terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Júnior da Femac entrega nova sede dos serviços funerários de Apucarana



A nova sede,  instalada na Rua São Paulo x Munhoz da Rocha dispõe de ambientes exclusivos para atendimento das famílias em luto. A obra consumiu recursos na ordem de R$ 1,5 milhão do caixa da Prefeitura.

O prefeito Júnior da Femac inaugurou nesta terça-feira (17/12) a nova sede da Autarquia dos Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa). Os serviços, que até então funcionavam em imóvel alugado no centro da cidade, ocupam agora amplo prédio onde por muitos anos funcionou o Fórum da Justiça do Trabalho.

Com terreno de 2.400 metros e localizado na Rua São Paulo esquina com a Rua Munhoz da Rocha, o imóvel recebeu obras de reforma, adaptação a nova finalidade e ampliação, totalizando 1,1 mil metros quadrados de área construída, e absorveu investimento na ordem de R$1,5 milhão em recursos municipais. A adaptação do prédio – cedido ao Município pelo Governo Federal – atendeu a todas as normas ambientais. Entre os destaques do projeto está a aquisição de câmeras frias e também a instalação de sistema próprio de geração de energia.

Ao entregar a obra, o prefeito Júnior da Femac ressaltou que a conquista da cessão do imóvel teve atuação do deputado federal Sérgio Souza. “A nova sede da Aserfa carrega muitos conceitos da minha gestão à frente da prefeitura, iniciada em 2019. Sendo uma delas a de dotar todas as autarquias e secretarias municipais de local adequado de trabalho para os servidores e atendimento à população. Com isso, conseguimos viabilizar melhor estrutura para a Autarquia de Educação, para o Meio Ambiente, para a Autarquia de Saúde, e agora a Aserfa, que presta um trabalho espetacular para a sociedade e recebe local ideal para atender com dignidade as pessoas”, disse o prefeito Júnior da Femac, enaltecendo o trabalho do diretor-presidente da Aserfa, José Airton “Deco” de Araújo.

“Além de grande legislador e gestor, o Deco é especialista em tratar bem as pessoas, e quando uma família procura os serviços da Aserfa, ela mais do que nunca quer ser abraçada e acolhida. Juntamente com toda a sua equipe, ele realizou um grande trabalho desde que assumiu o cargo, em 2021. Agora os serviços funerários de Apucarana possuem uma casa digna”, observou o prefeito, agradecendo aos vereadores da cidade por aprovarem o orçamento municipal e possibilitarem o investimento. “Também investimos na contratação de mais profissionais através de concurso público, estrutura, novos veículos e projeto de novas capelas mortuárias. Além de mantermos nossos cemitérios e capelas mortuárias, nos últimos seis anos construímos uma nova capela no Jardim Colonial e definimos projeto e terrenos para novas unidades nos distritos de Caixa de São Pedro e Correia de Freitas. Também já deixamos a construção do novo cemitério municipal – Morada da Paz – encaminhado para a nova gestão. Já há todas as licenças ambientais e a empresa licitada para as obras”, elencou Júnior da Femac.

A estruturação da nova sede da autarquia, confidenciou o diretor-presidente da Aserfa, José Airton “Deco” de Araújo, foi um dos desafios impostos a ele pelo prefeito Júnior da Femac que gerou expectativas. “Desde que iniciei as atividades neste órgão, o novo prédio foi um dos grandes projetos que trabalhei, sempre com total apoio do prefeito. Confesso que fiquei muito assustado, pois vinha de quatro mandatos como legislador e pouco conhecia da Aserfa, mas desde o primeiro dia tive a parceria de todos os servidores, a “Família Aserfa”, que me receberam de braços abertos e que me ensinaram muito. No decorrer do tempo, com atuação de praticamente todas as secretarias da prefeitura, finalizamos esta grande obra, uma das maiores do segmento no Estado do Paraná que, com toda certeza, vai oferecer condições de acolhimento e dar dignidade às famílias que precisarem dos serviços da Aserfa, além de melhores condições de trabalho a todos os servidores públicos que atuam no local. Aqui tudo é humanizado”, disse “Deco”.

Diferente da sede antiga, a nova dispõe de ambientes exclusivos para atendimento das famílias em luto. “Tudo bem dividido, especialmente o acesso dos veículos fúnebres. Com isso, acaba aquela situação constrangedora que existia na sede do centro, que só contava com uma entrada e saída, onde muitas vezes acontecia do carro funerário chegar com o corpo do ente durante o atendimento das famílias”, exemplificou o diretor-presidente da autarquia. “A construção da nova sede da Aserfa é uma conquista nossa, para atender de forma mais respeitosa e confortável a todos que necessitarem”, reforçou Deco.

Primeira mulher servidora de carreira da Aserfa, atuando há 17 anos na preparação de cadáveres (tanopraxia), Márcia Regina Borsato Mendes conta que a nova sede era um sonho de todos os profissionais. “Uma verdadeira revolução em comparação ao que vivenciamos por anos na sede antiga. Aqui é o local dos nossos sonhos, onde as famílias também vão contar com todo o conforto necessário. A nova sala de preparação conta com equipamentos de ponta. Temos agora cozinha e alojamento adequados”, testemunhou a servidora, lembrando que o funcionamento da Aserfa é ininterrupto.

Entre as autoridades presentes estiveram os vereadores Marcos da Vila Reis (vice-prefeito eleito), Rodrigo Liévore (Recife), Tiago Cordeiro, Moisés Tavares, Jossuela Pirelli e Luciano Facchiano. “Uma satisfação poder estar presente nesta solenidade. Parabenizo ao prefeito Júnior da Femac, ao Deco e toda a sua equipe pela entrega desta obra tão necessária e importante para a população”, disse o vereador Recife em nome do Legislativo Municipal.

Aserfa – Criada pela lei nº 01/1989, a Autarquia de Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa) possui personalidade jurídica própria e autonomia administrativa, sendo responsável de forma exclusiva pela administração, manutenção e conservação dos cemitérios municipais e das capelas mortuárias da cidade. Ao manter o monopólio dos serviços funerários no município, a autarquia também atua no atendimento a óbitos, realizando traslado de cadáveres; preparação de cadáveres e ornamentação; tanatopraxia; assistência funeral e liberação de cadáveres para outros municípios; velórios em capelas mortuárias municipais; sepultamentos; exumação; e concessão de lote de terreno ou jazido para sepulturas. As atividades da Aserfa são de interesse público e social e, portanto, não visam o lucro.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Lula compartilha alegria ao receber Chico Buarque e Carol Proner em casa

"Nada melhor que receber amigos em casa", escreveu o presidente nas redes sociais

Carol Proner, Chico Buarque, Lula e Janja (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, receberam nesta terça-feira (17), em sua residência em São Paulo-SP, o cantor Chico Buarque e sua esposa, a jurista Carol Proner, a quem chamam de “amigos”.

"Nada melhor que receber amigos em casa. Hoje, eu e Janjinha tivemos uma visita muito especial. Recebemos Chico Buarque e Carol Proner, em São Paulo. É sempre uma alegria poder ter vocês por perto", escreveu Lula em postagem na plataforma X.

No último domingo, Lula recebeu alta do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde passou por uma cirurgia de emergência na madrugada de terça-feira para drenar um hematoma no crânio, causado por uma queda ocorrida em outubro. O presidente agora se recupera em sua residência na capital paulista.

Fonte: Brasil 247

Ata do Copom indica mais duas altas de 1 ponto percentual na Selic

Reação do mercado ao pacote fiscal do governo federal tornou cenário inflacionário mais adverso, demandando uma política "ainda mais contracionista”

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Agência Brasil - O Comitê de Política Monetária (Copom) apontou que a o aumento recente na taxa de câmbio e a inflação corrente foram fatores determinantes para a decisão do Banco Central (BC) de aumentar a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 1 ponto percentual, passando para 12,25% ao ano.

De acordo com a ata da reunião do Copom divulgada nesta terça-feira (17), a reação do mercado financeiro ao pacote fiscal do governo federal tornou o cenário inflacionário mais adverso, demandando uma política "ainda mais contracionista”.

A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio”, diz a ata.

“Nota-se que tanto o prêmio de inflação extraído dos instrumentos financeiros quanto as expectativas de inflação se elevaram no período, tornando o cenário de inflação mais adverso e requerendo uma política monetária mais contracionista”, defendeu o Comitê.

As reações negativas do mercado financeiro ao pacote de corte de gastos e do aumento do limite de isenção do Imposto de Renda, anunciados pelo governo no dia 28 do mês passado, fez com que o dólar saltasse, ultrapassando o patamar dos R$ 6 pela primeira vez na história.

Ainda de acordo com o Copom, o cenário mais adverso para a convergência da inflação à meta para 2024, de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5% pode demandar novos aumentos de 1 ponto percentual na Selic nas próximas duas reuniões, em janeiro e março.

“O Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões. A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, disse o Copom.

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,84% para 4,89% este ano, segundo o mais recente Boletim Focus, divulgado ontem (15). Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 4,59% para 4,6%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 4% e 3,66%, respectivamente.

A ata destacou que os preços de alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi. Para os integrantes do comitê, esse aumento tende a se propagar para o médio prazo. Com relação aos bens industrializados, o movimento recente do câmbio pressiona preços e margens, sugerindo maior aumento em tais componentes nos próximos meses.

Segundo o Copom, a magnitude da deterioração de curto e médio prazo do cenário de inflação “exigia uma postura mais tempestiva” para manter o compromisso de convergência da inflação à meta.

◉ Pleno emprego

Além disso, o BC voltou a apontar o dinamismo da economia e o fomento do pleno emprego como fatores que devem ser enfrentados para o desempenho da “estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”.

A atividade econômica, de acordo com o BC, tem surpreendido e apresentado notável resiliência.

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão [de aumento da Selic] também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz a ata.

O comitê apontou ainda que a atividade dos mercados de crédito e, principalmente, de capitais também têm surpreendido ao longo do ano, com crescimento de volume acima do que era esperado, apesar de taxas de juros elevadas.

Para o Copom, um ambiente de alta de juros, com nível de inadimplência e comprometimento de renda elevados, “requer cautela e diligência adicionais na concessão de crédito”.

Na ata, o Copom voltou a defender uma política monetária e fiscal contracíclica, com menos incentivo para a atividade econômica, com o argumento de que contribui para assegurar a estabilidade de preços e também cobrou novamente ajuste dos gastos públicos.

“O Comitê reforçou a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia, com impactos deletérios sobre a potência da política monetária e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade”, diz a ata.

◉ Ambiente externo

Na avaliação do Copom, o ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação da atividade econômica e, consequentemente, sobre a postura do banco central daquele país, o Fed.

“Em paralelo, a possibilidade de mudanças na condução da política econômica também traz adicional incerteza ao cenário, particularmente com possíveis estímulos fiscais, restrições na oferta de trabalho e introdução de tarifas à importação. O cenário-base do Comitê segue sendo de desaceleração gradual e ordenada da economia norte-americana” diz a ata.

“Como usual, o Comitê focará nos mecanismos de transmissão da conjuntura externa sobre a dinâmica inflacionária interna e seu impacto sobre o cenário prospectivo. Reforçou-se, ademais, que um cenário de maior incerteza global e de movimentos cambiais mais abruptos exige maior cautela na condução da política monetária doméstica”, prossegue o Copom.

◉ Histórico

Essa foi a terceira alta seguida da Selic. A taxa retornou ao nível de dezembro do ano passado, quando estava em 12,25% ao ano.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, de agosto do ano passado até maio deste ano.

Nas reuniões, de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto, e novembro, quando subiu 0,5 ponto.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

YouTube retira conteúdo falso sobre a saúde do presidente Lula

A decisão foi anunciada após a Advocacia-Geral da União enviar uma notificação à plataforma

Lula após ter alta hospitalar (Foto: Ricardo Stuckert)

O YouTube no Brasil retirou sete vídeos que espalhavam desinformação sobre o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Comandada por Jorge Messias, a Advocacia-Geral da União enviou uma notificação extrajudicial à plataforma na sexta-feira (13), solicitando a remoção de 12 vídeos em até 24 horas úteis.

De acordo com a AGU, “além de enganosas e fraudulentas, as postagens configuram-se como ato antijurídico, uma vez que violam o direito à informação (art. 5º, inciso XIV, e art. 220 da CRFB) e extrapolam os limites da liberdade de expressão, caracterizando-se como evidente abuso de direito (art. 187 do Código Civil)”.

A notificação foi apresentada após a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR) encaminhar à Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), órgão da AGU, uma nota técnica sobre os conteúdos falsos.

Na última semana, o presidente Lula foi submetido a procedimentos cirúrgicos para drenar um hematoma na cabeça, decorrente de uma queda sofrida no mês de outubro, ao cair no banheiro da residência oficial. Boletins médicos apontaram que não houve qualquer tipo de intercorrência. "Ainda assim, passaram a ser divulgados, no YouTube, vídeos com informações inverídicas e distorcidas. Algumas delas, inclusive, sugeriam seu falecimento", afirmou o Planalto.

Alta hospitalar

O presidente Lula recebeu alta hospitalar no domingo (15). “Estou voltando com muita tranquilidade, tenho muito trabalho para fazer, tenho um compromisso com esse país e um compromisso com o povo brasileiro”, afirmou a jornalistas.

O presidente ficará em sua residência, em São Paulo, pelo menos até a próxima quinta-feira (19), quando vai passar por exames no Hospital Sírio-Libanês.

Nesta segunda-feira (16), Lula recebeu em sua casa os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e Rui Costa (Casa Civil). Entre os temas tratados nas reuniões estão os projetos prioritários do governo em tramitação no Congresso Nacional.

Fonte: Brasil 247

STJ põe fim aos processos de José Dirceu na Lava Jato

O petista deixou de ser inelegível após a decisão, anunciada com base em uma determinação do ministro do STF Gilmar Mendes

José Dirceu (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (17) encerrar dois processos abertos contra o ex-ministro José Dirceu na Operação Lava Jato. O petista deixou de ser inelegível após a anulação das condenações.

De acordo com o STJ, houve prescrição no caso, quando não há mais tempo hábil para o Estado punir alguém por um crime. A decisão foi anunciada com base na determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que anulou os atos do ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito pelo STF e atualmente senador pelo União Brasil-PR.

Em seu entendimento, Gilmar Mendes estendeu a Dirceu os efeitos da decisão do STF que considerou Moro suspeito nos processos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A partir de 2019, foram divulgados na imprensa trechos de conversas entre Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). De acordo com os diálogos, o então juiz teria interferido na elaboração de denúncias, função exclusiva de promotores, para, em seguida, decidir se condenaria ou absolveria os investigados.

Em 2021, o STF declarou a suspeição de Moro nos processos contra Lula. No ano seguinte, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por fraude em seu domicílio eleitoral. Por consequência, decidiu se candidatar pelo Paraná, e não por São Paulo. Atualmente, o STF investiga denúncias feitas pelo empresário Tony Garcia contra Sergio Moro.

Fonte: Brasil 247

Datafolha: 70% dos brasileiros concordam com isenção de IR para pessoas que ganham até R$ 5.000

De acordo com as estatísticas, apenas 26% dos entrevistados afirmaram ser contrários à medida

Fernando Haddad, ministro da Fazenda (à esq.), e Lula (presidente da República) (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (17), mostrou que 70% dos brasileiros aprovaram a proposta anunciada pelo governo federal, para isentar do Imposto de Renda (IR) as pessoas com salário de até R$ 5.000. De acordo com as estatísticas, 26% se disseram contrários à medida, 1% é indiferente e 2% não souberam responder.

A maioria dos brasileiros, 53%, declarou estar informada sobre a proposta contida no pacote fiscal. Os números apontaram que 24% dos entrevistados disseram estar mais ou menos informados, 23% bem informados e apenas 6% mal informados; 47% disseram que não tomaram conhecimento.

A pesquisa mostrou que 77% dos brasileiros disseram apoiar um novo imposto para pessoas com renda mensal acima de R$ 50 mil, conforme sugerido pelo governo federal para compensar uma perda de arrecadação estimada em R$ 35 bilhões ao ano por conta da isenção do IR.

Pode ser aprovado um imposto mínimo de até 10% para os chamados super-ricos. Além dos 77% favoráveis à proposta, outros 20% foram contrários, 2% se declararam indiferentes e 2% não souberam responder.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas de 12 a 13 de dezembro, em 113 cidades brasileiras. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança foi 95%.
Imposto de Renda 2024
Imposto de Renda 2024. Foto: Juca Varella / Agência Brasil
Fonte: Brasil 247

Ciro Nogueira diz que Eduardo e Flávio Bolsonaro são cotados para disputar a presidência em 2026

A escolha entre os filhos do ex-mandatário seria uma estratégia para assegurar a transferência do eleitorado bolsonarista ao candidato indicado

Ciro Nogueira (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente nacional do Progressistas (PP) e senador Ciro Nogueira revelou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o senador Flávio Bolsonaro (PL) estão entre os cotados para disputar a eleição presidencial em 2026. Outro nome cogitado para apoio é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A informação é da coluna de Paulo Cappelli, no portal Metrópoles.

Em entrevista ao veículo, Nogueira também defendeu a ideia de conceder anistia a Bolsonaro, atualmente inelegível.

“Vamos lutar até o fim [para que Jair Bolsonaro possa se candidatar]. Eu mesmo tenho um projeto de anistia para o presidente Bolsonaro. Ele não sendo candidato, quem vai escolher [a alternativa da direita] é ele. Hoje, o nome mais forte é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Mas não sei se esse nome vai chegar com o apoio do presidente Bolsonaro em 2026. Se não for, eu acho que vai ser o senador Flávio ou o deputado Eduardo Bolsonaro”, disse o presidente do PP.

A escolha entre os filhos do ex-mandatário seria uma estratégia para assegurar a transferência do eleitorado bolsonarista ao candidato indicado, evitando a dispersão de votos no campo conservador, conforme analisou Nogueira.

Nos bastidores, Tarcísio, por sua vez, tem afirmado que não pretende disputar a presidência em 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Votação do pacote de corte de gastos começa nesta terça-feira, diz Lira

A análise das medidas ocorre poucos dias antes do início do recesso parlamentar, marcado para a próxima segunda-feira

Arthur Lira (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que pretende dar início à votação do pacote de corte de gastos nesta terça-feira (17). No entanto, segundo o portal Metrópoles, o líder da Casa não garantiu a aprovação das propostas no plenário.

A análise das medidas ocorre poucos dias antes do início do recesso parlamentar, marcado para a próxima segunda-feira (23).

“Após a votação do PLP 210 [do pacote de gastos], vamos reunir os líderes de novo para tratar os assuntos de mérito que foram tratados a respeito do PL e da PEC, mas a previsão é de votação desses dois temas amanhã na sessão da tarde”, informou o presidente da Câmara.

O pacote fiscal encaminhado pelo Planalto inclui um Projeto de Lei (PL), um Projeto de Lei Complementar (PLP) e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A projeção é que essas medidas gerem uma economia de cerca de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.

“Aí [quinta-feira] tem orçamento, tem o resto das pautas que vão continuar sendo votados aqui na Casa. Nós vamos votar esses que eu disse hoje e amanhã votar os que eu disse amanhã. Não estou garantindo a aprovação nem rejeição. Nós vamos votar, estamos discutindo, conversando, dialogando, encontrando textos para votar, mas o calendário de votação é esse”, completou Arthur Lira, enfatizando que a agenda econômica será o foco da semana.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi Hoffmann formaliza emendas para barrar mudanças do BPC no pacote de ajuste fiscal

Na semana anterior, o governo sinalizou a possibilidade de negociar uma alternativa, mas ainda não tomou uma posição definitiva sobre o tema

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), formalizou na tarde desta terça-feira (17) a apresentação de emendas ao projeto de lei que integra o pacote de cortes de gastos do Ministério da Fazenda, informa o site Congresso em Foco. A proposta visa a retirada dos trechos que propõem alterações no cálculo do Benefício de Prestação Continuada (BPC), um dos maiores pontos de conflito para a aprovação do pacote na Câmara dos Deputados.

O BPC é destinado a idosos e pessoas com deficiência que pertencem a famílias com renda mensal inferior a um salário mínimo. Atualmente, o cálculo do benefício é feito com base no domicílio do beneficiário. No entanto, de acordo com a reportagem, o Ministério da Fazenda sugeriu que o critério fosse alterado para considerar o vínculo sanguíneo, o que incluiria o patrimônio de parentes que moram em locais afastados do beneficiário. Essa proposta gerou grande resistência entre parlamentares, que temem que a medida prejudique pessoas em situação de abandono familiar ou que dependem de cuidadores.

Na semana anterior, o governo sinalizou a possibilidade de negociar uma alternativa, mas ainda não tomou uma posição definitiva sobre o tema. Estima-se que a reforma no BPC poderia gerar uma economia de cerca de R$ 2 bilhões anuais, um valor que os relatores do pacote pretendem utilizar para aumentar a pressão sobre os supersalários no Brasil.

Em sua justificativa, Gleisi Hoffmann ressaltou os impactos negativos da proposta: “Contabilizar o BPC ou benefício previdenciário na renda familiar distorce a análise da condição de pobreza e subverte o objetivo da política assistencial, aumentando artificialmente a renda familiar para além do limite exigido, o que resultará na exclusão de famílias extremamente vulneráveis ao direito de acesso ao BPC, mesmo que estejam em situação real de pobreza.”

Fonte: Brasil 247 com informações do site Congresso em Foco

Lula fará reunião um dia depois de voltar a Brasília, diz ministro

 

O presidente Lula durante reunião ministerial no Palácio do Planalto em março de 2024. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Lula pretende promover uma reunião um dia depois de voltar de São Paulo para Brasília, segundo José Múcio Monteiro, ministro da Defesa. O encontro estava previsto para ocorrer na quinta (19), data em que o petista vai para a capital federal, mas teve que ser adiado para sexta (20).

“O presidente está ótimo. Eu acho até que ele está se movimentando mais do que ele devia. Já está indo para Brasília, me disse que está indo na quinta-feira e vai nos reunir lá na sexta-feira em Brasília”, afirmou o ministro.

Lula se reuniu com Múcio na manhã desta terça (17) em São Paulo, onde o presidente está após ter alta do hospital Sírio-Libanês, onde ficou internado por seis dias. Ele realizará uma tomografia na quinta antes de viajar.

O encontro entre os dois durou cerca de duas horas e Múcio afirmou a jornalistas que Lula quis saber como está o ambiente das Forças Armadas após a prisão do general Walter Braga Netto. O ministro afirmou que o petista não adiantou detalhes sobre a reunião da próxima sexta.

Fonte: DCM

Deputado bolsonarista pede à Alesp viagem oficial aos EUA para posse de Trump, mesmo sem convite formal

Lucas Bove, do PL, solicitou à Alesp o custeio de uma "viagem oficial" de 10 dias aos EUA para posse de Trump, mesmo sem ter sido convidado

Câmpus da USP e Lucas Bove com Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Facebook | Felipe Seriacopi/USP Imagens)

O deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) apresentou à Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) um pedido para realizar uma “missão diplomática oficial” de dez dias nos Estados Unidos, visando comparecer à cerimônia de posse de Donald Trump, prevista para 20 de janeiro. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Bove não recebeu um convite oficial do ex-presidente norte-americano, mas afirma estar na “expectativa” e defende a relevância da presença de representantes da Alesp no evento. “Entendemos que é importante que o maior parlamento da América Latina tenha representantes na posse, principalmente considerando a relação tensa entre o Governo Federal e os EUA, que são a maior potência do mundo”, declarou o parlamentar.

De acordo com o regimento interno da Alesp, viagens de deputados só podem ser financiadas pela Casa em missões oficiais autorizadas pela Comissão de Relações Internacionais. O pedido de Bove será analisado pela comissão nesta terça-feira (17).

“Como principal parceiro comercial e cultural do Brasil, os Estados Unidos desempenham papel fundamental no fortalecimento de áreas como comércio, investimentos, segurança e inovação tecnológica”, justificou o deputado no documento apresentado à Alesp.

Ele solicitou autorização para viajar entre os dias 15 e 25 de janeiro. Segundo Bove, a antecipação do pedido visa contornar possíveis dificuldades administrativas decorrentes do recesso parlamentar previsto para o início do próximo ano.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Vinicius Jr. é eleito melhor do mundo pela Fifa e repete Romário, Ronaldo e Ronaldinho

Jogador foi vencedor do The Best, eleito como o melhor jogador do mundo escolhido pela FIFA

Vini Jr. (Foto: Pablo Morano/Reuters)

Menos de dois meses após perder o prêmio Bola de Ouro para o espanhol Rodri, do Manchester City, Vinicius Junior, 24, foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa nesta terça-feira (27), em cerimônia realizada em Doha, no Catar. O atacante do Real Madrid recebeu o troféu The Best, consolidando seu nome ao lado de ídolos brasileiros como Romário, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho.

O anúncio surpreendeu pela antecipação da premiação, que geralmente ocorre em janeiro. A decisão de realizá-la agora foi interpretada como um movimento estratégico da Fifa para evitar constrangimentos, após rumores de que Vinicius seria o favorito, mas perdera a Bola de Ouro em circunstâncias polêmicas.

A premiação reconheceu o desempenho excepcional de Vinicius Junior na última temporada. Ele foi o melhor jogador da Liga dos Campeões 2023/24, com seis gols e quatro assistências, liderando o Real Madrid ao seu 15º título continental. Na final, marcou na vitória por 2 a 0 sobre o Borussia Dortmund.

No Campeonato Espanhol, o brasileiro foi decisivo para a conquista do 36º título do clube, anotando 15 gols, ficando atrás apenas do companheiro Jude Bellingham, que marcou 19.

Luta contra o racismo e ativismo

Além de seu desempenho em campo, sua postura firme contra o racismo no futebol também pode ter influenciado a decisão da Fifa. “Farei isso dez vezes se for preciso. Eles não estão prontos”, escreveu o jogador nas redes sociais após perder a Bola de Ouro.

O The Best tem critérios distintos da Bola de Ouro. Enquanto o prêmio da revista France Football consulta jornalistas de países no top 100 do ranking mundial, o prêmio da Fifa inclui votos de capitães e técnicos de seleções, jornalistas e torcedores.

A decisão da Fifa também reavivou lembranças de edições passadas. Em 1994, Romário venceu o The Best, mas ficou fora da Bola de Ouro, que premiava apenas jogadores europeus. Ronaldo, em 1996, e Ronaldinho, em 2004, também venceram o prêmio da Fifa, mas foram preteridos pela France Football.

O último brasileiro a conquistar ambos os prêmios foi Kaká, em 2007. Entre 2010 e 2015, as premiações foram unificadas sob o nome Bola de Ouro da Fifa, sendo dominadas por Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.

Com o reconhecimento, Vinicius Junior entra para a história como um dos maiores nomes do futebol brasileiro no cenário mundial, mantendo viva a tradição de craques que marcaram gerações.

Fonte: Brasil 247

Governo Lula é aprovado por 35% e rejeitado por 34%, diz Datafolha

Lula, presidente do Brasil, chega a metade do seu mandato no fim de 2024. Foto: reprodução

O Datafolha divulgou nesta terça-feira (17) o levantamento sobre o segundo ano do mandato do presidente Lula (PT). Segundo o estudo, o governo petista é considerado ótimo ou bom por 35% dos entrevistados, ante 34% que o avaliam como ruim ou péssimo. Além disso, 29% do público avalia a gestão de Lula como regular.

A pesquisa revela que a avaliação sobre o governo sofreu uma queda de aprovação, ainda que dentro da margem de erro. Em outubro, 36% dos entrevistados responderam que a gestão era ótima ou boa, uma queda de 1%, e 32% avaliavam como ruim ou péssima, um aumento de 34% para o estudo atual.

Compare os cenários:

● Ótimo/Bom: 35% (36% em outubro)
● Ruim/Péssimo: 34% (32% em outubro)
● Regular: 29% (29% em outubro)
● Não sabem: 1% (2% em outubro)
Evolução da aprovação de Lula segundo o Datafolha. Foto: G1

O Datafolha entrevistou presencialmente 2.002 pessoas de 16 anos ou mais em 113 cidades, entre os dias 12 e 13 de dezembro. De acordo com o instituto, a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na última semana, os institutos Ipec e Quaest também divulgaram pesquisas sobre a avaliação de Lula ao fim do segundo ano de mandato.

Na Quaest, o governo petista aparece em crescimento positivo, com 52% dos entrevistados aprovando, contra 47% de reprovações. Neste cenário, 1% do público não soube ou não quis responder.

Já no levantamento do Ipec, os números são semelhantes ao estudo do Datafolha: 34% consideram ótimo ou bom, 30% regular e 34% avaliam como ruim ou péssimo. 2% não souberam ou não responderam.

Fonte: DCM

Governo encaminha PL dos Militares ao Congresso

A proposta mantém a exigência de idade mínima de 55 anos e 35 anos de serviço para que os militares possam passar à reserva remunerada

Militares (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governo federal encaminhou nesta terça-feira (17) ao Congresso um projeto de lei que altera as regras de aposentadoria e pensão dos militares.

Conforme relatado pela CNN, a proposta mantém a exigência de idade mínima de 55 anos e 35 anos de serviço para que os militares possam passar à reserva remunerada, mudança que entrará em vigor a partir de 2032.

Entre as outras alterações, o projeto ainda restringe a transferência de pensão por morte aos beneficiários de primeira ordem de prioridade. Além disso, propõe a padronização da contribuição de 3,5% da pensão para o Fundo de Saúde para todos os militares.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Se aprovadas, mudanças na aposentadoria de militares impedem pensão à família de Bolsonaro caso ele seja preso

Ex-mandatário é capitão reformado e recebe R$ 11 mil mensais de pensão. Se for condenado e perder a patente, receberá R$ 5,5 mil de auxílio-reclusão

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A proposta de reforma que altera as regras de aposentadoria dos militares no Brasil inclui mudanças que afetam diretamente os benefícios pagos aos familiares de militares condenados. Se aprovada, a medida impede que parentes de membros das Forças Armadas, sejam da ativa, da reserva remunerada ou reformados, continuem a receber pensão no caso de o militar ser condenado por crimes e perder a patente.

Atualmente, militares condenados perdem o direito à pensão, que é transferido para seus familiares, mas, sob a nova proposta, os dependentes passariam a receber apenas um auxílio-reclusão, correspondente a metade do valor da pensão a que o militar teria direito, destaca a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna da Folha de S. Paulo. O pagamento desse auxílio cessaria "a partir do dia seguinte em que o ex-militar for posto em liberdade, ainda que condicional", conforme as novas regras.

Essa alteração reacende um debate que já circulava dentro das Forças Armadas, especialmente sobre o que ocorreria no caso de Jair Bolsonaro (PL) ser condenado e preso por envolvimento no planejamento de um suposto golpe de Estado. O ex-mandatário é capitão reformado do Exército e recebe atualmente uma pensão de aproximadamente R$ 11 mil.

Se condenado, o caso de Bolsonaro seria julgado pelo Superior Tribunal Militar (STM), que decidiria sobre a perda da patente. Se isso acontecer, a pensão seria transferida para sua esposa, Michelle Bolsonaro, e para sua filha, Laura, enquanto a menor de idade recebesse o benefício até atingir a maioridade.

Contudo, com as novas regras, a família de Bolsonaro, caso ele perca a patente e seja condenado, passaria a receber apenas o auxílio-reclusão, no valor de cerca de R$ 5,5 mil mensais. A proposta ainda será debatida no Congresso Nacional, o que pode resultar em ajustes antes de uma possível aprovação.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

"‘Desancorado’ da realidade, BC sequestra a política econômica do governo”, diz Gleisi

Na opinião da presidente do PT, a ata do Copom é um “tapa na cara da sociedade e dos setores produtivos da economia"

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara)

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, criticou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgada nesta terça-feira (17). No documento, a entidade monetária afirma que a reação do mercado financeiro ao pacote fiscal anunciado pelo governo Lula (PT) tornou o cenário inflacionário mais adverso, justificando a alta da taxa de juros.

Na opinião de Gleisi, a ata do Copom é um “tapa na cara da sociedade e dos setores produtivos da economia". “Quem está ‘desancorado’ da realidade é o Copom do BC. A ata divulgada hoje é um tapa na cara da população e dos setores produtivos da economia, que não podem conviver por mais tempo com os maiores juros reais do planeta. Essa é a irresponsabilidade de que falou o presidente Lula”, disse.

A deputada complementa afirmando que o documento prova o “sequestro” da política econômica do governo imposto pelo mercado financeiro. “A ata é uma carta de sequestro da política econômica do governo, que o mercado quer impor, via BC “autônomo”, exigindo cortes e medidas contracionistas. Quem não tem credibilidade nenhuma são as tais expectativas dos agentes consultados pelo BC, que erraram todas as suas previsões catastrofistas sem perder a arrogância jamais”, criticou.

Por fim, Gleisi defende mudanças para que a política monetária não fique “refém” do mercado financeiro. “Definitivamente, o Brasil precisa de uma nova política monetária, com novos instrumentos de avaliação do cenário econômico, mais realistas e eficazes, que não se curvem às chantagens e ao oportunismo financista”, afirmou.

 

Fonte: Brasil 247

'Tenham coragem de colocar freio nas empresas europeias que envenenam a América Latina', cobra Stedile a parlamentares da Europa

Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), participou, de forma remota, de uma audiência do Parlamento Europeu

João Pedro Stedile (Foto: Reprodução/MST)

Brasil de Fato - Na última quinta-feira (12), João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), participou, de forma remota, de uma audiência do Parlamento Europeu que tratava do uso indiscriminado de agrotóxicos e seus impactos na saúde humana e ambiental, e pediu que os congressistas sejam rigorosos com as grandes empresas do setor, que fazem fortuna importando veneno para os países da América do Sul.

“Tenham coragem de colocar freio na ganância das empresas europeias, que são os grandes produtores de agrotóxicos que estão envenenando a América Latina. Eu me refiro à Syngenta, Bayer, Basf e a DuPont”, iniciou Stedile, que explicou aos parlamentares como o agronegócio se organiza no Brasil.

“O primeiro, é o latifúndio predador, que é o grande capitalista, financiado por bancos e empresas transnacionais, que vai na fronteira agrícola, na Amazônia, e se apropria dos bens da natureza para acumular capital. O segundo modelo é o agronegócio, cantado como moderno, porque usa sementes transgênicas e mecanização extensiva, mas esse modelo monocultor, que no Brasil só produz cinco commodities agrícolas, soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e pecuária bovina. Ele não produz alimentos e só consegue produzir porque faz uso intensivo de agrotóxicos”, contou o líder do MST.

“Por último, a agricultura familiar, que se baseia no trabalho familiar, se baseia na policultura e que tem como centro de sua preocupação a produção de alimentos, primeiro para si e sua família, depois, para o mercado nacional e local. Alguns agricultores familiares, infelizmente, pelo tipo de produtos que plantam, estão inclinados a usar agrotóxicos. Refiro-me, em especial, aos que se dedicam ao tabaco”, exemplificou.

Durante a audiência, Stedile lembrou aos parlamentares europeus que “o Brasil se tornou o maior consumidor de agrotóxicos do mundo” e que isso o torna um destino especial para as empresas do setor. Porém, ponderou Stedile, “os agrotóxicos são um veneno que mata, que não se dissolve na natureza. Basta saber que a Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz] encontrou resíduos de glifosato na água de 67% das casas brasileiras.”

Ao Parlamento Europeu, a liderança do MST contou sobre os benefícios fiscais do setor. Um relatório da Receita Federal apontou que o agronegócio recebeu, em isenções fiscais, quase R$ 30 bilhões de janeiro a agosto de 2024. Só as empresas que participam do mercado dos agrotóxicos ganharam mais de R$ 21 bilhões em renúncia fiscal no primeiro semestre deste ano.

As isenções fiscais a agrotóxicos são questionadas no Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação, movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol), por ferirem direitos constitucionais como o direito à saúde, ao meio ambiente equilibrado, e por provocarem perdas às contas da União na arrecadação de recursos, que poderiam ser revertidos em políticas sociais.

Por fim, Stedile pediu aos parlamentares europeus que “não aprovem o acordo Mercosul e União Europeia, que só atende às necessidades da indústria alemã, que é retomar o espaço que ela perdeu na América Latina, e do agronegócio.”

O acordo comercial entre os continentes foi firmado no dia 6 de dezembro deste ano e foi celebrado pelas empresas do agronegócio brasileiro.

Edição: Martina Medina

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato