segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Ministro Luiz Fux, faixa coral de jiu-jitsu, dá aula para o BOPE e jovens da Maré

Magistrado de 71 anos compartilha conhecimentos de defesa pessoal em projeto social no Rio de Janeiro

Fux dá aula de jiu-jitsu para PMs do Bope e jovens de projeto social (Foto: Reprodução)

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), ministrou uma aula especial de jiu-jitsu para integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e jovens atendidos por um projeto social no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. A atividade ocorreu na última sexta-feira (13), durante um seminário de defesa pessoal realizado na sede da corporação, como destaca o jornal O Globo.

Com 71 anos, Fux ostenta a faixa vermelha e branca (coral), a segunda mais alta graduação na hierarquia do jiu-jitsu. Ele recebeu a honraria em 2019, em uma cerimônia em Manaus (AM), das mãos do renomado grão-mestre Osvaldo Alves, faixa vermelha de 9º grau.

“O jiu-jitsu me ensinou a cuidar da saúde, formar uma família, respeitar as pessoas, ter disciplina, ética e valentia. Esses valores continuam sendo fundamentais no exercício da minha profissão. Estou há mais de 40 anos repassando o que aprendi com o mestre Osvaldo Alves”, declarou Fux na ocasião.

Durante sua visita a Manaus em 2019, Fux também foi homenageado com o título de cidadão do Amazonas, concedido pela Assembleia Legislativa Estadual, em reconhecimento à sua trajetória jurídica e à dedicação aos valores do esporte e da ética.

A aula de jiu-jitsu ministrada pelo ministro reforçou a importância do esporte como ferramenta de educação, disciplina e inclusão social, especialmente para os jovens atendidos pelo projeto no Complexo da Maré. O seminário destacou o papel transformador das artes marciais no desenvolvimento pessoal e na promoção de valores fundamentais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Moro e a mulher usam Fantástico para atacar Lula na Lava Jato e apanham de juristas


O ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e sua esposa, Rosângela Moro: eles apanharam de juristas nas redes. Foto: reprodução

O ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e sua esposa, Rosângela Moro, aproveitaram a recente entrevista do presidente Lula (PT) ao Fantástico, da TV Globo, para desferir ataques nas redes sociais relacionados aos processos enfrentados por ele na Lava Jato.

Em tom acusatório, Rosangela afirmou que Lula mente ao dizer que foi negada a presunção de inocência durante sua prisão e julgamento. No entanto, sua declaração recebeu uma resposta enfática do advogado criminalista e mestre em Direito Welington Arruda, que esclareceu os fatos com base na Constituição.

Durante uma coletiva no Hospital Sírio-Libanês, no último domingo (15), Lula comentou sobre a prisão do general Walter Braga Netto, decretada no dia anterior, e defendeu a presunção de inocência como princípio fundamental. Em sua fala, o petista afirmou que, embora não tenha tido o mesmo direito no passado, deseja que a lei seja cumprida de forma democrática.

“O que aconteceu essa semana, com a decretação da prisão do general Braga, vou demonstrar pra vocês que eu tenho mais paciência e sou democrático. Acho que ele tem todo o direito à presunção de inocência. O que eu não tive eu quero que eles tenham, todo o direito e todo o respeito para que a lei seja cumprida”, disse o presidente à jornalista Sônia Bridi.


Rosângela, porém, usou o espaço do Fantástico como pretexto para criticar Lula, alegando que ele foi condenado por “nove magistrados” e “descondenado” por razões políticas.

“O Lula de chapéu mente quando diz que lhe foi negada a presunção de inocência. Vamos lá: 1. NUNCA foi preso preventivamente; 2. Foi CONDENADO em 3 instâncias, por 9 magistrados; 3. Apresentou CENTENAS de recursos; 4. Foi DESCONDENADO em uma reviravolta política, sem ser inocentado”, escreveu no X, antigo Twitter.

Moro, então, aproveitou o post da esposa para criticar o presidente: “Mais uma fake news do Lula, ele nunca foi submetido à prisão preventiva. Foi preso somente após julgamento pelo TRF4. Cadê a checagem de fato pela imprensa!?”.


Em resposta, Welington Arruda refutou os pontos apresentados por Rosângela, destacando o que chamou de “desinformação jurídica.” Ele explicou que Lula foi preso antes do trânsito em julgado de sua sentença, o que contrariou a presunção de inocência garantida pela Constituição Federal.

Além disso, reforçou que as condenações do ex-presidente foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido à incompetência do juízo de Curitiba e à suspeição do ex-juiz Sergio Moro, configurando uma violação do devido processo legal.

O advogado também destacou que o termo “descondenação”, usado por Rosângela, não existe no ordenamento jurídico brasileiro. “Lula teve suas condenações anuladas, o que significa que retomou o status de inocente, como qualquer cidadão cujo processo é invalidado por erros jurídicos graves”, afirmou. Ele ainda ressaltou que respeitar a Constituição é o mínimo em um Estado Democrático de Direito, rebatendo a insinuação de que o caso teria sido uma “reviravolta política”.

“Rosângela, vamos com calma nos fatos: 1. Lula foi preso antes do trânsito em julgado da sentença, contrariando a presunção de inocência garantida pela Constituição (art. 5º, LVII). 2. As condenações foram anuladas pelo STF porque a competência do juízo estava errada (caso de Curitiba). Sem juízo competente, não há processo válido. 3. O STF também considerou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. O julgamento foi viciado, violando o devido processo legal. 4. “Descondenação” não existe no ordenamento jurídico. Lula teve suas condenações anuladas, retomando o status de inocente, como qualquer cidadão. Respeitar a Constituição não é reviravolta política; é o mínimo em um Estado Democrático de Direito”. disse.


Já para o jurista Pedro Serrano, o buraco é mais embaixo. “A maior prova de que Lula é inocente é a inexistência de provas contra ele”, disse ao DCMTV.

E completou: “Foi investigado não só pela policia brasileira, mas pelos Estados Unidos, pelo Departamento de Justiça dos EUA, pelo FBI. A máquina americana funcionou contra Lula e não conseguiu pegar nada porque não existe”.

“Quando se fala que Lula não provou a inocência, está-se revigorando essa forma nefasta de medida de exceção contra Lula, restabelecendo a perseguição contra o ex-presidente”, prosseguiu. “Eles querem o quê? Um atestado de Deus dizendo que Lula não tem dinheiro no exterior?”.

Fonte: DCM

“Cela” de Braga Netto tem ar-condicionado, geladeira, armário e TV

 

O general Walter Braga Netto, preso no último sábado (14) como parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.
O general Walter Braga Netto, preso no sábado (14) por obstrução da justiça nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, está detido no quarto do chefe do Estado-Maior da 1ª Divisão do Exército, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O espaço onde ele cumpre prisão conta com armário, geladeira, ar-condicionado, televisão e banheiro exclusivo, conforme informações divulgadas pela TV Globo. As refeições são realizadas no rancho, restaurante utilizado pelos oficiais de patentes mais altas, com direito a café da manhã, almoço, jantar e ceia.

Devido à inexistência de uma estrutura apropriada para o isolamento de um general de quatro estrelas no Exército do Rio, o local precisou ser improvisado.
Quartel da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar
Quartel da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, onde Braga Netto está preso — Foto: Marcia Foletto

Braga Netto, que possui a mais alta patente do Exército, está em prisão especial, uma prerrogativa dos militares antes da condenação definitiva. Segundo as regras, oficiais não são colocados atrás das grades, mas sim em alojamentos dentro das unidades militares.

A 1ª Divisão do Exército, onde o general está preso, é responsável pelos batalhões operacionais do Comando Militar do Leste, que cobre as áreas do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. A unidade fica na Vila Militar, em Deodoro, a cerca de 40 quilômetros de Copacabana, bairro da Zona Sul onde Braga Netto residia e foi preso na manhã de sábado.

Curiosamente, Braga Netto está detido em uma unidade que já foi subordinada a ele entre 2016 e 2019, período em que comandou o Comando Militar do Leste. Essa situação gerou desconforto entre os militares, especialmente porque o comandante atual da unidade possui três estrelas, uma patente inferior à do general Braga Netto.

Fonte: DCM

VÍDEO: Paulo Vieira faz piada com prisão de Braga Netto no “Melhores do Ano”, na Globo

 

Momento em que Paulo Vieira faz piada sobre a prisão do general Walter Braga Netto durante o prêmio Melhores do Ano, no Domingão com Huck, na TV Globo – Foto: Reprodução
No domingo (15), o humorista Paulo Vieira fez uma piada sobre a prisão do general Walter Braga Netto durante o prêmio “Melhores do Ano”, na Globo, com retransmissão no SBT.

Vieira abriu o evento com uma fala que gerou risadas na plateia: “Está no ar o Melhores do Ano, o programa com mais estrelas da televisão brasileira. Não que isso queira dizer alguma coisa. O general tinha quatro estrelas e foi preso do mesmo jeito.”

A prisão do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente em 2022 ocorreu no sábado (14), sob a acusação de obstrução de Justiça. A medida foi solicitada pela Polícia Federal (PF) e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte de uma investigação que apura interferências no curso das investigações.

Fonte: DCM

VÍDEO: “Corria risco de acontecer o pior”, diz médico de Lula sobre sangramentos e cirurgia


Roberto Kalil, cardiologista de Lula, concedeu entrevista ao Fantástico no último domingo (15) para detalhar o tratamento do presidente durante sua internação de seis dias – Foto: Reprodução

No domingo (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu alta hospitalar após passar por uma cirurgia delicada para tratar um sangramento na cabeça. Segundo o médico Roberto Kalil, que integrou a equipe responsável pelo tratamento, a recuperação do presidente foi melhor do que o esperado, permitindo sua liberação mais cedo. “O quadro era grave, mas a resposta foi surpreendente”, explicou Kalil em entrevista ao Fantástico.

A cirurgia foi necessária após o chefe de Estado brasileiro sofrer uma queda no banheiro de sua casa, onde bateu a cabeça na hidromassagem. O acidente resultou em um acúmulo de sangue entre o osso e uma das membranas cerebrais, a dura-máter. “Corria risco de acontecer o pior, mas conseguimos reverter a situação com sucesso”, destacou o cardiologista.


Após a primeira cirurgia para remover o sangue acumulado, Lula passou por um segundo procedimento na quinta-feira (12) para prevenir novos sangramentos. Um catéter foi introduzido pela artéria femoral até a artéria da meninge, que foi obstruída com um material cirúrgico especial, evitando possíveis complicações futuras.

Lula permanecerá em São Paulo sob monitoramento até a próxima quinta-feira (19), quando realizará uma nova tomografia. Caso não sejam detectados problemas, ele estará autorizado a retornar a Brasília e retomar sua agenda de trabalho com algumas restrições. “Nada de exercícios físicos intensos por enquanto”, orientou Kalil.

O presidente comentou sobre o susto e agradeceu pelo cuidado médico. “Os médicos disseram que foi grave, mas que eu ia ficar bom se me cuidasse. Agora, preciso ser disciplinado”, disse. Ele também destacou o apoio da primeira-dama, Janja, durante o tratamento, chamando-a de “fundamental” em sua recuperação.

Lula avalia que prioridade para o PT em 2026 deve ser indicar nomes competitivos para o Senado

Estratégia do presidente busca fortalecer base governista e conter avanço bolsonarista no Congresso

Lula ao receber a alta hospitalar (Foto: Ricardo Stuckert)

Com a aproximação das eleições de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou ao PT que a prioridade estratégica deve ser lançar candidatos competitivos para o Senado, mesmo que isso signifique sacrificar disputas ao governo estadual. Essa decisão, noticiada pelo Globo, busca enfrentar um possível avanço da oposição liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que mobiliza o Partido Liberal (PL) para conquistar o maior número de cadeiras na Casa Legislativa.

“O Senado é central para a governabilidade e para a estabilidade política do governo. Temos que nos preparar para qualquer cenário, inclusive o mais difícil,” confidenciaram interlocutores do presidente, destacando a preocupação com o impacto da renovação de dois terços do Senado em 2026.

◉ Desafios e riscos no Senado

Atualmente, o Senado conta com 39 senadores alinhados ao governo, enquanto 29 formam uma oposição consolidada e 13 estão no grupo considerado neutro. A renovação prevista para 2026 deve impactar diretamente o grupo pró-governo, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde o bolsonarismo tem maior força.

De acordo com análises internas do Planalto, as 11 unidades federativas dessas regiões podem eleger até 22 senadores de direita ou extrema-direita, o que fortaleceria a oposição e dificultaria o andamento de pautas prioritárias do governo.

Além de legislar, o Senado desempenha papéis cruciais, como aprovar indicações para o Banco Central, agências reguladoras, embaixadores e deliberar sobre pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

◉ Foco em alianças e nomes de peso

Para enfrentar esse desafio, Lula orientou o PT a concentrar esforços em candidaturas viáveis, mesmo que sejam de partidos aliados, como PSD, MDB e Republicanos. Nas eleições municipais de 2024, o PT já iniciou uma política de redução de candidaturas próprias para preservar alianças estratégicas.

No Rio Grande do Sul, o ministro Paulo Pimenta (PT) deve abrir mão de uma possível candidatura ao governo para disputar uma vaga ao Senado. No Rio de Janeiro, o PT avalia apoiar Eduardo Paes (PSD) para o governo e lançar Benedita da Silva para o Senado.

Em São Paulo, Geraldo Alckmin é a principal aposta para enfrentar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na corrida ao Senado. Uma ala do PT defende que o partido não lance candidato ao governo estadual, priorizando recursos para as eleições legislativas.

No Mato Grosso, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), é a prioridade para uma vaga no Senado, com o PT indicando apoio a um candidato aliado para o governo estadual. Já em Pernambuco, a expectativa é eleger dois senadores: Humberto Costa (PT), que tentará a reeleição, e Silvio Costa Filho (Republicanos).

◉ Planejamento estratégico para 2026

“A prioridade número um é atender ao chamado do presidente e garantir um Senado forte,” declarou Valdir Barranco, presidente do PT no Mato Grosso. Essa postura reflete o alinhamento do partido com a estratégia presidencial de evitar uma nova onda bolsonarista no Congresso.

Outros nomes ventilados incluem Enio Verri e Zeca Dirceu, no Paraná, e Gleisi Hoffmann, que também é cotada para uma vaga. No Amazonas, Omar Aziz (PSD) pode disputar o governo estadual, enquanto Eduardo Braga (MDB) e Marcelo Ramos (PT) devem concorrer ao Senado.

Com um cenário político polarizado, a estratégia de Lula evidencia a importância do Senado não apenas para sua governabilidade, mas também para a continuidade de políticas públicas e reformas estruturais em um eventual segundo mandato.

Fonte: Brasil 247

Governo avalia que votação do pacote fiscal só será concluída em 2025

“Está muito em cima e precisamos de 49 votos. Não vejo humor para votar a PEC agora no Senado”, disse o vice-líder do governo, senador Otto Alencar

Senador Otto Alencar (Foto: Beto Barata/Ag. Senado)

O governo federal planeja concluir a votação do pacote fiscal somente em 2025, devido à incerteza quanto à viabilidade de aprovar os três projetos dentro do prazo. Embora o projeto de lei e o projeto de lei complementar tenham boas chances de serem apreciados nesta semana, tanto pela Câmara quanto pelo Senado, a proposta de emenda constitucional (PEC) deverá ser adiada para o próximo ano.

“Estamos prontos para votar no Senado os dois projetos de lei. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já sinalizou nesse sentido. Mas a PEC fica para o ano que vem”, afirmou à CNN Brasil o vice-líder do governo, senador Otto Alencar (PSD-BA), que tem atuado como líder informal do governo no Senado nas últimas semanas. Alencar também participa ativamente das reuniões no Palácio do Planalto para definir as estratégias políticas para este final de ano.

Apesar dos esforços, a PEC enfrenta sérios obstáculos. O senador alertou que a proposta corre o risco de não ser aprovada neste ano. “Está muito em cima e precisamos de 49 votos. Não vejo humor para votar a PEC agora no Senado”, disse Otto.

A proposta de emenda constitucional estabelece limites aos supersalários do funcionalismo público, restringe incentivos fiscais e propõe a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2032. A DRU é um mecanismo que flexibiliza a execução orçamentária, permitindo maior liberdade para o governo federal na alocação de recursos.

Por outro lado, o projeto de lei do pacote fiscal propõe alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nas regras do salário mínimo. O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), é o relator dessa proposta. Já o projeto de lei complementar, que estabelece mudanças no arcabouço fiscal, está sob a relatoria do deputado Átila Lira (PP-PI).

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Frente Parlamentar Evangélica adia eleição após disputa interna entre grupos pró-Lula e bolsonaristas

A aproximação de Otoni de Paulo, favorito para o pleito, com o governo federal gerou reação da base bolsonarista

(Foto: ABr)

A Frente Parlamentar Evangélica adiou as eleições previstas para a próxima quarta-feira (11) após a impugnação do edital apresentada pelos deputados Gilberto Nascimento (PSD-MG) e Greyce Elias (Avante-MG).

O adiamento ocorre em meio a um embate com a base bolsonarista, que se opõe ao diálogo com o governo Lula.

O atual presidente da Frente, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), tornou-se alvo de críticas após aparecer ao lado de integrantes do governo federal em eventos considerados próximos ao Planalto.

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) era apontado como o favorito à presidência da Frente, com o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que declarou publicamente sua confiança no parlamentar.

No entanto, a aproximação de Otoni com o governo Lula, incluindo sua participação em uma oração ao lado do presidente em outubro, gerou reações adversas entre deputados bolsonaristas.

O favoritismo de Otoni levou aliados de Bolsonaro a questionarem a antecipação da eleição e o método de apuração, o que resultou na suspensão do processo.

Em comunicado, Silas Câmara explicou que a decisão de impugnar o edital foi tomada para evitar recursos judiciais e preservar a unidade da bancada.

"Para que não haja exposição de nosso comportamento, acima de tudo como corpo de Cristo e unidade, tomo a decisão de impugnar as eleições até que sejam feitas as adequações necessárias, conforme disposto no Estatuto da FPE", afirmou o presidente.

Fonte: Brasil 247

Globo sai em defesa da PEC da Segurança do governo Lula

“É um erro dizer que a PEC tirará autonomia dos governadores. O plano é somar esforços”, diz o jornal

Presidente Lula em reunião com governadores sobre a PEC da Segurança (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 Em editorial publicado nesta segunda-feira (16), o jornal O Globo saiu em defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A publicação classificou como “equivocadas” as críticas feitas pelos governadores do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que alegaram que a proposta enfraqueceria a autonomia estadual.

Reunidos em Florianópolis (SC) no final de novembro, os governadores de sete estados assinaram a chamada Carta de Florianópolis, expressando sua oposição ao projeto. No documento, afirmaram que a PEC traz "incertezas" às gestões estaduais e criticaram uma possível “estrutura centralizada que limita a eficiência e amplifica a burocracia”. Eles também defenderam que o fortalecimento da segurança pública deve ocorrer por meio de cooperação e respeito às diferenças regionais.

O editorial de O Globo refutou esses argumentos, destacando que a realidade demonstra que sistemas de segurança estaduais, mesmo nas regiões mais ricas, não têm sido suficientes para enfrentar facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho. “Não é razoável afirmar que os estados já tenham sistemas de segurança eficientes. O poder das facções não pode ser menosprezado”, argumentou o jornal.

O texto citou episódios recentes de violência para reforçar seu posicionamento. Entre eles, mencionou o assassinato de um empresário que havia denunciado o PCC, ocorrido na saída do Aeroporto de Guarulhos (SP), e uma operação policial no Complexo de Israel, no Rio de Janeiro, que terminou em mortes de inocentes e caos generalizado. Esses fatos, segundo o editorial, evidenciam a necessidade de maior participação federal no combate ao crime organizado.

“O principal mérito da PEC da Segurança é justamente prever maior participação federal no combate às organizações criminosas. Os estados isolados não dão conta de enfrentar facções fortemente armadas, bem articuladas e infiltradas em instituições e empresas formais”, sustentou o jornal.

O jornal também ressaltou que a proposta fortalece o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), amplia as atribuições da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, e prevê o compartilhamento de informações. “É um erro dizer que a PEC tirará autonomia dos governadores. A União não substituirá os estados em sua missão constitucional de tratar da segurança. O plano é somar esforços”, reforçou.

Por fim, o editorial reconheceu que a PEC pode não ser ideal e sugeriu que governadores e parlamentares apresentem melhorias. No entanto, advertiu que medidas concretas precisam ser tomadas para enfrentar a crise de segurança pública no Brasil. “Sem isso, os estados continuarão sua luta solitária e inglória contra as poderosas multinacionais do crime”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Mercado eleva projeções para Selic, dólar, inflação e PIB em 2025

Projeção para a taxa básica de juros (Selic) em 2025 foi elevada para a 14%, quinta alta seguida

Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Reuters - Analistas consultados pelo Banco Central elevaram a projeção para a taxa básica de juros em 2025 a 14%, depois que a autoridade monetária indicou altas de 1 ponto percentual à frente, com elevações ainda nas expectativas para a inflação e para o dólar na pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O Banco Central acelerou o ritmo de aperto nos juros na semana passada, no que foi a última reunião do ano, elevando a taxa Selic em 1,00 ponto percentual, a 12,25% ao ano. A autarquia ainda surpreendeu ao prever mais duas altas da mesma magnitude à frente, após citar risco de piora da dinâmica inflacionária a partir do anúncio de medidas fiscais pelo governo.

Com isso, a expectativa no Focus para a taxa básica no ano que vem subiu pela quinta semana seguida, de 13,50% no levantamento anterior. A ata da reunião do Copom será divulgada na terça-feira.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda aumentos nas perspectivas para a inflação, com a alta do IPCA agora calculada em 4,89% este ano e em 4,60% no próximo, de 4,84% e 4,59% anteriormente.

Dados do IPCA divulgados na semana passada mostraram que o índice avançou 0,39% em novembro, com a taxa acumulada em 12 meses acelerando a alta a 4,87%, maior nível desde setembro de 2023 (5,19%).

Para 2026, a conta no Focus permaneceu em 4,0%, mas para 2027 aumentou em 0,08 ponto percentual, a 3,66%.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

As mudanças ocorreram ainda na esteira da piora das perspectivas para o real. Na mediana das projeções dos especialistas, o dólar deve fechar este ano em 5,99 reais e 2025 em 5,85 reais, de 5,95 e 5,77 anteriormente.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2024 subiu de 3,39% para 3,42%, enquanto que para o próximo ano foi de 2,00% para 2,01%.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Apesar da pressão de Bolsonaro, militares fazem as contas e não descartam delação premiada

Generais podem ficar presos “pelo resto da vida” por envolvimento em golpe. Delação de Braga Netto é considerada improvável, mas há outros que podem falar

Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

Militares avaliam que a publicação feita por Jair Bolsonaro (PL) em defesa do general Walter Braga Netto, que foi preso no final de semana, é um recado para que seu ex-ministro não delate sobre a trama golpista, informa a jornalista Andréia Sadi, do g1. "Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?", publicou Bolsonaro em suas redes sociais horas depois da operação que prendeu Braga Netto.

Na avaliação de investigadores, uma delação premiada do ex-candidato a vice-presidente é tida como possível, mas difícil, já que ele demonstra “lealdade militar” a Bolsonaro e colegas de farda. No entanto, os investigados pela tentativa de golpe estão sendo avisados do tempo que podem passar na cadeia e fazem as contas dos benefícios trazidos pela delação.

Em alguns casos, dependendo da idade, investigadores acreditam que os indiciados podem ficar presos “pelo resto da vida”. Braga Netto tem 67 anos, e seu suposto papel de liderança na tentativa de golpe e no plano para assassinar Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve ser um agravante na sua pena.

Enquanto a delação de Braga Netto parece distante, a do general Mario Fernandes é considerada mais fácil por pressão da família, avaliam militares que o conhecem. O general poderia apresentar detalhes de seus encontros com Jair Bolsonaro e esclarecer se o presidente sabia do plano Punhal Verde e Amarelo, para assassinar autoridades.

Ministros do STF comparam golpistas ao PCC - Ministros do STF afirmam que estão surpresos com a extensão da gravidade das ações investigadas pela Polícia Federal. Na avaliação desses magistrados, já eram esperadas ações agressivas por parte da família Bolsonaro, mas a quantidade de generais e militares de carreira que se envolveram com a trama golpista e o planejamento de assassinatos é assustadora. "Se comportaram como gente do PCC e do Comando Vermelho", disse um ministro do STF.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula rejeita IVA mais alto e diz que governo avaliará mudanças na reforma tributária

Presidente disse que na quinta-feira, quando voltar a Brasília, quer conversar com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, para avaliar o que pode ser feito

Lula e Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Infomoney - Após receber alta no Hospital Sírio-Libanês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, no último domingo (15), que o governo não quer aumento de tributos com a reforma tributária, em discussão no Congresso.

“Nós não queremos fazer uma reforma para aumentar tributo nesse país. Nós achamos que, se o Brasil arrecadar corretamente os tributos já estabelecidos por Lei o Brasil, vai ter arrecadação suficiente para cuidar desse país. Não é preciso aumentar tributo”, afirmou.

O presidente disse que a equipe econômica se dedicará a analisar as futuras alterações feitas pela Câmara dos Deputados no texto do principal projeto de regulamentação da reforma. A proposta, que cria regras para a cobrança de três novos impostos sobre consumo, foi aprovada pelo Senado na semana passada.

Com a proximidade do recesso parlamentar, os deputados retomam o debate nesta segunda-feira. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cancelou todas as reuniões de comissões para acelerar a análise dos textos prioritários.

Após a votação na Câmara dos Deputados, a proposta segue para sanção de Lula.

Lula disse que na quinta-feira, quando voltar a Brasília, quer conversar com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, para avaliar o que pode ser feito.

O presidente disse também que acredita em um aumento na arrecadação de impostos, apenas com o recolhimento de tributos já existentes.

Trava de 26,5% - O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), relator da regulamentação da reforma tributária na Câmara, disse neste domingo (15), que trabalhará para respeitar a trava de 26,5% para a alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), depois que o projeto passou pelo Senado e agora retorna para nova análise dos deputados.

“Temos que preservar pelo teto da alíquota padrão no Brasil. Nós colocamos um teto, o teto é 26,5%. O mais importante, na minha opinião, é garantir uma reforma que não ultrapasse essa trava de 26,5% de imposto sobre consumos e serviços”, disse.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Pedro Campos rebate Bia Kicis: "Réu procurar delator não é curiosidade, o nome é 'obstrução da justiça'"

A deputada bolsonarista disse que Braga Netto estava apenas "curioso" em saber o conteúdo da delação da qual é alvo.

(Foto: Agência Brasil)

O deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) rebateu as declarações da deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF), que minimizou as acusações contra o general da reserva Walter Braga Netto, preso preventivamente por obstrução de justiça neste sábado.

Em entrevista à CNN, Kicis afirmou que a busca do general pelo conteúdo da delação premiada de Mauro Cid seria apenas "curiosidade" e não configuraria um crime.

"Curiosidade agora é crime? Façam-me o favor. Vamos deixar de palhaçada! Um general quatro estrelas preso porque quis saber o que aconteceu numa delação premiada... Isso é ridículo!", disse Kicis, em tom de indignação, ao criticar a prisão do ex-ministro de Jair Bolsonaro.

Pedro Campos, no entanto, contestou a fala da deputada em suas redes sociais, argumentando que o ato descrito por Kicis configura obstrução de justiça, uma razão legítima para prisão preventiva.

"Réu procurar delator não é curiosidade, o nome é 'obstrução da justiça', e isso é um dos fundamentos para prisão preventiva", afirmou.

Braga Netto, que foi vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, é investigado por um suposto plano de golpe que incluía, segundo a Polícia Federal, ações extremas como o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Lula comenta prisão de Braga Netto

Após receber alta do Hospital Sírio-Libanês na manhã de domingo, o presidente Lula falou sobre a prisão de Braga Netto em coletiva de imprensa. Ele defendeu o princípio da presunção de inocência, mas reforçou que, caso as acusações contra o general sejam confirmadas, a punição deve ser severa.

"Quero que ele tenha o direito à presunção de inocência, o que eu não tive. Mas, se fizeram o que acham que fizeram, quero que sejam punidos severamente", declarou Lula.

Braga Netto foi preso preventivamente no sábado (14) no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de ruptura democrática após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Segundo a Polícia Federal, a interferência do general nas investigações, inclusive com a busca de informações sobre a delação de Mauro Cid, é considerada um ato deliberado de obstrução.

A fala de Pedro Campos reforça o crescente debate no Congresso sobre as consequências jurídicas e políticas das ações atribuídas a integrantes do alto escalão do governo Bolsonaro, especialmente no contexto das investigações que envolvem a tentativa de golpe.

Fonte: Brasil 247

Cúpula militar tenta descolar o Exército de Braga Netto

A cúpula das Forças Armadas tenta passar a versão de que a intentona golpista foi uma ação de militares da reserva, e não um plano de golpe militar

General Braga Netto (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

A prisão do general Braga Netto causa constrangimentos para as Forças Armadas, opinam quatro oficiais-generais entrevistados pelo jornal Folha de S.Paulo. A narrativa é que Braga Netto cometeu os delitos de que é acusado não como militar, mas como político.

Braga Netto já estava incompatibilizado com seus pares do exército quando foram reveladas em fevereiro as mensagens trocadas entre ele e o capitão reformado Ailton Barros. Na conversa, o general disse para "oferecer a cabeça" ao comandante da força, o general Freire Gomes, aos leões, chamando-o de "cagão",

A atual cúpula militar diz que já esperava a prisão do general cedo ou tarde. Há ainda temor de que militares mais próximos, como os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, tenham o mesmo fim.

A cúpula das Forças Armadas tenta passar a versão de que a intentona golpista foi uma ação de militares da reserva, e não um plano de golpe militar, de iniciativa institucional.

A PF indiciou, até agora, 25 militares por participação na trama golpista. Entre eles, estão sete oficiais-generais —dentre os quais, um (Estevam Theophilo) estava no Alto Comando do Exército no fim do governo Bolsonaro. Ao todo, 12 eram da ativa.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo