quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Brics têm mais de 40% da população e 37% do PIB mundial

Países do bloco detêm 26% do comércio mundial, 44% das reservas de petróleo e 53% das reservas de gás natural e produzem 43% do óleo e 35% do gás do mundo

(Foto: Brics / Divulgação)

Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil - A soma dos nove países que já integram formalmente o Brics, além da Arábia Saudita, concentram mais de 40% da população global, com tendência de crescimento acima da média do planeta na próxima década. Além disso, respondem por 37% da economia mundial, segundo o critério Produto Interno Bruto (PIB) por poder de compra, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.

Criado em 2009, o Brics originalmente reunia, além do Brasil, China, Índia e Rússia. A África do Sul foi o quinto país a ingressar, em 2011, e, no ano passado, mais cinco países aderiram ao bloco: Irã, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Arábia Saudita. Ainda em processo de confirmação, a Arábia Saudita tem participado das reuniões do grupo, segundo o Itamaraty.

Tamanho do Brics - Os nove países que já integram oficialmente o Brics, além da Arábia Saudita, atualmente concentram mais de 40% da população global, com tendência de crescimento acima da média do planeta na próxima década. Além disso, respondem por 37% da economia mundial, segundo o critério Produto Interno Bruto (PIB) por poder de compra, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.

Esses países detêm 26% do comércio mundial, de acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC). E, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o grupo concentra 44% das reservas de petróleo e 53% das reservas de gás natural do planeta. Não apenas isso, hoje produzem 43% do óleo e 35% do gás do mundo.

Setenta e dois por cento das reservas mundiais de terras raras estão nesses dez territórios, assim como 70% da produção global de carvão mineral. Rússia e Brasil detêm as maiores reservas de água doce do planeta.

Em termos militares, o grupo possui pelo menos três potências nucleares (Rússia, China e Índia).

“O Brics de fato tem o peso econômico e militar acentuado, que cada vez mais vem demandando um peso político que seja à altura dos recursos que detêm”, afirma a diretora do Brics Policy Center e professora do Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Marta Fernández.

O termo Bric, um acrônimo para os membros originais, foi criado pelo economista Jim O’Neill, em 2001, para se referir ao grupo de países que apontavam como promissores mercados emergentes no início do milênio. Em entrevistas posteriores, O’Neill disse que nunca pensou no Brics como um grupo político.

Em 2006, no entanto, os quatro membros originais se reuniriam pela primeira vez às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas. A crise financeira mundial de 2008 daria um motivo para que o grupo decidisse se reunir anualmente para buscar uma alteração do sistema de governança global.

Influência mundial - “Na sua origem, ficou muito claro que era uma organização informal, mas que tinha uma agenda reformista da ordem internacional. O Brics surge no contexto de uma crise dos países do Ocidente, com a crise financeira de 2008. Desde a primeira cúpula, está nas declarações a demanda por reforma da ONU, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial”, explica o professor do Núcleo de Estudos dos Países Brics da Universidade Federal Fluminense (UFF), Evandro Carvalho.

Nesse contexto de crise econômica, surgido em um modelo econômico e político liderado pelos países ocidentais (Estados Unidos e União Europeia), os Brics passam a demandar mais influência nos destinos do mundo.

“Esses países entendiam que eles tinham peso subdimensionado na governança internacional, seja na presença das organizações internacionais, seja na definição dos rumos para a economia internacional”, ressalta o diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Dallari.

Na esteira das críticas à gestão dos grandes bancos internacionais, os Brics criaram, em 2014, sua própria instituição financeira, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), que apoia projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. “Ao criar uma organização internacional, o Brics mostrou sua capacidade de realização numa frente importantíssima”, diz Carvalho.

Além disso, como uma forma de reduzir a dependência em relação ao dólar, a moeda dos Estados Unidos, nas negociações comerciais internacionais, o Brics defende o uso de moedas locais no comércio entre seus integrantes.

“O Brics está, de alguma forma, gerando preocupações nos Estados Unidos, em relação à manutenção do dólar como moeda de referência, hegemônica. Não que o Brics tenha qualquer pretensão de substituir o dólar. A ideia é que o Brics quer ter o direito de comercializar em diferentes moedas. Isso tem a ver com a construção de um mundo multipolar, onde há vários centros de poder”, explica Marta.

Limitações - Segundo Dallari, fora da discussão da reforma da governança global, há pouca convergência entre os países do grupo, uma vez que têm interesses comerciais e valores ideológicos muito diferentes.

Comissão Nacional da Verdade (CNV) realiza diligência no Hospital Central do Exército (HCE), local da morte de Raul Amaro Nin Ferreira. Na foto, Pedro Dallari, presidente da CNV (Tomaz Silva/Agência Brasil)

“O Brics é um foro de concertação de posições. O Brics cumpre muito mais no sentido de um arranjo para um interesse geopolítico e de fortalecimento do multilateralismo do que propriamente pelos resultados efetivos que venha a ter como um bloco ‘econômico’”.

Além disso, Dallari diz que também há divergências em relação a grandes temas globais, como as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, o aquecimento global ou mesmo na contenção de pandemias, como a de covid-19.

“De maneira nenhuma, o Brics pode ser visto como um bloco capaz de atuar de maneira coesa nos grandes temas do nosso tempo, até porque, em muitos desses temas, esses países se contrapõem, são antagonistas”, destaca o professor da USP. “Fora esse desejo mais abstrato de reforma do multilateralismo, eu vejo muito pouca efetividade hoje na ação do Brics”.

Evandro Carvalho acrescenta que, no comércio internacional, por exemplo, alguns são inclusive competidores em algumas áreas. Ele destaca também que mesmo sendo apenas um grupo informal, o Brics carece de uma estrutura institucional mínima, como uma secretaria executiva, que pudesse dar mais transparência e concentrasse as iniciativas do grupo.

“Se você quer procurar informações sobre uma iniciativa qualquer do Brics, não há sequer um website que concentre isso. Você só vai encontrar nos sites das cúpulas do ano passado, do ano anterior. Não tem um website do Brics que contenha informações, e-mails, como acessar as informações, a quem a gente recorre se quisermos alguma informação para uma pesquisa, para uma entrevista”.

Apesar das limitações do grupo informal, Marta Fernández acredita que o Brics tenha uma força “material, em termos recursos, de população, de minerais críticos, de produção de petróleo, mas cada vez mais também tem uma força muito simbólica, porque, de alguma forma, vem representando uma alternativa à forma de organizar o mundo, de organizar governança global, muito a partir da ideia do sul global”.

“O Brics se tornou quase como um porta-voz ou a maior voz para o sul global, dentro dessa função de reorganização da ordem global”, complementa Carvalho.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Gol chega a acordo de dívida e prevê parcelamento de R$ 5,5 bi em débitos fiscais

Segundo a Gol, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, o acordo não impactará seu endividamento líquido financeiro

Avião da Gol (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Reuters - A Gol informou nesta quinta-feira que chegou a um acordo para equacionar seu débitos fiscais que prevê o parcelamento de débitos estimados em 5,5 bilhões de reais, conforme fato relevante ao mercado.

O acordo inclui "a aplicação de descontos sobre multas, juros e encargos na forma da legislação, e a possibilidade de abatimento de parte do saldo devedor com prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSLL", acrescentou a companhia aérea.

Segundo a Gol, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, o acordo não impactará seu endividamento líquido financeiro. O plano prevê a conversão em capital de parcela do seu endividamento financeiro.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Confiança do empresariado no momento é a mais alta desde 2013

O Índice de Situação Empresarial, calculado pelo FGV IBRE, avançou 0,7 ponto em dezembro de 2024

(Foto: Reprodução/CNI )

 O Índice de Situação Empresarial, calculado pelo FGV IBRE, avançou 0,7 ponto em dezembro de 2024, atingindo o maior patamar desde dezembro de 2013, informa a jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo. No total, o índice alcançou 99,6 pontos no final do ano passado. Em 2013, o número chegou a 100,2 pontos. O indicador que avalia a percepção sobre a situação atual dos negócios.

O desempenho foi positivo em três dos quatro setores analisados. A Indústria teve o maior avanço, com um aumento de 1,0 ponto, alcançando 99,6 pontos. A Construção também registrou crescimento, subindo 0,9 ponto e alcançando 96,6 pontos. O Comércio, por sua vez, subiu 0,6 ponto, fechando o mês em 93,3 pontos, ainda o setor com a menor confiança. Por outro lado, o setor de Serviços foi o único a registrar queda, com um recuo de 0,6 ponto, terminando dezembro com 94,3 pontos.

A confiança do empresariado brasileiro apresentou estabilidade no final de 2024, mas com sinais contrastantes em relação ao presente e ao futuro. O Índice de Confiança Empresarial (ICE) registrou uma leve queda de 0,1 ponto em dezembro, fechando o ano em 97,3 pontos. Essa leve oscilação reflete um cenário misto: enquanto o Índice de Situação Atual (ISA-E) teve um pequeno aumento, o Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) apresentou um recuo.

No que se refere ao Índice de Expectativas Empresariais (IE-E), houve uma queda de 1,0 ponto, com o indicador recuando para 95,0 pontos. A principal contribuição para essa queda veio do subíndice que mede as expectativas dos empresários em relação à evolução dos negócios nos próximos seis meses, que registrou uma queda mais acentuada de 2,1 pontos, indo para 94,9 pontos.

Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE, explica que o cenário de "virtual estabilidade" observado em dezembro foi impulsionado por dois fatores principais: "De um lado, houve uma melhora nos indicadores sobre o momento presente, com destaque para a percepção da demanda aquecida. De outro, as expectativas mais pessimistas, disseminadas entre os setores, indicam que 2025 será um ano mais desafiador, especialmente em um contexto macroeconômico com juros altos, dólar valorizado e incertezas fiscais."

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Caixas-pretas de avião que caiu no Cazaquistão chegam ao Brasil

Investigadores de três países acompanham o trabalho do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), referência mundial no campo

Avião da Azerbaijan Airlines que caiu perto de Aktau (Foto: Divulgação via REUTERS)

As caixas-pretas do avião Embraer 190, que caiu no Cazaquistão em 25 de dezembro, chegaram ao Brasil e serão analisadas por técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), referência mundial no campo, segundo o g1. O acidente, que ocorreu durante uma tentativa de pouso de emergência em Aktau, deixou 38 mortos e 29 feridos. A informação foi confirmada pela Força Aérea Brasileira (FAB) nesta quinta-feira (2).

De acordo com a FAB, o trabalho de análise será acompanhado por investigadores do Cazaquistão, Azerbaijão e Rússia. Os dados extraídos das caixas-pretas serão posteriormente entregues à Autoridade de Investigação de Acidentes Aeronáuticos do Cazaquistão, responsável por liderar as investigações.

O acidente e as suspeitas - A aeronave, operada pela Azerbaijan Airlines, havia partido de Baku com destino a Grózni, na Rússia, mas precisou desviar sua rota e realizar um pouso de emergência próximo a Aktau. No momento do incidente, a região estava sob intenso monitoramento de sistemas de defesa aérea russos, devido a ataques de drones ucranianos em cidades próximas.

Embora não tenha assumido responsabilidade direta, o presidente russo, Vladimir Putin, telefonou para seu homólogo do Azerbaijão, Ilham Aliyev, classificando o caso como um "trágico incidente" e pedindo desculpas. Segundo o Kremlin, os sistemas de defesa russa atuaram para repelir os ataques e, nesse contexto, pode ter ocorrido um disparo equivocado.

Análise técnica e novas tecnologias - A análise das caixas-pretas no Brasil contará com o uso de tecnologias avançadas, como animação em realidade virtual em 3D, que permitirá reconstruir a trajetória da aeronave, velocidade, altitude e o funcionamento dos sistemas. O domínio dessas tecnologias permite compreender com maior acuracidade vários parâmetros do voo, destacou a FAB em nota.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Empresária, atriz de novelas e de propagandas atropela turistas brasileiros em Buenos Aires; morte é confirmada

A atriz foi identificada nesta quarta-feira (1º) como a motorista de um acidente trágico

Buenos Aires (Foto: Agustin Marcarian / Reuters)

A atriz e empresária argentina Patricia Scheuer foi identificada nesta quarta-feira (1º) como a motorista de um acidente trágico ocorrido no bairro Recoleta, em Buenos Aires, que vitimou fatalmente um turista brasileiro e deixou sua esposa gravemente ferida. O caso foi noticiado pelo O Globo. O acidente aconteceu quando Scheuer, ao volante de um Honda HRV, perdeu o controle do veículo no cruzamento das avenidas Libertador e Alvear, subindo na calçada e atropelando o casal. O homem, de 60 anos, não resistiu aos ferimentos, enquanto a mulher permanece internada no Hospital Fernández com prognóstico reservado.

Segundo Alberto Crescenti, chefe do Sistema de Atendimento Médico de Emergências (SAME), a sobrevivente sofreu “múltiplos ferimentos, incluindo trauma craniano e torácico, fraturas na clavícula e nas costelas, além de hemorragia subaracnóidea traumática”. Embora seu estado seja considerado estável, ela segue sob monitoramento constante.

Scheuer, conhecida por papéis em novelas e por campanhas publicitárias marcantes, tem uma carreira que vai além das telas. A atriz também se destacou no setor gastronômico ao fundar, ao lado do sócio Luis Morandi, estabelecimentos de renome como o Gran Bar Danzón, Sucre e o restaurante Arturito, em São Paulo. Em entrevista ao jornal argentino La Nación, em 2018, Scheuer falou sobre sua conexão com a gastronomia: “Minha mãe era uma americana apaixonada pela culinária. Ela cozinhava para lidar com a saudade e o isolamento, e essa paixão foi passada para mim”.

Atriz e empresária Patricia Scheuer foi identificada nesta quarta-feira como a motorista envolvida em um acidente com brasileiros — Foto: Reprodução

O acidente aconteceu pouco antes das 10h da manhã. O casal de turistas aguardava para atravessar a rua quando foi atingido. O impacto fatal do atropelamento e o estado crítico da sobrevivente trouxeram à tona a importância de uma investigação rigorosa sobre as circunstâncias do acidente.

O caso está sob responsabilidade do Juizado Criminal Nº 9, Secretaria Nº 108, que instaurou processos por homicídio e lesões. A tragédia reacendeu debates sobre segurança no trânsito e responsabilidade de motoristas em grandes centros urbanos.

Enquanto as autoridades analisam o incidente, a família da vítima brasileira enfrenta a dor da perda em um país estrangeiro. O caso reforça a urgência de medidas que priorizem a proteção dos pedestres e a fiscalização do tráfego, especialmente em áreas de grande fluxo turístico.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Dólar ronda estabilidade ante o real na abertura da primeira sessão de 2025


Às 9h05, o dólar à vista caía 0,06%, a R$ 6,1747 na venda

dólar (Foto: REUTERS/Jo Yong-Hak)

Reuters - O dólar à vista rondava a estabilidade frente ao real nas primeiras negociações desta quinta-feira, no que é a primeira sessão de 2025, com investidores realizando suas apostas iniciais para o ano de olho no cenário fiscal brasileiro e nas perspectivas para a economia global.

Às 9h05, o dólar à vista caía 0,06%, a 6,1747 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,07%, a 6,209 reais.

Na segunda-feira, quando ocorreu a última sessão de 2024, o dólar à vista fechou em queda de 0,22%, a 6,179 reais. No ano, a moeda norte-americana acumulou alta de 27,36%.

O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

PM de São Paulo dá voadora em motoqueiro que "cortava giro" (vídeo)

Depois de cair no chão, o motociclista ainda foi chutado por outros agentes

Policial militar agride motociclista (Foto: Reprodução/Band)

Um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (1º) mostra um policial militar de São Paulo dando uma voadora em um motoqueiro que fazia barulho ao “cortar giro” – prática que consiste em acelerar a moto repetidamente com o motor engatado, causando ruído excessivo. O caso ocorreu na semana passada, mas só agora ganhou ampla repercussão, segundo a Band.

Nas imagens, o motoqueiro, que ignorava a aproximação de um grupo de policiais, foi surpreendido pela ação de um dos agentes. Após a queda, ele ainda foi chutado por outros PMs. Em nota, a Polícia Militar de São Paulo afirmou que investiga o incidente e que a conduta dos envolvidos será apurada.

Fonte: Brasil 247 com informações da Band

Vereadora de SP que não se reelegeu leva privada de gabinete embora

A retirada do vaso sanitário gerou repercussão dentro e fora da Câmara Municipal

(Foto: Câmara Municipal de São Paulo)

Ao encerrar seu mandato na Câmara Municipal de São Paulo, Janaína Lima (PP), que não conseguiu se reeleger, protagonizou uma cena inusitada: levou consigo a privada instalada em seu gabinete. A informação foi divulgada pelo portal G1.

Em justificativa, a ex-vereadora afirmou que, ao assumir seu cargo pelo partido Novo – do qual foi expulsa durante o mandato após se envolver em uma briga corporal –, encontrou o gabinete sem banheiro interno. “Fiz uma série de melhorias estruturais no espaço, todas custeadas com meu próprio dinheiro, incluindo a instalação de um banheiro completo”, declarou. Segundo Janaína, esse investimento particular lhe daria o direito de retirar o item ao deixar a Câmara.

A retirada do vaso sanitário gerou repercussão dentro e fora da Câmara Municipal, alimentando debates sobre a relação entre melhorias realizadas com recursos próprios e a destinação dos bens adquiridos. “Não há previsão legal que obrigue o parlamentar a deixar algo que não foi custeado pelo poder público”, argumentou Janaína.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Normas do decreto de Lula sobre ação policial são sensatas, diz Globo em editorial

Jornal defende medida como necessária para combater abusos e garantir uma segurança pública mais eficiente

Lula e Ricardo Lewandowski (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em editorial publicado nesta quinta-feira (2), o jornal O Globo defendeu as normas estabelecidas pelo governo federal no decreto que regulamenta o uso da força policial em abordagens, classificando-as como "sensatas" e necessárias para combater abusos e garantir uma segurança pública mais eficiente. O texto enfatiza que a iniciativa representa um passo importante na busca por soluções para uma das maiores preocupações da população brasileira: a segurança pública.

O editorial destaca que, em 2023, o governo federal rompeu com a inércia no setor ao propor a PEC da Segurança — que amplia as atribuições das polícias federais e busca corrigir falhas no Sistema Único de Segurança Pública (Susp) — e ao publicar as novas normas de conduta para ações policiais. Contudo, ambas as medidas enfrentaram resistência de governadores, que argumentam que o decreto invade prerrogativas constitucionais dos estados.

Sobre as críticas, o jornal pondera que é legítima a preocupação dos estados com possíveis impactos negativos, como o risco de paralisia das polícias, mas reforça que as normas do decreto são equilibradas e fundamentais. As regras estabelecem critérios para o uso progressivo e racional da força, pautados por princípios como legalidade, proporcionalidade, não discriminação e responsabilização. Além disso, vinculam o acesso ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) ao respeito a essas diretrizes.

O texto também lamenta que a reação ao decreto tenha se dividido ao longo de linhas políticas, com governadores de oposição, em sua maioria das regiões Centro-Sul e Sudeste, atacando as medidas como uma suposta “chantagem” e um “presente aos bandidos”. Parlamentares da oposição chegaram a apresentar propostas para revogar o decreto. Por outro lado, governadores governistas, principalmente do Nordeste, defenderam o decreto em um manifesto, afirmando que ele não fere a autonomia dos estados.

Para O Globo, esse cenário de divisão política compromete a possibilidade de um diálogo construtivo entre estados e governo federal para a criação de protocolos mínimos capazes de enfrentar o crime organizado de maneira eficaz e inteligente. O editorial ressalta que, diante da crescente articulação de facções criminosas no país, é imperativo que as forças de segurança atuem de forma coordenada, substituindo a violência desmedida pela inteligência estratégica.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Extrema direita termina 2024 com menos força política e na mira da Justiça

Com políticos envolvidos na trama golpista, bolsonarismo sofreu derrotas significativas nas eleições municipais, especialmente nas capitais do país

Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

Igor Carvalho, Brasil de Fato - O ano de 2024 foi marcado por investigações policiais, escândalos políticos e mobilizações golpistas, envolvendo líderes e apoiadores da extrema-direita no Brasil. As operações da Polícia Federal e decisões do Superior Tribunal Federal (STF) impactaram figuras proeminentes, enquanto a agenda política do setor, atrelada ao bolsonarismo, sofreu derrotas significativas nas eleições municipais.

Já no começo do ano, em 8 de fevereiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, investigando uma tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados como o general Walter Braga Netto e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. O objetivo seria reverter os resultados das eleições de 2022.

Na mesma operação, a Polícia Federal prendeu, ainda, dois ex-auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Martins e o ex-ajudante de ordens coronel Marcelo Câmara.

Filipe Martins era considerado um dos mentores do chamado “gabinete do ódio” — grupo que usava as redes sociais para disseminar desinformações e mentiras sobre pautas consideradas importantes para o bolsonarismo e também para atacar inimigos do ex-presidente com notícias falsas.

Matar o presidente - Em julho, surgiram as primeiras denúncias públicas sobre o envolvimento de militares como os coronéis Mario Fernandes e Hélio Ferreira Lima em planos golpistas. As denúncias agravaram a crise institucional e reforçaram o clima de desconfiança entre as Forças Armadas e o governo.

No dia 21 de novembro, ocorreu o episódio que pode marcar para sempre o bolsonarismo. A Polícia Federal apresentou ao STF um relatório detalhado que resultou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, por crimes de conspiração e tentativa de golpe de Estado. A acusação baseou-se em uma série de evidências reunidas ao longo de dois anos de investigações.

O plano criminoso envolvia um suposto complô para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A conspiração teria sido organizada em células secretas formadas por ex-militares e apoiadores radicais ligados ao entorno político de Bolsonaro.

Segundo as investigações, reuniões clandestinas foram realizadas em diferentes estados para planejar os ataques. Além de execuções planejadas, o esquema previa uma ruptura institucional seguida da imposição de um regime autoritário controlado por uma junta militar. Documentos apreendidos detalharam estratégias que incluíam atentados simultâneos em Brasília e São Paulo.

Militares presos - Peça-chave para a derrocada da extrema-direita em 2024, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi preso no dia 22 de março deste ano, no contexto da Operação Venire da Polícia Federal, que investigava fraudes em cartões de vacinação contra a covid-19. Nesta oportunidade, o militar teve seus celulares apreendidos.

Cid foi apontado como operador estratégico de uma rede clandestina que articulava atos antidemocráticos e ações de desestabilização das instituições brasileiras. A ordem de prisão foi emitida após meses de monitoramento de suas comunicações, que revelaram seu papel ativo no planejamento de ataques a autoridades públicas e na promoção de desinformação.

As investigações indicaram que ele era responsável pela gestão de uma rede de comunicação segura usada para coordenar atividades ilegais, incluindo o planejamento de atentados contra líderes políticos como Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi solto no dia 3 de maio e, em 19 de novembro de 2024, foi convocado para prestar novos depoimentos à Polícia Federal e ao STF para esclarecer contradições e omissões em suas declarações anteriores, especialmente relacionadas a um suposto plano golpista que incluía o assassinato de autoridades.

As revelações feitas por Mauro Cid levaram à histórica prisão do general Walter Braga Netto, no dia 14 de dezembro deste ano. O militar oi ministro da Defesa em 2019 e, também, candidato a vice na chapa liderada por Jair Bolsonaro, que concorreu à presidência da República, em 2022.

Durante seus depoimentos, Cid detalhou reuniões secretas realizadas entre membros do alto escalão das Forças Armadas e líderes políticos alinhados à extrema-direita, nas quais Braga Netto teria desempenhado um papel central na articulação de uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

O general enfrenta acusações graves relacionadas a uma suposta conspiração para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. As investigações conduzidas pela Polícia Federal indicam que ele teria desempenhado um papel central na organização e financiamento do plano golpista que envolvia o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes.

Além disso, Braga Netto é acusado de obstrução de justiça por supostamente interferir nas investigações em curso sobre a tentativa de golpe. Relatórios indicam que ele teria buscado informações sobre acordos de colaboração premiada de outros envolvidos, visando dificultar a obtenção de provas pelas autoridades.

Eleições - As urnas mostraram que a extrema-direita brasileira sofreu rejeição da população durante as eleições municipais de 2024. O resultado eleitoral escancarou um desempenho aquém do esperado, especialmente nas capitais do país.

O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, governará apenas quatro capitais: Rio Branco (AC), Cuiabá (MT), Maceió (AL) e Aracaju (SE). Legenda com o maior número de candidatos nas capitais, os direitistas sofreram derrotas importantes e chamou a atenção a queda significativa na popularidade de nomes históricos ligados ao bolsonarismo, muitos dos quais já ocuparam posições de destaque no governo federal.

Em Belo Horizonte, o candidato Bruno Engler (PL) foi derrotado por Fuad Noman (PSD) na disputa pela prefeitura. Engler, que contou com a presença de Jair Bolsonaro em atos de campanha, alcançou pouco mais de 46% dos votos válidos, não conseguindo reverter a vantagem do adversário no segundo turno.

Em Goiânia, o ex-presidente também apoiou enfaticamente Fred Rodrigues (PL), que foi derrotado por Sandro Mabel (União). Rodrigues obteve 44,47% dos votos válidos, encerrando sua campanha sem conseguir atrair apoio suficiente para superar a ampla coligação formada pelo candidato vitorioso.

Evandro Leitão (PT) venceu uma disputa acirrada em Fortaleza, derrotando André Fernandes (PL) por uma margem inferior a 15 mil votos. Leitão terminou com 50,38% dos votos válidos, enquanto Fernandes, apoiado pela extrema-direita, obteve 49,62%, protagonizando uma das eleições mais apertadas deste ciclo eleitoral.

A derrota mais significativa para o PL ocorreu em João Pessoa, onde o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Marcelo Queiroga (PL), alcançou apenas 36,09% dos votos válidos, sendo amplamente superado pelo candidato da oposição, que contou com uma campanha estruturada e forte apoio de lideranças locais.

Outras derrotas importantes ocorreram em Manaus, onde Capitão Alberto Neto (PL) ficou com 45,41% dos votos válidos; em Belém, onde Delegado Eder Mauro (PL) obteve 43,64%, e em Palmas, onde Janad Valcari (PL) encerrou a disputa com 46,97% dos votos. Essas derrotas evidenciaram uma queda de popularidade da extrema-direita nas capitais brasileiras, marcando um ciclo eleitoral desfavorável ao bolsonarismo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Brasil de Fato

Gastos com material escolar sobem mais de 40% em 4 anos e impactam 85% das famílias

Brasileiros gastaram R$ 49,3 bilhões com esses itens em 2024

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Por Mariana Tokarnia, repórter da Agência Brasil - As famílias brasileiras gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares em 2024, o que representou um aumento de 43,7% ao longo dos últimos quatro anos. O valor é uma estimativa de pesquisa inédita do Instituto Locomotiva e QuestionPro. O levantamento mostra que essas compras impactam o orçamento de 85% das famílias brasileiras com filhos em idade escolar e que um a cada três compradores pretende parcelar para poder dar conta das despesas para o ano letivo de 2025.

Ao todo, foram realizadas 1.461 entrevistas com homens e mulheres com mais de 18 anos em todo o país. Os questionários foram aplicados entre 2 e 4 de dezembro.

O estudo mostra que a maioria dos pais e responsáveis de estudantes tanto da rede pública quanto da rede privada disseram que comprará materiais escolares para o ano letivo de 2025: 90% daqueles com filhos em escolas públicas e 96% daqueles com filhos em estabelecimentos privados.

A maior parte das famílias precisará comprar materiais escolares solicitados pelas escolas (87%), seguido de uniformes (72%) e livros didáticos (71%).

Os pesquisadores estimam que os valores gastos com materiais escolares aumentaram ao longo dos últimos anos, passando de um montante nacional de R$ 34,3 bilhões em 2021 para os atuais R$ 49,3 bilhões.

“É um gasto que vem crescendo e vem aumentando também o seu peso no orçamento dos famílias com filhos”, destaca o diretor de Pesquisa do Instituto Locomotiva, João Paulo Cunha.

Cunha ressalta que esse impacto ocorre tanto para famílias com filhos em escolas públicas e também nas privadas. “Muita gente acha que pais que estão com filhos em escolas públicas, por, teoricamente, ganharem o uniforme, o material, não têm nenhum gasto. Mas a realidade é muito diferente. Praticamente todos os pais que têm filhos em escolas públicas acabam tendo que, pelo menos, complementar parte do material escolar, parte do uniforme, e acabam também tendo um peso no orçamento doméstico por conta disso.”

A estimativa é que a maior parte dos gastos se concentre na classe B, R$ 20,3 bilhões; e na classe C, R$ 17,3 bilhões. Juntas, elas são responsáveis por 76% dos gastos nacionais. A Região Sudeste concentra a maior porcentagem dos gastos, 46%, seguida pelo Nordeste, 28%. O menor percentual está na Região Norte, 5%.

Esses valores impactam os orçamentos de 85% das famílias com filhos em idade escolar. O impacto é maior para as famílias de classe C, em que 95% disseram que os materiais impactam o orçamento familiar. Entre todos os entrevistados, 38% disseram que têm muito impacto no orçamento e 47%, que têm algum impacto. Apenas para 15% as compras de volta às aulas não têm impacto.

“Isso acaba tendo que sair de outros lugares. Cada família vai ter um arranjo diferente para conseguir ter esse tipo de gasto. Alguns vão ter que recorrer ao crédito, outros vão ter que tirar do guardado, mas o fato é que a maioria relata o peso e o impacto no orçamento doméstico”, enfatiza Cunha.

Diante dessa situação, 35% disseram que irão recorrer ao parcelamento nas compras para o ano letivo de 2025. Entre as famílias da classe C, essa porcentagem sobe para 39%. A maioria, no entanto, 65%, pretende pagar à vista. Entre as classes A e B, essa porcentagem é ainda maior, 71%.

Materiais escolares - De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), os aumentos dos custos com materiais escolares se dão principalmente por conta de fatores como inflação anual e elevação nos custos de produção, além dos preços de frete marítimo, no caso dos importados, e alta do dólar. Para 2025, a entidade estima um aumento entre 5% e 9%.

Segundo o presidente Executivo da ABFIAE, Sidnei Bergamaschi, muitos itens que compõem as listas escolares são importados, como mochilas e estojos.

“Os itens que compõem a cesta, a lista escolar, vários deles são itens importados. E aí, obviamente, quando você pega um ano que tem uma taxa de dólar mais alta, quando você pega um período como, por exemplo, pós-pandemia, que o frete marítimo internacional explodiu, o mundo se tornou cinco vezes mais caro do que ele custava, tudo isso acaba tendo algum impacto de custo e que vai terminar lá sempre para o consumidor”, diz Bergamaschi.

A ABFIAE defende programas públicos para aquisição de material escolar, como o chamado Programa Material Escolar, implementado no Distrito Federal e nos municípios de São Paulo e Foz do Iguaçu, por meio do qual o poder público oferece crédito a estudantes de escolas públicas para a aquisição dos materiais.

“Isso tem permitido que alunos da rede pública possam acessar materiais diferentes e possam também comprar somente aquilo que ele precisa e aquilo que às vezes ele não tinha acesso”, diz o presidente da entidade.

A ABFIAE defende ainda a redução de impostos cobrados para esses produtos. Segundo a entidade, em alguns itens, os tributos chegam a representar 50% do valor do produto. “Nós fizemos esse pleito na reforma tributária, que ele fosse enquadrado junto com alguns itens que foram reduzidos, porque hoje você tem, normalmente, na faixa de 40%, até mais de 40% de impostos nos itens da lista escolar. Então, isso tem um peso grande no valor final”, ressalta.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Internada, Preta Gil passa a virada ao lado do pai e se emociona com homenagem de Ivete Sangalo durante show (vídeo)

Preta Gil também compartilhou registros da celebração em suas redes sociais, onde emocionou os seguidores ao relatar avanços em sua recuperação

Preta Gil e família no hospital (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Gilberto Gil optou por uma virada de ano tranquila e cheia de significado, celebrando ao lado da filha Preta Gil, familiares e amigos próximos. A cantora, que está em tratamento contra um câncer, encontra-se internada após passar por uma extensa cirurgia para a retirada de novos tumores. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles.

Em um registro compartilhado no perfil oficial de Gilberto Gil no Instagram, foi destacado o tom de amor e solidariedade que marcou a noite. “Um feliz ano novo para todos, em especial para nossa querida Preta Gil, que passou a noite acompanhada de Gil e Flora Gil, rodeada de amor e carinho”, dizia o texto assinado pela equipe do cantor. Na imagem, Gil e a esposa, Flora, aparecem ao lado de Preta, evidenciando a força dos laços familiares neste momento delicado.

Preta Gil também compartilhou registros da celebração em suas redes sociais, onde emocionou os seguidores ao relatar avanços em sua recuperação. Em sua última publicação de 2024, a cantora revelou que deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), um marco importante em seu tratamento. Rodeada por familiares e amigos, Preta expressou gratidão pelo apoio recebido: “A energia de todos tem sido essencial para mim”.

A celebração discreta, mas cheia de significado, reflete o espírito de esperança e união que tem marcado o enfrentamento da doença por Preta e sua família.

Durante o Show da Virada, transmitido pela TV Globo, a artista também recebeu uma emocionante homenagem de Ivete Sangalo.
Veja:

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Brasil tem o melhor resultado de vendas de carros desde 2014, com 2,63 milhões de emplacamentos em 2024

A queda no desemprego e a renovação de veículos aumentam as expectativas para 2025

Presidente Lula visita Fábrica da Renault e acompanha autorização de obra na “Estrada Boiadeira” (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O Brasil teve 2,63 milhões de veículos leves e pesados emplacados em 2024, o melhor resultado desde 2014, segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores, informa a Folha de S. Paulo. O número representa uma alta de 14,1% na comparação com 2023. Em média, foram vendidos 10.456 carros por dia ao longo do último ano.

Segundo o levantamento, o ranking de vendas é liderado pela picape Fiat Strada, que superou o Volkswagen Polo nos últimos dias de 2024. Outra tendência notável foi a forte participação das marcas chinesas, como BYD e GWM, que juntas foram responsáveis por aproximadamente 100 mil licenciamentos de veículos zero-quilômetro.

As locadoras também ocuparam uma grande fatia no mercado. De acordo com o cálculo da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as empresas do ramo adquiriram 650 mil unidades no ano passado, em grande parte para atender a planos de carros por assinatura.

Expectativas para 2025 - A projeção da Anfavea para 2025 aponta para 2,802 milhões de veículos emplacados, embora inicialmente a previsão fosse de 3 milhões. A revisão para baixo foi motivada pela alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, que agora está em 12,25% ao ano. No entanto, o setor mantém otimismo quanto ao desempenho do mercado, especialmente considerando a queda do desemprego e a contínua renovação de modelos.

O último ano em que o mercado superou a marca de 3 milhões de veículos foi em 2014, com 3,5 milhões de emplacamentos. Desde então, o setor enfrentou quedas acentuadas, com o auge da crise econômica em 2015, quando os licenciamentos caíram para 2,58 milhões de unidades. A recuperação teve início em 2017, mas foi interrompida pela pandemia de Covid-19, que afetou drasticamente a produção e o consumo no setor.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Jovem baleada pela PRF apresenta melhora progressiva, mas estado ainda é grave

Juliana Leite Rangel responde positivamente a estímulos

Juliana Leite Rangel (Foto: Reprodução (Uol))

A agente de saúde Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, apresenta sinais de melhora, embora seu estado de saúde ainda seja considerado grave. De acordo com o boletim médico divulgado nesta quinta-feira (2), Juliana já responde a estímulos e está passando por uma recuperação progressiva, embora continue internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes desde o dia 24 de dezembro, quando sofreu um tiro na cabeça. As informações são do jornal O Globo.

A jovem, que foi submetida a uma traqueostomia no dia 30 de dezembro, está agora com a sedação reduzida e a ventilação mecânica sendo diminuída gradualmente. O boletim afirma que Juliana está apresentando "boa resposta a essa redução de suporte", o que indica uma recuperação positiva. Do ponto de vista neurológico, a jovem mantém "reflexos preservados", mas ainda não é possível avaliar com precisão o nível de consciência nem as possíveis sequelas permanentes do incidente.

"O processo de desmame de sedação e ventilação mecânica seguirá conforme a tolerância da paciente", explica o boletim, que também informa que Juliana segue sendo acompanhada por uma equipe médica especializada, incluindo neurocirurgiões e cirurgiões torácicos.

O episódio ocorreu quando Juliana foi baleada durante uma abordagem da PRF, que resultou em sua entrada no hospital em estado crítico. Os agentes envolvidos no incidente foram afastados das suas funções enquanto as investigações seguem em andamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Novo salário mínimo, de R$ 1.518, já está em vigor

Reajuste de 7,5% impacta milhões de trabalhadores, aposentados e benefícios sociais

Lula e Luiz Marinho apresentam o novo mínimo (Foto: Claudio Kbene / PR)

A partir deste mês de janeiro, o salário mínimo no Brasil será reajustado para R$ 1.518. Este aumento representa uma valorização de R$ 106, correspondendo a um acréscimo de 7,5% em relação ao piso de 2024, que era de R$ 1.412.

O reajuste do salário mínimo foi calculado com base em dois componentes principais: uma inflação de 4,84%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses até novembro, e um ganho real de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa metodologia, aprovada pelo Congresso Nacional, assegura que o aumento do salário mínimo supere a inflação, promovendo um ganho real para os trabalhadores.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aproximadamente 59 milhões de brasileiros têm seu rendimento atrelado ao salário mínimo. Dentre esses, cerca de 19 milhões são aposentados e pensionistas que recebem o valor mínimo. Além disso, o novo salário mínimo servirá como base para a correção de diversos benefícios sociais, incluindo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.

A iniciativa de reajustar o salário mínimo de forma a garantir um aumento real foi retomada pelo governo do presidente Lula, que enviou a Lei correspondente ao Congresso Nacional em 2023. Essa política havia sido descontinuada nos governos anteriores, entre 2017 e 2022, período durante o qual o salário mínimo não recebeu aumentos que superassem a inflação.

Com a retomada dessa política, o governo busca não apenas melhorar o poder de compra dos trabalhadores, mas também fortalecer a rede de proteção social no país. A atualização do salário mínimo tem impacto direto na economia, influenciando o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico.

Fonte: Brasil 247

Trump usa fake news sobre imigração ao reagir a atentado que deixou 10 mortos em Nova Orleans

Presidente eleito afirmou que "os criminosos que entram nos Estados Unidos são piores que os locais". Acusado de autoria do ataque é estadunidense

Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, 06/11/2024 REUTERS/Callaghan O'Hare (Foto: REUTERS/Callaghan O'Hare)

Na sequência do atentado ocorrido em Nova Orleans, que resultou em 15 mortes e 30 feridos, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, causou polêmica ao sugerir que o autor do ataque, Shamsud Din Jabbar, seria imigrante. Em sua declaração, segundo o Metrópoles, Trump afirmou que "os criminosos que entram nos Estados Unidos são piores que os locais", uma insinuação que gerou uma onda de críticas, especialmente da mídia francesa e de analistas americanos.

Shamsud Din Jabbar, de 42 anos, foi identificado como o suspeito morto pela polícia. O FBI revelou que ele morava em Houston, no Texas, onde trabalhava como corretor de imóveis. Além disso, Jabbar serviu no Exército dos EUA entre 2007 e 2015, incluindo uma missão no Afeganistão, onde foi promovido a primeiro sargento. O que chamou atenção das autoridades foi uma série de vídeos publicados nas redes sociais horas antes do ataque, onde Jabbar afirma ter agido "inspirado" pelo grupo extremista Estado Islâmico, segundo o presidente Joe Biden.

Jabbar, que se converteu ao islamismo ainda jovem, já havia enfrentado problemas financeiros e se divorciado da sua última esposa em 2022. A investigação busca entender as motivações que levaram à sua radicalização. A mídia internacional, incluindo os jornais franceses Libération, Le Monde e Le Figaro, tem questionado a reação de Trump, especialmente após declarações errôneas veiculadas pela Fox News, que inicialmente indicaram que Jabbar teria atravessado a fronteira do México para os Estados Unidos.

O Le Figaro destaca, porém, que o próprio Jabbar afirmou em um vídeo de 2020 que nasceu e cresceu em Beaumont, no Texas, e não era imigrante, o que contradiz as afirmações de Trump.

Além das polêmicas reações políticas, a imprensa mundial também levanta questões sobre a segurança pública em eventos de grande aglomeração, como o ocorrido em Nova Orleans. O Libération comparou o atentado com ataques anteriores, como o ocorrido na feira de Natal de Magdeburgo, na Alemanha, alertando para a fragilidade das barreiras de segurança em áreas com grandes concentrações de pedestres.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles