quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Por 344 a 154 votos, Câmara aprova, em primeiro turno, PEC do ajuste fiscal

Texto-base limita acesso ao abono salarial, reduz repasses ao Fundeb e endurece regras contra supersalários
Câmara dos Deputados (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (19), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do ajuste fiscal, que promove mudanças significativas em benefícios sociais e na gestão de recursos públicos. Com 344 votos favoráveis e 154 contrários, o texto ainda será submetido a uma segunda rodada de votação antes de seguir para o Senado. A informação foi divulgada pelo portal G1.

A medida integra o pacote de ajuste fiscal do Ministério da Fazenda, projetado para equilibrar as contas públicas e gerar uma economia de até R$ 2 bilhões nos próximos anos. O texto aprovado apresenta mudanças nos critérios de concessão do abono salarial, nos repasses para a educação básica e na regulamentação de supersalários no funcionalismo público.

◉ Abono salarial mais restrito

Uma das alterações mais relevantes é a limitação progressiva ao acesso ao abono salarial, um benefício similar a um 14º salário pago a trabalhadores de baixa renda. Em 2025, somente quem recebeu até dois salários mínimos no ano-base de 2023 (R$ 2.640) terá direito ao abono.

A partir de 2026, o critério será ajustado pela inflação, enquanto o salário mínimo deverá ter ganho real. Nos anos seguintes, o limite será ainda mais rigoroso, restringindo o pagamento a quem ganha até 1,5 salário mínimo. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida poderá gerar uma economia de R$ 2 bilhões até 2027.

◉ Redução nos repasses ao Fundeb

A PEC também desidrata parte dos repasses ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), ao criar uma nova categoria de distribuição de recursos para a educação em tempo integral.

Hoje, a União complementa o Fundeb com pelo menos 23% dos recursos destinados à educação básica, baseando-se em critérios como evolução de indicadores educacionais. A proposta original do governo permitia que até 20% desses repasses fossem direcionados à educação em tempo integral. Contudo, o texto aprovado na Câmara limitou esse percentual a 10% em 2025.

Na prática, a medida reduz a verba disponível para outros programas do Fundeb e permite ao governo redirecionar recursos antes vinculados ao Ministério da Educação.

◉ Endurecimento contra supersalários

A PEC também prevê a criação de uma lei específica para barrar supersalários no funcionalismo público. A intenção é limitar pagamentos que superem o teto salarial de R$ 44 mil em 2024 e R$ 46,3 mil em 2025.

A medida endurece regras sobre “penduricalhos”, como auxílio-moradia e outras verbas indenizatórias, que atualmente não são contabilizadas no teto. Contudo, para atender a pressões de servidores públicos, a Câmara permitiu que esses benefícios continuem sendo pagos até que uma nova legislação seja sancionada.

◉ Desvinculação de receitas públicas

Outro ponto importante é a prorrogação, até 2032, da desvinculação de parte das receitas da União. Isso permite ao governo usar livremente recursos antes obrigatoriamente alocados em áreas como saúde e educação. A alíquota de desvinculação foi mantida em 30% da arrecadação, mas agora inclui também receitas patrimoniais, como dividendos e royalties.

Além disso, alterações futuras nos pisos constitucionais para saúde e educação deverão seguir limites de crescimento previstos no arcabouço fiscal, restringindo o aumento das despesas públicas.

◉ Próximos passos

Após a aprovação em primeiro turno, a PEC deverá ser analisada novamente pela Câmara em uma segunda votação. Se passar, seguirá para o Senado Federal, onde também precisará ser aprovada em duas votações para entrar em vigor e integrar a Constituição Federal, promovendo mudanças profundas na gestão fiscal do Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Novo espaço da Amuvi é entregue em Apucarana




Junior da Femac: "O Espaço Amuvi fará com que a associação possa se fazer ouvir, através de Apucarana, no centro da maior cidade do Vale do Ivaí”

A nova sede da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí, chamado de Espaço Amuvi, foi entregue nesta quinta-feira (19/12). Localizado na Praça Rui Barbosa, onde funciona o Polo UAB, o espaço conta com sala de reuniões, salas de apoio, copa, Wi-Fi, ar condicionado, data show, aparelhos de TV auxiliares para acompanhamento de conteúdos, além das bandeiras dos municípios e galeria dos presidentes.

O espaço foi entregue logo após a eleição da Amuvi – reunindo prefeitos atuais e prefeitos eleitos – quando ocorreu o descerramento da placa e o corte da fita inaugural. Estiveram presentes o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, e o prefeito eleito, Rodolfo Mota, além do atual presidente da Amuvi, Emerson Toledo, e o presidente eleito da associação, Primis de Oliveira.

A Prefeitura de Apucarana viabilizou o espaço, fez a reforma e implantação do mobiliário, investindo cerca de R$ 60 mil. “É um prédio emblemático que já abrigou o Fórum da Justiça e a Prefeitura. É um compromisso assumido, conforme tratativas feitas com os demais prefeitos. O Espaço Amuvi fará com que a associação possa se fazer ouvir, através de Apucarana, no centro da maior cidade do Vale do Ivaí”, frisa o prefeito de Apucarana, Junior da Femac.

Ao destacar o consenso na eleição da Amuvi, Junior da Femac cita a imagem do Rio Ivaí que faz parte da decoração da sala de reuniões. “O rio que nos une. O Vale do Ivaí é uma região rica, que produz alimentos, tem vocação turística e que agora terá uma estrutura adequada para defender os interesses comuns”, assinala Junior da Femac.

O prefeito eleito de Apucarana, Rodolfo Mota, afirma que o novo espaço será a casa dos 26 prefeitos da Amuvi. “Será um local de encontro e de apoio. Se for discutirem algo, se estiverem em Apucarana e precisarem fazer uma reunião com a equipe, se forem receber um deputado usem este espaço. Essa é a casa dos 26 municípios do Vale do Ivaí”, reitera Rodolfo Mota.


O prefeito de Cambira, Emerson Toledo, que presidiu a Amuvi em 2024 também destacou a “grandeza” dos prefeitos que chegaram a um consenso na eleição, citando ainda a mesma postura adotada no processo de discussão que manteve a sede administrativa em Apucarana e definiu a construção de uma sede campestre da entidade às margens do Rio Ivaí.

O prefeito eleito de Godoy Moreira, Primis de Oliveira, e que foi escolhido para presidir a Amuvi, disse que a associação se manterá unida. “Vamos estar juntos, dialogando e apresentando as nossas demandas junto ao governo do estado e ao governo federal. O Vale do Ivaí já se desenvolveu muito, mas ainda tem muito coisa para fazer”, afirma o novo presidente da Amuvi.

O prefeito de Ivaiporã, Luiz Carlos Gil, afirma que a nova sede é um sonho realizado. “Tivemos algumas divergências, mas aquele limão azedo virou uma boa limonada. Ficou uma sala maravilhosa, uma decoração linda e com ar de associação regional. Vamos partir agora para a outra luta, que vai ser a outra sede que vai ter espaço para treinamento, mas a sede oficial é em Apucarana e isso ficou definido lá atrás”, enfatizou o prefeito de Ivaiporã.

Fonte: Prefeitura de Apucarana


APUCARANA: UENP abre inscrições para segunda licenciatura em Letras-Espanhol


A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) está com inscrições abertas para o processo seletivo do curso de Segunda Licenciatura em Letras: Habilitação em Espanhol, na modalidade de Educação a Distância (EAD). O edital contempla sete vagas para o Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) de Apucarana.

O curso, totalmente gratuito, será oferecido de forma remota, por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem da UENP, com possibilidade de encontros presenciais para atividades práticas e avaliativas no Polo da UAB.

Podem se inscrever candidatos egressos de cursos superiores de graduação em licenciatura, que se enquadrem nas modalidades de Demanda Regular (destinada a professores no exercício da docência na educação básica) e Demanda Social (voltada aos candidatos que não atendem ao critério da demanda regular).

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no período de 18 de dezembro de 2024 a 17 de janeiro de 2025, através do site: https://uenp.edu.br/eadvestibular. Não há cobrança de taxa de inscrição.

Para realizar a inscrição, os candidatos devem enviar cópias dos seguintes documentos: Registro Geral (RG), histórico escolar do Ensino Médio, diploma de graduação (Licenciatura) e, para os candidatos da Demanda Regular, comprovante de exercício da docência e tempo de atuação na educação básica.

A seleção será realizada com base na média das notas de Língua Portuguesa, conforme o histórico escolar do Ensino Médio.


Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato com a coordenação do Polo da UAB de Apucarana pelo WhatsApp, através do número (43) 3425-1603, ou pessoalmente, no endereço: Praça Rui Barbosa, nº 12.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Vereadores eleitos em Apucarana são diplomados

Solenidade promovida pela Justiça Eleitoral aconteceu nesta quarta-feira (18), no Auditório Gralha Azul

Vereadores reeleitos e eleitos em Apucarana foram diplomados na noite desta quarta (18)

A Justiça Eleitoral promoveu, na noite desta quarta-feira (18), em solenidade no Auditório Gralha Azul, na dependências da Unespar, a cerimônia de diplomação dos eleitos da Comarca de Apucarana, que abrange também os municípios de Novo Itacolomi e Cambira.

De Apucarana, foram diplomados o prefeito eleito, Rodolfo Mota da Silva (União Brasil), o vice-prefeito, Antônio Marques da Silva, o Marcos da Vila Reis (PP), e os 11 vereadores eleitos no último pleito municipal de 6 de outubro.

Foram diplomados os vereadores Moisés Tavares Domingos (PP), Tiago Cordeiro de Lima (PDT), Guilherme Livoti (União Brasil), Gabriel Caldeira (União Brasil), Adan Augusto Lenharo Fernandes (DC), Danylo Fernando Acioli Machado (DC), Sidnei José de Oliveira (MDB), José Airton Deco de Araújo (Agir), Miguel Luiz Vilas Boas (PDT) e Antonio Luciano Facchiano (Agir), e a vereadora Eliana de Lourdes Lima Rocha (Solidariedade).

A solenidade comandada pelo juiz Rogério Tragibo de Campos foi acompanhada por um grande público formado por familiares dos diplomados e de autoridades políticas. O ato solene promovido pela Justiça Eleitoral, atesta que os candidatos foram legitimamente eleitos e estão aptos para tomarem posse no dia 1º de janeiro de 2025.

Fonte: Câmara Municipal

Deputado bolsonarista é denunciado por fala transfóbica contra Erika Hilton

Os deputados federais Abílio Brunini (PL-MT) e Erika Hilton (PSOL-SP). Foto: Reprodução

O deputado federal bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por injúria contra Erika Hilton (PSOL-SP). Ele é acusado de ofender a parlamentar fora do microfone e outros colegas confirmaram o teor das declarações.

Segundo a denúncia, Brunini insinuou que Erika Hilton oferecia “serviços”. O Grupo de Trabalho sobre Violência de Política de Gênero, ligado à Procuradoria-Geral Eleitoral, apontou transfobia na fala do bolsonarista.

Ao g1, a assessoria de Brunini afirmou que ele ainda não foi notificado sobre a denúncia. A PGR atribuiu a ele o crime de injúria, que tem pena de um a seis meses de prisão, e a ministra Cármen Lúcia, relatora do caso, determinou a realização de uma audiência para discutir o caso com a defesa do deputado.

A magistrada busca um acordo com os advogados de Brunini para evitar levar o processo a julgamento por meio do pagamento de multa ou prestação de serviço. Caso a negociação não avance, o STF vai analisar a abertura de uma ação penal.


A fala de Brunini ocorreu em julho do ano passado, durante a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro. Na ocasião, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) acusou o bolsonarista de homofobia enquanto Erika Hilton falava. Outros parlamentares, como a senadora Soraya Thronice (Podemos-MS), confirmaram o teor da fala.

Na ocasião, o deputado não fazia parte do colegiado e participava das sessões de maneira recorrente para gerar tumulto e provocar parlamentares da base do governo.

Fonte: DCM

Galípolo: Lula jamais chegou perto de discutir comigo o que o Banco Central vai fazer

Declaração ocorreu durante a coletiva de apresentação do relatório de inflação do quarto trimestre

Gabriel Galípolo (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Durante a coletiva de apresentação do relatório de inflação do quarto trimestre, realizada nesta quinta-feira (19) em Brasília, Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, afirmou que o termo "ataque especulativo" não descreve adequadamente os movimentos recentes no mercado cambial. A avaliação do economista, que assume o comando da instituição em janeiro de 2025, foi divulgada pelo G1.

"Não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico, uma coisa só, coordenada. Mercado funciona geralmente com posições contrárias, tem alguém comprando e alguém vendendo. Quando o preço de ativo [como o dólar] se mobiliza em uma direção, têm vencedores e perdedores. Ataque especulativo não representa bem como o movimento está acontecendo no mercado hoje", declarou Galípolo.

O futuro presidente do BC também reforçou que "Lula jamais chegou perto de discutir comigo o que o Banco Central vai fazer".

Visão sobre o mercado financeiro

O futuro dirigente enfatizou que o mercado financeiro é caracterizado por sua diversidade de agentes e estratégias, o que impede interpretações simplistas sobre movimentos de ativos como o dólar. Ele explicou que as oscilações de preço refletem uma dinâmica natural de contrapartes, onde há quem ganhe e quem perca conforme as cotações variam.

Galipolo foi vítima de fake news indicadas como justificativa para o ataque especulativo do mercado financeiro, que resultou na disparada do dólar nos últimos dias.

A Advocacia-Geral da União (AGU), comandada pelo ministro Jorge Messias, encaminhou, nesta quarta-feira (18), ofícios à Polícia Federal (PF) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitando a abertura de investigações sobre possíveis crimes contra o mercado financeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Gleisi rebate ataques do O Globo e acusa veículo de "lançar sobre Lula e o PT a responsabilidade pelo ataque especulativo”

Editorial diz que "ataques de Lula e do PT ao BC desafiam a lógica"

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann, reagiu com veemência ao editorial publicado nesta quinta-feira (19) pelo jornal O Globo. O texto acusava o governo de Luiz Inácio Lula da Silva de adotar "teses fantasiosas na economia" e responsabilizava o Planalto pela instabilidade no mercado cambial. Em resposta, Gleisi afirmou que o veículo tenta, injustamente, atribuir ao PT e ao presidente Lula a responsabilidade pelo ataque especulativo ao real, em vez de reconhecer o papel desempenhado pelo Banco Central (BC).

"Quem desafia a lógica, os fatos e a verdade é o editorial do Globo, ao tentar lançar sobre o presidente Lula e o PT a responsabilidade pelo ataque especulativo ao real", declarou a deputada, reforçando que a inflação está sob controle e que o governo tem promovido ajustes fiscais significativos, diferentemente do cenário herdado da gestão anterior.

◉ Crítica ao Banco Central e à política monetária

Em sua manifestação, Gleisi apontou que o Banco Central tem atuado de forma irresponsável ao manter taxas de juros elevadas e ampliar os custos da dívida pública, prejudicando o equilíbrio fiscal. Segundo ela, a instituição tem sabotado as iniciativas do governo ao adotar uma política contracionista, que contraria os esforços de recuperação econômica.

"Qual é a lógica de fixar as maiores taxas de juros do planeta, na contramão das maiores economias do mundo, com base apenas em 'expectativas inflacionárias' e não na realidade de um IPCA que é praticamente igual ao do ano passado?", questionou Gleisi. Ela também criticou o que chamou de "politização radical" do Banco Central, citando que o órgão, nomeado durante a gestão de Jair Bolsonaro, tem se mantido em rota de colisão com o governo Lula.

◉ Defesa das políticas do governo

A presidente do PT também destacou os avanços do governo atual, incluindo a redução significativa do déficit fiscal, o controle da inflação e a manutenção de políticas sociais, como os pisos de educação e saúde, além do aumento real do salário mínimo. Gleisi rebateu as críticas de que o governo não estaria comprometido com a responsabilidade fiscal, acusando o editorial do jornal de ignorar os dados concretos em favor de uma narrativa desestabilizadora.

"Não há 'ciência econômica' nesta distorção de natureza essencialmente política, que está na origem do ataque especulativo à moeda nacional. Nenhum ajuste vai saciar essa gente, porque seu objetivo é desestabilizar o governo do presidente Lula", afirmou.

◉ Comparações com o governo anterior

Gleisi aproveitou para relembrar o desempenho econômico da gestão Bolsonaro, destacando a desvalorização do real em mais de 45% frente ao dólar e as dificuldades fiscais herdadas pelo atual governo. Para ela, os ataques especulativos recentes e as críticas direcionadas ao PT refletem uma tentativa de impedir o crescimento econômico aliado à inclusão social, marca registrada das gestões petistas anteriores.

A presidente do PT concluiu sua resposta afirmando que o jornal O Globo deveria cobrar autocrítica do governo anterior e não do PT, que, segundo ela, está implementando políticas alinhadas às demandas da população que reelegeu Lula com ampla maioria. "Definitivamente, não é do PT que o Globo deve cobrar autocrítica", declarou.

◉ O editorial do Globo

No texto que gerou a reação de Gleisi, o jornal acusava o governo de não assumir responsabilidades pela instabilidade econômica e de promover ataques contínuos à política monetária do Banco Central. Para o Globo, o momento exige "seriedade" e "ajuste fiscal na medida necessária", críticas que foram rebatidas ponto a ponto pela presidente do PT em sua resposta contundente.

Fonte: Brasil 247

Nikolas Ferreira será relator de projeto de Érika Kokay sobre fake news

A escolha de Nikolas como relator chamou atenção por ser uma figura controversa nas redes e por protagonizar polêmicas sobre liberdade de expressão

Nikolas Ferreira (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Nos últimos dias de seu mandato como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, a deputada Caroline de Toni (PL-SC) designou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) como relator de um projeto de lei que criminaliza a disseminação de fake news em períodos eleitorais. A proposta foi apresentada pela deputada petista Érika Kokay (DF) e prevê punições rigorosas para quem espalhar informações falsas de maneira deliberada durante as eleições.De acordo com reportagem do Metrópoles, a indicação ocorreu na quarta-feira (18).

O projeto de Kokay, protocolado em junho de 2024, antes das eleições municipais, estava em análise preliminar e agora seguirá para relatoria. A proposta sugere pena de reclusão de dois a seis anos, além de multa, para quem "disseminar fatos sabidamente inverídicos capazes de comprometer o processo eleitoral".

Érika Kokay justificou a iniciativa destacando os impactos nocivos das fake news no sistema democrático brasileiro. “No atual contexto histórico-político brasileiro, assistimos com imensa preocupação a profusão de uma verdadeira máquina de desinformação nas redes sociais e em tantos outros meios de comunicação, nos quais se confunde, seja por ignorância ou má-fé, liberdade de expressão com liberdade de atacar instituições democráticas e destruir reputações alheias sem o menor pudor”, afirmou a deputada petista.

O projeto ainda precisa ser debatido na CCJ antes de seguir para votação no plenário da Câmara. No entanto, com o encerramento do ano legislativo previsto para sexta-feira (20), a análise só deverá ocorrer em 2025. Caso Nikolas Ferreira não seja mantido como membro da comissão no próximo ano, caberá ao futuro presidente da CCJ designar um novo relator.

A escolha de Nikolas Ferreira, figura controversa e conhecida por sua forte presença nas redes sociais, chamou a atenção de analistas políticos. O deputado mineiro já protagonizou polêmicas envolvendo debates sobre liberdade de expressão e regulação das plataformas digitais. A relatoria do projeto poderá colocar Ferreira em uma posição central no debate sobre desinformação nas próximas eleições.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Dólar cai mais de 1% após segundo leilão do BC no dia

Com as vendas de hoje, o BC totaliza mais de 20,75 bilhões de dólares vendidos desde a quinta-feira da semana passada

Notas de dólar (Foto: Reuters/Sukree Sukplang)

O dólar começa esta quinta-feira (19) em alta mesmo depois de o BC (Banco Central) ter leiloado US$ 8 bilhões nesta manhã. Mesmo após a oferta inicial, a moeda chegou a manter-se em alta, mas recuou após a nova injeção de recursos. Na maior cotação do dia, a moeda alcançou a marca de R$ 6,30. Às 12h29, a cotação era de R$ 6,161. A Bolsa de Valores opera em alta de 0,5%, acima dos 121 mil pontos. As informações são da Reuters e Infomoney.

Após subir quase 3% na véspera, a divisa americana passa por uma sessão bastante volátil nesta quinta, com máxima de R$ 6,300 e mínima de R$ 6,140.

O Banco Central realizou dois leilões cambiais pela manhã. No segundo leilão, o BC aceitou 10 propostas, com um diferencial de corte de -0,035000, entre às 10h35 e 10h40.

Logo na abertura, a autarquia já havia vendido 3 bilhões de dólares à vista em leilão anunciado na véspera.

Com as vendas de hoje, o BC totaliza mais de 20,75 bilhões de dólares vendidos desde a quinta-feira da semana passada, em uma série de intervenções no câmbio que incluíram leilões à vista e leilões de linha (dólares com compromisso de recompra).

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, não vê 'ataque especulativo' contra o real

"Não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico", disse

Gabriel Galípolo (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Durante a coletiva de apresentação do relatório de inflação do quarto trimestre, realizada nesta quinta-feira (19) em Brasília, Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, afirmou que o termo "ataque especulativo" não descreve adequadamente os movimentos recentes no mercado cambial. A avaliação do economista, que assume o comando da instituição em janeiro de 2025, foi divulgada pelo G1.

"Não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico, uma coisa só, coordenada. Mercado funciona geralmente com posições contrárias, tem alguém comprando e alguém vendendo. Quando o preço de ativo [como o dólar] se mobiliza em uma direção, têm vencedores e perdedores. Ataque especulativo não representa bem como o movimento está acontecendo no mercado hoje", declarou Galípolo.

Visão sobre o mercado financeiro

O futuro dirigente enfatizou que o mercado financeiro é caracterizado por sua diversidade de agentes e estratégias, o que impede interpretações simplistas sobre movimentos de ativos como o dólar. Ele explicou que as oscilações de preço refletem uma dinâmica natural de contrapartes, onde há quem ganhe e quem perca conforme as cotações variam.

Galipolo foi vítima de fake news indicadas como justificativa para o ataque especulativo do mercado financeiro, que resultou na disparada do dólar nos últimos dias.

A Advocacia-Geral da União (AGU), comandada pelo ministro Jorge Messias, encaminhou, nesta quarta-feira (18), ofícios à Polícia Federal (PF) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitando a abertura de investigações sobre possíveis crimes contra o mercado financeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Campos Neto vê saída atípica de dólares no fim do ano e diz que BC 'tem muita reserva e vai atuar se for necessário'

Campos Neto anunciou que esta sexta será seu último dia no comando do BC antes de entrar em férias. Ele será substituído interinamente por Gabriel Galípolo

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento ReutersNEXT Newsmaker, em Nova York 09/11/2023 REUTERS/Brendan McDermid (Foto: REUTERS/Brendan McDermid)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (19) que o câmbio no Brasil permanece flutuante, ou seja, sujeito às oscilações naturais do mercado. No entanto, justificou as recentes intervenções da instituição com leilões de venda de dólares como medida para equilibrar uma saída "extraordinária" de recursos do país. A informação foi divulgada durante uma coletiva de imprensa.

"Entendemos que começou a ter uma saída maior, atípica, no fim do ano. A parte de dividendos [remessas de empresas ao exterior], você consegue ver que está acima da média. Mas o lucro foi maior também, o que aumenta o fluxo", explicou Campos Neto, ressaltando que a atuação do BC não tem como objetivo estabelecer uma meta para o dólar, mas sim suavizar movimentos abruptos no mercado.

◉ Saída atípica de recursos

Neto apontou que o aumento das remessas ao exterior neste período foi impulsionado tanto por empresas quanto por pessoas físicas. No caso das empresas, as retiradas se intensificaram devido ao envio de dividendos acumulados por lucros mais altos ao longo do ano. Já entre pessoas físicas, a saída ocorreu por meio de plataformas bancárias, em volumes menores, mas que somados contribuíram para o fluxo de divisas.

"Há saída maior de pessoas físicas, por plataformas, com volumes menores. A gente discute entre a gente e tenta fazer uma intervenção que se contrabalenceia o fluxo que está vendo [de saída]. Geralmente a gente fatia [as intervenções] em alguns dias, o volume", detalhou Campos Neto.

Ainda durante a coletiva, o presidente do BC reforçou que o Brasil possui uma robusta reserva internacional, atualmente superior a US$ 370 bilhões, e que a instituição está preparada para agir sempre que necessário. "Tem muita reserva e vai atuar [no câmbio] se for necessário", afirmou.

◉ Mudança temporária na presidência

Campos Neto anunciou que esta sexta-feira (20) será seu último dia no comando do Banco Central antes de entrar em férias. Ele será substituído interinamente por Gabriel Galípolo, que assumirá definitivamente a presidência da instituição no início do próximo ano.

Fonte: Brasil 247

"Reforma tributária vai reestruturar a competitividade da indústria", diz Armando Monteiro

Conselheiro emérito da CNI destaca que mudanças no sistema tributário vão desonerar exportações, estimular investimentos e antecipar decisões econômicas

Armando Monteiro (Foto: Pablo Valadares)

O conselheiro emérito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, afirmou nesta quarta-feira (18) que a reforma tributária aprovada pelo Congresso Nacional será fundamental para reestruturar a competitividade da indústria brasileira. Segundo o ex-senador, as mudanças trazidas pelo projeto representam um dos pilares do relançamento do setor. “Não tenho dúvidas de que essa reforma vai transformar as condições de competitividade. Teremos a desoneração das exportações e do investimento, o que é essencial para o futuro da indústria”, declarou em evento do CNN Talks.

Aprovado na última terça-feira (17), o texto principal que regulamenta a reforma tributária segue agora para sanção presidencial, com possibilidade de vetos por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Armando Monteiro ressaltou que a eliminação da cumulatividade tributária é um dos avanços mais importantes do projeto, ao permitir que o setor industrial deixe de pagar tributos sobre impostos já cobrados em etapas anteriores da cadeia produtiva. “A cumulatividade penaliza a indústria, especialmente em cadeias produtivas mais extensas. Essa mudança é indispensável para promover um ambiente mais justo e eficiente”, enfatizou.

Na visão de Monteiro, o impacto positivo da reforma tributária será sentido de forma antecipada, mesmo antes de sua implementação completa. Ele destacou que a clareza sobre o novo modelo tributário permite que os agentes econômicos tomem decisões mais seguras e estratégicas. “A economia é feita de expectativas. Com um sistema mais racional e eficiente projetado no horizonte, os investimentos já podem ser influenciados por essa perspectiva”, explicou.

A reforma introduz novos tributos, como o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), que substituirão gradualmente cinco impostos existentes (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS). O novo sistema começará a ser aplicado em 2026, em um processo de transição que se estenderá até 2033. Além disso, o texto aprovado estabelece uma alíquota máxima de 26,5%, com revisão de benefícios fiscais caso esse limite seja ultrapassado.

A desoneração das exportações e investimentos, aliada à previsibilidade do novo modelo tributário, reforça as expectativas de crescimento do setor industrial, que poderá operar em um ambiente mais competitivo e eficiente. Para Monteiro, essas mudanças representam uma oportunidade única para impulsionar o desenvolvimento econômico do país.

Fonte: Brasil 247

Governo estabelece regras para controle de campanhas das Forças Armadas após polêmica com vídeo da Marinha

Diretriz prevê que as peças publicitárias produzidas pelas Forças Armadas deverão ser previamente aprovadas pelo Ministério da Defesa antes da divulgação

Vídeo da Marinha sobre "privilégios" (Foto: Reprodução)

A divulgação de um vídeo da Marinha que questiona "privilégios" aos militares, em crítica indireta ao pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo, provocou desconforto e levou à adoção de novas medidas de controle por parte da administração federal. A nova diretriz prevê que a partir de agora todas as campanhas publicitárias produzidas pelas Forças Armadas deverão ser previamente aprovadas pelo Ministério da Defesa antes de sua divulgação.

A decisão, segundo o jornal O Globo, é mais um esforço do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para evitar a politização das tropas, um tema sensível desde que surgiram suspeitas de envolvimento de integrantes das Forças Armadas em planos golpistas para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Até então, cada Força tinha autonomia para elaborar e divulgar suas campanhas, exigindo apenas a aprovação do respectivo comandante. A reportagem destaca que o vídeo da Marinha, que teve o aval do comandante da Força naval, almirante Marcos Sampaio Olsen, gerou reações generalizadas dentro do governo e foi considerado uma quebra do acordo estabelecido entre Lula e os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da própria Marinha.

O vídeo, produzido em comemoração ao Dia do Marinheiro, trazia imagens de militares em treinamento e civis em momentos de lazer, encerrando com a mensagem provocativa: “Privilégios? Vem para a Marinha”. A peça publicitária foi removida dos perfis oficiais da Marinha após a repercussão negativa.

A situação também interferiu em negociações delicadas entre o governo e as Forças Armadas sobre as novas regras de aposentadoria. O presidente Lula havia sinalizado que atenderia ao pedido das Forças por uma transição mais lenta para a adoção da idade mínima de 55 anos para aposentadoria. Atualmente, não há exigência de idade, apenas o tempo de serviço de 35 anos.

A proposta original dos militares previa a implementação gradual dessa regra até 2043. Contudo, a divulgação do vídeo e a pressão subsequente de membros do governo, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resultaram na adoção de uma transição mais curta, prevista para terminar em 2031.

A partir de 2032, todos os militares deverão atender à regra definitiva de idade mínima de 55 anos. Segundo o Ministério da Fazenda, o impacto das mudanças representa uma economia de R$ 2 bilhões por ano, combinando redução de despesas e aumento de receita.

A reação de Lula ao vídeo da Marinha foi imediata. O presidente telefonou para o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para questionar se ele tinha conhecimento da campanha. Segundo relatos, Múcio negou ter autorizado a divulgação. Haddad, também insatisfeito, pressionou o ministro, reforçando a necessidade de maior alinhamento entre as áreas militar e fiscal.

Em resposta, o governo formalizou a exigência de aval do Ministério da Defesa para todas as campanhas publicitárias das Forças Armadas, reforçando o controle e buscando evitar novos atritos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Deputada pede suspensão da aposentadoria de Braga Netto em meio a investigação sobre trama golpista

Pedido para que o TCU suspenda a aposentadoria do militar até o final das investigações foi apresentada pela deputada federal Luciene Cavalcante

General Braga Netto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A deputada federal Luciene Cavalcante (Psol-SP) ingressou com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a suspensão imediata do pagamento da aposentadoria do general da reserva Walter Braga Netto. Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a parlamentar argumenta que a medida deve vigorar até a conclusão das investigações e o julgamento das ações penais contra o militar, preso no último sábado (14) sob a acusação de obstruir apurações relacionadas a uma suposta trama golpista. Atualmente, Braga Netto recebe um salário bruto de R$ 35 mil, com remuneração líquida em torno de R$ 24 mil.

Braga Netto, que foi ministro do governo Jair Bolsonaro (PL), é suspeito de envolvimento em manobras para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a defesa do general, as explicações serão apresentadas no curso do processo judicial.

Na petição enviada ao TCU, Luciene Cavalcante enfatiza que "a gravidade das acusações" contra Braga Netto "coloca em risco os valores democráticos, a integridade das instituições públicas" e "atenta contra os princípios constitucionais da moralidade administrativa". Ela argumenta que "a manutenção do pagamento de proventos a um general da reserva que foi preso sob graves acusações —como tentativa de golpe de Estado e conspiração para assassinar autoridades— fere esse princípio, pois compromete a imagem da administração pública perante a sociedade".

As suspeitas de participação de militares em atos antidemocráticos vêm se intensificando desde setembro de 2023, quando o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, teve homologado seu acordo de colaboração premiada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As informações obtidas por meio da delação resultaram no indiciamento de 25 militares pela Polícia Federal (PF), incluindo sete oficiais-generais. Entre eles, Estevam Theophilo, que integrava o Alto Comando do Exército ao final do governo Bolsonaro.

Dos indiciados, 12 ainda estavam na ativa. A prisão de Braga Netto e os desdobramentos investigativos revelam um esquema que, segundo a PF, envolvia ações coordenadas para desestabilizar a ordem democrática e interferir no funcionamento das instituições.

A deputada federal justifica a suspensão dos proventos como uma medida necessária para proteger os princípios da administração pública e preservar a confiança da sociedade nas instituições. O TCU ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Reforma tributária é avanço histórico para o Brasil, avalia CNI

Aprovação do projeto que regulamenta matéria, assegurando o modelo IVA, vai estimular investimentos e impulsionar o desenvolvimento econômico

Dinheiro

Agência CNI de Notícias - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera um avanço para o desenvolvimento do país a aprovação da regulamentação da reforma tributária, nesta terça-feira (17), e classifica a medida como um progresso histórico para o Brasil. A indústria acredita que a aprovação, pelo Congresso Nacional, do Projeto de Lei (PLP) nº 68 é um marco importante para a implementação da reforma, por regulamentar as regras gerais dos novos tributos incidentes sobre o consumo - Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto Seletivo.

“A regulamentação é um passo essencial não só para a indústria, mas sobretudo para o país. Nós vamos ter um sistema novo, alinhado às melhores práticas internacionais e que vai impactar positivamente na produtividade da nossa economia e na competitividade da indústria brasileira”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

O texto aprovado garante a essência do modelo IVA (Imposto sobre Valor Adicionado), que inspirou a reforma tributária, com destaque para três pilares: o crédito amplo (financeiro), o aproveitamento irrestrito do crédito e a restituição rápida do saldo credor. Com base nessas características, o novo modelo elimina um dos principais problemas tributários atuais, a cumulatividade, e permite a desoneração completa das exportações e dos investimentos, elementos centrais para fortalecer a competitividade das empresas e acelerar o crescimento econômico do país.

A entidade alerta, contudo, que o número de exceções ainda é elevado, o que aumenta a alíquota padrão de IBS/CBS de todos os setores que não estão sujeitos a tratamento favorecido. Por isso, é importante que não se perca de vista a necessidade de revisar futuramente determinadas situações de alíquotas reduzidas. As exceções nos tratamentos que se diferenciam do sistema de débito-crédito também são preocupantes, avalia a CNI, pois criam complexidade e distorções.

Avanços promovidos pelo Congresso

Entre os avanços promovidos pela Câmara dos Deputados, destaca-se a eliminação da possibilidade de adoção do regime de substituição tributária no IBS e na CBS, o que manteria muitas distorções e complexidades do atual sistema. Além disso, a CNI considera positiva a diminuição das exceções, presentes na redução de alíquotas e nos tratamentos que se diferenciam do sistema de débito-crédito, característicos do IVA, o que contribui principalmente na contenção da alíquota padrão de IBS/CBS.

A CNI também enaltece melhorias feitas pelo Senado nas regras de compensação dos incentivos fiscais de ICMS, pois dão maior segurança às empresas que gozam desse tipo de incentivo. Outro avanço destacado pela entidade é a não incidência do Imposto Seletivo sobre as exportações de bens minerais. Mesmo não sendo a medida ideal – que seria a não incidência do Imposto Seletivo sobre qualquer operação com bem mineral, doméstica ou de exportação –, pelo menos garante que o novo modelo de tributação do consumo irá respeitar um princípio tributário básico e praticado por todos os países: jamais tributar exportações.

O conselheiro emérito da CNI, Armando Monteiro Neto, reforça a importância de se manter o foco e a prioridade na plena e efetiva implementação do novo sistema de tributação do consumo, que ainda requer a regulamentação de outros aspectos da reforma presentes no PLP 108/2024, e o desenvolvimento de normas infralegais e sistemas, com destaque para o mecanismo de pagamento conhecido como split payment.

“Garantir o cumprimento tempestivo e linear desse cronograma de ações dará segurança para as empresas se planejarem e pavimentará o caminho para uma transição adequada rumo ao novo modelo”, destaca Monteiro.

Fonte: Brasil 247 com Agência CNI de Notícias

Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante alegam surpresa diante de operação da PF contra assessores e alegam 'perseguição'

Segundo a PF, as investigações apontam um esquema no qual uma empresa de locação de veículos era usada para simular contratos de prestação de serviço

(Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Os deputados federais bolsonaristas Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, ambos do PL do Rio de Janeiro, afirmaram nesta quinta-feira (19) ter recebido com surpresa a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) que investiga um suposto esquema de uso irregular de recursos da cota parlamentar. A ação incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra assessores dos parlamentares relacionados a contratos supostamente falsos com locadoras de veículos.

Segundo as investigações da PF, a operação denominada "Rent a Car" aponta para a existência de um esquema no qual uma empresa de locação de veículos era usada para simular contratos de prestação de serviços. A corporação, de acordo com o jornal O Globo, alega que agentes públicos e empresários teriam firmado um "acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares". Entre os alvos estão funcionários ligados aos dois parlamentares.

Ainda conforme a reportagem, Sóstenes Cavalcante confirmou que dois dos alvos da operação são seu motorista e a dona de uma empresa de aluguel de carros, que seria cunhada de seu funcionário e reside no estado de Tocantins. O deputado explicou que utiliza os serviços da empresa desde 2015, quando iniciou seu primeiro mandato, e que a cunhada do motorista adquiriu a empresa apenas neste ano.

“Fiquei sabendo pela imprensa que seria um carro que alugo há muitos anos em Brasília e a mesma empresa alugaria também para o Jordy. Alugo na empresa desde meu primeiro mandato, sempre procurei o melhor preço, sempre fui muito cuidadoso com cota parlamentar, detalho cada abastecimento”, afirmou o parlamentar. “Tenho nada a esconder, podem revirar o que quiserem, não quero acreditar que seja mais um capítulo de perseguição contra parlamentares de direita”, completou.

Já Carlos Jordy, também em declaração, afirmou ter "pouquíssimas informações" sobre o caso. “Ainda estou tentando entender exatamente o que está acontecendo. Não tenho muitas informações. Aliás, tenho pouquíssimas. Só sei que se trata de medida que envolve o aluguel do meu carro”, disse Jordy à reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

“Cumpri minha missão”: Múcio sinaliza demissão e Alckmin pode ir para a Defesa

O ministro da Defesa, José Múcio, e o presidente Lula (PT): Múcio teria sinalizado que sua missão foi cumprida. Foto: reprodução

O ministro da Defesa, José Múcio, deve conversar com o presidente Lula (PT) nos próximos dias para decidir sobre sua permanência no cargo, conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Apesar de manterem uma amizade sólida, interlocutores próximos afirmam que Múcio, que aceitou a função por lealdade ao presidente, já teria dado sinais de que considera sua missão concluída e que está próximo de deixar o governo devido às exigências do posto.

Na última terça-feira (17), Múcio e Lula se encontraram na residência do presidente, no bairro Alto de Pinheiros, em São Paulo, onde discutiram mudanças nas regras de aposentadoria dos militares.

A saída de Múcio, no entanto, apresenta um grande desafio, já que ele possui uma relação respeitosa com os comandos das Forças Armadas, em um momento de instabilidade gerado pelas investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe no país.

Caso a saída de Múcio se concretize, Lula já avalia alternativas de peso para o Ministério da Defesa. O principal nome considerado é o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP), que atualmente lidera o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Se Alckmin for transferido para a Defesa, sua posição no ministério poderia ser assumida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que está nos planos de Lula para integrar o governo em alguma função, como parte da reforma ministerial que está em andamento.

O presidente Lula e seu vice, Geraldo Alckmin. Foto: reprodução

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo via coluna da jornalista Mônica Bergamo

Mais de R$ 5,2 bilhões serão transferidos às prefeituras, referentes ao segundo FPM de dezembro


Parte da arrecadação nacional com os Impostos de Renda e Sobre Produtos Industrializados (IR e IPI), nos dez primeiros dias de dezembro, a segunda parcela mensal do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) será transferida às prefeituras na sexta-feira, 20. O valor total será de R$ 5.254.311.283,76. A cifra líquida reduz para R$ 4.203.449.027,01 por conta da retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Dos três repasses mensais, a segunda transferência representa em média 20% do montante total dos três decêndios. A partir dos dados disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) registra o crescimento do fundo ao longo de todo o ano. Essa segunda parcela de dezembro será 16,21% maior, comparando com o mesmo período do ano anterior.

Contudo, a inflação impacta diretamente no crescimento do FPM, e reduz o resultado positivo do segundo decêndio para 11,86% e o mensal para 8,83%. Isso, retirando o efeito da inflação. Pelos dados da CNM, incluindo os extras do 1% de julho, 0,5% de setembro e o 1% de dezembro, os Municípios receberam R$ 29 bilhões a mais em 2024 (+16,05%), resultado que fica em 11,30% ao retirar o efeito inflacionário.

“A arrecadação da base de cálculo do FPM aumentou R$ 3,26 bilhões, no segundo decêndio de dezembro de 2024, passando de R$ 20,10 bilhões em 2023 para R$ 23,35 bilhões neste ano”, explica o levantamento. Segundo os economistas da CNM, o fator principal foi o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) nas modalidades de rendimento do trabalho e do capital, que passou de R$ 17,85 bilhões para R$ 20,19 bilhões (+13,1%). Soma-se a isso o aumento de todos os componentes da arrecadação, como o IPI, que aumentou 51%. A única exceção foi o IRPJ – pessoa jurídica – que reduziu 2%.

Fonte: Agência CNM de Notícias