segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Congresso deve votar medidas de ajuste fiscal ainda neste ano, afirma Padilha

Ministro confia na articulação política e garante que impacto das mudanças será neutro no orçamento público

Alexandre Padilha (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou em entrevista ao Valor Econômico que está otimista quanto à aprovação das medidas de ajuste fiscal pelo Congresso Nacional até o fim de 2024. Segundo ele, há compromisso explícito dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para que o pacote seja votado ainda neste ano. "Eu estou muito confiante no compromisso do Congresso Nacional como um todo, em nos concentrarmos neste ano na votação e na aprovação dessas medidas que consolidam o arcabouço fiscal", disse Padilha.

O ministro destacou ainda que as mudanças propostas pelo governo visam garantir a sustentabilidade das contas públicas sem comprometer o crescimento econômico. Sobre a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil, Padilha explicou que o debate ocorrerá apenas em 2025, com impacto fiscal neutro e validade a partir de 2026. “O nosso compromisso é cumprir o arcabouço fiscal. Essa reforma será neutra, não vai aumentar nem reduzir a arrecadação em um único real”, reforçou.

◉ Clima político favorável e reforma tributária

Padilha ressaltou que a articulação entre os Poderes, especialmente após o novo formato das emendas parlamentares sancionado pelo presidente Lula, contribuiu para criar um ambiente político mais favorável à tramitação das medidas. Contudo, ele apontou que o desfecho do tema ainda depende de validação no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro Flávio Dino é relator. "Um acordo construído e que signifique um avanço é mais efetivo do que, às vezes, você manter apenas a sua posição do que considera ideal", disse, indicando a necessidade de diálogo.

Sobre a reforma tributária, o ministro elogiou o empenho dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, na aprovação da proposta e manifestou confiança de que as pendências serão resolvidas antes do encerramento de seus mandatos. “Estamos no encerramento do mandato dos presidentes das duas Casas, que tiveram um papel muito importante na aprovação da reforma tributária. Acho até justo que se conclua essa votação até o fim do ano”, afirmou.

◉ Relação com novos líderes no Congresso

Questionado sobre a perspectiva de diálogo com os futuros presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), Padilha demonstrou otimismo. “A expectativa que eu tenho é a melhor possível. Hugo Motta concentrou esforços na agenda econômica, social e sustentável, e Davi Alcolumbre também desempenhou papel importante em pautas de relevância nacional”, afirmou.

Padilha minimizou eventuais atritos com Arthur Lira, atual presidente da Câmara, e preferiu adotar um tom descontraído ao falar sobre os desafios enfrentados nos últimos dois anos. “A única coisa que me fazia perder o sono era o risco de rebaixamento do Corinthians, mas isso já foi superado”, brincou.

◉ Resposta firme a pressões econômicas e sociais

O ministro rebateu críticas de que o pacote fiscal anunciado seria tímido ou insuficiente. Segundo ele, o governo tem um compromisso sólido com a responsabilidade fiscal, mas sem adotar agendas de austeridade extremas, como as propostas pelo ex-ministro Paulo Guedes ou pelo presidente argentino Javier Milei. “O nosso compromisso é com o marco fiscal que construímos, não com promessas que nunca foram entregues”, destacou.

Por fim, Padilha reafirmou a postura do governo frente às recentes revelações sobre tentativas de golpe de Estado e investigações envolvendo militares. “A ação tem que ser firme e pedagógica. Não admitimos qualquer possibilidade de passar pano para criminosos ou de interromper o processo de apuração e julgamento”, concluiu.

Padilha encerrou a entrevista mencionando os esforços do presidente Lula em implementar o programa Acredita, voltado ao estímulo do empreendedorismo, e destacou que qualquer decisão sobre reforma ministerial será tomada exclusivamente pelo presidente. “Lula tem um compromisso muito grande com aquilo que foi anunciado. Ele está sempre conectado com a sociedade e com as aspirações do povo”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

Ameaça de Trump contra os BRICS se voltaria contra os Estados Unidos

Economistas alertam que tarifas de 100% planejadas por Trump acelerariam a desdolarização e trariam impacto negativo aos consumidores americanos

(Foto: Reuters)

O recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu tensões no comércio global ao ameaçar os países do BRICS com tarifas de importação de 100%. A medida visa impedir que o bloco econômico avance na criação de uma moeda própria que possa desafiar o dólar americano. A declaração foi feita por Trump em sua rede social, Truth Social, como parte de sua estratégia para "restabelecer a primazia econômica global" após assumir o cargo em janeiro de 2025.

"A ideia de que os países do BRICS estão tentando se afastar do dólar enquanto ficamos parados e assistimos ACABOU", afirmou Trump. Ele acrescentou que exigirá um compromisso formal do bloco para não desenvolver uma nova moeda e advertiu: "Não há chance de que o BRICS substitua o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tente deve dar adeus à América".

As ameaças, porém, enfrentaram críticas contundentes de especialistas e líderes internacionais, reportadas pela Sputnik. Segundo o economista britânico Rodney Shakespeare, cofundador do Movimento pela Justiça Global, as ações propostas por Trump seriam contraproducentes. "Se os EUA prosseguirem com uma grande guerra comercial contra os BRICS, coletivamente ou individualmente, pode ser uma guerra que os EUA perderão", avaliou Shakespeare. Ele destacou que o BRICS, que reúne 35% da economia global e 40% da população mundial, teria capacidade de responder de forma unificada às medidas agressivas dos Estados Unidos.

O senador russo Aleksei Pushkov também minimizou as ameaças de Trump, classificando-as como "bravatas políticas" que dificilmente se concretizariam. "Donald Trump finge que tudo pode ser resolvido com um passo decisivo, mas a realidade econômica global não funciona assim", afirmou Pushkov.

◉ Impactos econômicos preocupantes

Dados revelam que os Estados Unidos possuem um déficit comercial de quase US$ 433,5 bilhões com os países do BRICS, que fornecem uma ampla gama de produtos essenciais, desde medicamentos e equipamentos médicos até minerais de terras raras e máquinas. Enquanto isso, as exportações americanas, como petróleo, automóveis e armas, enfrentam forte concorrência no mercado internacional.

No comércio intra-BRICS, cerca de 65% das transações já são realizadas em moedas locais, reduzindo a dependência do dólar. Shakespeare alertou que a imposição de tarifas levaria a "enormes aumentos nos preços de consumo nos EUA", agravando a inflação e prejudicando a economia americana. Além disso, ele destacou que uma guerra comercial desse porte poderia acelerar a desdolarização global e enfraquecer a posição econômica dos EUA.

Especialistas também observam que os setores mais avançados da economia americana, como propriedade intelectual, serviços financeiros e tecnologia, poderiam sofrer com a criação de alternativas locais promovidas pelos países do BRICS.

A ameaça de Trump reflete uma tentativa de reafirmar a hegemonia americana em um cenário global que se torna cada vez mais multipolar. No entanto, segundo analistas, as consequências de uma guerra comercial desse porte poderiam ser devastadoras para os próprios Estados Unidos, ao exacerbar a dependência econômica e expor as fragilidades de sua estratégia unilateral.

Fonte: Brasil 247

Boulos, sogro de uma filha de Trump, é escolhido como conselheiro para assuntos árabes

Nomeação reforça laços familiares e influência política de Trump no Oriente Médio

Tiffany Trump e Michael Boulos (Foto: Reuters)

Reuters – Donald Trump anunciou no último domingo (1º), por meio da rede social Truth Social, que Massad Boulos, empresário libanês-americano e sogro de sua filha Tiffany Trump, será seu conselheiro sênior para assuntos árabes e do Oriente Médio.

Boulos, que desempenhou um papel estratégico durante a campanha de Trump, mobilizou eleitores árabes e muçulmanos em estados-chave como Michigan e Pensilvânia. Sua capacidade de transitar por diferentes facções políticas no Líbano, incluindo o Hezbollah e seus opositores, chamou a atenção de analistas. “Boulos tem ambição e aliados políticos que se destacarão no círculo de Trump”, avaliou Aron Lund, especialista da Century Foundation.

Durante a campanha, Boulos participou de encontros semanais com líderes cívicos e empresariais da comunidade árabe-americana, promovendo a mensagem de Trump sobre o fim de conflitos no Oriente Médio. Ele também ajudou a conquistar apoio de líderes muçulmanos e árabes-americanos que estavam descontentes com a política externa dos democratas.

Além de sua atuação política, Boulos tem raízes profundas no Líbano e é conhecido por sua rede de contatos em diferentes espectros políticos, incluindo grupos cristãos alinhados tanto a favor quanto contra o Hezbollah. Sua nomeação sinaliza uma tentativa de Trump de ampliar sua influência na região através de uma figura com forte presença na diáspora libanesa e capacidade de diálogo.

Boulos, bilionário com negócios na Nigéria, é um exemplo da política de Trump de integrar familiares e pessoas próximas em papéis-chave. A escolha ocorre pouco após Trump indicar Charles Kushner, pai de seu genro Jared Kushner, como embaixador dos Estados Unidos na França.

Fonte: Brasil 247

Evangélicos podem ganhar espaço no governo Lula em reforma ministerial

Aproximação com a bancada evangélica pode garantir mais ministérios e secretarias em troca de apoio político estratégico

Lula sanciona lei que cria Dia Nacional da Música Gospel (Foto: Ricardo Stuckert)

 O governo Lula articula uma reaproximação com setores da bancada evangélica, movimento que pode trazer impactos significativos na reforma ministerial prevista para 2025. Segundo informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, líderes religiosos e parlamentares desse segmento têm intensificado suas agendas no Palácio do Planalto, buscando espaços em ministérios e secretarias estratégicas.

A relação ganhou destaque em outubro, durante a cerimônia de sanção do Dia da Música Gospel. O evento foi marcado pela oração do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) pelo presidente Lula, gesto que irritou figuras bolsonaristas como o pastor Silas Malafaia. Desde então, encontros entre líderes evangélicos e integrantes do governo têm se tornado mais frequentes.

◉ Republicanos no centro das negociações

Um dos destaques dessa aproximação é o Republicanos, partido vinculado à Igreja Universal do Reino de Deus. Após apoiar a candidatura de Lula em 2022, o líder da igreja, bispo Edir Macedo, atribuiu a vitória do petista à “vontade de Deus”, acalmando os ânimos entre os fiéis descontentes com a derrota de Jair Bolsonaro. No início do governo, o Republicanos foi contemplado com uma pasta ministerial.

Agora, o partido vislumbra aumentar sua influência, especialmente com o possível apoio do governo à candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados em 2025. Caso Motta seja eleito, a sigla deve pressionar por mais espaço no governo em troca de apoio à reeleição de Lula em 2026.

◉ Mudança estratégica no segmento evangélico

A ala evangélica que busca se dissociar do bolsonarismo tem interesse em fortalecer seu perfil junto ao Planalto, visando atrair mais recursos e apoio para projetos sociais. O alinhamento com o governo pode proporcionar maior acesso a políticas públicas voltadas à população de baixa renda, reforçando a relevância desses líderes religiosos no cenário político.

O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, tem desempenhado papel central nas articulações com os parlamentares evangélicos. Essa interlocução é vista como estratégica para ampliar a base de apoio do governo no Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Ou o poder civil enquadra essa gente ou a democracia pagará o preço", diz Maringoni, sobre vídeo da Marinha

Professor critica peça institucional e alerta para riscos à democracia em meio a tensões entre militares e civis

Gilberto Maringoni (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | José Cruz/Agência Brasil)

 A Marinha do Brasil provocou polêmica ao divulgar, neste domingo (1º), um vídeo institucional que aborda as críticas sobre supostos privilégios militares. A peça, exibida na substituição do Pavilhão Nacional na Praça dos Três Poderes, em Brasília, apresenta uma narrativa que contrapõe as privações dos militares às experiências de lazer dos civis. O vídeo também foi compartilhado nas redes sociais da instituição.

O professor de Relações Internacionais Gilberto Maringoni manifestou indignação nas redes sociais, classificando o vídeo como uma ameaça velada à democracia. "A Marinha exibe dentes em disparatado vídeo divulgado domingo. A peça mostra que militares têm vida dura enquanto civis vivem em vadiagens sem fim. Tudo na estética realismo-gorila, a rosnar ameaças. Ou o poder civil enquadra essa gente, ou a democracia pagará o preço da omissão", escreveu Maringoni.

Com duração de 1 minuto e 16 segundos, o vídeo alterna cenas de militares enfrentando condições extremas de trabalho com imagens de civis em festas e reuniões familiares. Em um dos momentos mais emblemáticos, um jovem militar questiona: "Privilégios? Vem pra Marinha", reforçando o contraste entre as diferentes realidades.

◉ Tensão em meio a mudanças fiscais

A divulgação ocorre em um contexto sensível, marcado pelas mudanças fiscais propostas pelo governo Lula para o sistema previdenciário militar. Entre as medidas defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estão a criação de uma idade mínima de 55 anos para a passagem à reserva e um pedágio de 9% sobre o tempo de serviço restante. "São mudanças justas e necessárias", declarou Haddad recentemente.

Atualmente, os militares podem passar à reserva após 35 anos de serviço, sem exigência de idade mínima. A proposta busca alinhar os benefícios das Forças Armadas às reformas previdenciárias já aplicadas a outras categorias, gerando forte resistência no meio militar.

◉ Uma mensagem à sociedade e ao governo

Especialistas apontam que o vídeo da Marinha vai além de uma mera campanha institucional, funcionando como um recado à sociedade e ao governo. A peça enfatiza as peculiaridades da carreira militar e reforça a ideia de que a vida nas Forças Armadas não pode ser comparada à de profissionais civis.

A proximidade do Dia do Marinheiro, celebrado em 13 de dezembro, também sugere que o vídeo pretende reafirmar a identidade e os valores das Forças Armadas em meio ao debate sobre privilégios e sacrifícios.

Para Maringoni, no entanto, o vídeo é um exemplo claro de como a atuação política das Forças Armadas pode tensionar a relação com o poder civil. 
Confira:

Fonte: Brasil 247

Trump diz que perdão ao filho de Biden é “um abuso e um erro judiciário”

Trump qustionou se os que participaram da intentona golpista de 6 de janeiro de 2021 também seriam anistiados

(Foto: ALLISON ROBBERT/Pool via REUTERS)

Sputnik - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu o perdão a Hunter Biden, filho de Joe Biden, como “um abuso e um erro judiciário”. Já o atual presidente dos EUA afirma que o perdão se deveu ao fato de seu filho ser perseguido por motivos políticos e não judiciais.

“O perdão concedido por Joe a Hunter inclui os reféns J-6, presos durante anos? É um abuso e um erro judiciário ”, escreveu Trump na sua conta na rede Truth Social.

O republicano, que regressará à Casa Branca em janeiro próximo, costuma chamar de "reféns J-6" as pessoas detidas pelos tumultos ocorridos durante o assalto ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021 , quando centenas de simpatizantes republicanos invadiram o edifício do Congresso dos Estados Unidos para expressar seu desacordo com a vitória de Biden.

Neste domingo (1), o presidente dos EUA, Joe Biden, concedeu perdão ao seu filho Hunter Biden por duas acusações criminais: crimes relacionados com armas de fogo e condenações por evasão fiscal, anunciou a Casa Branca.

O perdão significa que Hunter não será condenado pelos crimes pelos quais foi acusado e elimina qualquer possibilidade de um dia ele ir para trás das grades. Os meios de comunicação locais alertaram que, com este indulto, as audiências de condenação do arguido, marcadas para 12 e 16 de dezembro, poderão ser canceladas.

O presidente Joe Biden e outros funcionários da Casa Branca afirmaram repetidamente que não perdoariam Hunter antes de deixar o cargo.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Ala próxima a Bolsonaro fez campanha contra fardados contrários ao plano golpista. Um deles foi Valério Stumpf Trindade

Segundo militares bolsonaristas, Valério Stumpf Trindade era o “leva e traz” do “ovo”, apelido dado ao ministro Alexandre de Moraes
Valério Stumpf Trindade (Foto: Reprodução (YT))

A ala militar próxima a Jair Bolsonaro(PL) fez campanha contra fardados contrários ao plano golpista, como Valério Stumpf Trindade, que, de acordo com militares bolsonaristas, era o “leva e traz” do “ovo”, apelido dado ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

A PF conseguiu prints enviados ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. A informação foi publicada neste domingo (1) na coluna de Paulo Cappelli.

Um interlocutor conversa com um homem chamado Riva e digita o nome de quem acreditava ser o suposto informante: “Gen [general] Stumph (sic)”. Riva concordou: “Sim, outro amigo do FHC [o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso]. Negociando cargos no governo para parentes, inclusive. Vergonha eterna esses integrantes do ACE [Alto Comando do Exército]”.

A Procuradoria-Geral da República analisa o inquérito enviado pela Polícia Federal, que indicou 37 pessoas na investigação da trama golpista - 25 dos indiciados são militares.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Biden assina perdão a seu filho Hunter em duas acusações criminais

Alegação do chefe da Casa Branca é que as acusações tinham motivação política

Joe Biden e seu filho Hunter Biden (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

Sputnik - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse num comunicado divulgado pela Casa Branca que assinou um perdão ao seu filho Hunter por duas acusações criminais, alegando que tinham motivação política.

“Hoje, assinei um perdão para meu filho Hunter ”, disse Biden.

O presidente lembrou que, no início de seu governo, havia prometido não interferir nas decisões do Departamento de Justiça e manteve sua palavra mesmo ao ver como seu filho “foi processado de forma seletiva e injusta”.

No entanto, observou ele, "nenhuma pessoa razoável olhando para os fatos dos casos de Hunter pode chegar a qualquer conclusão além de que Hunter foi escolhido apenas porque é meu filho, e isso está errado".

"Ao tentar quebrar Hunter, eles tentaram me quebrar, e não há razão para acreditar que isso vai parar aqui. Já basta."

Ele também afirmou que Hunter estava "cinco anos e meio sóbrio" e explicou que assinou o perdão porque "não adiantava mais adiar".

Biden supostamente se reuniu com empresas que deram contratos milionários a seu filho Hunter

O presidente Joe Biden e outros funcionários da Casa Branca afirmaram repetidamente que não perdoariam o seu filho antes de deixar o cargo.

Em setembro passado, Hunter Biden decidiu confessar-se culpado num caso de evasão fiscal para evitar ir a um novo julgamento, segundo as autoridades judiciais do país norte-americano.

O filho do presidente dos Estados Unidos confessou-se culpado em 5 de setembro de acusações fiscais federais, horas antes do início da seleção do júri no caso em que é acusado de não pagar pelo menos 1,4 milhões de dólares em impostos.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik


Militares e Múcio pressionam Lula por anistia

Pelo menos 25 militares, incluindo seis generais, estão entre os 37 indiciados pela PF no inquérito do plano golpista

Lula e José Múcio (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ministro da Defesa, José Múcio, e comandantes das Forças Armadas pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conceder anistia a militares alvos do inquérito da Polícia Federal sobre o plano golpista. A informação é da jornalista Eliane Cantanhêde. Três militares - general Tomás Paiva (Exército), almirante Marcos Olsen (Marinha) e brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica) - participaram da reunião esta semana em Brasília (DF).

Pelo menos 25 militares, incluindo seis generais, estão entre os 37 indiciados pela PF após acusações de participação na trama golpista, que pretendia assassinar o presidente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O empresário Tony Garcia, que vem nos últimos anos denunciando ilegalidades do ex-juiz suspeito Sergio Moro, afirmou que, "pelo andar da carruagem, os comandantes das forças estão totalmente alinhados com o discurso do ex-presidente Bolsonaro".

"Publicamente, a posição da Defesa e das três Forças é que não há nenhuma ingerência e nem mesmo pedido de informações nem à Polícia Federal nem ao Supremo Tribunal Federal sobre o andamento das investigações e as apurações. O presidente Lula já recebeu sinalização do PT que, incluído os condenados na Lava Jato no projeto da anistia, a aprovação poderia se dar quase que por unanimidade. Em política, elefante voa!", acrescentou.

Entre os indiciados pela PF, estão Jair Bolsonaro (PL) e ex-ministros do seu governo como Walter Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Para condenação por golpe de Estado a pena é de 4 a 12 anos de prisão.

O tempo de reclusão vai de 4 a 8 anos para Abolição violenta do Estado democrático de Direito e de 3 a 8 anos para o crime integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão. Em 2024, Bolsonaro foi indiciado em 3 inquéritos - plano golpista, joias sauditas e fraude no cartão de vacinas.

Atualmente, Bolsonaro já está inelegível por fake news em 2022, quando fez uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Eliane Catanhêde, em sua coluna no Estadão

domingo, 1 de dezembro de 2024

Apucarana é campeã de futebol 7 nos Jogos Abertos do Paraná



É campeão!!! É campeão!!! É campeão!!! A equipe de Apucarana é a vencedora – na modalidade coletiva – de futebol 7 dos Jogos Abertos do Paraná (JAPs). O triunfo aconteceu na manhã deste domingo (01/12) no Centro de Treinamentos da Molas Fama, quando o time de Apucarana venceu a equipe de Coronel Vivida por 3 a 1.

A vaga para a grande decisão havia sido confirmada no sábado, quando a equipe de Apucarana venceu na semifinal por 5 a 2 a equipe de Paranapoema. Já a equipe de Coronel Vivida garantiu vaga na decisão, ao vencer Cascavel por 4 a 3. Apucarana ficou com a medalha de ouro, Coronel Vivida com a prata e o bronze ficou com Paranapoema, que venceu a disputa com Cascavel por 5 a 1.

O prefeito Junior da Femac destaca a excelente campanha da equipe de Apucarana, que chegou à final de forma invicta. Foram 5 partidas, 18 gols marcados e apenas 8 sofridos. Junior da Femac parabenizou os atletas, membros da equipe técnica e dirigentes. “Foi uma campanha fantástica, desde a fase classificatória, passando pela semifinal e pela grande final. O título no futebol 7 coroa todo o trabalho de organização dos JAPs, que trouxe até Apucarana em dois finais de semana cerca de 5 mil pessoas, entre atletas e dirigentes”, ressalta Junior da Femac.

O secretário municipal de Esportes, Tom Barros, reitera a campanha invicta da equipe de Apucarana. “Na fase classificatória, Apucarana venceu Cascavel na estreia por 2 a 1 e, na sequência, derrotou Teixeira Soares por 6 a 3 e Capanema por 2 a 1. E a trajetória de invencibilidade continuou. Na semifinal, foi 5 a 2 contra Paranapoema e na grande final, 3 a 1 contra Coronel Vivida. Ninguém conseguiu parar a equipe de Apucarana, que merecidamente subiu ao lugar mais alto do pódio, garantindo a Apucarana a medalha de ouro”, frisa Tom Barros.

Tom Barros afirma que a equipe de Apucarana respeitou ao longo da competição todos os adversários. “É um título batalhado desde o início da competição, com muito respeito e dedicação. Parabéns a todos os atletas, ao técnico Ângelo Danilo pelo empenho e pelo esforço. Apucarana é a casa do esporte, fechando com chave de ouro a fase final dos JAPs em Apucarana”, assinala o secretário municipal de Esportes.

CAMPANHA

◉ Fase classificatória

• Apucarana 2 x 1 Cascavel

• Apucarana 6 x 3 Teixeira Soares

• Apucarana 2 x 1 Capanema

◉ Fase semifinal

• Apucarana 5 x 2 Paranapoema

◉ Final

• Apucarana 3 x 1 Coronel Vivida

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Sakamoto: Marinha sugere que só ela trabalha e resto do Brasil é bando de come-dorme

 

Vídeo da Marinha que celebra o dia do marinheiro: a gravação tem sido visto como reação ao pacote de ajuste fiscal do governo Lula. Foto: reprodução

Por Leonardo Sakamoto, no UOL

A Marinha divulgou, neste domingo (1), um vídeo para celebrar o Dia do Marinheiro e aproveitou para questionar as críticas de que militares possuem “privilégios”. Isso ocorre três dias após o pacote de ajuste fiscal anunciado pela equipe econômica do governo Lula incluir mudanças na aposentadoria das Forças Armadas. Entre as imagens do vídeo, está a de um fuzileiro naval na lama que é sósia de Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

Procurada, a assessoria da Marinha afirmou ao repórter Pedro Vilas Boas, do UOL, que o vídeo é composto em sua totalidade por militares da força. E disse que, em nenhum momento, foi utilizada inteligência artificial.

A peça de publicidade de um minuto e 16 segundos foi divulgado com a justificativa de incentivar jovens a ingressarem na carreira. Ela contrapõe imagens de membros da Marinha em ação e em treinamento duro e cenas festivas e alegres do cotidiano dos brasileiros. Ao final, uma militar questiona: “Privilégios? Vem para a Marinha”.


Isso tem sido visto como um recado aos que afirmam que os militares têm privilégios e as medidas do pacote de ajuste fiscal (como o estabelecimento de uma idade mínima de 55 anos para a aposentadoria; o fim da “morte ficta”, a equiparação de militares expulsos aos falecidos para poder garantir pensão à família; e o limite de transferência de pensões) seriam uma ação do governo Lula contra regalias que o resto dos trabalhadores não possui.

Neste sábado, o ministro da Defesa José Múcio e os comandantes militares se reuniram com Lula para discutir as mudanças.

Porém, o vídeo vem sendo muito criticado nas redes sociais por passar a mensagem de que enquanto os civis se divertem na praia e em baladas, as Forças Armadas trabalham. Muitos perguntam se, para a Marinha, não existe classe trabalhadora que desempenha funções pesadas. E os operários, agricultores, vaqueiros, garis, coveiros e tantas outras profissões?

Outros lembram a campanha pelo fim da jornada de 6 dias de trabalho e um de descanso, que pegou fogo no debate público. Cerca de 75% trabalham mais de 40 horas semanais no Brasil. E se os civis retratados no vídeo estiverem vivendo esse um dia de descanso?

Militares dizem que sua atividade é de risco. Mas outras profissões também são e passam longe de serem beneficiadas. Além disso, não estamos em guerra.

Após ter seu comandante, o almirante Almir Garnier, dizendo sim à proposta de Jair Bolsonaro de embarcar em um golpe de Estado ao final de 2022, enquanto os chefes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior, negaram, a Marinha poderia ostentar ter um comportamento mais humilde.

Mas a força naval e fluvial parece ter dobrado a aposta e tomou a frente nas críticas públicas de militares às propostas apresentadas pelo governo Lula para mudanças na aposentadoria.


Em nota na última quarta (27), a Marinha afirmou que “em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a execução de ações que tentassem abolir o Estado Democrático de Direito”. O relatório da Polícia Federal que indiciou 37 pessoas, incluindo 25 militares por tentar golpe de Estado, menciona que a Marinha teria tanques prontos para a ação.

Forças Armadas são importantes para qualquer país, desde que saibam quem devem proteger. A sua potência está na capacidade de respeitar a Constituição Federal, não de obter benefícios em troca de ameaças ou de ser usada para atender às necessidades de um governo de plantão.

Este é o momento de promover mudanças legislativas para garantir que militares fardados fiquem na caserna, deixando a política para civis, e não discutir anistia a golpistas. Mas não só: o ideal é revisar a legislação para impedir a distorção da Constituição por extremistas que acreditam no tal poder moderador, acabar com privilégios das Forças Armadas e mandar para a cadeia generais e almirantes que participaram da tentativa de golpe.

O golpismo militar de 1964 criou Bolsonaro, que se associou a um numeroso contingente das Forças Armadas para governar, manter privilégios e atacar a democracia. As intentonas que vemos hoje são ainda fruto da nossa incompetência como nação de julgar e punir o que, em 2024, completou 60 anos. Que, agora, possa ser diferente.

Fonte: DCM com informações do UOL

Seleção feminina bate Austrália de novo em último compromisso do ano

Gabi Portilho e Lauren garantem outro triunfo fora de casa por 2 a 1

Brasília (DF) 01/12/2024 - Temporada marcada pela prata olímpica termina com novo triunfo sobre rivais, agora por 2 a 1, gols de Gabi Portilho e Lauren. Brasileiras se preparam para Copa América.
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
© Rafael Ribeiro/CBF

A seleção feminina de futebol concluiu os amistosos diante da Austrália com 100% de aproveitamento. Neste domingo (1º), as brasileiras voltaram a derrotar as anfitriãs, desta vez no CBUS Stadium, em Gold Coast, por 2 a 1. Na última quinta-feira (28), a equipe verde e amarela havia ganhado por 3 a 1 no Suncorp Stadium, em Brisbane.

Foi a décima vitória brasileira sobre as australianas, em 23 confrontos entre as seleções. As rivais lideram a estatística, com 11 triunfos. Antes de quinta-feira, eram oito anos sem levar a melhor sobre a equipe da Oceania. A seleção canarinho ocupa o oitavo lugar do ranking da Federação Internacional de Futebol (Fifa), enquanto a Austrália está em 15º.

O Brasil termina 2024 com 12 vitórias em 20 partidas, além de três empates e cinco derrotas. Foram 41 gols marcados e 15 sofridos. Com quatro gols, Adriana foi a artilheira da temporada, marcada pela medalha de prata na Olimpíada de Paris, na França, e pelo vice-campeonato da Copa Ouro da Concacaf (entidade responsável pela modalidade no Caribe e nas Américas do Norte e Central). Em ambos os torneios, o título ficou com os Estados Unidos.

O técnico Arthur Elias escalou o Brasil com seis mudanças em relação ao amistoso anterior, com as entradas da goleira Lorena, das zagueiras Lauren e Kaká, da volante Angelina e das atacantes Adriana e Gio Queiróz. Apesar de tantas trocas, a postura brasileira em campo foi a mesma do jogo passado, pressionando a saída de bola australiana e saindo em velocidade quando retomava a posse.

Foi assim que, aos 28 minutos, Adriana recebeu ótimo passe da meia Duda Sampaio e lançou a atacante Gabi Portilho, que disparou pela direita, invadiu a área e bateu forte para abrir o marcador. O Brasil seguiu melhor e ampliou aos 39. A atacante Amanda Gutierres cruzou pela direita e Lauren, quase debaixo do travessão, mandou para as redes. No lance seguinte, as anfitriãs diminuíram com Hayley Raso, completando, na pequena área, assistência rasteira, pela esquerda, da também atacante Caitlin Foord.

A Austrália tomou a iniciativa na etapa final e rondou por mais tempo a área brasileira. Arthur tentou renovar a energia do contra-ataque canarinho com as entradas da meia Laís Estevam e das atacantes Nycole e Dudinha, mas a equipe teve dificuldades para encaixar os lances em velocidade. As donas da casa, contudo, apesar do maior volume, não assustaram Lorena.

País-sede da próxima Copa do Mundo Feminina, em 2027, o Brasil tem como principal desafio do ano que vem a Copa América, disputada entre 12 de julho e 2 de agosto, no Equador. A seleção verde e amarela venceu oito das nove edições da competição. A última em 2022, na Colômbia, ainda sob comando de Pia Sundhage, superando as anfitriãs por 1 a 0 na final.

Fonte: Agência Brasil

Flamengo vence e tira Inter da briga pelo título brasileiro

Em casa, Grêmio derrota São Paulo e respira contra o rebaixamento

Soccer Football - Brasileiro Championship - Flamengo v Internacional - Estadio Maracana, Rio de Janeiro, Brazil - December 1, 2024
Flamengo's Leo Ortiz celebrates scoring their first goal with teammates REUTERS/Pilar Olivares
© REUTERS/Pilar Olivares/Proibida reprodução

O Internacional saiu da briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (1), o Colorado perdeu do Flamengo por 3 a 2, no Maracanã, com transmissão ao vivo da Rádio Nacional. O tropeço pela 36ª rodada encerrou uma sequência de 16 jogos de invencibilidade do time gaúcho, com 12 vitórias e quatro empates no período.

Com 65 pontos, o Inter pode atingir, no máximo, 71 pontos nos próximos dois jogos que tem pela frente. O líder, Botafogo, soma 73 pontos. O Glorioso, inclusive, será o adversário dos gaúchos na quarta-feira (4), às 21h30 (horário de Brasília), no Beira-Rio, em Porto Alegre. Se tivesse ganhado neste domingo, o Colorado poderia reduzir, no confronto direto, a distância para o Alvinegro para somente dois pontos.

O Flamengo, por sua vez, foi a 66 pontos e reassumiu a terceira posição, superando o próprio Inter. O Rubro-Negro já não tinha mais chances de título, podendo finalizar a competição com, no máximo, 72 pontos, caso ganhe os dois últimos compromissos.

Os cariocas construíram a vantagem no primeiro tempo. Aos 28 minutos, o meia Nícolas de la Cruz cobrou escanteio pela esquerda e o zagueiro Léo Ortiz, de cabeça, mandou para as redes. Oito minutos depois, na sequência de uma cabeçada do atacante Gonzalo Plata, o lateral Alex Sandro ficou com a sobra na esquerda e tocou para Michael concluir. O próprio atacante anotou o terceiro aos 40, aproveitando cruzamento rasteiro do lateral Wesley, pela direita.

O Inter reagiu na segunda etapa. Aos nove minutos, Wesley recebeu do também atacante Enner Valencia da entrada da área, driblou De la Cruz e bateu, diminuindo a vantagem do Rubro-Negro. Aos 16, Valencia balançou as redes de cabeça, mas a arbitragem deu impedimento do equatoriano. Dois minutos depois, o lateral Alexandro Bernabei cruzou pela esquerda e Valencia, de novo pelo alto, completou para o gol, validado com auxílio do árbitro de vídeo (VAR). Apesar da pressão colorada, o placar não se alterou mais.

Tudo azul

Se o domingo foi ruim para o lado vermelho de Porto Alegre, a metade azul está respirando mais aliviada. Na Arena do Grêmio, os donos da casa derrotaram o São Paulo por 2 a 1 e praticamente se livraram de qualquer possibilidade de rebaixamento à Série B. Os gremistas não venciam há seis rodadas.

Os gaúchos foram a 44 pontos, assumindo a décima posição e abrindo seis pontos para o Criciúma, 17º colocado e equipe que abre a zona de rebaixamento (Z-4), mas que não tem mais como ultrapassar o Tricolor, pois atinjirá, no máximo, 11 vitórias (contra 12 do Imortal). O Red Bull Bragantino, que ocupa o 18º lugar, com 37 pontos, ainda joga neste domingo, às 18h30, diante do Cruzeiro, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP). Se o Massa Bruta não ganhar, o Grêmio está 100% assegurado na Série A de 2025.

O São Paulo, em contrapartida, foi "beneficiado" pelo título do Botafogo na Libertadores e foi a campo garantido na fase de grupos da próxima edição do principal torneio do continente. O Tricolor paulista soma 59 pontos e não perde mais a sexta posição.

Dominante, o Grêmio conseguiu abrir o placar aos 35 minutos do primeiro tempo. O lateral João Pedro do atacante Yeferson Soteldo pela direita e ajeitou para o meia Franco Cristaldo chutar cruzado e abrir o marcador em Porto Alegre. Aos 45, o volante Matías Villasanti cruzou pela direita e o zagueiro Ruan, ao tentar anular os atacantes Martín Braithwaite e Alexander Aravena, acabou marcando contra.

Os visitantes retornaram melhor do intervalo, equilibrando as ações e descontando aos 18 minutos. O volante Luiz Gustavo aproveitou a sobra de um escanteio afastado pela defesa do Grêmio e chutou de primeira, da entrada da área, fazendo um golaço. O São Paulo pressionou atrás do empate, mas os gaúchos seguraram o resultado positivo.

Fonte: Agência Brasil

"Por que fecharam a minha Panair? Família, memória e reparação em um caso emblemático da ditadura"

Comissão de Anistia encerra 2024 com reconhecimento histórico e pedido de desculpas aos ex-funcionários da Panair do Brasil

Evento em Brasília (DF) (Foto: Carlos Eduardo Matos)

Na última sexta-feira, 29 de novembro, a Comissão de Anistia realizou a 18ª sessão de sua turma, encerrando um ano de intensos trabalhos com uma decisão histórica. A reunião, transmitida ao vivo, concedeu anistia coletiva aos ex-funcionários da Panair do Brasil, empresa de aviação comercial emblemática, cujas atividades foram encerradas abruptamente pelo regime militar em 1965. Além disso, foi emitido um pedido formal de desculpas do Estado brasileiro pelas graves violações cometidas.

Em uma sessão marcada por profunda emoção e discursos impactantes, o caso destacou não apenas a perseguição política sofrida pela empresa e seus trabalhadores, mas também a destruição de um projeto nacional de desenvolvimento. "A Panair simbolizava mais do que a aviação de excelência; representava um Brasil que sonhava com soberania e progresso, sonhos que foram brutalmente interrompidos", destacou a conselheira relatora, Isabela, em seu voto amplamente elogiado.

◉ A memória dos que resistem

A sessão contou com a presença de Ingrid Fricke, ex-aeromoça da Panair, representando a chamada "Família Panair", como os ex-funcionários e seus descendentes se identificam. Em um discurso emocionado, ela relembrou a devastação causada pelo fechamento da empresa: "Perdemos empregos, sonhos e identidades. Muitos colegas chegaram ao extremo do suicídio. Até hoje, a tristeza permanece entre nós."

Fricke também destacou a excelência da companhia, cuja reputação era reconhecida no Brasil e no exterior. "Os voos da Panair eram sinônimo de qualidade e orgulho nacional. Como pode um governo destruir isso de um dia para o outro?", questionou.

O conselheiro Mário Albuquerque acrescentou uma perspectiva pessoal ao debate. Filho de um funcionário da Panair, ele revelou a importância simbólica da empresa para o país e para sua própria história. "Meu pai trabalhou na Panair durante a Segunda Guerra Mundial, em Camocim, uma cidade cearense estratégica que perdeu seu brilho junto com o projeto de país que a Panair representava. O que aconteceu com a Panair não foi apenas o fechamento de uma empresa, foi a destruição de um modelo de Brasil, mais justo e inclusivo", afirmou, emocionado. Ele ainda fez um apelo para que pesquisadores e universidades aprofundem o estudo sobre a história da Panair em cada estado brasileiro.

◉ Uma decisão emblemática

*O deferimento do pedido de anistia foi recebido com aplausos. Apesar de não incluir reparações financeiras imediatas, abre caminho para que os atingidos busquem reparação individual. "Que o Estado brasileiro assuma, ao menos simbolicamente, o compromisso de nunca mais permitir tamanha arbitrariedade", afirmou a presidenta da sessão.

◉ O pedido de desculpas oficial

A presidenta da Comissão de Anistia, Eneá de Stutz e Almeida, destacou a importância histórica e simbólica do pedido de desculpas do Estado brasileiro. "Não foi uma, duas ou três pessoas atingidas. Foram milhares. Milhares de pessoas e famílias que tiveram suas vidas destruídas por um decreto absolutamente cruel, ilegal e violento", afirmou. Eneá enfatizou que a violência cometida pelo regime militar ainda ecoa, quase sessenta anos depois. "São seis décadas de luta e resistência, e agora, pelo menos, temos o reconhecimento do erro e o pedido de desculpas do Estado."

Eneá ressaltou que o pedido de desculpas precisa ser amplamente divulgado para alcançar os descendentes e sucessores das vítimas. "Espero que cada uma dessas pessoas tenha condições de entrar com seu requerimento individual, onde será possível analisar caso a caso a possibilidade de reparação econômica. Este pedido coletivo é um marco, mas precisamos continuar contando essas histórias para que nunca mais aconteça", concluiu.

◉ Contexto histórico

Fundada em 1929, a Panair do Brasil tornou-se referência em aviação na América Latina. Nacionalizada em 1961, foi fechada pelo regime militar sob alegações infundadas de dificuldades financeiras, como comprovam documentos anexados ao processo. A ação foi considerada uma manobra política para beneficiar concorrentes alinhados ao regime.

A perseguição não se limitou à empresa. Os trabalhadores enfrentaram desemprego, desamparo e discriminação. Muitos dos cinco mil funcionários da época tiveram que recomeçar suas vidas no exterior ou em condições de extrema dificuldade no Brasil.

◉ O significado da anistia coletiva

A decisão da Comissão de Anistia foi celebrada como um marco na luta por memória e justiça. "Este caso simboliza a destruição de um projeto de país que visava desenvolvimento e inclusão. A anistia coletiva não repara completamente os danos, mas é um passo fundamental para reconhecer essa história e impedir sua repetição", concluiu a conselheira Ana Maria.

A sessão encerrou os trabalhos da Comissão em 2024 com um apelo à reflexão sobre o papel do Estado e do Judiciário durante a ditadura. O caso da Panair continua ecoando como um exemplo das atrocidades cometidas em nome de um regime autoritário e da importância de lutar por justiça e verdade.

Fonte: Brasil 247

“Tramar contra o Estado de Direito é gravíssimo e merece medidas rígidas”, diz advogado Michel Saliba

Advogado analisa relatório da Polícia Federal sobre tentativa de golpe e aponta a necessidade de respostas rigorosas para proteger a democracia

(Foto: Camara dos Deputados | ABR )

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, transmitido pela TV 247, o advogado Michel Saliba fez uma análise detalhada do relatório da Polícia Federal que investiga a tentativa de golpe de Estado associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Saliba defendeu ações firmes contra os envolvidos, criticou a impunidade histórica e avaliou os riscos políticos de medidas como a prisão preventiva de Bolsonaro. “Tramar contra o Estado de Direito é um dos delitos mais graves que temos”, afirmou.

O advogado traçou um panorama histórico sobre as raízes do autoritarismo no Brasil, apontando que setores saudosistas da ditadura militar sempre representaram cerca de 30% do eleitorado. Ele relacionou esse apoio ao fortalecimento de figuras como Jair Bolsonaro, especialmente após o desgaste político causado pela Operação Lava Jato. “A Lava Jato trabalhou para destruir a imagem não só de Lula e do PT, mas também de figuras como Marina Silva e Geraldo Alckmin, facilitando a ascensão de Bolsonaro”, observou.

◉ Planejamento de golpe e riscos de fuga

Sobre o conteúdo do relatório da Polícia Federal, Saliba destacou que a tentativa de golpe não foi um ato improvisado, mas sim uma trama planejada desde 2019, envolvendo militares e civis. Segundo ele, evidências como mensagens e documentos revelam que Bolsonaro estava ciente e diretamente envolvido no planejamento. “O relatório é assombroso. Ele traz provas contundentes de que havia um esquema para desacreditar as urnas e preparar um golpe ainda antes da posse de Lula”, explicou.

Quando questionado sobre a possibilidade de fuga dos investigados, incluindo o ex-presidente, Saliba foi categórico: “Apenas retirar os passaportes desses envolvidos não é suficiente. Há o risco real de fuga, inclusive para países como a Argentina, onde poderiam buscar asilo político.” Ele defendeu o uso de medidas cautelares como tornozeleiras eletrônicas para monitorar os suspeitos, especialmente aqueles com indícios mais robustos de envolvimento, como os generais Braga Netto e Augusto Heleno.

◉ Impacto político e cautela com Bolsonaro

Embora reconheça os crimes graves atribuídos a Bolsonaro, Saliba argumentou contra sua prisão preventiva, citando razões políticas. “Ele usaria a prisão como trunfo para se vitimizar e fortalecer sua base de apoio. É melhor expô-lo publicamente, mostrando sua culpa, até que seja condenado definitivamente”, ponderou. O advogado lembrou casos emblemáticos como o Mensalão e a prisão de Lula para reforçar a necessidade de prudência em decisões que envolvem figuras públicas de alta relevância política.

◉ Militares e sociedade civil sob suspeita

Saliba também chamou atenção para o papel das Forças Armadas e de setores da sociedade civil no apoio à tentativa de golpe. Segundo ele, há indícios de que empresários e fazendeiros do Centro-Oeste e do Sul do país financiaram mobilizações antidemocráticas, incluindo os atos de 8 de janeiro. “Esses setores sabiam que a trama estava em curso. A impunidade histórica de militares e civis que atentaram contra a democracia é a madrasta dessa repetição trágica que vivemos no Brasil”, afirmou.

◉ Oito de janeiro: “uma tentativa desesperada”

Para Saliba, os ataques de 8 de janeiro foram fruto do desespero após o fracasso de planos mais ambiciosos. Ele criticou a leniência de autoridades militares que, embora tenham rejeitado o golpe, não tomaram medidas legais contra os conspiradores. “O que ocorreu em janeiro não foi algo espontâneo. Havia cumplicidade de setores das forças de segurança, que preferiram assistir à barbárie em vez de agir.”

◉ Perspectivas para o futuro

O advogado concluiu sua análise com um tom cauteloso, afirmando que, mesmo com punições exemplares, o Brasil ainda enfrentará desafios para consolidar sua democracia. “Temos um número significativo de apoiadores da extrema direita, que continuarão presentes. A impunidade histórica e a falta de delimitação clara do papel dos militares na sociedade ainda são barreiras para o nosso avanço democrático”, avaliou. Assista:

Fonte: Brasil 247

Projeto SAF do Botafogo tinha uma meta: título de peso em até cinco anos

Houve um projeto de reestruturação da equipe

Técnico Artur Jorge levantando a taça de campeão da Copa Libertadores (Foto: Vítor Silva/ BFR)

O Botafogo conseguiu antes da hora o que estava previsto no projeto esportivo implementado após a venda da SAF no começo de 2022. A Sociedade Anônima do Futebol, modelo de constituição de empresas voltada para esta modalidade esportiva. Dono da SAF, John Textor afirmou que as conquistas relevantes viriam em até cinco anos, de acordo com informações contidas no projeto de reestruturação da equipe, do Centro de Treinamento e do departamento de futebol como um todo. A informação foi publicada na coluna assinada por Diogo Dantas.

O time foi campeão da Copa Libertadores de 2024, neste sábado (30), ao derrotar o Atlético-MG por 3 a 1, mesmo com um jogador expulso aos 30 segundos de jogo. Com o título, o Botafogo disputará duas competições da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

A primeira é a Copa Intercontinental, que substitui, no calendário, o Mundial de Clubes. Em 11 de dezembro, no Catar, o Glorioso encara o Pachuca, do México, vencedor da Concacaf (entidade responsável pela modalidade no Caribe e nas Américas do Norte e Central).

O vencedor do confronto vai à semifinal o Al-Ahly, do Egito, campeão africano. A final será contra o Real Madrid, da Espanha, que ganhou a Liga dos Campeões da Europa.Entre 15 de junho e 13 de julho de 2025, o Botafogo vai para o novo Mundial da Fifa, nos Estados Unidos.

O torneio terá 32 clubes, sendo seis da América do Sul. Quatro deles são os brasileiros campeões das últimas edições da Libertadores. Além do Botafogo, estarão Palmeiras (2021), Flamengo (2022) e Fluminense (2023). Os argentinos Boca Juniors e River Plate, os dois da Argentina, completam os representantes sul-americanos.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna assinada por Diogo Dantas, no jornal O Globo