quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Junior da Femac entrega Hospital de Apucarana


O prédio está sendo entregue com licenciamento do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e alvará de funcionamento.

Vereadores eleitos e reeleitos, além dos pais do prefeito Junior da Femac participaram do evento

O prefeito Junior da Femac entregou hoje (19) o Hospital de Apucarana. A nova e moderna unidade hospitalar da cidade prestará atendimento exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e vai realizar cirurgias de média complexidade que hoje são feitas em outras cidades, sem tirar nenhuma atividade do Hospital da Providência.

Junior da Femac destacou que a obra do Hospital de Apucarana teve início dia 16 de janeiro de 2023 e foi executada com um investimento de R$ 25 milhões, sendo R$ 22 milhões de recursos próprios do município e R$ 3 milhões de recursos liberados pelos deputados Arilson Chiorato, Anibelli Neto, Gleisi Hoffmann e Sérgio Souza.

A estrutura do hospital inclui um centro cirúrgico e 58 leitos de internamento, além do Pronto Atendimento Infantil 24 Horas, implantado no térreo do bloco principal. O prédio tem ampla acessibilidade e conta com rampas e dois elevadores.

O terceiro e último andar abriga o centro cirúrgico composto de duas salas, 3 enfermarias (quartos com 3 a 4 leitos), sala de recuperação (pós cirurgia) e ainda um quarto de isolamento. A obra moderna do hospital conta com instalações de ar condicionado, hidráulica, elétrica, gases medicinais, rede lógica, sistema de SPDA, usina de oxigênio e transformador próprio.

Além do centro cirúrgico no terceiro andar, o Hospital de Apucarana terá 3 salas para realização de pequenas cirurgias ambulatoriais no primeiro andar, como as dermatológicas, cataratas, e vasectomia.

O secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, detalha que o atendimento no novo hospital vai acabar com a necessidade, por exemplo, de deslocar pacientes de Apucarana até Campo Largo e Jacarezinho para fazer cirurgia da catarata; até Rolândia para as cirurgias ginecológicas; e até Ivaiporã para realizar exame de estudo urodinâmico. “Em 2023 gastamos mais de R$ 12 milhões para levar pacientes para outras cidades. Agora é um sonho realizado poder prestar esses serviços aqui mesmo em Apucarana”, avalia Bachiega.

O hospital tem área construída de 4.062,88 metros quadrados, sendo 2.616,90 metros de reforma e 1.445,98 metros de ampliação. O espaço destinado ao Pronto Atendimento Infantil terá entrada própria e atendimento 24 horas/dia. Haverá duas entradas: uma pela Rua Miguel Simião, destinada aos pacientes, e a outra pela Rua Osvaldo Cruz, para ao acesso de funcionários e de serviços.

Na lateral será disponibilizado um amplo estacionamento com 50 vagas de automóveis em terreno comprado pela prefeitura.

O prefeito explica que na área completamente reformada de 2.616,90 metros, onde um dia funcionou o Hospital São José e depois abrigou a sede da Autarquia Municipal de Saúde, está concentrada a área médico hospitalar. O bloco 1.445,98 metros de ampliação é destinado aos setores de compras, depósito e uma parte da atividade administrativa.

“O Hospital de Apucarana vai realizar procedimentos de especialidades médicas para evitar que continuemos a colocar ônibus na estrada para que os pacientes realizem cirurgias em outras cidades. Essa obra foi um desafio e obrigado para todos que ficaram do meu lado, apesar das críticas. Nos cercamos das melhoras técnicas possíveis para entregar esse atendimento hospitalar moderno. Essa obra é a síntese de nossa gestão: fé, esperança e trabalho”, afirma Junior da Femac.

O prédio está sendo entregue com licenciamento do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e alvará de funcionamento.

Histórico do prédio

A história deste prédio do Hospital de Apucarana, agora totalmente reformado e ampliado, começou em 1965, quando sediava o Hospital São José. Este local também sediou o antigo PAM- Pronto Atendimento Municipal; e mais tarde foi sede da Autarquia Municipal de Saúde. Serviu ainda como pronto atendimento de combate à Covid. Trata-se de uma obra histórica ligada à saúde pública e volta hoje a ser hospital de Apucarana.



Fonte: Prefeitura de Apucarana


Bolsonarista que levou coroa de flores a Lula recebe R$ 14500 de pensão, brandiu taco na Paulista e processou o DCM


Maria Cristina de Araújo Rocha com políticos de extrema-direita, como Fernando Holiday (dir.), Carla Zambelli (centro) e Kim Kataguiri (esq.)

A bolsonarista Maria Cristina de Araújo Rocha, presa após chamar um policial negro de “macaco” em frente à casa do presidente Lula (PT), para onde levou uma coroa de flores, é velha conhecida do fascismo.

Em 2021, ela foi à Avenida Paulista com um taco de beisebol, ameaçando seus “inimigos”. O DCM reportou o fato, ela nos processou e perdeu.

Na nova façanha, nesta quarta-feira (18), a mulher de 77 anos fez seu teatro em Pinheiros, Zona Oeste da cidade de São Paulo.

Filha do coronel Virgílio da Silva Rocha, Cristina recebe do Estado, desde 2009, uma pensão mensal de R$ 14,5 mil, mas que pode variar. Em junho deste ano, por exemplo, ela ganhou R$ 17 mil líquidos em uma gratificação natalina.

Taco de beisebol na Paulista

Cristina Rocha ficou famosa, em maio de 2020, após ameaçar manifestantes na Avenida Paulista com um taco de beisebol com a inscrição “Rivotril”. Antes disso, já havia postado no Facebook ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal), especialmente contra o ex-ministro Celso de Mello.

A bolsonarista se sentiu ofendida ao ser retratada como “a fascista do taco de beisebol” e decidiu nos acionar na Justiça. Ficou contrariada com a publicação de um perfil em que sua filha contava quem ela era.

Maria Cristina de Araújo Rocha (à direita) empunhando taco de beisebol na Avenida Paulista com a inscrição “Rivotril”

A filha da extremista revelou, entre outras coisas, que ela nunca foi filha de general, como alegava, mas de coronel forçado ao exílio na França após aparecer com camiseta de Che Guevara no início dos anos 70. Maria Cristina sustentava, no processo, que o DCM causou danos à sua imagem.

Contudo, segundo nosso advogado, Francisco Ramos, “quem o fez foi a própria demandante se lançando à mídia com posicionamentos políticos polêmicos e, com isso, sujeitando-se não apenas às críticas jornalísticas, bem como aos esclarecimentos que precisou conferir junto à Delegacia de Polícia”.

De acordo com a decisão do juiz Luís Eduardo Scarabelli, “pode-se afirmar que o exercício da atividade de imprensa não transbordou dos limites da liberdade de expressão, direito fundamental assegurado constitucionalmente, como já dito”.

Ataque a chineses


Ataques de Maria Cristina e amigas aos chineses em SP

Cristina também foi denunciada pelo Ministério Público por “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

Com mais duas amigas, Neusa de Oliveira e Simone Gomes da Costa, ela armou uma palhaçada no consulado da China em São Paulo, em março de 2020, para atacar o povo chinês em meio à pandemia da Covid-19. As mulheres exibiam faixas com palavras de ordem como “Chinese Wuhan Pneumonia”, “China desgraça do mundo”, “Vírus made in China” etc.

Diante de um funcionário que gravava os ataques, gritou, junto com as amigas: “Seus ratos imundos! Grava aí seu rato! Seu rato chinês! Rato chinês! Rato da pior qualidade!”. Em interrogatório, elas confessaram tudo, conforme o relatório do MP.

Votação do BPC movimenta a Câmara. Mudanças ainda enfrentam oposição

O governo propõe mudanças que vão desde o uso de biometria para controle permanente dos cadastros até modificação nas regras de acesso ao programa

Dinheiro e fachada da Previdência Social (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

Cristiane Sampaio, Brasil de Fato | Brasília (DF) - Prestes a ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados, a proposta que altera regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) ainda enfrenta críticas entre alguns parlamentares do campo progressista. O governo Lula propõe, por meio do projeto de lei (PL) 4614/2024, mudanças que vão desde o uso de biometria para controle permanente dos cadastros até modificação nas regras de acesso ao programa, entre outros pontos. Relator da proposta, o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) alterou o texto entre quarta (18) e quinta-feira (19), mas a medida segue enfrentando rejeição de alguns setores.

A versão inicial do PL propunha, por exemplo, uma regra mais rígida sobre coabitação. A ideia seria que, se duas pessoas da mesma família tivessem dentro do espectro social de atendimento pelo programa, somente um deveria ter aval para receber as mensalidades do BPC. Em meio às resistências para aprovação do PL, essa previsão foi retirada do projeto por Bulhões. O parlamentar manteve, por outro lado, o trecho que prevê que a concessão administrativa ou judicial do benefício para pessoas com deficiência deve valer para os casos de deficiência "de grau moderado ou grave". Sendo assim, pessoas com deficiência considerada leve ficarão excluídas do processo.

"O BPC, assim como todos os outros programas sociais, merece uma malha fina para avaliação da existência de possíveis fraudes. No governo Bolsonaro, por exemplo, tivemos fraudes gigantescas no Bolsa Família e em outros benefícios, com pessoas que não precisavam e estavam recebendo [os valores]. Nisso eu acho que o governo está plenamente correto, mas, infelizmente, adentrou-se num terreno em que a diminuição do acesso ao benefício é certa, e isso precisava ser corrigido. Você classificar que uma pessoa com deficiência leve não pode ter acesso ao benefício é algo estranho. É leve para quem?", questiona a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), para quem é preciso considerar a conjuntura socioeconômica dos potenciais beneficiários.

"É necessário fazer uma avaliação que seja mais social e material, avaliando as condições da pessoa com deficiência e das suas famílias. Essa retração do benefício gera insegurança nas pessoas. Espero que corrijam isso. Nós vamos trabalhar nos destaques [sugestões de alteração em projetos de lei] para tentar mudar. Essa é a minha pretensão, mas o ideal seria que o governo retirasse esse ponto", emenda a parlamentar. O PL 4614 gerou críticas também entre alguns parlamentares de partidos de fora do segmento da esquerda.

"Não dá para fazer corte de gastos sem olhar para aquela pessoa que mais precisa. Temos que defender primeiramente quem não tem nem dinheiro para chegar aqui e trazer suas necessidades. É um dever moral desta casa proteger os mais necessitados. O exame biométrico, por exemplo, é algo que vai depender do poder público", disse Soraya Santos (PL-RJ), ao argumentar que os órgãos do Estado precisam ficar com o ônus do monitoramento dos beneficiários, de forma que o cidadão não tenha seu acesso ao recurso do BPC prejudicado por eventuais deficiências estruturais e tecnológicas dos governos no processo de fiscalização.

Para Glauber Braga (Psol-RJ), o BPC não deveria ter entrado no horizonte de corte de gastos do governo. "Acho inconcebível haver alterações no BPC que dificultem o acesso das famílias que precisam disso para sua sobrevivência. Minha expectativa ainda é de que essa matéria seja modificada para que não se criem dificuldades extras para essa população". Um levantamento publicado no último sábado (14) pelo portal Metrópoles mostrou que é alto o índice de judicialização de casos de solicitação de BPC, para os quais o Poder Judiciário costuma dar respostas lentas. O veículo localizou mais de 963 mil processos à espera de julgamento no Poder Judiciário, sendo a maioria delas nos Tribunais Regionais Federais (TRFs), onde há mais de 854 mil processos relacionados a pessoas com deficiência, por exemplo. Os demais são de pedidos de idosos que requerem o benefício.

Diante das dificuldades já existentes para o acesso ao BPC, Braga defende que o governo opte por priorizar a arrecadação de verbas em outras frentes. "O foco deveria ser em cima daqueles que estão no topo da pirâmide – bancos, sistema financeiro, etc. – e no enfrentamento às emendas parlamentares. Ontem, por exemplo, em mais uma votação, houve a ampliação da disponibilização de recursos de emendas para serem executadas [em troca de votos]. Quando se diz que somente 15% das emendas de comissões podem ser congeladas, por exemplo, você diz que 85% não serão. Isso não é pouca coisa. É uma quantidade grande de dinheiro e se faz necessário um maior enfrentamento por parte dos parlamentares do governo a essa lógica", defende o psolista.

Outro lado

O PL 4614/2024 também fixa regras para o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), espécie de seguro de crédito agrícola para casos de sinistro; reajuste do salário mínimo de acordo com o crescimento real da despesa previsto para o arcabouço fiscal; e para vedação de dedução de rendas não previstas em lei para fins de cálculo relacionado à concessão do BPC, entre outros pontos.

Encabeçado pelo líder do governo, José Guimarães, o texto do PL 4614 argumenta que "tais medidas objetivam aperfeiçoar o funcionamento de programas e o pagamento de benefícios, destinando-os a quem realmente precisa, e ajustar o ritmo de crescimento de algumas despesas de modo a compatibilizar especialmente a garantia de direitos e a sustentabilidade fiscal".

"O PL é fundamental para dissipar incertezas que afetam os preços dos ativos da economia brasileira, garantindo resiliência ao regramento fiscal, ao mesmo tempo em que assegura maior espaço fiscal a despesas discricionárias com fortes efeitos multiplicadores, como os investimentos públicos. Logo, a proposição traz consequências positivas para a estabilização da economia, apoiando a continuidade do processo de crescimento com estabilidade de preços e geração de emprego e renda", acrescenta Guimarães.

Fonte: Brasil 247

PEC de corte de gastos é aprovada em dois turnos na Câmara

Matéria será encaminhada para análise do Senado

PEC de corte de gastos é aprovada em dois turnos na Câmara (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

Agência Brasil - Cerca de duas horas e meia após a votação em primeiro turno, os deputados federais aprovaram nesta quinta-feira (19) a proposta de emenda à Constituição (PEC) do pacote de corte de gastos obrigatórios do governo. Mais cedo, a proposta havia sido aprovada em primeiro turno.

O placar do segundo turno foi de 348 votos favoráveis e 146 contrários. No primeiro turno, foram 344 votos a favor, 154 contra e duas abstenções. A matéria será encaminhada para análise do Senado.

Por ser uma proposta de mudança na Constituição, a proposta do governo tinha que ser aprovada em dois turnos pela Câmara. O texto precisava de 308 votos, três quintos dos 513 deputados, para passar.

A discussão em segundo turno começou após o plenário rejeitar dois destaques. Um destaque do PSOL buscava retirar as mudanças no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Outro destaque, relativo ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi rejeitado por unanimidade porque o tema será discutido em projeto de lei.

A PEC traz mudanças no abono salarial e no Fundeb, além de prorrogar a Desvinculação das Receitas da União (DRU). A proposta também abre caminho para a votação do projeto que limita os supersalários do funcionalismo público.

Para evitar a derrota da PEC, o governo concordou com que o relator do texto na Câmara, Moses Rodrigues (União Brasil-CE) enfraquecesse as verbas que podem ficar fora do teto de supersalários de R$ 44 mil. O texto original previa que uma lei complementar tratasse as verbas autorizadas a ficar fora do teto. Agora, o tema será regulamentado por meio de uma lei ordinária, que exige maioria simples.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Dólar recua mais de 2% após leilões do BC, falas de Galípolo e avanço do pacote fiscal

Após cinco pregões consecutivos de alta, em que acumulou valorização de 5,2%, o dólar à vista encerrou o dia cotado a 6,1243 reais

Notas de real e dólar 18/12/2024. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli/Illustration)

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista recuou mais de 2% nesta quinta-feira, caindo abaixo dos 6,13 reais, com o mercado reagindo positivamente a uma venda recorde da moeda norte-americana pelo Banco Central nesta manhã, a comentários do futuro presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, e ao avanço do pacote fiscal no Congresso.

Após cinco pregões consecutivos de alta, em que acumulou valorização de 5,2%, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 2,29%, cotado a 6,1243 reais, ainda o segundo maior valor nominal de fechamento da história.

Na B3, às 17h23, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 2,10%, a 6,124 reais na venda.

Na quarta-feira, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 2,78%, cotado a 6,2679 reais -- maior valor nominal de fechamento da história.

Logo após a abertura, o BC vendeu 3 bilhões de dólares à vista em um leilão anunciado na véspera. No entanto, assim como em operações recentes, o leilão teve efeito quase nulo nas negociações, com a moeda norte-americana ainda demonstrando força e se mantendo em patamares históricos.

Após o primeiro leilão, o dólar atingiu a máxima da sessão, a 6,2995 reais (+0,50%), às 10h11.

Pouco mais de uma hora depois da primeira operação, a autarquia vendeu mais 5 bilhões de dólares à vista em um segundo leilão anunciado minutos antes da venda. Foi o maior volume para uma única operação desde o início do regime de câmbio flutuante, em 1999, o que finalmente forneceu alívio à moeda brasileira.

Com as operações de hoje, o BC totaliza mais de 20,75 bilhões de dólares vendidos desde a quinta-feira da semana passada, em uma série de intervenções no câmbio que incluíram leilões à vista (13,75 bilhões de dólares) e leilões de linha (7 bilhões de dólares, em operações com compromisso de recompra).

Após os leilões desta manhã, o real ainda recebeu um impulso de falas de Galípolo consideradas positivas por analistas, com o hoje diretor de Política Monetária do BC enfatizando que a autoridade monetária tem ferramentas para atingir a meta de inflação e rejeitando ideia de que o real esteja sofrendo um ataque especulativo.

Falando na coletiva de imprensa do Relatório Trimestral de Inflação, Galípolo ainda apontou que a mais recente decisão do Copom, que elevou a Selic em 1 ponto percentual e sinalizou mais duas altas da mesma magnitude, teve um peso maior dos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu creditaria hoje essa inversão à atuação do BC. Entrou com mão pesada hoje e retirou a pressão, ao menos a mais aguda. Impacto foi imediato, impactou frontalmente a liquidez e o resultado veio", disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

"E eu interpretei como positiva a fala do Galípolo, sobre a preocupação com a inflação principalmente. Este tipo de coisa geralmente passa uma mensagem positiva", completou.

Por trás da fraqueza recente do real estão as preocupações dos investidores com o cenário fiscal brasileiro, à medida que o governo tenta avançar com suas medidas de contenção de gastos no Congresso, sendo essa a última semana para aprová-las antes do recesso de fim de ano.

Após um adiamento na véspera, a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, nesta quinta-feira Proposta de Emenda à Constituição que restringe o acesso ao abono salarial, projeto que faz parte do pacote fiscal. O movimento da Casa reduziu um pouco os temores de agentes financeiros de que os projetos fiscais não sejam votados até o fim deste ano.

"O que pegou mais cedo foi a lambança, né. Era para ter acontecido a aprovação (da PEC) ontem à noite. Mas o que eu acho é que o mercado já precificou (anteriormente) o pior cenário. Acho que o dólar só volta a decolar por motivos técnicos ou fluxo mesmo", disse Bergallo.

Na curva de juros brasileira, as taxas futuras reverteram as altas de mais cedo e recuaram, com quedas de mais de 60 pontos-base em alguns contratos, em pregão que contou ainda com atuação do Tesouro Nacional na recompra de títulos públicos.

No Relatório Trimestral de Inflação divulgado mais cedo, o BC piorou significativamente suas projeções para cumprimento da meta de inflação, estimando que a probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta está perto de 100% neste ano, contra projeção anterior de 36%.

O dólar atingiu a mínima da sessão durante a tarde, na esteira das notícias positivas sobre o fiscal, a 6,1063 reais(-2,58%%), às 15h43.

No exterior, o cenário era favorável ao dólar, com os mercados globais ainda reagindo à decisão do Federal Reserve na véspera, em que os membros reduziram a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, como previsto, mas sinalizaram um afrouxamento monetário menor do que o esperado anteriormente para o próximo ano.

A perspectiva de menos cortes pelo banco central dos Estados Unidos implica rendimentos mais altos para os Treasuries, o que torna o dólar mais atrativo para investidores estrangeiros e gera fuga de capital em países emergentes.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,09%, a 108,360.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Chico Alencar: ‘a resistência dos ricos contra a segunda parte da reforma tributária é imensa’ (vídeo)

A Câmara aprovou a primeira etapa da proposta, que alterou o regime de impostos sobre o consumo

Chico Alencar (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (19), que a “resistência dos ricos” para impedir uma reforma tributária sobre a renda é “imensa”. O parlamentar divulgou o seu posicionamento após a Câmara dos Deputados aprovar a primeira etapa da proposta, que alterou o regime de impostos sobre o consumo. A segunda etapa do projeto, que incidirá sobre a renda, deverá ser enviada ao Congresso Nacional em 2025.

“A simplificação dos impostos é importante, e o PSOL votou a favor. Agora, apesar de a reforma como um todo ser positiva, há muitas contradições que não podemos esquecer”, afirmou o parlamentar em um vídeo publicado no Instagram.

“O principal problema desse projeto é que ele se limita a mudanças no consumo, enquanto questões estruturais, como a tributação sobre o patrimônio, permanecem intocadas. Até quando?”.

A primeira etapa da proposta, aprovada pelos parlamentares em 2023, alterou o regime de impostos sobre o consumo: cinco impostos cobrados atualmente (IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS) foram extintos e transformados no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, com dois tipos de cobrança (CBS federal e IBS subnacional).
Fonte: Brasil 247

Lindbergh: 'a Faria Lima sabota o Brasil. Os números sustentam que não existe crise'

'Querem derrotar o Lula e antecipar as eleições de 2026', afirmou o deputado

Lindbergh Farias (Foto: Divulgação)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) publicou, nesta quinta-feira (19), uma mensagem de repúdio ao “terrorismo” da mídia e do mercado. De acordo com o parlamentar, o “Brasil cresce, gera empregos e reduz a pobreza”. O petista condenou “toda a sabotagem do Banco Central e a especulação absurda com o dólar para provocar aumento da inflação e dos juros”.

“Essa turma não aceita um governo popular que coloque os mais pobres no orçamento. Querem derrotar o Lula e antecipar as eleições de 2026. Quem está criando incerteza, plantando tempestade e sendo irresponsável com o Brasil é a Faria Lima”, declarou Lindbergh. "Os números não sustentam essa crise".

O Banco Central aumentou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) saiu de 3,2% para 3,5%, mostrou o Relatório de Inflação, do BC.

O petista também fez críticas ao jornal O Globo, que, segundo ele, “devia ouvir a opinião do povo e não ser somente porta-voz do mercado financeiro!”. “Quem desafia a lógica é O Globo ao defender uma política monetária de juros altos no Brasil, sem qualquer base técnica e na contramão do que está acontecendo ao redor do mundo. O Brasil tem um dos maiores juros do planeta, e isso não é ‘ciência econômica’, como O Globo quer fazer crer”, acrescentou.

“Em editorial, O Globo fala em grave crise fiscal. Onde está essa ‘grave crise’? O governo do presidente Lula apresentou um pacote fiscal equilibrado, mexendo com privilégios de militares, supersalários, desonerações de grandes empresas e propondo taxar os mais ricos. Mas O Globo e a Faria Lima acham pouco. O que é ‘ajuste fiscal na medida necessária’ para eles? É jogar a conta somente em cima do povo mais pobre, acabar com a política de valorização do salário mínimo, propor aposentadorias menores que um salário, destruir os pisos constitucionais da saúde e educação. Isso o governo do presidente Lula não vai fazer!”, enfatizou.

O deputado também apresentou números: “Nós saímos de um déficit de 2,1% em 2023, fruto do desgoverno e da gastança de Bolsonaro, e vamos entregar um déficit de 0,25% em 2024. Isso não é pouco".

 

Fonte: Brasil 247

“Centro Dia” ganha sede no centro de Apucarana



A partir de janeiro, o Centro Dia da Pessoa Idosa de Apucarana passa a funcionar em novo local. O programa, destinado ao atendimento especializado de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade social que possuem algum grau de dependência de cuidados, funcionará em imóvel central, a apenas duas quadras da Praça Interventor Manoel Ribas, na Rua Irmã Eleutéria, nº 205. Até então, as atividades aconteciam no Centro de Convivência do Idoso, no Jardim Aeroporto, cujo imóvel está em reforma.

A apresentação da nova sede, que passa a se chamar Centro Dia Domingos Farinha Martins, aconteceu nesta quarta-feira (19/12) em ato informal com um café da tarde conduzido pelo secretário Municipal da Assistência Social, Juliano Dalla Costa, que na ocasião representou o prefeito Júnior da Femac. Além de membros da equipe técnica da assistência social, também prestigiaram o café Willian Farinha, filha do homenageado, e a futura secretária da Assistência Social, Fabíola Cristina Carreiro.

Atualmente, o Centro Dia atende a 14 idosos com atendimento que envolve atividades da vida diária, como manutenção da saúde, higiene, cuidado pessoal, mobilidade, memória, entre outras ações que visam garantir autonomia e independência. “Neste programa, os idosos são buscados em casa pela manhã e passam o dia no Centro Dia, onde recebem alimentação, atividades físicas, atendimento psicológico e de saúde, participam de ações culturais, recebem orientações sócio-familiar, entre outras atividades em grupo”, pontua Juliano Dalla Costa, secretário municipal da Assistência Social.

O programa funciona de segunda a sexta-feira, com o transporte para a unidade é realizado pela equipe municipal e as atividades são realizadas em horário comercial, para promover às famílias apoio na prestação dos cuidados. “O Centro Dia é ainda um importante serviço na prevenção do isolamento e institucionalização social, bem como para a melhora da qualidade de vida do idoso. Todos atendidos possuem histórias de superação que nos motivam a trabalhar e continuar ainda mais fortes na busca da melhoria do serviço, que já é de excelência. Por muito tempo lutamos por esta nova sede e, com apoio do prefeito Júnior da Femac e empenho de toda nossa equipe, conseguimos concluir ainda em tempo de entregarmos dentro da atual gestão”, comemorou, agradecendo ainda as famílias dos idosos pela confiança no atendimento.

A futura secretária da pasta, Fabíola Cristina Carrero, aprovou o novo espaço e garantiu continuidade do Centro Dia. “Parabenizo ao Juliano e toda equipe pelo carinho e capricho na estruturação desta nova sede. É um presente para os idosos e também para nós, da nova gestão. Um trabalho de excelência que tem que continuar e vai continuar”, garantiu.

Emoção – Momentos de emoção marcaram o evento quando o homenageado com o nome da unidade, Domingos Farinha Martins, era citado. Falecido no dia 5 de maio deste ano aos 88 anos, Seu Farinha, como era conhecido, foi um cidadão engajado em lutas sociais, tendo participado de conselhos municipais de defesa da população, nas áreas de saúde, da pessoa idosa e da assistência social. “A escolha do nome do Seu Farinha foi uma justa homenagem àquele que foi um grande parceiro da pessoa idosa, sempre atuante nos conselhos da cidade”, concluiu Juliano Dalla Costa, secretário da Assistência Social de Apucarana, puxando uma salva de palmas.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

“Um pouco frustrante", diz futura presidente do STM sobre redução das penas de militares envolvidos no caso Evaldo

O músico Evaldo Rosa e o catador Luciano Macedo foram fuzilados com 257 tiros

Maria Elizabeth Rocha (Foto: Divulgação/STM)

A ministra Maria Elizabeth Rocha, que assumirá a presidência do Superior Tribunal Militar (STM), classificou nesta quinta-feira (19) como “frustrante” o desfecho do julgamento que reduziu as penas dos militares envolvidos nas mortes do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo, fuzilados com 257 tiros. O caso ocorreu em 2019, durante a intervenção comandada pelo general Braga Netto na segurança pública do Rio de Janeiro

“Foi um pouco frustrante ver a diminuição das penas, na medida em que os agravos cometidos foram uma verdadeira barbárie”, afirmou a magistrada em entrevista à GloboNews. Para ela, é incompreensível classificar o episódio como homicídio sem intenção de matar, considerando que o caso envolveu quase 300 tiros.

Na quarta-feira, o STM reduziu as penas dos oito militares condenados pelo crime. Dois deles foram sentenciados a 3 anos e 6 meses de detenção, enquanto os outros seis receberam penas de 3 anos de prisão. As condenações originais eram mais severas, com penas próximas a 30 anos de reclusão.

Fonte: Brasil 247

Tribunal solta “Rei do Lixo” e parlamentar envolvidos em escândalo de corrupção

O empresário Marcos Moura e o vereador Francisco Nascimento são investigados por fraudes em licitações, desvio de verba pública e lavagem de dinheiro

Marcos Moura, o "Rei do Lixo" (Foto: Reprodução/Instagram)

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) soltou, nesta quinta-feira (19), o empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo” da Bahia, e o vereador eleito de Campo Formoso (BA), Francisco Nascimento (União Brasil).

Os dois foram presos em 10 de dezembro durante a Operação Overclean, que investiga fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Os participantes do esquema teriam movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.

Eleito vereador na cidade de Campo Formoso, Francisquinho, como é conhecido, é primo do atual líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA).

Fonte: Brasil 247

Vereador bolsonarista é preso por usar dinheiro do tráfico para comprar votos

O vereador Genilson Costa, preso por compra de votos em Roraima. Foto: reprodução

O vereador bolsonarista Genilson Costa (Republicanos), presidente da Câmara de Boa Vista, em Roraima, foi preso na última quarta-feira (18) durante a Operação Martellus, da Polícia Federal (PF). O parlamentar é acusado de liderar um esquema de compra de votos financiado pelo tráfico de drogas, que teria movimentado cerca de R$ 1 milhão para a reeleição nas eleições de 2024.

As investigações revelaram que Genilson utilizava grupos de WhatsApp para gerenciar o esquema, com destaque para o grupo “Os Top 100”. Nele, eleitores recebiam entre R$ 100 e R$ 150 em troca de votos, e despesas diversas eram registradas e organizadas. Entre os gastos listados estão R$ 510 para cervejas em uma reunião política, R$ 4 mil para um pastor evangélico e R$ 500 para quimonos de um projeto social de jiu-jitsu.

Além de Genilson, outras 12 pessoas foram alvos de mandados de prisão, incluindo o subcomandante-geral da Polícia Militar de Roraima, coronel Francisco das Chagas Lisboa, e a chefe de gabinete do vereador, Michelle Parnaíba.

Segundo a PF, Michelle criava as planilhas que detalhavam os pagamentos e coordenava a distribuição de dinheiro em mais de 50 locais. Sua relação com o esquema também envolvia a ajuda de seu marido, Ricardo Loureto, responsável pela prestação de contas da campanha.

A esposa de Genilson, Natalie Guimarães, policial civil, também teve um mandado de prisão expedido, mas permanece foragida. Já a irmã do vereador foi presa sob suspeita de atuar na organização financeira do esquema.

A policial civil Natalie Guimarães, esposa de Genilson, está foragida. O coronel Francisco Lisboa, subcomandante-geral da PM, foi preso. Foto: reprodução
As investigações indicam que o bolsonarista utilizava o tráfico de drogas como fonte de recursos para a compra de votos e outras atividades ilícitas. Em outubro deste ano, a PF prendeu em flagrante integrantes de sua campanha que estavam distribuindo dinheiro em troca de votos. Na ocasião, o vereador também foi detido, mas foi liberado após habeas corpus.

O esquema envolvia o envio de comprovantes de pagamento no grupo de WhatsApp, além de diálogos que apontam a cumplicidade de agentes públicos. O coronel Francisco Lisboa, por exemplo, teria informado Genilson sobre denúncias recebidas pela PM, violando o sigilo das investigações.

Reeleito com 3.744 votos, Genilson Costa segue para seu terceiro mandato consecutivo como vereador, sendo um dos mais votados nas últimas eleições. Apesar disso, o caso levanta questionamentos sobre a integridade de seu mandato e o impacto de suas ações na política de Boa Vista.

A defesa do vereador classificou sua prisão como “arbitrária e injusta”. A Polícia Militar informou estar acompanhando o caso e afirmou que tomará as medidas cabíveis após a conclusão das investigações.

Os envolvidos poderão ser indiciados por corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, associação criminosa, transporte ilegal de eleitores, violação de sigilo funcional, entre outros crimes.

Fonte: DCM

VÍDEO – Deputados bolsonaristas comemoram a alta do dólar no Congresso

 

Deputados bolsonaristas no Congresso comemora a alta do dólar. Foto: reprodução
Um grupo de deputados bolsonaristas na Câmara dos Deputados, incluindo Rosângela Moro (União Brasil), comemorou a alta do dólar nesta quarta-feira (18). Em vídeo publicado nas redes sociais, eles exibiram notas gigantes de “R$ 6,20” com a imagem de Lula no plenário do Congresso. A ação foi vista como uma crítica irônica à alta do dólar, que registrou um novo recorde nominal ao fechar em R$ 6,267. O episódio ocorreu no mesmo dia em que a Câmara discutia projetos do pacote de corte de gastos.

Diante do impacto econômico, a Advocacia-Geral da União (AGU) acionou a Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para investigar possíveis crimes contra o mercado de capitais. A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) afirmou que boatos sobre política monetária comprometeram a estabilização cambial, gerando graves repercussões no mercado.

“Há uma relação direta entre a cotação de moedas estrangeiras e os valores mobiliários negociados em bolsas de valores”, destacou a AGU. O alerta foi motivado por informações falsas disseminadas nas redes sociais sobre o Banco Central e Gabriel Galípolo, indicado para a presidência da instituição.

Uma postagem viral no Twitter atribuía a ele uma declaração sobre o dólar, que foi amplamente compartilhada antes de a conta responsável ser deletada. A mensagem alegava que Galípolo buscaria reduzir a moeda americana para R$ 5,00 até 2025. Para a AGU, tais ações podem configurar crimes conforme o artigo 27-C da Lei 6.385/76.