quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Nora de Trump diz que situação legal do sogro é como a de Bolsonaro e lança suspeitas sobre o Brasil

 

Donald Trump e a nora Lara

Lara Trump, nora de Donald Trump, fez comparações entre os desafios legais enfrentados por seu sogro nos Estados Unidos e aqueles enfrentados pelo golpista inelegível Jair Bolsonaro (PL) durante a Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC) que ocorreu nesta terça-feira, 4, na Argentina.

“Está claro que, na América, os democratas tentaram tirar Donald Trump da disputa. Vimos isso no Brasil com Bolsonaro. É o mesmo jogo, o mesmo inimigo da democracia. A solução a curto prazo é continuar lutando”, disse Lara. Ela também atacou o sistema de votação brasileiro: “Se o Brasil perder uma eleição injustamente, poderá perder o país para sempre.”

A nora de Trump aproveitou a oportunidade para elogiar as políticas econômicas do presidente argentino, Javier Milei, indicando que são mudanças merecidas pelo povo, ao contrário do que acontece quando políticos servem apenas a seus próprios interesses.

O número de argentinos que vivem abaixo da linha da pobreza aumentou no primeiro semestre deste ano e chegou a 15,7 milhões de pessoas, segundo o mais recente levantamento do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do país (Indec), divulgado nesta quinta-feira (26).

Nos Estados Unidos, a situação legal de Trump, eleito presidente, parece mais favorável do que a de Bolsonaro no Brasil. A juíza distrital Tanya Chutkan aceitou um pedido para rejeitar as acusações federais relacionadas à eleição de 2020 e ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal em um inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado, afirmando que Bolsonaro teve um papel direto e efetivo nos atos planejados por uma organização criminosa com o objetivo de derrubar a democracia, algo que não se concretizou devido a fatores alheios a sua vontade. A denúncia foi encaminhada ao PGR Paulo Gonet.

Na última semana, Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerasse a anistia aos presos pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, em uma tentativa desesperada de escapar da prisão.

Lara, 41 anos, é co-presidente do Partido Republicano e está no topo de um aparato partidário fortemente sob seu controle. É casada com Eric Trump, um dos filhos do ex-presidente dos Estados Unidos. Antes de sua associação com a família Trump, Lara tinha uma carreira em televisão como produtora e apresentadora de programas de notícias e entretenimento.

Ela desempenhou um papel significativo nas campanhas presidenciais de Donald Trump, em que atuou como conselheira sênior. É conhecida por sua presença ativa e eloquente em eventos de campanha e na mídia, defendendo as políticas e a administração de Trump.

Lara Trump também é vista como uma possível futura candidata, tendo expressado interesse em disputar um cargo no Senado pela Carolina do Norte. Seu papel junto à família Trump vai além do político e do pessoal, sendo uma peça chave na estratégia de comunicação e na manutenção do apoio da base.

Fonte: DCM

Programa de Datena no SBT terá quadro inspirado na cadeirada em Marçal

 

Ratinho e Datena, apresentadores do SBT. Foto: reprodução
Durante o programa “Turma da Massa”, nesta quarta-feira (4), o apresentador Ratinho comentou a contratação de José Luiz Datena pelo SBT e revelou detalhes de um novo quadro do programa “Tá na Hora”, chamado “Cadeirada do Datena”. A atração faz alusão à polêmica discussão entre Datena e Pablo Marçal durante um debate eleitoral que terminou em agressão.

“Como político, ele foi uma droga e não deve se meter mais nisso. Mas, como apresentador de programa policial ou esportivo, vai muito bem. Espero que dê certo no SBT”, opinou Ratinho. Ele ainda sugeriu uma mudança no nome do programa. “Falei para a Daniela [Beyruti] tirar o nome ‘Tá na Hora’ e colocar ‘Aqui Agora'”, contou, referindo-se ao clássico jornalístico da emissora.

A estreia de Datena, marcada para segunda-feira (9), será o retorno do jornalista à TV aberta, após sua saída da Band. “Vir para o SBT é cumprir meu sonho de trabalhar na casa montada pelo maior apresentador de todos os tempos”, disse Datena, referindo-se a Silvio Santos.

Segundo Mauro Lissoni, diretor de programação e artístico do SBT, a contratação é parte de uma estratégia para reforçar a grade da emissora. “Essa aposta reforça a missão de continuar inovando e entregando conteúdo de qualidade aos nossos espectadores”, explicou.

Fonte: DCM

7 ministros do STF foram alvos de plano golpista, diz PF

 

Os ministros do STF durante a posse de Zanin. Foto: reprodução

O relatório da Polícia Federal, sobre a trama golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados após as eleições de 2022, mostra que Alexandre de Moraes não foi o único ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na mira dos militares. O inquérito, tornado público por Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, cita ameaças e planos de prisão e assassinato contra Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli e Luiz Fux, além de planejar as mortes do presidente Lula (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Flávio Dino, eleito senador em 2022 e indicado para assumir o Ministério da Justiça no início do governo Lula, era outro alvo dos golpistas. “Foram identificadas anotações que demonstram a atuação do investigado para criar narrativa com a finalidade de tentar atribuir ao então ministro da Justiça Flávio Dino a responsabilidade por omissão da tentativa de golpe de Estado realizada no dia 08 de janeiro de 2023, na cidade de Brasília/DF”, diz a PF no relatório.

Entre os indiciados ao lado de Bolsonaro estão o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e outros aliados próximos, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Dino, antes mesmo de ser indicado ao STF, era um dos alvos de bolsonaristas. Foto: reprodução

A investigação aponta que o golpe estava planejado para 15 de dezembro de 2022, mas não foi executado devido à falta de apoio das Forças Armadas.

O documento destaca que Bolsonaro teria deixado o Brasil em dezembro de 2022 para evitar prisão após o fracasso na articulação do golpe. A PF identificou que ele era informado constantemente sobre os avanços do plano por Mauro Cid, que blindava o ex-presidente de envolvimento direto.

Mensagens interceptadas pela investigação revelam tentativas da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), de convencer a Aeronáutica a aderir ao plano, sem sucesso. Outras conversas mostram supostos preparativos militares, incluindo tanques “prontos para uso”, e anotações que mencionavam a frase “Lula não sobe a rampa”, em referência à posse do presidente eleito naquele ano.

A PF também indicou que, mesmo após o golpe falhar na data prevista, os conspiradores continuaram a monitorar possíveis oportunidades, culminando nos atos de 8 de janeiro de 2023.

O relatório foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que avaliará se oferecerá denúncia contra os 37 indiciados. Dentre os crimes apontados estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro negou as acusações, afirmando que sempre atuou “dentro das quatro linhas da Constituição”. Em live recente, ironizou a possibilidade de golpe com “um general da reserva e quatro oficiais superiores”.

Fonte: DCM

Nikolas parabeniza Derrite e Tarcísio pelo banho de sangue da PM em SP

 

Deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) usou as redes sociais nesta quarta-feira (4) para parabenizar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

“Parabéns ao secretário Guilherme Derrite e ao governador Tarcísio de Freitas”, escreveu o parlamentar no X (antigo Twitter).

A publicação ocorre em meio à repercussão dos recentes casos de violência policial em São Paulo.

Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem negro foi executado com 11 tiros pelo policial militar Vinicius de Lima Britto no mercado Oxxo, no Jardim Prudência, na Zona Sul de São Paulo. Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos, era acusado de furtar produtos de limpeza. O caso ocorreu em 3 de novembro, mas só veio à tona agora.

Outro caso que repercutiu aconteceu no bairro Vila Clara, também na Zona Sul da capital paulista. Na madrugada de segunda-feira (2), um homem foi jogado do alto de uma ponte por um PM.

Segundo dados do Ministério Público, as mortes cometidas por policiais militares no estado paulista aumentaram 46% até 17 de novembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023.

Fonte: DCM

Bolsonaro agradece a Milei por receber foragidos do 8/1 e se compara ao argentino

Com passaporte retido, Jair Bolsonaro participa de evento de extrema-direita na Argentina por vídeo. Foto: Agustin Marcarian/Reuters

O ex-presidente Jair Bolsonaro se comparou ao mandatário da Argentina, Javier Milei, e agradeceu ao aliado por receber refugiados condenados pelo ataque de 8 de janeiro de 2023 em seu país. A declaração foi dada em vídeo enviado ao evento de extrema-direita CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora), que acontece em Buenos Aires nesta quarta (4).

“Prezado Javier Milei, meus cumprimentos pelo jeito que você está conduzindo essa nação e conseguindo ótimos resultados. Parabéns pelas medidas, às vezes salgadas, que você está tomando, que estão dando resultado”, afirmou o ex-presidente.

Ele diz que teve um governo “parecido” com o de Milei, mas que foi atrapalhado pela pandemia de Covid-19 e a guerra entre Ucrânia e Rússia. Apesar da queda na atividade econômica da Argentina e do aumento da pobreza no país, Bolsonaro diz esperar que o aliado “continue nessa linha”.

“A volta de Donald Trump nos dá forças. Ele já reclamou da anistia do filho do Biden, sugeriu que também haveria anistia aos invasores do Capitólio, o que nos leva a defender que também exista anistia aos patriotas que saíram às ruas em 8 de janeiro no Brasil”, prosseguiu.

O ex-presidente agradeceu Milei por receber bolsonaristas que participaram do ataque e pediram refúgio na Argentina, dizendo que está “lutando pela anistia dessas pessoas”. A Justiça do país mandou prender recentemente 61 foragidos.

Bolsonaro teve que enviar um vídeo para participar do evento, já que está com o passaporte retido por ordem de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ainda atacou o magistrado durante o evento, alegando estar sendo perseguido pela Corte.

“Não houve golpe, nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais, mas Lula da Silva quer dizer que eu tentei dar um golpe de Estado. Temos um juiz na Suprema Corte que não segue o devido processo legal. Ele se faz de vítima. E por isso não tenho meu passaporte”, prossegue.

Veja trecho do discurso de Bolsonaro no evento:

Fonte: DCM

Record decide tirar Rodrigo Faro e Sheherazade do ar em 2025

Os apresentadores Rodrigo Faro e Rachel Sheherazade. Foto: Reprodução
A TV Record decidiu tirar do ar os programas “Hora do Faro” e “Domingo Record”, apresentado por Rachel Sheherazade. As mudanças fazem parte da nova programação da emissora em 2025, que contará com a transmissão do Campeonato Brasileiro.

Com as mudanças, o humorista Tom Cavalcante ganhará espaço aos domingos. Segundo o blog F5 da Folha de S.Paulo, a emissora decidiu que vai produzir uma nova temporada de “Acerte ou Caia” e avalia voltar a exibir o “Show do Tom”, transmitido entre 2004 e 2011.

Apesar de estudar não renovar o contrato de Rodrigo Faro, a emissora avalia criar uma nova edição do “Canta Comigo Teen” com o apresentador. A Record não tem nenhum projeto especial planejado para Sheherazade e ela pode ser dispensada em janeiro.

O canal de Edir Macedo tem promovido uma série de cortes no setor de Jornalismo para compensar as contratações para a cobertura esportiva. A ideia é transmitir o campeonato entre 18h e 20h30 e uma mesa-redonda apresentada por Cleber Machado após o “Domingo Espetacular”.

Fonte: DCM

Míriam Leitão critica o mercado por apoiar Bolsonaro: “Comprando e vendendo pessimismo”


O ex-presidente Jair Bolsonaro batendo o martelo após firmar a privatização da Cedae na B3. Foto: Alan Santos
A colunista Míriam Leitão, em um artigo publicado no Globo, apontou para a contradição do mercado financeiro em apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ela, os investidores “compram e vendem pessimismo” ao se mostrarem “furiosos” com o governo Lula (PT) sob o argumento de “temer a incerteza fiscal”, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4).

“Os operadores entrevistados mostram na rejeição à situação atual, temor de não saber como ficará a trajetória da dívida e o déficit público. Mas aceitam a mais imprevisível das ordens, a autoritária”, escreveu a jornalista. Segundo o estudo, 80% dos entrevistados votariam em Bolsonaro, indiciado por tramar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

Leitão ainda acusa o mercado financeiro de agir de “forma apaixonada” enquanto “deveria analisar friamente a conjuntura econômica para fazer suas alocações de recursos de terceiros”. De acordo com a jornalista, esse público ignora fatores que melhoraram a vida de brasileiros sob o governo Lula e cria “um ambiente de crise no Brasil”.
“A pobreza foi reduzida ao menor patamar da História, a economia deve crescer 3,5% este ano, depois de uma alta do PIB de 3,2% no ano passado, a situação é próxima do pleno emprego, a renda cresceu”, argumentou Míriam, afirmando que a insatisfação do mercado passa a impressão de que o Brasil vive “duas realidades paralelas”.

Fonte: DCM

Policial que vazou dados sensíveis sobre segurança de Lula será processado, diz chefe da PF

A corporação aponta que o agente havia se oferecido para colaborar com um golpe de Estado

Andrei Passos Rodrigues (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que o policial Wladimir Matos Soares, preso por envolvimento em uma trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não integrava a equipe que cuidava da segurança do petista em 2022. Segundo Rodrigues, o agente será submetido a um processo disciplinar. A declaração foi feita durante um café da manhã com jornalistas.

Rodrigues explicou que Soares foi designado apenas para atuar na segurança de prédios onde estavam chefes de Estado que vieram acompanhar a posse presidencial. Apesar disso, a PF aponta que ele vazou dados sensíveis sobre a segurança de Lula na época da transição e se ofereceu para colaborar com um golpe de Estado.

"Nessa condição ele [Wladimir Matos Soares] circulava em vários locais e um dos locais que ele circulou foi o prédio onde estava o presidente Lula, o presidente eleito, e aí passou as informações pro pessoal da Abin", explicou.

De acordo com a investigação, servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) reuniram informações de maneira ilegal para municiar planos golpistas que incluíam o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Brasil 247

Gleisi saúda Lula: 'o mercado gosta é de Milei, que joga metade da população argentina na pobreza para fazer superávit fiscal'

A presidente do PT mencionou algumas estatísticas que apontaram redução da pobreza no Brasil

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou nesta quarta-feira (4) a importância dos investimentos públicos no Brasil, para ampliar os direitos sociais dos mais pobres. Ao defender o governo Lula (PT), a petista comparou a gestão federal com o governo do presidente ultradireitista argentino, Javier Milei.

"No primeiro ano de governo Lula a pobreza no Brasil caiu ao menor nível desde o início da série de pesquisas, em 2012. Tiramos 8,7 milhões da linha de pobreza e 3,1 milhões da extrema pobreza. E vai seguir melhorando, porque é o resultado do aumento do emprego, da renda e da cobertura dos programas sociais, como o Bolsa Família, que o nosso governo está fortalecendo. Bom para o povo, bom para o país", escreveu a parlamentar na rede social X.

A deputada sugeriu que representantes do sistema financeiro precisam entender o gasto como sinônimo de investimento. "A mídia e o mercado gostam mesmo é da política do Milei, que jogou mais da metade da população da Argentina na pobreza pra fazer superávit fiscal. Deixem o Lula trabalhar!", postou Gleisi.

Em 2023, o Brasil alcançou os menores níveis de pobreza e extrema pobreza da série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou as estatísticas nesta quarta-feira (4).

O parâmetro internacional para medir a pobreza, definido pelo Banco Mundial, é de uma renda de até US$ 6,85 por pessoa por dia. Pessoas com renda abaixo disso, que equivale a cerca de R$ 665 por mês, são consideradas em situação de pobreza. O parâmetro global para a extrema pobreza é de uma renda de até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 209 mês.

Entre 2022 e 2023, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza no país. O número total desse público caiu de 67,7 milhões para 59 milhões — menor contingente desde 2012. Em proporção, passou de 31,6% para 27,4% da população. No mesmo período, 3,1 milhões de pessoas saíram dessa situação. O público total recuou de 12,6 milhões para 9,5 milhões, chegando ao menor patamar desde 2012. Em termos percentuais, a queda foi de 5,9% para 4,4% da população.

Na Argentina, o relatório do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) divulgou dados referentes ao primeiro semestre de 2024. Em solo argentino existem mais pessoas pobres do que não pobres: são quase 53%, ou seja, mais da metade da população. É o maior percentual em 20 anos.
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Lula e Milei. Foto: Ricardo Stuckert / PR | Agustin Marcarian/Reuters

Fonte: Brasil 247

Lira diz que decisão do STF afetou clima na Câmara, mas assegura que pacote fiscal será aprovado

Presidente da Câmara avaliou ainda que o momento do anúncio da isenção do IR, feito junto com o pacote de corte de gastos, foi "inadequado"

Arthur Lira (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

(Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse nesta quarta-feira que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre emendas parlamentares afetou o clima na Casa e que, neste momento, o governo não teria votos sequer para aprovar a urgência dos projetos de lei do pacote fiscal, mas, ao mesmo tempo, garantiu que a medida será aprovada nas próximas semanas.

"Temos que tratar este assunto (pacote fiscal) com toda a seriedade, o que não está sendo fácil, porque tem muitas variáveis que estão acontecendo que não dependem só da vontade do Congresso e não estão ajudando no encaminhamento de sensibilidade política neste momento", disse Lira em evento do portal Jota em Brasília.

"O fato de ter sido uma lei votada pela Câmara, pelo Senado, sancionada pelo presidente da República e logo em seguida uma outra decisão remodelando tudo o que foi votado, causa muita, muita intranquilidade legislativa", acrescentou o deputado sobre a decisão do Supremo. "Hoje, hoje, o governo não tem votos sequer para aprovar as urgências dos PLs."

Na terça, o STF votou por unanimidade para liberar o pagamento de emendas parlamentares, que estava suspenso desde agosto, mas impôs uma série de condições, como critério de transparência e planos prévios para alocação dos recursos, além de determinar que essas despesas sigam as regras do arcabouço fiscal.

Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara destacou a importância das medidas de contenção de gastos e, embora diga que será necessário muito diálogo, afirmou que as medidas serão aprovadas pelos deputados.

"O momento é instável -- e nós não podemos esconder porque ele está claro -- mas eu não tenho dúvidas que nós vamos conseguir (aprovar), ou nesta semana, ou na outra", disse.

"A gente vai dialogando, vai conversando, o governo está empenhado, é importante dizer."

Lira apontou ainda a necessidade do Congresso votar o pacote ainda neste ano para que o Orçamento seja elaborado com base nessas medidas fiscais.

O presidente da Câmara disse ainda que há uma parcela de deputados que defende cortes mais duros do que os previstos pela equipe econômica e defendeu filtros mais rígidos para programas sociais, apontando que os critérios atuais para concessão de benefícios estão "frouxos".

Sobre a reforma do Imposto de Renda, que inclui proposta do governo para isentar quem ganha até 5 mil reais mensais, com compensação por meio da taxação de quem recebe acima de 50 mil reais por mês, Lira afirmou que o Congresso tem "obrigação" de votar a proposta no ano que vem. O presidente da Câmara avaliou ainda que o momento do anúncio da isenção, feito junto com o pacote de corte de gastos, foi "inadequado".

Indagado sobre uma proposta do governo que eleva a alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL) e do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) cobrado nos Juros sobre o Capital Próprio (JCP), Lira afirmou que "não há demanda" e nem "apoio político" para votar a medida na Câmara.

Fonte: Brasil 247


'Todas as provas indicam que Bolsonaro sabia da trama golpista', diz diretor-geral da PF sobre inquérito do golpe

"Depoimento, troca de mensagens. É uma investigação muito responsável. Não são 'vozes da minha cabeça'. Tudo que está ali tem sustentação fática", disse

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que todas as provas levantadas até o momento indicam que Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento do plano golpista que visava mantê-lo no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rodrigues destacou que a investigação é "muito responsável" e que todos os elementos de prova, como depoimentos e trocas de mensagens, sustentam a acusação.

"Todos os elementos de prova indicam que sim, o ex-presidente sabia da trama golpista, por isso, isso e isso. Depoimento, troca de mensagens. É uma investigação muito responsável. Não são 'vozes da minha cabeça'. Tudo que está posto ali tem sustentação fática", afirmou Rodrigues em conversa com jornalistas no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília, de acordo com o jornal O Globo.

Rodrigues também foi questionado sobre as lacunas que ainda persistem na investigação, como a identidade de cinco militares envolvidos no plano de assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de um possível quarto alvo identificado como "Juca". O diretor-geral explicou que, apesar da conclusão do relatório de 884 páginas, ainda há diligências em andamento e que novos complementos podem ser enviados ao STF.

"Houve apreensão de mais mídias [na operação Contragolpe] e houve também uma determinação recente do ministro relator [Alexandre de Moraes] para que se faça a oitiva de determinadas pessoas. Então isso segue em trâmite", explicou o diretor-geral.

Uma das peças-chave do inquérito, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, será ouvido novamente nesta quinta-feira (5) pela PF. Cid firmou um acordo de delação premiada com a corporação e a nova oitiva ocorrerá a pedido de Moraes, que validou o acordo em 21 de novembro.

Andrei Rodrigues esclareceu que a PF não pediu a rescisão do acordo, mas elaborou um relatório apontando possíveis omissões e contradições nos depoimentos do militar. Esses pontos serão abordados durante o interrogatório.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lira considera Lula 'fortíssimo' para eleição de 2026 e diz que direita não tem outro nome além de Bolsonaro

"Todo candidato à reeleição, se a economia estiver bem situada, é fortíssimo", disse o presidente da Câmara

Lula e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira (4), durante o Fórum Jota em Brasília, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se apresenta como um "candidato fortíssimo" à reeleição, caso a economia esteja em boa situação no ano eleitoral. "Todo candidato à reeleição, se a economia estiver bem situada, é fortíssimo", destacou Lira, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Em relação à direita, Lira disse não enxergar outra opção para 2026 a não ser Jair Bolsonaro (PL), ressaltando que a elegibilidade do ex-presidente será uma questão decidida no período eleitoral. "Se tiver elegibilidade ou não, vamos saber no período da eleição. Lula já disputou eleição assim", lembrou, referindo-se à eleição de 2018, quando Lula, preso, ainda liderava a chapa do PT e foi substituído por Fernando Haddad apenas pouco antes do primeiro turno.

Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma reunião que realizou com embaixadores quando era presidente para fazer alegações falsas contra a integridade do sistema eletrônico de votação do Brasil antes da eleição de 2022.

Lira também fez uma reflexão sobre a falta de alternativas viáveis para uma terceira via em 2026, sugerindo que, caso o cenário eleitoral seja semelhante ao de 2018, outras opções de candidatos poderiam se tornar “escassas”.

O presidente da Câmara também abordou sua visão sobre o seu futuro após o término de seu mandato à frente da presidência da Câmara. Segundo a reportagem, Lira afirmou que está concentrado em sua sucessão e não cria expectativas sobre os passos que tomará depois de deixar o cargo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Ciro exalta Derrite apesar de violência policial em SP: "merece aplausos e será nosso candidato ao governo ou ao Senado"

Presidente do PP compara gestão de Derrite a do ditador Nayib Bukele, presidente de El Salvador, destacando política de segurança como trunfo eleitoral

Ciro Nogueira (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente do Partido Progressista (PP), senador Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu publicamente a gestão de Guilherme Derrite (PL-SP) à frente da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, mesmo diante de graves casos de violência policial e aumento na letalidade da PM. De acordo com reportagem da Folha, durante uma reunião em Brasília nesta semana, Nogueira reforçou o apoio a Derrite e o destacou como peça central para a chapa majoritária nas eleições estaduais de 2026. "Ele é nosso candidato a governador, caso Tarcísio [de Freitas] dispute a Presidência. Se Tarcísio optar pela reeleição, Derrite será o nosso candidato ao Senado", afirmou.

Os elogios de Ciro ocorrem em um momento em que a gestão de Derrite enfrenta duras críticas. Nos primeiros nove meses do ano, as mortes causadas por ações policiais subiram 82% no estado. Casos recentes, como o assassinato de uma criança de 4 anos em uma operação policial e a morte de um homem jogado de uma ponte por um policial militar, ganharam repercussão nacional e alimentaram o debate sobre violência e abuso de poder na corporação. Ainda assim, Ciro minimizou: "As imagens chocam. Temos que condenar. Mas são fatos isolados."

◉ Segurança como prioridade e comparação com Bukele

Para Nogueira, a segurança pública tornou-se a principal preocupação da população brasileira, o que reforça a importância de lideranças como Derrite. "A sensação de insegurança é muito grande. A polícia prende o mesmo bandido 30 vezes. As pessoas se sentem desamparadas", disse, citando pesquisas que mostram o tema como prioridade nas eleições.

O senador também comparou a gestão de Derrite à do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, conhecido por sua política de segurança repressiva. "Não tenho dúvida de que, se não fosse a polarização de [Jair] Bolsonaro contra Lula, surgiria no Brasil uma liderança como Bukele", afirmou. Bukele, reeleito com 83% dos votos, foi amplamente criticado por organizações de direitos humanos após prender mais de 75 mil pessoas sem acusação formal.

◉ Derrite como trunfo político

Ciro destacou ainda que a popularidade do governador Tarcísio de Freitas cresceu mesmo após ações policiais controversas. Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, a aprovação de Tarcísio subiu de 61,9% para 71,6% após a Operação Verão, que resultou na morte de 47 pessoas em confrontos policiais. "Não estamos justificando nem apoiando a violência policial. Mas a população reage de outra forma, justamente porque vê a segurança como principal problema do país", afirmou.

Para o presidente do PP, Derrite reúne as credenciais para representar o projeto político do partido. "O trabalho que ele vem fazendo é um trunfo importante. A sociedade demanda uma atuação firme, e Derrite tem entregado resultados", concluiu. Com o apoio declarado de Ciro Nogueira, o secretário já desponta como figura central para 2026, seja na disputa pelo governo do estado ou pelo Senado.

Fonte: Brasil 247

Em vídeo gravado para conferência de extrema direita, Bolsonaro elogia Milei, pede anistia por 8/1 e nega tentativa de golpe

“Não houve golpe. Nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais, mas Lula da Silva quer dizer que eu tentei dar um golpe de Estado”, disse

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Fábio Matos, Infomoney - Em uma mensagem gravada, já que está com o passaporte retido pela Justiça brasileira e não pode deixar o país, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não poupou elogios ao mandatário da Argentina, Javier Milei, na abertura de mais uma edição da CPAC (Conservative Political Action Conference – ou Conferência de Ação Política Conservadora, na tradução em português), nesta quarta-feira (4), em Buenos Aires.

Trata-se do principal fórum de debates envolvendo as forças políticas mais conservadoras em nível global. Desta vez, o anfitrião do encontro é o presidente da Argentina, Javier Milei, aliado de Bolsonaro e do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

No vídeo, exibido na abertura da conferência, Bolsonaro elogiou o governo do aliado argentino.

“Prezado Javier Milei, meus cumprimentos pelo jeito que você está conduzindo essa nação e conseguindo ótimos resultados. Parabéns pelas medidas, às vezes salgadas, que você está tomando, que estão dando resultado”, disse o brasileiro.

“Nós fizemos no Brasil algo parecido com o que você está fazendo na Argentina, mas tivemos dois problemas: a pandemia e a guerra na Ucrânia. Nós também reduzimos a carga tributária e por três meses consecutivos tivemos deflação. Eu espero que a Argentina continue nessa linha. Os problemas vão aparecendo, mas vamos driblando”, prosseguiu Bolsonaro, comparando a gestão de Milei ao seu governo no Brasil (entre 2019 e 2022).

A CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora) teve origem nos EUA, em 1974, em meio à crise política no país em função do escândalo de Watergate, que culminou na renúncia do então presidente Richard Nixon

“A volta de Donald Trump [nos EUA] nos dá forças. Ele já reclamou da anistia do filho do [Joe] Biden, sugeriu que também haveria anistia aos invasores do Capitólio, o que nos leva a defender que também exista anistia aos patriotas que saíram às ruas em 8 de janeiro no Brasil”, completou Bolsonaro, reiterando sua defesa de uma anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

Em seu discurso, o ex-presidente da República aproveitou para agradecer a Milei por ter “recebido” vários condenados pelo 8 de janeiro que fugiram para a Argentina – e pediram refúgio ao país. “Lutamos pela anistia dessas pessoas”, disse o ex-presidente.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou ao país vizinho pedidos de extradição de 63 foragidos que participaram dos atos de 8 de janeiro do ano passado em Brasília (DF). Na ocasião, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto foram invadidos e depredados.

◉ Golpe de Estado - Em sua fala exibida na CPAC, Jair Bolsonaro voltou a afirmar que é alvo de uma perseguição jurídica no Brasil. O ex-presidente é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no país, no fim de 2022, com o intuito de evitar a posse de Lula. Bolsonaro também é alvo dos inquéritos sobre a suposta fraude em cartões de vacinação e sobre as joias sauditas.

“Não houve golpe. Nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais, mas Lula da Silva quer dizer que eu tentei dar um golpe de Estado”, disse Bolsonaro. “Temos um juiz na Suprema Corte que não segue o devido processo legal. Ele se faz de vítima. E por isso não tenho meu passaporte. Mas espero que me devolvam para eu poder comparecer na posse do Trump, que me convidou”, completou o ex-presidente, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

◉ CPAC em Buenos Aires - Além de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o filho “02” do ex-presidente, também participará da CPAC e deve discursar.

O estrategista político Steve Bannon, muito ligado a Trump e à extrema-direita americana, também é aguardado no encontro conservador, participando por videoconferência. Outro que confirmou presença é o advogado e comentarista político americano Ben Shapiro.

A CPAC em Buenos Aires também deve receber o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo; a ministra da Segurança do país, Patricia Bullrich; Santiago Abascal, líder da extrema-direita na Espanha; e Eduardo Velástegui, representante da direita mais radical no México. Também devem comparecer políticos conservadores de países como Uruguai, Chile, Peru e Bolívia.

O tema da edição “argentina” da CPAC é: “Defendendo a liberdade, a soberania nacional e valores tradicionais no futuro da América Latina”.

Segundo especialistas, a reunião deve se tornar um palanque político para Javier Milei, que vem tentando consolidar a imagem de grande líder conservador regional e uma das referências da direita mundial. Ele se aproximou recentemente de Trump, com quem vem construindo uma boa relação.

Na Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro (RJ), no mês passado, Milei esboçou ficar de fora da declaração final do encontro, mas acabou cedendo na última hora e autorizou os representantes do governo argentino a assinarem o documento.

A CPAC teve origem nos EUA, em 1974, em meio à crise política no país em função do escândalo de Watergate, que culminou na renúncia do então presidente Richard Nixon. Naquela época, um dos principais lemas do evento era a “defesa da Constituição” americana, em um momento de forte polarização política e embates entre movimentos sociais e de defesa de minorias e grupos mais conservadores.

Em sua história cinquentenária, a CPAC já contou com a participação de ex-presidentes dos EUA como Ronald Reagan, George W. Bush e o próprio Donald Trump, todos do Partido Republicano.

O evento chegou ao Brasil em 2019, por iniciativa de Eduardo Bolsonaro, durante o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Senador bolsonarista defende PMs que jogaram homem de ponte em SP: 'deveriam ter jogado do penhasco'

Senador Jorge Seif também disse que"tomar um banho no córrego foi um prêmio” para a vítima da agressão policial

Jorge Seif (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

 O senador Jorge Seif (PL-SC) usou as redes sociais para defender a atitude dos policiais militares de São Paulo que arremessaram um homem de uma ponte em um córrego na Zona Sul da cidade. Em um post no X (antigo Twitter), Seif defendeu a atitude dos policiais e afirmou que o único erro cometido foi não terem jogado o jovem de um penhasco.

“Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco. Porque com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio”, escreveu Seif, de acordo com O Globo.

A declaração gerou indignação, com muitos internautas criticando a postura do senador, especialmente por minimizar a gravidade da violência durante a ação policial. Seif também ironizou, sugerindo que o incidente foi um "prêmio" para o jovem e expressou apoio ao Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

O caso, que ocorreu na madrugada de segunda-feira (2), foi registrado em vídeo por testemunhas e mostra três policiais militares abordando um homem com camiseta azul. Um dos PMs então o levanta pelas pernas e o joga na água. O jovem, identificado como Marcelo, entregador de profissão, feriu o rosto na queda e foi socorrido por moradores de rua antes de ser levado a um hospital.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afastou 13 policiais militares envolvidos no incidente. O secretário Guilherme Derrite se posicionou em vídeo, declarando que a ação dos policiais "não encontra respaldo nos procedimentos operacionais" e que tais "ações isoladas não podem denegrir a imagem" da PM.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que "quem atira pelas costas ou age de maneira tão absurda não está à altura de usar essa farda". A afirmação de Tarcísio referencia a um outro caso, onde um PM de folga executou um jovem negro com 11 tiros após ele furtar uma caixa de sabão.

O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, classificou as imagens como "estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis" e determinou que o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) acompanhasse o caso. Segundo ele, a situação demonstrava que a vítima já estava dominada no momento da agressão.

A violência policial no estado de São Paulo cresceu de forma assustadora durante o primeiro ano da gestão de Tarcísio de Freitas. Os dados apontam um aumento de 51% nas mortes decorrentes de intervenção policial em 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. De janeiro a novembro deste ano, 697 mortes foram atribuídas a policiais, contra 460 em 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Mensagens revelam que Moro, Deltan e suíços agiram fora de canais oficiais contra multinacional

O caso em questão envolve a Trafigura, uma empresa de commodities com sede na Suíça

Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Marcos Corrêa/PR | Pedro de Oliveira/ALEP)

Mensagens trocadas entre procuradores brasileiros, suíços e o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro revelam um intercâmbio de informações fora dos canais oficiais sobre a multinacional Trafigura, acusada de corrupção no mercado internacional de commodities. Os diálogos, obtidos pela Operação Spoofing e divulgados pelo jornalista Jamil Chade, do UOL, trazem à tona detalhes de investigações realizadas durante a Operação Lava Jato.

As conversas incluíam procuradores da Lava Jato e autoridades suíças, que discutiam estratégias e compartilhavam dados sem registro formal. O caso em questão envolve a Trafigura, uma empresa de commodities com sede na Suíça, acusada de pagar subornos de cerca de US$5 milhões para garantir contratos no setor de petróleo em Angola. Nesta semana, a multinacional tornou-se a primeira a enfrentar julgamento criminal na Suíça por suborno a funcionário público estrangeiro.

O intercâmbio informal foi revelado em mensagens trocadas entre 2015 e 2018, acessadas pela Operação Spoofing, que investigou o hackeamento de celulares de procuradores e de Moro. Em outubro de 2015, durante uma reunião na embaixada suíça em Brasília, um representante suíço destacou o interesse em apurar supostos pagamentos de propina pela Trafigura e outras empresas a funcionários da Petrobras.

As investigações incluíam contratos entre a Petrobras e a Trafigura, além de suspeitas envolvendo Mariano Marcondes Ferraz, então diretor da empresa, que supostamente utilizou contas bancárias para pagamentos suspeitos. Em abril de 2016, o procurador suíço Stefan Lenz relatou, via Telegram, que estava "prestes a pedir a prisão de Marcondes", mas admitiu dificuldades para determinar se ele atuava em nome da Trafigura ou de outra empresa.

Em outubro de 2016, o ex-procurador Deltan Dallagnol informou a Sérgio Moro, por mensagem, que Marcondes estava no Brasil e que a força-tarefa pretendia prendê-lo antes que deixasse o país. "Caro, precisamos de uma reunião urgente. Assunto: Mariano Marcondes Ferraz da Trafigura está no Brasil", escreveu Deltan. A prisão preventiva foi decretada em menos de 24 horas.

Posteriormente, em mensagens de 2018, membros da força-tarefa coordenaram a apresentação de denúncias para coincidir com o plantão da juíza Gabriela Hardt, considerada favorável às ações da Lava Jato. "Acho ótimo se Gabriela não estiver em férias", escreveu Deltan.

Questionados sobre as revelações, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol não comentaram o caso. As mensagens reacendem o debate sobre as práticas adotadas pela Lava Jato, incluindo a informalidade no intercâmbio de informações internacionais e as possíveis implicações para a condução dos processos judiciais. O julgamento da Trafigura na Suíça está previsto para durar até 20 de dezembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL