domingo, 8 de dezembro de 2024

“Não mexemos na competência dos governadores”, diz Lewandowski sobre PEC da Segurança Pública

Ministro pregou a necessidade de aprovação da PEC da Segurança Pública para viabilizar maior atuação do governo. Foto: Divulgação

Por Rafa Santos, em Conjur

O crime hoje é praticado no âmbito transnacional e o modelo de segurança pública estabelecido na Constituição é local. É preciso atualizar a Carta Magna, especialmente o artigo 144 que trata das competências de estados e municípios em segurança pública.

Esse foi o ponto central da fala do Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, no seminário “Os Desafios da Segurança Pública no Brasil: Desafios Jurídicos e Institucionais” ao defender a PEC da Segurança Pública proposta pelo governo.

O evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) reuniu o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal; Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo; Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública; Raul Jungmann, ex-Ministro da Defesa e Segurança Pública; e a professora Joana Monteiro, coordenadora do Centro de Ciência Aplicada à Segurança Pública da Fundação Getúlio Vargas.

Segundo Lewandowski, é preciso alterar a redação dos artigos 21, 22, 23 e 24 da Constituição — que tratam das competências da União, privativas ou em comum com estados, municípios e Distrito Federal, além do artigo 144 que detalha quais são os órgãos que compõem o sistema de segurança pública do país. “Não alteramos uma vírgula da competência dos governadores na proposta”, afirmou.

O ministro fez questão de deixar claro que a proposta do governo não altera em nada a competência dos estados e municípios sobre o tema. Ele explicou que a maior novidade da proposta é aumentar o escopo de atuação da Polícia Rodoviária Federal, uma força que conta com 13 mil homens civis, muito bem armados e distribuídos em 27 superintendências em todo o país.

“Estou propondo que a Polícia Rodoviária Federal se transforme em uma polícia ostensiva federal. Porque de fato ela já está fazendo isso não com base na Constituição, mas por base em uma portaria dos ministros que me precederam”, disse.

A nova polícia ostensiva federal poderia, excepcionalmente por autorização do ministro, fazer o policiamento externo quando for necessário e auxiliar forças policiais estaduais quando for solicitada pelos governadores.

Atuação da União e PEC

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Raul Jungmann endossou a proposta do governo e defendeu a atuação da União na segurança pública.

Ele explicou que o atual modelo de combate ao crime é ineficaz e que todos os comandos constitucionais que seriam alterados pela reforma não preveem ou preveem muito pouco a participação da União. “Não há absolutamente nada, não há contribuição definida, não tem participação”, criticou.

Jungmann explicou que a PEC poderá definir a origem dos fundos necessários para maior participação do governo federal na segurança pública, assim como na saúde e na educação.

Quem também defendeu maior participação do governo na segurança foi a professora Joana Monteiro, coordenadora do Centro de Ciência Aplicada à Segurança Pública da Fundação Getúlio Vargas.

“A liderança do governo federal é absolutamente fundamental para desenhar estratégias específicas para crimes específicos e para problemas de segurança específicos. Precisamos de um sistema de informação robusto na área de segurança pública para permitir que os prefeitos e governadores possam implementar políticas públicas locais de impacto. Esses dados têm que pautar a atuação do Poder Público, mas atualmente não temos uma base de dados. Não existe um dado sobre reincidência de crimes no Brasil, por exemplo”, destaca.

Anfitrião do evento, o decano do STF, ministro Gilmar Mendes, destacou a diversidade das visões sobre segurança pública e o alto nível da discussão no seminário. “É claro que a PEC proposta pelo governo envolve delicadezas de competências dos estados, mas estamos vendo nos últimos anos que o sistema como está é insuficiente. É fundamental que se aprofunde o diálogo entre governo federal, estados e municípios”, afirmou ao lembrar que defende uma maior integração de União, estados e municípios desde o tempo que presidiu o CNJ, em 2010.

Apresentação dos números da segurança publica. Foto: Divulgação

Mea culpa

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aproveitou sua fala para reiterar que a violência policial será combatida em seu governo e admitiu que estava errado sobre a necessidade de implementação de câmeras corporais na PM paulista.


“Eu particularmente me arrependo muito da postura reativa que eu tive lá atrás. Uma postura que partiu da percepção que aquilo poderia tirar a segurança jurídica do agente ou mesmo causar hesitação no momento em que ele precisava atuar. Hoje eu percebo que estava enganado, que ela [a câmera corporal] ajuda o agente”.

A revisão da posição em relação ao uso das câmeras corporais foi provocada por uma série de episódios recentes de violência policial da PM de São Paulo que foram flagrados por câmeras. Dois casos ganharam ampla repercussão: em um deles um PM joga um homem de uma ponte depois de uma abordagem; no outro, um policial de folga matou, com 11 tiros pelas costas, um homem que havia furtado pacotes de sabão de um mercado.

O governador deixou claro que esse tipo de conduta será combatida por sua administração e disse que as câmeras corporais irão funcionar como um fator de contenção.

“A grande desafio é como garantir a segurança jurídica daquele agente que está lá na ponta. Que atua, que precisa combater a criminalidade, que está extremamente estressado e está sofrendo o tempo todo. Como não deixar que esse agente público seja esculhambado, seja alvo das piores relações, mas, ao mesmo tempo, não permitir o descontrole”, defendeu.

Tarcísio evitou endossar publicamente a proposta do governo federal, mas afirmou que irá trabalhar para que os governadores discutam com o ministro Lewandowski o texto da PEC e, partir de um consenso, se possa trabalhar para sua aprovação.

Fonte: DCM com informações do Conjur

Jair Renan prepara nova candidatura e planeja não assumir como vereador em Balneário

 

Jair Renan Bolsonaro, que planeja não assumir como vereador em Balneário Camboriú. Foto: Divulgação

Jair Renan Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pode não assumir seu cargo como vereador em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Eleito em 2024, Jair Renan articula um movimento político estratégico para trabalhar no gabinete do governador do estado, Jorginho Mello (PL), com o objetivo de fortalecer sua candidatura a deputado federal nas próximas eleições.

A estratégia envolve a construção de uma base política sólida no estado, com o apoio do governo local, visando ampliar sua visibilidade e conquistar espaço na Câmara dos Deputados. Jair Renan, que vem ganhando destaque entre os eleitores bolsonaristas, pretende se firmar como um nome forte do Partido Liberal (PL) na disputa de 2026.

Enquanto Jair Renan articula sua movimentação política, o Partido dos Trabalhadores (PT) estuda lançar Eduardo Zanatta como candidato ao parlamento federal. Ele é uma figura em ascensão no estado e tem como objetivo representar o eleitorado progressista de Santa Catarina, marcando oposição direta ao bolsonarismo.

Cearense foragido do 8/1 é encontrado na Colômbia e planeja fugir para os EUA

Romario Garcia Rodrigues, cearense foragido do 8/1, que foi encontrado na Colômbia Foto: Divulgação

Romario Garcia Rodrigues, de 34 anos, cearense apontado como uma das lideranças nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, está sendo investigado por autoridades de países como Argentina, Peru, Chile e, mais recentemente, Colômbia. Conhecido por se autointitular como “primeiro gay nordestino a tomar café com Jair Bolsonaro”, ele permanece foragido enquanto órgãos internacionais tentam rastrear seu paradeiro.

Segundo o jornal colombiano ‘El Tiempo’, Romario estava na Colômbia até a última terça-feira, quando chegou a postar em suas redes sociais um desejo de retornar ao Brasil e se entregar às autoridades. O post, no entanto, foi apagado minutos depois.

Romario foi preso por dois meses em 2023, após os ataques à sede dos Três Poderes em Brasília, mas foi liberado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Posteriormente, fugiu para a Argentina, onde uma ordem de extradição foi emitida. Com o aumento das prisões de envolvidos nos atos golpistas, ele optou por se deslocar para outros países da região.

Ato golpista de 8/1. Foto: Divulgação
De acordo com a Interpol no Peru, Romario faz parte de um grupo que entrou no país em novembro, junto com outros quatro brasileiros investigados pelos eventos de 8 de janeiro. O coronel da Polícia Nacional peruana, José Luis Quiroz, afirmou que eles não foram detidos por não estarem na lista vermelha da Interpol.

Autoridades acreditam que Romario e outros fugitivos pretendem chegar ao México e contratar serviços de “coiotes” para cruzar a fronteira rumo aos Estados Unidos. Enquanto isso, nas redes sociais, ele tem solicitado doações a seguidores para financiar sua fuga e evitar a extradição.

Em novembro, a Justiça argentina determinou a prisão de 61 brasileiros investigados pelos atos golpistas em Brasília. A decisão foi tomada pelo juiz Daniel Rafecas, a pedido do STF. Desde os eventos de janeiro de 2023, a Polícia Federal prendeu centenas de suspeitos, incluindo financiadores e incitadores.

O governo argentino também alterou sua legislação sobre o status de refugiados, eliminando a proteção para estrangeiros acusados ou condenados em seus países de origem. Essa mudança impacta diretamente investigados brasileiros que tentam buscar refúgio no país vizinho.

Fonte: DCM com informações do jornal colombiano El Tiempo

Justiça condena AstraZeneca a pagar R$ 1 milhão após morte de gestante

 

Vacina. Foto: Divulgação
A Justiça do Rio de Janeiro condenou a farmacêutica AstraZeneca a pagar uma indenização de R$ 1,1 milhão por danos morais à família de uma gestante de 35 anos que morreu após receber a vacina contra a Covid-19. O caso ocorreu em 2021 e envolveu a morte de Thais Possati, promotora de Justiça do Ministério Público estadual, que estava grávida de 23 semanas quando recebeu a vacina no dia 5 de maio daquele ano.

O juiz Mauro Nicolau Junior, da 48ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, destacou que Thais foi a primeira grávida no Brasil a morrer em decorrência do imunizante produzido pela AstraZeneca. No dia seguinte à aplicação da vacina, ela desenvolveu complicações graves, incluindo um AVC hemorrágico e trombose de seio venoso.

Após uma cirurgia de emergência, o bebê que ela esperava não resistiu às complicações, falecendo no mesmo dia. A morte de Thais levou o governo federal a suspender temporariamente a aplicação da vacina AstraZeneca em gestantes.

Fonte: DCM

Militares indiciados por trama golpista receberam indenizações milionárias após Bolsonaro mudar regra

Jair Bolsonaro cumprimenta o general Mário Fernandes, um dos apontados como idealizadores da trama golpista – Foto: Reprodução

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), militares da ativa começaram a receber indenizações expressivas ao migrarem para a reserva. Entre os indiciados pela Polícia Federal por envolvimento em uma suposta trama golpista, cinco receberam, juntos, R$ 2,2 milhões, de acordo com informações do Portal da Transparência. As mudanças nas regras beneficiaram diretamente figuras-chave desse grupo.

O general Mário Fernandes, um dos apontados como idealizadores de um plano para atentar contra o presidente Lula (PL), seu vice, Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, recebeu R$ 421,9 mil. O valor inclui R$ 262,4 mil ao passar para a reserva em 2020 e mais R$ 159,5 mil em 2021 como verbas indenizatórias. Esse pagamento foi um dos maiores entre os indiciados.

Outro beneficiado foi Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, que recebeu R$ 364,3 mil, divididos entre R$ 265,1 mil de indenização em 2021 e R$ 99,4 mil em 2023. Sua corporação chegou a divulgar vídeos negando privilégios, apesar dos valores elevados destinados ao militar.

Almir Garnier prestando continência a Braga Netto e Jair Bolsonaro – Foto: Pedro Ladeira

O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio de Nogueira de Oliveira também foi contemplado. Em maio de 2021, ele recebeu indenizações que somaram R$ 300 mil. Já o general Estevam Theophilo Gaspar ganhou R$ 776,3 mil, com R$ 381,4 mil recebidos ao ir para a reserva em 2023 e R$ 394,9 mil em janeiro de 2024 como verbas adicionais.

O coronel Cleverson Magalhães, ligado a Mauro Cid, recebeu R$ 288,8 mil ao passar para a reserva em 2023. Já o coronel Carlos Giovani Pasini, acusado de ter participado da elaboração de um documento para pressionar o Exército a aderir ao plano golpista, recebeu R$ 222,6 mil em fevereiro de 2023.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Ainda em 2020, Walter Braga Netto, também indiciado pela PF, foi destaque com um pagamento de R$ 926 mil em apenas dois meses. Os valores incluíram indenizações, salários acumulados e férias não gozadas, sendo o maior montante registrado entre os envolvidos.

Fonte: DCM

Brasil atinge marca de 6º maior gerador de energia solar do mundo

Placas de energia solar. Foto: Divulgação

O Brasil está consolidando sua posição como uma potência mundial na produção de energia solar, alcançando 50 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Esse marco coloca o país em 6º lugar no ranking global, atrás de gigantes como China, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Japão. Os números recentes evidenciam o crescimento expressivo do setor nos últimos anos, que se reflete no aumento da geração de energia limpa e renovável no país.

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revela que, atualmente, o Brasil possui 33,5 GW gerados por sistemas de energia solar de pequeno e médio porte, representando a maior parte da capacidade instalada. As grandes usinas solares, por sua vez, adicionam 16,5 GW à capacidade total nacional.

De acordo com a Absolar, entre janeiro e outubro de 2024, foram instaladas 119 novas usinas solares, contribuindo com 4,54 GW à capacidade elétrica do país. O crescimento do setor é impulsionado por investimentos bilionários. Desde 2012, o mercado de energia solar brasileiro atraiu R$ 229,7 bilhões em investimentos, além de gerar R$ 71 bilhões em arrecadação fiscal.

Isso não só contribui para a expansão da infraestrutura de geração de energia limpa, mas também para a redução das emissões de gases de efeito estufa, com a energia solar ajudando a evitar a liberação de 60,6 milhões de toneladas de CO₂.
Placas de energia solar. Foto: Divulgação

A energia solar fotovoltaica agora representa 20,7% da matriz elétrica brasileira, ocupando a segunda posição entre as fontes de energia, logo atrás das hidrelétricas. A diversificação da matriz energética com o uso de fontes renováveis é uma tendência crescente no Brasil, refletindo uma busca pela sustentabilidade e eficiência energética.

No entanto, nem todas as notícias são positivas para o setor. A Absolar expressou preocupação com a recente decisão do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior, que aumentou o Imposto de Importação sobre componentes de painéis solares, de 9,6% para 25%.

A medida, que tem como justificativa o fortalecimento da indústria nacional e a criação de empregos, pode impactar negativamente o crescimento do setor solar no Brasil, segundo a associação.

Atualmente, o Brasil ocupa a 6ª posição no ranking global de capacidade instalada de energia solar, ficando atrás de países como a China, com 817 GW, os Estados Unidos, com 189,7 GW, a Alemanha, com 94,36 GW, a Índia, com 92,12 GW, e o Japão, com 90,4 GW. O Brasil possui uma capacidade de 50 GW.

Fonte: DCM

Gleisi Hoffmann critica Bolsonaro: “Quer paz de cemitério com todos nós lá”


Gleisi Hoffmann. Foto: Divulgação

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou duramente neste sábado (7 de dezembro de 2024) a proposta de anistia defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

A declaração foi feita após a reunião do Diretório Nacional do PT em Brasília, onde a líder do partido se posicionou contra a ideia de pacificação por meio da anistia, sugerida por Bolsonaro.

Em 28 de novembro, Bolsonaro havia sugerido que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cedessem à proposta de anistia, afirmando que isso contribuiria para a “pacificação do Brasil”.
Bolsonaro. Foto: Divulgação
No entanto, Gleisi não concorda com essa visão e reagiu com firmeza. Gleisi Hoffmann rebateu a proposta de anistia, alegando que os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro não podem ficar sem punição. “Estamos lidando com gente que não tem apreço pela democracia e não pode ficar sem punição”, afirmou. Ela também enfatizou a gravidade dos atos, dizendo: “Queriam matar o Lula, gente, é muito grave.”

A líder petista reforçou que é fundamental punir os responsáveis pela tentativa de golpe em 2023, argumentando que a falta de punição em relação ao golpe de 1964 não pode se repetir. “Não podemos aceitar essa impunidade”, disse Gleisi, reafirmando a posição do PT de que os responsáveis pelos atos violentos e antidemocráticos devem ser responsabilizados.

Fonte: DCM

VÍDEOS: oposição toma Damasco e celebra fim do regime de Bashar al-Assad

Forças rebeldes celebram chegada a Damasco em ofensiva para derrubar ditador Bashar al-Assad – Foto: AP

Na manhã deste domingo (8), grupos de oposição sírios celebram o fim do regime de Bashar al-Assad após tomarem o controle de Damasco. Segundo a Reuters, o presidente teria deixado a capital rumo a um destino desconhecido em meio à ofensiva, que já havia conquistado cidades estratégicas como Aleppo e Homs antes de alcançar a capital. Em Damasco, testemunhas relataram celebrações nas praças públicas, com multidões gritando “Liberdade” em comemoração à queda do regime.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), forças leais a Assad abandonaram posições importantes, incluindo o aeroporto militar de Mezzeh e subúrbios próximos à capital. O colapso do regime representa uma virada significativa após anos de controle rígido sobre as principais cidades do país, mesmo durante a guerra civil.

A retirada das tropas governamentais ocorre em um momento de fragilidade do regime de Assad, que perdeu apoio direto de seus principais aliados internacionais. A Rússia está envolvida na guerra na Ucrânia, enquanto o Irã e o Hezbollah enfrentam desafios militares e políticos na região com Israel.


Guerra na Síria

A guerra civil na Síria começou em 2011, após Bashar al-Assad reprimir manifestações populares durante a Primavera Árabe. Desde então, o país mergulhou em um conflito devastador, com a formação do Exército Sírio Livre (FSA), um grupo que lutou contra o regime. Em meio ao caos, o Estado Islâmico (ISIS) também ganhou força e chegou a controlar grande parte do território sírio.

Ao longo dos anos, a guerra se transformou em uma “guerra por procuração”, com vários atores regionais e potências mundiais envolvidos no conflito. A Rússia se aliou ao governo de Assad, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para combater o Estado Islâmico.

Fonte: DCM

Título e rebaixamento: veja contas para definição do Brasileirão 2024

Fogo e Palmeiras miram título. Galo, Furacão, Flu e Braga podem cair

Botafogo, Palmeiras, Libertadores
© Vitor Silva/Botafogo/Direitos Reservados

A 38ª e última rodada do Campeonato Brasileiro de 2024 enfim chegou. Neste domingo (6), serão dez jogos, todos com início às 16h (horário de domingo), que definirão como termina a principal competição do futebol do Brasil. Na parte alta da tabela, Botafogo e Palmeiras são as únicas equipes com chances de título. Por outro lado, resta uma das quatro vagas na Série B a ser preenchida. Atlético-MG, Athletico-PR, Fluminense e Bragantino buscam escapar da degola. A jornada final da competição traz uma série de combinações possíveis.

◉ Título: Botafogo ou Palmeiras

As contas na disputa pelo troféu são mais simples. O Botafogo tem 76 pontos, três a mais do que o Palmeiras. Um empate diante do São Paulo, no Nilton Santos, assegura o título ao Alvinegro (recém-campeão da Libertadores) após 29 anos. Fazendo isso, nada que aconteça no Allianz Parque, onde o Palmeiras recebe o Fluminense, importará. O Glorioso pode ser campeão inclusive com derrota, caso o Verdão não derrote o Tricolor carioca.

Já o Palmeiras só vê um caminho: bater o Fluminense e torcer para que o rival paulista vença o Botafogo. Desta forma, ambos terminariam a competição com 76 pontos, mas o Verdão conquistaria o tricampeonato consecutivo por ter uma vitória a mais, primeiro critério de desempate.

◉ Rebaixamento: Galo, Furacão, Flu ou Bragantino

Três equipes chegam à última rodada com o descenso carimbado: Criciúma, Atlético-GO e Cuiabá. Resta uma. A emoção é garantida em uma disputa embolada, que inclui um time que tem duelo com um candidato ao título, outro com um adversário já rebaixado e, para completar, um confronto direto.

O Bragantino, que inicia a rodada dentro da zona de rebaixamento, em 17º com 41 pontos, encara o Criciúma, que teve a queda decretada com a derrota para o Flamengo na rodada passada. Uma vitória garante o Massa Bruta na Série A. Qualquer outro resultado rebaixa a equipe, que tem menos vitórias que todos os outros concorrentes.

O Fluminense tem o adversário mais complicado, pois enfrenta o Palmeiras, vice-líder e ainda com chances de ser campeão, fora de casa. O Tricolor, 15º com 43 pontos, pode se salvar até mesmo com uma derrota (caso o Bragantino não vença ou o Furacão seja derrotado), mas, para não precisar fazer contas, tem que conseguir um empate.

Já o duelo direto entre Atlético-MG e Athletico-PR reserva diversas possibilidades. O Galo, o mais bem posicionado entre os quatro, com 44 pontos, em 14º, se garante com um empate. O Furacão, no entanto, com 42 pontos, em 16º, só estará matematicamente salvo sem contar com os outros resultados se vencer. Um empate salvaria as duas equipes em caso de derrota do Fluminense. Porém, se o Bragantino vencer e o Fluminense empatar, apenas um ponto não será suficiente para a equipe paranaense. Um ingrediente que pode pesar neste confronto entre os xarás é que a Arena MRV não terá público, por causa da punição pela confusão ocorrida na final da Copa do Brasil entre Galo e Flamengo. Além disso, o time mineiro é o que vem em pior momento: não vence há doze jogos, contando Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.

Fonte: Agência Brasil

sábado, 7 de dezembro de 2024

Fifa divulga tabela da primeira fase do Mundial de Clubes de 2025

Palmeiras é o primeiro brasileiro a estrear na competição

Estêvão _ palmeiras
© Cesar Greco/Palmeiras/Direitos Reservados

A Fifa (Federação Internacional de Futebol) anunciou neste sábado (7) a tabela completa da primeira fase do Mundial de Clubes de 2025, competição que será disputado nos Estados Unidos entre os dias 14 de junho e 13 de julho. E a primeira equipe do Brasil a entrar em ação no torneio será o Palmeiras, que medirá forças com o Porto (Portugal) a partir das 19h (horário de Brasília) de 15 de junho no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

Já o Botafogo, atual campeão da Copa Libertadores, terá o Seattle Sounders (Estados Unidos) como adversário inicial. A partida também será realizada no dia 15, mas a partir das 23h no Estádio Lumen Field, em Seattle. Um dia depois será a vez de o Flamengo enfrentar o Esperánce de Tunis (Tunísia), a partir das 22h no Estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia. O último brasileiro a entrar em ação na primeira fase é o Fluminense, que mede forças com o Borussia Dortmund (Alemanha), a partir das 13h do dia 17 de junho no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

Depois de enfrentar o Porto, o Palmeiras terá pela frente o Al Ahly (Arábia Saudita), a partir das 13h de 19 de junho no MetLife Stadium, e o Inter Miami (Estados Unidos), no dia 23 de junho a partir das 22h no Hard Rock Stadium, em Miami. Já o Botafogo não terá vida fácil nos dois últimos compromissos do Mundial na primeira fase, pois pega PSG (França), a partir das 22h do dia 19 de junho, e o Atlético de Madrid (Espanha), a partir das 16h do dia 23 de junho. Os dois confrontos terão como sede o Rose Bowl Stadium, em Los Angeles.

O segundo compromisso do Flamengo na competição será diante do Chelsea (Inglaterra), a partir das 15h de 20 de junho no Estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia. E o terceiro será diante do León, quatro dias depois, a partir das 22h, no Camping World Stadium, em Orlando.

Já no dia 21 de junho o Fluminense encontra, a partir das 19h, o Ulsan (Coreia do Sul) no MetLife Stadium. E quatro dias depois será a vez de o Tricolor das Laranjeiras medir forças, a partir das 16h, com o Mamelodi Sundowns (África do Sul), no Hard Rock Stadium.

Fonte: Agência Brasil

Sob Tarcísio, SP piora seus índices de letalidade policial, estupro e feminicídio

Tarcísio de Freitas. Foto: Divulgação

São Paulo manteve em 2024 a menor taxa de homicídios dolosos do Brasil, mas piorou sua posição em rankings nacionais de letalidade policial, estupro, feminicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça.

De acordo com o ranking, que classifica os estados por taxa de crimes a cada 100 mil habitantes, São Paulo permanece em 27º lugar em homicídios dolosos, a melhor posição desde o início da série histórica, em 2015. De janeiro a outubro de 2024, o estado registrou 1.959 vítimas, correspondendo a uma taxa de 5,11 por 100 mil habitantes. Pernambuco, que lidera o ranking, apresentou uma taxa de 34,39.

Entretanto, São Paulo subiu no ranking de letalidade policial, passando de 21º lugar em 2023 para 15º em 2024. Foram 676 mortes por intervenção policial nos dez primeiros meses do ano, um aumento significativo em relação às 407 mortes do ano anterior.

Esse número retrocede ao patamar de 2020, antes da adoção em larga escala das câmeras corporais nos uniformes policiais, que haviam reduzido drasticamente esses índices. Nos latrocínios, São Paulo também piorou, registrando 148 casos entre janeiro e outubro de 2024 e ocupando a 16ª colocação no ranking nacional.

Em 2023, foram 135 casos no mesmo período, e o estado estava na 20ª posição. A situação também se agravou nos indicadores de estupro, feminicídio e lesão corporal seguida de morte, contribuindo para a piora da classificação do estado em relação a esses crimes.

Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou que o aumento da letalidade policial não resulta necessariamente em redução nos índices gerais de criminalidade. “A violência policial é uma medida populista que muitas vezes dá votos, mas não há evidências de que uma polícia mais violenta seja mais eficiente”, destacou.

Guilherme Derrite durante operação policial. Foto: Divulgação
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu o trabalho do Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e argumentou que os índices de segurança do estado demonstram avanços. Além disso, Tarcísio afirmou ter mudado de opinião sobre o uso de câmeras corporais, admitindo que inicialmente criticava a medida, mas agora a considera essencial para a proteção tanto da sociedade quanto dos policiais.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a taxa de mortes por intervenção policial em São Paulo é de 1,76 por 100 mil habitantes, abaixo da média nacional, de 2,89. A SSP destacou ainda que todos os casos de mortes em intervenção policial são rigorosamente investigados pelas corregedorias, Ministério Público e Judiciário.

Desde o início de 2023, mais de 280 policiais foram demitidos ou expulsos, enquanto 414 agentes foram presos. A secretaria também ressaltou medidas para aprimorar a segurança no estado, como o reforço do efetivo policial, investimentos em tecnologia e a retirada de 11.820 armas de fogo das ruas, 2.492 a mais que no ano anterior.

A discussão sobre letalidade policial ganhou força após casos recentes que repercutiram nas redes sociais e na imprensa. Entre eles, a execução de Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos, flagrada por câmeras de segurança, e o abuso contra uma mulher de 63 anos e seu filho em Barueri, ambos envolvendo policiais militares.

Os dados foram extraídos do Sinesp, que compila informações fornecidas pelas 27 unidades federativas ao Ministério da Justiça. Segundo a pasta, os números dos últimos três meses de 2024 ainda são preliminares. O Rio de Janeiro, por exemplo, não entregou os dados de outubro em sua totalidade.

Fonte: DCM

PT aprova resolução com críticas à Faria Lima e à “sabotagem” de Campos Neto


Roberto Campos Neto. Foto: Divulgação

O PT lançou duras críticas aos “especuladores” da Faria Lima, responsabilizando-os pela “maior alta do dólar na história” após o anúncio do pacote de cortes de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De acordo com a legenda, a equipe econômica formulou um conjunto de medidas voltadas para melhorar o ambiente fiscal e econômico do país, mas enfrentou um ataque especulativo imediato.

“Trata-se de uma manobra claramente política para debilitar o governo e impedir avanços no desenvolvimento e na justiça social”, destacou a resolução do partido. As críticas à elite financeira foram acompanhadas de elogios à postura de Haddad e às propostas econômicas, mas o PT apontou que “as elites econômicas mantêm uma postura especulativa, frequentemente em desacordo com os interesses populares, pressionando por cortes em gastos sociais e ameaçando o bem-estar coletivo.”

O documento também não poupou Campos Neto, presidente do Banco Central, chamando-o de “serviçal do sistema financeiro” que inventa “falsos pretextos” para justificar altas nas taxas de juros. O partido acusou o Comitê de Política Monetária (Copom) de favorecer banqueiros em detrimento da atividade econômica, mesmo com diretores indicados por Lula, como Gabriel Galípolo, votando a favor da elevação da Selic.

Os dirigentes afirmaram que as conquistas do governo, como a redução do desemprego e o menor índice histórico de pobreza, “nem sempre são percebidas pela sociedade devido à timidez de alguns porta-vozes em confrontar abertamente forças conservadoras.”

A resolução também sugeriu que Lula adote uma postura mais assertiva no embate político contra a extrema direita, utilizando cadeias de rádio e TV para comunicar os avanços do governo. “Corações e mentes jovens das favelas e subúrbios de médias e grandes cidades anseiam por uma vida melhor”, pontuou o documento, ressaltando que “povo não come PIB” e que é necessário engajar diretamente a população para fortalecer a base de apoio do partido.

Presidente Lula. Foto: Divulgação
O PT reafirmou a necessidade de combater o radicalismo da extrema direita, convocando mobilizações para o dia 10 de dezembro contra o projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

O partido também avaliou o cenário internacional, alertando para os riscos representados pela eventual vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, que colocaria em xeque organismos multilaterais e tratados internacionais importantes para o Brasil.

Por outro lado, celebrou as vitórias de Claudia Sheinbaum no México e Yamandú Orsi no Uruguai, além de destacar a parceria estratégica entre Brasil e China como avanços para a integração latino-americana.

O PT ainda reafirmou seu apoio ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), que tem ameaçado o governo com novas mobilizações por descontentamento com a política agrária. A legenda destacou a meta de assentar 60 mil famílias em 2025 como um compromisso essencial para os trabalhadores do campo, reconhecendo a importância de não deixar essas pautas de lado.

Fonte: DCM

Filme com morte de sósia de Bolsonaro estreia em Brasília após inquérito da PF

 

Cena vazada sem autorização do filme, em 2022, em que personagem com faixa presidencial cai ensanguentado. Foto: Reprodução
O cineasta Ruy Guerra, aos 93 anos, lança ‘A Fúria’, o último filme de sua trilogia que começou há 60 anos com Os Fuzis (1964) e A Queda (1976). Com uma forte crítica ao fascismo e aos resquícios da ditadura militar no Brasil, a obra aborda temas de poder, corrupção e repressão, sem personalizar figuras políticas atuais, mas focando nos mecanismos de poder que perduram.

Em A Fúria, a história gira em torno de um homem que retorna da morte para buscar justiça, em um cenário onde o presidente da República é praticamente um figurante. A trama é centrada em outras figuras de poder: um presidente da Câmara dos Deputados, um general, um empresário, um pastor e um ministro do Supremo.

Embora o presidente fictício na obra remeta a aspectos do governo Bolsonaro, Guerra e sua co-diretora Luciana Mazzotti destacam que o foco é a representação do fascismo, não a personalização de Bolsonaro. O filme, que estreou no 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, gerou controvérsia e ameaças durante sua produção.

Em 2022, o governo Bolsonaro determinou a abertura de um inquérito policial após imagens do set mostrarem um ator com a faixa presidencial coberta de sangue. Além das ameaças de morte a Ruy Guerra, a produção enfrentou dificuldades financeiras, que só foram resolvidas após a vitória de Lula nas eleições de 2022.

O cineasta Ruy Guerra. Foto: Divulgação
Luciana Mazzotti, co-diretora do filme, afirmou que sem o governo de Bolsonaro, o filme não teria sido finalizado. O projeto foi alvo de pressões políticas e psicológicas, mas, como destaca Guerra, “não foram capazes de calar a equipe”. Durante a estreia, a exibição do filme gerou risos e gritos de “sem anistia” nas cenas que envolviam o presidente fictício.

A Fúria também homenageia Marielle Franco, com a deputada vivida por Grace Passô, inspirada na ex-vereadora do Rio de Janeiro. O filme ainda marca a última participação de atores como Paulo César Pereio, que morreu em maio, e Nelson Xavier, que faleceu antes das gravações. A produção inova também em sua linguagem, utilizando cenários com video mapping para representar o poder de Brasília.

Guerra, que buscou trazer à tona a crítica ao fascismo e aos herdeiros da ditadura militar, afirmou que a trilogia permanece aberta. A Fúria, além de sua crítica política, também reflete sobre os mecanismos de controle e a continuidade de um sistema que parece imune ao tempo.

Em um tom ácido e irônico, o filme propõe uma reflexão sobre o Brasil, afirmando: “É um filme sacana, da paródia. Quer dizer, [tem] personagens que são no nível do ridículo. É sério e não é sério, pode-se dizer assim. O Brasil não é um país sério. Esse não é um filme sério, dentro dessa leitura primária. Mas é um filme muito sério”. A estreia de A Fúria no grande público está prevista para 2025.

Fonte: DCM

Suspeitos de ligação com a morte de delator do PCC são liberados em menos de 24 horas

 

Vinícius Gritzbach. Foto: Divulgação
Dois suspeitos ligados à execução do delator do PCC, Vinícius Gritzbach, foram liberados pela Justiça neste sábado (7), após uma audiência de custódia que apontou suposta ilegalidade na prisão. O delator foi morto a tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no início de novembro.

Marcos Henrique Soares Brito Soares, de 23 anos, e seu tio, Allan Pereira Soares, de 44 anos, tiveram suas prisões relaxadas a pedido do Ministério Público, que considerou que a versão apresentada pela Polícia Militar não sustentava as alegações feitas nos autos do processo. Os dois haviam sido detidos na sexta-feira (6), na zona leste de São Paulo, após uma denúncia anônima indicar suposto envolvimento no crime.

Segundo a PM, a denúncia afirmava que Marcos Henrique estaria guardando armas e munições em sua residência. Durante a ação policial, os agentes afirmaram ter encontrado uma sacola com munições em um veículo destrancado estacionado em frente à casa, que pertencia a Allan Pereira.

No entanto, Allan negou a acusação, dizendo que as munições não lhe pertenciam e que não presenciou a suposta descoberta pelos policiais. Os dois homens, assim como Mateus Soares Brito, irmão de Marcos, foram presos e negaram envolvimento no crime. Todos afirmaram não serem donos das munições encontradas no local.
Policiais na cena do crime. Foto: Divulgação
A juíza Juliana Pitelli da Guia destacou que havia um pedido de prisão em nome de Mateus Soares Brito, mas não de Marcos e Allan. Em sua decisão, afirmou que “se houvesse algum indício de envolvimento de Marcos e Allan com o gravoso crime de homicídio em questão, certamente a autoridade policial os teria incluído naquele pedido [de prisão]”. Também destacou que ambos são primários, têm residência fixa e não possuem antecedentes criminais.

O advogado dos irmãos Marcos e Mateus, Eduardo Kuntz, acusou os policiais de plantarem as munições no carro de Allan. Ele afirmou que imagens de câmeras de segurança podem comprovar a versão. “Tudo isso é uma grande armação que vai ser apurada”, declarou.

Apesar das liberações, um dos homens presos neste sábado confessou ter ajudado Kauê do Amaral Coelho, suspeito de envolvimento na execução do delator, a fugir para o Rio de Janeiro. Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, Matheus Brito admitiu ter recebido a missão de tirar Kauê da cidade após o crime.

“Matheus não negou. Ele levou o Kauê para o Rio de Janeiro. Disse que ele teve a incumbência de tirar o Kauê da cidade e dar fuga. Por isso ele foi detido”, afirmou Nico durante coletiva de imprensa no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Fonte: DCM Com informações do Metrópoles.