quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

José Dirceu critica violência de PMs de Tarcísio e cobra demissão de Derrite: “Barbárie”

 

O ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula (PT), José Dirceu. Foto: reprodução

Em artigo publicado nesta quarta-feira (18) na Folha de S.Paulo, o ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula (PT), José Dirceu, comentou sobre a escalada de violência da Polícia Militar de São Paulo, destacando que a corporação “mostrou sua face, com atos de maior barbárie e desrespeito à dignidade humana”.

Dirceu afirmou ainda que nenhuma admissão pública de erro será suficiente caso o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não demita o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, e não implemente, de forma prática, mudanças no modelo de gestão da PM:

A escalada da violência da Polícia Militar de São Paulo mostrou sua face, com atos de maior barbárie e desrespeito à dignidade humana e sem punição exemplar para os responsáveis diretos nem para a cadeia de comando.

Confrontado com os fatos e por mero oportunismo político, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assumiu um mea-culpa. Reconheceu o seu erro ao não valorizar o uso das câmeras corporais no uniforme dos policiais e, embora sem mencionar diretamente os casos recentes, assumiu o óbvio; isto é, que o discurso de uma autoridade tem peso sobre o comportamento da tropa.

Apesar dos elogios que recebeu da imprensa, sejamos honestos: nenhuma admissão pública de erro será suficiente se Tarcísio não demitir o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, e se não demonstrar, na prática, mudanças no modelo de gestão da PM, no uso desproporcional da força e da visão de segurança pública baseada no poder excessivo e sem controle da polícia. (…)

Desde os primeiros meses do governo Tarcísio de Freitas, ex-militar que designou o ex-capitão da PM e deputado federal pelo PL Guilherme Derrite, a PM passou a empregar mais violência em suas rondas policiais. Não se pode ignorar o fato de que Tarcísio sempre tratou com desdém as críticas a seu modelo de segurança, marcado pela arbitrariedade, violência excessiva e endurecimento desmedido e direcionado para pessoas negras, pobres e periféricas. (…)

Derrite e Tarcísio cometeram “abuso de autoridade”, diz defesa de PMs | Metrópoles
Tarcísio e Derrite: Dirceu disse que nenhuma admissão pública de erro será suficiente caso o governador não demita o secretário da Segurança Pública. Foto: reprodução

Os erros dessa política se mostram nos números do presente, mas remetem a um passado igualmente conhecido. No início, foi a chamada polícia mineira, embrião do que hoje conhecemos como milícia.

Depois veio o “Esquadrão da Morte”, organização paramilitar surgida no fim dos anos 1960 de dentro da Polícia Civil, à época comandada pelo delegado Sergio Paranhos Fleury. Na década seguinte foi criada a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) para combater opositores da ditadura militar. (…)

Todas essas experiências, pregadas pela direita brasileira, adotaram a cultura da violência e da repressão, o assassinato indiscriminado e a violação de direitos humanos. A PM paulista segue essa tradição, incluindo a tradição de impunidade. (…)

Para acabar com a violência policial, é preciso desmilitarizar a PM, rever o processo de formação dos policiais militares e adequar o currículo das academias a um novo conceito de policiamento que será, principalmente, de proximidade. É necessário, sobretudo, desenvolver a capacidade de inteligência não só da Polícia Civil, que faz a investigação, mas também da PM. Sem inteligência não há como combater o tráfico, hoje nosso principal problema de segurança pública.

Para mostrar que de fato se convenceu dos seus erros, Tarcísio precisa também rever o programa das câmeras corporais, profissionalizar a PM e, por fim, mas não menos importante, conter a politização indevida que avança na corporação. Farda, política e promoção pessoal de policiais são inconciliáveis para uma segurança pública efetiva.

Fonte: DCM

Inquérito do golpe: PGR prepara fatiamento de denúncias e Bolsonaro deve ser julgado em 2025

Objetivo é dividir as acusações pelos "núcleos" da organização criminosa, facilitando a instrução do processo e agilizando o julgamento dos envolvidos

(Foto: Marcos Corrêa/PR | José Cruz/Agência Brasil)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) prepara uma estratégia de fatiamento das denúncias contra os 40 indiciados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, envolvendo figuras como Jair Bolsonaro (PL), os ex-ministros e generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, e outros 37 envolvidos.

O objetivo, segundo a coluna da jornalista Vera Rosa, do jornal O Estado de S. Paulo, é dividir as acusações com base nos diferentes "núcleos" da organização criminosa, facilitando a instrução do processo e agilizando o julgamento. Embora a estratégia do Ministério Público Federal não utilize os nomes atribuídos pela Polícia Federal (PF), ela visa acelerar o trâmite do caso.

A acusação, que envolve planos para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, está prevista para ser apresentada ao Supremo até março de 2025. Caso o cronograma seja cumprido, a possível condenação de Bolsonaro deve ocorrer ainda em 2025, antes das eleições de 2026.

No relatório final das investigações, a Polícia Federal identificou seis núcleos de atuação ligados ao golpe: Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; Incitação de Militares ao Golpe; Jurídico; Operacional de Apoio às Ações Golpistas; Inteligência Paralela; e Operações Coercitivas. Alguns dos militares indiciados, como o tenente-coronel Mauro Cid, estão ligados a múltiplos núcleos e já colaboraram com a Justiça, sendo considerados peças-chave para o esclarecimento dos fatos.

A reportagem destaca que embora haja especulações em Brasília sobre a prisão iminente de Bolsonaro, ministros do STF não consideram necessário decretar sua prisão neste momento. Eles afirmam que tal medida só seria adotada caso Bolsonaro tentasse obstruir as investigações, como fez o ex-ministro Braga Netto, atualmente preso.

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, após uma reunião com Lula nesta terça-feira (17), também admitiu que a situação envolvendo militares tem gerado constrangimento, reforçando a necessidade de julgamento rápido e justo para os envolvidos. O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, conhecida como a “câmara de gás”, com o ministro Alexandre de Moraes como relator. "Nós desejamos que todos esses que estão envolvidos respondam à Justiça", afirmou Múcio.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Maioria dos brasileiros acredita que Bolsonaro tentou dar golpe em Lula, diz Datafolha

Segundo o Datafolha, 52% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro tramou um golpe de Estado após perder a eleição para o presidente Lula em 2022

Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

Pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (18) pela Folha de S. Paulo, revela que 52% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro(PL) tentou dar um golpe de Estado para se manter no poder após sua derrota no segundo turno da eleição presidencial de 2022 para o presidente Lula (PT).

O levantamento, que ouviu 2.002 eleitores entre os dias 12 e 13 de dezembro e possui margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, mostrou uma divisão clara entre os segmentos sociais, com a maior parte dos que pensam assim sendo os menos instruídos (59%), os mais pobres (60%) e nordestinos (64%). Por outro lado, entre os mais ricos (49%), os moradores do Sul (50%) e os evangélicos (52%), o ex-mandatário é mais isentado da hipótese de tentativa de golpe.

O resultado está alinhado com a pesquisa realizada anteriormente, em março de 2024, quando 55% dos entrevistados também acreditavam na possibilidade de um golpe, embora o número tenha diminuído ligeiramente agora, enquanto aqueles que discordam permaneceram na casa dos 39%.

O ex-mandatário, que se encontra inelegível até 2030 por conta de sua campanha contra as urnas eletrônicas, foi indiciado no inquérito que apura uma suposta trama golpista para permanecer no poder após a derrota no pleito presidencial de 2022 . Bolsonaro nega envolvimento, alegando ser vítima de uma perseguição política e afirmando que as conversas para manter seu governo eram apenas discussões sem maiores consequências. No entanto, a Polícia Federal discorda e há uma expectativa crescente de que o Ministério Público o denuncie, possivelmente levando a um julgamento em 2025.

Além disso, o cerco em torno de Bolsonaro se intensificou com a prisão de seu ex-candidato a vice, o general da reserva Walter Braga Netto, por envolvimento no caso. A percepção pública sobre os riscos de um golpe também foi questionada e, nesta linha, 68% dos entrevistados afirmaram que houve risco de golpe nos meses finais de 2022, sendo 43% dos participantes a consideraram um grande perigo.

A pesquisa também questionou a reação da população frente às investigações sobre um plano de assassinato envolvendo Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito que apura a intentona golpista. Embora 63% dos entrevistados afirmem estar a par do caso, a opinião sobre a participação de Bolsonaro na trama mostrou uma polarização ainda mais acentuada. Entre os que estavam informados sobre o caso, 50% acreditam que Bolsonaro estava envolvido, enquanto 40% pensam o contrário. Já entre aqueles que não tinham conhecimento do caso, a maioria (54%) acredita na inocência de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Defesa de Bolsonaro busca adiar julgamento sobre trama golpista até 2027

Manobra busca conseguir apoio de um Congresso mais fortalecido por nomes de centro-direita após as eleições de 2026

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) está planejando uma estratégia para estender o julgamento das investigações em que ele é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF) até 2027, segundo aliados de acordo com aliados do ex-mandatário ouvidos pela coluna da jornalista Raquel Landim, do UOL. A manobra busca se alinhar com a expectativa de que, ao adiar o processo, ele consiga apoio de um Congresso mais fortalecido por nomes de centro-direita após as eleições de 2026, o que poderá influenciar positivamente o seu futuro político..

Essa estratégia vai contra os desejos do STF, que tem pressa em concluir o julgamento em 2025, a fim de evitar que o debate jurídico interfira nas eleições presidenciais de 2026. No entanto, aliados de Bolsonaro acreditam que um prolongamento poderia beneficiar o ex-mandatário, especialmente caso o procurador-geral da República, Paulo Gonet, decida apresentar uma denúncia única que englobe todos os crimes pelos quais Bolsonaro está sendo investigado.

A possibilidade de uma denúncia única poderia tornar o julgamento mais moroso, já que, com ela, o número de acusados, crimes e testemunhas seria significativamente ampliado, criando uma dinâmica mais complexa no processo. Essa situação remeteria a processos como o mensalão, que se arrastaram por anos devido à quantidade de envolvidos.

As investigações da Polícia Federal, que incluem acusações como a tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartões de vacinação, venda de joias recebidas de outros países e a existência de uma milícia digital, ainda não resultaram em uma denúncia formal por parte do procurador-geral.

Até o momento, Bolsonaro já foi indiciado pela PF por falsificação de cartões de vacinação e por envolvimento na tentativa de golpe, com a acusação de que os crimes estariam relacionados a um esquema para facilitar sua fuga, caso o golpe não fosse bem-sucedido.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Estado transferiu R$ 13,4 bilhões aos municípios em 2024, maior valor em 26 anos

Embora ainda faltem alguns dias para o ano acabar, o valor já supera as transferências realizadas ao longo de todos os últimos 26 anos, inclusive em termos reais. Isso significa que, mesmo considerando a inflação de todo esse tempo, os repasses em 2024 continuam sendo os maiores até aqui.

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Estado transferiu R$ 13,4 bilhões aos municípios em 2024, o maior valor em 26 anos - Na foto, Londrina
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

2024 ainda não acabou, mas já é o ano em que o Paraná mais repassou recursos para os seus 399 municípios em mais de duas décadas. Até o dia 16 de dezembro, foram R$ 13.441.405.808,83 transferidos, valor 8,3% maior do que todo o ano de 2023 (R$ 12.411.015.496,06), segundo dados do Portal da Transparência. Essa é a maior cifra de toda a série histórica, registrada desde 1999.

Embora ainda faltem alguns dias para o ano acabar, o valor já supera as transferências realizadas ao longo de todos os últimos 26 anos, inclusive em termos reais. Isso significa que, mesmo considerando a inflação de todo esse tempo, os repasses em 2024 continuam sendo os maiores até aqui.

Em 1999, o primeiro ano mantido nos registros do Portal da Transparência, o Paraná transferiu R$ 894,3 milhões para os municípios. Considerando a inflação dessas duas décadas e meia, isso equivaleria a cerca de R$ 3,98 bilhões — o que significa um aumento real de 237% durante todo esse tempo.

Trazendo para uma realidade mais próxima, os repasses feitos em 2018 somaram R$ 7,85 bilhões. Isso representa um aumento real de 24% nas transferências feitas às cidades paranaenses ao longo desses seis anos.

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, esse aumento significativo é reflexo da boa gestão pública e da otimização da arrecadação. “O repasse desses valores é um compromisso constitucional, mas é responsabilidade do Governo do Estado adotar boas políticas que nos permitam encaminhar recursos que ajudem a promover o desenvolvimento a todas as regiões do Paraná”, diz.

Essas transferências são direcionadas para serviços públicos essenciais, como saúde, educação, segurança pública, transporte e infraestrutura, beneficiando diretamente a população.

Os recursos correspondem à parcela da arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), do Fundo de Exportação e dos royalties do petróleo, que são arrecadados pelo Estado. A divisão entre os municípios é feita de acordo com o Índice de Participação dos Municípios (IPM), e seguem as regras estabelecidas pela Constituição Federal.

IMPOSTOS – Dos R$ 13,4 bilhões recordes repassados pelo Paraná até aqui em 2024, mais de R$ 9,9 bilhões foram referentes ao ICMS. O valor depositado aos municípios corresponde a 25% do arrecadado pelo Estado com esse tributo, descontados os 20% direcionados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

A transferência relativa ao IPVA, cuja arrecadação tem 50% de destinação municipal, foi de R$ 3,38 bilhões. O Fundo de Exportação somou R$ 146,7 milhões aos cofres municipais, enquanto os royalties de petróleo foram de R$ 8 milhões até 16 de dezembro de 2024.

Confira os valores transferidos de 2018 a 2024:

● 2018 – R$ 7.849.832.453,20

● 2019 – R$ 8.123.142.902,53

● 2020 – R$ 8.229.581.237,29

● 2021 – R$ 9.856.803.233,88

● 2022 – R$ 11.015.740.231,26

● 2023 – R$ 12.411.015.496,06

● 2024 – R$ 13.441.405.808,83 (até 16/12/2024)

Veja as 20 cidades que receberam mais repasses neste ano:

1. Curitiba (R$ 1,6 bilhão)

2. Araucária (R$ 717,4 milhões)

3. São José dos Pinhais (R$ 462,9 milhões)

4. Londrina (R$ 430,6 milhões)

5. Maringá (R$ 399,3 milhões)

6. Ponta Grossa (R$ 342,7 milhões)

7. Cascavel (R$ 341,5 milhões)

8. Foz do Iguaçu (R$ 263,4 milhões)

9. Toledo (R$ 224,5 milhões)

10. Guarapuava (R$ 198,6 milhões)

11. Paranaguá (R$ 143 milhões)

12. Castro (R$ 140,9 milhões)

13. Colombo (R$ 138,1 milhões)

14. Pinhais (R$ 126,7 milhões)

15. Campo Largo (R$ 122,2 milhões)

16. Arapongas (R$ 113,8 milhões)

17. Ortigueira (R$ 104,6 milhões)

18. Cambé (R$ 101,1 milhões)

19. Apucarana (R$ 98,9 milhões)

20. Pato Branco (R$ 97 milhões).

Fonte: AEN

Municípios do Paraná alcançam melhor índice de qualidade de vida da história; veja o ranking

Espécie de IDH municipal, o Índice Ipardes de Desempenho Municipal avalia o desenvolvimento socioeconômico dos 399 municípios paranaenses nas dimensões de Renda, Educação e Saúde, formando um indicador Geral.
IPARDES - IPDM
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) apresentou nesta terça-feira (17) a nova edição do Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM), com ano-base de 2022. Espécie de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) municipal, o IPDM avalia, anualmente, o desenvolvimento socioeconômico dos 399 municípios nas dimensões de Renda, Educação e Saúde, formando um indicador geral.

Os municípios são categorizados em quatro estratos de desempenho: baixo, médio-baixo, médio e alto, em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o indicador. A média geral do Paraná passou de 0,7291 em 2021 para 0,7414 em 2022, o melhor resultado desde 2010, quando foi iniciada a série. Cerca de 53% dos municípios (214) estão com índice igual ou superior ao do Estado. Confira o quadro completo AQUI .

A melhora dos indicadores locais, especialmente nas dimensões Renda e Educação, fez com que 47 municípios alcançassem o estrato de alto desempenho em 2022 no índice geral, crescimento de 62% em relação a 2021, quando eram 29. Trata-se do maior número desde o início da série histórica.

Na outra ponta, a quantidade de cidades classificadas como médio-baixo desempenho caiu, de 10 para 4, uma redução de 60%, e as enquadradas no estrato médio passaram de 360 para 348 (-3,33%). Todos os 399 municípios alcançaram notas superiores a 0,4, fazendo com que não existam cidades com IPDM baixo.

Curitiba é a cidade com o maior IPDM Geral em 2022, com 0,9013, seguida de Palotina e Toledo, no Oeste, com 0,8696 e 0,8582, respectivamente; Quatro Barras (RMC), com 0,8547; e Cafelândia (Oeste), com 0,8525. Completam a lista dos 10 maiores índices Santo Inácio (Norte - 0,8518), Maringá (Noroeste - 0,8464), Dois Vizinhos (Sudoeste - 0,8368), Sabáudia (Norte - 0,8360) e Cascavel (Oeste - 0,8330).

O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, destacou o salto no número de municípios que passaram a integrar a categoria de alto desempenho. “Isso significa que as políticas públicas estão funcionando, com um grau elevado no crescimento da educação, de renda e da saúde, que é uma preocupação que nós temos de poder interiorizar e levar o desenvolvimento para todos os municípios, evitando o fluxo migratório das pequenas para as médias e grandes cidades”, afirmou.

“Temos que pensar em ações para reter, dar condições de qualidade de vida, alternativas de emprego a quem mora nos pequenos municípios para ele não precisar realizar essa migração. Com esses números nós vamos refletir, analisar com muito critério, para que possamos calibrar as políticas públicas e o orçamento do Estado”, finalizou.

Para o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, os bons resultados são fruto de um trabalho conjunto entre setores público e privado. “Muitos municípios tiveram evolução nos aspectos de renda, de saúde e de educação. É uma somatória de esforços dos gestores, dos empreendedores e das condições que o Estado tem oferecido em termos de fomento e infraestrutura para que esse desenvolvimento ocorra”, ressaltou.


RENDA – No indicador Renda, que leva em consideração a remuneração do trabalho, o número de empregos formais (carteira assinada) e a produção agropecuária, um município está na categoria alto desempenho; 42 no médio (ante 32 em 2021); 333 no médio-baixo (eram 287 em 2021); e 23 na classificação baixo (contra 79 em 2021), este último com uma queda de 70%. A média estadual em 2022 foi de 0,4967, contra 0,4660 de 2021.

Curitiba novamente aparece em 1º lugar, com IPDM de 0,8591. Na sequência aparecem Ortigueira (Campos Gerais - 0,7760), Quatro Barras (0,7610), Santo Inácio (0,7530) e Carambeí (Campos Gerais - 0,7438). Palotina, Cafelândia, Jussara, Araucária, Toledo e Maringá fecham a lista de cidades com índices acima de 0,7.

O desempenho da economia paranaense, com recordes na geração de empregos e grandes investimentos privados, ajudam a explicar o crescimento da renda nos municípios. De janeiro a outubro, foram novos 163.206 empregos com carteira assinada criados no Paraná, o terceiro melhor resultado do Brasil, num movimento em alta desde 2022. E desde 2019, foram mais de R$ 285 bilhões em investimentos privados em todas as regiões do Estado.

EDUCAÇÃO – Pelo indicador Educação, que abrange atendimento à educação infantil, taxas de abandono, distorção idade-série, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e qualificação dos docentes (porcentagem com ensino superior), o Paraná conta com 351 cidades na categoria alto desempenho; 47 no médio; e uma com médio-baixo. A média do Paraná em 2022 nesse indicador foi de 0,8781, ante 0,8668 de 2021.

Bom Jesus do Sul, no Sudoeste, é o município com a maior classificação, de 0,9966. Serranópolis do Iguaçu (Oeste - 0,9902), Atalaia (Norte - 0,9829), Rio Negro (RMC - 0,9825), Ariranha do Ivaí (Norte - 0,9807), Entre Rios do Oeste (Oeste - 0,9787), São Manoel do Paraná (Noroeste - 0,9771), Doutor Camargo (Norte - 0,9771), Verê (Sudoeste - 0,9734) e Japurá (Noroeste - 0,9723) fecham o top 10 com as melhores classificações.

No caso da educação pública, o Paraná é líder no Ideb em todas as etapas avaliadas. No ensino médio, o Estado manteve a liderança com nota 4,9, superando a média nacional de 4,3. Nos anos finais do ensino fundamental, a nota do Paraná foi de 5,5, conquistando o primeiro lugar em um empate triplo com Ceará e Goiás. Já nos anos iniciais, sob responsabilidade dos municípios, o Estado também garantiu o topo do ranking com nota 6,7, à frente de Ceará e São Paulo.

SAÚDE – Já na Saúde, que utiliza para definição do indicador dados como percentual de consultas pré-natais, participação dos óbitos listados como causas mal definidas e razão de óbitos de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis, 302 municípios têm índice alto; 93 médio; e quatro médio-baixo, sem nenhuma cidade com índice considerado baixo. A média do Estado é de 0,8495.

Diamante do Norte, na Região Noroeste, é o principal destaque, com IPDM de 0,9999. Inajá (Noroeste - 0,9927); Cambira (Norte - 0,9910); Campo Bonito (Oeste - 0,9873); Mirador (Noroeste - 0,9850); Vera Cruz do Oeste (Oeste - 0,9839); Janiópolis (Centro-Oeste - 0,9835), São Manoel do Paraná (Noroeste - 0,9803); Tamboara (Noroeste - 0,9797); e Pinhal de São Bento (Sudoeste - 0,9795) completam a lista de municípios com os melhores IPDM na educação.

Uma das explicações para esse bom cenário da saúde no Paraná são as ações de descentralização das grandes para médias e pequenas cidades, com a construção de Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento e até mesmo hospitais. Na última semana, o Governo do Estado liberou um pacote de R$ 502 milhões em investimentos para fortalecer a estratégia de regionalização dos serviços de saúde no Paraná, visando dar mais capilaridade aos atendimentos por todo o Estado.

IPDM – O índice Ipardes de Desenvolvimento Municipal (IPDM) utiliza dados do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Educação e Ministério da Saúde, além do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para formulação do indicador. Devido ao tempo de processamento dessas informações por cada órgão, o índice, que é anual, é divulgado dois anos após o período analisado.

Fonte: AEN

“The Best”: Lula saúda Vinni Jr. e Marta após premiação da FIFA

Montagem de fotos de divulgação do prêmio de Vinícius Jr. e Marta
Os jogadores de futebol Vinícius Jr. e Marta – Divulgação/FIFA

Nesta terça-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou Vinícius Jr., vencedor do prêmio de melhor jogador do mundo na cerimônia Fifa The Best, e também celebrou Marta, vencedora na categoria de gol mais bonito do futebol feminino. Nos Stories do Instagram, o petista compartilhou uma publicação oficial do governo federal enaltecendo os dois atletas:

“Dois golaços. Nesta terça-feira (17), o jogador Vini Jr. ganhou o prêmio “The Best”, organizado pela Fifa, de melhor jogador de futebol do mundo. A cerimônia também contemplou a jogadora Marta, ícone do futebol, na categoria que leva seu nome e premia quem faz o gol mais bonito no futebol feminino: a própria! Vini Jr. e Marta orgulham o Brasil não só em campo, mas também pela luta contra o racismo e a favor da igualdade de gênero no esporte. Campeões”.

O atacante do Real Madrid e da Seleção Brasileira recebeu o prêmio em uma cerimônia realizada em Doha, no Catar. Esta foi a primeira vez que Vini Jr. conquistou o reconhecimento individual como melhor jogador do mundo.

Story de Lula parabenizando Vini Jr.
Story de Lula – Reprodução/Instagram
Apesar do triunfo no Fifa The Best, em outubro, o jogador ficou fora do pódio da Bola de Ouro, premiação da revista francesa France Football, vencida por Rodri, do Manchester City.

A jogadora Marta também fez história ao vencer na categoria que leva seu nome, criada para premiar o gol mais bonito no futebol feminino. O gol vencedor foi marcado em um amistoso entre Brasil e Jamaica, realizado na Arena Pernambuco, em junho. Na partida, a brasileira marcou duas vezes, e o gol premiado foi o segundo da noite.

Story de Lula parabenizando Martha
Story de Lula – Reprodução/Instagram

Fonte: DCM

Nikolas Ferreira é escrachado na web após votar contra a Reforma Tributária: “Hipócrita”


. Foto: reprodução

O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) está recebendo uma enxurrada de críticas em suas redes sociais após votar contra a Reforma Tributária, que elimina todos os impostos sobre 40 alimentos essenciais da cesta básica.

Em seu discurso no plenário na última terça-feira (17), o deputado afirmou: “Esse governo não tem responsabilidade fiscal alguma. Prometeram benesses e só estão trazendo malefícios!”. “Não colocarei minha digital na reforma tributária do governo Lula. O tempo já está provando que estamos certos.”

A declaração deu o que falar na internet. O parlamentar, conhecido por sua posição contrária a impostos, tornou-se um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Nikolas chegou aos Trending Topics do X, antigo Twitter.

Confira a repercussão: