quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Família denuncia demora de policiais rodoviários no socorro a jovem baleada no Rio

Juliana Rangel, de 26 anos, está em estado gravíssimo após ser atingida por tiros disparados por agentes da PRF

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 (Foto: Reprodução)

Na noite de Natal, um incidente envolvendo policiais rodoviários federais deixou Juliana Rangel, de 26 anos, em estado gravíssimo após ser baleada na cabeça. O caso, que aconteceu na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, está sendo investigado pela Polícia Federal. Em entrevista, a mãe da jovem, Dayse Rangel, relatou a demora dos agentes em prestar socorro e as circunstâncias trágicas do ocorrido.

Segundo a família, eles viajavam para uma ceia de Natal em Itaipu, Niterói, quando foram surpreendidos por disparos feitos por uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em um depoimento ao g1, Dayse afirmou: "eles não socorreram ela. Quando eu olhei, eles estavam deitados no chão, batendo no chão com a mão na cabeça".

O momento dos disparos - O pai de Juliana, Alexandre Rangel, contou que dirigia na pista de alta velocidade quando percebeu a aproximação da viatura e tentou dar passagem. No entanto, ao invés de ultrapassar, os agentes dispararam contra o carro sem qualquer abordagem prévia. "A gente até falou assim: 'vamos dar passagem para a polícia'. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha".

Juliana foi socorrida e levada ao Hospital Adão Pereira Nunes, onde passou por cirurgia e segue internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). O estado de saúde dela é considerado gravíssimo.

Notas oficiais - A Polícia Rodoviária Federal lamentou o ocorrido e informou que abriu procedimento interno para apurar os fatos. A Coordenação-Geral de Direitos Humanos da PRF acompanha o caso e colabora com a Polícia Federal.

A Polícia Federal, por sua vez, também emitiu um comunicado, confirmando a abertura de inquérito para investigar o episódio. Peritos já realizaram a coleta de depoimentos, perícia no local e apreensão das armas usadas pelos agentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

O que se sabe até agora sobre o acidente com o avião da Embraer no Cazaquistão

Voo da Azerbaijan Airlines caiu próximo a Aktau, deixando 38 mortos e suscitando investigações internacionais

Avião fabricado pela Embraer cai no Cazaquistão no dia 25 de dezembro de 2024 (Foto: Azamat Sarsenbayev/Reuters )

O Azerbaijão está em luto após o trágico acidente de um avião de passageiros da sua companhia aérea local, que caiu nas proximidades da costa do Mar Cáspio. Conforme noticiado pela Al Jazeera, autoridades do Azerbaijão, Cazaquistão e Rússia estão conduzindo investigações sobre o pouso de emergência ocorrido na manhã de quarta-feira, que resultou na morte de pelo menos 38 pessoas.

O avião, um Embraer 190, número de voo J2-8243, caiu a aproximadamente 3 km da cidade de Aktau, no leste do Mar Cáspio, durante um trajeto de Baku, capital do Azerbaijão, para Grozny, capital da região da Chechênia, na Rússia. A bordo estavam 62 passageiros e cinco tripulantes, incluindo cidadãos de quatro países diferentes: 42 azerbaijanos, 16 russos, 6 cazaques e 3 quirguizes.

Dos passageiros, 32 sobreviveram ao acidente, incluindo duas crianças que estão hospitalizadas em estado crítico. As equipes de resgate retiraram muitos sobreviventes dos destroços, enquanto outros, conforme relatos de socorristas e imagens de vídeo, arrastaram-se feridos para fora do avião.

● Causas Prováveis do Acidente

Segundo a autoridade de aviação russa divulgada no Telegram, o acidente teria sido causado por uma situação de emergência a bordo após a colisão com uma ave. O avião precisou desviar de sua rota original devido à forte neblina em Grozny e realizar um pouso de emergência. Sites de rastreamento de aviação comercial registraram o voo seguindo seu trajeto programado na costa oeste antes de desaparecer, reaparecendo depois na costa leste, circulando próximo ao aeroporto de Aktau antes de despencar.

“O avião solicitou pouso em um aeroporto alternativo devido à forte neblina em Grozny,” relatou Yulia Shapovalova, da Al Jazeera, diretamente de Moscou. O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, afirmou que “o avião da AZAL, voando na rota Baku-Grozny, alterou seu curso devido ao agravamento das condições meteorológicas e começou a se dirigir para o aeroporto de Aktau, onde ocorreu o acidente durante o pouso.”

Aliyev também destacou que “existem vídeos do acidente disponíveis na mídia e nas redes sociais, e todos podem assisti-los. No entanto, as razões para o acidente ainda não são conhecidas para nós.” Ele ressaltou a importância de evitar especulações prematuras sobre as causas do desastre.

● Resposta e Investigações no Local

As equipes de emergência estão intensamente trabalhando no local do acidente. Bombeiros combateram o incêndio causado pelo impacto, enquanto 150 profissionais de emergência e equipes médicas, incluindo médicos especialistas vindos de Astana, estão tratando os feridos. A Azerbaijan Airlines suspendeu todos os voos entre Baku e Grozny, bem como entre Baku e Makhachkala, até que a investigação seja concluída. A companhia aérea também criou uma linha direta para os familiares dos passageiros e divulgou os nomes das vítimas em suas redes sociais.

Ilham Aliyev decretou o dia 26 de dezembro como dia de luto nacional. Em declaração, o presidente mencionou que estava a caminho de uma cúpula na Rússia quando foi informado do acidente e imediatamente ordenou o retorno do avião para Baku.

● Investigação Internacional e Próximos Passos

As autoridades do Cazaquistão, Azerbaijão e Rússia estão colaborando na investigação do acidente. Um grupo de investigação liderado pelo vice-procurador-geral do Azerbaijão foi enviado para o local em Aktau. A caixa preta do avião, fundamental para determinar as causas do acidente, já foi localizada, conforme informou a agência de notícias estatal do Azerbaijão, Azertac.

O governo do Cazaquistão formou uma comissão para examinar as causas do desastre e garantir que as famílias das vítimas recebam o suporte necessário. As investigações estão focadas em possíveis problemas técnicos e no fechamento do espaço aéreo nas proximidades. A Embraer, fabricante brasileiro da aeronave, manifestou disposição para auxiliar nas investigações.

O Presidente Aliyev afirmou que foi aberto um “caso criminal” e que o público azerbaijano será informado regularmente sobre o progresso das investigações. Ele também expressou condolências às famílias das vítimas e pediu por calma enquanto as investigações continuam.

Fonte: Brasil 247

Google atribui a parceiros terceirizados erro na cotação do dólar

Discrepância na cotação durante o feriado de Natal gera intervenção da AGU e questionamentos sobre a precisão dos dados
Notas de real e dólar 18/12/2024. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli/Illustration)

Mesmo durante o feriado de Natal, quando os mercados financeiros globais permanecem fechados, a cotação do dólar exibida pelo Google causou alvoroço nesta quarta-feira (25). Quem pesquisou a cotação da moeda americana contra o real no buscador encontrou um valor recorde de aproximadamente R$ 6,40, divergindo significativamente dos números observados no mercado de câmbio à vista na segunda-feira (23), quando o valor real é de R$ 6,18.

Não é a primeira ocorrência de divergência entre as cotações exibidas pelo Google e as oficiais. Em novembro passado, após a eleição presidencial dos Estados Unidos, o buscador informou erroneamente que o dólar havia ultrapassado a marca de R$ 6, o que posteriormente foi corrigido pela empresa. Desta vez, o erro levou o Google a retirar novamente a cotação após a constatação da discrepância.

Em comunicado, o Google esclareceu que os dados em tempo real apresentados na busca são provenientes de provedores globais terceirizados de dados financeiros, mencionando especificamente a Morningstar como fonte neste caso. “Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações”, afirmou a empresa, segundo reportagem do Valor.

A situação ocorre em um contexto de forte desvalorização do real, atribuída à piora na percepção de risco, impactando diversos ativos domésticos e aumentando o fluxo de saída de dólares nesta época do ano. Até o dia 19 de dezembro, o fluxo cambial parcial já somava US$ 14,69 bilhões em saída.

Em resposta à discrepância na cotação, a Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira, solicitando esclarecimentos sobre a diferença apresentada pelo Google. Jorge Messias, advogado-geral da União, declarou: “A atuação da Advocacia-Geral da União tem como objetivo combater a desinformação de dados econômicos de grande relevância para a sociedade brasileira”. A AGU busca entender as inconsistências, já que a cotação oficial do dólar no fechamento anterior era de R$ 6,18 e, devido ao feriado, a Ptax não foi definida.

Fontes apontam que a discrepância pode ter ocorrido devido ao uso de dados do mercado OTC (over-the-counter) pelos provedores do Google, onde as negociações ocorrem de forma paralela e menos regulamentada, especialmente em períodos de feriado, resultando em cotações distantes da média oficial.

Enquanto o Google corrigiu a informação removendo a cotação, outras plataformas que utilizam dados do mercado OTC continuaram a mostrar uma desvalorização do real que não condiz com o comportamento observado no mercado oficial. Na noite desta quarta, o dólar chegou a ser cotado a R$ 6,7266, uma alta de 8,92%, uma variação que seria improvável de ocorrer no mercado brasileiro devido aos mecanismos de controle e limites de oscilação estabelecidos pela B3.

O Banco Central, por sua vez, manteve-se em silêncio sobre o ocorrido, não comentando oficialmente sobre a discrepância das cotações.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal Valor

Azeite deve ficar mais barato para os brasileiros em 2025

Produção europeia se recupera e impacto nos valores deve ser sentido gradativamente

(Foto: Divulgação/Mapa)

Após um período de alta expressiva nos preços do azeite de oliva, que chegou a registrar aumento de 50% em junho deste ano, o mercado brasileiro pode finalmente respirar aliviado em 2025. A notícia foi divulgada pelo g1 e traz perspectivas animadoras com a recuperação das colheitas na Europa, região que abastece grande parte do mercado mundial do produto.

A seca severa que atingiu o Mediterrâneo nos últimos dois anos reduziu drasticamente a produção de azeitonas, principal matéria-prima do azeite, levando os preços a patamares recordes. A situação foi agravada pela dependência brasileira de importações, com Portugal e Espanha respondendo, juntos, por quase 60% das compras externas do produto.

De acordo com Leonardo Scandola, diretor comercial da Filippo Berio na América Latina, a nova safra europeia já apresenta um crescimento de 29% em comparação à temporada anterior. “Somente em novembro, as cotações do azeite na Espanha caíram 20% [em relação a outubro]. Isso, com certeza, vai se refletir no Brasil”, explicou Scandola, que projeta quedas mais significativas a partir da Páscoa de 2025, quando o estoque mais caro começará a ser substituído.

Demanda em alta e recuperação climática - Nos últimos anos, a Europa enfrentou condições climáticas atípicas, com invernos mais quentes e verões extremamente secos, fatores que comprometeram drasticamente os olivais. Na safra 2022/23, a produção europeia caiu para 1,3 milhão de toneladas, 40% a menos do que no ciclo anterior. Porém, para a temporada atual, a Espanha — maior produtora mundial — deverá liderar o aumento da oferta, com expectativa de 1,3 milhão de toneladas, um salto de 50% em relação ao ciclo anterior.

Apesar da recuperação, o professor Carlos Eduardo de Freitas Vian, da Esalq-USP, alerta que a redução de preços no mercado brasileiro será gradual devido ao processo logístico e aos estoques mais antigos. “Minha estimativa é que os preços não vão cair antes de meados de 2025”, pontua Vian.

Inflação desacelera, mas ainda é alta - Dados do IBGE indicam que a inflação do azeite já mostra sinais de desaceleração, saindo de um pico de 50% em junho para 25% no mês passado. Mesmo assim, os consumidores brasileiros continuam sentindo o impacto no bolso, especialmente pelo uso do azeite como ingrediente básico em muitas receitas.

A boa notícia é que, com a safra europeia em plena atividade, entre outubro e fevereiro, há uma expectativa consolidada de maior equilíbrio entre oferta e demanda no mercado global, o que deverá se refletir em melhores preços nas gôndolas.

Embora o Brasil possua uma produção interna de azeite, esta ainda é insuficiente para atender à demanda nacional, mantendo a dependência de importações. A retomada climática na Europa, combinada com a alta demanda global, deve estabilizar o mercado nos próximos anos, devolvendo aos consumidores brasileiros a possibilidade de acessar o produto a preços mais competitivos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Galeria de ex-ministros da Fazenda exclui foto de Paulo Guedes

Ministério mantém tradição de expor retratos dos antigos titulares na sala do Conselho Monetário Nacional, mas ex-ministro de Bolsonaro foi deixado de fora

Ministro da Economia, Paulo Guedes 06/10/2022 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Uma ausência notável chamou a atenção na tradicional galeria de ex-ministros da Fazenda, localizada na sala do Conselho Monetário Nacional (CMN), no 6º andar do prédio da Fazenda, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A galeria, que reúne os retratos dos antigos ocupantes do cargo, não inclui Paulo Guedes, que comandou um superministério da Economia durante o governo Jair Bolsonaro (PL), informa a Folha de S. Paulo.

Guedes esteve à frente do Ministério da Economia entre 2019 e 2022, acumulando sob sua gestão diversas pastas, incluindo Fazenda, Planejamento e Orçamento, Indústria, Trabalho e Previdência. Durante esse período, a secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) também foi incorporada ao ministério. No entanto, em 2021, Bolsonaro desmembrou parte da estrutura, recriando o Ministério do Trabalho e Previdência.

A galeria de retratos termina com Eduardo Guardia, que assumiu o Ministério da Fazenda em 2018, após Henrique Meirelles deixar o cargo para disputar a presidência. Guardia, que faleceu em 2022, foi o último a ocupar a pasta antes da fusão que deu origem ao superministério de Guedes.

No governo Lula (PT), a estrutura do Ministério da Economia foi novamente desmembrada, resultando na recriação das pastas da Fazenda, Planejamento, e Indústria, além da criação do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, atualmente sob o comando de Esther Dweck.

Significado histórico da sala do CMN - A sala do CMN, onde fica a galeria, é um espaço emblemático para a política econômica brasileira. É nesse local que ocorrem reuniões ampliadas do Ministério da Fazenda, nas quais decisões cruciais para a economia do país foram tomadas ao longo das décadas. O acesso à sala é restrito, reservado a servidores e autoridades.

Na última sexta-feira (20), o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, organizou no espaço um encontro com jornalistas especializados para um café de fim de ano. Durante a ocasião, Haddad respondeu a perguntas sobre a agenda econômica e discutiu os avanços e desafios enfrentados em sua gestão.

Apesar de questionamentos, o Ministério da Fazenda não forneceu explicações sobre a ausência de Paulo Guedes na galeria.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

“Decreto sobre uso da força não foi feito a portas fechadas”, diz secretário nacional de Segurança

Mário Sarrubbo rebate crítica de governadores e diz que texto sobre uso de arma foi discutido com polícias

Mario Luiz Sarrubbo (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, reagiu às críticas dos governadores ao decreto publicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para regular o uso da força por policiais. O texto restringe o uso de armas letais.

Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (25), Sarrubbo disse que o texto foi discutido com colegiados dos comandantes das Polícias Militares, chefes da Polícia Civil, Guardas Civis e secretários de Segurança Pública.

“Não foi algo criado a portas fechadas. A elaboração teve a participação das polícias”, disse o secretário.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Governadores cogitam ação no STF contra decreto sobre uso da força policial

Medida do Ministério da Justiça gera tensões com estados e pressiona governo federal a acelerar regulamentação

Ricardo Lewandowski (à esq.) e Lula (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Governadores cogitam ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto do Ministério da Justiça que regulamenta o uso da força policial no Brasil. A norma estabelece que a força e o uso de armas de fogo devem ser empregados apenas como último recurso, gerando forte oposição de lideranças estaduais.

Cláudio Castro (PL-RJ), governador do Rio de Janeiro, declarou que o decreto é um "absurdo" e anunciou a intenção de contestá-lo judicialmente. “Nós do Rio vamos entrar imediatamente com uma ação no STF para cassar esse absurdo. Por fim, espero que a população cobre dos responsáveis por esse decreto quando bandidos invadirem uma residência, roubarem um carro ou assaltarem um comércio”, afirmou, segundo reportagem do Globo.

Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), governador de Goiás, também criticou a medida, classificando-a como “chantagem explícita”. Segundo ele, o decreto condiciona o repasse de verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) à implementação das diretrizes, prejudicando estados que não concordam com as regras estabelecidas. “O decreto impõe aos estados que, caso não sigam as diretrizes do governo do PT para a segurança pública, perderão acesso aos fundos de segurança e penitenciário. Trata-se de uma chantagem explícita contra os estados, que acaba favorecendo a criminalidade”, declarou Caiado.

Ibaneis Rocha (MDB-DF), governador do Distrito Federal, caracterizou o decreto como uma intervenção federal indevida. “Interferência total. Uma pena que o governo federal, ou melhor, o presidente Lula não saiba seu espaço. Quem faz segurança pública são os estados”, afirmou.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reagiu às críticas acelerando o processo de regulamentação do decreto, inicialmente previsto para 90 dias. Em nota, Lewandowski destacou a necessidade de padronização do uso da força pelas polícias: “A força letal não pode ser a primeira reação das polícias. Só podemos usar a força letal em última instância. É preciso que a abordagem policial se dê sem qualquer discriminação contra o cidadão brasileiro.”

A tensão aumenta após um incidente ocorrido na véspera de Natal, quando uma jovem foi baleada na cabeça por um policial rodoviário federal no Rio de Janeiro. O caso reforçou a posição do ministro em acelerar a regulamentação do decreto, visando evitar abusos futuros.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Globo

Jovem atingida com tiro na cabeça no Rio apresenta estabilidade

A médica explicou que Juliana Leite Rangel “tem o estado grave, porém estável"

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 (Foto: Reprodução)

Agência Brasil – A médica intensivista do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, Juliana Paitach disse, em entrevista agora à tarde, que a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, que chegou baleada com tiro de fuzil na cabeça, numa ação da Polícia Rodoviária Federal, na rodovia Washington Luís (BR-040) “está em ventilação mecânica e recebendo medicamento para manter a pressão estável. Apesar da gravidade, há um padrão de estabilidade, uma vez que a jovem não apresentou piora no quadro de saúde”.

A médica explicou que Juliana “tem o estado grave, porém estável. Está em ventilação mecânica e em coma induzido. Da hora que ela chegou para agora, não teve piora, ela se manteve num grau de gravidade que estabilizou com a medicação e não teve piora. Ou seja, temos uma gravidade, mas num padrão de estabilidade, até o momento”.

A intensivista Juliana Paitach disse que o projétil que atingiu o crânio de Juliana foi retirado durante a cirurgia. “Apesar da lesão cerebral ser uma lesão grave, ela não tem um sinal de gravidade que a gente faz uma hipertensão intracraniana. Na imagem inicial, você vê que não tem esse sinal de gravidade, então, a gente vai ter que acompanhar, ver como vai evoluir”, explicou a médica.

Afastamento

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que os dois homens e a mulher que participaram da abordagem ao carro da família de Juliana Rangel na BR-040, em Duque de Caxias “foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais”. Os dois fuzis e a pistola usados pelos agentes foram apreendidos pela Polícia Federal, que está encarregada das investigações.

A Polícia Federal informou que as armas dos agentes da PRF passarão por análise pela perícia técnica criminal, que determinará de que arma saiu o projétil que atingiu a vítima na cabeça.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

AGU aciona BC após desinformação no Google sobre a cotação do dólar

O órgão está elaborando um ofício para ser entregue à autoridade monetária

Jorge Messias (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

 A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou nesta quarta-feira (25) que irá consultar o Banco Central (BC) sobre a “possível informação incorreta da cotação do dólar” exibida no Google. A AGU está elaborando um ofício para ser entregue à autoridade monetária.

A página do buscador mostrava a cotação a R$ 6,38, embora o mercado no Brasil não tenha operado nesta terça-feira (24) e quarta-feira (25) devido ao recesso de Natal. A cotação da moeda norte-americana havia fechado em R$ 6,185 na última segunda-feira (23).

Comandada por Jorge Messias, a AGU quer entender como, em um dia de mercado fechado, a cotação da moeda norte-americana ficou acima do valor registrado no fechamento, em dia 23 de dezembro.
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Logotipo do Google. Foto: Reuters/Arnd Wiegmann

Fonte: Brasil 247

Agentes envolvidos em ação que terminou com jovem baleada na cabeça na véspera de Natal são afastados pela PRF

A Polícia Federal realizou uma perícia no local e instaurou um inquérito para apurar os fatos

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 (Foto: Reprodução)

A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) determinou o afastamento preventivo dos agentes envolvidos em uma abordagem que resultou em uma jovem de 26 anos baleada na cabeça, nesta terça-feira (24). O caso ocorreu na BR-040, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, conforme informou o G1.

Em nota, a PRF lamentou o ocorrido e assegurou que os policiais foram retirados de todas as atividades operacionais. “Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana. Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso”, destacou o comunicado.

A Polícia Federal realizou uma perícia no local e instaurou um inquérito para apurar os fatos. As armas dos agentes foram recolhidas para análise, e tanto os policiais quanto os familiares da vítima prestaram depoimento.

● Tragédia em trajeto para o Natal

Juliana Leite Rangel estava com sua família a caminho de uma ceia de Natal na casa de parentes em Itaipu, Niterói, quando o carro em que estava foi atingido por disparos. Segundo Alexandre Rangel, de 53 anos, pai da jovem e condutor do veículo, ele sinalizou com a seta para encostar ao ouvir a sirene policial, mas os agentes dispararam antes que houvesse qualquer abordagem.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Por que você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, relatou Alexandre, ainda em choque.

Juliana foi socorrida ao Hospital Adão Pereira Nunes, onde passou por uma cirurgia. De acordo com a prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é gravíssimo. Alexandre também foi atingido por um tiro na mão esquerda, mas, sem fraturas, recebeu alta na noite do mesmo dia.

● Repercussão e busca por justiça

A tragédia, ocorrida às vésperas do Natal, gerou grande comoção e questionamentos sobre a conduta dos agentes envolvidos. Entidades de direitos humanos cobram apuração rigorosa do caso e responsabilização pelos disparos que deixaram a jovem em estado gravíssimo. A PRF reiterou seu compromisso com a transparência e o apoio às investigações conduzidas pela Polícia Federal.

O caso reacende o debate sobre a formação e os protocolos de abordagem de forças policiais no Brasil, especialmente em contextos que envolvem famílias desarmadas e trajetos cotidianos. Enquanto isso, a família Rangel vive a angústia de esperar por respostas e pela recuperação de Juliana.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

BC reforça intervenção e anuncia leilão de US$ 3 bilhões para conter avanço do dólar

Movimento do Banco Central busca acalmar mercados após alta expressiva da moeda americana, que já superou R$ 6

Notas de dólar 16/02/2024. REUTERS/Thomas Mukoya (Foto: REUTERS/Thomas Mukoya)

O Banco Central (BC) anunciou que realizará, na manhã desta quinta-feira (26), um novo leilão extraordinário de dólares à vista, com oferta de até US$ 3 bilhões, segundo o Metrópoles. A decisão ocorre em um momento de forte pressão no câmbio, com o dólar encerrando a última segunda-feira (23) em alta de 1,86%, cotado a R$ 6,18, e tendo atingido picos de R$ 6,30 nos últimos dias. As propostas do leilão serão recebidas entre 9h15 e 9h20, conforme comunicado da autoridade monetária.

A alta do dólar reflete tanto fatores internos quanto externos. No cenário doméstico, a aprovação do pacote fiscal no Congresso não foi suficiente para dissipar as incertezas dos investidores. Após a votação, o Ministério da Fazenda revisou a projeção de economia com as medidas para R$ 69,8 bilhões em dois anos, abaixo dos R$ 71,9 bilhões inicialmente previstos. A redução nas expectativas de ajuste fiscal aumentou o desconforto no mercado e fortaleceu a moeda americana frente ao real.

Já no cenário internacional, a vitória de Donald Trump nas eleições nos Estados Unidos trouxe volatilidade adicional. Sua plataforma política de maior proteção econômica interna e restrição à imigração elevou a expectativa de inflação nos EUA, o que pode limitar a capacidade do Federal Reserve (Fed) de reduzir juros como o esperado. A perspectiva de taxas de juros mais altas torna o dólar mais atrativo globalmente.

Em dezembro, o BC já injetou US$ 27,76 bilhões no mercado de câmbio, o maior volume para um único mês. As reservas internacionais do Brasil, atualmente em US$ 347,6 bilhões, oferecem uma importante base de segurança para operações como esta.

O BC tem utilizado diferentes tipos de leilões para conter a volatilidade. Os leilões de linha, por exemplo, envolvem o compromisso de recompra dos dólares por parte do BC, enquanto os leilões à vista não possuem esse acordo de recompra. Em ambos os casos, os dólares ofertados provêm das reservas internacionais.

Essas intervenções são direcionadas a 16 instituições financeiras credenciadas como "dealers de câmbio", que atuam como intermediárias no mercado. As reservas internacionais do Brasil, que somavam US$ 363 bilhões em novembro, são fundamentais para sustentar as operações.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Brasil sediará Fórum Sindical do Brics em 2025

Evento está programado para os dias 22 e 23 de abril, em Brasília

Centrais sindicais (Foto: Aquiles Lins)

O Fórum das Centrais Sindicais reuniu-se antes do recesso de Natal e Ano Novo e decidiu realizar o Fórum do Brics Sindical. O evento ocorrerá nos dias 22 e 23 de abril de 2025, em Brasília, informa a página da Central do Trabalhadores do Brasil (CTB). A coordenação do evento ficará a cargo da UGT, que assumirá a liderança por rodízio entre as centrais sindicais brasileiras.

Os principais temas a serem discutidos no fórum incluem “transição justa” e “inteligência artificial”, com a possibilidade de ampliação dos tópicos caso haja consenso entre os participantes. O regulamento estabelece que cada central sindical poderá enviar dois representantes para o evento. A expectativa é que este seja o maior fórum até agora, especialmente devido à adesão de novos países ao Brics.

Fonte; Brasil 247 com informações da CTB

Morre aos 80 anos o ator e diretor Ney Latorraca

Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro

Ney Latorraca (Foto: Reprodução/YouTube/Canal GNT)

O ator Ney Latorraca morreu nesta quinta-feira (26) no Rio de Janeiro, informa o g1. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul da cidade. A causa da morte não foi divulgada.

O ator teve uma trajetória de sucesso em novelas e programas humorísticos como "Rabo de Saia", "Vamp" e "TV Pirata".

Ney de Souza Pereira nasceu em Santos, São Paulo, no dia 25 de julho de 1944, filho de Alfredo, crooner de boates, e Tomaza, corista. Durante a infância, viveu entre São Paulo, Rio de Janeiro e Santos, cidade onde fundou a banda Eldorado na juventude. Sua estreia no teatro aconteceu em 1964, com a peça escolar "Pluft, o Fantasminha", que rapidamente ganhou notoriedade.

Seu talento logo o levou a São Paulo, onde atuou na peça "Reportagem de um Tempo Mau", dirigida por Plínio Marcos no Teatro Arena. Contudo, a censura do governo militar à produção abalou profundamente o jovem ator. “Fiquei completamente arrasado, queria me matar. Voltei para Santos”, revelou Ney em depoimento.

Após retornar a Santos, Ney ingressou na Escola de Arte Dramática, onde continuou a se desenvolver. Em 1969, estreou na televisão em "Super Plá", na TV Tupi, e no cinema com "Audácia, a Fúria dos Trópicos". A partir daí, sua carreira decolou, passando por emissoras como TV Cultura e TV Record antes de conquistar um lugar definitivo na TV Globo em 1975, com a novela "Escalada".

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Presidente da CUT tem expectativa otimista para 2025

“A luta tem que ser feita com muita alegria e muito otimismo. Tenho certeza que 2025 será grande ano”, afirma Sérgio Nobre, presidente da CUT

Sergio Nobre (Foto: Roberto Parizotti/CUT)

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, afirmou durante podcast gravado poucos dias antes do Natal, faz uma avaliação otimista sobre o ano que se encerra e as perspectivas para 2025. Para ele, o governo popular de Luiz Inácio Lula da Silva não mediu esforços para reconstruir o país, apesar de um Congresso Nacional conservador e um Banco Central que a todo momento boicotou a economia brasileira, mantendo em patamar elevado a taxa de juros Selic.De acordo com reportagem da página da CUT, o presidente da entidade comemorou o fato de que o Brasil “está caminhando para o pleno emprego”.

Sérgio Nobre afirmou também que 2025 é um ano importante para as pautas sindicais. Entre os desafios está o de reforçar o modelo sindical. “No começo do ano, teremos um Projeto de Lei que vai tramitar no Congresso, depois de dois anos de negociação para que a gente consiga definitivamente ratificar a Convenção 151 [da OIT], para que os servidores púbicos tenham direito de negociação”, afirmou.

Além da Convenção 151, Sérgio Nobre afirmou estar convencido que será aprovado um projeto de fortalecimento sindical que ampliará a representação dos trabalhadores. “Hoje, nosso modelo sindical, só está dentro dele, tem proteção sindical, quem tem carteira assinada ou é concursado. A gente sabe que metade da classe trabalhadora não está nessa condição. Temos um modelo que não protege 100% [os trabalhadores] e precisamos fazer isso. Quem trabalha merece ter direitos”, disse.

Entre as expectativas, o dirigente disse estimar que a economia do Brasil crescerá ainda mais e isso impactará na atuação sindical de forma positiva, por meio das negociações coletivas.

Fonte: Brasil 247

Lava Jato, que cometeu abusos em série, coleciona mais derrotas no STF

Decisões judiciais recentes minam a credibilidade da operação que arrasou a economia nacional

Fachada do edifício sede do Supremo Tribunal Federal - STF (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Ao completar dez anos da sua fase inicial, a Operação Lava Jato enfrenta, em 2024, um período turbulento marcado por uma série de derrotas no Supremo Tribunal Federal (STF). A força-tarefa, que cometeu abusos em série e arrasou a economia nacional, tem visto várias de suas condenações e atos anulados sob alegações de irregularidades na condução das investigações e dos processos.Ministros do STF têm emitido decisões monocráticas que, frequentemente, são confirmadas pelos demais membros do tribunal. Essas decisões têm resultado no arquivamento de ações e na anulação de provas originadas das investigações da Lava Jato, iniciada em Curitiba em 2014. Tal movimento reflete uma tendência contínua no tribunal de reverter procedimentos da operação, segundo aponta reportagem da Folha de S. Paulo.

Um dos principais reveses para a Lava Jato foi a decisão do ministro Gilmar Mendes, em outubro de 2024, que anulou as condenações do ex-ministro José Dirceu. A decisão atendeu ao pedido da defesa para estender ao petista a decisão que considerou o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) suspeito para julgar o presidente Lula (PT). Dirceu, ex-ministro da Casa Civil no primeiro governo Lula, havia sido condenado em dois processos, totalizando 34 anos de prisão. Com a decisão de Gilmar, Dirceu recuperou seus direitos políticos, deixando de estar enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

O ministro Gilmar Mendes justificou a decisão afirmando que "mensagens trocadas entre Moro e procuradores da Lava Jato mostram que a 'mesma falta de isenção' em relação a Lula também impediu que Dirceu 'tivesse direito a um julgamento justo e imparcial'". Decisões similares foram proferidas pelo ministro Dias Toffoli, que anulou atos contra empresários como Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht, ambos delatores da operação. Pinheiro, que foi um dos principais acusadores de Lula nos processos contra o petista, havia sido sentenciado a mais de 30 anos de reclusão, enquanto Odebrecht recebeu 19 anos.

Em outubro, Toffoli declarou: "Fazemos isso com muita tristeza, porque é o Estado que andou errado, o Estado investigador e o Estado acusador. É lamentável quando nós temos que declarar um ato de Estado ilegal, mas o erro foi cometido na origem."

Além disso, no mesmo mês, o ministro também anulou todos os atos da operação e do ex-juiz Moro contra o lobista João Augusto Rezende Henriques, condenado junto com o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha em caso relacionado a contas secretas na Suíça.

Outros beneficiados por decisões do STF ao longo de 2024 foram o marqueteiro João Santana e o empresário Raul Schmidt, acusado de ser operador de propina. Segundo a professora Eloisa Machado, da FGV Direito SP, há uma divergência entre os ministros do Supremo quanto aos efeitos da suspeição de Moro, julgada em 2021. "Na turma, Toffoli, Gilmar e Kassio Nunes Marques têm reconhecido efeitos mais amplos; Edson Fachin e André Mendonça, em menor extensão", explica.

O professor de direito penal da USP, Mauricio Stegemann Dieter, enfatiza que o que está em jogo é o legado processual da Lava Jato. "Esse passado não foi bem resolvido, e isso é um processo excruciante", afirma Dieter, um crítico da operação desde o início. Ele prevê que o Supremo liquidará de vez a Lava Jato no próximo ano. Luisa Ferreira, da FGV Direito SP, compartilha um prognóstico semelhante: "Acho que só teremos mais extensões e mais anulações pela frente (...). Se a Lava Jato está na UTI agora, a minha previsão é que ela seja sepultada em 2025."

Fonte: Brasil 247

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Brasil alcança 300 novos mercados internacionais e reforça posição no agronegócio global

Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, 62 novos destinos foram adicionados à pauta de exportações do agronegócio brasileiro

       (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)

O Brasil alcançou um marco histórico no agronegócio ao abrir 300 novos mercados internacionais em menos de dois anos, consolidando sua posição como um dos principais players globais do setor. A conquista foi possível graças ao esforço conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), que ampliaram a diversificação das exportações brasileiras.

Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 62 novos destinos foram adicionados à pauta exportadora do Brasil, permitindo que o país não só ampliasse o número de mercados, mas também a diversidade de produtos exportados. Além das tradicionais carnes e grãos, itens como embriões, gergelim, uvas frescas, erva-mate, sorgo, açaí em pó, sementes, noz-pecã e até produtos de reciclagem animal, como penas de aves, passaram a integrar a pauta internacional.

Em um cenário de expansão, foram criados 11 novos postos de adidos agrícolas no exterior, elevando o número total para 40 representantes. Esses profissionais têm desempenhado um papel fundamental ao superar barreiras técnicas e promover os produtos brasileiros, garantindo a visibilidade do agronegócio nacional no mercado global.

“Hoje celebramos uma conquista histórica para o setor agropecuário brasileiro. São 300 mercados abertos durante o terceiro mandato do presidente Lula, gerando emprego e oportunidades para nossos agricultores, pecuaristas, e todos os que fazem parte dessa cadeia produtiva. Em 2025, seguiremos com o mesmo empenho e determinação, buscando ainda mais conquistas para o agro”, afirmou Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, também destacou a importância dessa expansão, dizendo que este foi “um ano para entrar na história. Sob a liderança do ministro Carlos Fávaro, tivemos recorde de aberturas de mercado e a maior ampliação no número de adidos agrícolas. Para 2025, intensificaremos as ações em parceria com a ApexBrasil e o MRE, garantindo que as oportunidades geradas sejam efetivada”.

Fonte: Brasil 247

TCU diz que emendas Pix sem plano de trabalho somam R$ 1 bilhão

Relatório do TCU aponta pendências em 1.406 transferências feitas pela União, com mais de mil sem planos de execução definidos
Tribunal de Contas da União (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

Do total de R$ 4,4 bilhões em “emendas pix” pagos pela União aos municípios em 2024, cerca de R$ 1 bilhão ainda está sem os respectivos planos de trabalho, em descumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a CNN Brasil, as informações constam em um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) enviado esta semana ao ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das ações em trâmite sobre as emendas parlamentares.

Segundo o TCU, até 9 de dezembro, 5.585 transferências especiais, oficialmente chamadas de "emendas pix", foram realizadas, sendo que 1.406 delas ainda têm pendências em relação aos planos de trabalho necessários. O relatório detalha que 1.080 planos não foram iniciados, 242 estão em fase de elaboração e outros 84 estão em ajustes, somando um montante de R$ 1.088.942.413,08.

Essas emendas são pagas obrigatoriamente pelo governo federal, mas a exigência dos planos de trabalho foi determinada pelo STF para garantir maior transparência e rastreabilidade.

A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a recorrer da decisão do STF, mas o pedido foi rejeitado por Dino, mantendo a obrigatoriedade da documentação. Embora o TCU observe uma redução nos casos de descumprimento desde o início do monitoramento, o relatório alerta que o processo precisa ser mantido.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Para otimizar o controle, o TCU sugeriu a implementação de um sistema automatizado que permita aos beneficiários das emendas inserir os dados diretamente no sistema.

Fonte: Brasil 247

PF cita possíveis irregularidades no “rito interno” relacionado à liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas

A PF pretende esclarecer se houve manipulação no orçamento e interferência na alocação das emendas parlamentares

Polícia Federal (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) instaurou, nesta terça-feira (24), um inquérito, por ordem do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, citando possíveis irregularidades no “rito interno” de processamento de R$ 4,2 bilhões em emendas.

Conforme relatado pela CNN, um dos alvos da investigação deve ser o presidente da Câmara, Arthur Lira. A PF pretende esclarecer se houve manipulação no orçamento e interferência na alocação das emendas parlamentares.

Embora o nome de Lira não tenha sido mencionado diretamente no documento enviado pela PF à Corte, a corporação aponta declarações que sinalizam que parte das emendas seria “distribuída em desconformidade com as diretrizes procedimentais e regimentais”.

Até o momento, o delegado Tiago Adão Coutinho determinou a intimação dos deputados José Rocha (União Brasil-BA), Adriana Ventura (Novo-SP), Glauber Braga (Psol-RJ) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG).

Além disso, a investigação buscará identificar se o processo de liberação e destinação das emendas sofreu influência indevida de pessoas que não ocupam cargos parlamentares.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Governadores e bancada da bala reagem ao decreto sobre uso da força por policiais

Texto especifica que a força só deve ser usada em caso de ameaça real ou potencial, com a arma de fogo sendo considerada como último recurso

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O decreto publicado pelo Ministério da Justiça, que visa regulamentar o uso da força por policiais em todo o Brasil, gerou uma série de críticas de governadores da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de membros da bancada da bala no Congresso Nacional, destaca a CNN Brasil. O texto, que estabelece regras mais rígidas para a atuação policial, foi visto como um retrocesso na segurança pública por autoridades estaduais e parlamentares.

Em suas redes sociais, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), foi enfático ao criticar o decreto. “O crime organizado celebra o grande presente de Natal recebido pelo presidente Lula”, escreveu. Segundo Caiado, o decreto aumenta a liberdade de ação para os criminosos, ao mesmo tempo em que restringe a atuação das forças policiais.

“O decreto impõe aos estados que, caso não sigam as diretrizes do governo do PT para a segurança pública, perderão acesso aos fundos de segurança e penitenciário. Trata-se de uma chantagem explícita contra os estados, que acaba favorecendo a criminalidade”, completou.

Outro governador que se manifestou contra o decreto foi Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal. Para ele, a medida fere o artigo 144 da Constituição Federal, que define as corporações responsáveis pela segurança pública no Brasil. "Interferência total. Uma pena que o governo federal, ou melhor, o presidente Lula não saiba seu espaço. Quem faz segurança pública são os estados", criticou.

Além das reações nos estados, o decreto também gerou controvérsias no Congresso. A chamada bancada da bala, formada por deputados ligados às forças policiais, já se mobiliza para reagir ao texto. O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) considerou a proposta uma tentativa do governo de "criminalizar a atividade policial".

Ele afirmou que o governo Lula não consultou a bancada sobre o conteúdo do decreto e que a medida representa um prejuízo à segurança pública do país. Sanderson anunciou que protocolará um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para tentar derrubar o decreto.

O conteúdo do decreto, enviado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, à Casa Civil para análise e, posteriormente, assinado por Lula, visa estabelecer parâmetros mais claros para o uso da força pelos policiais. O texto especifica que a força só deve ser usada em caso de ameaça real ou potencial, com a arma de fogo sendo considerada como último recurso.

Lewandowski destacou que a proposta busca uma atuação policial mais consciente, priorizando a comunicação, a negociação e o uso de técnicas que busquem evitar a escalada da violência.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Colisão com pássaros pode ter sido a causa de queda de avião no Cazaquistão, dizem autoridades

Autoridades confirmaram 32 sobreviventes entre as 67 pessoas a bordo, mas alertam que número de vítimas pode aumentar devido à gravidade do acidente

(Foto: Reuters)

A queda do avião da Azerbaijan Airlines, modelo Embraer 190, que seguia de Baku, Azerbaijão, para Grozny, na Rússia, pode ter sido causada por uma colisão da aeronave com um bando de pássaros, que levou o piloto a desviar o voo para um aeródromo alternativo, destaca a agência Sputnik. Inicialmente, as autoridades confirmaram que 32 pessoas sobreviveram ao acidente, mas o Gabinete do Procurador-Geral do Azerbaijão alertou que esse número poderia ser alterado, uma vez que a situação ainda está sendo analisada.

O avião transportava 42 cidadãos do Azerbaijão, 16 da Rússia, 6 do Cazaquistão e 3 do Quirguistão. Entre os sobreviventes, dois são crianças, e nove encontram-se em estado grave, de acordo com informações do centro de crise do Ministério de Emergências do Cazaquistão.

O piloto, após a colisão com os pássaros, havia inicialmente redirecionado a aeronave para a cidade de Makhachkala, na Rússia, antes de finalmente decidir aterrissar em Aktau. O Ministério de Situações de Emergência do Cazaquistão segue monitorando a recuperação dos feridos e investigando os detalhes do acidente.

Segundo o jornal O Globo, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, encurtou uma visita à Rússia, onde deveria participar de uma cúpula informal de líderes da Comunidade de Estados Independentes, um agrupamento que reúne países que compunham a União Soviética.

Em nota, a Embraer afirmou que está "pronta para auxiliar todas as autoridades relevantes" em relação ao caso. Além disso, a empresa também disse que fornecerá novas atualizações assim que mais informações forem confirmadas e autorizadas para divulgação.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik