quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Ciro exalta Derrite apesar de violência policial em SP: "merece aplausos e será nosso candidato ao governo ou ao Senado"

Presidente do PP compara gestão de Derrite a do ditador Nayib Bukele, presidente de El Salvador, destacando política de segurança como trunfo eleitoral

Ciro Nogueira (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente do Partido Progressista (PP), senador Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu publicamente a gestão de Guilherme Derrite (PL-SP) à frente da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, mesmo diante de graves casos de violência policial e aumento na letalidade da PM. De acordo com reportagem da Folha, durante uma reunião em Brasília nesta semana, Nogueira reforçou o apoio a Derrite e o destacou como peça central para a chapa majoritária nas eleições estaduais de 2026. "Ele é nosso candidato a governador, caso Tarcísio [de Freitas] dispute a Presidência. Se Tarcísio optar pela reeleição, Derrite será o nosso candidato ao Senado", afirmou.

Os elogios de Ciro ocorrem em um momento em que a gestão de Derrite enfrenta duras críticas. Nos primeiros nove meses do ano, as mortes causadas por ações policiais subiram 82% no estado. Casos recentes, como o assassinato de uma criança de 4 anos em uma operação policial e a morte de um homem jogado de uma ponte por um policial militar, ganharam repercussão nacional e alimentaram o debate sobre violência e abuso de poder na corporação. Ainda assim, Ciro minimizou: "As imagens chocam. Temos que condenar. Mas são fatos isolados."

◉ Segurança como prioridade e comparação com Bukele

Para Nogueira, a segurança pública tornou-se a principal preocupação da população brasileira, o que reforça a importância de lideranças como Derrite. "A sensação de insegurança é muito grande. A polícia prende o mesmo bandido 30 vezes. As pessoas se sentem desamparadas", disse, citando pesquisas que mostram o tema como prioridade nas eleições.

O senador também comparou a gestão de Derrite à do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, conhecido por sua política de segurança repressiva. "Não tenho dúvida de que, se não fosse a polarização de [Jair] Bolsonaro contra Lula, surgiria no Brasil uma liderança como Bukele", afirmou. Bukele, reeleito com 83% dos votos, foi amplamente criticado por organizações de direitos humanos após prender mais de 75 mil pessoas sem acusação formal.

◉ Derrite como trunfo político

Ciro destacou ainda que a popularidade do governador Tarcísio de Freitas cresceu mesmo após ações policiais controversas. Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, a aprovação de Tarcísio subiu de 61,9% para 71,6% após a Operação Verão, que resultou na morte de 47 pessoas em confrontos policiais. "Não estamos justificando nem apoiando a violência policial. Mas a população reage de outra forma, justamente porque vê a segurança como principal problema do país", afirmou.

Para o presidente do PP, Derrite reúne as credenciais para representar o projeto político do partido. "O trabalho que ele vem fazendo é um trunfo importante. A sociedade demanda uma atuação firme, e Derrite tem entregado resultados", concluiu. Com o apoio declarado de Ciro Nogueira, o secretário já desponta como figura central para 2026, seja na disputa pelo governo do estado ou pelo Senado.

Fonte: Brasil 247

Em vídeo gravado para conferência de extrema direita, Bolsonaro elogia Milei, pede anistia por 8/1 e nega tentativa de golpe

“Não houve golpe. Nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais, mas Lula da Silva quer dizer que eu tentei dar um golpe de Estado”, disse

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Fábio Matos, Infomoney - Em uma mensagem gravada, já que está com o passaporte retido pela Justiça brasileira e não pode deixar o país, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não poupou elogios ao mandatário da Argentina, Javier Milei, na abertura de mais uma edição da CPAC (Conservative Political Action Conference – ou Conferência de Ação Política Conservadora, na tradução em português), nesta quarta-feira (4), em Buenos Aires.

Trata-se do principal fórum de debates envolvendo as forças políticas mais conservadoras em nível global. Desta vez, o anfitrião do encontro é o presidente da Argentina, Javier Milei, aliado de Bolsonaro e do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

No vídeo, exibido na abertura da conferência, Bolsonaro elogiou o governo do aliado argentino.

“Prezado Javier Milei, meus cumprimentos pelo jeito que você está conduzindo essa nação e conseguindo ótimos resultados. Parabéns pelas medidas, às vezes salgadas, que você está tomando, que estão dando resultado”, disse o brasileiro.

“Nós fizemos no Brasil algo parecido com o que você está fazendo na Argentina, mas tivemos dois problemas: a pandemia e a guerra na Ucrânia. Nós também reduzimos a carga tributária e por três meses consecutivos tivemos deflação. Eu espero que a Argentina continue nessa linha. Os problemas vão aparecendo, mas vamos driblando”, prosseguiu Bolsonaro, comparando a gestão de Milei ao seu governo no Brasil (entre 2019 e 2022).

A CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora) teve origem nos EUA, em 1974, em meio à crise política no país em função do escândalo de Watergate, que culminou na renúncia do então presidente Richard Nixon

“A volta de Donald Trump [nos EUA] nos dá forças. Ele já reclamou da anistia do filho do [Joe] Biden, sugeriu que também haveria anistia aos invasores do Capitólio, o que nos leva a defender que também exista anistia aos patriotas que saíram às ruas em 8 de janeiro no Brasil”, completou Bolsonaro, reiterando sua defesa de uma anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

Em seu discurso, o ex-presidente da República aproveitou para agradecer a Milei por ter “recebido” vários condenados pelo 8 de janeiro que fugiram para a Argentina – e pediram refúgio ao país. “Lutamos pela anistia dessas pessoas”, disse o ex-presidente.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou ao país vizinho pedidos de extradição de 63 foragidos que participaram dos atos de 8 de janeiro do ano passado em Brasília (DF). Na ocasião, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto foram invadidos e depredados.

◉ Golpe de Estado - Em sua fala exibida na CPAC, Jair Bolsonaro voltou a afirmar que é alvo de uma perseguição jurídica no Brasil. O ex-presidente é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no país, no fim de 2022, com o intuito de evitar a posse de Lula. Bolsonaro também é alvo dos inquéritos sobre a suposta fraude em cartões de vacinação e sobre as joias sauditas.

“Não houve golpe. Nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais, mas Lula da Silva quer dizer que eu tentei dar um golpe de Estado”, disse Bolsonaro. “Temos um juiz na Suprema Corte que não segue o devido processo legal. Ele se faz de vítima. E por isso não tenho meu passaporte. Mas espero que me devolvam para eu poder comparecer na posse do Trump, que me convidou”, completou o ex-presidente, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

◉ CPAC em Buenos Aires - Além de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o filho “02” do ex-presidente, também participará da CPAC e deve discursar.

O estrategista político Steve Bannon, muito ligado a Trump e à extrema-direita americana, também é aguardado no encontro conservador, participando por videoconferência. Outro que confirmou presença é o advogado e comentarista político americano Ben Shapiro.

A CPAC em Buenos Aires também deve receber o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo; a ministra da Segurança do país, Patricia Bullrich; Santiago Abascal, líder da extrema-direita na Espanha; e Eduardo Velástegui, representante da direita mais radical no México. Também devem comparecer políticos conservadores de países como Uruguai, Chile, Peru e Bolívia.

O tema da edição “argentina” da CPAC é: “Defendendo a liberdade, a soberania nacional e valores tradicionais no futuro da América Latina”.

Segundo especialistas, a reunião deve se tornar um palanque político para Javier Milei, que vem tentando consolidar a imagem de grande líder conservador regional e uma das referências da direita mundial. Ele se aproximou recentemente de Trump, com quem vem construindo uma boa relação.

Na Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro (RJ), no mês passado, Milei esboçou ficar de fora da declaração final do encontro, mas acabou cedendo na última hora e autorizou os representantes do governo argentino a assinarem o documento.

A CPAC teve origem nos EUA, em 1974, em meio à crise política no país em função do escândalo de Watergate, que culminou na renúncia do então presidente Richard Nixon. Naquela época, um dos principais lemas do evento era a “defesa da Constituição” americana, em um momento de forte polarização política e embates entre movimentos sociais e de defesa de minorias e grupos mais conservadores.

Em sua história cinquentenária, a CPAC já contou com a participação de ex-presidentes dos EUA como Ronald Reagan, George W. Bush e o próprio Donald Trump, todos do Partido Republicano.

O evento chegou ao Brasil em 2019, por iniciativa de Eduardo Bolsonaro, durante o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Senador bolsonarista defende PMs que jogaram homem de ponte em SP: 'deveriam ter jogado do penhasco'

Senador Jorge Seif também disse que"tomar um banho no córrego foi um prêmio” para a vítima da agressão policial

Jorge Seif (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

 O senador Jorge Seif (PL-SC) usou as redes sociais para defender a atitude dos policiais militares de São Paulo que arremessaram um homem de uma ponte em um córrego na Zona Sul da cidade. Em um post no X (antigo Twitter), Seif defendeu a atitude dos policiais e afirmou que o único erro cometido foi não terem jogado o jovem de um penhasco.

“Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco. Porque com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio”, escreveu Seif, de acordo com O Globo.

A declaração gerou indignação, com muitos internautas criticando a postura do senador, especialmente por minimizar a gravidade da violência durante a ação policial. Seif também ironizou, sugerindo que o incidente foi um "prêmio" para o jovem e expressou apoio ao Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

O caso, que ocorreu na madrugada de segunda-feira (2), foi registrado em vídeo por testemunhas e mostra três policiais militares abordando um homem com camiseta azul. Um dos PMs então o levanta pelas pernas e o joga na água. O jovem, identificado como Marcelo, entregador de profissão, feriu o rosto na queda e foi socorrido por moradores de rua antes de ser levado a um hospital.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afastou 13 policiais militares envolvidos no incidente. O secretário Guilherme Derrite se posicionou em vídeo, declarando que a ação dos policiais "não encontra respaldo nos procedimentos operacionais" e que tais "ações isoladas não podem denegrir a imagem" da PM.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que "quem atira pelas costas ou age de maneira tão absurda não está à altura de usar essa farda". A afirmação de Tarcísio referencia a um outro caso, onde um PM de folga executou um jovem negro com 11 tiros após ele furtar uma caixa de sabão.

O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, classificou as imagens como "estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis" e determinou que o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) acompanhasse o caso. Segundo ele, a situação demonstrava que a vítima já estava dominada no momento da agressão.

A violência policial no estado de São Paulo cresceu de forma assustadora durante o primeiro ano da gestão de Tarcísio de Freitas. Os dados apontam um aumento de 51% nas mortes decorrentes de intervenção policial em 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. De janeiro a novembro deste ano, 697 mortes foram atribuídas a policiais, contra 460 em 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Mensagens revelam que Moro, Deltan e suíços agiram fora de canais oficiais contra multinacional

O caso em questão envolve a Trafigura, uma empresa de commodities com sede na Suíça

Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Marcos Corrêa/PR | Pedro de Oliveira/ALEP)

Mensagens trocadas entre procuradores brasileiros, suíços e o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro revelam um intercâmbio de informações fora dos canais oficiais sobre a multinacional Trafigura, acusada de corrupção no mercado internacional de commodities. Os diálogos, obtidos pela Operação Spoofing e divulgados pelo jornalista Jamil Chade, do UOL, trazem à tona detalhes de investigações realizadas durante a Operação Lava Jato.

As conversas incluíam procuradores da Lava Jato e autoridades suíças, que discutiam estratégias e compartilhavam dados sem registro formal. O caso em questão envolve a Trafigura, uma empresa de commodities com sede na Suíça, acusada de pagar subornos de cerca de US$5 milhões para garantir contratos no setor de petróleo em Angola. Nesta semana, a multinacional tornou-se a primeira a enfrentar julgamento criminal na Suíça por suborno a funcionário público estrangeiro.

O intercâmbio informal foi revelado em mensagens trocadas entre 2015 e 2018, acessadas pela Operação Spoofing, que investigou o hackeamento de celulares de procuradores e de Moro. Em outubro de 2015, durante uma reunião na embaixada suíça em Brasília, um representante suíço destacou o interesse em apurar supostos pagamentos de propina pela Trafigura e outras empresas a funcionários da Petrobras.

As investigações incluíam contratos entre a Petrobras e a Trafigura, além de suspeitas envolvendo Mariano Marcondes Ferraz, então diretor da empresa, que supostamente utilizou contas bancárias para pagamentos suspeitos. Em abril de 2016, o procurador suíço Stefan Lenz relatou, via Telegram, que estava "prestes a pedir a prisão de Marcondes", mas admitiu dificuldades para determinar se ele atuava em nome da Trafigura ou de outra empresa.

Em outubro de 2016, o ex-procurador Deltan Dallagnol informou a Sérgio Moro, por mensagem, que Marcondes estava no Brasil e que a força-tarefa pretendia prendê-lo antes que deixasse o país. "Caro, precisamos de uma reunião urgente. Assunto: Mariano Marcondes Ferraz da Trafigura está no Brasil", escreveu Deltan. A prisão preventiva foi decretada em menos de 24 horas.

Posteriormente, em mensagens de 2018, membros da força-tarefa coordenaram a apresentação de denúncias para coincidir com o plantão da juíza Gabriela Hardt, considerada favorável às ações da Lava Jato. "Acho ótimo se Gabriela não estiver em férias", escreveu Deltan.

Questionados sobre as revelações, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol não comentaram o caso. As mensagens reacendem o debate sobre as práticas adotadas pela Lava Jato, incluindo a informalidade no intercâmbio de informações internacionais e as possíveis implicações para a condução dos processos judiciais. O julgamento da Trafigura na Suíça está previsto para durar até 20 de dezembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL

Economia brasileira está a todo vapor e crescimento deve se manter, dizem analistas

 

Consumo das famílias ajudou a puxar expansão do PIB. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Analistas avaliam que a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em 0,9% no terceiro semestre reforça os avanços da economia brasileira. Para eles, o avanço mostra que o país está a todo vapor, com pleno emprego e sem capacidade ociosa.

Os Índices de Gerente de Compras (PMI), indicador de atividade calculado pela agência de risco S&P, sugerem que o ritmo pode ser mantido no quarto trimestre, mesmo com alguma desaceleração no mês de novembro.

“Os dados de novembro revelaram uma expansão mais moderada no setor industrial brasileiro. No entanto, a taxa de crescimento permaneceu elevada em relação à média histórica, indicando um desempenho robusto”, afirma Polyanna de Lima, da S&P, ao jornal O Globo.

O PMI da indústria do Brasil registrou 52,3 em novembro após ter ficado em 52,9 em outubro, segundo a S&P. Polyanna aponta, no entanto, que o índice relacionado à “capacidade utilizada do setor manufatureiro” registrou 51,1 em novembro.
Homem faz compras em mercado. Foto: Reprodução
Para ela, o número sinaliza “que o setor opera acima de seu potencial, o que sugere uma utilização plena dos recursos disponíveis”. “Esse cenário reflete uma demanda forte por produtos, impactando positivamente a produção e os investimentos, mas também pode gerar pressões inflacionárias”, prossegue.

Polyanna ainda destaca o desemprenho da indústria de transformação, que cresceu 1,3% em relação ao segundo semestre, e afirma que o setor de serviços também teve um desempenho positivo, o que “evidencia uma recuperação econômica abrangente”.

“A utilização plena da capacidade no setor industrial e o crescimento vigoroso no setor de serviços são sinais positivos, mas também trazem desafios inflacionários que precisam ser geridos com cautela para assegurar um crescimento sustentável a longo prazo”, completa.

Fonte: DCM

Homem é preso suspeito de estuprar adolescente durante voo da Azul

 

Avião da Azul: voo da companhia aérea registra caso de estupro. Foto: reprodução.

A Polícia Federal (PF) prendeu um homem suspeito de estuprar um adolescente durante um voo de São Paulo para Belém na madrugada de segunda-feira (2), conforme informações do Globo.

O suspeito iniciou uma conversa com a vítima, que estava sentada ao seu lado, enquanto os pais do adolescente ocupavam assentos separados. Ao perceber as intenções do homem, o jovem informou o pai, gerando uma discussão a bordo.

Para evitar agressões de outros passageiros, o suspeito foi isolado no banheiro até o pouso em Belém, por volta da 1h. Após a aterrissagem, a PF realizou o flagrante e encaminhou o homem ao sistema prisional do Pará.

A Justiça Federal, atendendo a um pedido do Ministério Público, fixou fiança de R$ 28,2 mil para a concessão de liberdade provisória. Até o pagamento da fiança, o suspeito permanece detido. O caso foi registrado como estupro de vulnerável.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Diretor-geral da PF nega pressões políticas em investigação sobre trama golpista

Andrei Rodrigues destaca relação harmônica com chefias militares e justifica decisões baseadas na lei

Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, durante entrevista coletiva em Brasília (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

 O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que o indiciamento de 25 militares no inquérito sobre a trama golpista de 2022 reforça que não houve interferência política para proteger membros das Forças Armadas, informa O Globo. A declaração ocorreu em entrevista coletiva em Brasília.

“Não houve nenhuma questão política que obstasse medidas que nós deveríamos tomar, tanto que há pela primeira vez na história do Brasil um general preso”, disse Rodrigues. Ele também destacou a cooperação entre a Polícia Federal e os atuais comandantes das Forças Armadas. Segundo ele, o contato com as chefias militares tem ocorrido de forma "absolutamente harmoniosa" e em alto nível.

O diretor-geral da PF também falou sobre a opção da corporação de não prender o general Walter Braga Netto, apontado como um dos líderes da trama golpista que pretendia assassinar o presidente Lula (PT), vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Rodrigues, não haviam requisitos legais para a prisão do militar.

“Nós não agimos com emoção, não agimos por deleite, por vontade individual. Nós agimos com a Constituição e a lei. Na avaliação da equipe de investigação, os pré-requisitos de prisão preventiva não eram aplicáveis para esse cidadão (Braga Netto)”, explicou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Polícia Federal já fez novas apreensões após entrega de relatório sobre trama golpista, diz diretor-geral

Andrei Rodrigues também disse que "existem petições que aguardam diligências, que continuam sendo cumpridas, inclusive com a oitiva de novas pessoas"

Delegado Andrei Passos (Foto: ABR | Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, informou que a corporação fez novas apreensões de materiais após a divulgação do relatório da Operação Contragolpe, que desmantelou uma trama golpista que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes.

“O inquérito principal foi concluído, mas existem petições anexas que aguardam as diligências, que continuam sendo cumpridas, inclusive com a oitiva de novas pessoas conforme a recente determinação do ministro relator, Alexandre de Moraes”, afirmou o delegado nesta quarta-feira (4), de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

O relatório de 884 páginas, divulgado na última terça-feira (26), indiciou Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas, incluindo militares de alto escalão e ex-ministros, mas deixou lacunas quanto ao conhecimento do ex-mandatário Bolsonaro sobre o plano, codificado como “Punhal Verde e Amarelo”, que visava a morte dos alvos citados.

Rodrigues também abordou a questão do codinome "Juca", utilizado pelos militares investigados para se referir a um dos alvos do plano. A identidade do "Juca", assim como a de outros alvos, permanece em segredo.

Ainda segudno a reportagem, durante o encontro com jornalistas no Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal, Rodrigues também comentou sobre a investigação da “Abin Paralela” – um suposto esquema de monitoramento ilegal de adversários e críticos do governo Bolsonaro, que inclui jornalistas, parlamentares e membros do STF. O delegado revelou que há esforços para concluir este inquérito até o final de 2024.

“Em relação à Abin Paralela, o trabalho segue em andamento, e há a expectativa de conclusão ainda este ano. A investigação está tomando o tempo necessário para que todos os aspectos sejam devidamente apurados”, afirmou Rodrigues. O diretor-geral também destacou que a operação Contragolpe revelou táticas de ocultação de rastros pelos militares envolvidos, que teriam estudado o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco para dificultar investigações.

“O que se percebeu é que havia uma intenção de dificultar eventuais investigações. Eles estudaram o caso Marielle para aprender como se evadir e não deixar rastros”, detalhou o delegado. Ele acrescentou que, além de tomarem precauções como habilitar celulares em nome de terceiros, os envolvidos no plano usaram transporte alternativo para evitar o rastreamento.

Em relação às metas da Polícia Federal para 2025, Andrei Rodrigues mencionou que a corporação planeja a realização de um concurso para contratar 1.800 novos policiais e 700 agentes administrativos. Além disso, o orçamento da PF para o próximo ano está sendo ampliado, com uma previsão de aumento de R$ 800 milhões, a fim de reforçar a estrutura da instituição.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Apucarana é destaque em livro de microcrédito da Fomento Paraná



Pela primeira vez, um “case” de sucesso de Apucarana foi selecionado para o Livro do Microcrédito da Fomento Paraná. A publicação conta as histórias do empreendedor David Angelo e Silva, especialista na localização de vazamentos em encanamentos, e da agente de crédito Edi Arcas Aquino, especialista em atender pequenos empreendedores.

O prefeito Junior da Femac afirma que o Livro de Microcrédito é uma iniciativa da Fomento Paraná, junto com o Sebrae e a Mais Finanças. “Essa é a quarta edição da publicação e pela primeira vez uma história de Apucarana foi selecionada. O livro apresenta histórias de sucesso de pequenos negócios, que promovem práticas de sustentabilidade. Ao todo, a publicação traz 28 cases de sucesso de todo o Paraná Paraná e, juntamente, a história do agente de crédito responsável pelo atendimento”, explica Junior da Femac, afirmando que a publicação foi oficialmente apresentada no Encontro Estadual de Agentes de Crédito, ocorrido no final de novembro, em Foz do Iguaçu.

O prefeito lembra que somente em 2024 o Banco da Mulher e a Sala do Empreendedor já liberaram mais de R$ 1,6 milhão em microcrédito. “As operações realizadas colocam Apucarana no top 3 do microcrédito no Paraná. Desse montante, 61% atenderam mulheres e 39% homens. Os recursos contribuem para alavancar os pequenos negócios e o resultado desse trabalho poderá ser conferido nesta publicação, que serve de modelo e inspiração para empreendedores de todo o Paraná”, assinala Junior da Femac.

Essa história começa a ser contada em 2022, quando Angelo procurou o Banco da Mulher, que funciona na Prefeitura de Apucarana, onde foi atendido pela agente de crédito Edi. “Havia procurado informações em bancos comerciais, mas não recebi a atenção necessária no meu momento empresarial. Quando entrei em contato com a Edi, recebi a atenção e as informações necessárias para decidir sobre o empréstimo”, observa Angelo.

O empreendedor afirma que optou pelo microcrédito chamado Micro Fácil, sendo que o valor do empréstimo foi de R$ 12.500. “Parcelei em 33 vezes, com três meses de carência, e já estou terminando de quitar o empréstimo. Com os recursos liberados, adquiri um desemtupidor de tubulação e um geofone eletrônico para localização de vazamentos”, revela.

De acordo com ele, os equipamentos permitem localizar os vazamentos no encanamento, sem precisar quebrar pisos e paredes nos imóveis dos clientes. “Percebi que esse serviço poderia solucionar um grande problema dos clientes, que estavam preocupados com o aumento da sua conta de água por causa de vazamentos. Além dos benefícios aos clientes e ao meio ambiente, consegui também aumentar em mais de 50% o meu faturamento”, relata, acrescentando que a nova tecnologia aplicada passou a representar um diferencial no mercado.

Além do carisma e do amor pelo que faz, o que também chamou a atenção da agente de crédito Edi é que o empreendimento atendia os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, especialmente o ODS 6, referente à água potável e saneamento. “O empreendimento contribui para a economia de gastos, incentivando a utilização da água de forma responsável e sem desperdícios. É um negócio que ajuda nossa cidade a se tornar mais sustentável, contribuindo para o equilíbrio do meio ambiente”, ressalta Edi.

Na publicação, Edi relata como a experiência de agente de crédito transformou a sua vida. “Durante 9 anos trabalhei em bancos comerciais e por 5 anos fui gerente de agência de um grande banco nacional. O que mais me frustrava no trabalho é que as metas e desempenho da agência tinham que estar, muitas vezes, à frente das necessidades dos clientes”, conta.

Edi afirma que se sente realizada como agente de crédito, função desempenhada há 5 anos. “Por meio de conhecimentos que obtive na carreira profissional e acadêmica, além dos cursos e atualizações que a Fomento Paraná e o Sebrae oferecem, posso auxiliar empresários a desenvolver seus empreendimentos e, dessa forma, melhorar a vida deles, de suas famílias e de toda a comunidade”, disse a agente de crédito.

A secretária municipal de Fazenda, Sueli Pereira, destaca o trabalho desenvolvido pela equipe de microcrédito. “O agente de crédito é o elo de ligação, um facilitador neste processo. O objetivo é proporcionar ao empreendedor uma oportunidade de crescimento e os pequenos negócios fazem com que o dinheiro fique na cidade, modificando a vida do bairro e das pessoas no seu entorno”, reforça Sueli.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Com Lula, pobreza e extrema pobreza atingem menor nível no país desde 2012, diz IBGE

Segundo o IBGE, a população pobre no Brasil caiu de 67,7 milhões para 59 milhões entre 2022 e 2023, atingindo o menor nível desde 2012

Lula (Foto: Reprodução/Twitter | ABr | Reprodução/Youtube)

Por Bruno de Freitas Moura, repórter da Agência Brasil - O Brasil terminou 2023 com os menores níveis de pobreza e de extrema pobreza já registrados pela Síntese de Indicadores Sociais, pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2012. Apesar do recuo, os dados divulgados nesta quarta-feira (4) mostram que 58,9 milhões de pessoas ainda viviam na pobreza; enquanto 9,5 milhões, na extrema pobreza.

O estudo leva em conta a chamada pobreza monetária, ou seja, a família não ter rendimentos suficientes para prover o bem-estar. Para traçar as linhas limites, o IBGE utilizou o critério do Banco Mundial de US$ 2,15 por pessoa por dia (ou R$ 209 por mês) para a extrema pobreza e de US$ 6,85 por pessoa por dia (ou R$ 665 por mês) para a pobreza.

A proporção da população na extrema pobreza terminou 2023 em 4,4%. O índice era 6,6% em 2012 e 5,9% em 2022. Entre os dois últimos anos da pesquisa, 3,1 milhões de pessoas deixaram de ser extremamente pobres, ou seja, passaram a poder contar com o equivalente a pelo menos US$ 2,15 por dia.

Em relação à pobreza, a proporção da população com o equivalente a menos de US$ 6,85 por dia ficou em 27,4%. O índice era de 34,7% em 2012 e de 31,6% em 2022. Entre 2022 e 2023, 8,7 milhões de pessoas deixaram de ser pobres.

Emprego e renda - De acordo com o pesquisador do IBGE Bruno Mandelli Perez, dois fatores explicam as reduções da pobreza e extrema pobreza: o emprego e os benefícios sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para idosos e pessoas com deficiência.

“Tanto o mercado de trabalho quanto benefícios de programas sociais são importantes para explicar a redução na pobreza, mas o mercado de trabalho é mais importante no caso da pobreza; e os benefícios de programas sociais, na extrema pobreza”, explica.

“O aumento dos valores médios dos benefícios concedidos pelo Bolsa Família, em 2023, quando comparado com o Auxílio Brasil 2022, certamente teve impactos sobre a manutenção da trajetória de redução da pobreza e da extrema pobreza em 2023”, ressalta o texto da Síntese de Indicadores Sociais.

A pesquisa aponta que o Nordeste tem a maior proporção de pessoas na extrema pobreza (9,1%), sendo mais que o dobro da média nacional (4,4%). Já no Sul, o índice é de 1,7% da população, o mais baixo do país.

O Nordeste figura também como a região com maior parcela de pessoas pobres, 47,2%. Novamente, o Sul aparece no extremo oposto, com 14,8% - praticamente metade da proporção média do país.

Mulheres, negros e jovens - Ao analisar a população pobre, o IBGE constata que as maiores vítimas da pobreza e extrema pobreza são as mulheres, negros (conjunto de pretos e pardos) e jovens.

Enquanto a parcela de homens na pobreza é de 26,3%, a das mulheres alcança 28,4%. Em relação à extrema pobreza, as proporções são 4,3% e 4,5%, respectivamente.

No recorte por cor, entre os brancos, 17,7% são pobres. Entre os pardos, a proporção é praticamente o dobro, 35,5%; e entre os pretos, 30,8%.

Quando se observa a linha da extrema pobreza, entre os brancos são apenas 2,6%; já entre os pardos e pretos, 6% e 4,7%, respectivamente.

Analisando por faixa etária, percebe-se que a população jovem tem taxas superiores à média nacional (27,4%). Entre os que têm até 15 anos, são 44,8%. Entre 15 e 29 anos, 29,9%.

O pesquisador Bruno Perez destaca que tanto a pobreza quanto a extrema pobreza são menores em pessoas com mais de 60 anos, proporção de 11,3% e 2%, respectivamente.

“É a população que, no geral, está coberta por acesso à aposentadoria, pensões, que têm [os rendimentos] vinculados ao salário mínimo”, justifica.

Benefícios sociais - A Síntese de Indicadores Sociais traz dados que mostram a importância de benefícios sociais para a população mais pobre. Em 2023, a renda proveniente do trabalho era a principal fonte de dinheiro dos domicílios. De cada R$ 100, R$ 74,20 vinham do trabalho.

Mas no grupo de famílias com menores rendimentos, isto é, os que recebem até um quarto do salário mínimo por pessoa, os benefícios sociais representaram mais da metade do rendimento obtido. De cada R$ 100, R$ 57,10 vinham de benefícios, superando R$ 34,60 que eram originários do trabalho.

Quando a pesquisa se iniciou, em 2012, os benefícios sociais respondiam por apenas 23,5% do rendimento domiciliar dos mais pobres. Dez anos depois, essa parcela passou para 42,2%.

“Entre esses domicílios com menor rendimento, até um quarto do salário mínimo, o fator trabalho está perdendo participação, e os benefícios de programas sociais estão ganhando participação”, destaca Perez.

Os pesquisadores traçaram o comportamento da proporção de pessoas que viviam em famílias que recebiam benefícios de programas sociais. Em 2012, eram 25,6%. A proporção segue tendência praticamente de queda até chegar a 22,7% em 2019, último ano antes da pandemia de covid-19.

Por causa da pandemia, o número saltou para 36,8% em 2020, o maior já registrado, até cair a 25,8% em 2022. De 2022 para 2023, o índice subiu, representando 27,9% da população vivendo em domicílio beneficiado por programa de transferência de renda. De acordo como o IBGE, o aumento é explicado pela reedição do Bolsa Família, em março de 2023.

As maiores proporções de beneficiários – acima da média nacional – são de moradores de áreas rurais (50,9%), mulheres (29,0%), pretos (34,1%), pardos (36,4%) e crianças (42,7%).

O pesquisador Bruno Perez apresentou uma simulação de qual seria o comportamento da pobreza e da extrema pobreza se não houvesse programas de transferência de renda. Em vez de 4,4%, a extrema pobreza seria de 11,2%. A pobreza seria 32,4% em vez de 27,4%.

Desigualdade - Em 2023, o índice de Gini, indicador que mede a distribuição de renda em um país, foi 0,518, mesmo valor de 2022 e o melhor patamar já registrado na série histórica desde 2012. O Gini vai de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de zero, menos desigual é a sociedade. O pior nível de desigualdade da série foi em 2018 (0,545).

De acordo com o IBGE, se não existissem programas de transferência de renda, o indicador de 2023 estaria em 0,555.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Parecer da reforma tributária será apresentado na CCJ do Senado na próxima semana

O relator Eduardo Braga (MDB-AM) está finalizando o parecer em diálogo com líderes partidários e o governo federal

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 3/8/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O parecer da regulamentação da reforma tributária no Senado será apresentado na próxima segunda-feira (9) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, informa O Globo. A votação no colegiado está prevista para a quarta-feira (11), no mesmo dia em que o texto poderá ser levado ao plenário. Caso os senadores aprovem alterações, o projeto retornará à Câmara dos Deputados para nova análise.

O relator Eduardo Braga (MDB-AM) está finalizando o parecer em diálogo com líderes partidários e o governo federal. Na terça-feira (3), ele se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para acertar os últimos detalhes. “Apresentaremos o relatório e começaremos a discussão”, disse.

Entre os pontos de maior atenção no texto está a definição da cesta básica, cuja inclusão de carnes pelos deputados durante votação em julho gerou controvérsia. Haddad afirmou que essa questão já está resolvida e não sofrerá mudanças, mas evitou comentar outros detalhes do parecer. “Falta pouca coisa. A equipe do Braga trabalhou bem. Tem uma coisinha ou outra que vamos discutir tecnicamente. Da cesta básica não [tem discussão]”, declarou Haddad.

Outro tema sensível é a Zona Franca de Manaus. Braga sinalizou que pretende incluir no texto uma isenção da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para o comércio na região, além de retomar o imposto seletivo para armas e munições. Atualmente, a legislação aprovada pela Câmara permite a isenção de CBS para produtos comprados por empresas da Zona Franca de fornecedores externos, mas não para revenda local.

O senador alertou para o risco de distorções, já que o consumidor final da região poderia optar por adquirir mercadorias diretamente de fora da Zona Franca, principalmente via comércio eletrônico.

A Fazenda manifestou preocupação com o impacto da inclusão de novos itens na cesta básica, como carnes, no cálculo da alíquota padrão do IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Com a ampliação das isenções, técnicos estimam que o percentual do imposto possa subir para cerca de 28%.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Pix supera dinheiro e cartão de débito como pagamento mais usado, mostra pesquisa do BC

Levantamento mostrou que o serviço passou a ser usado por 76,4% da população, sendo utilizado com maior frequência por 46,1% dos entrevistados

Pix se tornou a principal modalidade de pagamentos do país (Foto: Agência Brasil )

Reuters - O Pix superou em 2024 o dinheiro e o cartão de débito como forma de pagamento mais utilizada no Brasil, de acordo com a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, divulgada nesta quarta-feira pelo Banco Central.

O levantamento mostrou que o serviço de pagamento instantâneo passou a ser usado por 76,4% da população, sendo também utilizado com maior frequência por 46,1% dos entrevistados.

Na edição anterior da pesquisa, em 2021, o Pix tinha entrado em operação há poucos meses e era usado por 46,1% da população, com percentual de frequência de 16,7%.

Em segundo lugar no levantamento atual está o cartão de débito, agora usado por 69,1% das pessoas, contra 61,7% em 2021, sendo o mais frequente agora para 17,4%.

Já o dinheiro em espécie (cédulas e moedas) é utilizado por 68,9% da população e o mais frequente para 22%. Em 2021 ele era o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, por 83,6% da população.

Na sequência aparecem cartão de crédito, débito automático, outras transferências eletrônicas e vale-refeição ou alimentação.

As cédulas e moedas de real ainda são usadas de forma mais intensa pelas pessoas com menor renda: 75% dos que recebem até dois salários mínimos e 69% entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos.

O uso do dinheiro em espécie se torna menos frequente conforme a renda aumenta, com 59,4% entre pessoas que recebem entre cinco e dez salários mínimos e 58,3% entre quem ganha mais de dez salários.

De acordo com o BC, a pesquisa ouviu duas mil pessoas entre 28 de maio e 1 de julho deste ano, sendo que mil compõem o público específico de caixas de estabelecimentos comerciais. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,1%.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Aliados avaliam que Bolsonaro repete com 'kids pretos' presos por trama golpista mesmo erro cometido com Mauro Cid

Para aliados, a estratégia do ex-mandatário de jogar para cima dos militares a culpa sobre o plano golpista poderá resultar em novas delações premiadas

Bolsonaro e militares (Foto: REUTERS/Adriano Machado | José Cruz/Agência Brasil)

 Aliados de Jair Bolsonaro (PL) estão alarmados com os rumos da investigação que envolve militares conhecidos como "kids pretos" - integrantes das forças especiais do Exército -, temendo que o ex-mandatário repita o erro cometido com o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, destaca o jornalista Valdo Cruz em sua coluna no g1. Os "kids pretos", militares especializados em operações especiais e em atividade desde 1957, estão agora no centro das investigações por envolvimento em um suposto golpe de Estado após as eleições de 2022, com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e restringir a atuação do Poder Judiciário.

Em novembro de 2023, quatro militares ligados a essa força especial foram identificados como suspeitos de tentar orquestrar o golpe. No entanto, o cenário atual revela uma tensa situação para os envolvidos, com Bolsonaro, em movimentos semelhantes aos realizados anteriormente com Cid, tentando transferir a responsabilidade das irregularidades para os militares.

Essa atitude de Bolsonaro, que tentou isentar-se de culpas em investigações como as que envolvem as joias sauditas e fraudes nos cartões de vacinação, resultou em uma delação premiada de Mauro Cid, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, segundo a reportagem, uma situação semelhante ameaça se repetir, e aliados do ex-mandatário têm recebido informações de que os "kids pretos" presos pela participação no planejamento de um golpe de Estado estão avaliando a possibilidade de seguir o mesmo caminho de Cid, assinando um acordo de delação premiada.

Famílias dos militares estariam pressionando por essa colaboração, temendo que a defesa de Bolsonaro continue a imputar a eles qualquer tipo de envolvimento no planejamento do golpe. O advogado do general Mário Fernandes, um dos nomes centrais nesse esquema, demonstrou descontentamento com a postura dos advogados de Bolsonaro, que, segundo ele, estariam assumindo o papel de promotores ao acusar os militares das Forças Especiais do Exército.

Mário Fernandes está preso desde 19 de novembro e, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, será transferido de sua prisão no Rio de Janeiro para um presídio militar em Brasília.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, deve depor novamente à Polícia Federal nesta quinta-feira (5), e pode fornecer mais informações sobre os bastidores do planejamento do golpe. Entre os pontos que devem ser abordados, está o papel dos "kids pretos", um grupo que, ao final do governo Bolsonaro, seria chefiado por Cid, antes que sua promoção para comandar o Batalhão de Forças Especiais em Goiânia fosse cancelada, logo após seu acordo de delação.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Valdo Cruz, do G1

Lula celebra queda na pobreza e extrema pobreza, que atingem menor nível no país desde 2012: “para isso fomos eleitos”

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou o avanço e destacou o compromisso de seu governo em enfrentar a desigualdade social

03.12.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia 'Nova Indústria Brasil – Missão 1: Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais', no Palacio do Planalto, Brasilia - DF (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O Brasil encerrou 2023 com os menores índices de pobreza e extrema pobreza já registrados desde 2012, conforme apontam os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da redução significativa, 58,9 milhões de brasileiros ainda viviam na pobreza, enquanto 9,5 milhões permaneciam na extrema pobreza.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou o avanço e destacou o compromisso de seu governo em enfrentar a desigualdade social. “Tirar o Brasil do Mapa da Fome e criar uma sociedade de classe média, onde todos vivam com mais dignidade. É isso que me dá alegria de ver. Para isso fomos eleitos e estamos trabalhando”, declarou Lula.

◉ Números que refletem mudanças

Os critérios utilizados pelo IBGE para definir as linhas de pobreza e extrema pobreza seguem padrões do Banco Mundial. Para a extrema pobreza, considera-se renda inferior a US$ 2,15 por pessoa ao dia (cerca de R$ 209 mensais); já a pobreza é calculada com base em rendimentos inferiores a US$ 6,85 por pessoa ao dia (aproximadamente R$ 665 mensais).

Em 2023, a extrema pobreza atingiu 4,4% da população, uma redução expressiva em comparação aos 6,6% registrados em 2012 e aos 5,9% de 2022. Isso significa que 3,1 milhões de pessoas deixaram essa condição no último ano. Já o índice de pobreza caiu para 27,4%, uma queda em relação aos 34,7% de 2012 e aos 31,6% de 2022, com 8,7 milhões de brasileiros superando essa barreira.

◉ Os fatores por trás da queda

Segundo o pesquisador do IBGE, Bruno Mandelli Perez, dois elementos foram decisivos para a redução: o fortalecimento do mercado de trabalho e os programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Tanto o mercado de trabalho quanto benefícios de programas sociais são importantes para explicar a redução na pobreza, mas o mercado de trabalho é mais importante no caso da pobreza; e os benefícios de programas sociais, na extrema pobreza”, afirmou.

A pesquisa também apontou que o aumento nos valores médios dos benefícios do Bolsa Família em 2023, quando comparados aos do Auxílio Brasil de 2022, foi crucial para a manutenção da trajetória de redução da desigualdade.

◉ Desafios regionais

Apesar dos avanços, as disparidades regionais persistem. O Nordeste lidera em proporção de extrema pobreza, com 9,1% da população, mais que o dobro da média nacional. A região também apresenta o maior índice de pobreza, com 47,2%. Em contrapartida, o Sul registrou os menores índices, com 1,7% na extrema pobreza e 14,8% na pobreza.

Fonte: Brasil 247