quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Eduardo Bolsonaro apela para que governo Milei dê refúgio a brasileiros foragidos pelos atos golpistas do 8 de janeiro

Em novembro, a Argentina emitiu mandados de prisão contra 61 foragidos do 8 de janeiro, atendendo a um pedido de extradição do Brasil

Eduardo Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

RFI - Em discurso na edição argentina da Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), o deputado Eduardo Bolsonaro pressionou o governo do presidente Javier Milei a dar refúgio aos 61 foragidos na Argentina dos atos de vandalismo em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

“O protesto foi longe, mas essas pessoas receberam condenações de até 17 anos de prisão. Não estão sendo responsabilizadas por quebrar uma mesa ou um vidro. Vieram para a Argentina, mas o juiz Alexandre de Moraes está tentando pegá-los e já destruiu a vida dessas famílias. Eles pediram asilo e foi concedido um asilo provisório porque, para o permanente, falta um julgamento do CONARE (Comissão Nacional para os Refugiados), dependente do Ministério do Interior”, explicou Eduardo Bolsonaro, citando os nomes e olhando para os ministros da Segurança, Patricia Bullrich, e da Defesa, Luis Petri, sentados no auditório.

“Esses brasileiros estão sendo presos e estão com medo. Então, peço ao governo da Argentina que conceda (asilo) a essas pessoas que não são terroristas. É um apelo que faço”, insistiu.

Antes da pressão pública durante a CPAC nesta quarta-feira (4), Eduardo Bolsonaro já havia feito o mesmo pedido à ministra da Segurança, durante um programa de televisão no dia anterior. Na terça-feira (3), o filho do ex-presidente visitou dois presos em La Plata, a 60 km de Buenos Aires.

“Precisamos que esses brasileiros consigam um asilo permanente que depende de um órgão conhecido como CONARE, sob jurisdição do Ministério do Interior. O que nós, como brasileiros, estamos pedindo é que o CONARE antecipe esse julgamento e que acabe com essa confusão”, pediu.

A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, respondeu que recebeu instruções do juiz federal Daniel Rafecas de identificar essas pessoas e que, muitas delas estão em liberdade, outras pediram liminares ou asilo político.

“Por enquanto, estamos cumprindo com a ordem judicial de identificação. Em alguns casos, ficam presos, mas, em geral, são identificados e o juiz lhes concede a liberdade, enquanto o processo corre. O presidente (Javier Milei) respeita as ordens judiciais”, indicou Bullrich.

A Comissão Nacional para os Refugiados é um organismo estatal argentino integrado por representantes do Ministério do Interior, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Justiça e do Ministério do Desenvolvimento Social. Conta também com a participação do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e de uma ONG, mas esses dois últimos, embora tenham direito à voz, não têm ao voto.

Em novembro passado, a Justiça argentina, atendendo ao pedido de extradição da Justiça brasileira, emitiu mandados de prisão contra os 61 foragidos do 8 de janeiro que, após retirarem as suas tornozeleiras eletrônicas no Brasil, entraram na Argentina, esperando refúgio, considerando que um brasileiro pode pedir residência permanente assim que entra no país e que o presidente Javier Milei tem sintonia ideológica com Jair Bolsonaro.

Batalha cultural contra o "lixo socialista" - Logo após o discurso de Eduardo Bolsonaro, o presidente argentino, Javier Milei, defendeu a necessidade de “uma batalha cultural” diante da “oportunidade de mudar o mundo”.

Durante uma hora de discurso, no fechamento da CPAC, o presidente argentino apontou para a necessidade de a direita exercer o poder, “senão ficará para os esquerdistas de merda”.

“Somos o melhor governo da história, mas não importa o quão bons sejamos politicamente, não vamos atingir nenhum objetivo sem uma batalha cultural. Nesse sentido, a CPAC vai nos ajudar a nos coordenar internacionalmente para que os esquerdistas não consigam entrar por nenhum lugar (no poder)”, insistiu.

O presidente argentino questionou os “experimentos” que a América do Sul “padeceu” com “quatro governos kirchneristas na Argentina, (Ricardo) Lagos, (Michelle) Bachelet e (Gabriel) Boric no Chile, Lula da Silva e Dilma Rousseff no Brasil, Gustavo Petro na Colômbia, Pepe Mujica no Uruguai, (Nicolás) Maduro na Venezuela”.

“Além do mentor de todo esse lixo, Fidel Castro, e os comparsas que continuam até hoje no poder. Todos conseguiram impor a agenda do politicamente correto”, definiu Milei.

“Somente a batalha cultural nos permitirá enfrentar esses esquerdistas e ganhar deles em todos os terrenos e terminar de uma vez por todas com o lixo do socialismo. A única forma de combater o socialismo é pela direita. O 'extremo centro' é sempre útil à esquerda criminosa”, afirmou.

“Poderíamos nos chamar uma ‘internacional direitista’, isto é, uma rede de assistência mútua integrada por todos aqueles interessados em difundir pelo mundo as ideias da liberdade”, propôs o presidente argentino.

Fonte: Brasil 247 com RFI

Lula: "vamos entregar de novo uma economia crescendo, povo consumindo e o mercado reclamando"

Presidente também ironizou a pesquisa dizendo que ele tem 90% de rejeição do mercado financeiro

05.12.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de inauguração do Projeto Cerrado: nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS), na fábrica da Suzano em MS (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou o mercado financeiro em discurso nesta quinta-feira (5), durante a inauguração da maior fábrica de celulose do mundo, pertencente à Suzano, na cidade de Ribas do Rio Pardo (MS).

"Vamos entregar de novo uma economia crescendo, povo consumindo e o mercado reclamando", disse Lula no evento. “Ontem saiu uma pesquisa dizendo que 90% do mercado, daqueles que compõem a Faria Lima, são contra o meu governo. Eu já ganhei 10% porque, nas eleições, eles eram 100% contra”, ironizou o presidente sobre recente levantamento Genial/Quaest.

Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), revelou um aumento na reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mercado financeiro. O índice de rejeição, que era de 64% em março, saltou para 90% entre gestores, economistas, analistas e operadores de fundos de investimento.

O índice vem apesar do crescimento do PIB. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a economia brasileira cressceu 0,9% no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB teve alta de 4,0%. No acumulado do ano até setembro, o Brasil acumula crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023.

Fonte: Brasil 247

“Não vamos apertar os mais pobres para compensar benefícios à classe média”, diz Simone Tebet

Ministra discute seu livro, reforma tributária e ajustes fiscais em entrevista a Marcelo Auler

(Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, concedeu uma entrevista ao jornalista Marcelo Auler, onde falou sobre sua trajetória, a inspiração por trás de seu livro O Voo das Borboletas, e os principais desafios econômicos do governo federal.

Sobre o livro, Tebet revelou que a obra é um tributo às jovens brasileiras que a acompanharam durante sua campanha política:

"O livro é uma retribuição às jovens brasileiras pelo carinho. Elas seguraram minha mão durante a campanha e não me largaram em nenhum momento. Nossa fala e trabalho estimularam a coragem de muitas mulheres. Recebi centenas de cartas, inclusive de jovens que enfrentavam depressão ou tentativas de suicídio. Uma delas escreveu que desistiu de tirar a própria vida porque viu um vídeo meu e isso lhe deu coragem."A ministra destacou a importância de enfrentar e aprender com as derrotas:"As três maiores derrotas da minha vida me trouxeram até aqui. Às vezes, foi justamente ao perder que mais ganhei. Minha mensagem para essas jovens é que tenham coragem de se levantar tão rápido quanto caíram. Este livro é meu abraço carinhoso para todas as Marias do Brasil."

Compromissos ministeriais e reformas econômicas

Simone Tebet relatou como conseguiu ajustar sua agenda para lançar o livro sem comprometer as responsabilidades no ministério: "Estou no Rio de Janeiro, mas, enquanto isso, ajustando os textos finais da PEC que será apresentada ao Congresso. Será uma PEC assinada por todos os ministros da equipe econômica. A partir daí, o Congresso poderá aperfeiçoar, modificar ou ajustar o texto, como é próprio da democracia.

"Sobre a reforma tributária, ela reforçou a intenção de promover uma distribuição justa de encargos fiscais:"Não vamos apertar os mais pobres para compensar benefícios à classe média. Pelo contrário, a classe média será beneficiada com isenções no Imposto de Renda a partir de 2026, sem comprometer o orçamento ou prejudicar programas sociais. Além disso, estamos implementando medidas compensatórias para os mais ricos e revisando gastos tributários que não são mais justos."

A ministra também reconheceu desafios na comunicação das propostas:"Reconheço que o pacote foi mal comunicado e mal interpretado. Ainda faltam detalhes a serem apresentados. Mas o ajuste fiscal está claro: é necessário e será feito de forma justa."

Revisão do Benefício de Prestação Continuada (BPC)

Tebet abordou os ajustes planejados no BPC, destacando a necessidade de garantir o benefício a quem realmente precisa:

"Muitos casos não atendem mais aos critérios originais do benefício. Por exemplo, todos nós estamos em algum ponto do espectro autista, para mais ou para menos. Eu, por exemplo, sou muito acelerada, mas isso não me impede de trabalhar. Estamos revisando o programa para garantir que ele chegue a quem realmente precisa — pessoas com deficiência que não têm condições de trabalhar ou se sustentar."

Perspectivas econômicas

Encerrando a entrevista, a ministra expressou confiança na economia brasileira e na queda do dólar:

"Ainda é possível ficar abaixo dos R$ 6 ainda em 2024. Algumas medidas adicionais que, por questão de timing, foram cortadas agora poderão vir em 2025. Acredito piamente que o dólar vai cair, vai baixar dos R$ 6, por duas razões. Porque não interessa a ninguém, nem aos agentes econômicos, não interessa aos bancos, que não conseguem depois, com a inadimplência, terem a solvência de sua carteira, não interessa ao agronegócio brasileiro, não interessa a ninguém o dólar alto."

Ela também destacou as ações necessárias para alcançar essa meta: "Acho que duas medidas serão necessárias: o texto, que sai amanhã (terça-feira, 03/12), e a aprovação pelo Congresso Nacional, que tenho certeza que serão parceiros do Brasil aprovando ainda esse ano o pacote."

A entrevista refletiu a visão de Tebet sobre a importância de um equilíbrio entre as responsabilidades ministeriais e a valorização das trajetórias individuais em momentos de desafios, além de sua confiança no avanço das medidas econômicas para o país. 
Assista

 

Fonte: Brasil 247

Chegada do Papai Noel abre amanhã as festividades natalinas em Apucarana



Um momento esperado pelas crianças, a chegada do Papai Noel em Apucarana será nesta sexta-feira (6), na Praça Rui Barbosa. A Prefeitura de Apucarana preparou uma noite especial começando às 19h30 com um show infantil no palco montado no início da área de espelhos d’água localizado em frente às escadarias da Catedral Nossa Senhora de Lourdes.

Logo após o espetáculo com personagens infantis, acontece a chegada do Papai Noel, que vai descer de rapel da altura dos sinos da catedral Nossa Senhora de Lourdes e depois aparecer novamente assim que a porta principal da igreja abrir.

Será o momento do “Bom Velhinho” ficar mais próximo das crianças e distribuir bombons para o público. A programação da noite terá continuidade com show de pagode no mesmo palco em que acontece o show infantil. “Convido as famílias apucaranenses que venham vivenciar essa noite mágica. O espírito de Natal vai contagiar a todos”, afirma o prefeito Junior da Femac.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Prefeitura realiza formatura de 592 alunos de cursos profissionalizantes gratuitos



A Prefeitura de Apucarana realizou ontem (4), no Cine Teatro Fênix, a formatura de 592 alunos que frequentaram gratuitamente 36 cursos ofertados pela administração municipal. São quase 600 apucaranenses qualificados para o mercado de trabalho nos setores do agronegócio, administrativo, de tecnologia, da indústria da construção civil, segurança no trabalho, indústria e vestuário, beleza e estética e gastronomia.

“Chegamos neste momento da nossa gestão com 4.280 pessoas formadas e hoje tem mais uma festa do conhecimento. Nessa noite são quase 600 apucaranenses que concluíram os mais variados cursos que são requisitados pelos empresários. Apucarana está em pleno emprego. Esses formandos já têm vaga garantida e também podem empreender para tornar a vida de sua família melhor cada vez mais”, afirma o prefeito Junior da Femac

Junior da Femac destacou a variada faixa etária entre os formandos, desde adolescentes até pessoas com mais de 60 anos. Um exemplo é Luiz Carlos Fernandes, de 65 anos, morador do Recanto Mundo Novo, formando da noite em dois cursos: Drone e GPS. “Depois de encerrar minha vida profissional como piloto privado vi uma nova oportunidade de trabalho no mundo do Dione. Fiz esse curso paralelamente ao de GPS e é um recomeço para mim. Vou trabalhar como operador de Drone agrícola e já tenho proposta para trabalhar em uma fazenda do Mato Grosso. Qualifiquei-me graças a essa oportunidade dos cursos profissionalizantes gratuitos da prefeitura”, agradece Fernandes.



Os cursos ofertados gratuitamente pela prefeitura foram realizados por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Emprego (Centro de Qualificação Total); da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família, com a coordenação do Centro de Oficinas da Mulher; da Secretaria de Assistência Social; e a Secretaria do Estado de Trabalho Qualificação e Renda (Agência do Trabalhador).

Os cursos promovidos pela Secretaria de Indústria, Comércio e Emprego e Secretaria de Assistência Social foram ofertados através do programa municipal de incentivo a profissionalização Portas Abertas. O objetivo da iniciativa, que teve início em 2021, é gerar oportunidades de profissionalização para os apucaranenses. Em 3 anos foram disponibilizadas gratuitamente, através do sistema “S”, 263 turmas nas áreas de indústria, comércio e serviços, totalizando 4.280 formandos.

A solenidade de formatura foi prestigiada por secretários municipais, vereadores atuais, vereadores eleitos e representantes do sistema “S”.

Os formandos receberam certificados dos seguintes cursos:

● – Agricultura de Precisão – GPS

● – Aperfeiçoamento em Recursos Humanos

● – Aperfeiçoamento em Rotinas Administrativas

● – Auxiliar Administrativo

● – Comunicação Assertiva

● – Operador de Drone

● – Técnico em Redes de Computadores

● – Aperfeiçoamento para Cabeleireiras

● – Corte e Escova

● – Modelagem e Henna para Sobrancelhas

● – Maquiagem para Pele Negra

● – Penteados e Tranças Afros

● – Spa e Plástica dos Pés

● – Preparo e Decoração de Bolos

● – Preparo de Bolos e Tortas

● – Massas Frescas e Recheadas

● – Preparo de Pizza

● – Auxiliar de Serviços de Panificação

● – Hamburguer Gourmet

● – Preparo de Salgados

● – Doces para Confeitaria

● – Técnica de Preparo de Doces e Salgados para Festas

● – Jovem Cidadão

● – Pré- Aprendiz

● – Pré-Aprendiz – Auxiliar Administrativo

● – Costura Industrial de Camisetas

● – Costura Moda Infantil

● – Costura Artística

● – Costura Moda e Modelagem

● – Técnicas de Costura Industrial

● – Montagem de Calças e Camisetas

● – Aplicação de Revestimento Cerâmico e Porcelanato

● – Formação para Supervisores de Entrada em Espaços Confinados NR-33

● – Formação para Trabalhadores Autorizados e Vigias em Espaços Confinados NR-33

● – Operação de Empilhadeira de Pequeno Porte NR-11

● – Segurança no Trabalho em Altura NR-35

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Para nossa "sorte", PIB brasileiro poderá chegar a 4%, diz Lula

Presidente ironizou o discurso de setores da imprensa que indicam a sorte pelos bons indicadores econômicos

Presidente Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (5) da inauguração da fábrica de celulose da Suzano, em Mato Grosso do Sul. Durante o evento, Lula fez críticas aos setores da imprensa que atribuem os bons indicadores econômicos do país à sorte, em vez de reconhecerem as ações do governo. “Para nossa sorte, a economia brasileira poderá chegar a 3,5%”, ironizou o presidente, referindo-se ao crescimento projetado para este ano. Ele disse ainda que "se tomar cuidado, pode chegar a 4%".

Lula aproveitou a ocasião para destacar as iniciativas de sua gestão no combate à desigualdade de renda. Ele mencionou, entre outras medidas, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. “Todas as pessoas precisam ter acesso a comprar algo para comer, vestir, e isso passa pela distribuição de renda. Todo mundo precisa ter o mínimo necessário, está na Bíblia, na ONU”, afirmou.

◉ Reflexões sobre obras e legado

O presidente também fez questão de ressaltar o legado de seus mandatos anteriores e o compromisso com obras estruturantes em todo o país. “Às vezes, faço provocações nos estados que visito. Questiono as pessoas, pedindo que me digam quem já fez mais do que eu por aquele estado. Por mais ferrenho que seja o apoiador de outros governos, ninguém consegue me citar mais obras estruturantes do que as realizadas nos meus governos”, disse.

Lula lembrou que, ao assumir a presidência em janeiro de 2023, convocou os 27 governadores para discutir as obras prioritárias de cada estado, o que resultou na retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Foi assim que construímos esse programa, sem levar em conta ideologia ou partido”, destacou.

◉ Críticas ao programa habitacional anterior

O presidente não poupou críticas ao programa habitacional do governo anterior, o Casa Verde e Amarela, comparando-o com o programa Minha Casa, Minha Vida, que foi retomado e ampliado em sua gestão. “Eu não vi nenhuma casa verde e amarela. Inclusive, estamos retomando a construção de casas que foram paralisadas em 2013. Aliás, no meu governo, todo mundo tem o direito de pintar a casa do jeito que quiser”, brincou Lula, em tom descontraído.

Durante a inauguração, o presidente reforçou que a retomada do crescimento econômico e a promoção da igualdade social são pilares centrais de sua gestão. Ele afirmou que continuará trabalhando para atender às demandas da população e reduzir as disparidades regionais, mantendo o diálogo aberto com estados e municípios.

Fonte: Brasil 247

Lewandowski adia em seis meses transferência de fiscalização de licenças de CACs para a PF

Decisão foi tomada após um pedido de prorrogação do prazo feito em novembro pela própria Polícia Federal

(Foto: Giuliana Miranda)

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta quinta-feira (5) que a transferência da fiscalização das licenças para Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) para a Polícia Federal será adiada por pelo menos seis meses. Atualmente, o controle é feito pelo Exército. A decisão, segundo o jornal O Globo, vem após um pedido de prorrogação do prazo feito pela própria PF em novembro. A medida ainda precisava da aprovação do Ministério da Justiça e da Casa Civil, que, até então, não haviam se manifestado.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, havia reforçado, durante um café com jornalistas na quarta-feira (4), que o pedido para o adiamento já estava feito. Rodrigues explicou que a corporação não recebeu os recursos necessários para assumir a fiscalização, que incluíam aproximadamente R$ 30 milhões para contratar terceirizados — valor considerado essencial pela PF para realizar a tarefa com eficiência.

"Estamos na expectativa de assumir o controle da fiscalização dos CACs. Certamente, a PF provará sua eficiência no controle das armas, mas faltam recursos e faltam pessoas para mais eficientemente cumprir esse papel", afirmou Rodrigues na ocasião.

Lewandowski também mencionou que a ministra da Gestão, Esther Dweck, havia sinalizado a possibilidade de um concurso público para agentes administrativos, o que poderia aliviar a falta de pessoal. "Esperamos concurso de mais policiais e mais recursos. Se formos contemplados com mais tarefas, precisamos de mais recursos", completou.

A medida de transferência da fiscalização ocorre em um contexto de mudança nas normas sobre armas no Brasil. Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), foram editados decretos que facilitaram o acesso a armas de fogo por civis, inclusive de grosso calibre e de uso restrito, como fuzis, além do aumento no limite de munições disponíveis anualmente para os CACs.

Contudo, no início de 2023, logo após assumir a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou as normas anteriores e estabeleceu novas regras, incluindo a suspensão de novas concessões para CACs registrarem armas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Estudo da Fiep confirma Apucarana como maior polo do vestuário do Paraná



Dados econômicos divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) confirmam Apucarana como maior polo do vestuário no Estado. O estudo foi apresentado nesta quinta-feira (05/12), na Casa da Indústria, durante reunião do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale) e APL de Bonés e Confecções. Entre 2020 e 2023, o setor teve um crescimento de 23,1% no número de empresas formais. O estudo também reforçou a relevância do vestuário na indústria de Apucarana, que já representa – dentro do segmento da indústria de transformação – 63,9% dos estabelecimentos.

O encontro contou com a presença do atual prefeito, Junior da Femac, e do prefeito eleito Rodolfo Mota, que estava acompanhado do vice, Marcos da Vila Reis. Também estiveram presentes o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acia), Wanderlei Faganello, a presidente do Sivale, Elizabete Ardigo, e o presidente do APL, Jayme Leonel, além de empresários e de representantes do meio acadêmico.

O prefeito Junior da Femac destaca que entre 2020 e 2023, o vestuário de Apucarana teve um crescimento de 23,1% no tocante ao número de empresas formais e de 18,9% na quantidade de postos de trabalho. “São dados atuais que confirmam a liderança de Apucarana como maior polo do vestuário, mostrando a potência e a força que é o vestuário de Apucarana”, reitera Junior da Femac.

Junior da Femac afirma que o setor enfrenta alguns desafios, como a falta de mão de obra, e apontou também o caminho da inovação. “Quem é líder precisa inovar primeiro e esse é um dos desafios dos empresários. Precisa encontrar soluções, como a confecção de uniformes para os trabalhadores, pensando um dispositivo como um chip para verificar o batimento cardíaco ou a temperatura corporal. Na área da saúde, pensar uma roupa para ajudar a combater o mosquito transmissor da dengue”, exemplifica, salientando ainda a importância da união do setor e das parcerias da Prefeitura com o Sivale e o setor.

O prefeito eleito Rodolfo Mota reiterou a importância do setor na história e na economia de Apucarana. “Esse setor é a principal razão da existência de Apucarana, que já é o maior polo do vestuário e confecção do Paraná. Nós temos ainda muito espaço para crescer, para fazer com que nossos produtos cheguem a todo o Brasil e também para fazermos exportações aos países vizinhos e América Latina. Vamos apoiar os trabalhadores e os empresários para que continuem expandindo a produção e as vendas”, ressalta Rodolfo Mota.

O estudo comparou a evolução do número de estabelecimentos formais em Apucarana em relação a outros polos no Estado. De acordo com o levantamento, a indústria do vestuário de Apucarana é formada atualmente por 667 estabelecimentos formais, seguido por Curitiba ( 374), Maringá (311), Cianorte (192) e Londrina (157). “Apucarana teve um crescimento de 23,1% na abertura de novas empresas, entre 2020 e 2023, acima dos outros municípios e também acima da média no Estado”, explica o economista Evanio Felippe, da Gerência de Desenvolvimento Industrial da Fiep.

O estudo reforçou a importância do vestuário dentro da indústria de transformação. “Apucarana tem 1.192 empresas ligadas ao setor de transformação e o setor do vestuário, têxtil e couro representa 63,9% mostrando a força e a pujança desta atividade”, salienta o economista da Fiep. Na sequência, aparecem o setor de alimentos com 7,3%, produtos de metal (3,9%), móveis (3,4%), minerais não-metálicos (2,4%), produtos químicos 2,3% e produtos diversos (2,7%).

Elizabete Ardigo, presidente do Sivale, afirma que há cerca de dois anos a Fiep apresentou um estudo similar, cujos dados foram atualizados. “Apucarana continua no topo no setor do vestuário. Continuamos tendo vendas, gerando empregos e registrando a abertura de novas empresas. O nosso grande desafio continua sendo a falta de mão de obra e temos que buscar soluções”, assinala Ardigo.

O presidente do APL de Bonés e Confecções, empresário Jayme Leonel, afirma que a entidade realiza seis reuniões ao longo do ano. “Aproveitamos a última reunião do ano para convidar o atual prefeito e o prefeito eleito, que vai conduzir a administração pelos próximos quatro anos. Apucarana continua na vanguarda no vestuário do Paraná e com potencial de crescimento”, avalia Jayme Leonel.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Para nossa "sorte", economia brasileira poderá chegar a 3,5%”, diz Lula sobre crescimento do PIB

Presidente ironizou o discurso de setores da imprensa que indicam a sorte pelos bons indicadores econômicos

Presidente Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (5) da inauguração da fábrica de celulose da Suzano, em Mato Grosso do Sul. Durante o evento, Lula fez críticas aos setores da imprensa que atribuem os bons indicadores econômicos do país à sorte, em vez de reconhecerem as ações do governo. “Para nossa sorte, a economia brasileira poderá chegar a 3,5%”, ironizou o presidente, referindo-se ao crescimento projetado para este ano.

Lula aproveitou a ocasião para destacar as iniciativas de sua gestão no combate à desigualdade de renda. Ele mencionou, entre outras medidas, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. “Todas as pessoas precisam ter acesso a comprar algo para comer, vestir, e isso passa pela distribuição de renda. Todo mundo precisa ter o mínimo necessário, está na Bíblia, na ONU”, afirmou.

◉ Reflexões sobre obras e legado

O presidente também fez questão de ressaltar o legado de seus mandatos anteriores e o compromisso com obras estruturantes em todo o país. “Às vezes, faço provocações nos estados que visito. Questiono as pessoas, pedindo que me digam quem já fez mais do que eu por aquele estado. Por mais ferrenho que seja o apoiador de outros governos, ninguém consegue me citar mais obras estruturantes do que as realizadas nos meus governos”, disse.

Lula lembrou que, ao assumir a presidência em janeiro de 2023, convocou os 27 governadores para discutir as obras prioritárias de cada estado, o que resultou na retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Foi assim que construímos esse programa, sem levar em conta ideologia ou partido”, destacou.

◉ Críticas ao programa habitacional anterior

O presidente não poupou críticas ao programa habitacional do governo anterior, o Casa Verde e Amarela, comparando-o com o programa Minha Casa, Minha Vida, que foi retomado e ampliado em sua gestão. “Eu não vi nenhuma casa verde e amarela. Inclusive, estamos retomando a construção de casas que foram paralisadas em 2013. Aliás, no meu governo, todo mundo tem o direito de pintar a casa do jeito que quiser”, brincou Lula, em tom descontraído.

Durante a inauguração, o presidente reforçou que a retomada do crescimento econômico e a promoção da igualdade social são pilares centrais de sua gestão. Ele afirmou que continuará trabalhando para atender às demandas da população e reduzir as disparidades regionais, mantendo o diálogo aberto com estados e municípios.

Fonte: Brasil 247

Após casos de violência policial explodirem, Tarcísio diz que 'estava completamente errado' sobre uso de câmeras

Recuo do governador de São Paulo acontece após a forte repercussão negativa dos recentes casos de violência policial no estado

Câmera em uniforme da PM e Tarcísio de Freitas (Foto: Agência Brasil)

 Pressionado pela crescente onda de violência policial em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assumiu que estava "completamente errado" ao criticar a adoção de câmeras corporais pelos agentes da Polícia Militar (PM). Tarcísio reconheceu sua visão equivocada sobre a questão e afirmou estar agora "convencido" de que as câmeras são essenciais para proteger tanto a sociedade quanto os próprios policiais.

"Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão (das câmeras corporais). Eu tinha uma visão equivocada, fruto da experiência pretérita que eu tinha, que não tem nada a ver com a segurança pública. Hoje, eu estou absolutamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial. Vamos não só manter o programa como ampliá-lo e tentar trazer o que tem de melhor em termos de tecnologia", disse Tarcísio nesta quinta-feira (5), de acordo com o jornal O Globo.

Além disso, Tarcísio comentou sobre os recentes episódios de transgressão dentro da PM, mencionando que cobrou do comandante-geral da corporação, coronel Cássio Araújo, respostas sobre o descumprimento das normas operacionais por parte de alguns policiais. Ele associou esses casos à falta de treinamento e reciclagem dos agentes, reconhecendo que tais incidentes prejudicam a imagem da PM, uma instituição composta, segundo ele, por "excelentes profissionais".

"Estamos entrando onde tem que entrar e, claro, quando acontecem esses casos, se esculacha demais a instituição. Isso agride a gente e é hora de ter humildade e dizer que alguma coisa não está funcionando", disse o governador.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Dólar recua mais de 1% com fraqueza externa e otimismo por tramitação do pacote fiscal

A moeda americana recou e ficou abaixo dos R$6,00 pela primeira vez desde sexta-feira

Notas de reais e dólares (Foto: Reuters/Ricardo Moraes)

Reuters - O dólar recuava mais de 1% nesta quinta-feira, em linha com as quedas nos mercados globais, à medida que investidores avaliavam novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos e acompanhavam com otimismo a tentativa do governo brasileiro de aprovar seu pacote fiscal ainda neste ano.

Às 12h10, o dólar à vista caía 1,24%, a 5,9721 reais na venda, recuando abaixo da marca de 6,00 reais pela primeira vez desde sexta-feira.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 1,37%, a 5,979 reais na venda.

Nesta sessão, a moeda norte-americana recuava amplamente nos mercados globais, com investidores reagindo a novos dados que evidenciaram uma desaceleração gradual da economia dos EUA, o que permite um maior afrouxamento monetário pelo Federal Reserve no próximo ano.

O governo norte-americano informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 9.000, para 224.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 30 de novembro, de 215.000 pedidos na semana anterior e acima da projeção em pesquisa da Reuters com economistas de 215.000.

O resultado veio em linha com números da véspera que também afastaram a percepção de robustez da maior economia do mundo, com destaque para uma menor criação de vagas no setor privado do que o esperado por analistas, levantando novamente a perspectiva de cortes contínuos na taxa de juros pelo banco central dos EUA.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,46%, a 105,850.

As atenções se voltarão na sexta-feira à divulgação do relatório de emprego de novembro, com a expectativa de criação de 200.000 postos de trabalho no mês.

No cenário doméstico, o mercado desfazia posições defensivas ante o dólar, conforme reagia positivamente à aprovação pela Câmara dos Deputados do regime de urgência para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo, o que elimina a exigência de determinados prazos e acelera a tramitação.

Os investidores têm mostrado pessimismo em relação ao pacote -- que prevê uma economia de 71,9 bilhões de reais nos próximos dois anos -- após ele ter sido anunciado junto de um projeto de reforma do Imposto de Renda, gerando dúvidas sobre o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas.

"O mercado está reagindo e desmontando de forma ainda tímida parte das posições extremamente defensivas que estavam sendo montadas", disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

"O pedido de urgência para tramitação de parte do pacote de ajuste fiscal, sem que haja necessidade de passar pelas comissões do Congresso, deu algum alento ao mercado", completou.

Na curva de juros brasileira, as taxas dos DIs apresentavam quedas para contratos mais longos, refletindo o maior otimismo com o cenário fiscal.

Operadores colocavam 65% de chance de uma alta de 0,75 ponto percentual na reunião do Copom na próxima semana, a última do ano.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Câmara aprova urgência para corte de gastos e governo promete negociar

Votação do mérito das propostas ficou para próxima semana

Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Adriano Machado /Reuters)

Agência Brasil - O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nessa quarta-feira (4), por mais de 260 votos favoráveis, as urgências dos projetos de lei que compõe o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo para adequar o orçamento ao arcabouço fiscal. A votação do mérito das propostas ficou para próxima semana.

Com críticas da oposição e de partidos aliados, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), justificou que a urgência é para sinalizar o compromisso com a pauta, mas que o mérito será amplamente debatido na semana que vem.

“É claro que nós vamos discutir, na hora certa, o mérito das matérias. Muitos dos senhores nos colocam, com razão, restrições com relação ao projeto, ao que está contido sobre o BPC [Benefício de Prestação Continuada], às mudanças que o governo está sugerindo; muitos levantam ponderações sobre o Bolsa Família”, ponderou.

Guimarães avisou ainda que o governo está comprometido em negociar uma solução para o pagamento das emendas parlamentares, “que são legítimas e que precisam ser executadas naquilo que os parlamentares indicaram”.

Ao liberar o pagamento das emendas, o Supremo Tribunal Federal (STF) impôs critérios para transparência e rastreabilidade dos recursos não previstos na Lei sobre as emendas aprovada pelo parlamento e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista ao portal de notícias Jota, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), reconheceu que a decisão do STF criou dificuldades para o andamento dos projetos na Câmara.

Pacote de cortes - Os projetos de lei 210/2024 e 4612/2024, que tiveram a urgência aprovada, limitam o crescimento real do salário mínimo à 2,5% acima da inflação, entre outras mudanças. Atualmente, o salário mínimo é corrigido com base no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.

O pacote também prevê regras cadastrais mais rígidas para Bolsa Família e BCP, além de novos critérios para acesso ao BPC, que é o benefício pago às pessoas com deficiência e idosos de baixa renda que não conseguiram cumprir as exigências para acessar a aposentadoria.

Deputados e partidos que apoiam o governo apresentaram restrições a esses cortes. O deputado petista Valmir Assunção (PT-BA) pediu que a equipe econômica do governo reveja essas restrições ao BPC.

“Nós não podemos aceitar que, em nome do ajuste fiscal, em nome de corte de gastos, se dificulte o acesso das pessoas com deficiência ou idosos ao BPC, porque o BPC é um instrumento fundamental para as pessoas mais pobres que existem na sociedade”, afirmou.

O líder do PSB, partido da base do governo, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), afirmou que o partido vota a urgência, mas pediu diálogo em relação ao mérito. “Entendemos que nós precisamos dialogar daqui para frente em relação ao mérito”, disse.

A oposição liderada pelo PL e Novo obstruiu a votação. O líder Marcel van Hatten (Novo-RS) pediu um corte de gastos maior. “É imperioso que este Parlamento faça as emendas necessárias para dar um verdadeiro ajuste fiscal ao Brasil e não esse projeto, que só gerou ainda piora maior no mercado”, afirmou.

O PSOL indicou o voto contrário por entender que não deve haver restrições ao salário-mínimo e ao BPC, como explicou o líder do partido, deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

“E essas propostas não são insuficientes porque arrocham pouco, cortam poucas despesas sobre os mais pobres; elas são equivocadas porque atingem exatamente os mais pobres. Esse é o velho jogo ultraneoliberal”, disse o parlamentar fluminense.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Grupo armado visita de madrugada rua de homem jogado de ponte e pergunta por seu paradeiro

Os vídeos mostram três homens armados circulando pela Rua Comendador Artur Capodaglio entre 0h39 e 1h23

A Corregedoria da PM apura as circunstâncias do caso

A madrugada de quarta-feira (4) foi marcada pelo medo em Americanópolis, na zona sul de São Paulo, quando homens armados em um carro descaracterizado circularam pela rua onde vivia Marcelo Barbosa Amaral, de 25 anos. Marcelo foi jogado de uma ponte por um policial militar na última segunda-feira (2), conforme mostrado em vídeo amplamente divulgado. A presença do grupo foi registrada em vídeos aos quais o Metrópoles teve acesso e gerou apreensão entre os moradores da região, que já estavam assustados com a violência policial.

Os vídeos mostram três homens armados circulando pela Rua Comendador Artur Capodaglio entre 0h39 e 1h23. No primeiro registro, é possível vê-los caminhando pela rua com armas em punho. Em outro momento, às 0h44, um dos homens bate em um portão e grita, aparentemente chamando por um morador. Já no terceiro vídeo, o carro para, e o grupo aborda duas pessoas separadamente, sempre com armas à mostra.

De acordo com relatos de vizinhos, os homens afirmavam ser da Corregedoria da Polícia Militar e exibiam fotos de Marcelo, perguntando pelo paradeiro dele. Embora o uso de agentes descaracterizados em operações seja comum, o horário da abordagem e as circunstâncias levantaram questionamentos entre os moradores. "Foi muito assustador. Eles paravam qualquer pessoa e não explicavam direito o que estavam fazendo", disse uma testemunha que preferiu não se identificar.

Investigação intensificada

Na mesma quarta-feira, o bairro recebeu a visita de policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Dessa vez em viaturas caracterizadas, eles informaram aos moradores que buscavam Marcelo para que ele prestasse depoimento e formalizasse sua posição sobre o episódio violento.

Marcelo não reside mais na rua há anos, tendo mudado para outra casa no mesmo bairro. Contudo, após a repercussão do caso, ele teria deixado São Paulo e buscado refúgio no interior. A situação reflete o clima de insegurança no bairro, que é caracterizado por ruas estreitas, casas coladas umas às outras e alta densidade populacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Senado avança na regulamentação da inteligência artificial no Brasil

Votação da comissão provisória foi simbólica e agora o texto segue para discussão no plenário do Senado

Brasília (DF) 09/07/2024 Reunião da Comissão Temporária Interna do Senado que analisa o projeto de lei (PL 2.338/2023) que regula o uso da inteligência artificial no Brasil. (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

Após mais de um ano de debates, a comissão provisória do Senado aprovou, nesta quinta-feira (5), o projeto de lei que regulamenta o uso da inteligência artificial (IA) no Brasil. Segundo o jornal O Globo a votação foi simbólica, resultado de um acordo entre os senadores, e agora o texto segue para discussão no plenário do Senado. Caso seja aprovado, será encaminhado à Câmara dos Deputados para novas análises.

A proposta foi apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com base nas sugestões de um grupo de especialistas, e foi relatada por Eduardo Gomes (PL-TO), que apresentou seis versões do texto ao longo de quase 18 meses. O presidente da comissão, Carlos Viana (Podemos-MG), comentou que o relatório não é o "melhor", mas o "possível" de ser analisado no contexto atual.

O projeto estabelece a criação do Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA), que será responsável pela supervisão do uso de IA no Brasil, coordenado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Uma das principais medidas do projeto, de acordo com a reportagem, prevê que empresas que infringirem as normas poderão ser multadas em até R$ 50 milhões ou 2% do seu faturamento bruto, além de poderem enfrentar suspensão parcial ou total de seus sistemas de IA.

Um dos pontos centrais da proposta envolveu a questão dos direitos autorais. O projeto exige que empresas que utilizem conteúdos protegidos por direitos autorais para treinar ou desenvolver novos sistemas paguem aos titulares das obras. A remuneração será calculada com base nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, levando em consideração o porte da empresa e os efeitos concorrenciais gerados pelos novos sistemas.

Contudo, a proposta prevê exceções, como o uso de conteúdos protegidos em instituições científicas, museus, arquivos públicos e bibliotecas, desde que as ferramentas não tenham fins comerciais.

Outro foco importante do debate foi a classificação dos sistemas de alto risco, que terão uma regulamentação mais rigorosa. Entre esses, destacam-se os sistemas de IA utilizados em áreas como saúde, segurança e educação. Algoritmos de internet inicialmente incluídos na lista de alto risco foram retirados, após pressão das empresas de tecnologia.

A proposta também inclui um artigo que determina que a regulação sobre a circulação de conteúdo online e a moderação por IA deverá ser tratada exclusivamente por meio de legislação específica, preservando a liberdade de expressão. Além disso, empresas que desenvolvem sistemas de alto risco terão que realizar testes de segurança e adotar medidas para mitigar vieses discriminatórios.

No que diz respeito aos sistemas classificados como de "risco excessivo", que terão uso proibido, o projeto inclui ferramentas para avaliação de risco de crimes e para seleção de cidadãos pelo Poder Público no acesso a bens e serviços.

Por fim, o projeto propõe regimes simplificados para incentivar a inovação, a pesquisa científica e tecnológica, além de atender a projetos de interesse público que envolvam políticas industriais e soluções para problemas sociais no Brasil.

A proposta não se aplica à testagem e desenvolvimento de ferramentas antes de serem lançadas no mercado, a sistemas desenvolvidos exclusivamente para fins de defesa nacional, e aos serviços de infraestrutura de dados.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bolsa Família amplia alcance em 2024 sem aumentar gastos

Gestão e correção de cadastros aumentaram a cobertura do Bolsa Família, atendendo 4,8 milhões de novas famílias e mantendo o controle financeiro

(Foto: Sergio Amaral/MDS | Ricardo Stuckert/PR)

O programa Bolsa Família, um dos principais pilares de assistência social do Brasil, fez aportes de R$ 682 mensais a 20,8 milhões de famílias em 2024, totalizando R$ 170,2 bilhões. A checagem das condicionalidades exigidas pelo programa, como vacinação de crianças, frequência escolar e exames pré-natais para gestantes, alcançou um índice superior a 80%, refletindo a eficácia das políticas de monitoramento. Além disso, mais de 2 mil municípios foram contemplados com medidas especiais de enfrentamento de desastres, especialmente no Rio Grande do Sul, afetado por fortes chuvas e enchentes entre maio e junho.

Em termos de apoio a gestantes, o programa se mostrou eficiente ao destinar R$ 455 milhões a mais de 1,2 milhão de mulheres grávidas, até novembro deste ano. Segundo o governo federal, tudo isso foi feito sem aumentar os gastos em relação ao ano anterior, mantendo o número de famílias atendidas semelhante ao de 2023. Em comparação com 2023, o valor total de repasses foi quase o mesmo, com uma leve diferença de R$ 200 milhões a menos, enquanto o número de famílias atendidas foi apenas 200 mil inferior.

O sucesso de 2024, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), se deve a uma "correção do foco" do programa, que passou por um processo de qualificação das informações cadastrais e melhorias na habilitação ao Bolsa Família. Isso ficou mais claro em 2023, quando mais de 3,9 milhões de famílias foram retiradas do programa após um "pente-fino" nos cadastros deixados pela gestão anterior.

Entretanto, com base em critérios de necessidade real, 2,8 milhões de novas famílias foram incluídas naquele ano. Em 2024, o processo continuou, com 2 milhões de famílias novas entrando no programa, enquanto 3 milhões foram descredenciadas.

Somando os dois anos de ajustes, 4,8 milhões de famílias que atendem aos critérios de elegibilidade foram incluídas no programa, enquanto 6,9 milhões foram descredenciadas por não atenderem aos requisitos.

O balanço do MDS reforça que as exclusões não ocorreram de maneira abrupta, principalmente em casos de famílias que passaram a contar com novas fontes de renda, como trabalho assalariado ou autônomo. Mesmo assim, 2,8 milhões de famílias que começaram a ter aumento de renda continuaram recebendo os benefícios, em fase de transição para maior autonomia financeira.

Ao comparar os investimentos, o Auxílio Brasil de 2022, em plena campanha eleitoral, representava um valor bem inferior ao montante aplicado atualmente, com o programa de 2024 já alcançando R$ 14,1 bilhões mensais.

Fonte: Brasil 247