quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Após tomografia na cabeça, Lula está bem e liberado para voltar a Brasília

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) após a realização de uma tomografia na cabeça que confirmou sua plena recuperação

Roberto Kalil e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi liberado pela equipe médica para retornar a Brasília e retomar sua agenda de trabalho. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) após a realização de uma tomografia na cabeça que confirmou sua plena recuperação. O exame fazia parte do protocolo pós-operatório de uma cirurgia de emergência realizada na semana passada. A notícia foi publicada pelo g1.

"O exame está melhor até. O estado geral dele é bom, e a equipe médica o liberou para ir a Brasília no dia de hoje. Ele deve ir mais tarde. A dra Ana [Helena Germoglio] vai acompanhá-lo em Brasília daqui para a frente nessas próximas semanas, onde vai fazer exames de controle", afirmou o médico Roberto Kalil.

Segundo o especialista, "o hematoma não existe mais e é um controle tomográfico após uma cirurgia desse porte". Lula passou pela operação no último dia 10 para drenar um sangramento na cabeça, consequência de uma queda sofrida em outubro.

● Retorno gradual à rotina

Ainda que tenha sido liberado para retomar suas atividades, o presidente terá que manter repouso relativo. Na sexta-feira (20), Lula já tem compromissos agendados: ele se reunirá com ministros do governo em um almoço na Granja do Torto, substituindo a tradicional reunião ministerial de fim de ano. O formato mais informal foi pensado para poupar o chefe do Executivo.

Lula deixou o hospital no domingo (15) e passou os últimos dias em sua residência em São Paulo, aguardando o exame decisivo que confirmou sua recuperação. No momento da alta, ao lado da primeira-dama Janja, ele relembrou emocionado o acidente que levou à internação.

“Estou voltando para casa agora tranquilo, certo de que eu estou curado e que eu preciso apenas me cuidar”, declarou o presidente.

● Expectativas para os próximos dias

Com a agenda retomada, Lula deve encerrar o ano conduzindo as prioridades do governo e preparando o planejamento para 2024. Apesar da recuperação, o acompanhamento médico continuará sendo realizado para garantir que ele mantenha o bom estado de saúde.

A liberação para o retorno ao trabalho reforça o compromisso do presidente com a condução do país, mesmo após enfrentar uma cirurgia delicada. "O estado geral dele é bom", assegurou Kalil, sinalizando otimismo com a recuperação do líder petista.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PM que arremessou rapaz de ponte responderá por tentativa de homicídio

Outros seis policiais envolvidos na ocorrência vão responder por lesão corporal, peculato culposo e prevaricação.

(Foto: Reprodução)

Agência Brasil - A Corregedoria da Polícia Militar indiciou por tentativa de homicídio o policial que arremessou um homem de uma ponte na zona sul da capital paulista, em 1º de dezembro, durante abordagem policial. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o Inquérito Policial Militar (IMP) foi relatado ao Tribunal de Justiça Militar.

Outros seis policiais envolvidos na ocorrência vão responder por lesão corporal, peculato culposo e prevaricação. Eles permanecem afastados de suas funções, segundo a secretaria. O soldado que jogou o rapaz da ponte está preso no Presídio Militar Romão Gomes desde o dia 5.

“Durante as investigações, a Corregedoria da PM colheu o depoimento dos militares e individualizou a conduta de cada um. Em 4 de dezembro, a Corregedoria da PM representou pela prisão de um dos policiais que aparecia nas imagens arremessando o homem”, disse, em nota, a SSP. O pedido de prisão foi aceito pela Justiça Militar no dia seguinte.

O caso também é investigado em inquérito pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 2ª Seccional. Os policiais respondem ainda na esfera administrativa, que apura a conduta dos envolvidos.
Histórico

A ação do soldado Luan Felipe Alves Pereira, no bairro Cidade Adhemar, foi flagrada em vídeo no qual se observa o policial segurando o homem pela camiseta, se aproximando da beirada e jogando o rapaz no rio.

Os policiais, na ocasião, disseram ter dado ordem para que duas pessoas, em uma motocicleta, parassem para averiguação. Como a dupla se recusou a parar, iniciou-se uma perseguição. Um rapaz foi detido e o outro, já dominado pelos policiais, foi jogado de cima da ponte por um policial. Segundo testemunhas, ele sobreviveu com ferimentos.

Todos os policiais envolvidos pertencem ao 24º Batalhão da PM, em Diadema, na região metropolitana de São Paulo. Eles usavam câmeras corporais, cujas imagens serão utilizadas nas averiguações sobre a ação.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

BC vende US$ 3 bi em novo leilão à vista após dólar fechar acima de R$ 6,26

Banco Central aceitou 6 propostas na quinta operação do tipo na última semana e um dia após o dólar fechar no patamar histórico de R$ 6,2679

Notas de reais e dólares (Foto: Reuters/Ricardo Moraes)

Reuters - O Banco Central vendeu um total de 3 bilhões de dólares à vista em um novo leilão realizado na manhã desta quinta-feira, no que foi a quinta operação do tipo na última semana e um dia após o dólar fechar no patamar histórico de 6,2679 reais, informou a autarquia em comunicado.

No leilão, o BC aceitou 6 propostas, com um diferencial de corte de 0,000300, entre às 9h15 e 9h20.

Desde quinta-feira, a autarquia já havia vendido mais de 12,75 bilhões de dólares em uma série de intervenções no câmbio, incluindo vendas à vista e leilões de linha (dólares com compromisso de recompra).

Após o leilão, às 9h36, o dólar à vista subia 0,08%, a 6,2730 reais na venda.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

PF inicia nesta semana investigação de fake news sobre Galípolo que afetou o mercado financeiro e puxou disparada do dólar

Fake news envolvendo o futuro presidente do BC gerou turbulências no mercado em meio às preocupações com a dívida interna e o cenário internacional

(Foto: Cristina Índio do Brasil/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) irá abrir ainda nesta semana uma investigação sobre a fake news envolvendo o futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, que gerou turbulências no mercado financeiro nacional em meio às preocupações com a dívida interna e o cenário internacional, destaca coluna da jornalista Daniela Lima, do g1.

O episódio teve início na última terça-feira (17), quando um perfil que simulava pertencer ao mercado financeiro divulgou uma declaração falsa atribuída a Galípolo. A mentira rapidamente se espalhou, sendo amplificada por agentes do mercado e perfis de extrema direita nas redes sociais, contribuindo para a pressão sobre o dólar.

Segundo a reportagem, de acordo com uma representação da Advocacia-Geral da União (AGU), o pedido de investigação foi encaminhado à PF e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo a AGU, “essas afirmações são desprovidas de fundamento e foram prontamente desmentidas pelo Banco Central, mas geraram repercussão significativa no mercado financeiro".

O comunicado oficial do Banco Central reforçou os esclarecimentos para desmentir as declarações atribuídas a Galípolo. No entanto, “o conteúdo falso ganhou ampla circulação, sendo compartilhado por páginas e perfis especializados em análise econômica, com alta visibilidade. Essa disseminação gerou impactos negativos na cotação do dólar, em um momento sensível para a política cambial brasileira”, pontuou a AGU.

Os efeitos da fake news não se limitaram à esfera digital. O conteúdo foi amplamente replicado por perfis de gestoras de investimentos e economistas com mais de 100 mil seguidores. Após a fake news ser desmentida, as postagens originais foram apagadas, e o perfil responsável pela fake news excluiu sua conta na rede social X.

Essa crise ocorre em um momento de fragilidade e desconfiança no mercado financeiro, agravada pelas críticas ao pacote de corte de gastos do governo Lula e pelas incertezas geradas pela proximidade da posse de Donald Trump nos Estados Unidos. O cenário internacional também tem aumentado a pressão sobre economias emergentes como a do Brasil.

Fonte: Brasil 247 

Banco Central projeta alta de 3,5% no PIB de 2024 e vê chance de inflação romper teto da meta

Estimativa para a atividade econômica está acima da atualmente prevista pelo Ministério da Fazenda, de expansão de 3,3% neste ano

Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Reuters - O Banco Central melhorou sua estimativa para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,5%, ante patamar de 3,2% estimado em setembro, conforme Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira, e piorou significativamente suas projeções para cumprimento da meta de inflação.

A nova estimativa para a atividade está acima da atualmente prevista pelo Ministério da Fazenda, de expansão de 3,3% neste ano. Já o mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 3,42% em 2024.

No documento, o BC ainda projetou um crescimento de 2,1% em 2025, ante previsão de 2,0% apresentada em setembro.

De acordo com a autarquia, as revisões para cima levaram em conta o arrefecimento menor que o esperado no PIB deste ano, a robustez do consumo das famílias e do investimento e o dinamismo do mercado de trabalho.

"As projeções de crescimento para 2024 e 2025 foram revisadas para cima, mas permanece a perspectiva de desaceleração da atividade, em razão de fatores como o maior grau de aperto esperado para a política monetária e a expectativa de um menor impulso fiscal, entre outros", disse no documento.

INFLAÇÃO - Na reavaliação apresentada nesta quinta, o BC estimou que a probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta está perto de 100% neste ano, contra projeção anterior de 36%.

O IPCA subiu em novembro 0,39%, alcançando no acumulado em 12 meses alta de 4,87%. De acordo com o IBGE, para o índice fechar o ano com uma alta acumulada de 4,5%, o IPCA mensal em dezembro teria que avançar no máximo 0,20%.

Para 2025, a chance de a inflação estourar o teto da meta passou de 28% para 50%, segundo o BC, que vê uma elevação nesse risco de 19% para 26% em 2026.

A meta contínua de inflação é de 3% neste e nos próximos anos, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Segundo a autarquia, a inflação acumulada em 12 meses, que alcançou 4,87% em novembro, incorpora uma surpresa de 0,44 ponto percentual em relação ao estimado pelo BC três meses atrás.

"Destaca-se a pressão maior que a esperada sobre preços de alimentos, que veio a se somar às pressões exercidas pelo aquecimento da atividade econômica e pela acentuada depreciação cambial", disse.

Além dos dados de atividade, câmbio e expectativas de mercado, o documento apontou que as recentes surpresas inflacionárias e a revisão das projeções de curto prazo também contribuíram para uma piora nas estimativas para os preços à frente, via inércia.

"Esses fatores mais do que compensaram os efeitos da subida da taxa de juros real, que, entretanto, contribuíram para evitar um aumento mais acentuado nas projeções", afirmou.

Nas projeções do cenário de referência da autarquia, a inflação permanece acima do limite do intervalo de tolerância até o terceiro trimestre de 2025, entrando depois em trajetória de declínio, mas ainda permanecendo acima da meta. Para 2026, o BC espera uma inflação de 3,6%, também acima do centro do alvo.

O documento destacou ainda que o ambiente externo permanece desafiador, exigindo cautela de países emergentes, ao citar dúvidas sobre a economia dos Estados Unidos e a determinação de bancos centrais de economias avançadas em combater a inflação em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Sakamoto: Tarcísio ligou Boulos a PCC, mas polícia sob seu governo que era da facção




Ricardo Nunes (MDB), reeleito prefeito de SP e Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador paulista – Foto: Reprodução

Por Leonardo Sakamoto, no UOL

Um delegado e investigadores da Polícia Civil de São Paulo foram presos, nesta terça (17), em uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo. Eles haviam sido denunciados por corrupção por Antônio Vinícius Gritzbach, o delator do PCC executado no aeroporto de Guarulhos. Policiais teriam recebido milhões para não prender membros da facção e não atrapalhar o tráfico de drogas.

A promiscuidade entre policiais e o PCC não surgiu no governo Tarcísio de Freitas, mas a operação da PF e do MP-SP mostra que as sacanagens seguiam existindo sob a atual gestão. É o sumo da ironia que isso ocorra depois de o governador afirmar que o Primeiro Comando da Capital orientou o voto em Guilherme Boulos, adversário de seu candidato, Ricardo Nunes.

Sim, enquanto Tarcísio falava que o PCC mandava votar no Boulos (e todo mundo esqueceu esse crime eleitoral no dia do segundo turno da eleição), eram policiais sob o seu governo que trabalhavam para a facção.

Tarcísio foi duramente criticado por conta do abuso de poder político e propagação de notícia falsa que o caso representa. Isso não foi fundamental para a reeleição do seu apadrinhado, mas não é possível dizer que os números finais não sofreram influência de sua entrevista a jornalistas.

A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo havia dito que interceptou comunicados assinados por membros do PCC orientando o voto em algumas cidades. A questão merecia investigação e o tratamento adequado, tanto para verificar a autenticidade dessas comunicações, quanto para indicar se as campanhas sabiam disso. Sim, bilhetes também podem ser falsificados.

Por isso, ao ser questionado sobre a questão, ele só poderia abordá-la apresentando as devidas provas. Ou, o que seria mais correto, convocar uma coletiva à imprensa após a votação. Mas resolveu fazer isso no local onde ele havia votado e, pior, ao lado do prefeito Ricardo Nunes.

O comportamento de Tarcísio não foi aleatório, mas acabou indo ao encontro da estratégia da campanha de Nunes ao longo do segundo turno: afirmar que o deputado é o candidato dos presidiários e não iria atacar o crime organizado.
Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara dos Vereadores – Foto: Reprodução
Irônico também é o fato que, meses antes da eleição, a imprensa havia apontado que Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara dos Vereadores e forte aliado de Nunes, estava envolvido com uma companhia de ônibus acusada pelo Ministério Público de lavar dinheiro para o PCC. E, ao mesmo tempo, outra investigação havia mostrado que guardas civis metropolitanos de São Paulo haviam firmado um esquema com a facção criminosa para extorquir dinheiro de comerciantes na região da “cracolândia” sob a gestão do prefeito.

Seria salutar que além de enterrar a letalidade policial como política de segurança pública, tanto o governador quanto o secretário Guilherme Derrite aproveitassem essas deixas para se dedicar profundamente a separar agentes de segurança de bandidos.

O mundo não gira, ele capota.

Fonte: DCM

Fazenda desmente saída do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron

O Ministério da Fazenda negou, por meio de nota oficial, rumores sobre a saída do secretário

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron (Foto: Divulgação)

O Ministério da Fazenda negou, por meio de nota oficial, rumores sobre a saída do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Em comunicado divulgado nesta terça-feira (19), a pasta afirmou que as informações sobre uma possível exoneração não têm fundamento.

“O Ministério da Fazenda informa que não procede a informação sobre a saída do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, que segue no comando da pasta subordinada à Fazenda. Qualquer informação diferente desta deve ser ignorada”, esclareceu o órgão.

Os boatos sobre a saída de Ceron surgiram após especulações em veículos de imprensa e nas redes sociais, mas o posicionamento oficial refutou qualquer mudança no comando da secretaria.

Fonte: Brasil 247

PF faz operação contra assessores de deputados bolsonaristas por suposto desvio de cota parlamentar

Operação realiza buscas em endereços ligados a assessores dos deputados federais Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante

Polícia Federal (Foto: PF/Divulgação)

A Polícia Federal (PF) realiza, nesta quinta-feira (19), uma operação que envolve buscas em endereços ligados a assessores dos deputados federais bolsonaristas Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A investigação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Segundo o g1, os nomes dos alvos e os endereços das buscas não foram divulgados até o momento.

De acordo com informações da GloboNews, a operação busca elucidar suspeitas sobre o uso irregular de recursos da cota parlamentar, que teriam sido utilizados para pagamentos sem justificativa aparente. Os investigadores identificaram indícios da prática conhecida como "smurfing", uma estratégia que envolve o fracionamento de transações financeiras irregulares em pequenos depósitos sucessivos para dificultar sua detecção pelos órgãos de fiscalização.

A reportagem aponta, ainda, que a PF também investiga uma possível conexão entre os assessores e uma empresa que já foi alvo de apurações por fraudes em licitações no estado do Amazonas. Essa relação pode ampliar o escopo da investigação e envolver novos elementos que comprometem a lisura na administração de recursos públicos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Câmara coloca em sigilo registros de entradas de Tiu França

Câmara dos Deputados decidiu manter sob sigilo os registros de entrada de Francisco Wanderley Luiz

Francisco Wanderley Luiz, o "Tiu França" (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Câmara dos Deputados decidiu manter sob sigilo os registros de entrada de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “homem-bomba”, autor do atentado ocorrido em 13 de novembro deste ano em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A negativa ao acesso foi confirmada na última segunda-feira (16/12), segundo informações do portal Metrópoles. O ataque, investigado pela Polícia Federal (PF), trouxe à tona questões delicadas de segurança pública.

Por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), o Metrópoles solicitou detalhes das entradas do autor do atentado na Câmara nos últimos cinco anos, incluindo os gabinetes ou unidades visitados. Em resposta, a Casa justificou a restrição dos dados alegando “questões sensíveis relacionadas à segurança orgânica da Câmara dos Deputados”, que poderiam comprometer tanto a segurança interna quanto as investigações em andamento.

Segundo a Câmara, a divulgação dos registros também poderia “pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares”. A justificativa foi amparada pela previsão legal que permite sigilo em casos que envolvem “atividades de inteligência” ou “prevenção de infrações”. Entretanto, a resposta não especifica o prazo pelo qual os documentos permanecerão confidenciais.

A reportagem também solicitou à assessoria da Câmara o termo de classificação do sigilo, documento que formaliza a decisão, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações da Casa Baixa.

O ataque e os desdobramentos

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu ao detonar um artefato caseiro contra a própria cabeça, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Antes disso, ele havia promovido uma série de explosões, incluindo uma no estacionamento do Anexo 4 da Câmara dos Deputados, e lançou bombas em direção ao prédio do STF.

No dia do ataque, a Câmara confirmou que Francisco entrou na Casa para utilizar o banheiro. Além disso, foi revelado que ele esteve no gabinete do deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) em agosto deste ano.

A decisão de manter os registros em sigilo ocorre em um contexto de investigações intensas, conduzidas pela Polícia Federal, que busca esclarecer as motivações do atentado e possíveis conexões do autor com terceiros.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula faz novos exames na cabeça nesta quinta-feira antes de retornar a Brasília para reunião com ministros

Presidente prepara encontro ‘compacto’ com seus 39 ministros nesta sexta-feira, 20


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja chamar seus 39 ministros para uma reunião com almoço nesta sexta-feira no Palácio da Alvorada. O encontro deve ser em um modelo “compacto”, mais curto, com falas do presidente e de ministros do Palácio do Planalto, como o chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Mesmo sem os resultados dos novos exames na cabeça que Lula fará hoje no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, auxiliares do presidente já estão avisando aos ministérios que Lula estará de volta a Brasília até o final desta semana e que fará o encontro de sexta-feira.

Depois de fazer uma cirurgia para drenar um sangramento no cérebro e ter alta no último domingo, Lula passa a semana em sua residência no Alto de Pinheiros, São Paulo, onde já recebeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; da Defesa, José Múcio Monteiro; da Casa Civil, Rui Costa; e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Na terça-feira, os ministérios receberam alerta de que o encontro de final de ano poderia ocorrer na Granja do Torto. Porém o Planalto agora trabalha para realizar a reunião em um almoço no Palácio da Alvorada.

A orientação de auxiliares é de que não seja uma reunião longa — em junho de 2023, Lula fez uma reunião de nove horas com seu ministério —, até pela condição de recuperação médica do presidente. Lula vai usar essa agenda para fazer um balanço de 2024 e uma série de cobranças para 2025. Esse deve ser o último encontro do presidente com a atual formação de ministros. Ele deve fazer nas próximas semanas trocas pontuais na sua equipe para a segunda metade do governo.

Também está no radar de Lula fazer mudanças na comunicação do governo. Pesquisa Datafolha divulgada na terça-feira mostrou que a gestão é avaliada de forma positiva por 35% da população, e negativa por 34%.

Ontem, o presidente recebeu a equipe médica que o acompanha. A médica da Presidência, a infectologista Ana Helena Germoglio, e a fonoaudióloga do Sírio Libanês, Monica Bretas, doutora em oncologia, estiveram com Lula pela manhã.

O petista já pode realizar viagens de avião, desde que sejam curtas —como o trecho São Paulo-Brasília, que leva cerca de 1h20m. As viagens internacionais, por enquanto, estão proibidas. A próxima saída do país do presidente, no entanto, é só em março, para o Japão. O presidente disse acreditar que até lá já estará autorizado a viajar para o exterior.

Enquanto se recupera, Lula não pode fazer exercícios físicos. Mas já foi liberado para trabalhar seguindo o protocolo médico. E a orientação é que ele evite estresse, apesar das demandas da sua posição.

O presidente recebeu alta no último domingo, seis dias após a cirurgia de emergência que realizou para conter um sangramento interno na cabeça, ainda em decorrência da queda que sofreu no banheiro de casa em outubro.

Após receber alta, Lula disse ter ficado “assustado” e “preocupado” durante os dias que passou internado. Em depoimento emocionado, o petista afirmou ainda que “nunca pensa que vai morrer, mas tem medo”.

— Eu preciso ficar tranquilo uns 60 dias, mas posso trabalhar normal. Vou passar o Natal e o Ano Novo em casa e vou tentar obedecer de forma muito respeitosa às determinações dos médicos. Estou muito disciplinado. Eu nunca penso que vou morrer, mas tenho medo. Então, eu preciso me cuidar — afirmou o presidente, na ocasião.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Globo vende 13 cotas de patrocínio e fatura R$ 2,5 bilhões com Brasileirão em 2025

Emissora negociou todos os espaços na transmissão da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro para o ano que vem


A Globo fechou 13 cotas de patrocínio para a transmissão de jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Com isso, a empresa da família Marinho garantiu um faturamento de R$ 2,5 bilhões com os torneios nacionais.

Para TV aberta, a Globo tem oito patrocinadores, em cotas esgotadas, que estão com Itaú, Fiat, Amazon, Ambev, Vivo, Betnacional, Natura e Perdigão. Cada uma delas pagou R$ 269,9 milhões pelo espaço.

Já as marcas Jeep, Bradesco, Ambev e Novibet patrocinarão as transmissões pelo SporTV, o canal esportivo da Globo. Cada uma pagou R$ 83 milhões.

A Betano garantiu a cota top de cinco segundos do projeto nas duas plataformas, pelo valor de R$ 100 milhões totalmente. No total, a Globo arrecadou R$ 2,591 bilhões, segundo valores do pacote comercial que estava no mercado publicitário.

A Globo promete ao menos 50 datas de futebol brasileiro. São 38 partidas do Brasileiro, com exibição nas noites de quarta e domingo, e outras 12 da Copa do Brasil. É nisso que a emissora se apega para manter os valores: a manutenção das datas-bases de exibição de partidas.

A emissora promete melhorias na cobertura em TV aberta. A principal novidade é um grande pré-jogo aos domingos, de 30 minutos de duração. São dez minutos a mais do que atualmente. A medida é um pedido antigo de telespectadores mais fanáticos por futebol.

Outro ponto é a exposição em programas líderes de audiência para anunciantes. Quem compra o pacote do Brasileirão tem comerciais garantidos em atrações como a novela das nove e o Jornal Nacional, entre outras.

A partir de 2025, a Globo só exibe jogos que os times da Libra são mandantes, em contrato fechado com exclusividade. Fazem parte dessa liga clubes como Flamengo, São Paulo, Atlético Mineiro e Palmeiras.

Já os clubes da Liga Forte União fecharam com a Record. Ou seja, partidas em casa de times como Corinthians, Vasco, Fluminense e Botafogo serão exibidos pela TV de Edir Macedo.

A Liga Forte União também fechou com o YouTube e o Amazon Prime Video. As negociações dos jogos da LFU ainda não foram concluídas. A transmissão de partidas no modelo pay-per-view não foram vendidas até o momento.

Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna F5 da Folha de São Paulo

'Senado não tem compromisso em manter texto do pacote de gastos aprovado pela Câmara', diz Pacheco

"Isso daí vai ser democraticamente discutido e a decisão do Senado será a decisão do Senado, com devolução ou não para a Câmara", disse

Rodrigo Pacheco (Foto: Reuters/Adriano Machado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou durante uma sessão no plenário da Casa, nesta quarta-feira (18), que não há garantias de aprovação da PEC dos cortes de gastos seja votada ainda este ano. Sua declaração veio em resposta ao senador Izalci Lucas, que perguntou se havia algum compromisso firmado entre o Senado e a Câmara para preservar o texto aprovado pelos deputados.

“Obviamente que nós não temos nenhum compromisso de manutenção do texto da Câmara, absolutamente. Isso daí vai ser democraticamente discutido e a decisão do Senado será a decisão do Senado, com devolução ou não para a Câmara. Então, não há nenhum tipo de acordo nesse sentido”, disse Pacheco, de acordo com a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

A PEC, que faz parte do pacote de cortes de gastos do governo, enfrenta resistência em ambas as Casas Legislativas. A dificuldade em reunir votos suficientes adiou a votação na Câmara, marcada para esta quinta-feira (19), às 10h. O desfecho na Câmara será crucial para a tramitação no Senado, que já sinaliza a possibilidade de alterações no texto.

Caso o Senado opte por modificar o texto, o projeto precisará retornar à Câmara para nova apreciação, prolongando as negociações e o calendário legislativo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Conservadores e extrema direita lideram gastos em publicidade patrocinada no Facebook e Instagram, diz pesquisa

Conservadores investiram R$ 33,8 milhões em anúncios em quatro anos, quase 3,5 vezes mais que os R$ 10,3 milhões dos progressistas

Facebook, Instagram e WhatsApp (Foto: Reuters)

Um levantamento realizado pelo projeto Brief, vinculado à organização Quid, aponta que os grupos conservadores dominam o gasto com publicidade patrocinada no Facebook e Instagram no Brasil, com um volume de recursos significativamente superior ao de grupos progressistas. Segundo a Folha de S. Paulo, a análise, que abrange dados de 2020 a 2024 fornecidos pela Meta, revela que os 20 maiores anunciantes conservadores aplicaram um total de R$ 33,8 milhões em anúncios, quase três vezes e meia mais do que os R$ 10,3 milhões investidos pelos progressistas. Já os investimentos do chamado centro totalizaram R$ 1,8 milhão.

A pesquisa se concentrou em páginas de organizações não governamentais (ONGs), veículos de imprensa e produtores de conteúdo que se autodenominam "sociedade", excluindo as categorias de "poder", como partidos e políticos, e "mercado", composto por empresas e canais comerciais. O objetivo foi analisar a "disputa por corações e mentes" nas redes sociais, evitando focar em anúncios puramente eleitorais ou de promoção de marcas.

De acordo com a reportagem, o destaque do estudo vai para a produtora Brasil Paralelo, que lidera com uma disparidade considerável. A empresa gastou R$ 26,6 milhões e veiculou 75.391 anúncios entre agosto de 2020 e agosto de 2024, mais do que qualquer outro anunciante, incluindo o governo federal e grandes empresas, como a Ambev. A produtora, que se especializa em conteúdos voltados à direita e extrema direita, é acusada por críticos de praticar "revisionismo histórico" e apresentar narrativas que contestam pesquisas científicas estabelecidas. Em seguida aparece a revista Oeste, com R$ 4,3 milhões.

Outro dado relevante é a comparação entre os investimentos feitos pela Brasil Paralelo e as campanhas políticas. Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, gastou R$ 2,8 milhões em impulsionamento de anúncios, um valor inferior ao de diversos outros anunciantes não políticos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Investigado pela PF, "rei do lixo" comprou mansão de Claudia Leitte por R$ 5,8 milhões

Escritura da negociação foi encontrada pela PF dentro do cofre de Marcos Moura junto a documentos de uma transação imobiliária envolvendo Elmar Nascimento

Marcos Moura (Foto: Reprodução)

O empresário Marcos Moura, conhecido como o "Rei do Lixo", comprou por R$ 5,8 milhões uma mansão da cantora Claudia Leitte em Salvador, no início deste ano, informa o jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil. A transação foi realizada pela MM Limpeza Urbana LTDA, empresa de sua propriedade, e foi descoberta no contexto da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de investigar um esquema de fraudes em licitações públicas que se valia de emendas parlamentares para o pagamento de contratos ilegais. De acordo com a assessoria de Claudia Leitte, a venda da casa foi realizada de forma legal, com toda a documentação necessária, e a cantora nunca teve contato com o comprador.

A mansão, situada em um condomínio de luxo da capital baiana, possui 1.066 metros quadrados, três andares, elevador, estúdio de gravação, piscina com borda infinita e quatro suítes. Ainda segundo a reportagem, a escritura dessa negociação foi encontrada pela Polícia Federal dentro do cofre de Moura, localizado em sua empresa, ao lado de outros documentos, incluindo a escritura de uma transação imobiliária envolvendo Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil na Câmara dos Deputados.

A Operação Overclean, que é vista como uma "nova Lava Jato" por sua amplitude nacional, revela que o esquema de fraudes envolvendo Moura atingia pelo menos 12 estados, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. O empresário, que foi preso na semana passada, contratou um time de advogados renomados para tentar obter sua liberdade. A decisão sobre sua soltura será tomada pela desembargadora Daniele Maranhão, que figura na lista para ocupar uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além de sua relação com ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, que o indicou para o diretório nacional do União Brasil, Moura também tem outras conexões políticas e o nome do chefe de gabinete do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) também aparece nas investigações.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

'Querem destruir a democracia atacando a economia', diz Daniela Mercury sobre disparada do dólar

"Quem será que quer nos subordinar aos seus desejos autoritários ? E o que podemos fazer para defender o Brasil?, escreveu a artista nas redes sociais

Daniela Mercury (Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados)

A cantora baiana Daniela Mercury usou as redes sociais para criticar os ataques especulativos e a incerteza do mercado financeiro em torno do pacote fiscal que resultou em uma alta recorde do dólar. “Me parece que quem não conseguiu dar o golpe de Estado está tentando destruir nossa democracia atacando nossa economia. Quem domina a comunicação domina o mundo. Quem será que quer nos subordinar aos seus desejos autoritários ? E o que podemos fazer para defender o Brasil ?”, escreveu a artista no X, antigo Twitter.

Nesta quarta-feira (18), o dólar disparou quase 3% frente ao real, renovando a maior cotação da história, com o mercado demonstrando desconfiança no compromisso fiscal do governo, apesar dos avanços na tramitação das medidas de contenção de gastos no Congresso. O dólar à vista fechou o dia com uma alta de 2,78%, sendo cotado a R$ 6,2679 reais, maior valor nominal de fechamento da história.

Nesta quinta-feira (19), o Banco Central (BC) fará mais uma intervenção no câmbio para segurar a moeda estadunidense por meio de um leilão de até US$ 3 bilhões das reservas internacionais à vista, sem compromisso de recomprar os recursos posteriormente.

Fonte: Brasil 247

"Bolsonarismo mata", diz Gleisi, após mulher de 77 anos tentar depositar coroa de flores em frente à casa de Lula

Maria Cristina de Lurdes Rocha causou tumulto em frente à casa do presidente

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Uma bolsonarista de 77 anos, identificada como Maria Cristina de Lurdes Rocha, gerou tensão e tumulto nesta quarta-feira (18) em frente à residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em São Paulo. A mulher estacionou o carro diante do imóvel e tentou deixar uma coroa de flores, objeto geralmente associado a funerais, na calçada. A intenção aparente seria provocar o presidente, poucos dias após sua alta hospitalar, quando Lula ainda se recuperava de uma hemorragia cerebral decorrente de um acidente doméstico.

A repercussão do ato, que mobilizou a equipe de segurança presidencial e levantou suspeitas de possível ameaça, foi imediata. A coroa de flores foi removida, e o veículo da bolsonarista passou por uma varredura à procura de explosivos. A ação, que não encontrou artefatos, ocorreu em um contexto de crescente preocupação com a escalada de provocações e violência política. O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, expressou indignação por meio de suas redes sociais: "Ninguém aguenta mais os bolsonaristas. Depois do terrorista que se explodiu no STF, agora foi a vez de uma mulher ir até a casa do presidente Lula e deixar uma coroa de flores, daquelas de enterro, desejando sua morte. Não satisfeita, ela ainda chamou um policial de macaco, e acabou sendo levada para a superintendência da PF. Loucura é pouco para definir isso. O bolsonarismo mata!"

Ao ser abordada por agentes da segurança presidencial, Maria Cristina questionou se seria presa e, ao ser contida, dirigiu-se a um dos agentes com a expressão racista “macaco”. Imediatamente, a Polícia Federal foi acionada para conduzi-la à superintendência, onde deverá responder pelo crime de injúria racial. O episódio reforça o alerta sobre a circulação de discursos de ódio e racismo, bem como a ameaça direta à integridade física de figuras públicas.

Além das ofensas, a mulher aproveitou a ocasião para ironizar e tentar provocar o ambiente político, afirmando: “A única movimentação da direita fui eu que fiz.” Ela ainda acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de perseguição a suas “amigas” supostamente envolvidas em tentativas de golpe.

A escalada de episódios envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive atentados, ofensas racistas e incitação à violência, acende um sinal de alerta nas autoridades sobre a necessidade de endurecimento no combate a crimes de ódio e ameaças contra agentes públicos e as instituições democráticas do país.

Fonte: Brasil 247

Barroso revela que recebeu ofertas de exílio após ataques golpistas em 2022

"Não tenho vontade de ir embora, não. Mas se tivesse passado o golpe, é muito possível que a gente não estivesse aqui", disse o presidente do STF

Ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Foto: Carlos Alves Moura/SCO/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, revelou que recebeu ofertas de exílio em outros países após os atos golpistas no Brasil em 2022. Barroso afirmou que, devido às suas conexões acadêmicas, foi abordado por universidades como Princeton e Harvard, nos Estados Unidos, e pela Universidade Católica de Lisboa, que se mostraram dispostas a oferecer-lhe refúgio caso ele decidisse deixar o país.

"Com o golpe de Estado, provavelmente, eu também não estaria mais aqui. Eu mesmo recebi, em algum momento — eu tenho ligações acadêmicas, internacionais —, eu recebi duas ou três ofertas de exílio, se eu precisasse, para você ter uma ideia", disse Barroso em entrevista à GloboNews nesta terça-feira (18), de acordo com o g1. Ainda segundo ele, as ofertas ocorreram antes do ataque de 8 de janeiro de 2023, quando golpistas tentaram invadir as sedes dos três poderes da República.

Na entrevista, Barroso afirmou que, apesar das ofertas, não cogitou a possibilidade de viver fora do Brasil. "Eu não consigo, eu já vivi fora do Brasil, mas o meu coração mora aqui, não tenho vontade de ir embora, não. Mas se tivesse passado o golpe, é muito possível que a gente não estivesse aqui", disse o ministro.

No STF, um inquérito investiga os planos golpistas que visavam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em 2022. Jair Bolsonaro (PL) é um dos investigados no caso. Além disso, o STF rejeitou nesta semana um pedido da defesa de Bolsonaro para que o ministro do STF Alexandre de Moraes fosse retirado da relatoria do caso devido a uma alegada conexão pessoal do magistrado com as investigações, que envolvem ameaças de morte contra ele.

Barroso, por sua vez, considera que Moraes não deve ser afastado da relatoria, pois, segundo ele, as ameaças atingem a instituição como um todo e não um ministro individualmente. O presidente do STF também destacou que as investigações revelaram tentativas de assassinato contra o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

AGU solicita investigação da PF após onda de fake news sobre Galípolo que puxou a alta do dólar

Postagens falsas atribuídas ao futuro presidente do BC afetaram a percepção do mercado, motivando a apuração de crimes contra o sistema financeiro

Jorge Messias (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

A Advocacia-Geral da União (AGU), comandada pelo ministro Jorge Messias, encaminhou, nesta quarta-feira (18), ofícios à Polícia Federal (PF) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitando a abertura de investigações sobre possíveis crimes contra o mercado financeiro. O pedido ocorre após a veiculação de postagens falsas, atribuídas a Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central (BC), que teriam gerado impactos negativos na cotação do dólar.

Segundo nota da AGU, além de usarem indevidamente o nome de Galípolo, as publicações continham desinformações sobre a política monetária e a atuação do próprio BC. A ofensiva da entidade se deu por meio da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), acionada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR).

Na última terça-feira (17), um perfil suspeito na rede social X (antigo Twitter), com cerca de 3.500 seguidores, divulgou supostas falas de Gabriel Galípolo, atribuindo ao atual diretor de política monetária posicionamentos sobre uma hipotética moeda do Brics e a possibilidade de reduzir a influência do dólar. Em outra postagem, o mesmo perfil alegava que Galípolo não estaria preocupado com a alta do dólar – supostamente considerada “artificial” – e que haveria uma meta para trazer a moeda americana de volta ao patamar de R$ 5,00 em 2025.

Essas informações apócrifas circularam rapidamente em grupos de investidores e chegaram ao conhecimento da diretoria do BC, que prontamente desmentiu a veracidade do conteúdo. Na ocasião, Gabriel Galípolo estava em Brasília e não participava de nenhum evento público que pudesse gerar declarações desse tipo. A veiculação do boato ocorreu antes da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), justamente quando o dólar alcançava a marca de R$ 6,20.

No ofício enviado às autoridades, com base em dados da Secom/PR, a PNDD ressaltou que a desinformação pode comprometer diretamente a eficácia da política pública de estabilização cambial, criando um ambiente de incerteza e impacto nos preços dos valores mobiliários. “Sabe-se que há relação direta entre a cotação de moeda estrangeira, notadamente o dólar, e os preços dos valores mobiliários negociados em bolsas de valores, tanto que a recente elevação do valor da moeda americana veio acompanhada de queda do montante de valores negociados no mercado de capitais”, descreve um trecho do documento.

Fonte: Brasil 247