segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Marinha deve apagar o vídeo e pedir desculpas, diz Amoêdo

Exposição institucional da Marinha gera críticas ao abordar privilégios militares em meio a ajustes fiscais propostos pelo governo

João Amoêdo (Foto: Divulgação)

Neste domingo (1º), a Marinha do Brasil divulgou um vídeo institucional que vem gerando grande repercussão nas redes sociais. A peça publicitária, com duração de 1 minuto e 16 segundos, foi apresentada durante a substituição do Pavilhão Nacional na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e permanece disponível nos canais oficiais da Força. O vídeo aborda as peculiaridades da carreira militar, confrontando críticas sobre "privilégios" atribuídos aos integrantes das Forças Armadas.

João Amoêdo, fundador do partido Novo, utilizou sua conta no Twitter para criticar duramente a produção. "Esse vídeo da Marinha para pressionar o governo contra cortes de privilégios e valorizar a instituição tem para mim o efeito contrário. Deveriam exclui-lo o quanto antes e pedir desculpas aos brasileiros que trabalham muito para pagar todas as contas públicas, inclusive da realização desse vídeo", escreveu Amoêdo, ecoando a insatisfação de parte da sociedade com os benefícios concedidos aos militares.


◉ Vídeo institucional e o contexto fiscal

No material, imagens de militares em condições adversas, como operações em alto-mar e missões extremas, são alternadas com cenas de civis em situações de lazer, como festas e viagens. Um dos momentos mais emblemáticos do vídeo mostra um jovem militar questionando: "Privilégios? Vem pra Marinha". A peça busca justificar as peculiaridades da carreira militar, apresentando-a como incompatível com as condições de trabalho de civis.

A divulgação ocorre em um momento estratégico, quando o governo do presidente Lula avança com propostas de ajustes no sistema previdenciário militar. Entre as mudanças anunciadas, está a introdução de uma idade mínima de 55 anos para a aposentadoria e a aplicação de um "pedágio" de 9% sobre o período restante para atingir o tempo de serviço exigido. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as alterações visam promover mais equidade entre os setores previdenciários. "São mudanças justas e necessárias", declarou Haddad em recente pronunciamento.

Atualmente, a regra previdenciária para os militares exige apenas 35 anos de serviço, sem estipular uma idade mínima, o que contrasta com as reformas implementadas em outros setores nos últimos anos.

◉ Reação ao material divulgado

O vídeo institucional, que antecede as celebrações do Dia do Marinheiro em 13 de dezembro, também foi interpretado como um sinal de resistência das Forças Armadas às mudanças propostas. Ao exaltar os sacrifícios inerentes à carreira militar, a Marinha parece buscar reforçar sua identidade e valores perante o público e as autoridades governamentais. Contudo, a estratégia atraiu críticas, como as de Amoêdo, que acusam a iniciativa de ignorar os esforços da sociedade em financiar os benefícios concedidos aos militares.

A narrativa estabelecida pela Marinha abre espaço para um debate mais amplo sobre a relação entre as Forças Armadas, a sociedade e o Estado. Com as reformas ainda por serem discutidas no Congresso, o tema promete ocupar um espaço central nas próximas semanas, dividindo opiniões entre os que defendem a valorização da carreira militar e aqueles que cobram maior isonomia no tratamento previdenciário.

A mensagem veiculada pela Marinha, embora destinada a enaltecer a carreira, acabou por intensificar o debate sobre privilégios e sacrifícios em um momento de ajustes fiscais e reorganização do Estado.

Fonte: Brasil 247

Alckmin reafirma desejo de ser vice em 2026 caso Lula dispute reeleição

Movimentações de aliados e articulações partidárias aquecem debates sobre composição da chapa presidencial

Geraldo Alckmin e presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Geraldo Alckmin (PSB-SP), atual vice-presidente da República, revelou a interlocutores próximos sua intenção de permanecer na chapa do presidente Lula caso ele decida disputar a reeleição em 2026. A informação foi publicada pela revista VEJA, que destacou as movimentações políticas em torno dessa possibilidade e o interesse de outros partidos em ocupar a vaga de vice.

Segundo a reportagem, legendas como o MDB e o PSD demonstram disposição em compor a chapa presidencial, sugerindo nomes como o governador do Pará, Helder Barbalho, e o ministro dos Transportes, Renan Filho, ambos do MDB, além de Simone Tebet, ministra do Planejamento. Pelo PSD, são citados o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, cada qual com argumentos estratégicos para fortalecer a composição eleitoral.

Apesar disso, Alckmin acredita contar com o apoio de Lula, conforme destaca Silvio Torres, assessor especial da Apex-Brasil e aliado do vice-presidente: “Não vejo Alckmin com interesse em outro cargo. Ele ampliou bastante seu alcance político e não cogita voltar atrás. Também não vejo sinal de que Lula queira mudar. O presidente é do tipo que pensa que ‘em time que está ganhando não se mexe’”. Alckmin assumiu o papel de vice em 2022 com o objetivo de viabilizar a ampla coalizão que elegeu Lula. A eventual retirada de seu nome, segundo aliados do PSB, seria interpretada como desleal e politicamente inoportuna.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Inacreditável: Estadão trata Milei como modelo para o Brasil

Enquanto a Argentina enfrenta depressão econômica, Brasil avança com inclusão social e crescimento sólido

Presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

O jornal O Estado de S. Paulo perdeu a noção do ridículo, em editorial nesta segunda-feira, ao tratar Javier Milei, presidente da Argentina, como modelo econômico para o Brasil. No entanto, uma análise mais profunda revela um cenário alarmante no país vizinho: a economia argentina está em depressão, com mais de 50% da população vivendo abaixo da linha da pobreza e sucessivas quedas no PIB. Em contraste, o governo do presidente Lula da Silva celebra resultados notáveis, como a projeção de crescimento de 3,5% do PIB em 2024, recordes históricos de geração de empregos e a redução do desemprego à metade em relação aos índices de 2020.

A Argentina, sob a gestão de Milei, adotou um ajuste fiscal severo, com cortes profundos nos gastos públicos, redução de subsídios essenciais e desvalorização controlada da moeda. Entretanto, ainda que a inflação tenha sido parcialmente reduzida, o consumo interno despencou e a crise econômica é uma das mais profundas da história.

Enquanto isso, o Brasil segue um caminho oposto. Com políticas que equilibram responsabilidade fiscal e investimentos sociais, o país vive um ciclo virtuoso. O mercado de trabalho é destaque: recorde de vagas formais foram criadas em 2024, o que reduziu o desemprego para níveis historicamente baixos. Medidas como a valorização do salário mínimo e os programas de transferência de renda têm impulsionado o consumo interno, motor fundamental para o crescimento econômico.

O editorial do Estadão erra ao comparar a complexidade das economias de Brasil e Argentina. O ajuste fiscal necessário no Brasil, se comparado ao argentino, é de menor magnitude e pode ser conduzido de forma progressiva, sem sacrificar os mais vulneráveis. O sucesso do governo Lula em criar um ambiente econômico de crescimento com inclusão social é um exemplo de que austeridade extrema não é o único caminho.

Fonte: Brasil 247

Congresso deve votar medidas de ajuste fiscal ainda neste ano, afirma Padilha

Ministro confia na articulação política e garante que impacto das mudanças será neutro no orçamento público

Alexandre Padilha (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou em entrevista ao Valor Econômico que está otimista quanto à aprovação das medidas de ajuste fiscal pelo Congresso Nacional até o fim de 2024. Segundo ele, há compromisso explícito dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para que o pacote seja votado ainda neste ano. "Eu estou muito confiante no compromisso do Congresso Nacional como um todo, em nos concentrarmos neste ano na votação e na aprovação dessas medidas que consolidam o arcabouço fiscal", disse Padilha.

O ministro destacou ainda que as mudanças propostas pelo governo visam garantir a sustentabilidade das contas públicas sem comprometer o crescimento econômico. Sobre a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil, Padilha explicou que o debate ocorrerá apenas em 2025, com impacto fiscal neutro e validade a partir de 2026. “O nosso compromisso é cumprir o arcabouço fiscal. Essa reforma será neutra, não vai aumentar nem reduzir a arrecadação em um único real”, reforçou.

◉ Clima político favorável e reforma tributária

Padilha ressaltou que a articulação entre os Poderes, especialmente após o novo formato das emendas parlamentares sancionado pelo presidente Lula, contribuiu para criar um ambiente político mais favorável à tramitação das medidas. Contudo, ele apontou que o desfecho do tema ainda depende de validação no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro Flávio Dino é relator. "Um acordo construído e que signifique um avanço é mais efetivo do que, às vezes, você manter apenas a sua posição do que considera ideal", disse, indicando a necessidade de diálogo.

Sobre a reforma tributária, o ministro elogiou o empenho dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, na aprovação da proposta e manifestou confiança de que as pendências serão resolvidas antes do encerramento de seus mandatos. “Estamos no encerramento do mandato dos presidentes das duas Casas, que tiveram um papel muito importante na aprovação da reforma tributária. Acho até justo que se conclua essa votação até o fim do ano”, afirmou.

◉ Relação com novos líderes no Congresso

Questionado sobre a perspectiva de diálogo com os futuros presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), Padilha demonstrou otimismo. “A expectativa que eu tenho é a melhor possível. Hugo Motta concentrou esforços na agenda econômica, social e sustentável, e Davi Alcolumbre também desempenhou papel importante em pautas de relevância nacional”, afirmou.

Padilha minimizou eventuais atritos com Arthur Lira, atual presidente da Câmara, e preferiu adotar um tom descontraído ao falar sobre os desafios enfrentados nos últimos dois anos. “A única coisa que me fazia perder o sono era o risco de rebaixamento do Corinthians, mas isso já foi superado”, brincou.

◉ Resposta firme a pressões econômicas e sociais

O ministro rebateu críticas de que o pacote fiscal anunciado seria tímido ou insuficiente. Segundo ele, o governo tem um compromisso sólido com a responsabilidade fiscal, mas sem adotar agendas de austeridade extremas, como as propostas pelo ex-ministro Paulo Guedes ou pelo presidente argentino Javier Milei. “O nosso compromisso é com o marco fiscal que construímos, não com promessas que nunca foram entregues”, destacou.

Por fim, Padilha reafirmou a postura do governo frente às recentes revelações sobre tentativas de golpe de Estado e investigações envolvendo militares. “A ação tem que ser firme e pedagógica. Não admitimos qualquer possibilidade de passar pano para criminosos ou de interromper o processo de apuração e julgamento”, concluiu.

Padilha encerrou a entrevista mencionando os esforços do presidente Lula em implementar o programa Acredita, voltado ao estímulo do empreendedorismo, e destacou que qualquer decisão sobre reforma ministerial será tomada exclusivamente pelo presidente. “Lula tem um compromisso muito grande com aquilo que foi anunciado. Ele está sempre conectado com a sociedade e com as aspirações do povo”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

Ameaça de Trump contra os BRICS se voltaria contra os Estados Unidos

Economistas alertam que tarifas de 100% planejadas por Trump acelerariam a desdolarização e trariam impacto negativo aos consumidores americanos

(Foto: Reuters)

O recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu tensões no comércio global ao ameaçar os países do BRICS com tarifas de importação de 100%. A medida visa impedir que o bloco econômico avance na criação de uma moeda própria que possa desafiar o dólar americano. A declaração foi feita por Trump em sua rede social, Truth Social, como parte de sua estratégia para "restabelecer a primazia econômica global" após assumir o cargo em janeiro de 2025.

"A ideia de que os países do BRICS estão tentando se afastar do dólar enquanto ficamos parados e assistimos ACABOU", afirmou Trump. Ele acrescentou que exigirá um compromisso formal do bloco para não desenvolver uma nova moeda e advertiu: "Não há chance de que o BRICS substitua o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tente deve dar adeus à América".

As ameaças, porém, enfrentaram críticas contundentes de especialistas e líderes internacionais, reportadas pela Sputnik. Segundo o economista britânico Rodney Shakespeare, cofundador do Movimento pela Justiça Global, as ações propostas por Trump seriam contraproducentes. "Se os EUA prosseguirem com uma grande guerra comercial contra os BRICS, coletivamente ou individualmente, pode ser uma guerra que os EUA perderão", avaliou Shakespeare. Ele destacou que o BRICS, que reúne 35% da economia global e 40% da população mundial, teria capacidade de responder de forma unificada às medidas agressivas dos Estados Unidos.

O senador russo Aleksei Pushkov também minimizou as ameaças de Trump, classificando-as como "bravatas políticas" que dificilmente se concretizariam. "Donald Trump finge que tudo pode ser resolvido com um passo decisivo, mas a realidade econômica global não funciona assim", afirmou Pushkov.

◉ Impactos econômicos preocupantes

Dados revelam que os Estados Unidos possuem um déficit comercial de quase US$ 433,5 bilhões com os países do BRICS, que fornecem uma ampla gama de produtos essenciais, desde medicamentos e equipamentos médicos até minerais de terras raras e máquinas. Enquanto isso, as exportações americanas, como petróleo, automóveis e armas, enfrentam forte concorrência no mercado internacional.

No comércio intra-BRICS, cerca de 65% das transações já são realizadas em moedas locais, reduzindo a dependência do dólar. Shakespeare alertou que a imposição de tarifas levaria a "enormes aumentos nos preços de consumo nos EUA", agravando a inflação e prejudicando a economia americana. Além disso, ele destacou que uma guerra comercial desse porte poderia acelerar a desdolarização global e enfraquecer a posição econômica dos EUA.

Especialistas também observam que os setores mais avançados da economia americana, como propriedade intelectual, serviços financeiros e tecnologia, poderiam sofrer com a criação de alternativas locais promovidas pelos países do BRICS.

A ameaça de Trump reflete uma tentativa de reafirmar a hegemonia americana em um cenário global que se torna cada vez mais multipolar. No entanto, segundo analistas, as consequências de uma guerra comercial desse porte poderiam ser devastadoras para os próprios Estados Unidos, ao exacerbar a dependência econômica e expor as fragilidades de sua estratégia unilateral.

Fonte: Brasil 247

Boulos, sogro de uma filha de Trump, é escolhido como conselheiro para assuntos árabes

Nomeação reforça laços familiares e influência política de Trump no Oriente Médio

Tiffany Trump e Michael Boulos (Foto: Reuters)

Reuters – Donald Trump anunciou no último domingo (1º), por meio da rede social Truth Social, que Massad Boulos, empresário libanês-americano e sogro de sua filha Tiffany Trump, será seu conselheiro sênior para assuntos árabes e do Oriente Médio.

Boulos, que desempenhou um papel estratégico durante a campanha de Trump, mobilizou eleitores árabes e muçulmanos em estados-chave como Michigan e Pensilvânia. Sua capacidade de transitar por diferentes facções políticas no Líbano, incluindo o Hezbollah e seus opositores, chamou a atenção de analistas. “Boulos tem ambição e aliados políticos que se destacarão no círculo de Trump”, avaliou Aron Lund, especialista da Century Foundation.

Durante a campanha, Boulos participou de encontros semanais com líderes cívicos e empresariais da comunidade árabe-americana, promovendo a mensagem de Trump sobre o fim de conflitos no Oriente Médio. Ele também ajudou a conquistar apoio de líderes muçulmanos e árabes-americanos que estavam descontentes com a política externa dos democratas.

Além de sua atuação política, Boulos tem raízes profundas no Líbano e é conhecido por sua rede de contatos em diferentes espectros políticos, incluindo grupos cristãos alinhados tanto a favor quanto contra o Hezbollah. Sua nomeação sinaliza uma tentativa de Trump de ampliar sua influência na região através de uma figura com forte presença na diáspora libanesa e capacidade de diálogo.

Boulos, bilionário com negócios na Nigéria, é um exemplo da política de Trump de integrar familiares e pessoas próximas em papéis-chave. A escolha ocorre pouco após Trump indicar Charles Kushner, pai de seu genro Jared Kushner, como embaixador dos Estados Unidos na França.

Fonte: Brasil 247

Evangélicos podem ganhar espaço no governo Lula em reforma ministerial

Aproximação com a bancada evangélica pode garantir mais ministérios e secretarias em troca de apoio político estratégico

Lula sanciona lei que cria Dia Nacional da Música Gospel (Foto: Ricardo Stuckert)

 O governo Lula articula uma reaproximação com setores da bancada evangélica, movimento que pode trazer impactos significativos na reforma ministerial prevista para 2025. Segundo informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, líderes religiosos e parlamentares desse segmento têm intensificado suas agendas no Palácio do Planalto, buscando espaços em ministérios e secretarias estratégicas.

A relação ganhou destaque em outubro, durante a cerimônia de sanção do Dia da Música Gospel. O evento foi marcado pela oração do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) pelo presidente Lula, gesto que irritou figuras bolsonaristas como o pastor Silas Malafaia. Desde então, encontros entre líderes evangélicos e integrantes do governo têm se tornado mais frequentes.

◉ Republicanos no centro das negociações

Um dos destaques dessa aproximação é o Republicanos, partido vinculado à Igreja Universal do Reino de Deus. Após apoiar a candidatura de Lula em 2022, o líder da igreja, bispo Edir Macedo, atribuiu a vitória do petista à “vontade de Deus”, acalmando os ânimos entre os fiéis descontentes com a derrota de Jair Bolsonaro. No início do governo, o Republicanos foi contemplado com uma pasta ministerial.

Agora, o partido vislumbra aumentar sua influência, especialmente com o possível apoio do governo à candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados em 2025. Caso Motta seja eleito, a sigla deve pressionar por mais espaço no governo em troca de apoio à reeleição de Lula em 2026.

◉ Mudança estratégica no segmento evangélico

A ala evangélica que busca se dissociar do bolsonarismo tem interesse em fortalecer seu perfil junto ao Planalto, visando atrair mais recursos e apoio para projetos sociais. O alinhamento com o governo pode proporcionar maior acesso a políticas públicas voltadas à população de baixa renda, reforçando a relevância desses líderes religiosos no cenário político.

O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, tem desempenhado papel central nas articulações com os parlamentares evangélicos. Essa interlocução é vista como estratégica para ampliar a base de apoio do governo no Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Ou o poder civil enquadra essa gente ou a democracia pagará o preço", diz Maringoni, sobre vídeo da Marinha

Professor critica peça institucional e alerta para riscos à democracia em meio a tensões entre militares e civis

Gilberto Maringoni (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | José Cruz/Agência Brasil)

 A Marinha do Brasil provocou polêmica ao divulgar, neste domingo (1º), um vídeo institucional que aborda as críticas sobre supostos privilégios militares. A peça, exibida na substituição do Pavilhão Nacional na Praça dos Três Poderes, em Brasília, apresenta uma narrativa que contrapõe as privações dos militares às experiências de lazer dos civis. O vídeo também foi compartilhado nas redes sociais da instituição.

O professor de Relações Internacionais Gilberto Maringoni manifestou indignação nas redes sociais, classificando o vídeo como uma ameaça velada à democracia. "A Marinha exibe dentes em disparatado vídeo divulgado domingo. A peça mostra que militares têm vida dura enquanto civis vivem em vadiagens sem fim. Tudo na estética realismo-gorila, a rosnar ameaças. Ou o poder civil enquadra essa gente, ou a democracia pagará o preço da omissão", escreveu Maringoni.

Com duração de 1 minuto e 16 segundos, o vídeo alterna cenas de militares enfrentando condições extremas de trabalho com imagens de civis em festas e reuniões familiares. Em um dos momentos mais emblemáticos, um jovem militar questiona: "Privilégios? Vem pra Marinha", reforçando o contraste entre as diferentes realidades.

◉ Tensão em meio a mudanças fiscais

A divulgação ocorre em um contexto sensível, marcado pelas mudanças fiscais propostas pelo governo Lula para o sistema previdenciário militar. Entre as medidas defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estão a criação de uma idade mínima de 55 anos para a passagem à reserva e um pedágio de 9% sobre o tempo de serviço restante. "São mudanças justas e necessárias", declarou Haddad recentemente.

Atualmente, os militares podem passar à reserva após 35 anos de serviço, sem exigência de idade mínima. A proposta busca alinhar os benefícios das Forças Armadas às reformas previdenciárias já aplicadas a outras categorias, gerando forte resistência no meio militar.

◉ Uma mensagem à sociedade e ao governo

Especialistas apontam que o vídeo da Marinha vai além de uma mera campanha institucional, funcionando como um recado à sociedade e ao governo. A peça enfatiza as peculiaridades da carreira militar e reforça a ideia de que a vida nas Forças Armadas não pode ser comparada à de profissionais civis.

A proximidade do Dia do Marinheiro, celebrado em 13 de dezembro, também sugere que o vídeo pretende reafirmar a identidade e os valores das Forças Armadas em meio ao debate sobre privilégios e sacrifícios.

Para Maringoni, no entanto, o vídeo é um exemplo claro de como a atuação política das Forças Armadas pode tensionar a relação com o poder civil. 
Confira:

Fonte: Brasil 247

Trump diz que perdão ao filho de Biden é “um abuso e um erro judiciário”

Trump qustionou se os que participaram da intentona golpista de 6 de janeiro de 2021 também seriam anistiados

(Foto: ALLISON ROBBERT/Pool via REUTERS)

Sputnik - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu o perdão a Hunter Biden, filho de Joe Biden, como “um abuso e um erro judiciário”. Já o atual presidente dos EUA afirma que o perdão se deveu ao fato de seu filho ser perseguido por motivos políticos e não judiciais.

“O perdão concedido por Joe a Hunter inclui os reféns J-6, presos durante anos? É um abuso e um erro judiciário ”, escreveu Trump na sua conta na rede Truth Social.

O republicano, que regressará à Casa Branca em janeiro próximo, costuma chamar de "reféns J-6" as pessoas detidas pelos tumultos ocorridos durante o assalto ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021 , quando centenas de simpatizantes republicanos invadiram o edifício do Congresso dos Estados Unidos para expressar seu desacordo com a vitória de Biden.

Neste domingo (1), o presidente dos EUA, Joe Biden, concedeu perdão ao seu filho Hunter Biden por duas acusações criminais: crimes relacionados com armas de fogo e condenações por evasão fiscal, anunciou a Casa Branca.

O perdão significa que Hunter não será condenado pelos crimes pelos quais foi acusado e elimina qualquer possibilidade de um dia ele ir para trás das grades. Os meios de comunicação locais alertaram que, com este indulto, as audiências de condenação do arguido, marcadas para 12 e 16 de dezembro, poderão ser canceladas.

O presidente Joe Biden e outros funcionários da Casa Branca afirmaram repetidamente que não perdoariam Hunter antes de deixar o cargo.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Ala próxima a Bolsonaro fez campanha contra fardados contrários ao plano golpista. Um deles foi Valério Stumpf Trindade

Segundo militares bolsonaristas, Valério Stumpf Trindade era o “leva e traz” do “ovo”, apelido dado ao ministro Alexandre de Moraes
Valério Stumpf Trindade (Foto: Reprodução (YT))

A ala militar próxima a Jair Bolsonaro(PL) fez campanha contra fardados contrários ao plano golpista, como Valério Stumpf Trindade, que, de acordo com militares bolsonaristas, era o “leva e traz” do “ovo”, apelido dado ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

A PF conseguiu prints enviados ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. A informação foi publicada neste domingo (1) na coluna de Paulo Cappelli.

Um interlocutor conversa com um homem chamado Riva e digita o nome de quem acreditava ser o suposto informante: “Gen [general] Stumph (sic)”. Riva concordou: “Sim, outro amigo do FHC [o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso]. Negociando cargos no governo para parentes, inclusive. Vergonha eterna esses integrantes do ACE [Alto Comando do Exército]”.

A Procuradoria-Geral da República analisa o inquérito enviado pela Polícia Federal, que indicou 37 pessoas na investigação da trama golpista - 25 dos indiciados são militares.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Biden assina perdão a seu filho Hunter em duas acusações criminais

Alegação do chefe da Casa Branca é que as acusações tinham motivação política

Joe Biden e seu filho Hunter Biden (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

Sputnik - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse num comunicado divulgado pela Casa Branca que assinou um perdão ao seu filho Hunter por duas acusações criminais, alegando que tinham motivação política.

“Hoje, assinei um perdão para meu filho Hunter ”, disse Biden.

O presidente lembrou que, no início de seu governo, havia prometido não interferir nas decisões do Departamento de Justiça e manteve sua palavra mesmo ao ver como seu filho “foi processado de forma seletiva e injusta”.

No entanto, observou ele, "nenhuma pessoa razoável olhando para os fatos dos casos de Hunter pode chegar a qualquer conclusão além de que Hunter foi escolhido apenas porque é meu filho, e isso está errado".

"Ao tentar quebrar Hunter, eles tentaram me quebrar, e não há razão para acreditar que isso vai parar aqui. Já basta."

Ele também afirmou que Hunter estava "cinco anos e meio sóbrio" e explicou que assinou o perdão porque "não adiantava mais adiar".

Biden supostamente se reuniu com empresas que deram contratos milionários a seu filho Hunter

O presidente Joe Biden e outros funcionários da Casa Branca afirmaram repetidamente que não perdoariam o seu filho antes de deixar o cargo.

Em setembro passado, Hunter Biden decidiu confessar-se culpado num caso de evasão fiscal para evitar ir a um novo julgamento, segundo as autoridades judiciais do país norte-americano.

O filho do presidente dos Estados Unidos confessou-se culpado em 5 de setembro de acusações fiscais federais, horas antes do início da seleção do júri no caso em que é acusado de não pagar pelo menos 1,4 milhões de dólares em impostos.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik


Militares e Múcio pressionam Lula por anistia

Pelo menos 25 militares, incluindo seis generais, estão entre os 37 indiciados pela PF no inquérito do plano golpista

Lula e José Múcio (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ministro da Defesa, José Múcio, e comandantes das Forças Armadas pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conceder anistia a militares alvos do inquérito da Polícia Federal sobre o plano golpista. A informação é da jornalista Eliane Cantanhêde. Três militares - general Tomás Paiva (Exército), almirante Marcos Olsen (Marinha) e brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica) - participaram da reunião esta semana em Brasília (DF).

Pelo menos 25 militares, incluindo seis generais, estão entre os 37 indiciados pela PF após acusações de participação na trama golpista, que pretendia assassinar o presidente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O empresário Tony Garcia, que vem nos últimos anos denunciando ilegalidades do ex-juiz suspeito Sergio Moro, afirmou que, "pelo andar da carruagem, os comandantes das forças estão totalmente alinhados com o discurso do ex-presidente Bolsonaro".

"Publicamente, a posição da Defesa e das três Forças é que não há nenhuma ingerência e nem mesmo pedido de informações nem à Polícia Federal nem ao Supremo Tribunal Federal sobre o andamento das investigações e as apurações. O presidente Lula já recebeu sinalização do PT que, incluído os condenados na Lava Jato no projeto da anistia, a aprovação poderia se dar quase que por unanimidade. Em política, elefante voa!", acrescentou.

Entre os indiciados pela PF, estão Jair Bolsonaro (PL) e ex-ministros do seu governo como Walter Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Para condenação por golpe de Estado a pena é de 4 a 12 anos de prisão.

O tempo de reclusão vai de 4 a 8 anos para Abolição violenta do Estado democrático de Direito e de 3 a 8 anos para o crime integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão. Em 2024, Bolsonaro foi indiciado em 3 inquéritos - plano golpista, joias sauditas e fraude no cartão de vacinas.

Atualmente, Bolsonaro já está inelegível por fake news em 2022, quando fez uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Eliane Catanhêde, em sua coluna no Estadão

domingo, 1 de dezembro de 2024

Apucarana é campeã de futebol 7 nos Jogos Abertos do Paraná



É campeão!!! É campeão!!! É campeão!!! A equipe de Apucarana é a vencedora – na modalidade coletiva – de futebol 7 dos Jogos Abertos do Paraná (JAPs). O triunfo aconteceu na manhã deste domingo (01/12) no Centro de Treinamentos da Molas Fama, quando o time de Apucarana venceu a equipe de Coronel Vivida por 3 a 1.

A vaga para a grande decisão havia sido confirmada no sábado, quando a equipe de Apucarana venceu na semifinal por 5 a 2 a equipe de Paranapoema. Já a equipe de Coronel Vivida garantiu vaga na decisão, ao vencer Cascavel por 4 a 3. Apucarana ficou com a medalha de ouro, Coronel Vivida com a prata e o bronze ficou com Paranapoema, que venceu a disputa com Cascavel por 5 a 1.

O prefeito Junior da Femac destaca a excelente campanha da equipe de Apucarana, que chegou à final de forma invicta. Foram 5 partidas, 18 gols marcados e apenas 8 sofridos. Junior da Femac parabenizou os atletas, membros da equipe técnica e dirigentes. “Foi uma campanha fantástica, desde a fase classificatória, passando pela semifinal e pela grande final. O título no futebol 7 coroa todo o trabalho de organização dos JAPs, que trouxe até Apucarana em dois finais de semana cerca de 5 mil pessoas, entre atletas e dirigentes”, ressalta Junior da Femac.

O secretário municipal de Esportes, Tom Barros, reitera a campanha invicta da equipe de Apucarana. “Na fase classificatória, Apucarana venceu Cascavel na estreia por 2 a 1 e, na sequência, derrotou Teixeira Soares por 6 a 3 e Capanema por 2 a 1. E a trajetória de invencibilidade continuou. Na semifinal, foi 5 a 2 contra Paranapoema e na grande final, 3 a 1 contra Coronel Vivida. Ninguém conseguiu parar a equipe de Apucarana, que merecidamente subiu ao lugar mais alto do pódio, garantindo a Apucarana a medalha de ouro”, frisa Tom Barros.

Tom Barros afirma que a equipe de Apucarana respeitou ao longo da competição todos os adversários. “É um título batalhado desde o início da competição, com muito respeito e dedicação. Parabéns a todos os atletas, ao técnico Ângelo Danilo pelo empenho e pelo esforço. Apucarana é a casa do esporte, fechando com chave de ouro a fase final dos JAPs em Apucarana”, assinala o secretário municipal de Esportes.

CAMPANHA

◉ Fase classificatória

• Apucarana 2 x 1 Cascavel

• Apucarana 6 x 3 Teixeira Soares

• Apucarana 2 x 1 Capanema

◉ Fase semifinal

• Apucarana 5 x 2 Paranapoema

◉ Final

• Apucarana 3 x 1 Coronel Vivida

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Sakamoto: Marinha sugere que só ela trabalha e resto do Brasil é bando de come-dorme

 

Vídeo da Marinha que celebra o dia do marinheiro: a gravação tem sido visto como reação ao pacote de ajuste fiscal do governo Lula. Foto: reprodução

Por Leonardo Sakamoto, no UOL

A Marinha divulgou, neste domingo (1), um vídeo para celebrar o Dia do Marinheiro e aproveitou para questionar as críticas de que militares possuem “privilégios”. Isso ocorre três dias após o pacote de ajuste fiscal anunciado pela equipe econômica do governo Lula incluir mudanças na aposentadoria das Forças Armadas. Entre as imagens do vídeo, está a de um fuzileiro naval na lama que é sósia de Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

Procurada, a assessoria da Marinha afirmou ao repórter Pedro Vilas Boas, do UOL, que o vídeo é composto em sua totalidade por militares da força. E disse que, em nenhum momento, foi utilizada inteligência artificial.

A peça de publicidade de um minuto e 16 segundos foi divulgado com a justificativa de incentivar jovens a ingressarem na carreira. Ela contrapõe imagens de membros da Marinha em ação e em treinamento duro e cenas festivas e alegres do cotidiano dos brasileiros. Ao final, uma militar questiona: “Privilégios? Vem para a Marinha”.


Isso tem sido visto como um recado aos que afirmam que os militares têm privilégios e as medidas do pacote de ajuste fiscal (como o estabelecimento de uma idade mínima de 55 anos para a aposentadoria; o fim da “morte ficta”, a equiparação de militares expulsos aos falecidos para poder garantir pensão à família; e o limite de transferência de pensões) seriam uma ação do governo Lula contra regalias que o resto dos trabalhadores não possui.

Neste sábado, o ministro da Defesa José Múcio e os comandantes militares se reuniram com Lula para discutir as mudanças.

Porém, o vídeo vem sendo muito criticado nas redes sociais por passar a mensagem de que enquanto os civis se divertem na praia e em baladas, as Forças Armadas trabalham. Muitos perguntam se, para a Marinha, não existe classe trabalhadora que desempenha funções pesadas. E os operários, agricultores, vaqueiros, garis, coveiros e tantas outras profissões?

Outros lembram a campanha pelo fim da jornada de 6 dias de trabalho e um de descanso, que pegou fogo no debate público. Cerca de 75% trabalham mais de 40 horas semanais no Brasil. E se os civis retratados no vídeo estiverem vivendo esse um dia de descanso?

Militares dizem que sua atividade é de risco. Mas outras profissões também são e passam longe de serem beneficiadas. Além disso, não estamos em guerra.

Após ter seu comandante, o almirante Almir Garnier, dizendo sim à proposta de Jair Bolsonaro de embarcar em um golpe de Estado ao final de 2022, enquanto os chefes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior, negaram, a Marinha poderia ostentar ter um comportamento mais humilde.

Mas a força naval e fluvial parece ter dobrado a aposta e tomou a frente nas críticas públicas de militares às propostas apresentadas pelo governo Lula para mudanças na aposentadoria.


Em nota na última quarta (27), a Marinha afirmou que “em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a execução de ações que tentassem abolir o Estado Democrático de Direito”. O relatório da Polícia Federal que indiciou 37 pessoas, incluindo 25 militares por tentar golpe de Estado, menciona que a Marinha teria tanques prontos para a ação.

Forças Armadas são importantes para qualquer país, desde que saibam quem devem proteger. A sua potência está na capacidade de respeitar a Constituição Federal, não de obter benefícios em troca de ameaças ou de ser usada para atender às necessidades de um governo de plantão.

Este é o momento de promover mudanças legislativas para garantir que militares fardados fiquem na caserna, deixando a política para civis, e não discutir anistia a golpistas. Mas não só: o ideal é revisar a legislação para impedir a distorção da Constituição por extremistas que acreditam no tal poder moderador, acabar com privilégios das Forças Armadas e mandar para a cadeia generais e almirantes que participaram da tentativa de golpe.

O golpismo militar de 1964 criou Bolsonaro, que se associou a um numeroso contingente das Forças Armadas para governar, manter privilégios e atacar a democracia. As intentonas que vemos hoje são ainda fruto da nossa incompetência como nação de julgar e punir o que, em 2024, completou 60 anos. Que, agora, possa ser diferente.

Fonte: DCM com informações do UOL

Seleção feminina bate Austrália de novo em último compromisso do ano

Gabi Portilho e Lauren garantem outro triunfo fora de casa por 2 a 1

Brasília (DF) 01/12/2024 - Temporada marcada pela prata olímpica termina com novo triunfo sobre rivais, agora por 2 a 1, gols de Gabi Portilho e Lauren. Brasileiras se preparam para Copa América.
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
© Rafael Ribeiro/CBF

A seleção feminina de futebol concluiu os amistosos diante da Austrália com 100% de aproveitamento. Neste domingo (1º), as brasileiras voltaram a derrotar as anfitriãs, desta vez no CBUS Stadium, em Gold Coast, por 2 a 1. Na última quinta-feira (28), a equipe verde e amarela havia ganhado por 3 a 1 no Suncorp Stadium, em Brisbane.

Foi a décima vitória brasileira sobre as australianas, em 23 confrontos entre as seleções. As rivais lideram a estatística, com 11 triunfos. Antes de quinta-feira, eram oito anos sem levar a melhor sobre a equipe da Oceania. A seleção canarinho ocupa o oitavo lugar do ranking da Federação Internacional de Futebol (Fifa), enquanto a Austrália está em 15º.

O Brasil termina 2024 com 12 vitórias em 20 partidas, além de três empates e cinco derrotas. Foram 41 gols marcados e 15 sofridos. Com quatro gols, Adriana foi a artilheira da temporada, marcada pela medalha de prata na Olimpíada de Paris, na França, e pelo vice-campeonato da Copa Ouro da Concacaf (entidade responsável pela modalidade no Caribe e nas Américas do Norte e Central). Em ambos os torneios, o título ficou com os Estados Unidos.

O técnico Arthur Elias escalou o Brasil com seis mudanças em relação ao amistoso anterior, com as entradas da goleira Lorena, das zagueiras Lauren e Kaká, da volante Angelina e das atacantes Adriana e Gio Queiróz. Apesar de tantas trocas, a postura brasileira em campo foi a mesma do jogo passado, pressionando a saída de bola australiana e saindo em velocidade quando retomava a posse.

Foi assim que, aos 28 minutos, Adriana recebeu ótimo passe da meia Duda Sampaio e lançou a atacante Gabi Portilho, que disparou pela direita, invadiu a área e bateu forte para abrir o marcador. O Brasil seguiu melhor e ampliou aos 39. A atacante Amanda Gutierres cruzou pela direita e Lauren, quase debaixo do travessão, mandou para as redes. No lance seguinte, as anfitriãs diminuíram com Hayley Raso, completando, na pequena área, assistência rasteira, pela esquerda, da também atacante Caitlin Foord.

A Austrália tomou a iniciativa na etapa final e rondou por mais tempo a área brasileira. Arthur tentou renovar a energia do contra-ataque canarinho com as entradas da meia Laís Estevam e das atacantes Nycole e Dudinha, mas a equipe teve dificuldades para encaixar os lances em velocidade. As donas da casa, contudo, apesar do maior volume, não assustaram Lorena.

País-sede da próxima Copa do Mundo Feminina, em 2027, o Brasil tem como principal desafio do ano que vem a Copa América, disputada entre 12 de julho e 2 de agosto, no Equador. A seleção verde e amarela venceu oito das nove edições da competição. A última em 2022, na Colômbia, ainda sob comando de Pia Sundhage, superando as anfitriãs por 1 a 0 na final.

Fonte: Agência Brasil

Flamengo vence e tira Inter da briga pelo título brasileiro

Em casa, Grêmio derrota São Paulo e respira contra o rebaixamento

Soccer Football - Brasileiro Championship - Flamengo v Internacional - Estadio Maracana, Rio de Janeiro, Brazil - December 1, 2024
Flamengo's Leo Ortiz celebrates scoring their first goal with teammates REUTERS/Pilar Olivares
© REUTERS/Pilar Olivares/Proibida reprodução

O Internacional saiu da briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (1), o Colorado perdeu do Flamengo por 3 a 2, no Maracanã, com transmissão ao vivo da Rádio Nacional. O tropeço pela 36ª rodada encerrou uma sequência de 16 jogos de invencibilidade do time gaúcho, com 12 vitórias e quatro empates no período.

Com 65 pontos, o Inter pode atingir, no máximo, 71 pontos nos próximos dois jogos que tem pela frente. O líder, Botafogo, soma 73 pontos. O Glorioso, inclusive, será o adversário dos gaúchos na quarta-feira (4), às 21h30 (horário de Brasília), no Beira-Rio, em Porto Alegre. Se tivesse ganhado neste domingo, o Colorado poderia reduzir, no confronto direto, a distância para o Alvinegro para somente dois pontos.

O Flamengo, por sua vez, foi a 66 pontos e reassumiu a terceira posição, superando o próprio Inter. O Rubro-Negro já não tinha mais chances de título, podendo finalizar a competição com, no máximo, 72 pontos, caso ganhe os dois últimos compromissos.

Os cariocas construíram a vantagem no primeiro tempo. Aos 28 minutos, o meia Nícolas de la Cruz cobrou escanteio pela esquerda e o zagueiro Léo Ortiz, de cabeça, mandou para as redes. Oito minutos depois, na sequência de uma cabeçada do atacante Gonzalo Plata, o lateral Alex Sandro ficou com a sobra na esquerda e tocou para Michael concluir. O próprio atacante anotou o terceiro aos 40, aproveitando cruzamento rasteiro do lateral Wesley, pela direita.

O Inter reagiu na segunda etapa. Aos nove minutos, Wesley recebeu do também atacante Enner Valencia da entrada da área, driblou De la Cruz e bateu, diminuindo a vantagem do Rubro-Negro. Aos 16, Valencia balançou as redes de cabeça, mas a arbitragem deu impedimento do equatoriano. Dois minutos depois, o lateral Alexandro Bernabei cruzou pela esquerda e Valencia, de novo pelo alto, completou para o gol, validado com auxílio do árbitro de vídeo (VAR). Apesar da pressão colorada, o placar não se alterou mais.

Tudo azul

Se o domingo foi ruim para o lado vermelho de Porto Alegre, a metade azul está respirando mais aliviada. Na Arena do Grêmio, os donos da casa derrotaram o São Paulo por 2 a 1 e praticamente se livraram de qualquer possibilidade de rebaixamento à Série B. Os gremistas não venciam há seis rodadas.

Os gaúchos foram a 44 pontos, assumindo a décima posição e abrindo seis pontos para o Criciúma, 17º colocado e equipe que abre a zona de rebaixamento (Z-4), mas que não tem mais como ultrapassar o Tricolor, pois atinjirá, no máximo, 11 vitórias (contra 12 do Imortal). O Red Bull Bragantino, que ocupa o 18º lugar, com 37 pontos, ainda joga neste domingo, às 18h30, diante do Cruzeiro, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP). Se o Massa Bruta não ganhar, o Grêmio está 100% assegurado na Série A de 2025.

O São Paulo, em contrapartida, foi "beneficiado" pelo título do Botafogo na Libertadores e foi a campo garantido na fase de grupos da próxima edição do principal torneio do continente. O Tricolor paulista soma 59 pontos e não perde mais a sexta posição.

Dominante, o Grêmio conseguiu abrir o placar aos 35 minutos do primeiro tempo. O lateral João Pedro do atacante Yeferson Soteldo pela direita e ajeitou para o meia Franco Cristaldo chutar cruzado e abrir o marcador em Porto Alegre. Aos 45, o volante Matías Villasanti cruzou pela direita e o zagueiro Ruan, ao tentar anular os atacantes Martín Braithwaite e Alexander Aravena, acabou marcando contra.

Os visitantes retornaram melhor do intervalo, equilibrando as ações e descontando aos 18 minutos. O volante Luiz Gustavo aproveitou a sobra de um escanteio afastado pela defesa do Grêmio e chutou de primeira, da entrada da área, fazendo um golaço. O São Paulo pressionou atrás do empate, mas os gaúchos seguraram o resultado positivo.

Fonte: Agência Brasil