segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Esquerdistas romenos vencem eleições parlamentares em meio a incertezas sobre a presidência

Social-democratas prometem formar coalizão pró-europeia; partidos de extrema direita obtêm cerca de 30% dos votos

Uma bandeira romena pendurada na sede do PSD, no dia das eleições parlamentares, em Bucareste, Roménia, 1 de dezembro de 2024 (Foto: REUTERS/Andreea Campeanu)

(Reuters) – Partidos centristas e de esquerda na Romênia parecem ter resistido ao avanço da extrema direita nacionalista nas eleições parlamentares de domingo, enquanto as atenções se voltam para a decisão de um tribunal superior nesta segunda-feira sobre a possível anulação dos resultados de uma votação presidencial.

A Romênia, membro da União Europeia e da OTAN, foi lançada em um turbilhão político após o resultado surpreendente do primeiro turno da eleição presidencial em 24 de novembro. Um candidato pouco conhecido de extrema direita teve uma vitória inesperada, levantando suspeitas de interferência externa no processo eleitoral de um país que tem sido um aliado firme da Ucrânia.

O Tribunal Constitucional da Romênia ordenou a recontagem dos votos do primeiro turno e deve anunciar às 15h GMT sua decisão sobre validar ou não os resultados da eleição presidencial.

Se o tribunal aprovar o resultado, o candidato independente de extrema direita Calin Georgescu enfrentará a candidata de centro-direita Elena Lasconi em um segundo turno no dia 8 de dezembro.

O chefe da autoridade eleitoral romena, Toni Grebla, disse nesta segunda-feira que a recontagem dos 9,46 milhões de votos do primeiro turno não apresentou diferenças significativas.

As autoridades romenas afirmam que o país é um alvo prioritário para atores hostis como a Rússia e acusaram a plataforma de vídeo TikTok de favorecer um candidato. Tanto a Rússia quanto o TikTok negam qualquer irregularidade.

As eleições parlamentares de domingo, a segunda de três votações programadas em um período de semanas, viram o partido governista de esquerda, os Social-democratas (PSD), conquistar o primeiro lugar, preparando o cenário para um período de negociações para formar uma coalizão com partidos centristas.

"Queremos uma coalizão que continue o curso europeu da Romênia", disse o vice-presidente social-democrata Victor Negrescu, segundo o site Stirile Pro TV.

"Esperamos que os partidos democráticos e pró-europeus entendam que o Partido Social-democrata pode ser o fator de equilíbrio em torno do qual uma maioria futura pode ser formada."

O PAPEL DO PRESIDENTE - Com 99,97% dos votos parlamentares contados, o PSD conquistou 22,3% dos votos, à frente da aliança de extrema direita "Aliança para a Unificação dos Romenos" (AUR), com 18,3%.

A oposição centrista União Salve a Romênia (USR), de Lasconi, obteve 12,3%, enquanto o partido Liberal, aliado júnior da coalizão governista, obteve 14,3%. Dois agrupamentos de extrema direita, SOS e POT, receberam 7,8% e 6,4%, respectivamente, e o partido étnico húngaro UDMR, 6,4%.

O líder liberal Ilie Bolojan disse que o partido está "disposto a participar... de uma coalizão para que possamos ser um fator de modernização para o nosso país".

No entanto, quem formará o governo dependerá de quem vencer a eleição presidencial, já que o presidente designa o primeiro-ministro, e o cronograma para isso ainda não está claro.

Isso significa que Georgescu poderia, potencialmente, colocar os partidos de extrema direita, que juntos conquistaram mais de 30% dos votos, em posição de formar um governo.

A líder do agrupamento de extrema direita SOS, Diana Sosoaca, apelou à unidade entre os partidos nacionalistas.

"Convido todas as forças patrióticas, soberanistas e nacionalistas a se unirem e formarem um governo nacionalista, mesmo que minoritário", disse ela, segundo o site da TV Digi 24.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Mãe de Cazuza rebate fala de enfermeira e nega que filho tenha virado evangélico antes da morte

No vídeo que viralizou, Ana Maria da Costa diz ter trabalhado nos últimos meses de vida de Cazuza

Cazuza (Foto: Divulgação)

Lucinha Araújo, mãe do cantor e compositor Cazuza, desmentiu veementemente as alegações feitas por uma enfermeira sobre os últimos dias do artista. A declaração de Lucinha veio à tona após um vídeo de fevereiro deste ano, em que a enfermeira Ana Maria da Costa afirma que Cazuza teria aceitado Jesus antes de morrer, voltar a circular nas redes sociais. O cantor, que morreu em 1990 vítima de Aids, é considerado um ícone da música brasileira e da luta contra o preconceito. As informações foram originalmente divulgadas pelo Metrópoles.

“Esse vídeo já é antigo, postaram novamente, e é mentira. Nunca aconteceu”, afirmou Lucinha, categórica, ao rebater as declarações da profissional de saúde.

◉ A versão da enfermeira

No vídeo que viralizou, Ana Maria da Costa diz ter trabalhado nos últimos meses de vida de Cazuza. Segundo ela, o cantor teria pedido para que ela lesse a Bíblia e buscado uma suposta “salvação”. “Eu conheci o Cazuza em 1990, 1989 pra 90, quando uma enfermeira me chamou pra ficar com um paciente. [...] Cheguei lá, o paciente era o Cazuza”, contou.

Ana Maria relembra que o início do convívio foi marcado por dificuldades: “Ele era muito agressivo nessa época. [...] Tinha que ter todo um cuidado, só que a nossa ‘briga’ era porque ele não dormiu; me xingou, foi uma batalha. [...] Ao mesmo tempo, ele era muito carinhoso, pediu desculpa e perguntou: ‘Aninha, você vai voltar?’”.

Segundo a enfermeira, ao longo do tempo, a relação entre os dois teria evoluído. Ela afirma que o cantor passou a se abrir para a religiosidade: “O tempo foi passando e fui sentindo Deus falando comigo: ‘Você precisa falar de Jesus pra essa pessoa, é um ser humano que precisa conhecer a verdade do evangelho’”.

Ela relata que, em um dos momentos de intimidade, Cazuza teria solicitado que ela lesse a Bíblia para ele. “Um belo dia, ele pediu pra eu ler a Bíblia pra ele. Fui lá e li Mateus, outros versículos também. [...] Vi ele chorando, pedindo a Deus mais tempo de vida.”

◉ O contraponto de Lucinha

Lucinha Araújo, que acompanha de perto o legado do filho e preside a Sociedade Viva Cazuza, deixou claro que as afirmações da enfermeira não condizem com a realidade. Em suas palavras, essas alegações são apenas invenções que, vez ou outra, voltam a circular na internet, causando polêmicas desnecessárias.

Apesar da negativa contundente de Lucinha, a versão de Ana Maria desperta curiosidade e alimenta discussões sobre os últimos momentos do artista. Para muitos fãs, as narrativas reforçam o impacto duradouro de Cazuza, seja como músico, ativista ou figura pública que continua provocando reflexões décadas após sua morte.

A controvérsia destaca a importância de preservar a memória de figuras históricas, respeitando fatos e combatendo informações deturpadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Investigados em trama golpista dizem que estratégia de Bolsonaro é 'rifar' militares envolvidos

Manobra, no entanto, pode estimular os militares envolvidos a fechar acordos de delação premiada

(Foto: Reuters)

A estratégia de defesa de Jair Bolsonaro (PL) de se distanciar da tentativa de golpe de Estado e de transferir a responsabilidade para os militares pode resultar em complicações jurídicas ainda mais graves para o ex-mandatário. De acordo com fontes militares ouvidas pela coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1, a reação de Bolsonaro reflete uma tentativa de salvar sua pele ao negar qualquer envolvimento direto nos planos golpistas.

"Bolsonaro está rifando os militares", afirmou um dos integrantes das Forças Armadas indiciados pela tentativa de golpe, que preferiu manter anonimato. A crítica ocorre em resposta à fala de Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, que, na sexta-feira (29), declarou ao programa Estúdio i, da GloboNews, que os principais beneficiários do golpe seriam os militares, com a criação de uma junta militar após a morte de líderes políticos, incluindo o presidente Lula (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Cunha Bueno alegou que, conforme o plano de um dos generais envolvidos, Mário Fernandes, Bolsonaro não faria parte da junta e, portanto, não se beneficiaria do golpe. "Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mário Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do Plano Punhal Verde e Amarelo, e nessa junta não estava incluído o presidente Bolsonaro", afirmou o advogado, tentando isentar o ex-presidente da conspiração.

No entanto, fontes militares criticam essa versão, afirmando que, mesmo que Bolsonaro não estivesse formalmente incluído no gabinete de crise, o órgão, composto por generais como Braga Netto e Augusto Heleno, seria criado para assessorar uma autoridade, no caso, o próprio presidente. Eles destacam ainda que nenhum militar envolvido na trama teria interesse em derrubar Bolsonaro, já que muitos acreditavam no projeto de país que ele defendia.

Para advogados que analisam o caso, a estratégia de negar a autoria do golpe parece ser o último recurso de Bolsonaro, especialmente devido à forte evidência material que já foi coletada. Com os detalhes da trama já amplamente documentados, não restaria outra alternativa ao ex-presidente senão tentar desvincular-se do golpe. Contudo, essa postura pode acabar gerando uma reviravolta ainda mais danosa à sua defesa, uma vez que militares podem ser incentivados a fechar acordos de delação premiada.

Embora a Polícia Federal já tenha concluído seu inquérito, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda não ofereceu a denúncia. Caso a denúncia seja apresentada, os militares envolvids poderiam se tornar delatores, expondo ainda mais o ex-mandatário.

“A preocupação é maior com os generais Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, que foi comandante de Operações Terrestres entre o final de março de 2022 ao final de novembro de 2023 e colocou suas tropas à disposição do golpe, segundo a PF; e o general de brigada Mário Fernandes”, destaca a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Andréia Sadi, no G1

População idosa cresce no Brasil e abre novas oportunidades para pequenos negócios

Dados publicados pelo IBGE mostram um salto de 75,5 para 76,4 anos. Como os pequenos negócios podem lidar com aeconomia da longevidade

(Foto: Freepik/Jpramxs)

André Luiz Gomes, Agência Sebrae - A quantidade de pessoas acima dos 60 anos não para de crescer no Brasil. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados nesta sexta-feira (29), a expectativa de vida do brasileiro chegou a 76,4 anos. Os dados são da Tábua de Mortalidade, apurada em 2023. No ano anterior, a projeção de vida das pessoas no país ao nascer era de 75,5 anos. As informações levam em conta a média entre homens e mulheres.

Ao observar este movimento, o Sebrae orienta os pequenos negócios em relação à economia da longevidade – também conhecida como economia prateada. Em pouco mais de duas décadas, a quantidade de idosos no país dobrou. Saiu de 15,2 milhões, em 2000, para 33 milhões, em 2023. A previsão é de que, em 2070, mais de um terço da população nacional será de pessoas acima dos 60 anos (37,8%).

"É necessário que os pequenos negócios estejam adaptados a este momento da sociedade. Por isso, é importante capacitar os funcionários para atender este público e torná-lo fiel", afirma Flávio Barros, analista de Competitividade do Sebrae.

O analista ressalta que é importante que os pequenos negócios tornem a experiência do consumidor mais prazerosa, para fazer com que ele volte mais vezes. Pensar em estratégias como filas e estacionamentos especiais, equipe cordial e tempo de espera reduzido podem contribuir com a satisfação do idoso.

Saiba mais sobre a economia prateada e as tendências para este mercado:

Para atrair o público formado por pessoas acima dos 60 anos, é importante que os pequenos negócios levem em consideração três aspectos:

1) Atendimento: O atendimento a uma pessoa acima de 60 anos não pode ser feito da mesma forma que o serviço que é oferecido a uma pessoa jovem. É necessário um atendimento especial. Pode ser que a velocidade de processamento e tomada de decisão de uma pessoa com mais de 60 anos seja diferente e ela precise de um tempo a mais para tomar a decisão de compra.

2) Comunicação: É necessário que o público sênior se enxergue em suas ações de marketing. É interessante que as redes sociais também estejam adaptadas a estes possíveis clientes.

3) Respeito: O cliente com mais de 60 anos é muito mais fiel do que um consumidor jovem. Isso é importante também para o empreendedor, afinal, fidelizar cliente é uma garantia e um diferencial no mercado. O etarismo é algo que desrespeita e incomoda profundamente este público.

Fonte: Brasil 247

Bandeira tarifária da energia elétrica volta para o 'verde' em dezembro e alivia o bolso do consumidor

Com a melhoria na geração de energia hidrelétrica, o custo extra da conta de luz desaparece neste mês, após a vigência da bandeira amarela em novembro

Torre de transmissão de energia elétrica perto de Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Após um mês sob a bandeira amarela, que trouxe um acréscimo nas contas de luz, os consumidores terão um alívio nas tarifas de energia elétrica em dezembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária voltou a ser verde, o que significa que não haverá cobrança adicional nas faturas de energia deste mês, iniciado no último domingo (1º).A mudança se deve à melhoria nas condições de geração de energia no Brasil, principalmente nas usinas hidrelétricas.

Segundo a TV Cultura, a Aneel explicou que o período de chuvas mais intensas favoreceu a produção de energia hidrelétrica, que possui um custo de geração inferior ao das fontes termelétricas, acionadas quando os níveis dos reservatórios estão baixos.

"Após a vigência da bandeira amarela em novembro, a expressiva melhora das condições de geração de energia no país permitiu a mudança para a bandeira verde em dezembro, deixando-se de cobrar o adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos", afirmou a Aneel.

O sistema de bandeiras tarifárias, que foi criado em 2015, tem o objetivo de indicar as variações nos custos da geração de energia elétrica, considerando o uso de fontes de energia mais baratas ou caras. As bandeiras refletem as condições de geração de energia, levando em conta o nível de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas e o uso de termelétricas.

A bandeira verde estava em vigor de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida pela bandeira amarela. Desde então, o sistema de bandeiras passou por variações de cores, refletindo o custo da geração de energia conforme as condições do clima e o nível dos reservatórios.

Fonte: Brasil 247 com informações da TV Cultura

Congresso tem R$25 bilhões represados com bloqueio das emendas parlamentares

Os parlamentares condicionam a análise do pacote de corte de gastos do governo à volta dos recursos

Flávio Dino (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

O bloqueio das emendas parlamentares pelo Supremo Tribunal Federal (STF) represou cerca de R$25 bilhões do orçamento da União, informa o Metrópoles. A suspensão desses recursos foi determinada em agosto pelo ministro Flávio Dino, que exigiu a implementação de novas regras de transparência e rastreabilidade dos repasses. A decisão aceitou uma ação movida pelo Psol que alega que as emendas tornam “impossível” o controle dos recursos.

A maior parte dos valores represados afeta as emendas individuais, que configuram R$11 bilhões. As emendas de comissão totalizam R$8,1 bilhões dos valores suspensos e as emendas de bancada estadual R$6,7 bilhões.

O Congresso já aprovou um projeto de lei complementar que estabelece novas regras de transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares. O texto foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada. Uma das medidas estabelece a destinação das emendas de bancadas estaduais para para ações consideradas estruturantes e veda a individualização das ações para indicações de cada membro da bancada.

A expectativa era de que Dino liberasse os recursos até sexta-feira (29), o que acabou não se concretizando. Os parlamentares condicionam a análise de propostas essenciais para o governo como como o pacote de revisão de gastos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária (LOA) à volta das emendas. Os temas devem ser votados até o recesso parlamentar, que inicia no dia 23 de dezembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Governo Lula avança com pacote de corte de gastos para 2024

Propostas incluem mudanças no salário mínimo e ajustes no Bolsa Família

Ministro Fernando Haddad 27/11/2024 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Adriano Machado / Reuters)

O governo Lula inicia esta semana uma ofensiva para aprovar as primeiras medidas do pacote de ajuste fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana. Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, os projetos de lei (PLs) já protocolados poderão ser levados ao plenário até quarta-feira, caso a articulação do governo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha sucesso.

Os dois primeiros projetos de lei já enviados ao Congresso abordam temas sensíveis. Um deles prevê um pente-fino no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Bolsa Família, além de mudanças na regra do salário mínimo. O outro estabelece gatilhos fiscais, como a proibição de concessão ou ampliação de benefícios tributários em caso de déficit, e permite o bloqueio de emendas parlamentares.

De acordo com Odair Cunha (MG), líder do PT na Câmara, o foco do governo será garantir que essas propostas avancem ainda nesta semana. "A orientação do governo é pela votação dos projetos de lei ordinária e complementar nesta semana. Todos os projetos que têm a ver com a sustentabilidade das contas são prioritários neste momento e vamos articular junto ao presidente Arthur Lira para que sejam levados a plenário o quanto antes", afirmou Cunha.

Além dos PLs, o governo ainda planeja enviar ao Congresso uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trará regras para o abono salarial e outras ações, além de um projeto relacionado ao Imposto de Renda.

Fonte: Brasil 247

Elton John diz que perdeu a visão

Nos últimos meses, Elton John disse que uma infecção ocular o deixou incapaz de enxergar com o olho direito e que o esquerdo "não estava muito bom"

Músico, cantor e compositor Elton John (Foto: Reuters)

Reuters - O cantor britânico Elton John, de 77 anos, afirmou a uma plateia no domingo que perdeu a visão.

Um dos artistas que mais vendeu discos em todos os tempos, o astro de "Tiny Dancer" e "Rocket Man" compareceu ao lançamento de um show no West End de Londres, mas disse que não pôde assistir à apresentação.

"Como alguns de vocês devem saber, eu tive problemas e agora perdi minha visão. Não pude assistir ao espetáculo, mas gostei muito", declarou John, de acordo com o Daily Mail.

Nos últimos meses, John disse que uma infecção ocular o deixou incapaz de enxergar com o olho direito e que o esquerdo "não estava muito bom", o que significava que ele não podia mais ler ou assistir a nada, colocando em risco sua capacidade de gravar novas músicas no futuro.

John estava no tapete vermelho no domingo para o lançamento de "The Devil Wears Prada", um musical baseado no romance best-seller para o qual ele assinou a trilha sonora.

"É difícil para mim ver, mas adoro ouvi-lo, e ele soou bem esta noite", disse ele.

Falando aos presentes no teatro, ele agradeceu ao marido David Furnish por ser sua "rocha".

John, que alcançou a fama no início da década de 1970 e cujas canções conduzidas por piano e baladas como "Candle in the Wind" o mantiveram no centro das atenções desde então, fez uma turnê de despedida entre 2018 e 2023 e, desde então, tem se concentrado em sua família.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Projeções de analistas para inflação e Selic voltam a subir para 2025

Mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,63%, ante 12,25% na semana anterior.

Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Felipe Moreira, Infomoney - As projeções dos analistas para taxa Selic em 2025 subiram novamente, em meio a uma expectativa também mais alta para o avanço do IPCA e do dólar no próximo ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (2) pelo Relatório Focus do Banco Central.

A mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,63%, de 12,25% na semana anterior.

Para 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 11,25%, manteve-se em 11,75% pela nona semana consecutiva. O BC volta a se reunir neste mês para a última decisão de política monetária do ano.

● Inflação - A previsão para a inflação de 2025 passou de 4,34% para 4,40%. A projeção para 2026 passou de 3,78% para 3,81%, enquanto para 2027, a estimativa caiu de 3,51% para 3,50%.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2024 voltaram a cair nesta semana, de 4,67% para 4,66%. As projeções para 2025 caíram de 4,16% para 4,13%. Para 2026, a estimativa subiu de 3,76% para 3,80%. A previsão para 2027 caiu de 3,54% para 3,57%.

Para o IGP-M, as projeções para 2024 subiram de 5,98% para 6,18%, enquanto a estimativa para 2025 avançou em 4,08% para 4,16%. Para 2026, a projeção de inflação permaneceu em 4,0% e a de 2027 ficou em 3,80%.

● PIB - Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 subiu de 3,17% para 3,22%. A previsão para 2025 permaneceu em 1,95%. A estimativa para 2026 permanece nos mesmos 2,0% há 69 semanas. A projeção também está em 2,0% para 2027, há 71 semanas.

● Selic - A projeção para 2026 subiu de 10% para 10,50% e a de 2027 ficou estável em 9,50%.

● Câmbio - A mediana das projeções para o dólar em 2025 subiu R$ 5,55 para R$ 5,60. Para 2026, a estimativa passou de R$ 5,50 para R$ 5,60, enquanto a projeção para 2027 permaneceu em R$ 5,50.

● Resultado primário - A projeção para o resultado primário brasileiro para 2024 ficou estável em -0,50% do PIB, enquanto a estimativa para 2025 permaneceu em -0,70% do PIB. A previsão para 2026 permaneceu em -0,60% do PIB. A de 2027 passou de -0,43% para -0,40%.

● Dívida pública - Para a dívida líquida do setor público, as estimativas caíram para 2024, com a projeção saindo de 63,45% para 63,40% do PIB. A previsão para 2025 subiu de 66,83% para 67% do PIB. As estimativas para 2026 subiram de 69,50% do PIB para 69,80%, enquanto as de 2027 subiram de 72,80% para 73% do PIB.

● Balança comercial - A projeção para a balança comercial brasileira 2024 ficou estável em US$ 75 bilhões, enquanto o saldo positivo estimado para 2025 caiu de US$ 76,30 bilhões para US$ 76,02 bilhões. Para 2026, a projeção caiu de US$ 78,86 bilhões para US$ 78,68 bilhões, enquanto a estimativa para 2027 ficou estável em US$ 80,05 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

BNDES vai ampliar apoio ao carro voador da Embraer com mais R$ 200 milhões

Investimento busca acelerar desenvolvimento de protótipos e impulsionar transição energética no Brasil

Miniatura de aeronave da Embraer durante feira do setor aéreo em Zhuhai, na China, 29/09/2021 (Foto: REUTERS/Aly Song)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anuncia, nesta segunda-feira (2), a aprovação de mais R$ 200 milhões em financiamento para a Eve, subsidiária da Embraer focada no desenvolvimento de veículos elétricos de descolagem e pouso vertical, conhecidos como eVTOLs ou "carros voadores". Segundo informações divulgadas pela instituição e pela empresa, os recursos são provenientes do Fundo Clima e serão direcionados ao desenvolvimento de novos protótipos para posterior certificação e produção comercial.

O novo financiamento se soma a um aporte de R$ 500 milhões aprovado pelo banco em outubro, destinado à construção de uma unidade de produção da Eve em Taubaté, no interior de São Paulo. Com isso, o total de investimentos do BNDES no projeto em 2024 chega a R$ 700 milhões. A iniciativa é considerada estratégica tanto para a descarbonização da economia quanto para o fortalecimento da indústria nacional no competitivo mercado global de aviação.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, o projeto do eVTOL está inserido na modalidade "indústria verde" do Fundo Clima, que prioriza tecnologias sustentáveis e soluções que promovam a transição energética. “Agora, depois de financiar a primeira fase do desenvolvimento do próprio veículo, financiaremos a segunda fase que culminará com a versão final a ser comercializada”, afirmou Gordon em nota oficial.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o financiamento contribui para a geração de empregos qualificados no Vale do Paraíba e posiciona o Brasil como protagonista em tecnologias disruptivas. “Estamos investindo em uma indústria de tecnologia disruptiva, que também é verde, contribuindo para o fortalecimento da indústria nacional no mercado mundial e para a transição energética”, disse Mercadante.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaristas recuam e admitem que PLs da Anistia e do Aborto ficam para 2025

Os parlamentares reconhecem que não há clima para avançar com as propostas em 2024

Plenário da Câmara dos Deputados 20/12/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Lideranças bolsonaristas no Congresso já jogaram a toalha sobre a possibilidade de avanço do PL da Anistia e do PL do Aborto ainda em 2024, informa o jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles. Os deputados admitem que devem procurar o próximo presidente da Câmara, que deve ser Hugo Motta (Republicanos-PB), para avançar com os projetos no próximo ano.

Sobre o PL da Anistia, os bolsonaristas reconhecem que não há clima para a votação da proposta neste momento, após a Polícia Federal revelar detalhes da trama golpista após as eleições de 2022. Além disso, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), retirou o PL da Anistia da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e criou uma comissão especial para debater o tema, complicando a tramitação do texto.

Já o PL do Aborto está parado na Câmara desde abril. Lira prometeu criar um grupo de trabalho para discutir o texto, o que não foi cumprido. O projeto equipara o aborto após as 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, e sofreu grande pressão contrária por setores da sociedade. Os bolsonaristas acreditam que o avanço do PL do Aborto é mais facíl do que a anistia, já que tve o requerimento de urgência aprovado na Câmara.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Senado pode votar nesta semana projeto de lei que regulamenta uso de inteligência artificial no Brasil

Medida enfrenta resistência de setores como a CNI, além de plataformas digitais como Google e Meta, dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp

Senado (Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)

Brasil de Fato - Após meses suspensa, deverá ser retomada, nesta terça-feira (3), no Senado, a análise do Projeto de Lei (PL) 2.338/2023, que estabelece o marco legal para o uso de inteligência artificial (IA) no Brasil. Apesar de ser encarada como pauta prioritária do Legislativo, a medida enfrenta resistência de setores como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de plataformas digitais como Google e Meta, a empresa detentora do Facebook, do Instagram e do WhatsApp.

A nova data de votação do relatório final pela comissão temporária que analisa a proposta foi definida na última quinta-feira (28), quando o relator do projeto, o senador Eduardo Gomes (PL-TO), apresentou nova versão do texto. Se aprovado pelo colegiado, o PL pode ser levado a plenário nesta semana. De acordo com Gomes, o novo texto traz equilíbrio entre a preservação de direitos fundamentais e a garantia de condições para o desenvolvimento tecnológico.

Inicialmente prevista para julho deste ano, a votação foi adiada por decisão do presidente da Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial (CTIA), o senador Carlos Viana (Podemos-MG). De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o projeto estabelece normas nacionais para o desenvolvimento e uso de sistemas de IA. O texto ainda seguirá para votação na Câmara dos Deputados caso seja aprovado pelos senadores.

◉ Modelo racista de reconhecimento facial - A proposta tem estimulado debates que vão além do aspecto técnico, envolvendo questões sociais e políticas. Diretor do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife e integrante da Coalizão Direitos na Rede, André Fernandes ressalta avanços no texto, mas aponta lacunas em áreas críticas.

Exemplo de questões críticas seria o risco do reconhecimento facial por meio de sistemas de identificação biométrica à distância. Para Fernandes, o uso dessa tecnologia na segurança pública é especialmente perigoso para as populações negras e periféricas, visto que o modelo teria por base dados historicamente enviesados sob uma perspectiva racista.

“Esse modelo é treinado com base em dados com pouca representação, e a própria tentativa de criar um banco de dados mais diverso – que poderia atenuar esses vieses raciais – é muito custosa e muito demorada. Para se ter uma ideia, dados de sistemas de reconhecimento facial atuais foram coletados na década de 1970 ou antes ainda”, ressalta. Para Fernandes, a aplicação de ferramentas como o reconhecimento facial deve se restringir a casos autorizados judicialmente e com fundamentação legal.

Também gera preocupação o uso de inteligência artificial em investigações criminais e na segurança pública. Fernandes critica a lógica punitivista que norteia essas aplicações e aponta os riscos de sistemas que ranqueiam pessoas com base em pontuações de risco.

“Usar inteligência artificial para avaliar risco de crime é um desastre. O conjunto de códigos que estrutura esse sistema de IA não necessariamente entrega os elementos técnicos necessários para a gente ter certeza [sobre o que está sendo investigado]”.

Fernandes cita como exemplo as falhas cometidas pelo Compas, uma ferramenta digital que foi usada no estado americano de Wisconsin para quantificar o suposto grau de periculosidade de alguém a partir das respostas dadas por essa pessoa. Em 2013, por exemplo, um juiz daquele estado usou a pontuação de risco gerada pelo Compas para impor prisão de seis anos a Eric Loomis, um homem negro, por ele ter fugido de uma abordagem policial.

◉ Governança da inteligência artificial - Outro ponto destacado por Fernandes é a governança da IA e a concentração econômica no setor. Embora o projeto de lei traga diretrizes iniciais para segurança da informação, ele flexibiliza aspectos importantes, transformando em “boas práticas” o que deveriam ser normas obrigatórias.

“Os mecanismos de controle [presentes no projeto de lei] são parcialmente suficientes. Eles foram flexibilizados, muita coisa saiu do campo do ‘alto risco’, e muita coisa saiu do campo da ‘regra’ para as ‘boas práticas’. Ter boas práticas é importante, mas a gente tem muitos casos de danos que necessitam de uma governança mais robusta”, defende.

Quanto ao campo jornalístico, o pesquisador destaca que projeto de lei traz diretrizes iniciais, mas considera que o texto não chega a atacar o problema na raiz. “Ele [projeto de lei] traz as orientações de segurança da informação para a garantia da liberdade de expressão, o que nos dá um campo de trabalho para pensar políticas públicas”, avalia.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Bolsonaro disse 'não ter coragem' para dispersar manifestantes golpistas em frente aos quartéis, diz ex-aliado

"Aí está o resultado: todo mundo preso, e a anistia dificilmente será aprovada", disse o deputado federal Otoni de Paula

Deputado Otoni de Paula (Foto: Agência Câmara)

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) se prepara para assumir a presidência da Frente Parlamentar Evangélica em 2025, posição em que é considerado favorito. Figura conhecida por sua aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Otoni tem se distanciado do grupo bolsonarista e se aproximado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre 2019 e 2022, Otoni foi um defensor ferrenho do governo Bolsonaro na tribuna da Câmara dos Deputados, mantendo-se ao lado do ex-presidente até a última eleição. Porém, após a derrota eleitoral de Bolsonaro, o deputado passou a criticar a postura de isolamento do ex-mandatário e a resistência ao resultado das urnas. Essa postura, segundo Otoni, levou militantes a se exporem a riscos, tanto físicos quanto pessoais, ao acamparem em frente aos quartéis em busca de um golpe militar.

Em entrevista ao Congresso em Foco, Otoni contou que em um encontro no Palácio da Alvorada durante o isolamento pós-eleitoral do ex-mandatário, Otoni revelou ter sugerido a a Bolsonaro que se pronunciasse publicamente para pedir aos manifestantes que voltassem para casa. O ex-mandatário, segundo o deputado, não teve coragem de dar esse passo. A falta de uma posição de Bolsonaro culminou nos ataques às sedes dos três poderes, em 8 de janeiro de 2023.

“Eu estava preocupado com os patriotas nas portas dos quartéis. Eu disse: ‘presidente, o senhor podia dar uma palavra para eles, porque não vai ter nada. A gente perdeu a eleição’. Ele respondeu que não tinha coragem de falar com os manifestantes", contou o parlamentar. Otoni também recorda a reação que teve ao alertar os manifestantes para se afastarem dos quartéis. “Foi quando falei em entrevista dizendo ‘saiam da porta dos quartéis, vocês serão presos’. Todos me xingaram e me chamaram de traidor. E aí está o resultado: todo mundo preso, e a anistia dificilmente será aprovada”, destacou.

Fonte: Brasil 247 com informações do site Congresso em Foco

Solnik: “vídeo da Marinha é infame e Múcio precisa ser cobrado”

Para Solnik, o vídeo é “infame” e representa um uso inadequado dos recursos públicos

Brasília (DF) 17/04/2024 - Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara ouve o ministro da Defesa, José Múcio, comandantes da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, do Exército, general Tomás Paiva, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

Na edição do Bom Dia 247 desta segunda-feira (2), o jornalista Alex Solnik fez duras críticas ao vídeo institucional divulgado pela Marinha do Brasil, no domingo (1º). A peça gerou ampla repercussão nas redes sociais por confrontar críticas sobre os “privilégios” das Forças Armadas.

Para Solnik, o vídeo é “infame” e representa um uso inadequado dos recursos públicos. “A Marinha gastou uma grana para fazer esse vídeo infame, que nunca deveria ter sido feito. Os vídeos institucionais da Marinha não podem se vangloriar do que eles são. Tá errado, é dinheiro jogado fora. Coisa absurda”, declarou o jornalista durante o programa.

Ele também defendeu que o caso seja investigado e responsabilizou o ministro da Defesa, José Múcio, por prestar esclarecimentos à sociedade. “Esse vídeo precisa ser investigado e o ministro da Defesa, José Múcio, Múcio precisa responder”, afirmou.


Fonte: Brasil 247

Musk ironiza Biden após presidente conceder perdão ao próprio filho

Biden disse num comunicado divulgado pela Casa Branca que assinou um perdão ao seu filho Hunter

Bilionário proprietário do X Elon Musk durante comício de Donald Trump, em Nova York, EUA, 27/10/2024 (Foto: REUTERS/Carlos Barria)

 O bilionário de extrema-direita Elon Musk reagiu com ironia após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmar num comunicado divulgado pela Casa Branca que assinou um perdão ao seu filho Hunter.

“Hoje, assinei um perdão para meu filho Hunter ”, disse Biden.

O presidente lembrou que, no início de seu governo, havia prometido não interferir nas decisões do Departamento de Justiça e manteve sua palavra mesmo ao ver como seu filho “foi processado de forma seletiva e injusta”.

Musk publicou uma postagem anterior de Biden no X em que ele ressalta que “ninguém está acima da lei”. No entanto, uma nota da comunidade indica na postagem os supostos crimes cometidos por Hunter.

“Notas da Comunidade matam”, disse Musk, ao retuitar o post de Biden.

Fonte: Brasil 247

PGR começa força-tarefa nesta segunda-feira para analisar inquérito envolvendo Bolsonaro

Além das acusações relacionadas ao golpe de Estado, Jair Bolsonaro também enfrenta indiciamentos em dois outros casos de grande repercussão

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Um grupo de nove procuradores da Procuradoria-Geral da República (PGR) inicia, nesta segunda-feira (2), a análise do inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.

O documento, que chegou à PGR há seis dias enviado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), será o ponto de partida para que os procuradores decidam se Bolsonaro e os demais indiciados serão denunciados pelos crimes de organização criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe. Além do ex-presidente, ex-ministros de seu governo e militares estão entre os investigados.

Durante um fórum jurídico em Lisboa, realizado na última sexta-feira (29), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou a complexidade do caso e indicou que a decisão pode demorar. "O caso precisa de um ‘estudo mais aprofundado’ e a resposta provavelmente não será divulgada este ano, mas em 2025”, afirmou Gonet à CNN.

◉ Outros inquéritos e impacto nas penas

Além das acusações relacionadas ao golpe de Estado, Jair Bolsonaro também enfrenta indiciamentos em dois outros casos de grande repercussão. Em março deste ano, foi acusado de fraude no cartão de vacinação da Covid-19. Já em julho, foi indiciado por envolvimento no caso das joias sauditas, presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.

Somados, os três inquéritos podem resultar em penas máximas de até 70 anos de prisão, caso Bolsonaro seja condenado.

◉ Perspectivas e implicações jurídicas

O inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado tem sido considerado um dos mais graves enfrentados pelo ex-presidente. Especialistas apontam que a decisão da PGR será crucial não apenas para o futuro político de Bolsonaro, mas também para a definição de parâmetros sobre o combate a ameaças à democracia no Brasil.

Ao mesmo tempo, o longo prazo sugerido por Gonet para a análise dos casos levanta debates sobre a necessidade de celeridade versus a cautela para garantir que a investigação seja minuciosa e juridicamente fundamentada.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Senado se prepara para votar a liberação dos jogos de azar

A iniciativa busca revogar a proibição vigente desde 1946, estabelecida por decreto presidencia

Senado (Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)

O Senado Federal poderá votar nesta semana a proposta que legaliza os jogos de azar no Brasil. A informação foi confirmada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na última quinta-feira. O projeto, que já foi aprovado pela Câmara e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em junho, está previsto para ser analisado pelo plenário na próxima quarta-feira. Caso não haja tempo, a votação será adiada para a semana seguinte. As informações são do jornal O Globo.

A iniciativa busca revogar a proibição vigente desde 1946, estabelecida por decreto presidencial, e alterar trechos da Lei de Contravenções Penais, que ainda prevê punições para práticas relacionadas a jogos de azar. A regulamentação e fiscalização dessas atividades ficarão sob a responsabilidade do Ministério da Fazenda, caso o texto seja aprovado.

◉ Cassinos e bingos em novos formatos

De acordo com o projeto, cassinos poderão funcionar integrados a complexos de lazer, como resorts, ou em embarcações marítimas e fluviais. Entre as exigências para o licenciamento, está a comprovação de capital social mínimo de R$ 100 milhões. As concessões para esses estabelecimentos terão validade inicial de 30 anos, renováveis por igual período, e serão distribuídas por estado de acordo com critérios populacionais e territoriais.

Já os bingos poderão operar permanentemente em casas específicas ou estádios de futebol, com licenças válidas por 25 anos, também renováveis. Cada cidade terá direito a uma licença de bingo a cada 150 mil habitantes, e os espaços destinados a essas operações precisarão atender requisitos mínimos, como área de pelo menos 1.500 m².

Os jogos de vídeo-bingo também terão regulamentação específica. Salas poderão conter até 400 máquinas, desde que localizadas em áreas apropriadas, como clubes de jóquei e estádios com mais de 15 mil lugares.

◉ Jogo do bicho e novas regras de operação

O tradicional jogo do bicho, atualmente operado de forma clandestina, será regulamentado. As empresas interessadas deverão comprovar reservas financeiras para garantia de pagamento aos apostadores e poderão operar mediante licenças limitadas a uma para cada 700 mil habitantes por estado.

◉ Impactos e controvérsias

Os defensores da proposta argumentam que a liberação e regulamentação dos jogos de azar podem gerar significativas receitas tributárias e fomentar o turismo no país. Além disso, a formalização do setor permitirá maior controle sobre operações e eventuais práticas ilícitas associadas ao segmento.

Por outro lado, críticos apontam riscos como o aumento da dependência em jogos, lavagem de dinheiro e possíveis impactos sociais negativos. Apesar das polêmicas, o presidente Rodrigo Pacheco destacou que o tema é "urgente e estratégico" para o país, dada a sua relevância econômica.

Se aprovada, a proposta representará um marco histórico, encerrando quase 80 anos de proibição e possibilitando a criação de um mercado de jogos regulamentado no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ex-chefe de segurança de Tarcísio é afastado após prisão por suspeita de lavagem de dinheiro ligação com PCC

Capitão da PM de São Paulo é acusado de articular esquema milionário ligado ao PCC

Tarcísio de Freitas (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP)

A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) determinou o afastamento imediato do capitão Diogo Costa Cangerana, ex-chefe de segurança do governador Tarcísio de Freitas, após sua prisão pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira (26). A ação, parte da Operação Tai-Pen, desarticulou três fintechs acusadas de movimentar R$ 6 bilhões em dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) nos últimos cinco anos. As informações são do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Cangerana, que atuava na Casa Militar do governo estadual há mais de 12 anos, é apontado como um dos articuladores do esquema criminoso. De acordo com as investigações, ele teria sido responsável pela abertura de contas nas fintechs usadas para lavar dinheiro do tráfico. Até setembro deste ano, o capitão era chefe da Divisão de Segurança de Dignitários do Departamento de Segurança Institucional, posição em que acompanhou o governador Tarcísio em pelo menos 25 agendas oficiais, incluindo viagens internacionais. Desde então, estava lotado no 13º Batalhão de Polícia Militar, que cobre a região da Cracolândia, no centro de São Paulo.

◉ Viagens e articulações estratégicas

Cangerana desempenhou papel de destaque em eventos de grande relevância para o governo de São Paulo. Em junho, acompanhou Tarcísio de Freitas em Portugal, durante a apresentação da Sabesp a investidores estrangeiros. Também esteve ao lado do governador em Brasília em compromissos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Luiz Fux e Roberto Barroso.

◉ A operação Tai-Pen e as fintechs envolvidas

A prisão de Cangerana foi decretada pela 7ª Vara Criminal Federal. A Operação Tai-Pen identificou que as fintechs suspeitas realizaram transações entre empresas e pessoas físicas que totalizaram impressionantes R$ 120 bilhões nos últimos anos. Parte dessas movimentações estaria relacionada ao esquema de lavagem de dinheiro do PCC. O afastamento do capitão da Polícia Militar foi determinado pela Diretoria de Pessoal da corporação e está em vigor desde a sua prisão preventiva.

Com a investigação em andamento, o caso lança luz sobre possíveis falhas nos sistemas de controle de nomeações e acompanhamento de servidores públicos. Além disso, evidencia a complexidade do combate às estratégias financeiras sofisticadas adotadas por organizações criminosas no Brasil.

A Polícia Militar de São Paulo e a Polícia Federal seguem trabalhando em conjunto para aprofundar as investigações e determinar o alcance do envolvimento de Cangerana no esquema.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles