quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Bolsonaro recebeu decreto golpista, alterou e manteve prisão de Moraes, diz Cid

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Foto: Sergio Lima/AFP
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu o esboço do decreto golpista que anulava as eleições de 2022 e “prendia todo mundo” no Palácio da Alvorada, leu e alterou o documento, segundo Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens e delator. Em depoimento à Polícia Federal, ele manteve apenas a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a realização de novas eleições.

Moraes era o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época e a ideia era determinar novas eleições alegando “fraude no pleito”. O documento foi apresentado a Bolsonaro em 19 de novembro daquele ano no Palácio da Alvorada por Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência.

“Mauro Cid afirmou que o presidente Jair Bolsonaro leu o documento e anuiu apenas com a prisão do ministro Alexandre de Moraes e a convocação de novas eleições. O documento teria sido corrigido por Felipe Martins e apresentado novamente a Jair Bolsonaro em uma nova reunião”, diz trecho do relatório da PF.

O ex-ajudante de ordens ainda afirmou que o documento “tinha várias páginas de ‘considerandos’, que retratava as interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e final era um decreto que determinava diversas de ordens que prendia todo mundo”.

Inicialmente, o documento também previa a prisão do ministro Gilmar Mendes, também do STF, e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, identificados como “autoridades que de alguma forma se opunham ideologicamente ao ex-presidente”.

Filipe Martins ainda ajudou o ex-presidente a apresentar o decreto golpista aos comandantes das Forças Armadas. O documento incompleto foi exibido em 7 de dezembro aos comandantes das Forças Armadas sem expor a ideia de prender Moraes.

Mauro Cid e Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters

“O ex-presidente teria apresentado apenas os ‘considerandos’ (fundamentos) do documento aos Comandantes das Forças Armadas, sem mostrar o ato final, que seria a prisão do ministro Alexandre de Moraes e a decretação de uma nova eleição”, diz a PF.

Dois dias depois, em 9 de dezembro, Bolsonaro fez mais uma reunião com os comandantes e convidou o general Teóphilo, chefe das Forças Terrestres (COTER), para apresentar novamente o documento. Segundo Cid, Martins também participou do encontro e “foi explicando cada item” do decreto.

“O ex-presidente queria pressionar as Forças Armadas para saber o que estavam achando da conjuntura”, afirmou Cid. O ex-ajudante de ordens prestará mais um depoimento à Polícia Federal nesta quinta (5), em Brasília.

Fonte: DCM

Abin cita os atos golpistas e diz que nova ferramenta de mensagens vai garantir segurança na rede de inteligência

De acordo com a agência, a iniciativa busca aprimorar a segurança e a eficiência de operações sensíveis

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deve adotar, em breve, um sistema próprio de comunicação instantânea e de troca de documentos classificados. Segundo o diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, a iniciativa busca aprimorar a segurança e a eficiência de operações sensíveis, corrigindo falhas identificadas por ocasião do ataque às sedes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

“A partir dali, passamos a analisar, retrospectivamente, onde estavam os pontos falhos dos diferentes serviços. Uma das falhas de comunicação que tivemos durante as crises do 8 de Janeiro foi no serviço de mensageria. E o sistema de comunicação de dados sigilosos entre os parceiros também não é suficientemente ágil, dada a instantaneidade das demandas”, afirmou Corrêa à Agência Brasil, nesta quinta-feira (5), dia em que a Abin completa 25 anos.

Resumidamente, é possível dizer que o serviço de mensageria próprio será muito parecido com os aplicativos de mensagens instantâneas comerciais, como o Whatsapp ou o Telegram – que, hoje, são usados para o mesmo fim, sem maior controle. A nova ferramenta permitirá o compartilhamento de textos, imagens e áudios. Todo conteúdo estará protegido por uma dupla camada de criptografia, a mesma que protege as urnas eletrônicas e que garantirá que apenas os destinatários da mensagem consigam acessá-la. Os documentos trafegarão por meio da plataforma, conforme os níveis de acesso preestabelecidos.

“Com esses dois serviços, teremos condições de manter o fluxo de dados classificados circulando dentro do sistema normalmente e com segurança”, disse Correa, assegurando que a ferramenta para troca de mensagens desenvolvido em parceria com o Serpro e a Universidade Federal do Ceará está em fase final de testes.

“Os técnicos são mais cautelosos, mas eu já o considero pronto. Ele está em fase [final] de testes dentro da Abin e, em janeiro, migrará para o ambiente do Serpro, onde ampliaremos os testes sob o olhar crítico dos demais órgãos do sistema e onde será mantido para garantir sua sustentabilidade e manutenção ao longo do tempo. Para que não haja descontinuidade nem no sentido de manutenção, nem de evolução tecnológica”, acrescentou Corrêa, revelando a possibilidade de, no futuro, o serviço de mensageria ser adotado por outras instâncias da administração pública federal.

As inovações também contemplam a proposta do Conselho Consultivo do Sisbin (Consisbin) de ampliar a participação de representantes de setores estratégicos não pertencentes ao Poder Executivo federal na rede de inteligência nacional, hoje composta por 48 órgãos públicos federais. Estão em curso negociações para a adesão dos 26 estados, mais o Distrito Federal, ao sistema. E em junho deste ano, a Abin criou três câmaras temáticas para permitir que empresas públicas ou privadas estratégicas, instituições financeiras e todo o sistema de inteligência do Poder Judiciário participem regularmente do sistema – com o qual, até então, contribuíam por meio de acordos de cooperação.

“Nunca houve um compromisso [normativo claro] entre o sistema e estes parceiros externos. O que queremos agora é que as estruturas de inteligência do Poder Judiciário, do sistema financeiro e das atividades econômicas estratégicas tenham regras para garantir uma relação segura e confiável no tratamento de dados sensíveis”, explicou o diretor-geral da Abin.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Mercado tem reação à urgência do pacote fiscal e dólar registra a terceira baixa consecutiva

A moeda norte-americana fechou a cotação a R$ 6,00

Reservas em dólares aumentaram (Foto: Kim Hong Ji - Reuters)

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar emplacou nesta quinta-feira a terceira sessão consecutiva de baixa ante o real, ainda que contida, com a moeda encerrando o dia perto dos 6,00 reais após aprovação pela Câmara, na véspera, do regime de urgência para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo.

O recuo generalizado da divisa dos EUA no exterior era outro fator que pesava sobre as cotações no Brasil.

O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,63%, cotado a 6,0089 reais, após ter atingido na segunda-feira o maior valor nominal de encerramento da história, de 6,0652 reais. No ano, a divisa dos EUA acumula elevação de 23,85%.

Às 17h04, o dólar para janeiro -- o mais líquido no Brasil -- cedia 0,63%, aos 6,0240 reais.

A moeda norte-americana oscilou em queda ante o real durante todo o dia, com investidores reagindo positivamente à notícia de que a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para duas propostas que integram o pacote de contenção de gastos do governo, o que elimina a exigência de determinados prazos e acelera a tramitação.

No exterior, o viés para a divisa dos EUA também era negativo, após a divulgação de novos dados sobre o mercado de trabalho. O Departamento de Comércio informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 9.000 nos EUA, para 224.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 30 de novembro. Economistas consultados pela Reuters previam 215.000 pedidos para a última semana.

Neste cenário, após atingir a cotação máxima de 6,0384 reais (-0,14%) às 9h03, o dólar à vista marcou a mínima de 5,9602 reais (-1,43%) às 12h03.

“O mercado brasileiro segue em compasso de espera, com a política fiscal se mantendo como o principal foco de preocupação. Hoje o dólar voltou a operar abaixo dos 6,00 reais, com um otimismo limitado após a aprovação de requerimentos de urgência na Câmara”, disse Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio, em comentário enviado a clientes.

“Apesar do avanço nos projetos, o calendário apertado e a complexidade política ainda levantam dúvidas sobre o cumprimento das metas fiscais do governo até o fim do ano”, acrescentou.

As dúvidas persistentes em torno da questão fiscal acabaram por reconduzir o dólar para acima dos 6,00 reais -- visto atualmente como um nível de referência técnica para as negociações.

No exterior, o dólar seguia em queda ante quase todas as demais divisas negociadas globalmente -- o won da Coreia do Sul era a exceção. Às 17h10, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,56%, a 105,740.

No fim da manhã o Banco Central vendeu todos os 15.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.

Fonte: Brasil 247

Gleisi critica 'o retrato horripilante' do bolsonarismo e alerta para a 'prévia do que pode ocorrer se a extrema-direita voltar'

A presidente do PT defendeu a importância do BNDES para a economia brasileira

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou nesta quinta-feira (5) algumas iniciativas de aliados do bolsonarismo, como a necessidade de aprovação do Congresso para exportações e a tentativa de anistia a golpistas. De acordo com a parlamentar, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados "é o retrato horripilante do que seria o país se o inelegível tivesse conseguido implantar sua ditadura na trama golpista".

"É uma prévia do que poderia acontecer se a extrema direita voltasse a governar", escreveu a parlamentar na rede social X, acrescentando que "a tropa bolsonarista" aprovou a análise do projeto de lei que permite o Congresso vetar o financiamento do BNDES à exportação de serviços e produtos de empresas brasileiras para o exterior. "Não é só contra as empresas e o BNDES, é contra o Brasil", continuou a deputada.

"É a mesma tropa que tentou apressar a anistia aos golpistas de 8 de janeiro, que aprovou a tramitação da PEC do estuprador, que pretende revogar o princípio da função social da propriedade, a criminalização dos movimentos sociais e agora também quer proibir que nazistas e fascistas sejam chamados de nazistas e fascistas. A CCJC controlada pelos bolsonaristas é o retrato horripilante do que seria o país se o inelegível tivesse conseguido implantar sua ditadura na trama golpista. É uma prévia do que poderia acontecer se a extrema direita voltasse a governar".

Desde 2023 até setembro de 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 26,9 bilhões para operações de apoio à exportação de bens. Esse valor supera a soma dos seis anos anteriores, período em que o banco de fomento aprovou R$ 21,5 bilhões para o setor.

De janeiro até setembro de 2024, as aprovações para o setor atingiram R$ 13,4 bilhões, valor semelhante ao obtido em todo o ano de 2023 (R$ 13,5 bilhões). As aprovações para exportação de bens, até setembro deste ano, superam em 173%, o valor de 2022 e em 243% o valor de 2021. Quando comparados os resultados de 2023 com 2019, as aprovações do BNDES para exportação tiveram um salto de 429%.

Fonte: Brasil 247

Banco Central informa vazamento de dados de 1,5 mil pessoas

Entre as informações expostas estavam nome, endereço, telefone, gênero, etnia, nível de escolaridade e hábitos financeiros

Sede do Banco Central em Brasília (Foto: Reuters/Adriano Machado)

O Banco Central (BC) informou nesta quinta-feira (5) o vazamento de informações pessoais de 1,5 mil participantes da pesquisa “O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento”. O estudo, realizado entre outubro e novembro de 2023 e conduzido a cada quatro anos, tem como objetivo ajudar na definição de políticas públicas relacionadas aos meios de pagamento no país.

De acordo com o BC, o incidente ocorreu devido a um "erro operacional" durante a divulgação dos resultados, no dia 29 de novembro deste ano. A instituição destacou que a publicação foi retirada do ar no mesmo dia e substituída por uma versão corrigida, livre de dados pessoais.

Entre as informações expostas estavam nome, endereço, telefone, gênero, etnia, nível de escolaridade e hábitos financeiros. No entanto, o BC garantiu que dados como senhas, saldos e outras informações bancárias sigilosas não foram comprometidos.

“As informações obtidas não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, disse.

As pessoas que tiveram os dados potencialmente expostos serão notificadas pelo banco através de uma carta.

Fonte: Brasil 247

STM elege ministra indicada por Lula para assumir a presidência do tribunal militar

A ministra Maria Elizabeth Rocha será a primeira mulher a liderar a Corte e, atualmente, é a única magistrada entre os 15 ministros do tribunal

Maria Elizabeth Rocha (Foto: José Cruz/Agência Brasi)

André Richter - Repórter da Agência Brasil

A ministra do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha foi eleita nesta quinta-feira (5) para ocupar a corte militar, órgão máximo da Justiça Militar da União. A posse será em março de 2025.

A ministra compõe o STM desde 2007, quando foi indicada durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela é a primeira mulher nomeada para o tribunal militar em 216 anos de funcionamento do órgão.

De 2013 a 2015, a ministra chegou a assumir temporariamente a presidência do STM, mas para um mandato-tampão.

Maria Elizabeth é natural de Belo Horizonte e formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). A ministra também é doutora em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O STM é composto por 15 ministros, sendo cinco civis e dez militares, cujas cadeiras estão distribuídas entre quatro vagas destinadas ao Exército, três à Marinha e três à Aeronáutica.

Fonte: Brasil 247

Campos Neto vendeu dólar mais de 100 vezes no governo Bolsonaro; sob Lula, fez apenas uma intervenção

Atuação do BC resultou na redução das reservas internacionais de US$ 374 bilhões para US$ 324 bilhões até 2022
Roberto Campos Neto (Foto: Reuters/Brendan McDermid)


O Banco Central realizou 113 intervenções no mercado à vista para conter a alta do dólar durante o governo Bolsonaro, totalizando US$ 74 bilhões em vendas, enquanto na gestão do presidente Lula, houve apenas uma intervenção em 2024, de US$ 1,5 bilhão, ocorrida no mês de setembro, de acordo com o UOL.

A atuação de Roberto Campos Neto, presidente do BC indicado por Bolsonaro, resultou na redução das reservas internacionais de US$ 374 bilhões para US$ 324 bilhões até 2022.

O dólar recuava mais de 1% nesta quinta-feira (5), em linha com as quedas nos mercados globais, à medida que investidores avaliavam novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos e acompanhavam com otimismo a tentativa do governo brasileiro de aprovar seu pacote fiscal ainda neste ano.

Às 12h10, o dólar à vista caía 1,24%, a 5,9721 reais na venda, recuando abaixo da marca de 6,00 reais pela primeira vez desde sexta-feira. 

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Bancadas do PT e PSOL na Alesp preparam impeachment de Guilherme Derrite

Pedido de impeachment está em fase de finalização e será feito na esteira do aumento alarmante dos casos de violência policial em São Paulo

Guilherme Derrite (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

As bancadas do PT e do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) estão prestes a apresentar um pedido de impeachment contra o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. O documento, segundo a Folha de S. Paulo, está sendo finalizado pelas equipes jurídicas das legendas e deve acusar Derrite pelos crimes de crime de responsabilidade e improbidade administrativa. A movimentação surge após uma série de episódios de violência policial que colocaram em xeque a atuação da polícia no estado.

Ainda conforme a reportagem, o deputado estadual Simão Pedro (PT) também acionou o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), pedindo a investigação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Derrite pela criação de uma nova ouvidoria vinculada diretamente à Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP).

O parlamentar acusa os dois de prevaricação e improbidade administrativa, além de apontar que o governo estadual não estaria cumprindo a resolução do Ministério da Justiça sobre a instalação de câmeras corporais nas fardas dos agentes das forças de segurança.

No pedido enviado ao MP-SP, Simão Pedro classifica a criação da nova ouvidoria como "impertinente e, quiçá, ilegal", alegando que a medida visa enfraquecer a ouvidoria já existente, reduzindo a participação da população no controle externo da atividade policial e na promoção da transparência. A decisão de criar o novo órgão também gerou críticas de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), que considera a medida prejudicial ao processo de fiscalização.

Em resposta às acusações, a SSP defende que a nova ouvidoria "terá atuação independente e estará voltada para o aprimoramento dos serviços prestados pela secretaria", mas ressalta que as ocorrências policiais que envolvam violação dos direitos humanos continuarão sendo tratadas pela Ouvidoria das Polícias, sem impactos ou limitações em sua atuação.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Tebet afirma que o mercado financeiro "joga contra o Brasil"

Ministra comenta pesquisa mostrando alta rejeição do mercado financeiro ao governo Lula

Simone Tebet (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A elevada rejeição do mercado financeiro ao governo do presidente Luiz Inácio Lula “não é imparcialidade, mas jogar contra o Brasil”, disse a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, nesta quinta-feira (5), durante cerimônia de inauguração do Projeto Cerrado, nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS), de acordo com o Valor Econômico.

Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), revelou um aumento na reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mercado financeiro. O índice de rejeição, que era de 64% em março, saltou para 90% entre gestores, economistas, analistas e operadores de fundos de investimento.

O índice vem apesar do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a economia brasileira cressceu 0,9% no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB teve alta de 4,0%. No acumulado do ano até setembro, o Brasil acumula crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023.]

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Eduardo Bolsonaro apela para que governo Milei dê refúgio a brasileiros foragidos pelos atos golpistas do 8 de janeiro

Em novembro, a Argentina emitiu mandados de prisão contra 61 foragidos do 8 de janeiro, atendendo a um pedido de extradição do Brasil

Eduardo Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

RFI - Em discurso na edição argentina da Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), o deputado Eduardo Bolsonaro pressionou o governo do presidente Javier Milei a dar refúgio aos 61 foragidos na Argentina dos atos de vandalismo em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

“O protesto foi longe, mas essas pessoas receberam condenações de até 17 anos de prisão. Não estão sendo responsabilizadas por quebrar uma mesa ou um vidro. Vieram para a Argentina, mas o juiz Alexandre de Moraes está tentando pegá-los e já destruiu a vida dessas famílias. Eles pediram asilo e foi concedido um asilo provisório porque, para o permanente, falta um julgamento do CONARE (Comissão Nacional para os Refugiados), dependente do Ministério do Interior”, explicou Eduardo Bolsonaro, citando os nomes e olhando para os ministros da Segurança, Patricia Bullrich, e da Defesa, Luis Petri, sentados no auditório.

“Esses brasileiros estão sendo presos e estão com medo. Então, peço ao governo da Argentina que conceda (asilo) a essas pessoas que não são terroristas. É um apelo que faço”, insistiu.

Antes da pressão pública durante a CPAC nesta quarta-feira (4), Eduardo Bolsonaro já havia feito o mesmo pedido à ministra da Segurança, durante um programa de televisão no dia anterior. Na terça-feira (3), o filho do ex-presidente visitou dois presos em La Plata, a 60 km de Buenos Aires.

“Precisamos que esses brasileiros consigam um asilo permanente que depende de um órgão conhecido como CONARE, sob jurisdição do Ministério do Interior. O que nós, como brasileiros, estamos pedindo é que o CONARE antecipe esse julgamento e que acabe com essa confusão”, pediu.

A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, respondeu que recebeu instruções do juiz federal Daniel Rafecas de identificar essas pessoas e que, muitas delas estão em liberdade, outras pediram liminares ou asilo político.

“Por enquanto, estamos cumprindo com a ordem judicial de identificação. Em alguns casos, ficam presos, mas, em geral, são identificados e o juiz lhes concede a liberdade, enquanto o processo corre. O presidente (Javier Milei) respeita as ordens judiciais”, indicou Bullrich.

A Comissão Nacional para os Refugiados é um organismo estatal argentino integrado por representantes do Ministério do Interior, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Justiça e do Ministério do Desenvolvimento Social. Conta também com a participação do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e de uma ONG, mas esses dois últimos, embora tenham direito à voz, não têm ao voto.

Em novembro passado, a Justiça argentina, atendendo ao pedido de extradição da Justiça brasileira, emitiu mandados de prisão contra os 61 foragidos do 8 de janeiro que, após retirarem as suas tornozeleiras eletrônicas no Brasil, entraram na Argentina, esperando refúgio, considerando que um brasileiro pode pedir residência permanente assim que entra no país e que o presidente Javier Milei tem sintonia ideológica com Jair Bolsonaro.

Batalha cultural contra o "lixo socialista" - Logo após o discurso de Eduardo Bolsonaro, o presidente argentino, Javier Milei, defendeu a necessidade de “uma batalha cultural” diante da “oportunidade de mudar o mundo”.

Durante uma hora de discurso, no fechamento da CPAC, o presidente argentino apontou para a necessidade de a direita exercer o poder, “senão ficará para os esquerdistas de merda”.

“Somos o melhor governo da história, mas não importa o quão bons sejamos politicamente, não vamos atingir nenhum objetivo sem uma batalha cultural. Nesse sentido, a CPAC vai nos ajudar a nos coordenar internacionalmente para que os esquerdistas não consigam entrar por nenhum lugar (no poder)”, insistiu.

O presidente argentino questionou os “experimentos” que a América do Sul “padeceu” com “quatro governos kirchneristas na Argentina, (Ricardo) Lagos, (Michelle) Bachelet e (Gabriel) Boric no Chile, Lula da Silva e Dilma Rousseff no Brasil, Gustavo Petro na Colômbia, Pepe Mujica no Uruguai, (Nicolás) Maduro na Venezuela”.

“Além do mentor de todo esse lixo, Fidel Castro, e os comparsas que continuam até hoje no poder. Todos conseguiram impor a agenda do politicamente correto”, definiu Milei.

“Somente a batalha cultural nos permitirá enfrentar esses esquerdistas e ganhar deles em todos os terrenos e terminar de uma vez por todas com o lixo do socialismo. A única forma de combater o socialismo é pela direita. O 'extremo centro' é sempre útil à esquerda criminosa”, afirmou.

“Poderíamos nos chamar uma ‘internacional direitista’, isto é, uma rede de assistência mútua integrada por todos aqueles interessados em difundir pelo mundo as ideias da liberdade”, propôs o presidente argentino.

Fonte: Brasil 247 com RFI

Lula: "vamos entregar de novo uma economia crescendo, povo consumindo e o mercado reclamando"

Presidente também ironizou a pesquisa dizendo que ele tem 90% de rejeição do mercado financeiro

05.12.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de inauguração do Projeto Cerrado: nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS), na fábrica da Suzano em MS (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou o mercado financeiro em discurso nesta quinta-feira (5), durante a inauguração da maior fábrica de celulose do mundo, pertencente à Suzano, na cidade de Ribas do Rio Pardo (MS).

"Vamos entregar de novo uma economia crescendo, povo consumindo e o mercado reclamando", disse Lula no evento. “Ontem saiu uma pesquisa dizendo que 90% do mercado, daqueles que compõem a Faria Lima, são contra o meu governo. Eu já ganhei 10% porque, nas eleições, eles eram 100% contra”, ironizou o presidente sobre recente levantamento Genial/Quaest.

Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), revelou um aumento na reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mercado financeiro. O índice de rejeição, que era de 64% em março, saltou para 90% entre gestores, economistas, analistas e operadores de fundos de investimento.

O índice vem apesar do crescimento do PIB. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a economia brasileira cressceu 0,9% no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB teve alta de 4,0%. No acumulado do ano até setembro, o Brasil acumula crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023.

Fonte: Brasil 247

“Não vamos apertar os mais pobres para compensar benefícios à classe média”, diz Simone Tebet

Ministra discute seu livro, reforma tributária e ajustes fiscais em entrevista a Marcelo Auler

(Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, concedeu uma entrevista ao jornalista Marcelo Auler, onde falou sobre sua trajetória, a inspiração por trás de seu livro O Voo das Borboletas, e os principais desafios econômicos do governo federal.

Sobre o livro, Tebet revelou que a obra é um tributo às jovens brasileiras que a acompanharam durante sua campanha política:

"O livro é uma retribuição às jovens brasileiras pelo carinho. Elas seguraram minha mão durante a campanha e não me largaram em nenhum momento. Nossa fala e trabalho estimularam a coragem de muitas mulheres. Recebi centenas de cartas, inclusive de jovens que enfrentavam depressão ou tentativas de suicídio. Uma delas escreveu que desistiu de tirar a própria vida porque viu um vídeo meu e isso lhe deu coragem."A ministra destacou a importância de enfrentar e aprender com as derrotas:"As três maiores derrotas da minha vida me trouxeram até aqui. Às vezes, foi justamente ao perder que mais ganhei. Minha mensagem para essas jovens é que tenham coragem de se levantar tão rápido quanto caíram. Este livro é meu abraço carinhoso para todas as Marias do Brasil."

Compromissos ministeriais e reformas econômicas

Simone Tebet relatou como conseguiu ajustar sua agenda para lançar o livro sem comprometer as responsabilidades no ministério: "Estou no Rio de Janeiro, mas, enquanto isso, ajustando os textos finais da PEC que será apresentada ao Congresso. Será uma PEC assinada por todos os ministros da equipe econômica. A partir daí, o Congresso poderá aperfeiçoar, modificar ou ajustar o texto, como é próprio da democracia.

"Sobre a reforma tributária, ela reforçou a intenção de promover uma distribuição justa de encargos fiscais:"Não vamos apertar os mais pobres para compensar benefícios à classe média. Pelo contrário, a classe média será beneficiada com isenções no Imposto de Renda a partir de 2026, sem comprometer o orçamento ou prejudicar programas sociais. Além disso, estamos implementando medidas compensatórias para os mais ricos e revisando gastos tributários que não são mais justos."

A ministra também reconheceu desafios na comunicação das propostas:"Reconheço que o pacote foi mal comunicado e mal interpretado. Ainda faltam detalhes a serem apresentados. Mas o ajuste fiscal está claro: é necessário e será feito de forma justa."

Revisão do Benefício de Prestação Continuada (BPC)

Tebet abordou os ajustes planejados no BPC, destacando a necessidade de garantir o benefício a quem realmente precisa:

"Muitos casos não atendem mais aos critérios originais do benefício. Por exemplo, todos nós estamos em algum ponto do espectro autista, para mais ou para menos. Eu, por exemplo, sou muito acelerada, mas isso não me impede de trabalhar. Estamos revisando o programa para garantir que ele chegue a quem realmente precisa — pessoas com deficiência que não têm condições de trabalhar ou se sustentar."

Perspectivas econômicas

Encerrando a entrevista, a ministra expressou confiança na economia brasileira e na queda do dólar:

"Ainda é possível ficar abaixo dos R$ 6 ainda em 2024. Algumas medidas adicionais que, por questão de timing, foram cortadas agora poderão vir em 2025. Acredito piamente que o dólar vai cair, vai baixar dos R$ 6, por duas razões. Porque não interessa a ninguém, nem aos agentes econômicos, não interessa aos bancos, que não conseguem depois, com a inadimplência, terem a solvência de sua carteira, não interessa ao agronegócio brasileiro, não interessa a ninguém o dólar alto."

Ela também destacou as ações necessárias para alcançar essa meta: "Acho que duas medidas serão necessárias: o texto, que sai amanhã (terça-feira, 03/12), e a aprovação pelo Congresso Nacional, que tenho certeza que serão parceiros do Brasil aprovando ainda esse ano o pacote."

A entrevista refletiu a visão de Tebet sobre a importância de um equilíbrio entre as responsabilidades ministeriais e a valorização das trajetórias individuais em momentos de desafios, além de sua confiança no avanço das medidas econômicas para o país. 
Assista

 

Fonte: Brasil 247

Chegada do Papai Noel abre amanhã as festividades natalinas em Apucarana



Um momento esperado pelas crianças, a chegada do Papai Noel em Apucarana será nesta sexta-feira (6), na Praça Rui Barbosa. A Prefeitura de Apucarana preparou uma noite especial começando às 19h30 com um show infantil no palco montado no início da área de espelhos d’água localizado em frente às escadarias da Catedral Nossa Senhora de Lourdes.

Logo após o espetáculo com personagens infantis, acontece a chegada do Papai Noel, que vai descer de rapel da altura dos sinos da catedral Nossa Senhora de Lourdes e depois aparecer novamente assim que a porta principal da igreja abrir.

Será o momento do “Bom Velhinho” ficar mais próximo das crianças e distribuir bombons para o público. A programação da noite terá continuidade com show de pagode no mesmo palco em que acontece o show infantil. “Convido as famílias apucaranenses que venham vivenciar essa noite mágica. O espírito de Natal vai contagiar a todos”, afirma o prefeito Junior da Femac.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Prefeitura realiza formatura de 592 alunos de cursos profissionalizantes gratuitos



A Prefeitura de Apucarana realizou ontem (4), no Cine Teatro Fênix, a formatura de 592 alunos que frequentaram gratuitamente 36 cursos ofertados pela administração municipal. São quase 600 apucaranenses qualificados para o mercado de trabalho nos setores do agronegócio, administrativo, de tecnologia, da indústria da construção civil, segurança no trabalho, indústria e vestuário, beleza e estética e gastronomia.

“Chegamos neste momento da nossa gestão com 4.280 pessoas formadas e hoje tem mais uma festa do conhecimento. Nessa noite são quase 600 apucaranenses que concluíram os mais variados cursos que são requisitados pelos empresários. Apucarana está em pleno emprego. Esses formandos já têm vaga garantida e também podem empreender para tornar a vida de sua família melhor cada vez mais”, afirma o prefeito Junior da Femac

Junior da Femac destacou a variada faixa etária entre os formandos, desde adolescentes até pessoas com mais de 60 anos. Um exemplo é Luiz Carlos Fernandes, de 65 anos, morador do Recanto Mundo Novo, formando da noite em dois cursos: Drone e GPS. “Depois de encerrar minha vida profissional como piloto privado vi uma nova oportunidade de trabalho no mundo do Dione. Fiz esse curso paralelamente ao de GPS e é um recomeço para mim. Vou trabalhar como operador de Drone agrícola e já tenho proposta para trabalhar em uma fazenda do Mato Grosso. Qualifiquei-me graças a essa oportunidade dos cursos profissionalizantes gratuitos da prefeitura”, agradece Fernandes.



Os cursos ofertados gratuitamente pela prefeitura foram realizados por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Emprego (Centro de Qualificação Total); da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família, com a coordenação do Centro de Oficinas da Mulher; da Secretaria de Assistência Social; e a Secretaria do Estado de Trabalho Qualificação e Renda (Agência do Trabalhador).

Os cursos promovidos pela Secretaria de Indústria, Comércio e Emprego e Secretaria de Assistência Social foram ofertados através do programa municipal de incentivo a profissionalização Portas Abertas. O objetivo da iniciativa, que teve início em 2021, é gerar oportunidades de profissionalização para os apucaranenses. Em 3 anos foram disponibilizadas gratuitamente, através do sistema “S”, 263 turmas nas áreas de indústria, comércio e serviços, totalizando 4.280 formandos.

A solenidade de formatura foi prestigiada por secretários municipais, vereadores atuais, vereadores eleitos e representantes do sistema “S”.

Os formandos receberam certificados dos seguintes cursos:

● – Agricultura de Precisão – GPS

● – Aperfeiçoamento em Recursos Humanos

● – Aperfeiçoamento em Rotinas Administrativas

● – Auxiliar Administrativo

● – Comunicação Assertiva

● – Operador de Drone

● – Técnico em Redes de Computadores

● – Aperfeiçoamento para Cabeleireiras

● – Corte e Escova

● – Modelagem e Henna para Sobrancelhas

● – Maquiagem para Pele Negra

● – Penteados e Tranças Afros

● – Spa e Plástica dos Pés

● – Preparo e Decoração de Bolos

● – Preparo de Bolos e Tortas

● – Massas Frescas e Recheadas

● – Preparo de Pizza

● – Auxiliar de Serviços de Panificação

● – Hamburguer Gourmet

● – Preparo de Salgados

● – Doces para Confeitaria

● – Técnica de Preparo de Doces e Salgados para Festas

● – Jovem Cidadão

● – Pré- Aprendiz

● – Pré-Aprendiz – Auxiliar Administrativo

● – Costura Industrial de Camisetas

● – Costura Moda Infantil

● – Costura Artística

● – Costura Moda e Modelagem

● – Técnicas de Costura Industrial

● – Montagem de Calças e Camisetas

● – Aplicação de Revestimento Cerâmico e Porcelanato

● – Formação para Supervisores de Entrada em Espaços Confinados NR-33

● – Formação para Trabalhadores Autorizados e Vigias em Espaços Confinados NR-33

● – Operação de Empilhadeira de Pequeno Porte NR-11

● – Segurança no Trabalho em Altura NR-35

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Para nossa "sorte", PIB brasileiro poderá chegar a 4%, diz Lula

Presidente ironizou o discurso de setores da imprensa que indicam a sorte pelos bons indicadores econômicos

Presidente Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (5) da inauguração da fábrica de celulose da Suzano, em Mato Grosso do Sul. Durante o evento, Lula fez críticas aos setores da imprensa que atribuem os bons indicadores econômicos do país à sorte, em vez de reconhecerem as ações do governo. “Para nossa sorte, a economia brasileira poderá chegar a 3,5%”, ironizou o presidente, referindo-se ao crescimento projetado para este ano. Ele disse ainda que "se tomar cuidado, pode chegar a 4%".

Lula aproveitou a ocasião para destacar as iniciativas de sua gestão no combate à desigualdade de renda. Ele mencionou, entre outras medidas, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. “Todas as pessoas precisam ter acesso a comprar algo para comer, vestir, e isso passa pela distribuição de renda. Todo mundo precisa ter o mínimo necessário, está na Bíblia, na ONU”, afirmou.

◉ Reflexões sobre obras e legado

O presidente também fez questão de ressaltar o legado de seus mandatos anteriores e o compromisso com obras estruturantes em todo o país. “Às vezes, faço provocações nos estados que visito. Questiono as pessoas, pedindo que me digam quem já fez mais do que eu por aquele estado. Por mais ferrenho que seja o apoiador de outros governos, ninguém consegue me citar mais obras estruturantes do que as realizadas nos meus governos”, disse.

Lula lembrou que, ao assumir a presidência em janeiro de 2023, convocou os 27 governadores para discutir as obras prioritárias de cada estado, o que resultou na retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Foi assim que construímos esse programa, sem levar em conta ideologia ou partido”, destacou.

◉ Críticas ao programa habitacional anterior

O presidente não poupou críticas ao programa habitacional do governo anterior, o Casa Verde e Amarela, comparando-o com o programa Minha Casa, Minha Vida, que foi retomado e ampliado em sua gestão. “Eu não vi nenhuma casa verde e amarela. Inclusive, estamos retomando a construção de casas que foram paralisadas em 2013. Aliás, no meu governo, todo mundo tem o direito de pintar a casa do jeito que quiser”, brincou Lula, em tom descontraído.

Durante a inauguração, o presidente reforçou que a retomada do crescimento econômico e a promoção da igualdade social são pilares centrais de sua gestão. Ele afirmou que continuará trabalhando para atender às demandas da população e reduzir as disparidades regionais, mantendo o diálogo aberto com estados e municípios.

Fonte: Brasil 247