quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Extrema direita termina 2024 com menos força política e na mira da Justiça

Com políticos envolvidos na trama golpista, bolsonarismo sofreu derrotas significativas nas eleições municipais, especialmente nas capitais do país

Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

Igor Carvalho, Brasil de Fato - O ano de 2024 foi marcado por investigações policiais, escândalos políticos e mobilizações golpistas, envolvendo líderes e apoiadores da extrema-direita no Brasil. As operações da Polícia Federal e decisões do Superior Tribunal Federal (STF) impactaram figuras proeminentes, enquanto a agenda política do setor, atrelada ao bolsonarismo, sofreu derrotas significativas nas eleições municipais.

Já no começo do ano, em 8 de fevereiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, investigando uma tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados como o general Walter Braga Netto e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. O objetivo seria reverter os resultados das eleições de 2022.

Na mesma operação, a Polícia Federal prendeu, ainda, dois ex-auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Martins e o ex-ajudante de ordens coronel Marcelo Câmara.

Filipe Martins era considerado um dos mentores do chamado “gabinete do ódio” — grupo que usava as redes sociais para disseminar desinformações e mentiras sobre pautas consideradas importantes para o bolsonarismo e também para atacar inimigos do ex-presidente com notícias falsas.

Matar o presidente - Em julho, surgiram as primeiras denúncias públicas sobre o envolvimento de militares como os coronéis Mario Fernandes e Hélio Ferreira Lima em planos golpistas. As denúncias agravaram a crise institucional e reforçaram o clima de desconfiança entre as Forças Armadas e o governo.

No dia 21 de novembro, ocorreu o episódio que pode marcar para sempre o bolsonarismo. A Polícia Federal apresentou ao STF um relatório detalhado que resultou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, por crimes de conspiração e tentativa de golpe de Estado. A acusação baseou-se em uma série de evidências reunidas ao longo de dois anos de investigações.

O plano criminoso envolvia um suposto complô para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A conspiração teria sido organizada em células secretas formadas por ex-militares e apoiadores radicais ligados ao entorno político de Bolsonaro.

Segundo as investigações, reuniões clandestinas foram realizadas em diferentes estados para planejar os ataques. Além de execuções planejadas, o esquema previa uma ruptura institucional seguida da imposição de um regime autoritário controlado por uma junta militar. Documentos apreendidos detalharam estratégias que incluíam atentados simultâneos em Brasília e São Paulo.

Militares presos - Peça-chave para a derrocada da extrema-direita em 2024, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi preso no dia 22 de março deste ano, no contexto da Operação Venire da Polícia Federal, que investigava fraudes em cartões de vacinação contra a covid-19. Nesta oportunidade, o militar teve seus celulares apreendidos.

Cid foi apontado como operador estratégico de uma rede clandestina que articulava atos antidemocráticos e ações de desestabilização das instituições brasileiras. A ordem de prisão foi emitida após meses de monitoramento de suas comunicações, que revelaram seu papel ativo no planejamento de ataques a autoridades públicas e na promoção de desinformação.

As investigações indicaram que ele era responsável pela gestão de uma rede de comunicação segura usada para coordenar atividades ilegais, incluindo o planejamento de atentados contra líderes políticos como Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi solto no dia 3 de maio e, em 19 de novembro de 2024, foi convocado para prestar novos depoimentos à Polícia Federal e ao STF para esclarecer contradições e omissões em suas declarações anteriores, especialmente relacionadas a um suposto plano golpista que incluía o assassinato de autoridades.

As revelações feitas por Mauro Cid levaram à histórica prisão do general Walter Braga Netto, no dia 14 de dezembro deste ano. O militar oi ministro da Defesa em 2019 e, também, candidato a vice na chapa liderada por Jair Bolsonaro, que concorreu à presidência da República, em 2022.

Durante seus depoimentos, Cid detalhou reuniões secretas realizadas entre membros do alto escalão das Forças Armadas e líderes políticos alinhados à extrema-direita, nas quais Braga Netto teria desempenhado um papel central na articulação de uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

O general enfrenta acusações graves relacionadas a uma suposta conspiração para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. As investigações conduzidas pela Polícia Federal indicam que ele teria desempenhado um papel central na organização e financiamento do plano golpista que envolvia o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes.

Além disso, Braga Netto é acusado de obstrução de justiça por supostamente interferir nas investigações em curso sobre a tentativa de golpe. Relatórios indicam que ele teria buscado informações sobre acordos de colaboração premiada de outros envolvidos, visando dificultar a obtenção de provas pelas autoridades.

Eleições - As urnas mostraram que a extrema-direita brasileira sofreu rejeição da população durante as eleições municipais de 2024. O resultado eleitoral escancarou um desempenho aquém do esperado, especialmente nas capitais do país.

O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, governará apenas quatro capitais: Rio Branco (AC), Cuiabá (MT), Maceió (AL) e Aracaju (SE). Legenda com o maior número de candidatos nas capitais, os direitistas sofreram derrotas importantes e chamou a atenção a queda significativa na popularidade de nomes históricos ligados ao bolsonarismo, muitos dos quais já ocuparam posições de destaque no governo federal.

Em Belo Horizonte, o candidato Bruno Engler (PL) foi derrotado por Fuad Noman (PSD) na disputa pela prefeitura. Engler, que contou com a presença de Jair Bolsonaro em atos de campanha, alcançou pouco mais de 46% dos votos válidos, não conseguindo reverter a vantagem do adversário no segundo turno.

Em Goiânia, o ex-presidente também apoiou enfaticamente Fred Rodrigues (PL), que foi derrotado por Sandro Mabel (União). Rodrigues obteve 44,47% dos votos válidos, encerrando sua campanha sem conseguir atrair apoio suficiente para superar a ampla coligação formada pelo candidato vitorioso.

Evandro Leitão (PT) venceu uma disputa acirrada em Fortaleza, derrotando André Fernandes (PL) por uma margem inferior a 15 mil votos. Leitão terminou com 50,38% dos votos válidos, enquanto Fernandes, apoiado pela extrema-direita, obteve 49,62%, protagonizando uma das eleições mais apertadas deste ciclo eleitoral.

A derrota mais significativa para o PL ocorreu em João Pessoa, onde o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Marcelo Queiroga (PL), alcançou apenas 36,09% dos votos válidos, sendo amplamente superado pelo candidato da oposição, que contou com uma campanha estruturada e forte apoio de lideranças locais.

Outras derrotas importantes ocorreram em Manaus, onde Capitão Alberto Neto (PL) ficou com 45,41% dos votos válidos; em Belém, onde Delegado Eder Mauro (PL) obteve 43,64%, e em Palmas, onde Janad Valcari (PL) encerrou a disputa com 46,97% dos votos. Essas derrotas evidenciaram uma queda de popularidade da extrema-direita nas capitais brasileiras, marcando um ciclo eleitoral desfavorável ao bolsonarismo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Brasil de Fato

Gastos com material escolar sobem mais de 40% em 4 anos e impactam 85% das famílias

Brasileiros gastaram R$ 49,3 bilhões com esses itens em 2024

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Por Mariana Tokarnia, repórter da Agência Brasil - As famílias brasileiras gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares em 2024, o que representou um aumento de 43,7% ao longo dos últimos quatro anos. O valor é uma estimativa de pesquisa inédita do Instituto Locomotiva e QuestionPro. O levantamento mostra que essas compras impactam o orçamento de 85% das famílias brasileiras com filhos em idade escolar e que um a cada três compradores pretende parcelar para poder dar conta das despesas para o ano letivo de 2025.

Ao todo, foram realizadas 1.461 entrevistas com homens e mulheres com mais de 18 anos em todo o país. Os questionários foram aplicados entre 2 e 4 de dezembro.

O estudo mostra que a maioria dos pais e responsáveis de estudantes tanto da rede pública quanto da rede privada disseram que comprará materiais escolares para o ano letivo de 2025: 90% daqueles com filhos em escolas públicas e 96% daqueles com filhos em estabelecimentos privados.

A maior parte das famílias precisará comprar materiais escolares solicitados pelas escolas (87%), seguido de uniformes (72%) e livros didáticos (71%).

Os pesquisadores estimam que os valores gastos com materiais escolares aumentaram ao longo dos últimos anos, passando de um montante nacional de R$ 34,3 bilhões em 2021 para os atuais R$ 49,3 bilhões.

“É um gasto que vem crescendo e vem aumentando também o seu peso no orçamento dos famílias com filhos”, destaca o diretor de Pesquisa do Instituto Locomotiva, João Paulo Cunha.

Cunha ressalta que esse impacto ocorre tanto para famílias com filhos em escolas públicas e também nas privadas. “Muita gente acha que pais que estão com filhos em escolas públicas, por, teoricamente, ganharem o uniforme, o material, não têm nenhum gasto. Mas a realidade é muito diferente. Praticamente todos os pais que têm filhos em escolas públicas acabam tendo que, pelo menos, complementar parte do material escolar, parte do uniforme, e acabam também tendo um peso no orçamento doméstico por conta disso.”

A estimativa é que a maior parte dos gastos se concentre na classe B, R$ 20,3 bilhões; e na classe C, R$ 17,3 bilhões. Juntas, elas são responsáveis por 76% dos gastos nacionais. A Região Sudeste concentra a maior porcentagem dos gastos, 46%, seguida pelo Nordeste, 28%. O menor percentual está na Região Norte, 5%.

Esses valores impactam os orçamentos de 85% das famílias com filhos em idade escolar. O impacto é maior para as famílias de classe C, em que 95% disseram que os materiais impactam o orçamento familiar. Entre todos os entrevistados, 38% disseram que têm muito impacto no orçamento e 47%, que têm algum impacto. Apenas para 15% as compras de volta às aulas não têm impacto.

“Isso acaba tendo que sair de outros lugares. Cada família vai ter um arranjo diferente para conseguir ter esse tipo de gasto. Alguns vão ter que recorrer ao crédito, outros vão ter que tirar do guardado, mas o fato é que a maioria relata o peso e o impacto no orçamento doméstico”, enfatiza Cunha.

Diante dessa situação, 35% disseram que irão recorrer ao parcelamento nas compras para o ano letivo de 2025. Entre as famílias da classe C, essa porcentagem sobe para 39%. A maioria, no entanto, 65%, pretende pagar à vista. Entre as classes A e B, essa porcentagem é ainda maior, 71%.

Materiais escolares - De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), os aumentos dos custos com materiais escolares se dão principalmente por conta de fatores como inflação anual e elevação nos custos de produção, além dos preços de frete marítimo, no caso dos importados, e alta do dólar. Para 2025, a entidade estima um aumento entre 5% e 9%.

Segundo o presidente Executivo da ABFIAE, Sidnei Bergamaschi, muitos itens que compõem as listas escolares são importados, como mochilas e estojos.

“Os itens que compõem a cesta, a lista escolar, vários deles são itens importados. E aí, obviamente, quando você pega um ano que tem uma taxa de dólar mais alta, quando você pega um período como, por exemplo, pós-pandemia, que o frete marítimo internacional explodiu, o mundo se tornou cinco vezes mais caro do que ele custava, tudo isso acaba tendo algum impacto de custo e que vai terminar lá sempre para o consumidor”, diz Bergamaschi.

A ABFIAE defende programas públicos para aquisição de material escolar, como o chamado Programa Material Escolar, implementado no Distrito Federal e nos municípios de São Paulo e Foz do Iguaçu, por meio do qual o poder público oferece crédito a estudantes de escolas públicas para a aquisição dos materiais.

“Isso tem permitido que alunos da rede pública possam acessar materiais diferentes e possam também comprar somente aquilo que ele precisa e aquilo que às vezes ele não tinha acesso”, diz o presidente da entidade.

A ABFIAE defende ainda a redução de impostos cobrados para esses produtos. Segundo a entidade, em alguns itens, os tributos chegam a representar 50% do valor do produto. “Nós fizemos esse pleito na reforma tributária, que ele fosse enquadrado junto com alguns itens que foram reduzidos, porque hoje você tem, normalmente, na faixa de 40%, até mais de 40% de impostos nos itens da lista escolar. Então, isso tem um peso grande no valor final”, ressalta.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Internada, Preta Gil passa a virada ao lado do pai e se emociona com homenagem de Ivete Sangalo durante show (vídeo)

Preta Gil também compartilhou registros da celebração em suas redes sociais, onde emocionou os seguidores ao relatar avanços em sua recuperação

Preta Gil e família no hospital (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Gilberto Gil optou por uma virada de ano tranquila e cheia de significado, celebrando ao lado da filha Preta Gil, familiares e amigos próximos. A cantora, que está em tratamento contra um câncer, encontra-se internada após passar por uma extensa cirurgia para a retirada de novos tumores. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles.

Em um registro compartilhado no perfil oficial de Gilberto Gil no Instagram, foi destacado o tom de amor e solidariedade que marcou a noite. “Um feliz ano novo para todos, em especial para nossa querida Preta Gil, que passou a noite acompanhada de Gil e Flora Gil, rodeada de amor e carinho”, dizia o texto assinado pela equipe do cantor. Na imagem, Gil e a esposa, Flora, aparecem ao lado de Preta, evidenciando a força dos laços familiares neste momento delicado.

Preta Gil também compartilhou registros da celebração em suas redes sociais, onde emocionou os seguidores ao relatar avanços em sua recuperação. Em sua última publicação de 2024, a cantora revelou que deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), um marco importante em seu tratamento. Rodeada por familiares e amigos, Preta expressou gratidão pelo apoio recebido: “A energia de todos tem sido essencial para mim”.

A celebração discreta, mas cheia de significado, reflete o espírito de esperança e união que tem marcado o enfrentamento da doença por Preta e sua família.

Durante o Show da Virada, transmitido pela TV Globo, a artista também recebeu uma emocionante homenagem de Ivete Sangalo.
Veja:

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Brasil tem o melhor resultado de vendas de carros desde 2014, com 2,63 milhões de emplacamentos em 2024

A queda no desemprego e a renovação de veículos aumentam as expectativas para 2025

Presidente Lula visita Fábrica da Renault e acompanha autorização de obra na “Estrada Boiadeira” (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O Brasil teve 2,63 milhões de veículos leves e pesados emplacados em 2024, o melhor resultado desde 2014, segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores, informa a Folha de S. Paulo. O número representa uma alta de 14,1% na comparação com 2023. Em média, foram vendidos 10.456 carros por dia ao longo do último ano.

Segundo o levantamento, o ranking de vendas é liderado pela picape Fiat Strada, que superou o Volkswagen Polo nos últimos dias de 2024. Outra tendência notável foi a forte participação das marcas chinesas, como BYD e GWM, que juntas foram responsáveis por aproximadamente 100 mil licenciamentos de veículos zero-quilômetro.

As locadoras também ocuparam uma grande fatia no mercado. De acordo com o cálculo da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as empresas do ramo adquiriram 650 mil unidades no ano passado, em grande parte para atender a planos de carros por assinatura.

Expectativas para 2025 - A projeção da Anfavea para 2025 aponta para 2,802 milhões de veículos emplacados, embora inicialmente a previsão fosse de 3 milhões. A revisão para baixo foi motivada pela alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, que agora está em 12,25% ao ano. No entanto, o setor mantém otimismo quanto ao desempenho do mercado, especialmente considerando a queda do desemprego e a contínua renovação de modelos.

O último ano em que o mercado superou a marca de 3 milhões de veículos foi em 2014, com 3,5 milhões de emplacamentos. Desde então, o setor enfrentou quedas acentuadas, com o auge da crise econômica em 2015, quando os licenciamentos caíram para 2,58 milhões de unidades. A recuperação teve início em 2017, mas foi interrompida pela pandemia de Covid-19, que afetou drasticamente a produção e o consumo no setor.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Jovem baleada pela PRF apresenta melhora progressiva, mas estado ainda é grave

Juliana Leite Rangel responde positivamente a estímulos

Juliana Leite Rangel (Foto: Reprodução (Uol))

A agente de saúde Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, apresenta sinais de melhora, embora seu estado de saúde ainda seja considerado grave. De acordo com o boletim médico divulgado nesta quinta-feira (2), Juliana já responde a estímulos e está passando por uma recuperação progressiva, embora continue internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes desde o dia 24 de dezembro, quando sofreu um tiro na cabeça. As informações são do jornal O Globo.

A jovem, que foi submetida a uma traqueostomia no dia 30 de dezembro, está agora com a sedação reduzida e a ventilação mecânica sendo diminuída gradualmente. O boletim afirma que Juliana está apresentando "boa resposta a essa redução de suporte", o que indica uma recuperação positiva. Do ponto de vista neurológico, a jovem mantém "reflexos preservados", mas ainda não é possível avaliar com precisão o nível de consciência nem as possíveis sequelas permanentes do incidente.

"O processo de desmame de sedação e ventilação mecânica seguirá conforme a tolerância da paciente", explica o boletim, que também informa que Juliana segue sendo acompanhada por uma equipe médica especializada, incluindo neurocirurgiões e cirurgiões torácicos.

O episódio ocorreu quando Juliana foi baleada durante uma abordagem da PRF, que resultou em sua entrada no hospital em estado crítico. Os agentes envolvidos no incidente foram afastados das suas funções enquanto as investigações seguem em andamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Novo salário mínimo, de R$ 1.518, já está em vigor

Reajuste de 7,5% impacta milhões de trabalhadores, aposentados e benefícios sociais

Lula e Luiz Marinho apresentam o novo mínimo (Foto: Claudio Kbene / PR)

A partir deste mês de janeiro, o salário mínimo no Brasil será reajustado para R$ 1.518. Este aumento representa uma valorização de R$ 106, correspondendo a um acréscimo de 7,5% em relação ao piso de 2024, que era de R$ 1.412.

O reajuste do salário mínimo foi calculado com base em dois componentes principais: uma inflação de 4,84%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses até novembro, e um ganho real de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa metodologia, aprovada pelo Congresso Nacional, assegura que o aumento do salário mínimo supere a inflação, promovendo um ganho real para os trabalhadores.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aproximadamente 59 milhões de brasileiros têm seu rendimento atrelado ao salário mínimo. Dentre esses, cerca de 19 milhões são aposentados e pensionistas que recebem o valor mínimo. Além disso, o novo salário mínimo servirá como base para a correção de diversos benefícios sociais, incluindo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.

A iniciativa de reajustar o salário mínimo de forma a garantir um aumento real foi retomada pelo governo do presidente Lula, que enviou a Lei correspondente ao Congresso Nacional em 2023. Essa política havia sido descontinuada nos governos anteriores, entre 2017 e 2022, período durante o qual o salário mínimo não recebeu aumentos que superassem a inflação.

Com a retomada dessa política, o governo busca não apenas melhorar o poder de compra dos trabalhadores, mas também fortalecer a rede de proteção social no país. A atualização do salário mínimo tem impacto direto na economia, influenciando o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico.

Fonte: Brasil 247

Trump usa fake news sobre imigração ao reagir a atentado que deixou 10 mortos em Nova Orleans

Presidente eleito afirmou que "os criminosos que entram nos Estados Unidos são piores que os locais". Acusado de autoria do ataque é estadunidense

Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, 06/11/2024 REUTERS/Callaghan O'Hare (Foto: REUTERS/Callaghan O'Hare)

Na sequência do atentado ocorrido em Nova Orleans, que resultou em 15 mortes e 30 feridos, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, causou polêmica ao sugerir que o autor do ataque, Shamsud Din Jabbar, seria imigrante. Em sua declaração, segundo o Metrópoles, Trump afirmou que "os criminosos que entram nos Estados Unidos são piores que os locais", uma insinuação que gerou uma onda de críticas, especialmente da mídia francesa e de analistas americanos.

Shamsud Din Jabbar, de 42 anos, foi identificado como o suspeito morto pela polícia. O FBI revelou que ele morava em Houston, no Texas, onde trabalhava como corretor de imóveis. Além disso, Jabbar serviu no Exército dos EUA entre 2007 e 2015, incluindo uma missão no Afeganistão, onde foi promovido a primeiro sargento. O que chamou atenção das autoridades foi uma série de vídeos publicados nas redes sociais horas antes do ataque, onde Jabbar afirma ter agido "inspirado" pelo grupo extremista Estado Islâmico, segundo o presidente Joe Biden.

Jabbar, que se converteu ao islamismo ainda jovem, já havia enfrentado problemas financeiros e se divorciado da sua última esposa em 2022. A investigação busca entender as motivações que levaram à sua radicalização. A mídia internacional, incluindo os jornais franceses Libération, Le Monde e Le Figaro, tem questionado a reação de Trump, especialmente após declarações errôneas veiculadas pela Fox News, que inicialmente indicaram que Jabbar teria atravessado a fronteira do México para os Estados Unidos.

O Le Figaro destaca, porém, que o próprio Jabbar afirmou em um vídeo de 2020 que nasceu e cresceu em Beaumont, no Texas, e não era imigrante, o que contradiz as afirmações de Trump.

Além das polêmicas reações políticas, a imprensa mundial também levanta questões sobre a segurança pública em eventos de grande aglomeração, como o ocorrido em Nova Orleans. O Libération comparou o atentado com ataques anteriores, como o ocorrido na feira de Natal de Magdeburgo, na Alemanha, alertando para a fragilidade das barreiras de segurança em áreas com grandes concentrações de pedestres.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Forças Armadas iniciam alistamento voluntário feminino

Militares alertam contra golpes para obtenção de certificados

(Foto: Exército Brasileiro)

Gilberto Costa, repórter da Agência Brasil - O alistamento militar voluntário feminino nas Forças Armadas foi aberto e o prazo para as inscrições facultativas vai até 30 de junho. Podem se candidatar, mulheres nascidas no ano de 2007, que completam 18 anos em 2025.

A incorporação está prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2026 (de 2 a 6 de março) ou no segundo semestre (de 3 a 7 de agosto). A duração do serviço militar será de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos.

As interessadas devem residir em um dos 28 municípios (de 14 estados) previstos no Plano Geral de Convocação, estabelecido em portaria do Ministério da Defesa: Águas Lindas de Goiás (GO), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Canoas (RS), Cidade Ocidental (GO), Corumbá (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Formosa (GO), Fortaleza (CE), Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa Santa (MG), Luziânia (GO), Manaus (AM), Novo Gama (GO), Pirassununga (SP), Planaltina (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santa Maria (RS), Santo Antônio do Descoberto (GO), São Paulo (SP) e Valparaíso de Goiás (GO).

O número de vagas para mulheres no serviço militar voluntário crescerá progressivamente até que atinja 20% das vagas. Este ano estão sendo oferecidas 1.465 vagas - 1.010 vagas para o Exército; 300 para a Aeronáutica e 155 para a Marinha. A expectativa é a de que sejam aumentados progressivamente esses números, até que se atinja um índice de 20% das vagas do serviço militar.

◉ Entrevistas e testes - As jovens que venham se candidatar deverão fazer seleção que inclui entrevista, testes físicos e exames de saúde. Conforme a cidade, elas poderão escolher a força que desejam integrar. Na Marinha, as mulheres serão incorporadas como marinheiros-recrutas, no Exército como soldados e na Aeronáutica como soldados de segunda-classe.

◉ Cuidado com golpes - O alistamento pode ser feito presencialmente nas juntas de serviço militar da Aeronáutica, Exército e Marinha; ou pela internet. Em aviso na página eletrônica, as Forças Armadas alertam contra golpes.

Segundo a informação, “golpistas atraem o cidadão que deseja emitir certificados militares com sites fraudulentos que prometem facilidades na obtenção destes documentos.” O alerta orienta que os pagamentos para o alistamento só deverão ser feitos na página do alistamento.

O alistamento de mulheres era inédito no Brasil, mas já havia o ingresso de mulheres nas carreiras militares desde a década de 1980. Atualmente, 37 mil mulheres trabalham nas Forças Armadas (10% do efetivo), após aprovação em concurso público ou como militares temporárias.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

'Brasil passa por momento de reconstrução, com foco no crescimento econômico e na inclusão social', diz prefeito do Recife

“Não podemos permitir que a intolerância crie abismos que separem as pessoas das pessoas. A vida não se materializa entre polos", disse João Campos

João Campos (Foto: Edson Holanda/PCR)

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), ressaltou em seu discurso na cerimônia de posse da Câmara Municipal, nesta quarta-feira (1º), que o Brasil atravessa um momento de reconstrução, com foco no crescimento econômico responsável e na inclusão social. “O Brasil vive uma era de reconstrução com busca pelo retorno do crescimento econômico responsável, que abraça a inclusão social”, afirmou o prefeito, de acordo com a CNN Brasil.

João Campos também abordou a importância de uma "política positiva", que, segundo ele, deve combinar “alegria e ousadia”. Ao criticar os extremismos, o prefeito enfatizou a necessidade de reafirmar princípios fundamentais como democracia, justiça social, solidariedade e o bem comum. “Não podemos permitir que a intolerância crie abismos que separem as pessoas das pessoas. A vida não se materializa entre polos”, destacou.

Em relação ao seu novo mandato, o prefeito do Recife declarou que um dos maiores desafios para 2025 será atender às demandas mais urgentes da população. Isso inclui a ampliação das vagas em creches, fortalecimento da saúde, urbanização de áreas vulneráveis e a implementação de projetos de mobilidade e infraestrutura.

Sobre a relação com a oposição na Câmara Municipal, João Campos reafirmou a importância do diálogo. “O diálogo é essencial na política, e eu acredito profundamente na importância de construir pontes, diminuir barreiras e buscar convergências”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Congresso articula derrubada de veto de Lula que impede expansão do fundo partidário

Deputados e senadores preparam estratégia para realizar votações “impopulares” logo na volta do recesso e em bloco, “sem deixar digitais”

Lula (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

Os vetos do presidente Lula (PT) à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 já mobilizam as lideranças do Congresso Nacional, que sinalizam sua intenção de revertê-los assim que os trabalhos legislativos forem retomados, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.

Entre os pontos mais sensíveis estão os dispositivos relacionados ao fundo partidário e às emendas parlamentares. De acordo com lideranças ouvidas em caráter reservado, a expectativa é que as votações ocorram em bloco, minimizando o desgaste político. Essa prática, já conhecida nos bastidores do Parlamento, seria usada para decisões que poderiam ser vistas como impopulares, como a autorização de um aumento no fundo partidário.

◉ Clima tenso entre Planalto e Congresso - A relação entre o Legislativo e o Executivo neste início de 2025 não é das mais harmoniosas. Deputados e senadores demonstram insatisfação com recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que limitaram o pagamento de emendas parlamentares, tensionando ainda mais o cenário. O Congresso vê uma suposta influência do governo na decisão da Justiça. Além disso, a base de apoio ao governo Lula na Câmara dos Deputados segue fragmentada, tornando as negociações para aprovação de pautas estratégicas mais desafiadoras.

◉ Os vetos em discussão - Na última véspera de Ano-Novo, Lula sancionou a LDO de 2025 com 35 vetos, incluindo o trecho que estabelecia um novo cálculo para o fundo partidário. O presidente justificou a medida alegando que o aumento proposto não seria compatível com o novo regime fiscal, que busca manter um equilíbrio nas contas públicas.

Outro ponto polêmico foi o veto ao dispositivo que limitava o bloqueio de recursos destinados ao cumprimento de metas fiscais e emendas não impositivas. Com isso, o governo manteve a possibilidade de bloquear integralmente as verbas indicadas por deputados e senadores, caso seja necessário para atender às exigências do arcabouço fiscal.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

TSE deve decidir futuro político de aliados de Bolsonaro em 2025

Ainda no campo da Justiça, o ano também reserva a possível prisão de Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado

Ministra Cármen Lúcia, do STF (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) aguarda o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e militares envolvidos em suposta tentativa golpista para barrar a posse do presidente Lula (PT), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concentra atenções em outros aliados do ex-presidente. Entre os nomes em risco, estão os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Antonio Denarium (Roraima), além do senador Jorge Seif (PL-SC). Todos enfrentam ações que podem resultar na cassação de seus mandatos e inelegibilidade por oito anos, devido a denúncias de abuso de poder político e econômico, além de uso irregular de meios de comunicação, informa Malu Gaspar, do jornal O Globo.

O Ministério Público Eleitoral já se posicionou favorável à cassação de todos os três políticos. Denarium, que responde a três ações, é visto como o caso mais delicado, já tendo sido condenado em primeira instância pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Roraima. O governador recorreu ao TSE, mas enfrenta acusações de utilizar a máquina pública para garantir sua reeleição em 2022. Entre as práticas denunciadas estão o aumento de gastos com programas sociais, distribuição de cestas básicas e reformas de casas de eleitores em pleno ano eleitoral.

◉ Pressão política e articulações nos bastidores - Aliados de Denarium, como o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), têm buscado influenciar juridicamente a situação antes do julgamento. Apesar das tentativas, a sinalização de membros do TSE é de que o governador de Roraima dificilmente escapará de uma condenação.

Já no Rio de Janeiro, Cláudio Castro também enfrenta ações relacionadas ao uso eleitoreiro de recursos públicos. A acusação aponta irregularidades em programas da Fundação Ceperj e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), usados para contratar cabos eleitorais disfarçados de servidores temporários. O Ministério Público calcula que os gastos teriam chegado a R$ 1 bilhão, supostamente destinados à reeleição de Castro.

O TSE não estipulou prazo para retomar os julgamentos, mas espera-se que eles avancem ainda neste ano, especialmente porque as ações de Denarium e Castro estão sob a relatoria da ministra Isabel Gallotti.

◉ Caso Jorge Seif: aeronaves da Havan e reviravoltas no TSE - O senador Jorge Seif é acusado de abuso de poder econômico por supostamente usar a frota aérea e a estrutura de funcionários da varejista Havan, de Luciano Hang, em sua campanha. Embora tenha sido absolvido pelo TRE de Santa Catarina, o relator do caso no TSE, Floriano de Azevedo Marques, inicialmente votou pela cassação de Seif. No entanto, após articulações de figuras políticas como Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), Marques revisou seu posicionamento, provocando adiamento do julgamento.

Em abril de 2024, o TSE determinou a análise de registros detalhados de decolagens e pousos das aeronaves supostamente usadas por Seif. No entanto, a demora na obtenção dessas informações fez o processo esfriar.

◉ O que esperar do TSE? - Procurado, o TSE informou que, após concluir os casos das eleições municipais de 2024, os processos pendentes voltarão à pauta conforme forem liberados pelos relatores. O gabinete de Isabel Gallotti destacou que a inclusão do julgamento de Denarium depende exclusivamente da organização do plenário.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

“O ódio fascista que foi inoculado pelos bolsonaristas precisa ser enfrentado", diz Kakay

Advogado diz que ameaça a Natuza não pode ser subestimada

Advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (Foto: Alessandro Loyola/PSDB)

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, afirmou que as ameaças dirigidas à jornalista Natuza Nery, da GloboNews, não podem ser subestimadas. “É importante que a gente leve a sério ameaças como a da Natuza. Este modo covarde de agir destes bolsonaristas teve repercussões no caso concreto porque a Natuza é muito conhecida e imediatamente tomou providências", disse ele. “Este policial que faz esta ameaça a uma mulher é o perfil do que mata e agride", acrescentou. O advogado, que se colocou à disposição para defender a jornalista, reforçou ainda que "este ódio fascista que foi inoculado pelos bolsonaristas tem que ser enfrentado. Este é o legado maldito do Bolsonaro."

A jornalista Natuza Nery foi alvo de ameaças por parte de Arcênio Scribone Júnior, policial civil de São Paulo, após ser abordada de forma agressiva em um supermercado na noite do dia 30. No boletim de ocorrência registrado por Natuza, Arcênio teria proferido declarações como "pessoas como vocês deveriam ser aniquiladas", gerando uma reação imediata da vítima e de sua equipe.

O agressor, identificado como Arcênio Scribone Júnior, apagou seus perfis nas redes sociais após a repercussão do caso, mas deixou rastros de seu comportamento bolsonarista através de postagens que atacavam as urnas eletrônicas, defendiam tentativas de golpe de estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva e criticavam as Forças Armadas por não apoiarem Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Após a abordagem no supermercado, Natuza tentou identificar o policial para formalizar a denúncia, encontrando-o próximo ao caixa acompanhado de sua esposa, que o repreendeu diante das ofensas. Inicialmente, Arcênio negou as ameaças, afirmando ter apenas "feito uma crítica ao trabalho" da jornalista. Contudo, durante o registro da ocorrência na delegacia, foi revelada sua ocupação como policial civil, levando ao encaminhamento do caso à Corregedoria da Polícia Civil.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou ao jornal O Globo que a Polícia Civil "instaurou inquérito para apurar a acusação de ameaça". A corregedoria assumiu as investigações, realizando diligências no supermercado em busca de imagens e testemunhas, além de abrir uma investigação administrativa contra o agente, o que pode resultar em seu afastamento do cargo.

As investigações revelaram que Arcênio, mesmo após apagar suas redes sociais, mantinha postagens críticas à imprensa, ao Judiciário e às Forças Armadas, além de expressar apoio a manifestações golpistas e questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas. Em uma publicação recente na rede social Threads, em novembro deste ano, ele respondeu a uma pergunta sobre onde estaria "se fizesse tudo que tem vontade" com a frase "Preso ou morto". De acordo com o contracheque divulgado pelo governo de São Paulo, o policial recebia uma remuneração bruta de pouco mais de R$ 14 mil em novembro de 2025.

Fonte: Brasil 247

“A melhor solidariedade a Natuza é tratar o bolsonarismo como movimento criminoso", diz Tiago Barbosa

Jornalista afirma que pregar ‘bolsonarismo moderado’ é complacência descarada

Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

O jornalista Tiago Barbosa usou suas redes sociais para cobrar coerência dos jornalistas que expressam solidariedade à jornalista Natuza Nery, da Globonews, agredida por um bolsonarista típico. Segundo ele, “o melhor gesto de solidariedade dos colegas com a jornalista global ameaçada por um policial é tratar o bolsonarismo como movimento violento e criminoso".

Tiago Barbosa também afirmou que ‘expressar apoio nas redes enquanto fala em ‘bolsonarismo moderado’ é fingir indignação para exercer complacência descarada. Saiba mais sobre o caso:

O agressor da jornalista Natuza Nery, da Globonews, tem o perfil típico de um bolsonarista, que mescla violência, desinformação e golpismo. Ele se chama Arcênio Scribone Júnior e, embora tenha apagado seus perfis das redes sociais após a repercussão do caso, realizou várias postagens atacando as urnas eletrônicas, defendendo a tentativa de golpe de estado após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atacando as forças armadas por não embarcar na aventura de Jair Bolsonaro, o candidato derrotado na disputa de 2022.

Natuza Nery, da GloboNews, foi vítima de ameaças de um policial civil em São Paulo. Na noite do dia 30, Natuza registrou um boletim de ocorrência após ser abordada de forma agressiva dentro de um supermercado na capital paulista. De acordo com o boletim, o policial responsável pelo incidente, identificado como Arcênio Scribone Junior, lotado na Polícia Civil de São Paulo, se aproximou da jornalista de forma abrupta. Após confirmar sua identidade, ele teria proferido declarações como "pessoas como vocês deveriam ser aniquiladas".

Num outro comportamento típico de um bolsonarista, que é a covardia, Arcênio também negou ter feito ameaças, após ser desmascarado, e afirmou ter apenas "feito uma crítica ao trabalho" de Natuza. A abordagem inesperada deixou a jornalista surpresa, levando-a a buscar o policial para identificá-lo e formalizar a denúncia. Ela o encontrou próximo ao caixa do supermercado, acompanhado de sua esposa, que chegou a repreendê-lo diante das ofensas dirigidas a Natuza. Quando questionado, Arcênio reiterou as ofensas, levando Natuza a acionar a polícia no local.

Antes da chegada dos agentes, o policial afirmou a testemunhas que havia apenas comentado que "não gostava do trabalho" da jornalista. Somente durante o registro da ocorrência na delegacia foi revelada a ocupação de Arcênio como policial civil, o que tornou necessário encaminhar o caso à Corregedoria da Polícia Civil.

Fonte: Brasil 247

Agressor de Natuza Nery é o bolsonarista típico: violento, golpista e descrente das urnas eletrônicas

Policial Arcênio Scribone Júnior abordou a jornalista num supermercado e disse que ela deveria ser aniquilada

Arcênio Scribone Júnior (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

O agressor da jornalista Natuza Nery, da Globonews, tem o perfil típico de um bolsonarista, que mescla violência, desinformação e golpismo. Ele se chama Arcênio Scribone Júnior e, embora tenha apagado seus perfis das redes sociais após a repercussão do caso, realizou várias postagens atacando as urnas eletrônicas, defendendo a tentativa de golpe de estado após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atacando as forças armadas por não embarcar na aventura de Jair Bolsonaro, o candidato derrotado na disputa de 2022.

Natuza Nery, da GloboNews, foi vítima de ameaças de um policial civil em São Paulo. Na noite do dia 30, Natuza registrou um boletim de ocorrência após ser abordada de forma agressiva dentro de um supermercado na capital paulista. De acordo com o boletim, o policial responsável pelo incidente, identificado como Arcênio Scribone Junior, lotado na Polícia Civil de São Paulo, se aproximou da jornalista de forma abrupta. Após confirmar sua identidade, ele teria proferido declarações como "pessoas como vocês deveriam ser aniquiladas".

Num outro comportamento típico de um bolsonarista, que é a covardia, Arcênio também negou ter feito ameaças, após ser desmascarado, e afirmou ter apenas "feito uma crítica ao trabalho" de Natuza. A abordagem inesperada deixou a jornalista surpresa, levando-a a buscar o policial para identificá-lo e formalizar a denúncia. Ela o encontrou próximo ao caixa do supermercado, acompanhado de sua esposa, que chegou a repreendê-lo diante das ofensas dirigidas a Natuza. Quando questionado, Arcênio reiterou as ofensas, levando Natuza a acionar a polícia no local.

Antes da chegada dos agentes, o policial afirmou a testemunhas que havia apenas comentado que "não gostava do trabalho" da jornalista. Somente durante o registro da ocorrência na delegacia foi revelada a ocupação de Arcênio como policial civil, o que tornou necessário encaminhar o caso à Corregedoria da Polícia Civil.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do governo de São Paulo informou ao jornal O Globo que a Polícia Civil "instaurou inquérito para apurar a acusação de ameaça". A corregedoria se deslocou até a delegacia para assumir as investigações, realizando diligências no supermercado em busca de imagens e testemunhas. Além disso, uma investigação administrativa contra o agente foi aberta, o que pode resultar em seu afastamento do cargo.

Embora ele tenha apagado suas redes sociais, capturas de tela obtidas pelo jornal mostram que, após as eleições presidenciais de 2022, ele utilizou a plataforma X (antigo Twitter) para fazer publicações críticas à imprensa, ao Judiciário e às Forças Armadas, além de expressar apoio a manifestações golpistas e questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas.

Em uma publicação recente na rede social Threads, em novembro deste ano, Arcênio respondeu a uma pergunta sobre onde estaria "se fizesse tudo que tem vontade" com a frase "Preso ou morto". Segundo o contracheque mais recente divulgado pelo governo de São Paulo, o policial, lotado na Polícia Civil, recebia uma remuneração bruta de pouco mais de R$ 14 mil em novembro deste ano.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Deputados enviaram mais de R$ 171 milhões em 'emendas Pix' a prefeituras de parentes em 2024

Emendas foram direcionadas para cidades administradas por pais, cônjuges, irmãos e filhos de deputados

Moedas de reais (Foto: Reuters/Bruno Domingos)

Deputados federais brasileiros destinaram, em 2024, mais de R$ 171 milhões em "emendas Pix" para prefeituras administradas por seus familiares diretos, como pais, cônjuges, irmãos e filhos, segundo o Metrópoles, que realizou um levantamento sobre o uso das emendas de transferência especial, modalidade que dispensa formalidades para liberação de recursos.

A prática, que ocorreu em pelo menos 20 municípios, gera questionamentos sobre o uso de verbas públicas para benefício político-familiar. O caso mais emblemático é o de Coari, no Amazonas, que recebeu R$ 18,4 milhões por indicação do deputado Adail Filho (Republicanos). O parlamentar, primo do prefeito Keitton Pinheiro (PP), exerce influência política na região desde que assumiu seu mandato em 2022. Adail Filho é herdeiro de Adail Pinheiro, ex-prefeito de Coari, que voltou ao cargo em 2025 após vitória eleitoral.

Outro caso destacado envolve o município de Tucuruí, no Pará, governado por Alexandre Siqueira (MDB). A cidade recebeu R$ 16,8 milhões em emendas indicadas pela deputada Andreia Siqueira (MDB), esposa do prefeito. A proximidade familiar levanta dúvidas sobre a destinação dos recursos, que não são fiscalizados por convênios ou projetos técnicos prévios.

"Emendas Pix" e os desafios de transparência - As chamadas “emendas Pix” permitem transferência direta de verbas da União a estados e municípios, facilitando a aplicação dos recursos. Em 2024, a modalidade atingiu níveis recordes devido ao caráter eleitoral do ano. Contudo, a falta de critérios claros de transparência e controle provocou uma crise institucional.

Em agosto, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu temporariamente os repasses, condicionando sua retomada à criação de mecanismos de fiscalização e rastreamento. Após negociações intensas e a aprovação de um projeto de lei complementar, os repasses foram liberados em dezembro, mas sob novas exigências. Ainda assim, parlamentares manifestaram insatisfação, e a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a revisão das regras. Sem sucesso, o órgão ajudou a elaborar uma portaria interministerial para garantir segurança jurídica à execução dos recursos.

Resposta dos envolvidos - Deputados citados justificaram a alocação das verbas como compromisso com os eleitores. Thiago Joaldo (PP-SE), por exemplo, afirmou que seguiu critérios constitucionais e priorizou demandas da população local. “O município recebeu R$ 9.485.000 em emendas de minha autoria, refletindo não apenas um compromisso legítimo e direto com a população local, mas, também, critérios claros de correspondência de confiança, baseados na expressiva votação que recebi na municipalidade”, destacou o parlamentar em nota.

Já Meire Serafim (União-AC) destacou a prioridade dada a Sena Madureira, onde reside e foi eleita com expressiva votação. “Como forma de retribuir o apoio e a confiança da população, ela destina emendas que buscam beneficiar diretamente os cidadãos e tem promovido grandes avanços nas áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura, que tanto o município necessita”, informa nota.

Demais citados não se manifestaram.

Impacto e perspectiva - Embora a modalidade de emendas Pix tenha facilitado o acesso dos municípios a recursos, os casos de destinação para prefeituras comandadas por familiares reacendem o debate sobre controle e uso responsável do orçamento público. Com o início de um novo ano, a expectativa é de que os embates jurídicos e políticos em torno das emendas continuem, exigindo maior fiscalização e critérios rigorosos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Brasil figura entre os dez países com maior crescimento nas reservas cambiais em 2024

O país aumentou seus ativos em US$ 31,7 bilhões, destacando-se entre as economias com maior crescimento no setor
Dólar-real (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

O Brasil está entre os dez países do mundo com maior crescimento nas reservas cambiais, conforme análise da Sputnik com base em dados divulgados pelos bancos centrais de 100 países no final de dezembro. No final de setembro de 2024, as reservas internacionais dos bancos centrais globalmente atingiram US$ 14,3 trilhões (R$ 90,3 trilhões), um aumento considerável em relação aos US$ 12,9 trilhões (R$ 81,5 trilhões) registrados no ano anterior.

A liderança em termos de crescimento das reservas ficou com a China, que registrou um aumento de US$ 263,3 bilhões (R$ 1,66 trilhão), consolidando sua posição de maior detentora de reservas do mundo. Seguiram-na a Suíça, com um aumento de US$ 131,9 bilhões (R$ 833,6 bilhões), e a Índia, com US$ 118,1 bilhões (R$ 746,4 bilhões). O Brasil, com um crescimento de US$ 31,7 bilhões (R$ 200,3 bilhões), ocupa o nono lugar no ranking, reforçando sua posição estratégica no mercado cambial global.

A lista das economias com maior crescimento nas reservas cambiais também inclui grandes potências econômicas como Alemanha (US$ 67,2 bilhões), França (US$ 66,1 bilhões) e Rússia (US$ 64,7 bilhões), além de países emergentes como Polônia e Cingapura. Embora a maioria dos países tenha registrado aumentos menores, cerca de 70 bancos centrais apresentaram crescimento inferior a US$ 10 bilhões (R$ 63 bilhões). Em contraste, um décimo dos países experimentou uma queda em suas reservas, com Bangladesh, República Dominicana e Ucrânia destacando-se entre os maiores declínios.

Em termos de volume absoluto de reservas, a China manteve a liderança global com US$ 3,57 trilhões (R$ 22,56 trilhões), seguida pelo Japão Japão (US$ 1,25 trilhão), Suíça (US$ 950 bilhões), Índia (US$ 706 bilhões) e Rússia (US$ 634 bilhões).

Fonte: Brasil 247 com Sputnik