quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Economia aquecida: trabalhadores encontram empregos melhores e Brasil tem recorde de pedidos de demissão voluntária

Trabalhadores estão podendo optar por empregos com melhor remuneração

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O aquecimento da economia brasileira produziu um fenômeno interessante: muitos trabalhadores estão trocando seus atuais empregos por vagas com melhor remuneração e melhores condições de trabalho. Segundo reportagem do Infomoney, o Brasil registrou um recorde histórico de pedidos de demissão em 2024, com quase 8,5 milhões de trabalhadores deixando seus empregos de forma voluntária. O levantamento é da LCA Consultoria Econômica, com dados do Ministério do Trabalho. Para especialistas, o aumento reflete um mercado de trabalho aquecido, que tem oferecido novas oportunidades e incentivado profissionais a buscarem melhores condições ou novos rumos em suas carreiras.

“Recentemente, a Fundação Getulio Vargas (FGV) também destacou que, entre janeiro e setembro, 6,5 milhões de desligamentos voluntários foram registrados, evidenciando um aumento expressivo em relação aos anos anteriores. Em 2023 e em 2022, no mesmo período, foram contabilizados 5,6 milhões e 5,3 milhões de pedidos, respectivamente", aponta a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Brasileiros estão otimistas e 75% acreditam que irão progredir em 2025

Dados foram captados pela pesquisa Radar Febraban, feita em parceria com o Ipespe; otimismo é fruto da economia aquecida

Lula na reunião com ministros (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Os brasileiros estão otimistas em relação a 2025 e projetam um ano melhor, segundo aponta a pesquisa Radar Febraban, realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE). De acordo com o levantamento, noticiado pela revista Veja, 75% dos brasileiros vindos de todas as cinco regiões do país acreditam que suas vidas pessoais e familiares irão melhorar em 2025. Apenas 8% das pessoas acreditam em piora da vida pessoal e familiar em 2025, um ponto a mais do que no ano anterior.

O bom resultado é resultado de uma economia aquecida, que cresceu 3% em 2023, e deve crescer mais de 3,5% neste ano – o segundo do terceiro mandato do presidente Lula. A pesquisa também aponta que 80% dos brasileiros avaliam que sua vida pessoal e familiar melhorou ou permaneceu igual em 2024.

Em relação ao país em 2025, 68% dos entrevistados acreditam que o Brasil irá melhorar como um todo ou ficará como está. Também para a maioria, 66%, o país melhorou ou ficou igual em relação a 2023. Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE, o viés positivo para as famílias brasileiras foi o aumento do emprego, enquanto o negativo veio das secas pelo país e pela alta da Selic, dos juros e da inflação.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Governo e lideranças buscam blindar Planalto após bloqueio de emendas

Suspensão do pagamento de emendas parlamentares pelo STF veio após aprovação pelo Congresso de reformas econômicas significativas

Alexandre Padilha (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou, em entrevista à CNN Brasil divulgada nesta quinta-feira (26), que o governo do presidente Lula tenha atuado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) no bloqueio de emendas na ordem de R$ 4,2 bilhões.

Nesta segunda-feira (23), o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu a liberação desses recursos e determinou a abertura de uma investigação. A suspensão vale até que a Câmara dos Deputados apresente as atas das sessões das comissões permanentes nas quais teriam sido aprovadas as destinações das emendas.

“A Suprema Corte tem autonomia das suas decisões. Certamente o ministro Flávio Dino também não levou em consideração isso para tomar sua decisão. Vamos respeitar a decisão que foi tomada pela Suprem Corte”, disse Padilha.

Ainda segundo a CNN Brasil, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), negou que o governo tenha atuado junto ao ministro Dino.

No início deste mês, o STF confirmou por unanimidade a decisão do ministro Dino, que autorizou o pagamento das emendas parlamentares, condicionando os repasses a novas regras de transparência e monitoramento. A decisão abalou os interesses do "Centrão", que ameaçnou retaliar. Após a decisão mais recente de Dino, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma reunião nesta quinta-feira com lideranças parlamentares.

A reunião de lideranças, no entanto, foi cancelada na tarde desta quinta-feira, devido a um encontro com o presidente Lula, conforme a agenda do presidente.

Nas últimas semanas, o governo federal intensificou esforços para aprovar no Congresso Nacional o pacote fiscal, com a liberação centenas de milhões de reais em emendas parlamentares.

Fonte: Brasil 247

Moraes dá 48 horas para Exército explicar visitas a militares presos

Presos estariam recebendo visitas sem autorização

Fachada do edifício sede do Supremo Tribunal Federal - STF
© Marcello Casal JrAgência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o Exército esclareça os motivos pelos quais presos do chamado Inquérito do Golpe estão recebendo visitas sem autorização. A decisão foi proferida na terça-feira (24) e divulgada hoje (26).

As visitas envolvem parentes e advogados do general da reserva Mario Fernandes e dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima.

Pela decisão, os generais responsáveis pelos comandos militares do Leste e do Planalto deverão, no prazo de 24 horas, enviar ao ministro explicações sobre as visitas.

"Oficia-se ao comandante da 1ª Divisão de Exército, general Eduardo Tavares Martins, ao comandante do Comando Militar do Planalto, general de Divisão Ricardo Piai Carmona, e ao comandante militar do Leste, general de Exército, Kleber Nunes de Vasconcellos, para, no prazo de 48 horas, esclarecerem o desrespeito ao regulamento de visitas, com a autorização para visitas diárias", determinou Moraes.

No mês passado, eles foram presos no Rio de Janeiro e transferidos para Brasília, onde estão detidos nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP).

Fonte: Agência Brasil

VÍDEO – Influenciador de extrema-direita diz que fim da escravidão foi um “grande erro”


Renato Amoedo, conhecido como Trezoitão, em crítica ao fim da escravidão. Foto: reprodução

O influenciador Renato Amoedo, conhecido na internet como Renato Trezoitão, defendeu em um podcast que o fim da escravidão no Brasil foi um erro cometido pela monarquia contra os “empresários” da época. Durante a transmissão ao vivo no Podcast Três Irmãos, em 27 de novembro, ele afirmou que “um dos grandes motivos do império ter acabado, foi a revogação de propriedade”, se referindo aos negros como bens.

Nas redes sociais, Trezoitão se apresenta como anarcocapitalista e redpill, doutrinas que visam a extinção do Estado para a regulamentação exclusiva do mercado e o masculinismo, que contraria o movimento feminista. Ele também é autor do livro “Bitcoin Red Pill”, que associa o uso de criptomoedas à suposta libertação dos homens.

No corte que viralizou nos últimos dias, Renato aparece falando que “a escravidão acabaria antes da Segunda Guerra Mundial, sem revogar a propriedade de ninguém”. Trezoitão, que atua como perito criminal do Departamento de Polícia Técnica da Bahia, também defendeu que essa “chaga”, de intervenção estatal, chegou em nossa geração partindo da Lei Áurea.

“Você já viu alguém dizer que a Lei Áurea pode ter sido um grande erro do Brasil?”, provocou, ignorando que fomos o último país independente a abolir a escravidão. Na mesa, os apresentadores do podcast ficaram em silêncio, visivelmente constrangidos, mas não rebateram o argumento.

O youtuber Wilker Leão, membro do Movimento Brasil Livre (MBL), também participava do episódio e não rebateu os argumentos racistas, limitando-se apenas a dizer que essa é “uma questão complexa”.


“Não podia importar escravos, quem nascesse não era escravos, quem nasceu 60 anos não era escravos”, iniciou a linha de pensamento. Vale lembrar que o Reino Unido proibia a circulação de navio negreiros dos portugueses e as leis do Ventre Livre e dos Sexagenários foram uma resposta após as sanções colonialistas, não por vontade da coroa brasileira.

“O fim da escravidão ia ser gradual, mas chegou a princesa e disse: ‘Toda propriedade sua agora não vale merda nenhuma’. O proprietário de escravo fica feliz com a monarquia? A monarquia não existe para manter a relação natural para garantir seus direitos?”, indagou, considerando apenas os direitos de brancos terem escravos, e ignorando a de negros a não serem escravizados.

Na linha de questionamentos contra a Lei Áurea, Trezoitão ainda perguntou como a rainha poderia “revogar a propriedade sem indenizações”. Após o fim da escravidão, a população negra, principalmente, não teve nenhuma compensação pelas gerações de torturas e incentivo para iniciarem a vida como cidadãos reconhecidamente brasileiros.

Fonte: DCM

Os quatro políticos que fizeram Dino pedir investigação contra esquema bilionário

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Quatro políticos motivaram a abertura de uma investigação sobre um esquema bilionário com emendas no Congresso Nacional. Em despacho que instaurou o inquérito, a Polícia Federal diz que parlamentares apontaram “possíveis práticas criminosas” na liberação de R$ 4,2 bilhões em recursos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

O inquérito foi instaurado na última terça (24) após determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento das emendas e é relator de ação que visa estabelecer regras mais rígidas e transparentes para os repasses. Um senador e três deputados federais levantaram suspeitas sobre o uso dos recursos.

“Apurar possíveis práticas criminosas na liberação/destinação de emendas parlamentares, notadamente a partir de suspeitas aventadas pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), e pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo-SP), José Rocha (União-BA) e Glauber Braga (PSol-RJ). Valor a apurar: R$ 4.200.000.000,00”, diz o despacho da PF.

Ao suspender o repasse das emendas, Dino argumentou que as indicações dos parlamentares não atenderam a critérios estabelecidos em um acordo entre o Supremo, o Congresso e o Executivo. O magistrado ainda condicionou a liberação de valores relativos a 2025 ao cumprimento de algumas regras.

Fonte: DCM

“Carisma marcante”: Lula lamenta morte de Ney Latorraca

 

O presidente Lula e o ator Ney Latorraca. Foto: Reprodução

O presidente Lula lamentou a morte do ator Ney Latorraca, que faleceu nesta quinta (26), e se solidarizou com seus familiares, amigos e fãs. O petista relembrou obras de destaque do artista e elogiou seu trabalho como ator e diretor.

“O Brasil se despede do grande Ney Latorraca aos 80 anos. Ator e diretor de carisma marcante, nos presenteou com grandes papéis na televisão e no teatro”, afirmou o presidente em post no X (ex-Twitter). Na sequência, ele cita obras de Latorraca que marcaram a teledramaturgia brasileira.

“Foi o vampiro Vlad, em Vamp, o Barbosa, da TV Pirata, na TV, e do Arandir em O Beijo no Asfalto, com Tarcísio Meira, no cinema. No teatro, entre as muitas peças, levou milhões de brasileiros às plateias com o espetáculo O Mistério de Irma Vap, ao lado de Marco Nanini, que entrou no livro dos recordes de 2003 por passar 11 anos em cartaz”, completou.


O ator morreu aos 80 anos na Clínica São Vicente, na Gávea (RJ), onde estava internado desde o dia 20 de dezembro. Ney lutava contra um câncer de próstata desde 2019 e foi acometido por uma sepse pulmonar nesta quinta.

O artista foi operado e retirou a próstata na época em que recebeu o diagnóstico, mas a doença voltou em agosto deste ano, já com metástase. Ney chegou a fazer um tratamento inicial, mas não teve sucesso e passou a sofrer complicações recentemente.

Ney será velado nesta sexta (27) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia, entre 10h30 e 13h30. Seu corpo será levado para a cremação na sequência.

Fonte: DCM

Lula anuncia aumento do salário mínimo para R$ 1.518 em janeiro

Lula, presidente do Brasil, assinará mudanças no salário mínimo. Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve publicar, nos próximos dias, o decreto presidencial que corrigirá o salário mínimo para 2025. Segundo fontes do governo, o valor será elevado dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.518, representando um aumento de 7,5%, acima da inflação. A medida entra em vigor a partir de janeiro, com o pagamento inicial em fevereiro.

Essa mudança marca a aplicação de uma nova fórmula de cálculo aprovada dentro do pacote fiscal do governo, que limita o crescimento do salário mínimo a um teto de 2,5% do PIB, mesmo com uma inflação de 4,84% acumulada em 12 meses até novembro e um crescimento econômico de 3,2% registrado dois anos antes.

Caso a regra anterior estivesse em vigor, o valor poderia chegar a R$ 1.528, mas o novo modelo resultou em uma redução de R$ 10 mensais no mínimo projetado.

O reajuste impacta diretamente aposentadorias, pensões e benefícios sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que não podem ser inferiores ao salário mínimo. Segundo estimativas do governo, cada R$ 1 de aumento no mínimo gera uma despesa adicional de R$ 392 milhões anuais. Assim, a mudança na regra evitará um gasto público de R$ 4 bilhões em 2025 e de R$ 110 bilhões até 2030.

Lula e Haddad trabalham no novo pacote fiscal do governo. Foto: reprodução

Contudo, essa economia fiscal poderá ter reflexos negativos no poder de compra da população e no consumo interno, como avalia o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “A restrição ao aumento real do salário mínimo pode afetar o consumo, que é um dos principais motores da economia brasileira, com consequências no crescimento econômico”, destacou a instituição.

Atualmente, o salário mínimo serve de referência para 59,3 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores contratados com base no piso salarial, aposentados e pensionistas. Além disso, o mínimo influencia o “salário médio” do país e o poder de compra geral da população, fatores que impactam a economia de forma indireta.

Nos anos de 2020 a 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o salário mínimo foi corrigido apenas pela inflação, sem aumento real. Em 2023, um pequeno reajuste acima da inflação foi implementado. Já em 2025, com a aplicação da nova fórmula de cálculo, os aumentos reais do mínimo serão mais restritos, limitando seu crescimento nos próximos anos.

Embora a medida vise reduzir gastos públicos, ela também levanta debates sobre seu impacto no consumo das famílias e no crescimento econômico.

De acordo com o Dieese, o controle sobre o reajuste do mínimo comprometerá o estímulo à economia doméstica e à melhoria das condições de vida da população.

Fonte: DCM

Réveillon de Copacabana receberá seis navios de cruzeiro e 300 barcos

Barcos serão inspecionados até 30 de dezembro

(Foto: Divulgação/Riotur)

Por Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil - A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro autorizou seis navios de cruzeiro a fundear em frente à Praia de Copacabana, na zona sul da cidade, para acompanhar a festa de réveillon. A previsão é de inspecionar entre 200 e 300 embarcações de menor porte, como barcos de esporte, turismo náutico e de transporte de passageiros, para que possam também ancorar próximo à praia.

As embarcações interessadas em participar da festa, terão que solicitar a inspeção para a Capitania dos Portos. Os barcos serão inspecionados até 30 de dezembro.

“Essa inspeção envolverá a verificação de documentos, de itens de segurança, do cumprimento da lotação de cada embarcação”, explica o capitão dos Portos do Rio de Janeiro, comandante Luciano Calixto.

Segundo Calixto, no dia 31, antes de se aproximar de Copacabana, os condutores das embarcações serão submetidos a testes de bafômetro. “O condutor receberá uma pulseira de zero álcool e a embarcação será liberada para navegar”, disse.

A Capitania dos Portos também fará a inspeção das dez balsas responsáveis pela queima de fogos, que durará 12 minutos, a partir da meia-noite. As balsas ficarão mais próximas da praia, depois delas serão posicionados os rebocadores e barcos de apoio e, então, as embarcações da Marinha. Mais adiante, serão posicionados os barcos menores e, mais distantes da praia, ficarão os seis navios de cruzeiros autorizados a acompanhar a festa.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

"Violência policial no Brasil é fruto da impunidade", afirma Pimenta

O ministro lamentou os novos casos registrados no RJ e em SP durante o feriado de Natal

Paulo Pimenta (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta (PT), criticou nesta quinta-feira (26) os casos de violência policial registrados nos últimos dias. No Rio de Janeiro, uma mulher de 26 anos foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e em São Paulo, um jovem levou um tiro à queima-roupa após filmar uma operação da Polícia Militar.

“Mais um feriado onde o Brasil está impactado com situações que envolvem violência policial, injustificável. Dois episódios que marcaram a sociedade brasileira, que impactaram a sociedade brasileira, entre tantos outros que ocorrem todos os dias”, lamentou Pimenta.

Sobre o caso paulista, o ministro destacou a reincidência dos casos de violência policial no estado. “Um jovem levou um tiro à queima-roupa de policial militar em Osasco, porque estava filmando com o seu próprio celular uma operação da Polícia Militar de São Paulo, do Governo Militar de São Paulo, que tem cada vez mais mostrado uma complacência, uma cumplicidade com o conjunto de crimes que têm sido praticados por policiais militares da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Todos os dias esses episódios se repetem”, criticou.

Pimenta relembrou sua trajetória como parlamentar e salientou uma tentativa feita pelo governo Lula (PT) para reduzir a vioLência policial no Brasil através de um decreto publicado nesta semana. “Eu sou uma pessoa que já presidiu a CPI de Combate ao Crime Organizado, já fui relator da CPI sobre Tráfico de Armas, tenho uma trajetória na área da segurança pública, tenho relação com as entidades e profissionais da área da segurança pública e, portanto, tenho autoridade para falar sobre o tema. O governo publicou, nesta semana, um decreto tentando regulamentar minimamente o uso de armas pelas polícias, nas abordagens e nas operações. A polícia do Brasil mata numa proporção absurda e as pesquisas mostram que grande parte da população tem mais medo das polícias do que dos criminosos”, lamenta.

Segundo o ministro, a violência policial no Brasil é herança da ditadura militar e de políticas adotadas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Isso é muito grave, mas é fruto da impunidade estimulada, principalmente durante o governo do Bolsonaro, por esses personagens ligados à extrema direita, que estimulam o uso da força. Quando eu estudava jornalismo, eu li um livro do Caco Barcelos, Rota 66, que diz que qualquer pessoa deveria ler. Ele mostra, conceitualmente, durante o período da ditadura, como as polícias agiam. E muito dessa cultura permanece em parte desses setores. Isso foi reacendido durante o governo do Bolsonaro, como também a facilitação da compra de armas e munições pelos grupos criminosos organizados sob a justificativa de que eram colecionadores ou atiradores profissionais. É preciso dar o basta nessa realidade”, afirmou.

Pimenta defendeu as tentativas feitas pelo governo para reduzir a violência a disse que o tema precisa ganhar ainda mais espaço no debate público. “Para isso é preciso coragem. O decreto, entre outras coisas, fala que a polícia não pode tratar as pessoas diferentes por conta da raça, da cor ou da situação econômica. Gente, isso é óbvio, isso é o elementar. Mas, infelizmente, tem que estar escrito em algum lugar. Porque esse tratamento que é dado para os pobres, na periferia, para a juventude, não é um tratamento que é dado nos bairros nobres, nos bairros ricos. Mesma postura que os porta-vozes dessas ações criminosas têm em tentar justificar o injustificável, eles não têm quando tratam dos poderosos. Então, é um tema muito relevante. O Brasil precisa refletir sobre ele e o governo tem razão. O ministro (Ricardo) Lewandowski tem razão quando publica esse decreto e que traz para o governo federal um olhar, inclusive, sobre a conduta das polícias militares nos Estados”.

Fonte: Brasil 247

Fórum Brasileiro de Segurança Pública apoia decreto de Lula e Lewandowski para conter violência policial

Entidade questiona críticas de governadores e ressalta importância de diretrizes nacionais para a atuação das forças de segurança

Ricardo Lewandowski (à esq.) e Lula (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, referência na análise e pesquisa sobre violência e segurança no Brasil, publicou nesta quinta-feira (26/12) uma nota defendendo o decreto assinado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva que regulamenta o uso da força policial em todo o país. A manifestação, noticiada pelo Metrópoles, da entidade contraria as críticas veementes de vários governadores que se opuseram à medida.

Segundo a nota divulgada, "a atribuição de regulamentação dos tratados internacionais aos quais o Brasil é signatário, fato que só ocorre após a aprovação pelo Congresso Nacional, é atribuição exclusiva da União e não configura usurpação e/ou invasão de competências dos estados e do Distrito Federal em matéria de Segurança Pública". Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum e professor de Gestão Pública na FGV, destacou que a iniciativa federal busca alinhar a legislação nacional com os compromissos internacionais assumidos pelo país.

O decreto nº 12.341, publicado em 23 de dezembro de 2024, complementa a lei nº 13.060, de 2014, estabelecendo diretrizes claras sobre o uso da força e instrumentos de menor potencial ofensivo por parte dos profissionais de segurança pública. "O uso da força deve obedecer aos princípios de legalidade, precaução, necessidade, proporcionalidade, razoabilidade, responsabilização e não discriminação", afirma a entidade.

Em defesa do decreto, o Fórum também mencionou recentes episódios de violência policial, como o ataque de agentes da Polícia Rodoviária Federal na BR-040 e a abordagem brutal em Osasco, ilustrando a urgência de normas nacionais que regulem adequadamente a atuação das forças de segurança. "Estabelecer diretrizes nacionais é essencial para garantir que o uso da força seja compatível com a gravidade das ameaças e respeite os direitos humanos", acrescentou Renato Sérgio de Lima.

Além disso, a entidade ressaltou a condenação do Estado brasileiro pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por uso abusivo da força em casos emblemáticos como a "Favela Nova Brasília" no Rio de Janeiro e a "operação Castelinho" em São Paulo. "Cabe à União cumprir as decisões da Corte e implementar regras eficazes para o controle do uso da força", declarou o Fórum.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública conclama, assim, que as autoridades federais e estaduais unam esforços para aprimorar as forças de segurança no país, assegurando que a Segurança Pública, um direito social essencial, não seja prejudicada por interesses partidários. "A regulamentação proposta pelo Decreto 12.341/2024 é um passo crucial para a conformidade com normas internacionais e para a melhoria da segurança no Brasil", finaliza a nota da entidade.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"É uma burrice, e até burrice tem limite", diz advogado sobre estratégia de Bolsonaro perante o STF

Advogado de um dos indiciados no inquérito do golpe afirma que a estratégia de pedir o impedimento de Alexandre de Moraes apenas fortalece o ministro

Alexandre de Moraes, Bolsonaro e ato golpista (Foto: REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Lucas Landau |)

A tentativa da defesa de Jair Bolsonaro (PL) de desqualificar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como relator do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado é vista nos bastidores como um erro estratégico, relata Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Um influente advogado de um dos 40 indiciados não poupou críticas: "essa ideia [de pedir o impedimento de Moraes] já foi descartada logo no início da investigação, quando o STF manteve Alexandre de Moraes na relatoria. Isso só vai dar mais moral para o ministro. O STF sempre provou que está junto dele". Ele ainda foi enfático ao classificar a ofensiva como “uma burrice, e até burrice tem limite”.

Tentativas fracassadas e consequências - Até agora, Bolsonaro já fez três tentativas de afastar Moraes da relatoria, sendo duas rejeitadas e uma aguardando julgamento. O argumento central da defesa do ex-presidente é que, por ser supostamente um dos alvos do plano golpista, Moraes não teria imparcialidade para conduzir o caso. No entanto, esse raciocínio foi rejeitado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que afirmou: “os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada".

O plenário do STF ratificou essa decisão em julgamento realizado em 16 de outubro, com uma ampla maioria: nove votos contra o impedimento de Moraes e apenas um a favor, do ministro André Mendonça, indicado ao tribunal pelo próprio Bolsonaro.

Narrativa política e cálculo de riscos - A insistência em desqualificar Moraes não é apenas uma manobra jurídica. Bolsonaro busca manter sua base mobilizada e construir a narrativa de que está sendo perseguido judicialmente. Ao transformar o ministro do STF em seu “inimigo público número 1”, o ex-presidente tenta deslocar o foco das acusações contra ele, ao mesmo tempo em que alimenta a polarização política.

Ainda assim, a estratégia encontra resistência até mesmo entre seus próprios aliados. Para um defensor de um dos envolvidos no inquérito, a repetição de teses já superadas demonstra uma falta de estratégia e um desperdício de recursos. O impedimento poderia ser uma "última carta na manga", mas foi desperdiçado desde o início, afirmou.

Futuro do julgamento - O julgamento do recebimento da denúncia contra Bolsonaro e outros investigados será realizado pela Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Cristiano Zanin, os dois últimos indicados pelo presidente Lula (PT).

Enquanto Bolsonaro mantém sua ofensiva jurídica, especialistas acreditam que a estratégia de enfrentamento ao STF apenas contribui para consolidar a autoridade de Moraes dentro da Corte.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ministério Público investiga possíveis irregularidades em defesa de militares no caso 8 de janeiro

Áudios de ex-comandante da PM-DF sugerem alinhamento de defesas de envolvidos no ataque

Estátua do STF 'A Justiça' vandalizada no 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

O Ministério Público do Distrito Federal solicitou à Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) a abertura de uma investigação sobre áudios que envolvem a ex-comandante do batalhão responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios, tenente-coronel Kelly Cezário.

Nos áudios, Kelly sugere que a defesa do major Flávio Alencar, um dos réus no caso do ataque golpista de 8 de janeiro de 2023, se alinhe à defesa do então comandante-geral da PM-DF, Fábio Augusto, e do ex-ajudante de ordens dele, capitão Josiel Pereira César. O pedido foi feito pelo promotor Flávio Milhomem nesta quinta-feira (26) ao corregedor-geral da PM-DF, coronel Leonardo Siqueira dos Santos, após a divulgação da reportagem pela Folha de S. Paulo na quarta-feira (25).

Nos áudios, Kelly Cezário, que estava de férias no dia do ataque e foi substituída pelo major Alencar no comando do 6º Batalhão da PM-DF, sugere que a advogada de Alencar busque alinhamento com a defesa de Fábio Augusto e Josiel Pereira. Esses dois oficiais também estão sendo investigados em relação aos eventos de 8 de janeiro, quando manifestantes golpistas invadiram os prédios dos Três Poderes. O major Alencar é réu em uma ação penal por omissão no caso, mas Kelly não foi denunciada até o momento, embora apurações ainda estejam em curso, com investigações sob sigilo.

A tenente-coronel Kelly Cezário, que comandava o batalhão responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios, foi exonerada do cargo após o episódio e atualmente ocupa a função de supervisora de operações no Centro Integrado de Operações da Secretaria de Segurança Pública do DF. Ela foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou sobre as gravações.

A revelação dos áudios gerou uma nova frente de investigações sobre possíveis falhas e omissões de membros da PM-DF durante os ataques de 8 de janeiro, levantando dúvidas sobre o envolvimento de altos oficiais da corporação nos eventos daquele dia. O MPagora aguarda o andamento da investigação solicitada, com o objetivo de apurar possíveis irregularidades nos procedimentos internos da PM-DF e nas orientações passadas aos advogados dos militares envolvidos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Chega a oito o número de mortes confirmadas após queda de ponte

Buscas tinham sido interrompidas devido a risco de contaminação do rio

Ponte que desabou sobre o rio Tocantins (Foto: Reprodução (Redes Sociais))

Agência Brasil - Já são oito o número de mortes confirmadas devido à queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), no último domingo (22). Na manhã desta quinta-feira (26), mergulhadores da Marinha e dos Corpo de Bombeiros do Maranhão, do Tocantins, do Pará encontraram dois corpos. Nove pessoas continuam desaparecidas.

O trabalho de busca foi retomado na tarde de ontem (25), quando os mergulhadores encontraram corpos de mais duas pessoas. Os dois corpos localizados hoje ainda não foram retirados da água. Os mergulhadores também localizaram um caminhão, carregado de ácido sulfúrico, uma moto e uma caminhonete. Os veículos ainda estão submersos nas águas do Rio Tocantins.

Participam dos trabalhos de resgate subaquático 29 mergulhadores. Segundo o Corpo de Bombeiros do Maranhão, o corpo de uma das vítimas estava dentro de um caminhão, que caiu no rio no momento do acidente.

Os trabalhos foram retomados após confirmação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que emitiu parecer técnico afirmando não haver risco de contaminação nas águas do Tocantins. Havia o risco de que as águas do rio serem contaminadas com a queda de três caminhões que transportavam cerca de 25 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, produto químico corrosivo.

“Os mergulhadores enfrentam as características do rio, que dificultam a visibilidade e se somam à correnteza forte e à profundidade do local do acidente. Além disso, a presença de destroços da ponte e a carga perigosa dos caminhões (ácido sulfúrico e defensivos agrícolas), exige cuidado extra na segurança, uma vez que esses produtos representam risco para os mergulhadores”, disse a corporação.

Segundo os bombeiros, o uso de tecnologia de mapeamento e equipamentos específicos, como o SideScan Sonar, auxiliam na localização dos veículos que ficaram submersos. Em alguns pontos do rio, a profundidade chega a 40 metros.

Além disso, equipes de apoio psicológico estão presentes no local para oferecer suporte às famílias.

Nesta quinta-feira (26), o governador do Maranhão, Carlos Brandão, decretou luto oficial de três dias em todo o estado. “Minha solidariedade aos que foram atingidos nessa tragédia. Reafirmo o nosso compromisso, junto às demais autoridades, em trabalhar para que as vítimas sejam resgatadas. Peço que Deus conforte o coração de todos!”, escreveu Brandão em uma rede social.

Na segunda-feira (23), o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, já havia decretado luto oficial de três dias em todo o estado em memória às vítimas do desabamento da ponte. Em uma rede social, Barbosa disse que mantinha contato com o Ministério dos Transportes para encontrar soluções alternativas para o tráfego interrompido pela queda da ponte.

Uma das alternativas continua sendo a ponte que liga os dois estados, na cidade maranhense de Imperatriz. Ainda de acordo com Barbosa, a primeira balsa deve chegar até o fim de semana para fazer o transporte da população que precisa cruzar os estados do Tocantins e do Maranhão.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

PF informa ao STF que fugitivos de 8 de janeiro foram da Argentina para o Peru

Polícia Federal busca extradição de quatro brasileiros envolvidos em crimes contra o Estado Democrático de Direito

Atos Golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

 A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que quatro brasileiros envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro fugiram para o Peru. Segundo autoridades peruanas, repassadas à PF por meio da Interpol, um dos fugitivos entrou no país via Bolívia, enquanto os outros três ingressaram pelo Chile. Esses indivíduos fazem parte de um grupo maior de 61 brasileiros que haviam se refugiado na Argentina para escapar dos processos por crimes contra o Estado Democrático de Direito. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com informações da PF, os quatro fugitivos chegaram ao Peru em novembro de 2023 e são réus em ações penais no STF, todas sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Em outubro, o magistrado determinou a extradição dos brasileiros que estavam na Argentina, e agora o STF deve fazer o mesmo com os indivíduos localizados no Peru.

Entre os procurados, dois já haviam sido condenados. Um foi sentenciado a 2 anos e 5 meses de prisão por associação criminosa e por incitar as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais, enquanto o outro foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão por golpe de Estado e associação criminosa.

Em junho deste ano, o governo argentino enviou ao Brasil uma lista com aproximadamente 60 nomes de pessoas procuradas pela Justiça brasileira que estavam em seu território. A partir dessa lista, a PF fez um pedido de extradição, que foi aprovado por Moraes. A partir de agora, com a nova localização no Peru, o STF deverá determinar a extradição desses quatro fugitivos, e o governo brasileiro iniciará as negociações com as autoridades peruanas para trazê-los de volta ao Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"Não há outra pessoa para 2026 além de Lula", afirma Gleisi

Gleisi Hoffmann destaca liderança de Lula, defende atualizações no discurso do PT e aborda desafios sociais e políticos em entrevista ampla

(Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

 Na última edição do programa Reconversa, conduzido por Reinaldo Azevedo e Walfrido Warde, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, discutiu o cenário político brasileiro e os desafios da esquerda. Durante a entrevista, Gleisi foi enfática ao afirmar que o ex-presidente Lula é a principal liderança para as eleições de 2026: “Não há outra pessoa hoje que possa fazer essa disputa”.

Ao longo da conversa, Gleisi abordou temas como a trajetória do PT, o legado de Lula, os impactos das reformas trabalhistas e as novas configurações do mercado de trabalho no Brasil. Ela reconheceu as dificuldades do partido em se adaptar às mudanças sociais, especialmente em relação aos trabalhadores informais, mas destacou a importância de políticas públicas para esse segmento.

“Precisamos discutir como proteger os trabalhadores informais sem impor algo que eles rejeitem. Quem vai cuidar deles quando não puderem mais trabalhar?”, questionou, defendendo iniciativas como microcrédito e uma maior atenção às condições de trabalho na chamada "uberização".

◉ Lideranças para o futuro

Apesar de reafirmar o protagonismo de Lula, Gleisi apontou nomes que podem emergir como lideranças nacionais. Entre eles, citou o ministro Fernando Haddad, além de Camilo Santana, Rui Costa e Wellington Dias. “Essas lideranças regionais têm potencial para se projetar nacionalmente, mas uma figura como Lula é forjada na luta. Isso leva tempo”, afirmou.

◉ Atualizar o discurso sem perder os valores

Gleisi também refletiu sobre a necessidade de o PT modernizar sua comunicação para alcançar novos públicos, especialmente os jovens e os trabalhadores informais. “O PT sempre teve orgulho de gerar empregos com carteira assinada, mas a realidade mudou. Temos que respeitar as novas formas de trabalho e pensar em como proteger esses trabalhadores no futuro.”

Ela destacou que o conceito de prosperidade, defendido por Lula, permanece relevante: “O presidente sempre disse que o povo merece uma vida digna, com picanha na mesa, casa própria e educação. Isso é prosperidade com direitos”.

◉ Relação com a Venezuela e outros temas polêmicos

Ao ser questionada sobre o posicionamento do PT em relação ao regime de Nicolás Maduro, Gleisi defendeu o diálogo como estratégia para melhorar a situação na Venezuela. “Não podemos ignorar os embargos e sanções que sufocam o país. Precisamos de uma ponte para negociar”, afirmou.

No entanto, ela reconheceu que há divergências dentro do partido sobre como lidar com outros regimes. “A democracia é o que defendemos aqui e em outros lugares. Isso precisa ser nossa prioridade.”

◉ Fé, resiliência e desafios pessoais

A presidente do PT revelou um lado pessoal ao falar de sua fé cristã, que a inspira a enfrentar os desafios da política. “A fé me dá força e discernimento. Às vezes, parece que tudo está perdido, mas acredito que o trabalho que fazemos é necessário.”

◉ Esperança para o futuro

Encerrando a entrevista, Gleisi se mostrou otimista quanto ao futuro do Brasil: “O povo brasileiro é trabalhador e generoso. Temos tudo para estar entre os países mais desenvolvidos, mas precisamos continuar construindo a democracia e enfrentando as desigualdades”. 
Assista:

Fonte: Brasil 247

Moraes decide manter prisões de Braga Netto e Mario Fernandes

O ministro seguiu a recomendação da Procuradoria-Geral da República, que se manifestou contra a soltura dos dois

Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter as prisões preventivas dos generais Walter Braga Netto e Mario Fernandes, envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022, informa a CNN. A decisão foi proferida em 24 de dezembro no caso de Braga Netto e nesta quinta-feira (26) no de Mario Fernandes. O ministro seguiu a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou contra a soltura dos dois.

Braga Netto, ex-ministro da Defesa, foi preso por sua tentativa de interferir na investigação sobre um plano de golpe de Estado. Ele também foi acusado de tentar obter acesso ao conteúdo da colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Já Mario Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro, está sendo investigado por envolvimento em um suposto plano de morte contra figuras como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio ministro Alexandre de Moraes.

Em sua decisão sobre Mario Fernandes, Moraes destacou que a defesa não apresentou novos fatos que justifiquem a revogação da prisão preventiva, enfatizando a necessidade de resguardar a ordem pública e garantir o andamento das investigações. No caso de Braga Netto, a defesa argumentou que a decisão era previsível e anunciou que aguardará o julgamento colegiado do recurso.

As investigações continuam em andamento, e a manutenção das prisões preventiva e cautelar visa garantir a segurança e a eficácia da apuração dos fatos, conforme explicou o ministro em sua decisão. O STF ainda aguarda o andamento do processo para determinar os próximos passos.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil