quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

TRE de Goiás condena Caiado por abuso de poder político e torna o governador inelegível

Apontado como possível candidato da direita para 2026, governador está impedido de se candidatar por oito anos. Prefeito eleito de Goiânia foi cassado

Ronaldo Caiado (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) condenou, em primeira instância, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), à inelegibilidade por oito anos, por abuso de poder político nas eleições municipais deste ano, informa o jornal O Globo. A decisão foi tomada pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, que também determinou a cassação do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil). O processo envolve o uso do Palácio das Esmeraldas para eventos considerados de caráter eleitoral.

De acordo com a magistrada, os eventos organizados pelo governador configuraram uso indevido de bens públicos. “O bem imóvel utilizado pelo investigado Ronaldo Caiado para a realização dos eventos constitui bem público de uso especial nos termos do artigo 99, inciso II, do Código Civil Brasileiro. As imagens dos vídeos que instruem a inicial demonstram que o ambiente estava preparado para a oferta de alimentos e bebidas aos convidados e contava inclusive com decoração”, afirma o texto da sentença.

◉ Eventos com viés eleitoral - Os encontros ocorreram entre os dias 7 e 9 de outubro, logo após o primeiro turno das eleições. A acusação aponta que jantares realizados no Palácio das Esmeraldas reuniram lideranças políticas e foram amplamente divulgados nas redes sociais e na imprensa. Segundo a decisão, os registros evidenciaram discursos de apoio à candidatura de Sandro Mabel.

Em uma das declarações atribuídas ao governador, ele teria afirmado: “Olha, agradecer o voto. Não fui eleito, mas você pode saber que eu continuarei na luta política porque ao ter o Sandro Mabel na prefeitura, eu tenho acesso para resolver os problemas da minha região”. Para a juíza, as falas demonstram uso político da estrutura do governo estadual.

◉ Disputa jurídica e desdobramentos - O processo foi iniciado após denúncia apresentada pelo adversário derrotado no segundo turno, Fred Rodrigues (PL), que acionou a Justiça Eleitoral pedindo a inelegibilidade de Caiado, Mabel e seu vice. O Ministério Público Eleitoral (MPE) endossou a ação, argumentando que houve desequilíbrio na disputa.

A sentença destaca que servidores públicos foram mobilizados para organizar os eventos, incluindo cozinheiros, copeiros, seguranças e profissionais de manutenção. “Os fatos constituem desvio de finalidade, de forma a exceder às autorizações de gastos para o mencionado local”, detalha a decisão.

◉ Defesas negam irregularidades - Tanto Caiado quanto Mabel negam qualquer prática ilegal. O governador afirmou que os encontros não tiveram cunho eleitoral, sendo parte de uma agenda institucional voltada para dialogar com vereadores eleitos e reeleitos. “O evento em questão teve como objetivo principal congratular os vereadores de Goiânia pela vitória nas eleições”, justificou Caiado, ressaltando que apresentará defesa em instâncias superiores.

Já Sandro Mabel destacou que não houve uso de recursos públicos para sua campanha e que a presença de lideranças políticas era parte de uma agenda administrativa. “A conduta vedada mencionada na ação somente se configuraria caso tivesse havido utilização ou benefício direto de bens ou serviços públicos em favor de uma campanha, o que não ocorreu”, declarou em nota.

◉ Implicações políticas - A condenação reforça o cenário de distanciamento entre Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro (PL), que apoiou Fred Rodrigues no segundo turno. Além disso, a inelegibilidade impede que Caiado herde o espólio eleitoral de 2026. O governador já havia manifestado interesse em concorrer à Presidência no próximo pleito.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Selic pode chegar a 12,25% na última reunião do ano do Copom

Reunião deste mês marca a despedida de Roberto Campos Neto

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento ReutersNEXT Newsmaker, em Nova York 09/11/2023 REUTERS/Brendan McDermid (Foto: REUTERS/Brendan McDermid)

 A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sob o comando de Roberto Campos Neto, que divulgará sua decisão nesta quarta-feira (11), às 18h30, promete trazer um debate acirrado sobre o ritmo do aperto monetário. Embora a maioria das projeções, conforme o Boletim Focus, indique uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, análises da XP Investimentos e do Goldman Sachs sugerem um movimento mais agressivo, com aumento de 1 ponto percentual.

Segundo informações publicadas originalmente pelo Infomoney, a XP já vinha defendendo a necessidade de um ajuste mais intenso, diante da deterioração das expectativas inflacionárias desde a última reunião do Copom. Essa visão ganhou força após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apontou maior pressão sobre itens como serviços e alimentos. “A conjuntura parece suficientemente aguda para que o Copom opte por um movimento mais intenso, pelo menos em dezembro. A nosso ver, a elevação da taxa Selic em 1,00 p.p. contribuiria para estabilizar os preços dos ativos financeiros – especialmente a taxa de câmbio – e reforçar inequivocamente o compromisso do Copom com inflação baixa”, afirmou a equipe de economia da XP.

◉ Pressões fiscais e mensagem ao mercado

Os analistas da XP destacaram também a relevância de o Banco Central manter o alerta sobre o quadro fiscal no comunicado que acompanhará a decisão. A mensagem, na visão da equipe, deveria reforçar a necessidade de políticas fiscais críveis e de maior compromisso com as medidas apresentadas recentemente. “O ritmo de elevação de juros já seria suficientemente elevado. Isso evita especulações acerca de movimentos ainda mais intensos em janeiro”, sugerem.

Por sua vez, o Goldman Sachs destacou fatores como o crescimento econômico acima da tendência, o mercado de trabalho aquecido e a intensificação das pressões de preços sobre serviços como justificativas para a alta de 1 ponto percentual. “Embora ainda avaliemos uma probabilidade razoável (40%) de que o banco central acelere para ‘apenas 75 pontos base’, dada a precificação atual do mercado, isso provavelmente seria percebido como uma escolha dovish e uma oportunidade perdida de se antecipar”, explicou o relatório da instituição.

◉ Decisão será crucial para sinalizar compromissos

A decisão desta quarta-feira será vista como um importante termômetro para medir o compromisso do Banco Central com a estabilização econômica e a contenção das expectativas inflacionárias. Tanto XP quanto Goldman Sachs convergem na avaliação de que uma alta de 1 ponto percentual não apenas reforçaria a credibilidade do Copom, mas também endereçaria preocupações relacionadas à volatilidade do mercado de câmbio.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Maioria vê pacote fiscal como insuficiente, mas 75% apoiam isenção de IR, diz Quaest

Medida que prevê isenção no IR para rendas até R$ 5 mil tem maior apoio entre eleitores com renda mensal superior a 5 salários mínimos

Lula e Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Marcos Mortari, Infomoney - Quase duas semanas após uma série de anúncios econômicos feitos pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma nova rodada da pesquisa Genial/Quaest mostra um desconhecimento e ceticismo da maior parte do eleitorado quanto aos efeitos do pacote de corte de gastos, mas um apoio massivo ao possível aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 4 e 9 de dezembro, apenas 38% dos entrevistados tinham conhecimento sobre as medidas de redução de despesas públicas. Entre eles, a maioria (68%) acredita que as iniciativas não serão suficientes para melhorar as contas do governo — principal objetivo apontado pela equipe econômica.

Quanto ao anúncio de elevar a faixa de isenção do IRPF para quem ganha até 2 salários mínimos, feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em rede nacional no fim de novembro, 43% tinham conhecimento. A medida é aprovada por 75% da amostra e reprovada por outros 20% — o restante não opinou.

Curiosamente, o maior apoio é observado entre eleitores com renda mensal superior a 5 salários mínimos (82%) e menor entre os mais pobres (62%). O levantamento mostra, no entanto, que o assunto é capaz de furar a bolha da polarização política.

O resultado de dezembro representa uma oscilação positiva de 1 ponto percentual na aprovação ao trabalho de Lula em relação à rodada anterior da Genial/Quaest, de outubro

Mais de 70% tanto de eleitores que dizem ter votado em Lula no pleito de 2022, quanto entre aqueles que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indicaram postura favorável à iniciativa.

Entre os entrevistados, 61% acreditam que eles próprios ou algum familiar serão beneficiados pelas mudanças caso sejam implementadas pela atual administração. O número, porém, é menor do que o contingente total da amostra com renda inferior a 5 salários mínimos: 74%.

A pesquisa Genial/Quaest também mostrou, por outro lado, uma preocupação do eleitorado com o comportamento do dólar em meio à forte alta das últimas semanas. Segundo o levantamento, 72% reconhecem os impactos da variação nas cotações da moeda americana sobre suas vidas.

Para 84%, a alta do dólar vai fazer os preços de alimentos e combustíveis subirem. Apenas 11% discordaram e disseram não ver influência sobre os preços dos produtos.

Metodologia - Esta foi a quinta e maior pesquisa já realizada pela Quaest para avaliação de governo durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foram 8.598 entrevistas presenciais feitas com eleitores entre os dias 4 e 9 de dezembro, que abrangem, além da avaliação nacional, a avaliação do governo pelos eleitores de seis estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Bahia e Pernambuco.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Lula retoma atividades normais na próxima semana, sem nenhuma sequela

Presidente passou por cirurgia para drenar hematoma no cérebro e já está em recuperação; Janja agradece apoio da população

Lula e Janja (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebon / Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em recuperação após um procedimento cirúrgico realizado na segunda-feira (10/12) para drenar uma hemorragia intracraniana. A informação foi divulgada pela Agência Brasil, que acompanhou o boletim médico e as declarações da equipe responsável pelo tratamento no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Segundo os médicos, Lula está lúcido, sem lesões cerebrais ou comprometimento neurológico, e deve retomar as atividades normais na próxima semana.

A cirurgia, tecnicamente conhecida como trepanação, foi necessária devido a um hematoma identificado em uma ressonância magnética. A equipe médica explicou que o acúmulo de sangue era decorrente de um acidente doméstico ocorrido em 19 de outubro. “O presidente está consciente, conversando normalmente e se alimentando”, afirmou o médico Roberto Kalil, reforçando que a intervenção não deixará sequelas.

Em uma rede social, a primeira-dama, Janja Lula Silva, agradeceu as manifestações de apoio recebidas durante o período delicado. “Já já ele estará de volta. [Lula] está recebendo todo o cuidado necessário para uma rápida recuperação”, escreveu.

A cirurgia foi realizada com a abertura de pequenos orifícios no crânio, permitindo a drenagem do sangue acumulado. Segundo o boletim médico, o procedimento durou cerca de duas horas, e o presidente ficará em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 48 horas. “Os orifícios feitos no crânio terão cicatrização espontânea, sem necessidade de nova intervenção”, detalhou Kalil.

O episódio começou na noite do domingo (9/12), quando Lula relatou dores de cabeça e mal-estar. Ele foi levado ao Hospital Sírio-Libanês em Brasília, onde a ressonância apontou o problema. A decisão pela transferência para São Paulo e a realização do procedimento foi tomada imediatamente.

De acordo com a equipe médica, o presidente mantém todas as suas funções neurológicas preservadas e não apresenta nenhum sinal de comprometimento cerebral. A previsão é de que ele retorne às suas atividades habituais já na próxima semana.

Lula continua recebendo cuidados intensivos, mas as perspectivas são otimistas. A rápida recuperação reforça a confiança da equipe médica e tranquiliza seus apoiadores. Confira o relato médico:

Fonte: Brasil 247

Pacheco afirma que ausência de Lula redobra responsabilidade do Congresso em aprovar reforma tributária e pacote fiscal

"É nosso dever fazer um esforço extra para garantir que essas medidas avancem", disse o presidente do Senado

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Diante da ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por motivos de saúde, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a necessidade urgente de aprovar a reforma tributária e as medidas do pacote fiscal ainda neste ano. Segundo Pacheco, o Congresso precisa intensificar os trabalhos para garantir estabilidade econômica e honrar o presidente durante sua recuperação.

“A ausência do presidente Lula redobra a nossa responsabilidade de buscar dar solução aos temas em discussão e também tranquilizá-lo com relação ao bom andamento das matérias em favor do Brasil”, declarou Pacheco à coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1.

A votação da reforma tributária está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (11) no Senado. Pacheco afirmou que o texto já está "encaminhado" tanto para o Senado quanto para a Câmara. Contudo, as medidas do pacote fiscal ainda enfrentam resistências, travadas por uma rebelião de parlamentares insatisfeitos com a liberação de emendas.

Apesar do impasse, o presidente do Senado mostrou confiança na aprovação das duas pautas antes de fevereiro, quando ele e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixam seus cargos. "É nosso dever fazer um esforço extra para garantir que essas medidas avancem”, afirmou.

Pacheco destacou, ainda, que o avanço do pacote fiscal e da reforma tributária seria uma forma de homenagear Lula, deixando as medidas aprovadas ou avançadas para sanção presidencial assim que ele retornar a Brasília.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Dono da Marabraz processa o próprio filho, que namora e mima a atriz Marina Ruy Barbosa com presentes de luxo

Abdul Fares, de 40 anos, é classificado pelo empresário Jamel Fares como um 'parasita'; herdeiro, que teria torrado R$ 22,5 milhões, tenta interditar o pai

Abdul Fares e Marina Ruy Barbosa (Foto: Instagram Marina Ruy Barbosa)

O empresário Jamel Fares, de 64 anos, sócio-fundador da rede de varejo Marabraz, está processando o próprio filho, Abdul Fares, de 40 anos, em meio a um intenso conflito familiar que envolve o controle do império avaliado em R$ 1 bilhão. A ação judicial ocorre após Abdul, conhecido por seu relacionamento com a atriz Marina Ruy Barbosa, mover um processo de interdição contra o pai, alegando problemas de saúde e comportamento agressivo. A reportagem original foi publicada pela Folha de S.Paulo.

O caso, que corre na comarca de Simões Filho (BA), despertou reações imediatas de Jamel, que contratou o renomado escritório Warde Advogados para sua defesa. Em petição apresentada no último dia 5 de dezembro, a defesa de Jamel acusa Abdul de falsidade ideológica, descrevendo-o como "ingrato e parasita". O patriarca questiona a escolha do foro baiano, alegando que nem ele nem seu filho têm ligação com a cidade.

◉ Estratégia Jurídica e Acusações

O escritório Warde Advogados sustenta que Abdul teria utilizado documentos forjados para manipular a jurisdição do processo de interdição, o que poderia acarretar penas de até cinco anos de reclusão e multa. "É uma ação estarrecedora, inacreditável", afirma a petição endereçada ao juiz da 2ª Vara de Simões Filho. A defesa argumenta que a escolha da comarca seria uma tentativa de dificultar a contestação da interdição, que envolve também a solicitação de curatela provisória.

Jamel e Abdul residem em condomínios de luxo em Alphaville, Barueri (SP), mas Abdul teria declarado um endereço em uma casa simples alugada por R$ 2.500 na Bahia para justificar a escolha do foro. O Ministério Público recomendou a suspensão da apreciação da curatela até que a questão do domicílio seja esclarecida.

◉ Disputa pelo Controle do Patrimônio

A ação de interdição faz parte de uma longa disputa entre gerações da família Fares. Jamel e seu irmão Nasser, atuais administradores da holding LP Administradora, já haviam acionado a Justiça de São Paulo para recuperar as ações da empresa, que estão no nome de seis herdeiros. Segundo a defesa de Jamel, Abdul "torrou pelo menos R$ 22,5 milhões" em despesas pessoais, incluindo viagens de jatinho, helicópteros e presentes milionários, como um anel de US$ 1 milhão dado à atriz Marina Ruy Barbosa.

O escritório Warde Advogados detalhou na queixa-crime que o herdeiro "vive um estilo de vida digno de um potentado árabe", financiado pelas rendas de aluguel dos imóveis da família. "Nada mais doloroso para um pai do que processar criminalmente o próprio filho", registra o documento apresentado ao 2º Distrito Policial de Barueri.

◉ Conflito de Gerações

O impasse familiar começou em 2011, quando o patrimônio foi colocado no nome dos herdeiros como estratégia de blindagem. No entanto, o arranjo se deteriorou nos últimos anos, com acusações mútuas de má gestão e luxos incompatíveis com o perfil austero dos fundadores da Marabraz.

Abdul, que tem 153 mil seguidores no Instagram, mantém uma vida discreta nas redes sociais, mas é frequentemente associado a viagens e festas luxuosas. Marina Ruy Barbosa, por sua vez, anunciou recentemente que o casal decidiu morar junto, descrevendo a decisão como um "test-drive" antes do casamento.

Enquanto isso, o futuro do império da Marabraz segue indefinido, com os fundadores buscando retomar o controle administrativo da holding. A ação de interdição, vista pela defesa de Jamel como um "antídoto" para evitar a devolução das cotas, coloca em xeque o equilíbrio da dinastia Fares.

Fonte: Brasil 247

A maioria da população afirma que o Brasil sofreu um risco de golpe, mostra levantamento

Com apoio da Febraban, a pesquisa da AGU e do Ipespe também mencionou temas como fake news, conceitos ligados à democracia e relação entre os três Poderes

Mobilização nacional de lutas pela democracia e contra anistia a golpistas, organizada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, Largo São Francisco (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Cerca de seis em cada dez brasileiros (59%) acreditam que a democracia esteve sob risco de golpe nos últimos anos. Os números, divulgados nesta terça-feira (10), em Brasília (DF), fazem parte da pesquisa intitulada "A democracia que temos e a democracia que queremos", realizada pelo Observatório da Democracia da Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), com apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

De acordo com as estatísticas, 69% dos entrevistados consideraram que as fake news atrapalham e confundem muito durante as eleições. Além disso, 70% acreditam que as redes sociais e o WhatsApp deveriam ser regulamentados por leis para combater a propagação de fake news.

Os dados também indicaram que a “liberdade” é a ideia-síntese mais associada à democracia, seguida de igualdade, direitos e participação. Para 36% dos entrevistados, a democracia no Brasil precisa melhorar. No entanto, 70% da população acreditam que a democracia está ameaçada, enquanto 25% consideram que ela está segura.

A pesquisa revelou ainda que 70% dos brasileiros preferem a democracia a qualquer outra forma de governo, e 81% concordam que, apesar de ter problemas, é o melhor regime político.

Sobre a relação entre os Três Poderes, a maioria acredita que essa relação é conflituosa (65%) e que frequentemente um poder interfere no outro (31%). Em relação à participação social, os entrevistados demonstraram maior interesse nas questões políticas do município (49%), seguido do estado (43%) e do país (40%).

A pesquisa foi realizada em âmbito nacional, em dezembro de 2024, com a participação de 3 mil cidadãos, e organizada em oito eixos: Valorização; Funcionamento e Satisfação; Expectativas; Confiança nos Poderes e nas Instituições; Desarranjos do Sistema; Participação da Cidadania; O Papel das Redes Sociais; e Ameaças. O estudo foi viabilizado após a assinatura do protocolo de intenções entre a AGU e a Febraban, em novembro deste ano.

Fonte: Brasil 247

Pedido de cassação contra Jorge Seif por defesa de policial que arremessou homem de ponte é protocolado

Seif minimizou a gravidade do ato do PM e atacou a atuação do sistema judiciário

Jorge Seif (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O senador Jorge Seif (PL-SC) tornou-se alvo de um pedido de cassação apresentado ao Conselho de Ética do Senado. A solicitação foi feita por Leonel Camasão Cordeiro (PSol), vereador eleito de Florianópolis nas eleições de 2024, com 3.975 votos. O pedido é fundamentado em declarações polêmicas do parlamentar, publicadas nas redes sociais, em defesa do policial militar Luan Felipe Alves Pereira, acusado de arremessar um homem de uma ponte em São Paulo, no último dia 2 de dezembro. As informações são do Metrópoles.

Na publicação feita no X (antigo Twitter), Seif minimizou a gravidade do ato do PM e atacou a atuação do sistema judiciário. “Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego? Não foi do penhasco? Porque com essa Justiça sem vergonha, que libera vagabundo em audiência de custódia, levar para a delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo”, escreveu o senador.

O ato do policial gerou ampla repercussão e críticas por parte de autoridades, especialistas em direitos humanos e organizações da sociedade civil. Leonel Camasão, ao justificar o pedido de cassação, destacou que a fala do senador não apenas relativiza a violência policial, mas também incita a naturalização de condutas que violam direitos fundamentais.

O caso, agora sob análise do Conselho de Ética, levanta questionamentos sobre os limites da imunidade parlamentar e a responsabilidade de representantes públicos na promoção de discursos que podem impactar negativamente a sociedade. O Senado ainda não informou quando o pedido será analisado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Congresso usa pacote fiscal como moeda de troca e aguarda liberação de emendas para votar

Parlamentares não devem votar o ajuste fiscal do governo antes de verem o dinheiro das emendas sendo efetivamente liberado

Prédio do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Em Brasília, o Palácio do Planalto e suas equipes, deputados e senadores seguem negociando o pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo federal. Embora a urgência para análise do projeto tenha sido aprovada, o Congresso Nacional adiou a votação para a última semana antes do recesso parlamentar, pressionando por liberação imediata de emendas.

Parlamentares, especialmente do Centrão, reagem ao Supremo Tribunal Federal (STF), que recentemente impôs novas regras sobre transparência nas emendas parlamentares. A decisão unânime da Corte desagradou a maioria dos deputados, que agora utilizam a pauta fiscal como moeda de troca para pressionar o Executivo, relata Camila Bomfim, do g1.

Uma portaria publicada pelo governo, prometendo liberar recursos de emendas, não foi suficiente para apaziguar os ânimos. Não basta publicar; tem que liberar o dinheiro na prática, afirmam lideranças do bloco.

Sem votos suficientes - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reconheceu publicamente a dificuldade de aprovação do pacote fiscal. O texto propõe medidas impopulares, como a correção reduzida do salário mínimo e a restrição ao acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), temas sensíveis para a base governista e a oposição. "Não tem votos. O assunto é polêmico, o BPC é polêmico, o abono é polêmico, o salário mínimo é polêmico. É um assunto que ferve, além de toda a insatisfação pelo não cumprimento de uma lei que foi aprovada pelo congresso nacional e sancionada pelo presidente da República", disse Lira.

Reação e incertezas - Com poucos dias úteis antes do recesso, o governo corre contra o tempo para garantir a aprovação. No entanto, a postura de resistência do Centrão transformou a pauta econômica em um campo minado. Nos bastidores, comenta-se que a pressão exercida pelos parlamentares visa obter ganhos políticos imediatos, ao custo de desestabilizar ainda mais as relações entre Executivo e Legislativo.

Embora parlamentares tenham direito de debater e até mesmo modificar o pacote fiscal, a demora intencional ameaça comprometer o equilíbrio das contas públicas. Nos corredores do Congresso, a expectativa é que a aprovação só será possível após a liberação efetiva das emendas prometidas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Facções criminosas avançam na Amazônia e dominam quase metade das cidades da região

Em 2023, estudo do FBSP identificou 178 cidades dominadas por facções criminosas. Em 2024, esse número saltou para 260, representando 33,7% da região

Presença de facções criminosas cresce 46% em cidades da Amazônia Legal (Foto: Divulgação)

O número de cidades da Amazônia Legal com presença de facções criminosas cresceu 46% em um ano, conforme revela o estudo "Cartografias da Violência na Amazônia", divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com o Instituto Mãe Crioula (IMC). A pesquisa detalha o avanço do crime organizado e seus impactos socioeconômicos e ambientais, destaca o G1.

A Amazônia Legal abrange nove estados brasileiros — Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão — somando 772 municípios. Em 2023, o estudo identificou 178 cidades dominadas por facções criminosas. Em 2024, esse número saltou para 260, representando 33,7% da região. Os pesquisadores ressaltam que esses dados são conservadores e podem ser ainda mais alarmantes. "É possível que a gente tenha presença [de facções] em outros municípios onde ainda não surgiram indícios documentáveis", afirmou David Marques, coordenador de projetos do FBSP.

◉ Facções e Disputas de Poder

Apesar do aumento territorial, o número de facções criminosas caiu de 22 para 19. Entre as mais influentes estão o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), originários da região Sudeste. Em 176 dos 260 municípios dominados, apenas uma facção exerce o controle: o CV está presente em 130 cidades, enquanto o PCC controla 28. Nos outros 84 municípios, há disputas entre diferentes grupos.

"A redução na taxa de homicídios pode ser explicada pelo domínio consolidado de facções em algumas áreas", explicou Marques. Segundo ele, territórios com uma facção predominante apresentam menos confrontos armados. Já os municípios com disputas entre grupos criminosos registram níveis mais altos de violência.

◉ Disputa Territorial e Desmatamento

A Amazônia Legal é estratégica para o narcotráfico, devido à proximidade com Colômbia, Bolívia e Peru, os três maiores produtores de cocaína do mundo. O Brasil funciona como um grande mercado consumidor e corredor logístico para o tráfico internacional. A disputa por rotas se sobrepõe a conflitos fundiários e ao desmatamento ilegal.

"Além do tráfico de drogas, há uma sobreposição com crimes ambientais como a exploração de madeira e ouro, que são usados para lavar dinheiro", explicou Marques. A morte do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira no Vale do Javari exemplifica como esses crimes se interligam.

A pesquisa também identificou nove corredores de desmatamento impulsionados por obras de infraestrutura, como as rodovias Cuiabá-Santarém e Transamazônica. "São projetos de desenvolvimento econômico predatórios que avançam sobre áreas protegidas e terras indígenas", alertou Aiala Colares Couto, diretor-presidente do IMC.

◉ Violência Interiorizada

As disputas transformaram pequenas cidades em alguns dos locais mais violentos do país. Cumaru do Norte (PA), com cerca de 14 mil habitantes, registrou a maior taxa de homicídios da região: 141,3 mortes por 100 mil habitantes. A cidade nasceu em torno do garimpo e está situada na Terra Indígena Kayapó.

Outros municípios violentos incluem Abel Figueiredo (PA), Mocajuba (PA) e Nova Santa Helena (MT). Apenas uma capital — Macapá (AP) — aparece entre as 50 cidades mais violentas.

◉ Impacto Ambiental e Sustentabilidade

A violência na Amazônia Legal também ameaça esforços de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. Em 2025, Belém sediará a COP 30, a Conferência do Clima da ONU. Para os pesquisadores, o combate ao crime organizado é essencial para implementar políticas ambientais eficazes.

"Se não repensarmos o modelo econômico atual, baseado na exploração predatória, não alcançaremos a sustentabilidade na região", destacou Aiala Colares Couto.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Setor de serviços do Brasil atinge novo recorde com alta de 1,1% em outubro

Destaque do mês ficou por conta dos serviços de transporte, que avançaram 4,1%

(Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

Em outubro de 2024, o volume de serviços no Brasil registrou um crescimento de 1,1% em comparação com setembro, renovando o ponto mais alto da série histórica. Com esse desempenho, o setor está 17,8% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020. O destaque do mês ficou por conta dos serviços de transporte, que avançaram 4,1%, impulsionados pelas altas expressivas no transporte aéreo, que cresceu 27,1%, e nos demais modais, como o terrestre (1,6%) e aquaviário (0,7%).

Além do setor de transportes, os serviços profissionais, administrativos e complementares também apresentaram crescimento de 1,6%. No entanto, três atividades mostraram retração: informação e comunicação (-1,0%), outros serviços (-1,4%) e serviços prestados às famílias (-0,1%).

Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, destaca que o principal fator para o bom desempenho do transporte aéreo foi a queda nos preços das passagens. "O transporte aéreo exerceu o principal impacto positivo no mês", comentou Lobo.

Em termos regionais, o crescimento no volume de serviços foi registrado em 22 das 27 unidades da federação. Os estados que mais contribuíram para esse resultado foram São Paulo (1,2%), Rio Grande do Sul (5,1%) e Paraná (2,1%). Por outro lado, o Rio de Janeiro, que havia registrado forte alta no mês anterior devido ao Rock in Rio, teve queda de 1,8%.

Comparado ao mesmo mês de 2023, o volume de serviços aumentou em 22 das 27 unidades, com São Paulo (8,6%), Paraná (9,3%) e Santa Catarina (12,7%) liderando as altas. O Rio Grande do Sul (-3,8%), Mato Grosso (-2,9%) e Mato Grosso do Sul (-4,1%) apresentaram as quedas mais expressivas.

No acumulado de 2024, o setor de serviços apresentou crescimento em 20 estados, com São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná como os maiores impulsionadores. Por outro lado, o Rio Grande do Sul (-7,3%) e Mato Grosso (-9,0%) tiveram desempenhos negativos.

Além disso, o volume de atividades turísticas no país cresceu 4,7% em outubro frente a setembro, alcançando 12,9% acima dos níveis de fevereiro de 2020. A alta foi impulsionada pelo aumento das receitas de transporte aéreo e de restaurantes, com destaque para os estados de São Paulo (8,5%), Pernambuco (8,7%) e Bahia (4,8%). O Rio de Janeiro foi a única unidade com queda (-6,5%) no setor turístico.

No transporte de passageiros, houve crescimento de 8,7%, consolidando um aumento de 10,9% em relação ao patamar pré-pandemia. Já o transporte de cargas cresceu 1,5%, mantendo-se 35,8% acima dos níveis de fevereiro de 2020, embora ainda distante do pico histórico.

Esses dados são parte da Pesquisa Mensal de Serviços, que permite o acompanhamento da receita bruta de serviços no Brasil, com destaque para empresas com 20 ou mais empregados em atividades não financeiras, excluindo saúde e educação. A próxima divulgação da PMS, referente ao mês de outubro, será no dia 11 de dezembro.

Fonte: Brasil 247

Sidônio Palmeira reconsidera assumir cargo estratégico na comunicação do governo Lula

Marqueteiro responsável pela campanha de Lula em 2022 pode integrar equipe do Planalto para fortalecer estratégia de comunicação rumo às eleições de 2026

Sidônio Palmeira e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Relutante a assumir a chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência no início do governo Lula, o marqueteiro Sidônio Palmeira, responsável pela bem-sucedida campanha eleitoral do petista em 2022, estaria agora mais disposto a integrar oficialmente a equipe do Palácio do Planalto. A informação foi revelada por aliados próximos ao publicitário, que destacam uma mudança no cenário político desde a transição governamental.

Conforme apurado pelo Metrópoles, Sidônio tem manifestado preocupação com o desempenho da comunicação institucional do governo, especialmente considerando as eleições presidenciais de 2026, quando Lula deverá buscar a reeleição. Mesmo sem ocupar cargo formal, o publicitário atua como conselheiro informal, viajando quinzenalmente de Salvador para Brasília, onde se reúne com o presidente e ministros.

◉ Influência Estratégica e Comunicação Institucional

Foi Sidônio Palmeira o autor do slogan da primeira fase do governo: “União e Reconstrução”. Sua influência se estende à formulação de campanhas públicas e ao aconselhamento sobre a imagem pessoal de Lula. Fontes afirmam que sua participação foi decisiva na comunicação do anúncio do pacote de corte de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Nos bastidores, cogita-se que Sidônio poderia assumir a Secom ou atuar como assessor especial, sem as responsabilidades administrativas da pasta. Neste último cenário, Laércio Portela, atual secretário de Comunicação Institucional e ex-ministro interino durante a gestão de Paulo Pimenta na Secretaria de Reconstrução do Rio Grande do Sul, poderia ser promovido à chefia do ministério.

◉ Reação de Paulo Pimenta

O ministro da Secom, Paulo Pimenta, nega que a proximidade de Lula com Sidônio represente qualquer sinal de enfraquecimento de sua posição. Ele defende o trabalho colaborativo e elogia o marqueteiro.

“Veja bem: eu não sou um publicitário, eu não sou um marqueteiro. O presidente Lula sempre teve secretários na Secom, mas o governo também contou com nomes como João Santana e Duda Mendonça, que são estrategistas de comunicação para campanhas eleitorais. E o Sidônio é uma pessoa muito qualificada, uma pessoa em quem o presidente confia e eu também confio”, afirmou Pimenta em entrevista.

O ministro ressaltou que a ajuda de Sidônio é positiva para o governo e que sua experiência contribui para fortalecer a comunicação pública:

“Quanto mais perto ele estiver de nós, mais ele nos ajuda. A ajuda do Sidônio sempre foi muito bem-vinda aqui. E tudo aquilo que o Sidônio puder colaborar com o nosso projeto e nosso governo para nós é muito importante e muito positivo.”

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Fim de ano estimula aumento de vendas em vários setores

Período entre outubro e dezembro concentra datas que movimentam a economia de produtos e serviços

(Foto: Agência Brasil )

Rafael Baldo, Agência Sebrae - Fim de ano é sinônimo de presente e, para quem empreende, expectativa de muitas vendas. Após o recorde de faturamento da Black Friday 2024, de cerca de R$ 8 bilhões, as festas de fim de ano são oportunidades para novos negócios. Desde outubro, o comércio concentra eventos que alavancam as vendas no período.

"Temos o Halloween, depois a Black Friday, depois Natal e o Réveillon e, na sequência, as férias de janeiro. Isso tudo movimenta bastante a economia como um todo. Os pequenos negócios são bem impactados com essa movimentação. É o momento que o empreendedor tem para tirar o atraso de um ano eventualmente difícil em vendas", afirma Enio Pinto, gerente de Relacionamento com o Cliente do Sebrae.

Alguns setores são mais impactados pelo período, como empresas que organizam festas, eventos e buffets. Além disso, os negócios que vendem linha de presentes e os supermercados são mais procurados no fim de ano. “As perspectivas são bem positivas e há muito otimismo do comércio em geral para que a gente faça boas vendas”, resume Enio.

Segundo o gerente, muitas pessoas optam por receber uma experiência, ao invés de um presente. Saltos de paraquedas, viagens rápidas, pequenas excursões, trilhas, dia no spa, são algumas alternativas para sair da rotina e que geram impacto em novos segmentos da economia.

Sucesso planejado

Para aproveitar esse momento, é muito importante um bom planejamento. Analisar o desempenho dos anos anteriores e do atual, avaliar o crescimento e os desafios do segmento são fundamentais para não levar sustos. Para isso, é preciso ficar atento a quatro fatores: time, estoque, fidelização e capacitação. Confira as dicas do Enio Pinto para seu negócio:

1. Time treinado e motivado “A gente estimula muito que o empreendedor faça uma questão de comissionamento evolutivo, à medida que o seu quadro de vendedores vá conquistando algumas metas. As comissões devem ser melhoradas para estimular a bater metas sequenciadas”, avalia.
2. Estoque negociado “Não se iluda que você vai comprar caro e sem qualidade e vai vender barato com qualidade, isso não existe. Só vende bem quem compra bem. Então, é fundamental negociar preços, prontidão e qualidade com fornecedor, mas também tentar o parcelamento das suas compras e até compras em consignação”, ressalta.
3. Fidelização é conhecer o cliente “Faça a gestão dos cadastros obtidos durante esse período de fim de ano. Depois, é só voltar a ativá-los, levando para o cliente produtos relevantes, de acordo com o histórico de compras. Então, se meu cliente habitualmente comprou uma linha de produto, eu vou acioná-lo no futuro sugerindo produtos convergentes e complementares”, indica.
4. Capacitação para todos “É fundamental que você faça uma lapidação permanente de atitudes e comportamento, seu e do seu time. Busque um curso na linha comportamental do consumidor e, dentro do portfólio do Sebrae, o Empretec. Outra sugestão de capacitação é na linha de vendas pela internet. Eu sugiro que você faça o Up Digital, que pode acessado, inclusive, de maneira remota”, destaca.

Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae

Autuações do Ibama na Amazônia aumentaram mais de 50% no governo Lula

Estudo aponta vínculo entre crimes ambientais e facções criminosas na região

(Foto: Divulgação / PF)

As autuações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Amazônia Legal dispararam no primeiro ano do governo Lula. Segundo o estudo “Cartografia das Violências na Amazônia”, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com o Instituto Mãe Crioula (IMC), divulgado nesta quarta-feira (11), o número de infrações ambientais registradas alcançou 12,3 mil, um aumento de 50,8% em relação a 2022.

Crimes como desmatamento para garimpo e expansão de áreas de pastagem foram os mais frequentes. Enquanto o restante do Brasil registrou um crescimento de 34% nas autuações, a Amazônia Legal despontou como a região mais crítica, concentrando os maiores índices de crimes ambientais, destaca o Metrópoles.

◉ Conexão entre facções criminosas e crimes ambientais

O levantamento também destacou uma alarmante relação entre crimes ambientais e a expansão de facções criminosas na Amazônia. O Comando Vermelho (CV) atua em 130 municípios, enquanto o Primeiro Comando da Capital (PCC) opera em 28 cidades.

Além dessas grandes facções, grupos locais como a Tropa do Castelar, dissidência do CV no Mato Grosso, e os Piratas dos Solimões, especializados em roubo de cargas fluviais, vêm ampliando suas operações na região.

“Tráfico de drogas, crimes ambientais, grilagem de terras e outras ilegalidades são partes de um mesmo sistema criminoso complexo que não será desmantelado sem uma ação integrada”, aponta o relatório.

◉ Expansão do crime organizado na Amazônia

O estudo revelou ainda que o número de cidades da Amazônia Legal sob influência de facções criminosas cresceu 46% em comparação ao ano anterior. As investigações apontam que narcotráfico e desmatamento ilegal formam uma rede interligada que impulsiona tanto a destruição ambiental quanto a violência na região.

Composta por estados como Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão, a Amazônia Legal apresenta desafios geográficos e de fiscalização que dificultam a contenção do crime ambiental e a presença de facções.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Justiça rejeita denúncia de Sergio Moro contra Felipe Santa Cruz, ex-presidente da OAB

Ação acusava Santa Cruz de calúnia por declarações feitas em 2019

(Foto: OAB | Agência Brasil)


A 10ª Turma do Tribunal Regional Federal, em Brasília, rejeitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz. A ação acusava Santa Cruz de calúnia por declarações feitas em 2019, nas quais criticou a conduta do então ministro da Justiça, Sergio Moro, durante sua gestão no governo de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com Ancelmo Gois, do jornal O Globo, a decisão judicial ocorre após um episódio amplamente noticiado na época, quando Santa Cruz acusou Moro de "usar o cargo, aniquilar a independência da Polícia Federal e ainda bancar o 'chefe da quadrilha' ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não são investigadas". As declarações foram uma resposta à atitude de Moro, que, segundo a Folha de S.Paulo, teria telefonado para autoridades informando que destruiria mensagens hackeadas sob a justificativa de preservar a privacidade das "vítimas".

Na ocasião, a OAB manifestou forte oposição à postura de Moro, argumentando que ele não poderia ter acesso a informações de um inquérito sigiloso e que apenas a Justiça teria autoridade para decidir o destino das provas coletadas. A entidade destacou que o então ministro ultrapassou suas atribuições legais ao se envolver diretamente no caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Copa do Mundo de futebol feminino de 2027 no Brasil começa em 24 de junho, diz Fifa

Torneio de 32 equipes será a primeira edição do campeonato mundial feminino a ser realizada na América do Sul

(Foto: Arnd Wiegmann)

Reuters - A edição de 2027 da Copa do Mundo de futebol feminino será realizada no Brasil entre 24 de junho e 25 de julho, informou a Fifa.

O torneio de 32 equipes, primeira edição do campeonato mundial feminino a ser realizada na América do Sul, seguirá a mesma alocação de vagas para confederações que o de 2023, com 11 equipes da Uefa se classificando diretamente.

A AFC da Ásia terá seis vagas diretas, a CAF da África e a Concacaf da América do Norte terão quatro cada, enquanto a Conmebol da América do Sul terá três e a OFC da Oceania terá uma.

As três vagas restantes serão determinadas por meio de um torneio de repescagem com 10 equipes, disputado em duas fases entre novembro de 2026 e fevereiro de 2027.

O Brasil, que ganhou o direito de receber o evento em maio, realizará o torneio em 10 a 12 locais, muitos dos quais foram usados durante a Copa do Mundo de 2014.

"Esse torneio histórico terá um impacto enorme não apenas na América do Sul, mas em todo o mundo", disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em um comunicado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

PF faz operação contra esquema que movimentou R$ 4 bi em ouro extraído ilegalmente de terras indígenas

Agentes cumprem 19 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão nos estados do Pará, Roraima, Amapá, São Paulo, Paraná e Goiás

(Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta qiarta-feira (11) a Operação Flygold II, com o objetivo de desmantelar organizações criminosas especializadas no transporte ilegal de ouro extraído de terras indígenas, incluindo a Terra Indígena Munduruku, para outros estados e até o exterior.

A operação, de acordo com a própria PF, resultou no cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão, nos estados do Pará, Roraima, Amapá, São Paulo, Paraná e Goiás. Além disso, mais de R$ 615 milhões em bens e valores foram sequestrados. Ao longo de um ano de investigações, foi comprovado o transporte ilegal de aproximadamente uma tonelada de ouro e a movimentação de mais de R$ 4 bilhões entre os envolvidos, que incluíam pessoas interpostas e empresas fantasmas.

A organização criminosa recrutava, em sua maioria, estrangeiros para despachar bagagens carregadas com ouro em voos comerciais, facilitando o transporte ilícito.

Fonte: Brasil 247

"Lula é o nosso plano A, B e C para eleições de 2026," diz secretário de Comunicação do PT

"É o nosso candidato [à Presidência] em 2026. Ninguém discute isso no PT. Desejo uma pronta recuperação", disse o deputado federal Jilmar Tatto

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 07/09/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


O deputado federal Jilmar Tatto, atual secretário de Comunicação do PT, declarou nesta terça-feira (10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue sendo o "plano A, B e C" do partido para disputar a Presidência da República em 2026. A afirmação foi dada em meio à internação de Lula no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de uma hemorragia intracraniana, que ocorreu após uma queda sofrida no Palácio da Alvorada em outubro deste ano.

"Lula está se recuperando bem, em boa saúde. Ele é o nosso plano A, B, C, D, F, G e H… É o nosso candidato [à Presidência] em 2026. Ninguém discute isso no PT. Desejo uma pronta recuperação", declarou Tatto, segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles. Para o secretário, o foco do PT é garantir a recuperação do presidente, sem considerar alternativas para a disputa que ocorrerá em menos de dois anos.

A hospitalização de Lula, que ocorreu após ele sentir fortes dores de cabeça na noite de segunda-feira (9), gerou grande preocupação nos bastidores do PT. Aliados próximos destacaram que ele continua sendo a única figura com chances reais de concorrer à Presidência pelo partido.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que em 2018 foi escalado para disputar o Planalto após a inelegibilidade de Lula, não considera a possibilidade de se lançar como candidato em 2026.

A equipe médica do presidente confirmou que ele está bem após a cirurgia e segue acordado, já interagindo com aliados. Existe a expectativa de que Lula volte a assinar ordens eletronicamente a partir desta quarta-feira (11), sinalizando uma recuperação favorável.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles