mandado de prisão ativo e uma recompensa de US$ 100 mil oferecida pela polícia venezuelana por informações sobre seu paradeiro, González se mantém firme em seus planos. A declaração foi feita em Buenos Aires, durante um encontro com o presidente da Argentina, Javier Milei, segundo o Metrópoles.

“Minha intenção é ir à Venezuela simplesmente para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando me elegeram com 7 milhões de votos para servir como presidente”, afirmou González. No entanto, o opositor evitou detalhar como pretende entrar no território venezuelano sem ser detido, admitindo que “as circunstâncias hoje são muito complicadas”.

◉ Acusações e perseguição política - O governo de Nicolás Maduro acusa González de uma série de crimes, incluindo "cumplicidade no uso de atos violentos contra a república, usurpação de funções, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, desconhecimento das instituições do Estado, instigação à desobediência às leis e associação criminosa". Desde setembro de 2024, González vive exilado na Espanha, após deixar a Venezuela. Ele partiu logo após o Conselho Nacional Eleitoral declarar Maduro como vencedor das eleições gerais, resultado amplamente questionado por líderes mundiais e pela oposição.

Apesar das ameaças, o opositor mantém sua postura desafiadora, buscando consolidar apoio internacional. Sua agenda inclui encontros com líderes da América Latina. Após dialogar com Javier Milei, ele viajou ao Uruguai, onde se reuniu com o presidente Luis Lacalle Pou, e planeja visitar o Panamá e a República Dominicana.

◉ Contexto internacional - A tensão em torno da posse de González ocorre em um momento de crescente isolamento internacional do regime de Maduro. Governos latino-americanos e europeus têm expressado preocupação com as denúncias de irregularidades no processo eleitoral venezuelano e com a repressão aos opositores. Enquanto isso, a recompensa oferecida pela polícia venezuelana evidencia a determinação do governo em capturar González, intensificando ainda mais a crise política.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Centrão pressiona Lula por reforma ministerial

Cobiça do Centrão recai principalmente sobre os ministérios da Saúde, Relações Institucionais, Defesa e Justiça

Lula na reunião com ministros (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Partidos do Centrão intensificaram as pressões sobre o presidente Lula (PT) para que promova uma reforma ministerial em 2025. Com foco em ampliar o controle sobre pastas estratégicas, as lideranças dessas siglas buscam fortalecer sua posição no governo, de olho na execução de políticas e no controle de orçamentos robustos, em troca de alianças para 2026, informa o g1.

Entre os ministérios mais cobiçados estão o da Saúde, atualmente liderado por Nísia Trindade, e o das Relações Institucionais (SRI), comandado por Alexandre Padilha (PT). Também entram na mira as pastas da Defesa, ocupada por José Múcio Monteiro, e da Justiça, sob a liderança de Ricardo Lewandowski. As mudanças, entretanto, esbarram no estilo característico de Lula, que resiste a pressões externas e costuma postergar decisões estratégicas.

◉ Saúde e Relações Institucionais como peças-chave - As movimentações mais intensas ocorrem em torno da Saúde, uma pasta com grande orçamento e impacto direto na população. Deputados do Centrão defendem que o ministério, atualmente ocupado por uma técnica de confiança do presidente, seja redistribuído para contemplar interesses políticos da base.

No caso da SRI, que articula a relação do governo com o Congresso, o Centrão avalia que Alexandre Padilha (PT), deputado licenciado e aliado de Lula, poderia ser substituído por um nome indicado por líderes parlamentares para facilitar negociações e garantir a fidelidade da base em votações importantes.

◉ Defesa e Justiça na balança - Nos últimos meses, especulações indicam que José Múcio Monteiro e Ricardo Lewandowski poderiam deixar os ministérios da Defesa e Justiça, respectivamente, devido a questões pessoais e familiares. Apesar disso, ambos são considerados peças importantes na estratégia de Lula: Múcio foi fundamental para distensionar a relação do governo com os militares, enquanto Lewandowski trouxe sua expertise jurídica para negociar a PEC da Segurança.

Entre os nomes cotados para assumir o Ministério da Justiça está o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que encerra seu mandato como presidente do Senado em fevereiro e poderia fortalecer o elo do governo com o PSD.

◉ Pressão política versus estilo Lula - Apesar das cobranças de aliados, Lula mantém sua postura de decidir no próprio tempo. O histórico do presidente é marcado por adiamentos estratégicos, como durante a transição, quando definiu os ministérios apenas dias antes de tomar posse.

Aliados acreditam que as mudanças podem ser definidas após o recesso parlamentar, em fevereiro, mas sem previsão concreta. A resistência do presidente em ceder a pressões externas reforça sua autoridade sobre o governo, mas gera ansiedade nos partidos que aguardam um redesenho ministerial para garantir maior influência.

Com uma base ampla, mas heterogênea, Lula busca equilibrar as demandas políticas com a execução de projetos estratégicos, enquanto articula alianças para consolidar o apoio necessário ao governo e preparar o terreno para 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Venezuela: a realidade se impõe à fantasia

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Maduro tomará posse como presidente reeleito da Venezuela no próximo dia 10

Nicolás Maduro (Foto: Reprodução / @PresidencialVen)

A oposição golpista vai chiar, mas Maduro tomará posse como presidente reeleito da Venezuela no próximo dia 10. Tentou-se criar um clima de instabilidade no país, com os boatos de que o derrotado Edmundo González Urrutia, “exilado” em Madri, voltaria triunfante e seria investido no lugar de Maduro.

“Eles estão mais fracos do que nunca”, gritou María Corina Machado, agente dos EUA, ao repetir sua eterna previsão de um colapso iminente do governo chavista. Mas eles mesmos sabem que, ao menos neste momento, não há nenhum clima para uma segunda fase da ofensiva golpista, após dias de intensa violência opositora no final de julho, em resposta à derrota nas urnas.

Urrutia, um fantoche de Corina, não sabe nem mesmo quem seriam os seus ministros, a poucos dias da sua posse de brincadeirinha. “Não pensei nisso ainda”, disse ele no final de dezembro à CNN.

Acreditava-se que se conseguiria repetir com Urrutia o que a direita, orientada pelos EUA, fez com Juan Guaidó poucos anos atrás. Naquela vez, a oposição criou uma Assembleia Nacional paralela e conseguiu desviar para ela o dinheiro do governo que havia sido roubado pelos Estados Unidos. Mas a oposição agora está extremamente enfraquecida.

Durante as últimas eleições, a oposição gastou muito dinheiro produzindo e disseminando propaganda barata contra o governo. Os recursos se esgotaram e não há mais nenhuma coesão entre as lideranças.

Ao menos por ora, o governo tem conseguido um sucesso maior do que no combate às desestabilizações anteriores. De fato, como era previsto, a hegemonia política e institucional e as alianças do chavismo neutralizaram o impacto mais agressivo vindo da direita e do governo dos Estados Unidos.

Agora os recursos energéticos da Venezuela poderão ser destinados a investimentos sociais (77,6%, conforme o orçamento de 2025) e não às matrizes das empresas petrolíferas estrangeiras. China, Rússia e o BRICS elevarão o nível das parcerias com o país, contribuindo para a diversificação da economia venezuelana.

Isso não é o que o imperialismo gostaria. Foi assim que a nova (e já velha) campanha de “fraude” foi montada. Passou o mesmo na maioria das 30 eleições (municipais, estaduais e nacionais) anteriores. O discurso de “fraude” só não se disseminou quando a direita venceu, porque obviamente não convinha.

Na Geórgia acontece o mesmo. O partido Sonho Georgiano – que sempre teve uma política favorável à União Europeia e aos EUA – se tornou mais pragmático e agora propõe uma neutralidade no conflito Ocidente vs. Rússia. Foi o suficiente para todo o aparato da propaganda imperialista rotulá-lo como “pró-russo” e que sua vitória nas eleições parlamentares teria sido fraudada. Uma revolução colorida foi tentada (aos moldes do Maidan ucraniano e das guarimbas venezuelanas), mas com pouca força.

Salomé Zurabishvili, presidenta da Geórgia de cidadania francesa, cumpriu o mesmo papel de María Corina. Não reconheceu a vitória dos seus rivais nas eleições parlamentares nem presidenciais e não quis deixar a presidência após o término de seu mandato. Saiu pela porta dos fundos do palácio presidencial, sem o apoio popular que pensou que teria.

A Romênia não teve a mesma sorte. Calin Georgescu, um candidato independente que também buscava uma neutralidade na relação Ocidente-Rússia, venceu o primeiro turno. Dizia-se que ele havia impulsionado sua campanha no Tik Tok de maneira suspeita, mas de repente a grande desculpa para anular sua vitória foi uma “interferência russa” a seu favor. Pura propaganda e nenhuma evidência. Resultado: não apenas a vitória de Georgescu foi anulada, como a eleição inteira. O então presidente, Marcel Ciolacu, foi então declarado o vencedor, mesmo sob os protestos dos outros candidatos.

Na posse, Ciolacu anunciou um novo arrocho fiscal: “neste mandato, não tenho a intenção de ser popular, mas sim extremamente eficiente.”

Claro que as autoridades eleitorais da Romênia foram aplaudidas pela União Europeia e os EUA, os mesmos que consideram Maduro um ditador ilegítimo.

Os venezuelanos, apesar de mais uma vitória, devem abrir o olho. O secretário de Estado de Donald Trump, Marco Rubio, é um antocomunista ferrenho e há anos vem trabalhando, desde quando era senador, pela derrubada do regime chavista. Agora terá mais poder do que nunca para concretizar os seus anseios – que são os mesmos de todo o aparato imperialista, e os do próprio Trump.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

Fonte: Brasil 247

No governo Lula 3, Brasil volta a ser um país majoritariamente de classe média

Aumento do emprego e da renda fez com que mais de 50% das famílias esteja nas classes A, B e C

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

O Brasil volta a despontar como um país majoritariamente de classe média graças ao crescimento do emprego e aos ganhos de renda durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com um estudo da Tendências Consultoria, reportado pelo jornal O Globo, o número de domicílios nas classes C, B e A — rendimentos domiciliares acima de R$ 3,4 mil — atingiu 50,1% em 2024, superando pela primeira vez desde 2015 a marca de metade das famílias.

No último trimestre, o desemprego caiu a 6,1%, segundo dados do IBGE, configurando o menor patamar da série histórica. Esse cenário favorável tem sido determinante para promover o avanço social das famílias brasileiras. “Desde 2023 houve migração importante das famílias da classe D/E para a classe C, decorrente da melhora significativa do mercado de trabalho no pós-pandemia”, afirma a economista Camila Saito, da Tendências.

◉ Ascensão social sob o efeito do emprego e da renda

Tipicamente, as classes C e B são consideradas a base da classe média, com a renda do trabalho como principal fonte de sustento. Nos dois primeiros anos do governo Lula 3, o país viveu uma retomada econômica marcada por políticas de valorização do salário mínimo. Em 2023 e 2024, houve reajustes acima da inflação, o que ajudou a impulsionar a massa salarial: “Isso acarretou melhor desempenho dessas classes em relação às demais”, destaca Camila.

A massa de renda total, que inclui salários, benefícios sociais e outras fontes (como juros de investimentos), subiu em média 7% em 2024. Entre as famílias com rendimento de R$ 3,5 mil a R$ 8,1 mil (classe C), o avanço foi de 9,5%, enquanto a classe B (R$ 8,1 mil a R$ 25 mil) cresceu 8,7%. Para 2025, a Tendências prevê que a mobilidade social continue, mas em ritmo mais lento, devido a um cenário econômico mais moderado. “Nossas estimativas consideram uma tendência de lenta mobilidade social das famílias para classes de renda superiores. A mobilidade social das classes D e E deve ser reduzida nos próximos anos, acompanhando um fenômeno típico de países com alta desigualdade”, explica a economista.

Ela salienta ainda que a conquista de um emprego não basta para vencer a pobreza extrema, em função das “baixas remunerações, elevadas desigualdades entre grupos de população ocupada, altas taxas de informalidade e marcante heterogeneidade entre os setores produtivos.”

◉ Queda histórica do desemprego e redução da desigualdade

Além do incremento salarial, o Brasil viu o desemprego atingir o menor nível já registrado pelo IBGE, de 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024. O nível de ocupação (total de pessoas com trabalho em relação à população total) chegou a 58,8%, superando a marca de 2019.

O economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, avalia que os resultados recentes são “bastante alvissareiros” e comparáveis ao melhor período de geração de empregos até então, em 2014, mas com um diferencial: no último ano, também houve queda na desigualdade. “Nos nossos estudos da nova classe média, três componentes estavam presentes: crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), como está havendo nos últimos dois anos; crescimento da renda do trabalho bem acima do PIB, que está acontecendo também; e agora, em 2024, a queda na desigualdade”, afirma.

Segundo Neri, até o terceiro trimestre de 2024, a renda média domiciliar per capita em 12 meses subiu 6,98%, mas entre os 50% mais pobres, o avanço foi de 10,2%. “A causa principal dessa alta maior veio da queda do desemprego, que respondeu por 40% do aumento da renda das famílias”, explica. Esse aquecimento também se reflete na criação de vagas formais: foram 3,6 milhões de novos postos com carteira assinada de janeiro de 2023 a setembro de 2024.

Fonte: Brasil 247

sábado, 4 de janeiro de 2025

Força Nacional é enviada ao Paraná após ataques deixarem 6 indígenas feridos

Comunidade Avá-Guarani denuncia ataques constantes e atraso na atuação das autoridades

Indígena ferido após ataque no Paraná (Foto: Reprodução/Comunidade Avá Guarani)

A Força Nacional foi mobilizada para a Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, na região de Guaíra, oeste do Paraná, após uma série de ataques que deixaram seis indígenas do povo Avá-Guarani feridos desde 29 de dezembro. A convocação, de aordo com reportagem do Uol, ocorreu a pedido do Ministério dos Povos Indígenas, que, em nota divulgada neste sábado (4), afirmou: "Condenamos os atos de violência contra o povo Avá-Guarani, ocorridos desde o fim de dezembro de 2024, na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá".

O órgão também destacou que acompanha a situação e reforçou a necessidade de medidas para garantir a segurança da comunidade, que há décadas luta pela demarcação de seu território. Atualmente, a regularização da TI Tekoha Guasu Guavirá está paralisada devido a uma decisão judicial baseada na tese do marco temporal.

Desde novembro de 2024, os Avá-Guarani alertavam sobre possíveis ataques. Durante encontros realizados nos dias 23 e 24 daquele mês, líderes da comunidade informaram às autoridades que pistoleiros ligados ao agronegócio planejavam ações violentas para o período do Natal. No entanto, o reforço na segurança chegou apenas após os ataques serem concretizados.

De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), "pistoleiros mascarados e armados" têm atuado na área, queimando barracos, disparando armas de fogo e lançando bombas contra os indígenas. "A Força Nacional chega sempre atrasada", criticou a entidade, ressaltando que muitos dos ataques foram anunciados nas redes sociais pelos próprios autores e poderiam ter sido evitados. Em um dos casos, a comunidade ficou cercada por horas sem intervenção das autoridades.

A violência escalou nos últimos dias. Na sexta-feira (3), quatro pessoas ficaram feridas em um ataque noturno. Entre as vítimas, uma criança de 4 anos foi atingida na perna, e um jovem sofreu ferimentos nas costas. Outro indígena foi baleado no maxilar. Já na terça-feira (31), criminosos lançaram rojões e atearam fogo à terra indígena, ferindo um indígena no braço com disparo de arma de fogo.

No dia anterior, outro ataque deixou um indígena com queimaduras no pescoço. Relatos indicam que mesmo após a presença da Polícia Federal, peritos encontraram 14 cápsulas de balas calibre 38 na área, mas os ataques recomeçaram logo após a saída da equipe.

A Apib também informou que, no último dia (29), invasores incendiaram plantações e barracos na terra indígena, enquanto armas de fogo e bombas foram usadas para intimidar os moradores. Esses episódios se somam a outros registrados desde julho, quando os Avá-Guarani começaram a relatar a presença constante de milícias armadas na região.

Histórico de luta pela terra

Os Avá-Guarani enfrentam há décadas a disputa por seu território. Invadido nos anos 1930, o Tekoha Guasu Guavirá passou a ser retomado pela comunidade a partir do final da década de 1990. Contudo, a demarcação permanece travada, agravando a vulnerabilidade do povo indígena. Em 2023, a comunidade já havia sido alvo de ataques semelhantes, incluindo disparos de armas de fogo e ações de tortura contra animais.

O Ministério da Justiça, responsável pela atuação da Força Nacional, ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. A mobilização busca conter os conflitos e garantir a segurança da comunidade, mas lideranças indígenas e organizações de defesa dos povos originários criticam o atraso na resposta das autoridades.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

“Os ataques ao IBGE são intoleráveis”, diz Gleisi

Presidente do PT critica Bolsonaro e ressalta importância do instituto para a verdade e a democracia no Brasil

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, classificou como "intoleráveis" os ataques feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ao economista Márcio Pochmann, presidente do órgão. Em uma postagem nas redes sociais, Gleisi destacou que o comportamento de Bolsonaro reflete sua "aversão à verdade" e relembrou episódios em que o ex-presidente sabotou instituições científicas durante seu governo.

“Bolsonaro ataca o IBGE e seu presidente, Márcio Pochmann, porque tem aversão à verdade. Em seu desgoverno, o boicote ao IBGE levou ao cancelamento do Censo Demográfico em 2021, que só aconteceu no ano seguinte por força de uma decisão do STF”, afirmou Gleisi. A líder petista também acusou o ex-presidente de "mentir sobre os dados da Covid" e de falsificar informações em fóruns internacionais, como na Assembleia Geral da ONU. “O negacionista mentiu sobre os dados da Covid e teve o desplante de falsificar os dados sobre desmatamento”, completou.

A declaração de Gleisi ocorreu em meio a uma polêmica levantada por Bolsonaro, que questionou os números recentes divulgados pelo IBGE. Segundo o instituto, o desemprego caiu a 6,1% no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a menor taxa desde o início da série histórica. Bolsonaro criticou a metodologia utilizada, mas Gleisi rebateu, explicando que os critérios não foram alterados. “A metodologia da pesquisa que aponta a queda crescente do desemprego no governo Lula é a mesma utilizada em todos os governos desde 2012, inclusive no período em que Bolsonaro e Paulo Guedes levaram o desemprego a 14%”, declarou.

Gleisi também apontou a incoerência nos ataques de Bolsonaro ao IBGE, observando que o ex-presidente e seu governo, por diversas vezes, utilizaram dados da instituição para embasar políticas públicas. “Pochmann tem razão: os ataques ao IBGE são intoleráveis”, finalizou.

As críticas ao IBGE foram abordadas pelo próprio Márcio Pochmann em entrevista ao programa Boa Noite 247. O presidente do instituto defendeu a integridade da instituição e destacou sua relevância para o país. “O IBGE é uma das instituições de pesquisa mais respeitadas do mundo, que segue os parâmetros internacionais”, afirmou. Ele ressaltou que, com 88 anos de existência, o instituto é responsável por dois terços das estatísticas brasileiras e desempenha papel fundamental no combate à desinformação.

Pochmann também chamou atenção para o impacto do negacionismo político, que, segundo ele, busca desacreditar as instituições públicas quando os dados não coincidem com os interesses de certos grupos. “Quando os dados não convergem com a visão de uma certa elite, ela questiona. É como se não gostassem da mensagem e atacassem o mensageiro”, disse.

A declaração de Gleisi Hoffmann reforça o alerta sobre o uso de desinformação como estratégia política para enfraquecer instituições centrais. A presidente do PT classificou os ataques ao IBGE como parte de uma lógica negacionista recorrente no governo Bolsonaro, que também teve como alvo outros órgãos como o INPE e instituições científicas. “Os ataques às instituições públicas são um movimento para colocar em xeque a democracia. É preciso enfrentá-los com firmeza”, disse Gleisi em sua postagem.

O discurso de Hoffmann ganha relevância em um momento em que o IBGE tem sido alvo de desconfiança de setores ligados ao bolsonarismo. A postura firme da presidente do PT e do presidente do IBGE sublinha a importância de proteger os dados estatísticos como base para a formulação de políticas públicas e para o fortalecimento da democracia brasileira.

Com críticas contundentes a Bolsonaro, Gleisi reafirmou que “a metodologia do IBGE é inquestionável” e que o instituto seguirá sendo essencial para garantir o acesso à verdade no Brasil. A presidente nacional do PT também destacou que a população deve ter clareza sobre a relevância das estatísticas oficiais para combater fake news e fortalecer as instituições.

Fonte: Brasil 247

Após vídeo polêmico, comandante da Marinha é levado a reunião com Lula para esclarecimentos

Presidente ficou contrariado com material que ironizava “privilégios” em meio ao debate sobre ajuste fiscal; Múcio fez ponte

Comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e presidente Lula 23/3/23 (Foto: Tânia Rego/ABR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira (5), na Granja do Torto, o comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, acompanhado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para tratar da repercussão negativa de um vídeo divulgado pela Marinha. A gravação, alusiva ao Dia do Marinheiro, ironizava os chamados “privilégios” militares e foi interpretada como uma crítica ao ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que inclui mudanças nas regras para aposentadoria nas Forças Armadas, destaca o jornal O Globo.

No vídeo, intercalam-se imagens de militares em treinamento e civis em momentos de lazer, encerrando com a provocação: “Privilégios? Vem para a Marinha”. A peça gerou desconforto generalizado no governo, sendo considerada um erro por auxiliares do presidente. Irritado, Lula questionou José Múcio se ele tinha conhecimento do conteúdo. O ministro negou ter aprovado a divulgação, informando que o material foi autorizado diretamente por Olsen.

● Impacto político e mudança de postura

A divulgação do vídeo repercutiu rapidamente, levando Fernando Haddad a expressar seu descontentamento diretamente ao ministro da Defesa. O episódio também influenciou a posição de Lula sobre as negociações com os comandos das Forças Armadas acerca da transição de regras para aposentadoria. Inicialmente, o presidente havia aceitado a proposta de uma transição gradual, permitindo que a idade mínima de 55 anos fosse plenamente adotada apenas em 2043. Contudo, após o incidente, Lula optou por endurecer a posição e endossar a proposta do Ministério da Fazenda, que prevê a adoção definitiva da regra em 2032, com uma transição até o final de 2031.

A mudança abrupta de postura evidenciou a gravidade da situação. “O tom do vídeo foi inadequado e não condiz com o momento de diálogo que o governo busca estabelecer com as Forças Armadas”, avaliou um auxiliar próximo ao presidente.

● Novo protocolo para campanhas das Forças Armadas

Como resultado do incidente, o governo determinou uma nova diretriz para campanhas publicitárias das Forças Armadas. A partir de agora, todas as peças deverão ser previamente avaliadas e aprovadas pelo Ministério da Defesa antes de serem divulgadas. Até então, cada Força tinha autonomia para criar e publicar seus materiais com a autorização do respectivo comandante.

A presença de Olsen na reunião buscou demonstrar disposição em esclarecer os fatos e amenizar o desconforto. Segundo interlocutores, o comandante explicou o objetivo do vídeo e reconheceu o impacto negativo gerado. Ele e José Múcio deixaram o encontro com a percepção de que o assunto está encerrado, embora o episódio tenha deixado marcas no diálogo entre o governo e as Forças Armadas.

As mudanças nas regras de aposentadoria dos militares fazem parte de um pacote de ajuste fiscal que busca equilibrar as contas públicas. A proposta enfrenta resistências dentro das Forças Armadas, mas o governo tem defendido a necessidade de uniformizar as regras de transição para todas as categorias do funcionalismo público.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

VÍDEO: Gusttavo Lima, zombando, promete ‘Bolsa Cachaça’ aos brasileiros

Gusttavo Lima. Foto: Divulgação

O cantor Gusttavo Lima, um dos principais nomes da música sertaneja no Brasil, revelou suas intenções de se candidatar à Presidência da República em 2026. O anúncio foi feito à coluna Grande Angular, do portal Metrópoles, e reforçado durante um show na última sexta-feira (3).

No palco, o “Embaixador”, como é conhecido pelos fãs, prometeu criar o programa “Bolsa Cachaça” caso seja eleito.

“Quem votar em mim vai ganhar cenzão (R$ 100) de cachaça para beber todo mês. Já não tem desculpa mais”, afirmou, zombando e arrancando risos e aplausos do público presente.

Segundo Gusttavo Lima, o benefício seria uma forma de “alegrar” os brasileiros.

A decisão de entrar na política foi motivada, segundo o cantor, pela vontade de oferecer alternativas ao país.

“O Brasil precisa de alternativas. Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar”, declarou.

Gusttavo Lima relembrou sua infância humilde, mencionando que chegou a perder dentes devido à falta de recursos financeiros, mas que conseguiu superar as dificuldades com as oportunidades que teve.

Ainda sem partido, ele afirmou que começa a dialogar com grupos políticos para viabilizar sua candidatura. “Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso, é sobre fazer um gesto para o país, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um projeto para unir a população”, afirmou.

A esposa do cantor, Andressa Suita, reagiu com humor à notícia da candidatura presidencial. “Quando eu acordo com a notícia de que meu marido quer ser presidente do Brasil”, escreveu Andressa em suas redes sociais, acompanhada de um emoji da bandeira nacional.

Embora seja um conhecido apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Gusttavo Lima não confirmou se contará com o apoio do ex-presidente em sua campanha. “Não fui apadrinhado por ninguém. É uma decisão pessoal, baseada no que acredito ser necessário para o Brasil”, comentou.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

VÍDEO: Coronel preso pelo 8/1 armava blitzes para perseguir mulher de amigo em Brasília


O coronel Jorge Eduardo Naime. Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime Barreto, está sob investigação por stalking, monitoramento ilegal, caracterizando o crime de stalking, e porte ilegal de armas. A Delegacia de Repressão à Corrupção (Drcor/Decor) apura suspeitas de que Naime teria utilizado sua influência na segurança pública para perseguir uma empresária da capital federal, a mando do ex-marido dela, em meio a uma separação litigiosa.

Documentos obtidos pela Polícia Civil apontam que ele coordenou ações estratégicas de vigilância e abordagens policiais com o objetivo de intimidar a empresária e seus associados. Um episódio emblemático ocorreu em 30 de outubro de 2024, no Lago Sul, quando o motorista da empresária foi abordado por uma viatura da PMDF enquanto transportava a filha dela, de 5 anos, e a babá.

Imagens de câmeras de segurança mostram Naime e outro homem posicionados estrategicamente antes da abordagem. Assim que o veículo passou pela viatura, os policiais o interceptaram.

Segundo o motorista, os agentes estavam armados, focaram exclusivamente na verificação de seus documentos pessoais e chegaram a confiscar seu celular temporariamente. Durante a abordagem, uma criança presenciou toda a ação.

A análise das imagens revelou que o coronel, identificado como o homem de cabelos grisalhos, estava presente no local e coordenou a ação. Ele foi flagrado dialogando com os policiais dentro da viatura antes de deixar o local.

Naime já foi investigado por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, que resultaram em sua prisão preventiva. Ele foi acusado de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e danos ao patrimônio público. Ele teria retardado a ação da PMDF, dando tempo para os bolsonaristas invadirem e depredarem os prédios públicos.

Sua suposta colaboração nos atos que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, foi um dos casos mais emblemáticos daquele período.

Embora tenha sido liberado provisoriamente em maio de 2024, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Naime permaneceu sob medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno.

Fonte: DCM

Sobe para 14 o número de mortes em desabamento de ponte entre TO e MA

Corpo encontrado estava perto de destroços

Ponte JK, entre Tocantins e o Maranhão, após colapso de vão central (Foto: REUTERS/Mauricio Marinho)

Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil
Mais um corpo foi resgatado na manhã deste sábado (4) no Rio Tocantins, onde desabou a Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira que ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito, no Maranhão. Com a localização da vítima, chegam a 14 as mortes confirmadas e três pessoas ainda permanecem desaparecidas.

Segundo o Comando do 4º Distrito Naval da Marinha, que integra a força-tarefa de busca e resgate no rio Tocantins, o corpo estava nas proximidades dos destroços e foi retirado do local às 10h25.

Segundo o chefe do destacamento de mergulhadores da Marinha, capitão de mar e guerra Albino Santos, os destroços no local do desabamento aumentam o desafio no trabalho de busca e resgate das vítimas, exigindo o emprego de profissionais altamente especializados e o uso de diferentes técnicas.

São realizados diariamente mergulhos para identificar e marcar os pontos de interesse, e mergulhos a ar dependente, com mais autonomia e tempo para exploração nas áreas que ultrapassam 40 metros de profundidade.

“O mergulho a ar dependente conta com uma série de aparatos próprios destinados a essa técnica. Por exemplo, a tradicional máscara é substituída por capacete. Com ele, o mergulhador consegue receber o ar que vem da superfície”, explica.

Queda - A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. A operação de busca e resgate teve início ainda no mesmo dia, com o reforço de várias frentes como Corpo de Bombeiros, empresas privadas e o emprego de embarcações, helicóptero e viaturas na região.

Até o momento, o trânsito de veículos - por meio de balsas - na região ainda não foi estabelecido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As empresas responsáveis pela manutenção da BR-226 “estão mobilizadas para atender exigências da Marinha do Brasil na execução dos acessos e do atracadouro necessários para a operação das balsas”.

Cumprida essa etapa e a liberação da outorga junto a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), as balsas deverão entrar em operação imediatamente sem custos. O serviço garantirá a travessia de carros de passeio, ambulâncias e caminhonetes.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaristas ainda creem que Trump ajudará em anistia

Ministros do STF, no entanto, não devem aliviar na condenação

Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | PR)

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta seu momento mais difícil desde que deixou o Planalto. Indiciado em três inquéritos, sem poder se candidatar até 2030 e impedido de viajar ao exterior, o ex-presidente segue no alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) — instância que ele atacou ao longo de todo o seu mandato e que, de acordo com a Polícia Federal, seria um dos pilares de um suposto plano de golpe. Não surpreende, portanto, que os ministros da Corte não deem sinais de recuo nos processos em andamento.

Segundo reportagem da revista Veja, apoiadores próximos de Bolsonaro veem no presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, uma tábua de salvação para interromper as investigações contra o ex-presidente e articular, no Congresso Nacional brasileiro, uma anistia que o habilitaria a disputar as eleições de 2026.

“Ainda que o Congresso Nacional (americano) não faça nada, se o Executivo quiser, pode fazer várias medidas para brecar o avanço do autoritarismo no Brasil. Podem esperar: a conduta vai mudar e a cobra vai fumar.”

A fala, de Eduardo Bolsonaro, filho “Zero Três” do ex-presidente e agora secretário de Relações Internacionais do PL, foi feita em uma live no final de novembro. Segundo ele, Trump teria prometido pressionar, inclusive com sanções, as autoridades brasileiras que estariam conduzindo uma “perseguição” contra o ex-mandatário. Nesse pacote de medidas, figurariam o cancelamento de vistos de magistrados do STF, a criação de dificuldades em relações comerciais e, em um cenário extremo, o congelamento de ativos de autoridades brasileiras no exterior.

Apesar da empolgação com o suposto suporte de Washington, não está claro o quanto tais medidas poderiam realmente influenciar os rumos das investigações em Brasília. Há quem diga que as promessas de Trump, famoso por declarações polêmicas, poderiam ser simples retórica para agradar os bolsonaristas de plantão.

Fonte: Brasil 247

"Muita preocupação", diz Gleisi sobre ataques a indígenas no Oeste do Paraná

Presidente do PT critica "essa prática de violência que setores têm em relação às comunidades indígenas”

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara)

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), manifestou-se neste sábado (4) sobre os ataques violentos contra a comunidade indígena Avá-Guarani no município de Guaíra, no Oeste do Paraná. Em postagem nas redes sociais, Gleisi expressou profunda preocupação com o episódio, que incluiu disparos de armas de fogo, incêndios criminosos e denúncias de prisões ilegais.

"Acompanho com muita preocupação o que está acontecendo com os indígenas Avá-Guarani, no Oeste do Paraná, vítimas de ataques violentos, incêndios criminosos, tiros, bombas e prisões ilegais. Ministério dos Povos Indígenas, a Funai e a Força Nacional já estão mobilizados para a situação. É preciso que o caso chegue à grande imprensa, para que a sociedade tenha consciência desses crimes e ajude a mudar essa prática de violência que setores têm em relação às comunidades indígenas”, publicou a deputada.

Na noite de sexta-feira (3), por volta das 21h, um ataque a tiros deixou quatro indígenas feridos na comunidade situada próxima ao bairro Eletrosul, em Guaíra. As vítimas foram inicialmente socorridas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas, devido à gravidade dos ferimentos, foram transferidas para hospitais em Toledo.

O ataque gerou indignação entre lideranças indígenas e organizações defensoras de direitos humanos. Gleisi Hoffmann ressaltou a importância da mobilização de órgãos federais, como o Ministério dos Povos Indígenas, a Funai e a Força Nacional, para conter a violência e garantir a proteção das comunidades indígenas.

Investigação e perícia - A Polícia Federal, responsável pelas investigações, confirmou que equipes das forças de segurança federais, estaduais e municipais atuaram no local para evitar novos episódios de violência. Em nota oficial, a corporação destacou que peritos criminais federais estiveram na área para coletar evidências que possam levar à identificação dos responsáveis.

Leia a nota da Polícia Federal na íntegra: Guaíra/PR - Na data de ontem, 03/01/2025, por volta das 21 horas, foram realizados disparos em direção à comunidade indígena instalada próximo ao bairro Eletrosul.

Forças de segurança pública federais, estaduais e municipais estiveram no local a fim de evitar a ocorrência de novos episódios de violência.

Com relação aos feridos, constatou-se que, até o presente momento, quatro indígenas foram alvejados e necessitaram de atendimento hospitalar.

A Polícia Federal iniciou investigações para apurar a autoria e responsabilidade criminal dos envolvidos e, nesta manhã, (04/01/2025), Peritos Criminais Federais realizaram perícia no local do conflito.

Fonte: Brasil 247 com informações da Comunicação Social da Polícia Federal