quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

"Militares davam aulas para parlamentares na CPI", diz Soraya Thronicke

Senadora revela detalhes de reuniões durante a CPI da Pandemia e aborda interferência militar

(Foto: Fiesp | Bruno Spada / Câmara dos Deputadas | ABR)

Em entrevista ao programa Bom Dia 247, a senadora Soraya Thronicke relatou episódios envolvendo a participação de militares em reuniões preparatórias para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Segundo a parlamentar, integrantes das Forças Armadas instruíam parlamentares sobre temas e perguntas a serem feitas durante as sessões.

Thronicke revelou que foi chamada para encontros em Ministérios, onde encontrou "militares ao redor" e uma "mesa muito grande". Durante as reuniões, membros do governo, incluindo ministros e oficiais, discutiam estratégias e orientavam os parlamentares. "Eu me lembro de Pazuello estar ali, ele e outros civis organizavam os materiais e davam aulas para parlamentares", afirmou.

A senadora contou que decidiu não mais comparecer a essas reuniões após presenciar o que considerou uma orientação coordenada. "Levantei no meio da reunião e falei: 'Não dá para mim'. Eu sempre fui a rebelde da história. Eu não concordo com esse tipo de coisa", disse.

Ela também mencionou o almirante Flávio Rocha, ex-secretário do governo, como uma figura influente nesses encontros. "Eu escutava e, no outro dia, fazia tudo ao contrário do que eles diziam. Eu estudo por mim mesma", declarou.

Soraya criticou o caráter das reuniões e reforçou que "não há ilegalidade em parlamentares se reunirem antes das sessões". No entanto, ressaltou que "as reuniões não eram administrativas; eram instrutivas, com materiais e orientações detalhadas sobre como proceder".

A senadora também comentou sobre a proposta de criação de uma CPI no Senado, que não foi adiante. "Se tivesse sido só no Senado, teria sido mais pragmática e assertiva, sem os 'chiliques' e as investidas que vimos", criticou.

A declaração de Soraya Thronicke adiciona novos elementos às investigações relacionadas à CPI da Pandemia, apontando para uma atuação coordenada de setores do governo para moldar a atuação parlamentar durante as sessões da comissão. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

"Rei do lixo" escondia escritura de imóvel negociado com Elmar Nascimento, diz PF

PF amplia investigações sobre o empresário Marcos Moura, conhecido como "rei do lixo"

Elmar Nascimento (Foto: Agência Câmara)

A investigação da Polícia Federal envolvendo o empresário Marcos Moura, conhecido como "rei do lixo", revelou um suposto esquema complexo de ocultação de bens e vastas transações, apontado como uma possível "nova Lava Jato" devido ao alcance nacional.

Segundo informações do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, Moura, preso desde a semana passada, guardava em um cofre uma escritura de compra e venda de um imóvel de luxo no condomínio Porto Trapiche Residence, em Salvador-BA, para o deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA), em uma transação mediada por empresas usadas para dificultar o rastreamento de bens.

A PF informou em documento que o empresário utilizava a empresa Patrimonial Moura Ltda., administrada por sua filha Bárbara Carvalho de Moura Abreu, para ocultar bens obtidos de práticas criminosas.

O suposto esquema atinge diversos estados e envolve figuras influentes, como o ex-prefeito ACM Neto e o senador Davi Alcolumbre, com indícios de manipulação em processos licitatórios e contratos públicos. Enquanto Moura tenta deixar a prisão com apoio de advogados renomados, a desembargadora Daniele Maranhão decidirá sobre sua liberdade.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

“No passado eu era favorável a privatizar tudo, hoje não mais”, diz Soraya Thronicke

Senadora revisa posição sobre privatizações e defende um Estado necessário

(Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados)

Em entrevista ao programa Bom Dia 247, a senadora Soraya Thronicke (União-MS) declarou ter mudado sua posição sobre privatizações e a condução do Estado na economia. "Eu era no passado favorável a privatizar tudo, hoje não mais", afirmou a parlamentar, reconhecendo uma mudança em sua visão ideológica ao longo dos anos.

Soraya explicou que sua nova perspectiva foi moldada pela experiência no Congresso e por análises mais aprofundadas sobre o papel das empresas estatais. "Aquelas [empresas públicas] que são essenciais, que regulam o mercado ou atendem a população, eu sou a favor de manter. É o caso da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal", disse.

A senadora relatou que, durante um encontro com o ex-secretário de Privatizações Salim Mattar, tomou conhecimento da existência de cerca de 600 a 700 empresas estatais, muitas delas subsidiárias, o que a levou a considerar um posicionamento mais criterioso. “Havia empresas deficitárias sem razão de existir. Mas fechar ou vender indiscriminadamente seria um erro”, ponderou.

Soraya também destacou que bancos públicos devem servir como ferramentas de apoio à sociedade, citando exemplos como o financiamento habitacional e o crédito rural. "Eles existem para subsidiar o povo brasileiro", enfatizou.

Ao abordar sua evolução política, a senadora afirmou que não tem "compromisso com o erro" e que considera saudável revisar opiniões com base em novas informações e cenários. "Eu sou uma democrata e acredito em um Estado necessário, adaptado às circunstâncias e comprometido com o bem-estar da população", concluiu. 
Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Câmeras em todas as operações policiais? Governo Tarcísio argumenta impossibilidade em manifestação ao Supremo

Das unidades da PM no estado de São Paulo, apenas 52% usam os equipamentos disponíveis

Câmera em uniforme da PM e Tarcísio de Freitas (Foto: Agência Brasil)

O governo de São Paulo informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tem como implementar câmeras corporais em todas as operações da Polícia Militar (PM). De acordo com um ofício da Procuradoria-Geral do Estado, os 10 mil equipamentos disponíveis não são suficientes para atender ao efetivo de 80 mil policiais militares. Das unidades da PM no estado, apenas 52% usam o dispositivo.

Segundo o governo, as 10.125 câmeras não podem ser ativadas simultaneamente. Quando metade está em uso, os outros 50% estão em processo de "upload" e recarga de bateria.

As mortes provocadas por policiais militares no estado de São Paulo aumentaram 98% nos dois primeiros anos do governo Tarcísio, de acordo com informações divulgadas pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial, do Ministério Público (Gaesp-MPSP).

Foram registradas 355 ocorrências entre janeiro e novembro de 2022. No mesmo período de 2024, segundo ano da gestão, o número subiu para 702 mortes. As estatísticas incluem mortes cometidas por policiais militares em serviço e fora de serviço.

Fonte: Brasil 247

Emendas e fundo partidário ficam imunes a cortes em meio a esforço fiscal do governo

Congresso prioriza emendas e reajuste do fundo partidário na LDO de 2025

Congresso Nacional (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (18) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que estabelece uma meta fiscal de déficit zero e elimina a previsão de contingenciamento de emendas parlamentares quando o governo precisar conter verbas para respeitar regras fiscais.

O texto permite a suspensão do pagamento das chamadas "emendas Pix" caso não sejam cumpridas regras como a apresentação de um plano de trabalho detalhado e informações bancárias. O não cumprimento dessas exigências resultará na interrupção imediata das transferências até que sejam regularizadas.

No entanto, o relator da proposta, senador Confúcio Moura (MDB-RO), modificou o trecho que tratava do bloqueio de emendas parlamentares em geral. A proposta inicial permitia o bloqueio livremente, mas o texto aprovado determina que ele deve seguir a mesma proporção aplicada às demais despesas discricionárias, indo na contramão do esforço fiscal do governo. Essa alteração protege as emendas, mesmo em situações de risco de descumprimento de regras fiscais, conforme anunciado pelo relator em um adendo ao parecer.

“Traduzindo em miúdos, se houver contingenciamento de despesas do Executivo, não incidirá sobre as emendas parlamentares, é o acordo firmado”, disse o senador, citado pelo Infomoney.

Fundo partidário - O Congresso Nacional rejeitou a proposta do governo de reduzir o reajuste do fundo partidário e manteve a regra atual, que corrige o valor com base nos valores pagos em 2016. A proposta governamental, que utilizaria os valores de 2023 como base para o reajuste, reduziria o aumento de R$ 500 milhões para R$ 160 milhões entre um ano e outro, segundo técnicos do Congresso citados pela agência O Estado de São Paulo. No Orçamento de 2025, está previsto R$ 1,3 bilhão para as legendas.

Fonte: Brasil 247

Barroso abre divergência em julgamento sobre responsabilização das redes e propõe a remoção de conteúdos só após ordem judicial

O presidente do STF abriu divergência do voto apresentado pelos dois relatores, os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux

Presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso 10/04/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, abriu nesta quarta-feira (18) divergência no julgamento que trata da responsabilidade das plataformas digitais pelos conteúdos postados por usuários. A análise em curso busca definir se, e em quais situações, as empresas podem ser penalizadas por conteúdos publicados por terceiros.

Barroso abriu divergência do voto apresentado pelos dois relatores, os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Ambos consideram o artigo 19 do Marco Civil da Internet inconstitucional e defendem a retirada de conteúdos ilícitos mesmo sem decisão judicial.

No voto, o presidente do STF, por sua vez, argumentou que o artigo 19 é "apenas parcialmente inconstitucional". Para ele, a retirada de conteúdos deve ocorrer após ordem judicial.

Barroso também divergiu no que diz respeito à remoção de conteúdos associados a crimes contra a honra.

“A remoção em casos de crimes contra a honra não pode prescindir de ordem judicial. Ainda que se aleguem crimes de injúria, esses conteúdos devem permanecer sob o regime do artigo 19, sob pena de violação à liberdade de expressão. Se prevalecer esse entendimento [ de remoção sem ordem judicial], se alguém disser que um determinado governador é burro, ele pode pedir a imediata remoção do conteúdo”, disse.

Na leitura do voto, o magistrado ainda ressaltou a necessidade de regulamentação das plataformas digitais, assim como dos comportamentos inautênticos coordenados, realizados através do uso de “bots”.

“É preciso regular as plataformas. Regular do ponto de vista econômico, impedir a dominação de mercado, empresas poderosas demais, para a proteção dos direitos autorais. Regular do ponto de vista da privacidade, pois um dos principais focos de lucro dessas empresas vem da coleta de dados, é preciso uma disciplina da utilização desses dados”, pontuou.

“E chegamos ao ponto mais delicado, que é a regulação de conteúdos e dos comportamentos inautênticos coordenados, que é o uso de bots e robôs para amplificar muitas vezes a mentira. Eles têm uma dimensão antidemocrática perigosíssima e de saúde pública perigosíssima. A amplificação maliciosa, maldosa. É preciso ter algum controle e as plataformas podem monitorar isso. Antes de regular o conteúdo, é preciso regular os comportamentos inautênticos”, completou.

Fonte: Brasil 247

Viúva de Jango tem indenização aumentada para R$ 500 mil por perseguição na ditadura

Decisão levou em conta o sofrimento enfrentado por Maria Thereza Goulart e sua família após o golpe militar de 1964

João Goulart e Maria Thereza Goulart (Foto: Arquivo histórico)

A ex-primeira-dama Maria Thereza Goulart, viúva de João Goulart, conquistou na Justiça o aumento de sua indenização por danos morais, reconhecida pela perseguição sofrida durante a ditadura militar. O valor foi elevado de R$ 79,2 mil para R$ 500 mil pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), informa o jornal O Globo.

A decisão levou em conta o sofrimento enfrentado por Maria Thereza e sua família após o golpe militar de 1964, que destituiu Jango da Presidência e forçou a família ao exílio. Durante o período no Uruguai, Maria Thereza foi presa e submetida a situações degradantes, incluindo ser obrigada a despir-se diante de policiais. Além disso, enfrentou ameaças de sequestro de seus filhos e a prisão do mais velho, então adolescente.

“Ela sofreu também como mulher, sofreu como mãe, sendo exposta na frente dos filhos. Sofreu como esposa, porque estava sendo presa e conduzida porque era esposa de um Presidente da República. Ela foi tornada, como mulher, quase uma “coisa”, sendo obrigada a ficar nua, de forma injustificada, com intenção justamente de ser coagida, constrangida, reduzida enquanto pessoa, enquanto mãe, enquanto esposa, enquanto mulher”, afirmou o desembargador Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, relator do caso.

O aumento da indenização foi concedido considerando a gravidade das violações sofridas. Embora a União tenha argumentado que Maria Thereza não foi presa ou torturada diretamente pelo Estado brasileiro, a Justiça entendeu que o monitoramento contínuo e as ameaças durante o exílio configuraram danos extensivos e sistemáticos.

Perseguição além-fronteiras

Mesmo fora do Brasil, a família Goulart continuou a ser alvo de vigilância. No exílio, Maria Thereza relatou a apreensão de bens, como joias e gado, além do saque da residência oficial na Granja do Torto. A Operação Condor, que articulou ditaduras sul-americanas, também ampliou as dificuldades vividas pela família.

Anteriormente, em decisão de janeiro deste ano, o juiz Bruno Risch Fagundes de Oliveira havia fixado a indenização em R$ 79,2 mil, reconhecendo o impacto direto da perseguição política na vida da viúva e de seus filhos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Alíquota média do IVA cairá em comparação ao que se paga hoje, diz Appy

O secretário extraordinário da Reforma Tributária estimou que a diminuição da sonegação, inadimplência e fraude fiscal pode levar a uma redução na alíquota

Economista Bernard Appy (Foto: Filipe Scotti/FIESC)

O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou nesta quarta-feira (18) que a alíquota do futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA) deverá ser reduzida em relação à atual carga. A declaração foi dada durante um evento realizado pela CNN, em Brasília, sobre a reforma tributária.

Segundo Appy, a diminuição da sonegação, inadimplência e fraude fiscal pode levar a uma redução de até 3 pontos percentuais na alíquota.

“A reforma tributária prevê que essa alíquota de referência vai ser fixada de forma a manter a carga tributária. Para quem paga tributos no Brasil hoje, a alíquota média vai cair em relação ao que paga hoje”, disse.

“Se não houvesse redução de sonegação e inadimplência, a alíquota média seria a mesma que temos hoje por definição, porque estou mantendo a carga tributária. Mas a reforma tributária é desenhada para reduzir bastante sonegação, inadimplência e fraude, sobretudo fraude com nota fiscal fria. E isso vai ter o efeito positivo de reduzir a alíquota média para quem paga tributos no país”, complementou.

Na terça-feira (17), o Congresso Nacional encerrou a votação da regulamentação da reforma tributária.

Fonte: Brasil 247 com informações da agência Estado de S. Paulo

Retratação científica: falso efeito da hidroxicloroquina é desmentido

O fármaco também é utilizado contra a malária e algumas doenças auto-imunes

(Foto: Marco Santos/Agência Pará)

A revista International Journal of Antimicrobial Agents excluiu um artigo que tinha como objetivo demonstrar a eficácia da hidroxicloroquina contra a covid-19, em março de 2020. Estudos confirmaram que os resultados eram falsos: a hidroxicloroquina não é útil para tratar a covid-19. A exclusão ocorreu nesta terça-feira (17). Cálculos oficiais divulgados em 2023 apontaram que mais de 20 milhões de pessoas morreram, com quase 800 milhões de pessoas oficialmente contaminadas.

A hidroxicloroquina, fármaco utilizado contra a malária e algumas doenças auto-imunes, era uma das estratégias terapêuticas em estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A exclusão deste estudo da revista, quase cinco anos depois da sua publicação, termina um longo processo de escrutínio aos trabalhos de Didier Raoult e da sua equipa.

Fonte: Brasil 247

Com show de brasileiros, Real Madrid supera Pachuca e vence o torneio Intercontinental (vídeo)

Destaque da partida foi o recém-eleito melhor jogador do mundo, Vinicius Jr

Real Madrid levanta a taça do Intercontinental no Catar - 18/12/2024 (Foto: Reprodução/Vídeo/Redes sociais)

O Real Madrid confirmou seu favoritismo e conquistou nesta quarta-feira (18) o título da Copa Intercontinental 2024 ao vencer o Pachuca, do México, por 3 a 0, no Lusail Stadium, no Catar.

O destaque da partida foi o recém-eleito melhor jogador do mundo, Vinicius Jr., que teve atuação decisiva. O placar foi inaugurado pelo francês Mbappé, aos 37 minutos do primeiro tempo.

Rodrygo ampliou com um gol espetacular aos 7 minutos da etapa final, e, para fechar com chave de ouro, o melhor do mundo converteu um pênalti aos 84 minutos, selando a vitória e a festa merengue. Nos acréscimos, o Pachuca chegou a marcar com Mena, mas o gol foi anulado devido a posição de impedimento do jogador.

 

Fonte: Brasil 247

“Não estamos no Velho Oeste, quem precisa andar armada é a polícia”, defende Gleisi ao lamentar mais um episódio de violência

Um estudante foi baleado na cabeça por outra aluna dentro de uma escola em Natal

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara)

Um grave episódio de violência chocou o país nesta semana. Um estudante foi baleado na cabeça por uma aluna dentro de uma escola em Natal, Rio Grande do Norte. Segundo as primeiras investigações, a jovem tinha a intenção de cometer uma chacina, mas a tragédia foi contida antes de alcançar proporções ainda maiores.

Segundo o pai do estudante ferido, ele tem 18 anos e é aluno do 3º ano do ensino médio. O jovem foi atingido por um disparo na cabeça, socorrido e levado para o Hospital Walfredo Gurgel, na Zona Leste de Natal, onde passa por atendimento.

O caso reacendeu o debate sobre o acesso a armas de fogo no Brasil e levou a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann, a se posicionar publicamente. Em tom crítico, Gleisi destacou a herança deixada pelos anos de governo de Jair Bolsonaro e lamentou os impactos de políticas que facilitaram o armamento da população.


“Vivemos quatro anos de desgoverno, com Bolsonaro incentivando uma sociedade da violência e trabalhando incansavelmente para facilitar o acesso da população às armas. No auge dessa loucura, 1.300 armas foram comercializadas por dia.”

◉ Restrição ao armamento como resposta à violência

Gleisi ressaltou que é preciso buscar soluções que priorizem a segurança pública e protejam a população, em especial jovens e crianças em ambientes escolares. Ela defendeu medidas mais rígidas para coibir a posse e o porte de armas de fogo por civis, citando um projeto de lei de sua autoria que pretende limitar o acesso às armas.

“Prefiro seguir o caminho inverso, por isso apresentei projeto de lei para cancelar registro de armas de atiradores sem nível olímpico e impedir a instalação e funcionamento de clubes de tiro no país.”

A parlamentar também chamou atenção para a necessidade de reforçar o papel das forças de segurança e criticou a ideia de que civis armados contribuem para a proteção social.

“Não estamos no Velho Oeste, quem precisa andar armada é a polícia.”

◉ Solidariedade às vítimas e à comunidade escolar

Além de criticar as políticas que, segundo ela, fomentaram a violência, Gleisi expressou solidariedade às vítimas do ataque e à comunidade escolar de Natal.

“À família do estudante atingido e a toda comunidade escolar do Rio Grande do Norte, expresso minha profunda solidariedade.”

◉ Cenário alarmante de violência nas escolas

O episódio em Natal não é um caso isolado, mas parte de uma crescente preocupação com a violência em escolas brasileiras. Desde 2019, o país registrou um aumento nos casos de ataques em unidades educacionais, frequentemente associados à disseminação de armas e ao discurso de violência.

Especialistas em segurança pública alertam que o Brasil precisa agir rapidamente para conter essa escalada. Entre as medidas sugeridas, destacam-se o fortalecimento das políticas de desarmamento, o controle rigoroso sobre o uso de armas por civis e a criação de programas de conscientização nas escolas.

Fonte: Brasil 247

"A indústria da fake news está trabalhando para a alta do dólar", denuncia Paulo Pimenta (vídeo)

Ministro prometeu a punição dos envolvidos na disseminação das informações falsas que mexeram com o câmbio: "serão encontrados e responsabilizados"

Ministro Paulo Pimenta (Foto: Agência Brasil)

A recente disparada do dólar nesta terça-feira (17), que se estende para esta quarta-feira (18), ganhou um novo capítulo após o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR), Paulo Pimenta (PT), acusar a disseminação de fake news como responsável pela instabilidade cambial. Em publicação no X, antigo Twitter, o ministro afirmou que declarações falsas atribuídas a Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, foram espalhadas por um perfil na rede social e amplificadas por influenciadores financeiros.

“A indústria da fake news está trabalhando para a alta do dólar. Segundo apuração da GloboNews, um perfil vinha divulgando aqui no X uma série de declarações falsas atribuídas a Gabriel Galípolo. Influenciadores do setor financeiro repercutiram as mentiras, causando pânico no mercado e fazendo o dólar disparar ontem", publicou, prometendo punição aos envolvidos na disseminação de informações falsas. "O perfil de fake news foi apagado, mas os criminosos serão encontrados e responsabilizados. A internet não é terra sem lei e quem comete crimes contra o Brasil não ficará impune!”, declarou Pimenta.

O episódio começou quando um perfil com cerca de 3,5 mil seguidores publicou declarações fictícias de Galípolo. Uma das falas atribuídas ao futuro presidente do Banco Central mencionava o dólar como “moeda estadunidense” e previa uma cotação de R$ 5. Outra afirmação enganosa sugeria que “a moeda dos Brics nos salvaguardaria da extrema influência que o dólar exerce no nosso mercado”. As mensagens rapidamente se espalharam entre analistas e investidores.
A reação nos mercados foi imediata. A incerteza gerada pelas publicações impulsionou o valor da moeda norte-americana, desencadeando instabilidade no câmbio. Embora o perfil tenha sido excluído, o impacto econômico já estava consolidado.

Pedro Barciela, analista de redes sociais especializado em política, também criticou o uso de fake news para manipulação de mercados financeiros. “É um ataque especulativo feito por atores da fintwit no X, usando declarações falsas atribuídas ao Gabriel Galípolo. Muitos deles apagaram as publicações, outros já excluíram os perfis. O ataque durou menos de duas horas”, afirmou Barciela. Ele ainda destacou que esses atores frequentemente adotam uma postura ideológica disfarçada de análise técnica para influenciar a opinião pública.

O Banco Central, atualmente presidido por Roberto Campos Neto, enfrenta um momento de transição. Gabriel Galípolo, já aprovado pelo Senado com 66 votos a favor e 5 contrários, assumirá o comando da autoridade monetária em janeiro de 2025. A sucessão coloca ainda mais pressão sobre o cenário econômico, especialmente diante de episódios como o recente ataque especulativo nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaristas anunciam “boicote” a Paulo Vieira após deboche ao vivo com Braga Netto e humorista rebate: “kkkk”

Durante o Domingão com Huck, Paulo Vieira fez piada com a prisão de Braga Netto

(Foto: Reprodução)

Após o humorista Paulo Vieira fazer piada sobre a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro, durante o Melhores do Ano 2024, realizado no último domingo (15), alguns extremistas ficaram irritados e prometeram fazer um “boicote” às marcas que patrocinam o artista. Nas redes sociais, Paulo tratou como uma piada a promessa de boicote.

Durante o Domingão com Huck, Paulo Vieira fez piada com a prisão de Braga Netto. “Está no ar o Melhores do Ano, o programa com mais estrelas da televisão brasileira. Não que isso queira dizer alguma coisa. O general tinha quatro estrelas e foi preso do mesmo jeito”, disse o humorista.

Paulo Vieira não se abalou com as postagens e riu da situação nas redes sociais. “KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Se vocês forem parar de consumir todas as marcas que eu faço publicidade, vocês vão ter que se mudar do Brasil”, escreveu ele em seu perfil no X, antigo Twitter.

Relembre a cena:

Fonte: Brasil 247



Juíza do caso Gusttavo Lima questiona posição do Ministério Público sobre arquivamento

Juíza Andréa Calado da Cruz decidiu não acatar o pedido de arquivamento das investigações

Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Instagram)

A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), decidiu não acatar o pedido de arquivamento das investigações contra o cantor Gusttavo Lima e sócios da empresa Vaidebet. O pedido havia sido feito pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que alegou ausência de provas suficientes para uma ação penal. A magistrada classificou o posicionamento do MPPE como “contraditório e incompreensível”, especialmente diante da solicitação de envio de documentos ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) para análise de suspeitas relacionadas a operações atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). As informações são do Metrópoles.

Em decisão publicada na última segunda-feira (16/12), Andréa determinou que os autos fossem devolvidos à Procuradoria-Geral de Justiça de Pernambuco (PGJPE), cobrando um posicionamento “inequívoco e decidido” sobre a continuidade ou arquivamento das investigações. A juíza ainda criticou a alegada “ambiguidade” do MPPE:

“A Justiça exige clareza e comprometimento com a verdade e não comporta posições vagas ou indecisões.”

Conflitos no caso e troca de acusações

O caso, que envolve investigações sobre crimes de lavagem de dinheiro por meio de empresas de apostas, gerou atritos entre a magistrada e integrantes do MPPE. Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) acusaram a juíza de “faltar com a verdade” e de demonstrar “paixão pela investigação”, comprometendo sua imparcialidade. Eles ainda apresentaram recurso solicitando a suspensão de uma decisão anterior da magistrada, que exigia que o MPPE arquivasse o caso, apresentasse denúncia ou pedisse novas diligências no prazo de cinco dias.

Segundo o MPPE, mesmo após o indiciamento de 22 pessoas, incluindo Gusttavo Lima e a advogada Deolane Bezerra, as investigações ainda carecem de análise de dados bancários pela Polícia Civil de Pernambuco, o que inviabilizaria o prosseguimento do caso sem diligências complementares.

Defesa de Gusttavo Lima nega irregularidades

A defesa de Gusttavo Lima reiterou que o cantor e suas empresas, Balada Eventos e GSA Empreendimentos, sempre colaboraram com as investigações e comprovaram a legalidade de suas operações. Em nota, os advogados afirmaram que o inquérito já foi arquivado pelo próprio MPPE e pela PGJPE, por ausência de indícios que justifiquem ação penal:

“Desde o início das investigações, sempre colaborou e apresentou todos os documentos e esclarecimentos comprobatórios da legalidade das operações.”

A defesa também rebateu as suspeitas sobre a venda de uma aeronave e contratos de imagem com a empresa Vaidebet, afirmando que todas as transações seguiram os ditames legais, com documentos autênticos e impostos devidamente recolhidos.

“A insistência do Judiciário em recusar a promoção de arquivamento requerido pelos promotores e pela procuradoria apenas aumenta os danos causados ao artista e às empresas dele, que jamais praticaram os atos que a magistrada sustenta subsistir.”

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

ÁUDIO – Pastora exige assentos na primeira fila para sua família: “Quero meu lugar reservado”

 

Pastora Dani, líder da Igreja Batista Unida Rebento Novo, exigiu, em áudio, que duas fileiras centrais na frente de templo sejam reservadas exclusivamente para sua família – Foto: Reprodução
A pastora Dani, líder da Igreja Batista Unida Rebento Novo, causou polêmica ao exigir que duas fileiras centrais na frente do templo sejam reservadas exclusivamente para sua família, mesmo quando não estão presentes. Em áudios vazados, a pastora deixou claro que a medida é para garantir o conforto e a organização durante os cultos.

No áudio, a religiosa afirma que apenas uma fileira não é suficiente para acomodar todos os membros de sua família. “Eu preciso das duas fileiras. Toda vez que eu chego aqui, os lugares estão ocupados. Por favor, se atentem às orientações”, declarou.

“Eu já tô uma pilha por causa de estacionamento”, continuou a pastora. “Quero meu lugar reservado”.


Fonte: DCM

VÍDEO – Repórter leva “patada” de mulher ao vivo: “Não dou entrevista pra Globo”

 

Jornalista leva invertida de senhora que se recusou a conceder entrevista a Globo – Foto: Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (18), uma repórter da Globo enfrentou uma situação inusitada enquanto fazia a cobertura ao vivo sobre a aparição de um leão-marinho na praia de Ipanema. Ao tentar entrevistar uma senhora que passava pelo local, a resposta foi direta: “Eu não costumo dar entrevista pra GloboNews e Globo”. O comentário desconcertou a jornalista.

Após ouvir a resposta, a repórter tentou contornar a situação. Em um tom educado, ela pediu desculpas à senhora e optou por continuar a reportagem sem prolongar o assunto.

O episódio aconteceu durante o Bom Dia Rio, programa que frequentemente aborda eventos marcantes no Rio de Janeiro. Apesar do momento constrangedor, a repórter manteve a compostura e seguiu com a cobertura.

Fonte: DCM

R$ 289 mil: Empresa de primo de Allan dos Santos é a maior fornecedora da campanha de Carluxo

Anderson Braz da Silva Braga (à direita), primo de Allan dos Santos, Carlos Bolsonaro (ao centro) e Maurício Jacobsen da Costa (à esquerda), figura emergente no bolsonarismo e organizador do Congresso Brasil Conservador. Foto: reprodução

A campanha de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) para vereador contou com a Veritas Publicidade e Marketing Ltda como sua maior fornecedora, conforme informações de Guilherme Amado, do site PlatôBr. A empresa, que tem como sócio Anderson Braz da Silva Braga, primo do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, recebeu R$ 289 mil do fundo eleitoral de Carlos, reeleito para o sétimo mandato na Câmara do Rio de Janeiro em outubro.

A Veritas foi fundada em maio de 2023 e também tem como sócio Maurício Jacobsen da Costa, uma figura em ascensão no bolsonarismo e organizador do Congresso Brasil Conservador, evento que aproveitou o crescimento da extrema direita.

A empresa faturou um total de R$ 2,1 milhões em campanhas em 2024, embora o endereço registrado na Receita Federal seja uma casa de classe média localizada em Camaquã (RS), cidade natal de Costa, a cerca de 130 km de Porto Alegre.

Além de Carlos Bolsonaro, a Veritas prestou serviços para outras campanhas do PL em 2024, todas no estado de São Paulo. O prefeito eleito de São José do Rio Preto, Coronel Fábio Cândido, desembolsou R$ 800 mil pelos serviços da empresa.
Allan dos Santos com Carlos Bolsonaro. Foto: reprodução
A vereadora reeleita de São Paulo, Sonaira Fernandes, gastou R$ 350 mil, enquanto o candidato a vereador em São Paulo, Henry Tkacz, que não foi eleito, contratou a empresa por R$ 250 mil. A direção do PL em Sertãozinho também figura como cliente, com gastos de R$ 300 mil.

Além disso, Anderson Braga, primo de Allan, já trabalhou no Terça Livre, blog mantido pwlo bolsonarista até ser encerrado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no contexto de investigações sobre disseminação de notícias falsas e ataques ao Supremo.

A Veritas, no entanto, negou qualquer envolvimento de Allan dos Santos com a empresa, afirmando que ele “não tem ligação alguma com a Veritas e jamais recebeu qualquer repasse da empresa”. Segundo a empresa, o fato de um primo de uma figura ligada ao extremismo de direita ter recebido recursos de campanhas bolsonaristas seria apenas uma coincidência.

Fonte: DCM com informações do jornalista Guilherme Amado, no site PlatôBr