sábado, 4 de janeiro de 2025

Milei recebe González, o chama de “presidente eleito” e reforça apoio contra Maduro

Líder venezuelano, que se diz vencedor das eleições de 2024, busca respaldo internacional para enfrentar a posse de Nicolás Maduro

Javier Milei e Edmundo González (Foto: Reuters)

A Casa Rosada foi palco de fortes emoções no sábado (4), quando o presidente argentino, Javier Milei, recebeu Edmundo González Urrutia, opositor venezuelano que reivindica ter sido eleito para o cargo de presidente da Venezuela no lugar de Nicolás Maduro. Em meio a centenas de refugiados que ocuparam a Plaza de Mayo, González foi aplaudido, segundo reporta o Infomoney. González tenta formar uma coalizão de apoio na América Latina para voltar ao seu país antes da posse de Maduro, programada para 10 de janeiro.

Durante o encontro, Milei declarou publicamente apoio a González, chegando a chamá-lo de “presidente eleito”. Em suas palavras, “está fazendo o que a defesa da liberdade exige, nem mais, nem menos”. A intenção do venezuelano, que está exilado na Espanha desde setembro, é reunir-se com líderes de direita na região e, assim, fortalecer a pressão internacional contra Maduro. Na sequência de sua visita a Buenos Aires, González planeja seguir para Montevidéu, onde se encontrará com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e com o chanceler, Omar Paganini.

● Estratégia de apoio e países envolvidos

A estratégia de González exclui, ao menos por enquanto, uma visita ao Brasil, país que não reconhece a suposta reeleição de Maduro, mas que tem adotado uma postura cautelosa em relação à crise venezuelana. Ainda assim, segundo fontes próximas ao opositor, o objetivo é priorizar nações cujo alinhamento com seu discurso de derrubada de Maduro seja mais direto e imediato.

Nicolás Maduro deve tomar posse para um terceiro mandato na próxima semana, depois de se declarar vencedor nas eleições de julho, em um processo repleto de suspeitas de fraude. Diversos governos, incluindo o brasileiro, não reconhecem os resultados divulgados pelas autoridades eleitorais venezuelanas. Ainda assim, o Brasil será representado na cerimônia de posse pela embaixadora Glivânia Maria de Oliveira.

Para complicar ainda mais o cenário, o governo de Maduro anunciou uma recompensa de 100 mil dólares (cerca de R$ 620 mil) por qualquer informação que leve à captura de González. Apesar disso, o opositor mantém o discurso de que retornará ao país para “tomar posse” em 10 de janeiro, no lugar de Maduro.

● Asilo político e articulações europeias

Com as acusações de “conspiração” e “associação criminosa” que pesam contra ele, González obteve asilo político na Espanha em 20 de dezembro. Lá, o venezuelano teve encontros significativos com líderes europeus, como o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Em dezembro, ele também recebeu o Prêmio Sakharov, concedido pelo Parlamento Europeu, em reconhecimento aos “esforços para restaurar a liberdade e a democracia” na Venezuela. A distinção foi entregue em conjunto à opositora Maria Corina Machado.

A tensão entre Argentina e Venezuela aumentou após a prisão de um militar argentino, Nahuel Gallo, em território venezuelano sob acusação de terrorismo. Diante disso, a Chancelaria argentina denunciou o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI) e solicitou medidas cautelares à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Em resposta, o chanceler venezuelano, Yván Gil, classificou a denúncia como um “espetáculo lamentável”.

A deterioração das relações entre Buenos Aires e Caracas se aprofundou quando Milei se recusou a reconhecer o resultado das eleições venezuelanas e reafirmou seu apoio a González. Na prática, a embaixada argentina em Caracas, sob custódia do Brasil, tornou-se refúgio para colaboradores da também opositora Maria Corina Machado, acusados de “terrorismo” pelo regime de Maduro.

● Perspectivas

Diante de um cenário cada vez mais polarizado, González segue buscando respaldo internacional para sustentar sua reivindicação de vitória e, assim, desembarcar na Venezuela com o peso do apoio de países da região. Enquanto isso, Maduro se prepara para iniciar um terceiro mandato com a “lealdade absoluta” das Forças Armadas, segundo comunicados oficiais. A crise venezuelana, que já resultou em protestos, mortes e prisões, é observada de perto pela comunidade internacional, que se divide entre o reconhecimento e a contestação do governo de Maduro.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Movimentos populares e PT convocam abraço à Praça dos Três Poderes

Ato simboliza defesa da democracia e cobra responsabilização de golpistas, a começar por Jair Bolsonaro

Gleisi Hoffmann e os atos terroristas bolsonaristas em Brasília no 8 de janeiro (Foto: ABr)

Movimentos sociais e partidos políticos das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizarão, na próxima quarta-feira, 8 de janeiro, um abraço coletivo à Praça dos Três Poderes, em Brasília, em sinal de apoio à democracia brasileira. O evento acontecerá logo depois de uma cerimônia convocada pela presidente Lula no Palácio do Planalto, que apresentará a restauração das obras de arte e itens históricos danificados durante os ataques golpistas de janeiro de 2022.

O PT destaca que o partido reforça seu repúdio às investidas contra as instituições nacionais e apoia a responsabilização jurídica dos envolvidos nos atos antidemocráticos. “O PT defende o processo judicial com punição de todos os golpistas, a começar por Jair Bolsonaro, que já se encontra indiciado pela Polícia Federal por seus crimes contra a democracia. Defende também o arquivamento imediato do projeto de lei que prevê a anistia aos golpistas”, aponta nota do partido.

A manifestação proposta pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo ocorre em um momento em que setores da sociedade brasileira buscam reafirmar o compromisso com as instituições, a estabilidade política e a preservação do patrimônio cultural do país. Os organizadores esperam a adesão de militantes, ativistas e representantes de diferentes correntes políticas, reforçando a importância de uma atuação conjunta em prol do Estado Democrático de Direito.

Fonte: Brasil 247

Gilmar Mendes cobra reação à "causa" dos atos golpistas de 8 de janeiro

"A presença de militares na política continua sem resposta", critica o decano do STF

Ministro do STF Gilmar Mendes (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

A politização das Forças Armadas e a ausência de legislação que regule a atuação de militares na política permanecem como desafios fundamentais para o Brasil, especialmente após os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes atacaram a Praça dos Três Poderes em uma tentativa de golpe de Estado. A avaliação é do ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista concedida a Letícia Casado, do UOL.

Segundo Gilmar Mendes, a presença de militares na política “continua sem resposta”. Ele destacou que, mesmo dois anos após os atos antidemocráticos, não houve avanços significativos para lidar com as raízes do problema. “Até agora não houve reação devida em relação aos problemas que talvez sejam a causa dos atos de 8 de janeiro”, afirmou. O ministro também criticou a postura leniente de militares em relação às manifestações golpistas, que se concentraram em frente a quartéis. “Foi essa gente que permitiu manifestação em frente de quartel e em hospital. Se o MST [Movimento dos Sem Terra] tivesse se instalado na frente de quartéis, o que eles fariam?”, questionou.

Ainda em 2023, o governo do presidente Lula (PT) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para despolitizar as Forças Armadas. A PEC prevê que militares da ativa deixem a carreira e entrem para a reserva para disputar cargos eletivos, além de vetar que ocupem cargos de ministros, como ocorreu amplamente no governo de Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o texto segue parado no Senado, sem perspectiva de votação.

Gilmar Mendes apontou a necessidade de avançar em discussões legislativas e políticas sobre o tema. Para ele, o próximo passo é disciplinar a relação dos militares – incluindo as polícias – com a política. Ele ainda destacou a a importância de revisar a formação militar e o conteúdo ensinado nas academias: “é uma disciplina que está faltando”.

O mito do “poder moderador” - Outro ponto levantado pelo ministro foi a interpretação equivocada do artigo 142 da Constituição, que foi usada por bolsonaristas para sugerir que as Forças Armadas teriam um papel de “poder moderador” na democracia. “O próprio [general] Villas Bôas [ex-comandante do Exército] estava pregando isso”, criticou Gilmar Mendes. Em abril, o STF julgou uma ação que esclareceu o artigo, afirmando que as Forças Armadas não têm legitimidade para intervir nos Três Poderes.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Caiado, que perderia para Lula de 54% a 20%, diz que "governo acabou"

Governador de Goiás acusa falta de reformas estruturais; pesquisa Genial/Quaest aponta ampla vantagem de Lula em eventual 2º turno

Ronaldo Caiado e Lula (Foto: ABR)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), voltou a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que a gestão petista “acabou no segundo ano”. As declarações, divulgadas pela revista Veja, contrastam com os dados recentes da pesquisa Genial/Quaest, que indicam uma ampla vantagem de Lula em um possível segundo turno contra diversos adversários, inclusive o próprio Caiado.

De acordo com o levantamento, realizado pela Quaest entre os dias 4 e 9 de dezembro, com 8.598 pessoas entrevistadas pessoalmente, o presidente Lula derrotaria, em um eventual segundo turno em 2026, nomes como Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Pablo Marçal (PRTB) e o próprio Ronaldo Caiado (União). Neste cenário, o petista aparece com 54% das intenções de voto, enquanto o governador de Goiás registra 20%. A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Apesar dos números, Caiado sustenta que o atual governo não entrega resultados. “Até hoje, Lula ancorou o governo no acontecimento de 8 de janeiro. Como o assunto está sendo julgado pelo Supremo, ele fica sem discurso e sem nenhuma entrega. O governo acabou no segundo ano”, declarou o governador, sem mencionar diretamente os resultados da pesquisa.

Caiado também criticou o aumento de gastos públicos e a ausência de reformas. “Já se passaram dois anos e o governo Lula só fez aumentar gastos. Reformas estruturais, nem cogitou fazê-las”, disse, reforçando o que considera como falta de ação no campo fiscal. O governador ainda ressaltou o que julga ser a falta de novos programas efetivos. “O único programa de governo que foi bem avaliado é o pé de meia, cópia do meu programa instalado desde 2021”, acrescentou.

Cenários divulgados pela Genial/Quaest

  • Lula x Bolsonaro: 51% x 35%Indecisos: 3% | Branco/nulo/não vai votar: 11%
  • Lula x Tarcísio: 52% x 26%Indecisos: 5% | Branco/nulo/não vai votar: 17%
  • Lula x Pablo Marçal: 52% x 27%Indecisos: 4% | Branco/nulo/não vai votar: 17%
  • Lula x Caiado: 54% x 20%Indecisos: 5% | Branco/nulo/não vai votar: 21%
Apesar das declarações de Caiado, o cenário político segue com o amplo favoritismo do presidente Lula.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Garro, do Corinthians, é acusado de homicídio culposo após testar positivo para álcool em acidente fatal

Rodrigo Garro aguardará julgamento em liberdade e, segundo a Justiça argentina, está proibido de dirigir

Garro, do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)

O meia do Corinthians, Rodrigo Garro, enfrenta neste sábado (4) uma grave acusação de “homicídio culposo agravado por alcoolemia”, depois de se envolver em um acidente de trânsito que resultou na morte de um motociclista em General Pico, na província de La Pampa, Argentina. A notícia foi divulgada pela CNN Brasil, que conversou com exclusividade com Armando Agüero, procurador-geral do Ministério Público local.

O caso aconteceu durante a madrugada, no cruzamento das ruas 300 e 108 de General Pico, cidade natal do atleta, localizada a aproximadamente 600 km de Buenos Aires. De acordo com as autoridades argentinas, Garro conduzia uma caminhonete Dodge RAM quando colidiu com a moto de Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, que morreu no local do acidente.

Em entrevista à CNN, o procurador-geral explicou que Garro “testou positivo no bafômetro, com 0,5 gramas de álcool por litro de sangue”. Na província de La Pampa, a tolerância de álcool para dirigir é zero. Segundo Agüero, “o atleta chegou a ser preso preventivamente, mas já está em liberdade”, pois não apresentou risco de fuga e permaneceu em contato com as autoridades locais.

“Além disso, ele está sem veículo. Foi apreendido”, ressaltou o procurador Armando Agüero, referindo-se ao fato de Garro ter sido liberado após prestar esclarecimentos.

Ainda de acordo com o procurador, o motociclista envolvido portava drogas, não usava capacete e tinha irregularidades no farol da moto. “Ele levava cocaína, mas não [foi detectada] no sangue”, acrescentou Agüero. O jogador corintiano agora aguarda a acusação formal por parte do Ministério Público, que deve ocorrer ainda neste sábado (4). No domingo (5), deve passar por uma audiência com um juiz, mas não deverá ser preso novamente e, por enquanto, segue proibido de dirigir.

“O crime de homicídio culposo agravado por alcoolemia pode resultar em três a seis anos de prisão”, explicou o procurador-geral, lembrando que, caso seja considerado culpado, Garro pode vir a cumprir pena ao final do julgamento.

O Corinthians, clube que Garro defende desde janeiro de 2024, publicou nota oficial no final da manhã deste sábado, confirmando que o meia foi liberado e já se encontra em casa. “O executivo de futebol, Fabinho Soldado, e o diretor de negócios jurídicos, Vinicius Cascone, fizeram contato com os advogados e familiares do atleta e manterão contato para mais informações”, diz o comunicado. O clube reforçou ainda que acompanha as investigações e manifestou solidariedade à família da vítima.

Em meio à repercussão do caso, Rodrigo Garro desativou suas redes sociais. Ele segue sem estrear oficialmente com a camisa alvinegra.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Polícia investiga ‘surubão’ de Ano Novo no Rio de Janeiro após vídeo viralizar

Prática de ato obsceno em espaço público é crime, com penas que incluem detenção de três meses a um ano, ou multa

Surubão de Ano Novo no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução / Agenda do Poder)

Da Agenda do Poder A 14ª DP (Leblon) abriu, nesta sexta-feira, uma investigação para apurar uma orgia envolvendo dezenas de homens no Arpoador, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O ato, que teve início na noite de réveillon e continuou até o amanhecer, foi registrado em vídeos que rapidamente se tornaram virais nas redes sociais, gerando grande repercussão.

De posse das gravações, as autoridades buscam identificar os participantes do evento. Segundo o Artigo 233 do Código Penal Brasileiro, a prática de ato obsceno em espaço público é crime, com penas que incluem detenção de três meses a um ano, ou multa. Contudo, até o momento, nenhum envolvido foi identificado.

A orgia, apelidada de “surubão do Arpoador” nas redes sociais, ocorreu no Skate Bowl, uma pista de skate localizada no Parque Garota de Ipanema. Há anos, o local é conhecido na comunidade gay carioca como um ponto de encontros noturnos e já foi mencionado em guias especializados como um dos principais espaços da cidade para sexo ao ar livre. No entanto, desta vez, o ato estendeu-se até o amanhecer, chamando a atenção de quem frequentava a região para atividades esportivas logo cedo.

Casos semelhantes também ocorrem em outras cidades brasileiras. Em Brasília, a Polícia Militar tem enfrentado há décadas a prática de sexo coletivo nos estacionamentos do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, um dos maiores parques urbanos do país. Mesmo após medidas como o fechamento das entradas de veículos à noite, os adeptos passaram a utilizar áreas como a chamada “floresta dos sussurros”, uma plantação de eucaliptos próxima ao estacionamento 11

Já em São Paulo, pontos como o Mirante da Lapa, o Parque Ibirapuera e a Marginal Pinheiros são frequentemente mencionados como locais de encontros sexuais a céu aberto. Essas áreas atraem frequentadores especialmente à noite, mas também geram reclamações de moradores e têm sido alvo de monitoramento pelas autoridades locais.

A investigação no Rio segue em andamento, enquanto o debate sobre a ocupação de espaços públicos para práticas obscenas reacende discussões sobre limites, segurança e o uso compartilhado das cidades.

Fonte: Brasil 247 com Agenda do Poder

Obras de arte e "Abraço da Democracia": como será o ato de 8/1 em Brasília

Cerimônia no Planalto e mobilização popular relembram os ataques antidemocráticos de 2023 e reforçam o compromisso com a democracia

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

Brasília será palco de um conjunto de eventos marcantes no próximo dia 8 de janeiro, quando se completam dois anos dos ataques golpistas que atingiram os Três Poderes em 2023. O Palácio do Planalto, em parceria com lideranças do governo e da militância, organizou uma programação que combina a entrega de obras de arte restauradas, uma cerimônia oficial com autoridades e um ato simbólico na Praça dos Três Poderes, batizado de “Abraço da Democracia”, segundo o Metrópoles.

● Cerimônia oficial e a entrega de obras restauradas - A programação terá início no Palácio do Planalto, onde o presidente Lula (PT) participará da entrega de peças de arte que foram depredadas durante os atos de vandalismo. Entre os destaques está o relógio histórico do século XVIII, trazido ao Brasil por dom João VI e produzido pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot. Após ser danificado, o relógio passou por um delicado processo de restauração na Suíça.

Outro símbolo da destruição de 2023 é a obra “As mulatas”, de Di Cavalcanti, um ícone do Salão Nobre do Planalto. Avaliada em cerca de R$ 8 milhões, a peça foi recuperada por especialistas e será entregue durante a cerimônia.

Além das obras, o evento reunirá representantes dos Três Poderes, governadores e outras autoridades. Após a entrega, o presidente Lula descerá a rampa do Planalto acompanhado de lideranças políticas para participar do “Abraço da Democracia” junto ao público na Praça dos Três Poderes.

● Mobilização popular e o papel da militância - A militância, com destaque para apoiadores do PT, tem mobilizado cidadãos de todo o país para se unirem ao ato na Praça dos Três Poderes, marcado para as 10h. A manifestação tem como objetivo reforçar a importância de proteger o Estado Democrático de Direito e relembrar os episódios de 8 de janeiro, não apenas como uma tragédia, mas como um alerta para o futuro.

● O impacto dos ataques e a busca por justiça - Os ataques de 2023, protagonizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), resultaram em destruição massiva no STF, no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Manifestantes, insatisfeitos com o resultado das urnas que elegeram Lula, exigiam intervenção militar para reverter o processo democrático.

Segundo dados da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, os prejuízos aos cofres públicos ultrapassaram R$ 15 milhões, sendo R$ 11,4 milhões relacionados ao STF e R$ 3,5 milhões ao Senado. Até agora, mais de 200 pessoas foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal por crimes como tentativa de golpe, associação criminosa armada e danos ao patrimônio tombado

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

STF celebra resiliência democrática com arte e memória dois anos após os ataques de 8 de janeiro

Ações incluem roda de conversa, obras criadas com destroços e hotsite para registro histórico e balanço do episódio

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Em memória aos ataques que abalaram os Três Poderes da República em 8 de janeiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) organizou uma série de eventos que ocorrerão em 8 de janeiro de 2025. As ações, centradas em arte e diálogo, buscam ressignificar a tragédia, reforçando a importância da democracia. A programação inclui uma roda de conversa, a entrega de obras criadas a partir de destroços da invasão e o lançamento de um hotsite dedicado à memória e ao balanço do episódio.

De acordo com informações divulgadas pelo próprio STF, a roda de conversa será aberta às 14h pelo vice-presidente no exercício da presidência, ministro Edson Fachin. O evento reunirá servidores e colaboradores envolvidos na limpeza, reconstrução e restauração das instalações danificadas. Às 15h30, quatro artistas plásticos de Brasília entregarão obras produzidas com materiais oriundos da destruição do prédio do STF.

● Arte como ressignificação e resistência - Um dos destaques do dia será a entrega das peças criadas pelos artistas Valéria Pena-Costa, Carppio de Morais, Marilu Cerqueira e Mário Jardim. Cada obra utiliza fragmentos dos destroços para simbolizar a reconstrução e a força da democracia.

A obra de Valéria Pena-Costa, intitulada “Manto da Democracia”, reconstrói simbolicamente a toga da ministra Rosa Weber, que presidia o STF na época dos ataques. Em parceria com cerca de 60 mulheres, Valéria usou o conceito de “energia criativa” coletiva para materializar um ato simbólico de solidariedade e força feminina.

Já Carppio de Morais elaborou uma pintura em preto, refletindo o luto pelas páginas queimadas da Constituição Federal. A obra traça um percurso histórico que vai desde a escravidão até os dias atuais, representando as divisões ideológicas e sociais do Brasil.

A produção de Marilu Cerqueira reúne materiais como mármore azul, vidro de lâmpada e cacos de espelho, compondo uma obra que evoca a destruição do tribunal.

Por sua vez, Mário Jardim, em parceria com Valéria Pena-Costa, criou uma peça baseada nos sermões do Padre Antônio Vieira. A palavra “democracia” aparece repetida em fragmentos de espelho, simbolizando que, assim como a eucaristia nos ensinamentos de Vieira, a democracia preserva sua essência, mesmo quando fragmentada.

● Hotsite da memória - Como parte da programação, será lançado um hotsite que detalha o impacto dos ataques, o processo de reconstrução do prédio e as ações para responsabilizar os envolvidos. A iniciativa reforça o compromisso da Corte em preservar a memória do episódio e garantir que os acontecimentos não sejam esquecidos.

Fonte: Brasil 247

Overclean: emendas parlamentares abasteciam corrupção de grupo que fraudava licitações

Rede criminosa utilizava emendas parlamentares e convênios para financiar fraudes em licitações, superfaturamento de contratos e lavagem de dinheiro

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), revelou um esquema de corrupção que desviou cerca de R$ 1,4 bilhão dos cofres públicos. A Operação Overclean desmantelou uma rede criminosa que utilizava emendas parlamentares e convênios para financiar fraudes em licitações, superfaturamento de contratos e lavagem de dinheiro. Entre os investigados estão políticos, empresários e servidores públicos, cujas ações atingiram diversos estados brasileiros.

Segundo relata Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, os investigadores descobriram que o grupo criminoso era liderado por Alex Rezende Parente, que comandava a execução das fraudes, enquanto seu irmão, Fábio Rezende Parente, movimentava recursos por meio de empresas de fachada. Outra figura central do esquema era José Marcos de Moura, conhecido como "Rei do Lixo", que negociava contratos fraudulentos com agentes políticos. Empresas como Allpha Pavimentações e Larclean Saúde Ambiental eram utilizadas para garantir contratos superfaturados com órgãos públicos, viabilizados por meio de editais manipulados que favoreciam apenas as companhias do grupo.

As licitações eram direcionadas para eliminar a concorrência legítima, assegurando que empresas ligadas ao esquema fossem contratadas. Os contratos, muitas vezes superfaturados ou fictícios, eram firmados para justificar a movimentação de grandes quantias de dinheiro público. Os serviços contratados raramente eram realizados, e, quando executados, apresentavam qualidade muito inferior ao esperado. Os valores inflacionados incluíam medições adulteradas, itens desnecessários e aditivos contratuais fabricados para aumentar ainda mais o desvio de recursos.

O dinheiro desviado era lavado por meio de uma rede intrincada de operações financeiras. Empresas de fachada e contas bancárias em nome de “laranjas” simulavam a prestação de serviços inexistentes, enquanto transferências eletrônicas, incluindo operações via PIX, espalhavam os valores entre diferentes contas para dificultar o rastreamento. Parte do dinheiro era convertida em espécie, com empresas especializadas entregando montantes diretamente a agentes públicos e operadores do esquema. Outra estratégia utilizada envolvia a aquisição de bens de luxo, como imóveis, veículos, aeronaves e barcos, que também foram alvo de bloqueio judicial, totalizando R$ 162,3 milhões.

A operação revelou que contratos fraudulentos eram viabilizados com a cooptação de servidores públicos, que facilitavam os desvios em troca de propinas. Documentos falsificados eram usados para dar aparência de legalidade às transações. Serviços fictícios, como pavimentação e limpeza urbana, eram registrados para justificar a entrada e saída de recursos nas contas das empresas.

A descoberta do esquema escancara a fragilidade dos mecanismos de controle na aplicação de emendas parlamentares e recursos públicos. Os valores, que deveriam financiar obras e serviços essenciais à população, foram desviados para beneficiar um grupo restrito de criminosos. A Justiça determinou o bloqueio de bens e contas bancárias dos investigados, enquanto a Polícia Federal segue aprofundando as investigações para rastrear o destino do dinheiro desviado e responsabilizar todos os envolvidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ex-segurança de Gusttavo Lima preso pela PF tem imóvel de R$ 5 milhões com vista para o mar


Policial civil Rogério de Almeida Felício e o cantor Gusttavo Lima: ele é ex-segurança do sertanejo. Foto: reprodução

Rogério de Almeida Felício, agente de telecomunicações da Polícia Civil de São Paulo, levava uma vida de luxo apesar de seu salário líquido de R$ 7.490,98. Ele morava em um apartamento avaliado em R$ 5 milhões com vista para o mar, localizado na cidade de Praia Grande (SP), conforme informações do colunista Josmar Jozino, do UOL.

Felício, ex-segurança de Gusttavo Lima, é um dos cinco policiais civis delatados por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, acusado de corrupção e alvo da Operação Tacitus, realizada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em dezembro do ano passado.

Gritzbach, que delatou os policiais à Corregedoria, foi assassinado com 10 tiros de fuzil no aeroporto de Guarulhos em novembro de 2022, oito dias após sua denúncia.

Durante a operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Felício, conhecido como Rogerinho, incluindo o apartamento na rua Brigadeiro Faria Lima, no bairro Canto do Forte, em Praia Grande.

Apartamento de Rogério de Almeida Felício, em Praia Grande (SP), com vista para o mar. Foto: Reprodução

O imóvel chamou atenção pela ostentação. Conforme registrado no relatório da PF: “Não só o apartamento demonstrava sinais de riqueza, mas também o mobiliário, itens pessoais de luxo e vestuários com relevante valor de mercado em grande closet na suíte principal”. O documento também destacou a ampla adega climatizada na sala, recheada de vinhos e bebidas de alto valor.

Para a PF, o apartamento de alto padrão, avaliado em R$ 5 milhões, não condiz com a capacidade financeira de Rogerinho, reforçando as suspeitas de recebimento de vantagens ilícitas.

Segundo a Corregedoria, Gritzbach afirmou que Felício teria ficado com sete dos 15 relógios Rolex apreendidos pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) quando Gritzbach foi preso por encomendar o assassinato de dois narcotraficantes ligados ao PCC.

As vítimas, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, foram mortos em dezembro de 2021 no bairro do Tatuapé, em São Paulo. Gritzbach teria desviado R$ 200 milhões pertencentes a Cara Preta, motivando os homicídios.

Ele também revelou que Rogerinho chegou a postar fotos em redes sociais usando relógios de luxo, incluindo um Rolex Yacht Master de ouro avaliado em R$ 200 mil, um Rolex de cor Pepsi de R$ 150 mil e outros dois da marca Hublot.

Fonte: DCM com informações do UOL

Pochmann ataca o “negacionismo científico”: “Defendem o declínio da autoridade estatística”

Marcio Pochmann, presidente do IBGE. Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

O professor e economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atacou novamente o chamado “negacionismo científico”. Recentemente, supostos especialistas em economia usam dados descontextualizados para atacar o Bolsa Família e ignoram os números que mostram os reais benefícios do programa de redistribuição de renda.

Em publicação feita no X, antigo Twitter, neste sábado (4), ele argumenta que a “cegueira da realidade imposta pelo negacionismo científico torna as estatísticas vulgares e potencialmente ofensivas”. Leia:

A criação dos institutos nacionais de estatísticas a partir da segunda metade do século 18 na Europa colocou luz à governança de populações e territórios com a prática de políticas públicas a partir das evidências observadas.

Vencido o conjunto de obstáculos impostos pelo negacionismo científico vigente no Brasil monárquico, a realização do primeiro Censo Demográfico de 1872 expôs a realidade distinta daquela difundida pela elite do Império.

Até então, o Brasil do obscurantismo era descrito como europeu, formado por população branca e alfabetizada.

A realidade nacional revelada pela Diretoria-Geral de Estatística criada em 1872 apontou, contudo, um país com 2/3 de população não branca, 85% de analfabetos, 15% de escravos e o tupi guarani como a língua mais conhecida.

Nos dias de hoje, o negacionismo científico defende o declínio da autoridade estatística nacional propagando a “pós-verdade” e o arbítrio contra a democracia.

Exemplos não faltam para as tentativas de ocultação da realidade nacional. Pela revista Nature Medicine, periódico científico de referência internacional, encontra-se o importante estudo coordenado pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), em parceria com o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz) e o Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal).

No estudo científico é revelado que o programa Bolsa Família reduziu em até 65% o número de mortes por tuberculose no Brasil.

Fonte: DCM

“É preciso disciplinar a relação dos militares com a política”, diz Gilmar Mendes

O ministro decano Gilmar Mendes, do STF. Foto: reprodução

Dois anos após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o Brasil segue enfrentando o desafio de lidar com a politização das Forças Armadas. Para o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a presença de militares na política e a ausência de legislação específica para restringir sua atuação em cargos públicos são fatores centrais para os eventos que abalaram a democracia brasileira.

“A presença de militares na política continua sem resposta”, afirmou o ministro em entrevista ao Uol. Ele destacou que a falta de reação contundente às causas estruturais do problema contribui para o cenário atual.

“Foi essa gente que permitiu manifestação em frente de quartel e em hospital. Se o MST [Movimento dos Sem Terra] tivesse se instalado na frente de quartéis, o que eles fariam?”, questionou.

Uma das iniciativas para lidar com o problema é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo governo Lula (PT) no início de 2023, que propõe restringir a participação de militares da ativa na política.

O texto, atualmente parado no Senado, exige que militares deixem a carreira e entrem para a reserva caso desejem disputar cargos públicos. Além disso, a PEC proíbe que militares em serviço ativo ocupem cargos de ministro, como ocorreu na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro levou mais de 2,3 mil militares para o governo. Foto: reprodução

Outro ponto levantado pelo ministro é a necessidade de mudanças na formação dos militares, com uma revisão do que é ensinado nas escolas militares. Ele criticou a disseminação da ideia de que as Forças Armadas teriam o papel de “poder moderador” da democracia, um conceito rechaçado pelo STF em abril deste ano, quando a Corte julgou que o artigo 142 da Constituição não autoriza qualquer tipo de intervenção militar nos Três Poderes.

O decano no STF mencionou o exemplo do general Villas Bôas, ex-comandante do Exército, que defendeu publicamente a interpretação errônea do artigo constitucional.

Para o ministro, é fundamental que o governo e o Congresso avancem não apenas na aprovação da PEC, mas também em outras medidas que assegurem a subordinação das Forças Armadas aos princípios democráticos.

Fonte: DCM com informações do UOL

Exército ignora CGU e esconde responsável por impedir PM de prender responsáveis do 8/1

Soldados do Exército brasileiro. Foto: reprodução

As investigações sobre a trama golpista para manter recolocar o ex-presidente Jair Bolsonaro na Presidência, culminando nos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023, permanecem sem esclarecimento de quem deu a ordem para posicionar blindados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. A medida impediu a entrada de policiais no setor militar na noite dos ataques, dificultando a prisão imediata dos envolvidos.

O Exército tem evitado revelar a identidade do responsável, mesmo após determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), que reconheceu a obrigatoriedade de prestar a informação, prevista na Lei de Acesso à Informação (LAI). Segundo a instituição militar, o episódio envolveu uma decisão conjunta de autoridades de alto escalão, incluindo ministros e comandantes militares, para evitar “danos colaterais” à integridade física de pessoas presentes no local.

Desde janeiro de 2023, jornalistas e organizações tentaram obter informações sobre a ordem para uso dos blindados, sem sucesso. Em fevereiro do mesmo ano, o jornalista Mateus Vargas acionou a CGU, que, nove meses depois, decidiu que o Exército deveria cumprir a LAI.

Exército usa blindados para impedir a entrada da PM em área de acampamento bolsonarista. Foto: reprodução

Contudo, a resposta fornecida em novembro de 2023 pelo Comando do Exército alegou que os dados estavam sob sigilo, indicando que os depoimentos e documentos correlatos haviam sido enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na fase de recurso, a CGU considerou as respostas do Exército insuficientes, apontando falhas na versão apresentada sobre os eventos de 8 de janeiro.

Os militares alegaram que os tanques foram usados para “transporte de pessoal” e para cercar a área, mas não para proteger o acampamento ou impedir a entrada da PM do Distrito Federal. O Exército também se recusou a fornecer documentos relacionados à ordem de isolamento.

Apesar da decisão da CGU, o Exército manteve o sigilo, o que levou a Controladoria a reavaliar o caso em dezembro de 2023. No entanto, após uma suposta “apuração sumária”, a instituição militar arquivou o caso, alegando que os trâmites foram realizados conforme a lei.

Em 26 de dezembro de 2024, apenas duas horas após receber a resposta do Exército, a CGU também arquivou o processo, citando limitações para abrir sindicâncias em instituições militares. A informação sobre quem ordenou o uso de blindados nunca foi divulgada.

Fonte: DCM

Vereadora trans de Araraquara enfrenta transfobia durante posse (vídeo)

Filipa Brunelli (PT) teve discurso interrompido por ofensas enquanto se posicionava como oposição ao novo governo

Filipa Brunelli (Foto: Reprodução/YouTube/TV Câmara de Araraquara)

A cerimônia de posse da nova legislatura em Araraquara, no interior de São Paulo, no dia 1º de janeiro, foi marcada por um lamentável episódio de transfobia. Durante seu discurso, a vereadora Filipa Brunelli (PT), que se identifica como uma mulher trans, foi alvo de ofensas transfóbicas por parte de pessoas na plateia, relata o Metrópoles.

Enquanto discursava contra o novo prefeito, Dr. Lapena (PL), e se declarava oposição à gestão municipal, Brunelli teve sua fala interrompida por gritos ofensivos. Palavras como “traveco” e ordens para que ela saísse “daí” foram ouvidas em meio ao público. As manifestações ocorreram no momento em que a vereadora criticava a orientação conservadora da nova administração, apontando-a como contrária aos direitos humanos.

“Deixo claro desde já que serei oposição ao governo municipal que se elegeu sustentado por uma ideologia conservadora alinhada ao retrocesso e à defesa de figuras políticas violadoras de direitos humanos”, afirmou Brunelli antes de ser interrompida. Para conseguir prosseguir, ela precisou da intervenção do presidente da Câmara, Rafael de Angeli (Republicanos), que assumiu o microfone e pediu respeito à vereadora.

Após a interrupção, Filipa Brunelli retomou seu discurso, encerrando com um apelo por respeito ao mandato conferido por seus eleitores. Ela agradeceu aos 1.747 votos que garantiram sua reeleição e reforçou o compromisso com a defesa dos direitos da população.

Eleita pela primeira vez em 2020, Filipa Brunelli foi a primeira pessoa trans a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Araraquara, tornando-se um marco na política da cidade. Sua reeleição em 2024 consolida sua posição como liderança no município, apesar de enfrentar uma composição majoritariamente conservadora na Câmara, onde apenas cinco das dezoito cadeiras pertencem a partidos de esquerda.

O PT, ao qual Brunelli é filiada, elegeu quatro vereadores, incluindo a parlamentar, enquanto o PCdoB ocupa uma cadeira, formando a minoria progressista na Casa.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Esposa de ex-jogador do Bragantino é alvo de xenofobia e agressão em Portugal


Adriana Müller, esposa de Lincoln, ex-RB Bragantino, sofreu agressão em Portugal. — Foto: Reprodução

A influenciadora Adriana Müller, esposa do jogador de futebol Lincoln Henrique, que jogou pelo Red Bull Bragantino na última temporada, foi vítima de xenofobia e agressão física em Portugal na última quinta-feira (3), enquanto estava com os filhos, de 3 e 7 anos.

O incidente ocorreu durante as férias da família, quando tentavam estacionar o carro próximo a um ginásio onde os filhos praticariam natação. Adriana relatou no Instagram que, ao tentar estacionar, virou na contramão para acessar uma vaga.

“Uma mulher que estava na frente fez um barraco, eu fui pedir desculpa para ela, que estávamos só estacionando, que estava com meus filhos e aí ela saiu do carro gritando, sendo xenofóbica, falando para eu voltar para o meu país, que ‘tinha que ser brasileira para estar fazendo asneira'”, contou Adriana.

Mesmo pedindo desculpas, a influenciadora disse que os insultos continuaram. “Ela se revoltou e quando falou para eu voltar para o meu país, disse que viemos para fazer bagunça”, disse.

Adriana e sua nora tentaram gravar a confusão para registrar a agressão sofrida, mas a mulher ameaçou quebrar o celular. O jogador Lincoln, meio-campista do Fenerbahçe, da Turquia, que estava emprestado ao Red Bull Bragantino, tentou intervir na situação, mas sua esposa pediu que ele não se envolvesse.

“Quando ele (Lincoln) viu que ela partiu para cima de mim, veio correndo para nos separar. E eu pedi para ele se retirar por ser homem e deixasse que eu iria conseguir resolver a situação sozinha. Meu medo era ele vir separar e a mulher dizer que ele tocou nela, ainda mais que em Portugal, onde todo mundo conhece Lincoln. Ela poderia querer usar isso”, relatou ao Globo.

Esposa de ex-Bragantino e Grêmio é agredida em Portugal
Adriana Müller ao lado do marido Lincoln, ex-RB Bragantino. Foto: reprodução

Pelas redes sociais, Adriana mostrou marcas da agressão e desabafou: “A mulher bateu em mim. Tô com o pescoço todo pegado. Tem quem cria fake para dizer que sou barraqueira, mas isso que é barraco.”

Após o ocorrido, ela informou que registrou um Boletim de Ocorrência contra a agressora e fará um exame de corpo de delito no Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses do Porto. Adriana também afirmou que levará o caso à Justiça, exigindo reparação por danos morais e psicológicos causados à sua família.
Boletim de Ocorrência registrado pela Adriana — Foto: Reprodução
Boletim de Ocorrência registrado pela Adriana — Foto: Reprodução

Fonte: DCM