sábado, 4 de janeiro de 2025

VÍDEO – Vini Jr. é expulso e sofre racismo de torcida do Valencia: “Macaco”


Vinícius Júnior em campo pelo Real Madrid, de perfil, falando e gesticulando
Vinícius Júnior em campo pelo Real Madrid – Reprodução/Redes Sociais
O Real Madrid conquistou a liderança do Campeonato Espanhol ao vencer o Valencia por 2 a 1 nesta sexta-feira (3). Porém, o triunfo merengue ficou marcado por um episódio lamentável de racismo contra o brasileiro Vinícius Júnior, que foi expulso após se envolver em uma confusão com o goleiro do outro clube. Na saída de campo, o atacante foi alvo de insultos racistas, sendo chamado de “mono” (macaco) por parte da torcida adversária.

A expulsão ocorreu aos 32 minutos do segundo tempo, quando o craque se desentendeu com o goleiro Dimitrievski e acabou o agredindo. Após a análise do VAR, o árbitro decidiu expulsar o camisa 7, que deixou o gramado visivelmente inconformado. Durante sua saída, ele foi novamente hostilizado pela torcida adversária, o que gerou forte repercussão nas redes sociais.

Apesar do episódio, o Real Madrid conseguiu virar a partida com gols de Luka Modric e Jude Bellingham, alcançando 43 pontos e assumindo a liderança isolada do campeonato. Após o jogo, Vinícius Júnior usou suas redes sociais para pedir desculpas aos companheiros e à torcida pelo ocorrido.


Fonte: DCM

VÍDEO: Mulher se revolta após comissárias negarem bebida alcoólica em voo e surta

 

Montagem de duas fotos de confusão em voo
Registros de confusão durante voo – Reprodução/Instagram
Um voo da companhia aérea FlySafair, que fazia o trajeto entre Durban, na província de KwaZulu-Natal, e a Cidade do Cabo, no Cabo Ocidental, África do Sul, foi palco de um incidente polêmico envolvendo Nobuntu Mkhize, gerente de uma corporação de radiodifusão sul-africana, que foi flagrada por outros passageiros exigindo bebidas alcoólicas de forma insistente.

Em vídeos que circulam na internet, é possível notar sinais de embriaguez enquanto ela direcionava ofensas às comissárias de bordo. A situação escalou quando a mulher se levantou de seu assento e passou a proferir insultos racistas e comentários depreciativos: “Você é uma mestiça de Mitchells Plain, todos esses anéis de ouro, mas nenhum diploma. Agora mesmo, quando pousarmos, vou pegar um Uber para casa. Você nem tem carteira de motorista. Você nem tem carro”.

O ápice do confronto ocorreu quando a mulher arrancou sua própria peruca durante a discussão e um homem que estava próximo tentou intervir, pedindo calma aos presentes e alertando para que ninguém a tocasse. Após o pouso em solo na Cidade do Cabo, Mkhize foi detida por comportamento perturbador e agressivo a bordo. A passageira foi entregue à polícia local para responder por suas ações.

Fonte: DCM

Com Lula, 8/1 terá cerimônia no Planalto e ato da militância na praça dos 3 Poderes

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falando em microfone e sorrindo, olhando para o lado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Divulgação

O Palácio do Planalto será palco, no próximo dia 8 de janeiro, da cerimônia em memória dos dois anos dos ataques às sedes dos três Poderes ocorridos em 2023. O evento, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outras autoridades, inclui também um ato simbólico na Praça dos Três Poderes organizado pela militância de esquerda.

Conforme divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Lula participará da apresentação de obras de arte que foram restauradas após serem depredadas durante os ataques. Entre os destaques, está o relógio trazido ao Brasil por Dom João VI, em 1808, que foi consertado na Suíça sem custos ao país. Além disso, será apresentada a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti.

O evento contará com a presença de governadores e dos presidentes dos três Poderes, embora a participação de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, ainda não esteja confirmada.

Após a cerimônia no Planalto, Lula descerá a rampa acompanhado de autoridades para um ato organizado pela Frente Brasil Popular. O evento incluirá um abraço simbólico à Praça dos Três Poderes, com expectativa de reunir cerca de mil pessoas.

Entre os organizadores do ato estão partidos como PT, PCdoB e PV, além de entidades como CUT (Central Única dos Trabalhadores), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Lula aproveitou sua última reunião ministerial, em dezembro, para reforçar a importância do evento como um marco em defesa da democracia. O presidente destacou a prisão do general Walter Braga Netto, ex-vice de Jair Bolsonaro (PL), como um passo crucial contra a impunidade.

Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas preso no contexto das investigações sobre os ataques e supostos planos golpistas, incluindo um alegado complô para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes das três Forças Armadas estão confirmados no evento. Em 2024, Múcio afirmou que a presença dos militares simbolizava o compromisso das Forças Armadas com a democracia, apesar de pressões internas.

Lula, por sua vez, ressaltou que “perdão soaria como impunidade” e celebrou o evento como uma vitória da democracia sobre o autoritarismo. Durante a cerimônia do ano passado, o presidente mencionou a importância da união entre parlamentares, governadores, ministros e militares legalistas na defesa do estado democrático.

Fonte: DCM

Avanços no Brasil esbarram em desafios estruturais para produção de vacinas

Falta de infraestrutura e integração entre governo e empresas limita a independência na área

(Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Ag. Brasil)

Apesar de avanços científicos notáveis, o Brasil enfrenta barreiras significativas para desenvolver e produzir vacinas de forma independente, destacou uma reportagem da Folha de S. Paulo. Embora conte com uma comunidade científica qualificada e instituições capazes de avaliar a eficácia de imunizantes, o país ainda falha nas etapas intermediárias do processo, o que dificulta a realização de ensaios clínicos em larga escala.

Especialistas enfatizam a desconexão entre o potencial científico do país e a falta de estrutura para transformar descobertas em produtos viáveis. "Existe uma desconexão no Brasil, tanto por parte dos empresários que transformariam a vacina em produto quanto do governo, em relação ao potencial científico do país", afirma Cristina Bonorino, imunologista da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.

● Infraestrutura insuficiente - A ausência de um parque de testagem de toxicidade no Brasil é uma das principais barreiras apontadas. Segundo Flávio da Fonseca, virologista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sem esses testes é impossível avançar para avaliações clínicas. Ele também destaca a falta de estudos em primatas não humanos, essenciais para embasar decisões regulatórias.

Além disso, há uma carência de instalações especializadas na produção de lotes clínicos em pequena escala. "Você não consegue chegar numa empresa que tem o seu ciclo de produção totalmente ocupado e dizer: ‘preciso que você pare a sua produção para fabricar mil doses da minha vacina seguindo o padrão de boas práticas’", exemplifica Fonseca, ao comentar as dificuldades enfrentadas pela vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela UFMG, que tem seus lotes clínicos produzidos no exterior.

● Complexidade do processo - Esper Kallás, infectologista e diretor do Instituto Butantan, ressalta que o desenvolvimento de vacinas é mais demorado e complexo do que outros fármacos. "Poucos lugares do mundo têm o domínio completo de toda essa cadeia, e é comum uma participação forte de instituições públicas", pontua.

Uma solução apontada por Kallás seria concentrar esforços em vacinas para doenças cujos "correlatos de proteção" já são conhecidos, o que poderia simplificar etapas de desenvolvimento. Por outro lado, ele acredita que a tecnologia de vacinas de mRNA, que teve sucesso contra a Covid-19, ainda enfrenta desafios como a baixa duração da imunidade e altos custos.

● Cultura e colaboração - Para superar os gargalos, Bonorino defende a criação de uma estrutura mais descentralizada e ágil, baseada na colaboração entre governos e empresas. Ela critica a cultura predominante nas farmacêuticas brasileiras, que preferem apostar em genéricos com baixo risco financeiro. "É uma cultura que precisa mudar", concorda Fonseca.

Os especialistas reforçam que a autonomia na produção de vacinas é estratégica, como ficou evidente durante a pandemia de Covid-19. Sem investimentos em infraestrutura, parcerias público-privadas e uma mudança na mentalidade empresarial, o Brasil continuará dependente de insumos e tecnologias estrangeiras, o que compromete sua capacidade de resposta em situações críticas de saúde pública.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Overclean: esquema bilionário tinha "fábrica de CPFs" para lavagem de dinheiro

Quadrilha usava contas de laranjas, empresas de fachada e transferências via PIX para movimentar R$ 1,4 bilhão

Dinheiro

A Operação Overclean revelou um dos esquemas de corrupção mais sofisticados do país, envolvendo fraude em contratos públicos e uma extensa rede de lavagem de dinheiro. A organização criminosa, liderada pelos irmãos Alex e Fábio Rezende Parente, utilizava uma engenhosa estratégia que incluía “fábricas de CPFs” para ocultar a origem de recursos ilícitos, segundo Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.

A “fábrica de CPFs” consistia em redes de contas bancárias, empresas de fachada e laranjas que movimentavam os recursos desviados, dificultando o rastreamento pelas autoridades. Entre 2022 e 2024, o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 825 milhões apenas no último ano. Esses valores eram provenientes de contratos superfaturados em obras de infraestrutura e serviços públicos, frequentemente mal executados ou nunca realizados.

● O papel dos laranjas e empresas de fachada - Os laranjas eram peças centrais no esquema. Pessoas físicas e jurídicas, muitas vezes em situação de vulnerabilidade, emprestavam ou vendiam seus dados para a quadrilha, geralmente em troca de pequenas comissões. Em alguns casos, os dados eram usados sem o consentimento das vítimas, incluindo pessoas falecidas ou estrangeiros que jamais estiveram no Brasil. Essas contas eram utilizadas para pulverizar os recursos e dificultar o rastreamento.

Empresas de fachada complementavam o esquema, simulando prestação de serviços por meio da emissão de notas fiscais falsas. Estabelecimentos como a FAP Participações e a BRA Teles figuravam como exemplos, sendo registradas em endereços residenciais ou comerciais fictícios. A BRA Teles, por exemplo, servia exclusivamente como intermediária para distribuição dos recursos ilícitos.

● Transferências via PIX e dinheiro vivo - A quadrilha também inovou no uso de transferências instantâneas via PIX para dispersar os valores em múltiplas contas. Essa estratégia, além de rápida, impedia que grandes transações chamassem a atenção dos sistemas de monitoramento bancário. Em paralelo, parte dos recursos era convertida em dinheiro vivo, com empresas especializadas facilitando essas operações mediante pagamento de comissões.

Negócios improváveis, como a peixaria Corno do Camarão, em Salvador, foram utilizados para movimentar milhões de reais sem levantar suspeitas. Esses estabelecimentos ajudavam a criar uma cortina de fumaça em torno da origem dos valores.

● Impacto e desdobramentos - O esquema financiava um estilo de vida luxuoso para os líderes da quadrilha, incluindo a compra de aeronaves particulares, imóveis de alto padrão e veículos de luxo. Esses bens, avaliados em dezenas de milhões de reais, foram sequestrados pela Justiça.

Além disso, o desvio de recursos comprometeu serviços essenciais, como pavimentação e saneamento básico, deixando rastros de prejuízo em diversas cidades brasileiras. A complexidade do esquema tornou as investigações um verdadeiro desafio. Redes de contas bancárias e empresas de fachada operavam como um labirinto, exigindo a integração de diferentes métodos investigativos, como interceptações telefônicas, escutas ambientais e cooperação internacional.

● A queda do esquema - A colaboração entre a Polícia Federal e a agência americana Homeland Security Investigations (HSI) foi crucial para desarticular a organização. Diálogos interceptados entre os líderes Alex e Fábio Parente revelaram detalhes sobre a escolha dos laranjas e o uso de transferências via PIX para "espalhar o dinheiro" rapidamente. A análise de dados fiscais também permitiu identificar empresas incompatíveis com as movimentações financeiras.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

“Depois de Bolsonaro, qualquer asno pode ser presidente do Brasil", diz Latuff

Cartunista afirma que a candidatura de Gusttavo Lima deve ser encarada com naturalidade

Carlos Latuff (Foto: Felipe Gonçalves / Brasil 247)

A possibilidade de o cantor sertanejo Gusttavo Lima concorrer à Presidência da República em 2026 provocou uma série de reações no meio político e cultural. Em entrevista ao Bom Dia 247, o cartunista Latuff avaliou que, após a eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018, a “régua da política baixou muito”. Segundo Latuff, a candidatura do artista deve ser vista com naturalidade, pois, em suas palavras, “depois que Bolsonaro foi eleito presidente, o pensamento parece ser o seguinte: qualquer um pode, até uma porta, uma cadeira, qualquer um pode”.

Em tom crítico, Latuff declarou: “Se um asno como aquele chegou à presidência do Brasil, qualquer idiota pode. É nesse contexto que, por exemplo, Pablo Marçal se lançou candidato. E a plataforma dele? Quer dizer, ‘plataforma’, entre muitas aspas. O que vimos nos debates foi mais uma postura de ‘hater’, um ‘provocador barato de internet’.” Para ele, “a régua da política baixou muito” desde 2018, o que também se manifesta em outros países. “Veja o caso da Argentina: um sujeito cujo símbolo é uma motosserra. Como levar algo assim a sério? A régua baixou. É por isso que surgem candidaturas como a do Gusttavo Lima.”

O cantor, que apoiou Jair Bolsonaro na campanha anterior, fez declarações ao portal Metrópoles confirmando seu interesse em disputar o cargo de presidente. “Conheço muita gente e, embora eu nunca tenha ocupado nenhum posto político, eu sou um empreendedor. Montei muitas empresas e sei como fazer para a roda girar. A gente tem que desburocratizar para o país funcionar melhor. Os pobres estão sem poder de compra, e o setor do agronegócio não aguenta mais pagar impostos e não ter benfeitorias para investir em seus próprios negócios”, afirmou.

Gusttavo Lima também falou sobre suas origens humildes, enfatizando o desejo de construir propostas que atendam as camadas mais vulneráveis da população. “Eu mesmo enfrentei muitas dificuldades na vida, mas aproveitei as oportunidades que recebi. Vim de uma condição bastante humilde, cheguei a perder três dentes, mas, claro, tive condições de me tratar, condição que muita gente não tem”, ressaltou o cantor, sugerindo que seu passado o motiva a pensar em “políticas públicas que beneficiem a população em situação de vulnerabilidade”.

Em relação a apoios políticos, o sertanejo mantém cautela: “Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso, é sobre fazer um gesto para o país, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um projeto para unir a população”. Ainda assim, Gusttavo Lima reconhece ter proximidade com o agronegócio, setor que foi decisivo para a eleição de Bolsonaro em 2018. Ele afirma que está aberto a negociações com partidos que tenham alinhamento com suas propostas, mas não descarta a possibilidade de desistir da corrida eleitoral caso perceba que seus planos não tenham adesão suficiente.

O cantor, que foi alvo de investigações por suspeita de envolvimento em atividades irregulares com empresas de apostas on-line, teve o caso arquivado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por falta de provas. Segundo o órgão, não houve indícios que pudessem resultar em ação penal contra o sertanejo ou seus sócios.

Para Latuff, nada disso surpreende: “É claro que, em uma democracia, qualquer pessoa tem o direito de se candidatar a um cargo eletivo. Isso não é um problema em si. O problema começa quando vemos pessoas claramente desqualificadas, sem a menor capacidade para ocupar cargos de tamanha responsabilidade”. Na visão do cartunista, a provável candidatura de Gusttavo Lima seria apenas mais um reflexo de um cenário em que “qualquer um pode” se lançar na política, ainda que não haja uma plataforma detalhada ou experiência prévia para o exercício de funções públicas.
Assista:

Fonte: Brasil 247

Nikolas Ferreira é o “projeto da extrema-direita” para 2030, diz João Cezar de Castro Rocha

Professor a aponta a união entre olavistas e evangélicos em torno do parlamentar

(Foto: Divulgação )

A possível ascensão de novos nomes da direita brasileira tem sido alvo de debates cada vez mais intensos. Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o professor João Cezar de Castro Rocha afirmou que “Nikolas Ferreira é o projeto da extrema-direita para 2030”. Em suas palavras, o parlamentar eleva a discussão sobre o que denomina “extrema-direita 24/7”, em referência ao caráter contínuo de campanha política desempenhado por certos grupos.

Durante a conversa no Boa Noite 247, o professor ressaltou a força de lideranças que, em sua maioria, nasceram na década de 1990. “Isso é bem importante. Eu acho que é uma questão demográfica e essa questão demográfica será decisiva em 2026. Você sabe em que ano nasceu Nikolas Ferreira? 1995. André Fernandes e Bruno Engler nasceram em 1996, Lucas Pavanato em 1997. Há uma questão demográfica”, destacou. Segundo ele, a extrema-direita “triunfa porque viver em campanha é o próprio da extrema-direita. Eles não fazem campanha nos dois ou três meses anteriores a uma eleição majoritária, eles fazem campanha vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano”.

Outro ponto de reflexão foi a atuação das igrejas evangélicas, especialmente na comunicação em Libras (Língua Brasileira de Sinais). O professor lembrou que, na posse do então presidente Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro “inovou de duas formas. Ela fez discurso e ela fez discurso em libras”. Essa iniciativa, segundo ele, evidencia uma estratégia de mobilização religiosa que vem sendo praticada há pelo menos duas décadas no Brasil: “As igrejas evangélicas no Brasil, de todas as denominações, há pelo menos duas décadas, preparam fiéis que aprendem a falar libras”.

O tema do futuro de Jair Bolsonaro também foi abordado. “Eu acho muito difícil que o Bolsonaro se torne elegível uma vez mais, e mais difícil ainda que ele consiga escapar da prisão”, afirmou João Cezar de Castro Rocha, referindo-se a processos que tramitam contra o ex-presidente. Segundo o professor, entretanto, a provável ausência de Bolsonaro no cenário eleitoral não deve enfraquecer a extrema-direita, que já estaria “projetando o cenário” com outros nomes e estratégias.

Ele também chamou a atenção para o contexto internacional. “A extrema direita brasileira estará profundamente reenergizada […] a partir do dia 20 de janeiro, com a posse de Donald Trump e com o papel importantíssimo que Elon Musk desempenhará”, afirmou. Para ele, Musk teria o objetivo de desmontar barreiras institucionais, abrindo caminho para projetos autoritários nos Estados Unidos e, por consequência, influenciando outros países, como o Brasil. “É muito claro o projeto agora. Neste instante, enquanto estamos falando, Elon Musk está tentando influenciar a eleição na Inglaterra e na Alemanha. […] Imagine o que acontecerá no Brasil em 2026.”

O professor sublinha que a esquerda deve entender as dinâmicas da extrema-direita se quiser reagir de forma eficiente. “Porque a esquerda perdeu a sua capacidade de militância desse jeito permanente, de estar nas comunidades, de fazer trabalho nas bases…”, disse. No contexto brasileiro, esse fator — somado ao universo digital — indica uma tendência de crescimento de lideranças jovens, como Nikolas Ferreira, André Fernandes, Bruno Engler e Lucas Pavanato.

Para João Cezar de Castro Rocha, a estratégia bolsonarista consiste em manter a “chama acesa” enquanto se busca um espaço de barganha política. Entretanto, ele avalia que o núcleo duro do bolsonarismo, “embora não vá dizê-lo”, já trabalha com a hipótese de Bolsonaro não participar do pleito de 2026. Nesse cenário, novos nomes ganham força como alternativas para a condução do projeto conservador. 
Assista:

Fonte: Brasil 247

Governo projeta déficit abaixo de 0,1% do PIB em 2024

Fazenda destaca esforço fiscal para reduzir déficit de mais de R$ 200 bilhões em 2023 para um patamar próximo de zero em 2024

Da esq. para a dir.: Geraldo Alckmin, Lula e Fernando Haddad (Foto: RICARDO STUCKERT / PR)

O governo federal estima que o déficit primário de 2024 ficará entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, ou cerca de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme apurou o jornal O Globo. O valor é significativamente menor que a previsão anterior de R$ 28,7 bilhões (0,25% do PIB), consolidando o esforço da equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em buscar o equilíbrio fiscal. A nova estimativa desconsidera gastos extraordinários decorrentes de decisões judiciais ou legislativas, como os destinados ao combate às enchentes no Rio Grande do Sul e às queimadas pelo país.

Ainda que o resultado final das contas públicas só seja divulgado em fevereiro de 2025, os dados preliminares indicam que o governo se aproximou da meta de déficit zero, graças ao aumento expressivo da arrecadação e ao controle rigoroso das despesas. Nos bastidores do Ministério da Fazenda, destaca-se o esforço fiscal para reduzir o rombo de mais de R$ 200 bilhões em 2023 para um patamar próximo de zero em 2024.

● Avanços na arrecadação e ajuste de despesas - A arrecadação surpreendeu ao crescer 10% acima da inflação, impulsionada por medidas de recomposição tributária aprovadas no ano anterior. Entre elas, estão o combate a benefícios fiscais considerados injustos, como a subvenção do ICMS, e a tributação de fundos exclusivos e offshores, que impactaram positivamente a base de receitas.

Por outro lado, o novo arcabouço fiscal começou a demonstrar resultados práticos, limitando o crescimento das despesas a 2,5% acima da inflação. O bloqueio de R$ 17,6 bilhões no orçamento de 2024 foi essencial para manter as contas sob controle, mesmo diante de pressões como gastos acima do previsto com a Previdência. Adicionalmente, ações de pente-fino em benefícios sociais e previdenciários contribuíram para o ajuste das despesas obrigatórias.

● Judiciário e controle político impulsionam meta - A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, de bloquear R$ 6,9 bilhões em emendas parlamentares por falta de transparência, também influenciou positivamente o balanço das contas públicas. Além disso, recursos empoçados — valores autorizados para pagamento mas não executados — ajudaram a amortecer o impacto fiscal. Esses fatores, somados a um rigoroso controle de gastos, garantiram que o déficit ficasse aquém do esperado.

● Desafios para 2025 e busca pela meta zero - Apesar do progresso, 2025 trará novos desafios. Para alcançar o equilíbrio fiscal, o governo precisará de receitas adicionais de pelo menos R$ 18 bilhões. O Congresso não aprovou o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) nem a tributação sobre dividendos via Juros sobre Capital Próprio (JCP), que compensariam a renúncia fiscal da reoneração gradual da folha de pagamento.

Uma alternativa em negociação é o projeto sobre créditos tributários de bancos, que pode render R$ 16 bilhões, mas o governo insiste que essa receita não substitui as medidas rejeitadas. Enquanto isso, o pacote de contenção de gastos aprovado no fim de 2024 prevê uma economia de R$ 69,8 bilhões nos próximos dois anos, reforçando a confiança na política fiscal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Saiba idade mínima e tempo de contribuição para aposentadoria em 2025

Faixa etária vai aumentando seis meses a cada ano

Fila do INSS (Foto: Antônio Cruz/ABr)

Por Luiz Claudio Ferreira, repórter da Agência Brasil - Para saber quando será o momento de se aposentar, o trabalhador precisa estar atento às regras estipuladas pela Reforma da Previdência aprovada em 2019. Para a aposentadoria por tempo de contribuição, a idade mínima foi elevada em seis meses. Neste ano de 2025, a mulher precisaria ter 59 anos e 30 anos de tempo de contribuição, e, para o homem, 64 anos e 35 anos de tempo de contribuição.

As idades vão aumentando seis meses a cada ano. No caso da mulher, a idade chegará a 62 anos em 2031, enquanto que, para o homem, aos 65 anos, a partir de 2027. A possibilidade de se aposentar pelo sistema dos pontos (somatória da idade com o tempo de contribuição) também tem alterações neste ano. Para mulheres, são necessários 92 pontos (com pelo menos 30 anos de contribuição). Para os homens, 102 pontos (com 35 anos no sistema do INSS).

Uma situação diferente é para professores, que precisam ter tempo de contribuição mínimo no magistério (25 anos para mulher e 30 anos para homens). Em 2025, as professoras precisam somar 87 pontos e os professores, 97. A pontuação será acrescida de um ponto a cada ano até atingir o limite de 100 pontos para a mulher e 105 pontos para o homem.

Pedágio - Existem ainda as regras de transição de “pedágio” voltadas às pessoas próximas de se aposentar. O pedágio de 50% prevê que o trabalhador cumpra um período adicional correspondente à metade do tempo faltante na data da reforma (2019). Já o pedágio de 100% exige idade mínima, tempo de contribuição e o cumprimento de um período adicional igual ao tempo faltante. Esse método pode proporcionar um benefício mais alto.

No pedágio de 50%, as pessoas precisariam trabalhar por mais metade do tempo que faltava para chegar ao tempo previsto de contribuição (30 anos para mulheres e 35 anos para homens). No caso de pedágio de 100%, homens necessitariam ter 60 anos de idade, e mulheres, 57. Faltando dois anos para se aposentar, por exemplo, os trabalhadores teriam que ficar mais quatro anos no serviço.

O Instituto Nacional do Seguro Social disponibiliza ferramenta para que os trabalhadores possam simular o tempo necessário para pedir o benefício, no aplicativo do INSS. Todas as regras podem ser conferidas no site do instituto.

Fonte: Brasil 247

Lindbergh vê candidatura de Gusttavo Lima como “rachadura no bolsonarismo”

Futuro líder do PT na Câmara diz que Bolsonaro “não tem mais controle de nada”

Lindbergh Farias (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), futuro líder do PT na Câmara, demonstrou entusiasmo ao comentar a possibilidade de o cantor Gusttavo Lima se candidatar à Presidência da República em 2026. O parlamentar afirmou que a decisão do sertanejo sinaliza uma cisão dentro do bolsonarismo, indicando a perda de influência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A intenção do cantor Gusttavo Lima de se candidatar à presidência está criando rachaduras no bolsonarismo. Bolsonaro sabe que não tem mais controle de nada! Estão chamando o cantor de traidor!”, declarou Lindbergh.

A revelação de que Lima pretende concorrer ao Palácio do Planalto foi divulgada originalmente pelo Metrópoles, na coluna Grande Angular, na última quinta-feira (2/1). Segundo o cantor, o “Brasil precisa de alternativas” para a eleição presidencial de 2026.

Nos bastidores políticos, especula-se que Gusttavo Lima estaria articulando alianças com possíveis candidatos ao Planalto, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Aliados de Bolsonaro veem essa aproximação como um “jogo cassado”, no qual Lima estaria sendo usado para blindar Caiado de críticas de grupos bolsonaristas.

Fonte: Brasil 247

Marçal comemora possível candidatura de Gusttavo Lima e fala em "nova safra" de políticos

Coach de extrema direita afirmou que ligou para o cantor bolsonarista após anúncio da intenção de tentar a presidência em 2026

Pablo Marçal (Foto: Reprodução (Youtube))

O coach de extrema direita e ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), celebrou a possível entrada do cantor Gusttavo Lima na corrida presidencial de 2026, chamando-a de parte de uma “nova safra” de políticos. Tanto Marçal quanto Lima, figuras sem qualquer experiência na administração pública, têm recorrido a discursos genéricos para atrair o eleitorado extremista, apostando mais em suas popularidades do que em propostas concretas para o país.

“Nova safra de políticos. Liguei para o Gusttavo Lima e ele realmente está com o coração disposto a servir o povo. Viveremos o pior momento econômico da nossa história nesses próximos dias e depois disso uma nova safra política. Bem-vindo, Gusttavo!”, declarou Marçal nas redes sociais.

Questionado sobre a possibilidade de fragmentação no eleitorado de direita, Marçal afirmou que a candidatura do cantor deve enfraquecer a oposição. “Vai aumentar a atenção e participação do eleitorado. Os debates serão muito mais assistidos e a consciência do povo será maravilhosa”, opinou.

Fonte: Brasil 247

Taxação de ricos garante isenção de salário de até R$ 5 mil sem perda na arrecadação, diz estudo

Governo quer tributar quem recebe mais de R$ 600 mil por ano para desonerar mais pobres

Ministro Fernando Haddad (Foto: Adriano Machado / Reuters)

Por Brasil de Fato - A taxação extra de cerca de 160 mil pessoas que ganham mais de R$ 600 mil por ano deve compensar, com sobras, a perda de arrecadação do governo para isentar do Imposto de Renda (IR) 16,1 milhões de trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. Isso é o que indica um estudo do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) divulgado nesta sexta-feira (3).

De acordo com a pesquisa, a taxação extra combinada com a isenção mais ampla para trabalhadores poderia, na verdade, gerar até um ganho de arrecadação de cerca de R$ 6 bilhões por ano. “O exercício que propomos deixa claro que não há perda de arrecadação”, informou o presidente do Sindifisco, Dão Real.

O aumento da faixa de isenção do IR foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no final de novembro. Nenhum projeto sobre o assunto foi encaminhado ao Congresso Nacional até então. O governo, porém, anunciou que pretende colocar o assunto em pauta em 2025 para que a isenção mais abrangente passe a valer no ano seguinte.

Hoje, trabalhadores que ganham até R$ 2.824 por mês são isentos do IR. O valor corresponde a dois salários mínimos vigentes em 2024.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto no final do ano para que o piso nacional fosse elevado para R$ 1.518. A tabela para cobrança do IR ainda não passou por reajuste após o aumento.

Segundo o Sindifisco, desde 1996, a tabela do IR acumula uma defasagem de 149,19%. Isso significa que o valor da isenção do imposto deveria ser mais do que o dobro da atual para que a carga tributária sobre a renda fosse a mesma de 28 anos atrás.

A proposta do governo de elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil, corrigindo a tabela de tal forma que quem ganha até R$ 7 mil seja beneficiado, reduziria a defasagem para 87,26%. Acontece que a medida diminuiria a arrecadação do governo em R$ 35 bilhões por ano.

O governo já informou que não pretende abrir mão desses recursos. Por isso, pretende compensar a perda de arrecadação com a isenção para os trabalhadores mais pobres cobrando um imposto sobre a renda total dos mais ricos do país, aqueles que ganham mais de R$ 600 mil por ano.

Tal imposto seria cobrado sobre todo o rendimento anual, independentemente da fonte dos ganhos. No exercício proposto pelo Sindifisco, a alíquota variaria de 2% da renda acima de R$ 600 mil até 10% para quem ganha acima de R$ 1,2 milhão por ano. O escalonamento tem sido ventilado na imprensa, mas não foi proposto oficialmente pelo governo.

A cobrança feita neste modelo geraria uma arrecadação de R$ 41,06 bilhões por ano. A estimativa leva em conta que os mais ricos não teriam nenhuma mudança de comportamento mesmo após a instituição do novo imposto, algo que o próprio Sindifisco considera improvável.

Já contando com as estratégias de planejamento tributário abusivo ou mesmo de elisão fiscal, o sindicato reforça que as mudanças propostas pelo IR são afetariam o caixa do governo. “Consideramos que essa diferença não seria, necessariamente, um ganho de arrecadação, mas uma margem que permitiria a neutralidade fiscal”, acrescentou Isac Falcão, que encerrou seu mandato como presidente do Sindifisco em dezembro de 2024.

Taxação efetiva

Ainda segundo o Sindifisco, a criação de um imposto extra sobre os rendimentos de quem ganha mais de R$ 600 mil por mês serviria para equilibrar a alíquota efetiva de IR pago por essa parcela da população. O indicador revela quanto, de fato, um contribuinte compromete dos seus rendimentos com o pagamento de impostos.

Hoje, segundo o Sindifisco, milionários comprometem menos de 10% da renda com impostos. Quem ganha R$ 24,5 milhões anuais compromete 5,12%, por exemplo.

O sindicato informou que, caso a proposta do governo elevasse a alíquota dos milionários para 12,8%, – o mesmo que paga, hoje, um professor universitário –, o país poderia ter uma arrecadação adicional anual de R$ 35,5 bilhões.

“Não existe fundamento ético ou econômico que justifique uma pessoa física bilionária pagar menos impostos do que um professor universitário. O ideal seria que a mudança fosse ainda mais ousada e corrigisse tais distorções. Porém, sabemos da dificuldade de aprovação de tais medidas no Congresso Nacional”, disse Falcão.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Para ministros de Lula, candidatura de Gusttavo Lima é “jogo armado” com Caiado

"Não passa de uma grande aposta”, “é tudo fake, para confundir", avaliam ministros sobre pré-candidatura presidencial do sertanejo

(Foto: Reprodução)

A possível candidatura do cantor Gusttavo Lima à Presidência da República em 2026 provocou reações intensas no cenário político brasileiro. De acordo com Malu Gaspar, do jornal O Globo, ministros do governo Lula (PT) veem a movimentação como um "jogo armado" entre o cantor sertanejo e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), que também é pré-candidato ao Palácio do Planalto. A relação próxima entre Caiado e Lima levanta suspeitas de articulação política.

A percepção de que Caiado estaria utilizando Lima como parte de uma estratégia eleitoral não é apenas do campo lulista. Bolsonaristas também consideram a possibilidade de que o governador esteja planejando fortalecer sua base política no Senado em 2026, com a candidatura de sua esposa, Gracinha Caiado, e do próprio Gusttavo Lima. Nesse cenário, Lima poderia desistir da disputa presidencial para apoiar Caiado e, eventualmente, concorrer ao Senado.

No campo bolsonarista, a suposta aliança entre Lima e Caiado foi encarada ainda como uma "traição". O cantor teria conversado recentemente com Jair Bolsonaro (PL) sem mencionar suas pretensões presidenciais, o que foi visto como um desrespeito ao ex-presidente, que ainda se considera a principal liderança da direita, mesmo inelegível até 2030.

Um ministro de Lula ironizou: "isso parece jogo armado com Caiado. O negócio do Gusttavo Lima é apostar, é um homem das bets. Não passa de uma grande aposta.

O cantor foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por lavagem de dinheiro e organização criminosa, em uma investigação relacionada a esquemas de apostas ilegais. No ano passado, chegou a ter a prisão preventiva decretada, mas a decisão foi posteriormente revogada.

“É tudo fake. Tudo é para confundir, o interessante é que eles estão brigando entre si, um canta e os outros dançam", avaliou mais um ministro. “Caiado é candidatíssimo”, disse outro.

Fragmentação como trunfo para Lula - No campo petista, a fragmentação da direita e extrema direita é vista como positiva para o presidente Lula. Segundo um auxiliar próximo ao chefe do Executivo, uma candidatura de Gusttavo Lima poderia ampliar o número de concorrentes no primeiro turno, beneficiando a reeleição de Lula.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Entenda a Operação Overclean, que atingiu o "Rei do Lixo" e desvendou esquema bilionário de corrupção em obras públicas

Operação Overclean revelou fraude de R$ 1,4 bilhão e se aproxima de políticos influentes

Marcos Moura, o "Rei do Lixo" (Foto: Reprodução/Instagram)

A Operação Overclean, conduzida pela Polícia Federal desde 2023, revelou um esquema bilionário de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos fraudulentos, licitações manipuladas e o uso de empresas fantasmas. A apuração, que já aponta possíveis conexões com políticos influentes em Brasília, expôs desvios de mais de R$ 1,4 bilhão, principalmente no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), segundo Mirelle Pinheiro, do Metrópoles. Em 2024, apenas a Bahia concentrou R$ 825 milhões desse total.

O esquema funcionava com alta sofisticação e era dividido em três núcleos. Alex Rezende Parente, apontado como o líder, coordenava as fraudes e organizava os pagamentos ilícitos. Ele contava com a colaboração de Fábio Rezende Parente, responsável pelas movimentações financeiras por meio de empresas fantasmas, e de José Marcos de Moura, conhecido como "Rei do Lixo", que ampliava a rede de influência política. Outro personagem central era Lucas Maciel Lobão Vieira, que gerenciava obras superfaturadas por meio da empresa Allpha Pavimentações.

A engrenagem do esquema - O modus operandi da organização incluía o aliciamento de servidores públicos, que eram atraídos por promessas de propinas e benefícios políticos. Esses funcionários facilitavam contratos fraudulentos e manipulavam processos licitatórios em favor do grupo.

Os recursos desviados eram lavados por meio de empresas de fachada, criadas exclusivamente para emitir notas fiscais falsas e justificar pagamentos. Além disso, as planilhas de custos dos contratos eram inflacionadas com itens desnecessários, resultando em superfaturamento significativo.

As obras frequentemente apresentavam qualidade inferior, com serviços incompletos ou mal executados. Para driblar fiscalizações, a quadrilha produzia relatórios fraudulentos e utilizava fotografias de outras construções como evidências de cumprimento de metas.

Impactos políticos e desdobramentos - A investigação trouxe à tona a magnitude do esquema, que já ultrapassou os limites da gestão pública para atingir figuras influentes do cenário político nacional. Com a atuação de José Marcos de Moura, que articulava contratos e apoio político, a organização conseguiu expandir sua rede de alcance.

A Polícia Federal continua aprofundando a investigação, que pode expor novos nomes e práticas similares em outras esferas. Especialistas afirmam que os desdobramentos da Operação Overclean devem provocar um efeito dominó, atingindo não apenas empresas envolvidas, mas também servidores e políticos que se beneficiaram do esquema.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Jovem baleada pela PRF em ação na véspera de Natal apresenta recuperação surpreendente

Juliana Rangel respira sem aparelhos, sente os membros e se comunica com a família

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 (Foto: Reprodução)

A recuperação de Juliana Rangel, jovem de 26 anos baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, vem surpreendendo médicos e familiares. Internada no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense, ela apresentou avanços notáveis, como a retomada da consciência, movimentação dos membros e capacidade de se comunicar com a família através de gestos labiais, relata o g1.

O médico Thiago Resende, diretor da unidade hospitalar, destacou a gravidade do caso e a evolução inesperada de Juliana: “Perguntei se ela estava sentindo alguma dor, ela negou pela cabeça, além disso pedi pra ela movimentar os membros inferiores e superiores e também encostei no pé dela e perguntei se ela tinha sensibilidade. Ela estava sentindo minha mão e apontou”.

"Isso mostra que além da cognição, além da interação com o meio interno e externo, ela também está com os movimentos preservados. Ainda não dá pra definir sobre a fala dela porque ela está sedada, mas o prognóstico dela é muito bom. Juliana teve uma operação excelente, que surpreendeu inclusive a equipe médica do hospital", complementou

Juliana deve ser transferida para a enfermaria na próxima semana, reforçando o otimismo quanto ao seu prognóstico.

Sobre o caso - Juliana Rangel estava no carro da família, a caminho de Niterói para comemorar o Natal, quando o veículo foi atingido por tiros disparados por três agentes da PRF na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias. A ação policial, considerada desproporcional, gerou grande repercussão e indignação pública.

Os agentes envolvidos foram afastados de operações por tempo indeterminado, enquanto a Polícia Federal e o Ministério Público Federal conduzem investigações para apurar as circunstâncias do caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Receita Federal irá monitorar dados de cartão de crédito e Pix

Operações financeiras superiores a R$ 5 mil, de pessoas físicas e R$ 15 mil, de empresas, deverão ser informadas

Uso de cartões de crédito (Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha)

DANIELLA ALMEIDA, REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL - As operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento que movimentam recursos financeiros devem prestar informações à Receita Federal sobre operações financeiras de contribuintes. O envio dos dados será semestral.

A regra começou a valer nesta quarta-feira (1º) e está prevista na Instrução Normativa 2.219, de 2024 do órgão federal.

Em nota, a Receita Federal afirma que as medidas têm o objetivo de melhorar o controle e a fiscalização das operações financeiras, por meio de uma maior coleta de dados. “[As medidas] reforçam os compromissos internacionais do Brasil, contribuindo para o combate à evasão fiscal e promovendo a transparência nas operações financeiras globais”, reforçou a nota da Receita Federal.

A norma atualiza e amplia a obrigatoriedade de envio de informações à Receita Federal via e-Financeira, que é o sistema eletrônico da Receita Federal que faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).

A e-Financeira monitora e coleta informações sobre operações financeiras. Os arquivos digitais incluem dados de cadastro, abertura, fechamento, operações financeiras e previdência privada.

INSTITUIÇÕES - As instituições financeiras tradicionais, como os bancos públicos e privados, financeiras e cooperativas de crédito, já eram obrigadas a enviar à Receita Federal as informações sobre movimentações financeiras de seus clientes, como saldos em conta corrente, movimentações de resgate e investimentos dos correntistas, rendimentos de aplicações e poupanças.

Com a mudança que entra em vigor em 2025, a obrigação de prestação de informações relativas às contas pós-pagas e contas em moeda eletrônica passa a ser também de operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento.

Estas últimas são empresas autorizadas pelo Banco Central a oferecer serviços financeiros relacionados a pagamentos, como transferências, recebimentos e emissão de cartões. Entre elas estão as plataformas e aplicativos de pagamentos; bancos virtuais; e varejistas de grande porte, a exemplo de lojas de departamentos, de venda de eletrodomésticos; e atacadistas.

ENVIOS - As novas entidades listadas na norma da Receita Federal estão obrigadas a apresentar as informações mencionadas quando o montante movimentado no mês for superior a R$ 5 mil, para pessoas físicas; ou R$15 mil, para pessoas jurídicas.

Os dados deverão ser apresentados via e-Financeira semestralmente:
  • até o último dia útil do mês de agosto, contendo as informações relativas ao primeiro semestre do ano em curso; e
  • até o último dia útil de fevereiro, contendo as informações relativas ao segundo semestre do ano anterior.
Desta forma, dados de pagamentos via Pix e cartões de crédito superiores aos valores citados serão informados à Receita Federal – via e-Financeira – em agosto de 2025.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil