segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

"Ou o poder civil enquadra essa gente ou a democracia pagará o preço", diz Maringoni, sobre vídeo da Marinha

Professor critica peça institucional e alerta para riscos à democracia em meio a tensões entre militares e civis

Gilberto Maringoni (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | José Cruz/Agência Brasil)

 A Marinha do Brasil provocou polêmica ao divulgar, neste domingo (1º), um vídeo institucional que aborda as críticas sobre supostos privilégios militares. A peça, exibida na substituição do Pavilhão Nacional na Praça dos Três Poderes, em Brasília, apresenta uma narrativa que contrapõe as privações dos militares às experiências de lazer dos civis. O vídeo também foi compartilhado nas redes sociais da instituição.

O professor de Relações Internacionais Gilberto Maringoni manifestou indignação nas redes sociais, classificando o vídeo como uma ameaça velada à democracia. "A Marinha exibe dentes em disparatado vídeo divulgado domingo. A peça mostra que militares têm vida dura enquanto civis vivem em vadiagens sem fim. Tudo na estética realismo-gorila, a rosnar ameaças. Ou o poder civil enquadra essa gente, ou a democracia pagará o preço da omissão", escreveu Maringoni.

Com duração de 1 minuto e 16 segundos, o vídeo alterna cenas de militares enfrentando condições extremas de trabalho com imagens de civis em festas e reuniões familiares. Em um dos momentos mais emblemáticos, um jovem militar questiona: "Privilégios? Vem pra Marinha", reforçando o contraste entre as diferentes realidades.

◉ Tensão em meio a mudanças fiscais

A divulgação ocorre em um contexto sensível, marcado pelas mudanças fiscais propostas pelo governo Lula para o sistema previdenciário militar. Entre as medidas defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estão a criação de uma idade mínima de 55 anos para a passagem à reserva e um pedágio de 9% sobre o tempo de serviço restante. "São mudanças justas e necessárias", declarou Haddad recentemente.

Atualmente, os militares podem passar à reserva após 35 anos de serviço, sem exigência de idade mínima. A proposta busca alinhar os benefícios das Forças Armadas às reformas previdenciárias já aplicadas a outras categorias, gerando forte resistência no meio militar.

◉ Uma mensagem à sociedade e ao governo

Especialistas apontam que o vídeo da Marinha vai além de uma mera campanha institucional, funcionando como um recado à sociedade e ao governo. A peça enfatiza as peculiaridades da carreira militar e reforça a ideia de que a vida nas Forças Armadas não pode ser comparada à de profissionais civis.

A proximidade do Dia do Marinheiro, celebrado em 13 de dezembro, também sugere que o vídeo pretende reafirmar a identidade e os valores das Forças Armadas em meio ao debate sobre privilégios e sacrifícios.

Para Maringoni, no entanto, o vídeo é um exemplo claro de como a atuação política das Forças Armadas pode tensionar a relação com o poder civil. 
Confira:

Fonte: Brasil 247

Trump diz que perdão ao filho de Biden é “um abuso e um erro judiciário”

Trump qustionou se os que participaram da intentona golpista de 6 de janeiro de 2021 também seriam anistiados

(Foto: ALLISON ROBBERT/Pool via REUTERS)

Sputnik - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu o perdão a Hunter Biden, filho de Joe Biden, como “um abuso e um erro judiciário”. Já o atual presidente dos EUA afirma que o perdão se deveu ao fato de seu filho ser perseguido por motivos políticos e não judiciais.

“O perdão concedido por Joe a Hunter inclui os reféns J-6, presos durante anos? É um abuso e um erro judiciário ”, escreveu Trump na sua conta na rede Truth Social.

O republicano, que regressará à Casa Branca em janeiro próximo, costuma chamar de "reféns J-6" as pessoas detidas pelos tumultos ocorridos durante o assalto ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021 , quando centenas de simpatizantes republicanos invadiram o edifício do Congresso dos Estados Unidos para expressar seu desacordo com a vitória de Biden.

Neste domingo (1), o presidente dos EUA, Joe Biden, concedeu perdão ao seu filho Hunter Biden por duas acusações criminais: crimes relacionados com armas de fogo e condenações por evasão fiscal, anunciou a Casa Branca.

O perdão significa que Hunter não será condenado pelos crimes pelos quais foi acusado e elimina qualquer possibilidade de um dia ele ir para trás das grades. Os meios de comunicação locais alertaram que, com este indulto, as audiências de condenação do arguido, marcadas para 12 e 16 de dezembro, poderão ser canceladas.

O presidente Joe Biden e outros funcionários da Casa Branca afirmaram repetidamente que não perdoariam Hunter antes de deixar o cargo.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Ala próxima a Bolsonaro fez campanha contra fardados contrários ao plano golpista. Um deles foi Valério Stumpf Trindade

Segundo militares bolsonaristas, Valério Stumpf Trindade era o “leva e traz” do “ovo”, apelido dado ao ministro Alexandre de Moraes
Valério Stumpf Trindade (Foto: Reprodução (YT))

A ala militar próxima a Jair Bolsonaro(PL) fez campanha contra fardados contrários ao plano golpista, como Valério Stumpf Trindade, que, de acordo com militares bolsonaristas, era o “leva e traz” do “ovo”, apelido dado ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

A PF conseguiu prints enviados ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. A informação foi publicada neste domingo (1) na coluna de Paulo Cappelli.

Um interlocutor conversa com um homem chamado Riva e digita o nome de quem acreditava ser o suposto informante: “Gen [general] Stumph (sic)”. Riva concordou: “Sim, outro amigo do FHC [o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso]. Negociando cargos no governo para parentes, inclusive. Vergonha eterna esses integrantes do ACE [Alto Comando do Exército]”.

A Procuradoria-Geral da República analisa o inquérito enviado pela Polícia Federal, que indicou 37 pessoas na investigação da trama golpista - 25 dos indiciados são militares.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Biden assina perdão a seu filho Hunter em duas acusações criminais

Alegação do chefe da Casa Branca é que as acusações tinham motivação política

Joe Biden e seu filho Hunter Biden (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

Sputnik - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse num comunicado divulgado pela Casa Branca que assinou um perdão ao seu filho Hunter por duas acusações criminais, alegando que tinham motivação política.

“Hoje, assinei um perdão para meu filho Hunter ”, disse Biden.

O presidente lembrou que, no início de seu governo, havia prometido não interferir nas decisões do Departamento de Justiça e manteve sua palavra mesmo ao ver como seu filho “foi processado de forma seletiva e injusta”.

No entanto, observou ele, "nenhuma pessoa razoável olhando para os fatos dos casos de Hunter pode chegar a qualquer conclusão além de que Hunter foi escolhido apenas porque é meu filho, e isso está errado".

"Ao tentar quebrar Hunter, eles tentaram me quebrar, e não há razão para acreditar que isso vai parar aqui. Já basta."

Ele também afirmou que Hunter estava "cinco anos e meio sóbrio" e explicou que assinou o perdão porque "não adiantava mais adiar".

Biden supostamente se reuniu com empresas que deram contratos milionários a seu filho Hunter

O presidente Joe Biden e outros funcionários da Casa Branca afirmaram repetidamente que não perdoariam o seu filho antes de deixar o cargo.

Em setembro passado, Hunter Biden decidiu confessar-se culpado num caso de evasão fiscal para evitar ir a um novo julgamento, segundo as autoridades judiciais do país norte-americano.

O filho do presidente dos Estados Unidos confessou-se culpado em 5 de setembro de acusações fiscais federais, horas antes do início da seleção do júri no caso em que é acusado de não pagar pelo menos 1,4 milhões de dólares em impostos.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik


Militares e Múcio pressionam Lula por anistia

Pelo menos 25 militares, incluindo seis generais, estão entre os 37 indiciados pela PF no inquérito do plano golpista

Lula e José Múcio (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ministro da Defesa, José Múcio, e comandantes das Forças Armadas pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conceder anistia a militares alvos do inquérito da Polícia Federal sobre o plano golpista. A informação é da jornalista Eliane Cantanhêde. Três militares - general Tomás Paiva (Exército), almirante Marcos Olsen (Marinha) e brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica) - participaram da reunião esta semana em Brasília (DF).

Pelo menos 25 militares, incluindo seis generais, estão entre os 37 indiciados pela PF após acusações de participação na trama golpista, que pretendia assassinar o presidente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O empresário Tony Garcia, que vem nos últimos anos denunciando ilegalidades do ex-juiz suspeito Sergio Moro, afirmou que, "pelo andar da carruagem, os comandantes das forças estão totalmente alinhados com o discurso do ex-presidente Bolsonaro".

"Publicamente, a posição da Defesa e das três Forças é que não há nenhuma ingerência e nem mesmo pedido de informações nem à Polícia Federal nem ao Supremo Tribunal Federal sobre o andamento das investigações e as apurações. O presidente Lula já recebeu sinalização do PT que, incluído os condenados na Lava Jato no projeto da anistia, a aprovação poderia se dar quase que por unanimidade. Em política, elefante voa!", acrescentou.

Entre os indiciados pela PF, estão Jair Bolsonaro (PL) e ex-ministros do seu governo como Walter Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Para condenação por golpe de Estado a pena é de 4 a 12 anos de prisão.

O tempo de reclusão vai de 4 a 8 anos para Abolição violenta do Estado democrático de Direito e de 3 a 8 anos para o crime integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão. Em 2024, Bolsonaro foi indiciado em 3 inquéritos - plano golpista, joias sauditas e fraude no cartão de vacinas.

Atualmente, Bolsonaro já está inelegível por fake news em 2022, quando fez uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Eliane Catanhêde, em sua coluna no Estadão

domingo, 1 de dezembro de 2024

Apucarana é campeã de futebol 7 nos Jogos Abertos do Paraná



É campeão!!! É campeão!!! É campeão!!! A equipe de Apucarana é a vencedora – na modalidade coletiva – de futebol 7 dos Jogos Abertos do Paraná (JAPs). O triunfo aconteceu na manhã deste domingo (01/12) no Centro de Treinamentos da Molas Fama, quando o time de Apucarana venceu a equipe de Coronel Vivida por 3 a 1.

A vaga para a grande decisão havia sido confirmada no sábado, quando a equipe de Apucarana venceu na semifinal por 5 a 2 a equipe de Paranapoema. Já a equipe de Coronel Vivida garantiu vaga na decisão, ao vencer Cascavel por 4 a 3. Apucarana ficou com a medalha de ouro, Coronel Vivida com a prata e o bronze ficou com Paranapoema, que venceu a disputa com Cascavel por 5 a 1.

O prefeito Junior da Femac destaca a excelente campanha da equipe de Apucarana, que chegou à final de forma invicta. Foram 5 partidas, 18 gols marcados e apenas 8 sofridos. Junior da Femac parabenizou os atletas, membros da equipe técnica e dirigentes. “Foi uma campanha fantástica, desde a fase classificatória, passando pela semifinal e pela grande final. O título no futebol 7 coroa todo o trabalho de organização dos JAPs, que trouxe até Apucarana em dois finais de semana cerca de 5 mil pessoas, entre atletas e dirigentes”, ressalta Junior da Femac.

O secretário municipal de Esportes, Tom Barros, reitera a campanha invicta da equipe de Apucarana. “Na fase classificatória, Apucarana venceu Cascavel na estreia por 2 a 1 e, na sequência, derrotou Teixeira Soares por 6 a 3 e Capanema por 2 a 1. E a trajetória de invencibilidade continuou. Na semifinal, foi 5 a 2 contra Paranapoema e na grande final, 3 a 1 contra Coronel Vivida. Ninguém conseguiu parar a equipe de Apucarana, que merecidamente subiu ao lugar mais alto do pódio, garantindo a Apucarana a medalha de ouro”, frisa Tom Barros.

Tom Barros afirma que a equipe de Apucarana respeitou ao longo da competição todos os adversários. “É um título batalhado desde o início da competição, com muito respeito e dedicação. Parabéns a todos os atletas, ao técnico Ângelo Danilo pelo empenho e pelo esforço. Apucarana é a casa do esporte, fechando com chave de ouro a fase final dos JAPs em Apucarana”, assinala o secretário municipal de Esportes.

CAMPANHA

◉ Fase classificatória

• Apucarana 2 x 1 Cascavel

• Apucarana 6 x 3 Teixeira Soares

• Apucarana 2 x 1 Capanema

◉ Fase semifinal

• Apucarana 5 x 2 Paranapoema

◉ Final

• Apucarana 3 x 1 Coronel Vivida

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Sakamoto: Marinha sugere que só ela trabalha e resto do Brasil é bando de come-dorme

 

Vídeo da Marinha que celebra o dia do marinheiro: a gravação tem sido visto como reação ao pacote de ajuste fiscal do governo Lula. Foto: reprodução

Por Leonardo Sakamoto, no UOL

A Marinha divulgou, neste domingo (1), um vídeo para celebrar o Dia do Marinheiro e aproveitou para questionar as críticas de que militares possuem “privilégios”. Isso ocorre três dias após o pacote de ajuste fiscal anunciado pela equipe econômica do governo Lula incluir mudanças na aposentadoria das Forças Armadas. Entre as imagens do vídeo, está a de um fuzileiro naval na lama que é sósia de Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

Procurada, a assessoria da Marinha afirmou ao repórter Pedro Vilas Boas, do UOL, que o vídeo é composto em sua totalidade por militares da força. E disse que, em nenhum momento, foi utilizada inteligência artificial.

A peça de publicidade de um minuto e 16 segundos foi divulgado com a justificativa de incentivar jovens a ingressarem na carreira. Ela contrapõe imagens de membros da Marinha em ação e em treinamento duro e cenas festivas e alegres do cotidiano dos brasileiros. Ao final, uma militar questiona: “Privilégios? Vem para a Marinha”.


Isso tem sido visto como um recado aos que afirmam que os militares têm privilégios e as medidas do pacote de ajuste fiscal (como o estabelecimento de uma idade mínima de 55 anos para a aposentadoria; o fim da “morte ficta”, a equiparação de militares expulsos aos falecidos para poder garantir pensão à família; e o limite de transferência de pensões) seriam uma ação do governo Lula contra regalias que o resto dos trabalhadores não possui.

Neste sábado, o ministro da Defesa José Múcio e os comandantes militares se reuniram com Lula para discutir as mudanças.

Porém, o vídeo vem sendo muito criticado nas redes sociais por passar a mensagem de que enquanto os civis se divertem na praia e em baladas, as Forças Armadas trabalham. Muitos perguntam se, para a Marinha, não existe classe trabalhadora que desempenha funções pesadas. E os operários, agricultores, vaqueiros, garis, coveiros e tantas outras profissões?

Outros lembram a campanha pelo fim da jornada de 6 dias de trabalho e um de descanso, que pegou fogo no debate público. Cerca de 75% trabalham mais de 40 horas semanais no Brasil. E se os civis retratados no vídeo estiverem vivendo esse um dia de descanso?

Militares dizem que sua atividade é de risco. Mas outras profissões também são e passam longe de serem beneficiadas. Além disso, não estamos em guerra.

Após ter seu comandante, o almirante Almir Garnier, dizendo sim à proposta de Jair Bolsonaro de embarcar em um golpe de Estado ao final de 2022, enquanto os chefes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior, negaram, a Marinha poderia ostentar ter um comportamento mais humilde.

Mas a força naval e fluvial parece ter dobrado a aposta e tomou a frente nas críticas públicas de militares às propostas apresentadas pelo governo Lula para mudanças na aposentadoria.


Em nota na última quarta (27), a Marinha afirmou que “em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a execução de ações que tentassem abolir o Estado Democrático de Direito”. O relatório da Polícia Federal que indiciou 37 pessoas, incluindo 25 militares por tentar golpe de Estado, menciona que a Marinha teria tanques prontos para a ação.

Forças Armadas são importantes para qualquer país, desde que saibam quem devem proteger. A sua potência está na capacidade de respeitar a Constituição Federal, não de obter benefícios em troca de ameaças ou de ser usada para atender às necessidades de um governo de plantão.

Este é o momento de promover mudanças legislativas para garantir que militares fardados fiquem na caserna, deixando a política para civis, e não discutir anistia a golpistas. Mas não só: o ideal é revisar a legislação para impedir a distorção da Constituição por extremistas que acreditam no tal poder moderador, acabar com privilégios das Forças Armadas e mandar para a cadeia generais e almirantes que participaram da tentativa de golpe.

O golpismo militar de 1964 criou Bolsonaro, que se associou a um numeroso contingente das Forças Armadas para governar, manter privilégios e atacar a democracia. As intentonas que vemos hoje são ainda fruto da nossa incompetência como nação de julgar e punir o que, em 2024, completou 60 anos. Que, agora, possa ser diferente.

Fonte: DCM com informações do UOL

Seleção feminina bate Austrália de novo em último compromisso do ano

Gabi Portilho e Lauren garantem outro triunfo fora de casa por 2 a 1

Brasília (DF) 01/12/2024 - Temporada marcada pela prata olímpica termina com novo triunfo sobre rivais, agora por 2 a 1, gols de Gabi Portilho e Lauren. Brasileiras se preparam para Copa América.
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
© Rafael Ribeiro/CBF

A seleção feminina de futebol concluiu os amistosos diante da Austrália com 100% de aproveitamento. Neste domingo (1º), as brasileiras voltaram a derrotar as anfitriãs, desta vez no CBUS Stadium, em Gold Coast, por 2 a 1. Na última quinta-feira (28), a equipe verde e amarela havia ganhado por 3 a 1 no Suncorp Stadium, em Brisbane.

Foi a décima vitória brasileira sobre as australianas, em 23 confrontos entre as seleções. As rivais lideram a estatística, com 11 triunfos. Antes de quinta-feira, eram oito anos sem levar a melhor sobre a equipe da Oceania. A seleção canarinho ocupa o oitavo lugar do ranking da Federação Internacional de Futebol (Fifa), enquanto a Austrália está em 15º.

O Brasil termina 2024 com 12 vitórias em 20 partidas, além de três empates e cinco derrotas. Foram 41 gols marcados e 15 sofridos. Com quatro gols, Adriana foi a artilheira da temporada, marcada pela medalha de prata na Olimpíada de Paris, na França, e pelo vice-campeonato da Copa Ouro da Concacaf (entidade responsável pela modalidade no Caribe e nas Américas do Norte e Central). Em ambos os torneios, o título ficou com os Estados Unidos.

O técnico Arthur Elias escalou o Brasil com seis mudanças em relação ao amistoso anterior, com as entradas da goleira Lorena, das zagueiras Lauren e Kaká, da volante Angelina e das atacantes Adriana e Gio Queiróz. Apesar de tantas trocas, a postura brasileira em campo foi a mesma do jogo passado, pressionando a saída de bola australiana e saindo em velocidade quando retomava a posse.

Foi assim que, aos 28 minutos, Adriana recebeu ótimo passe da meia Duda Sampaio e lançou a atacante Gabi Portilho, que disparou pela direita, invadiu a área e bateu forte para abrir o marcador. O Brasil seguiu melhor e ampliou aos 39. A atacante Amanda Gutierres cruzou pela direita e Lauren, quase debaixo do travessão, mandou para as redes. No lance seguinte, as anfitriãs diminuíram com Hayley Raso, completando, na pequena área, assistência rasteira, pela esquerda, da também atacante Caitlin Foord.

A Austrália tomou a iniciativa na etapa final e rondou por mais tempo a área brasileira. Arthur tentou renovar a energia do contra-ataque canarinho com as entradas da meia Laís Estevam e das atacantes Nycole e Dudinha, mas a equipe teve dificuldades para encaixar os lances em velocidade. As donas da casa, contudo, apesar do maior volume, não assustaram Lorena.

País-sede da próxima Copa do Mundo Feminina, em 2027, o Brasil tem como principal desafio do ano que vem a Copa América, disputada entre 12 de julho e 2 de agosto, no Equador. A seleção verde e amarela venceu oito das nove edições da competição. A última em 2022, na Colômbia, ainda sob comando de Pia Sundhage, superando as anfitriãs por 1 a 0 na final.

Fonte: Agência Brasil

Flamengo vence e tira Inter da briga pelo título brasileiro

Em casa, Grêmio derrota São Paulo e respira contra o rebaixamento

Soccer Football - Brasileiro Championship - Flamengo v Internacional - Estadio Maracana, Rio de Janeiro, Brazil - December 1, 2024
Flamengo's Leo Ortiz celebrates scoring their first goal with teammates REUTERS/Pilar Olivares
© REUTERS/Pilar Olivares/Proibida reprodução

O Internacional saiu da briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (1), o Colorado perdeu do Flamengo por 3 a 2, no Maracanã, com transmissão ao vivo da Rádio Nacional. O tropeço pela 36ª rodada encerrou uma sequência de 16 jogos de invencibilidade do time gaúcho, com 12 vitórias e quatro empates no período.

Com 65 pontos, o Inter pode atingir, no máximo, 71 pontos nos próximos dois jogos que tem pela frente. O líder, Botafogo, soma 73 pontos. O Glorioso, inclusive, será o adversário dos gaúchos na quarta-feira (4), às 21h30 (horário de Brasília), no Beira-Rio, em Porto Alegre. Se tivesse ganhado neste domingo, o Colorado poderia reduzir, no confronto direto, a distância para o Alvinegro para somente dois pontos.

O Flamengo, por sua vez, foi a 66 pontos e reassumiu a terceira posição, superando o próprio Inter. O Rubro-Negro já não tinha mais chances de título, podendo finalizar a competição com, no máximo, 72 pontos, caso ganhe os dois últimos compromissos.

Os cariocas construíram a vantagem no primeiro tempo. Aos 28 minutos, o meia Nícolas de la Cruz cobrou escanteio pela esquerda e o zagueiro Léo Ortiz, de cabeça, mandou para as redes. Oito minutos depois, na sequência de uma cabeçada do atacante Gonzalo Plata, o lateral Alex Sandro ficou com a sobra na esquerda e tocou para Michael concluir. O próprio atacante anotou o terceiro aos 40, aproveitando cruzamento rasteiro do lateral Wesley, pela direita.

O Inter reagiu na segunda etapa. Aos nove minutos, Wesley recebeu do também atacante Enner Valencia da entrada da área, driblou De la Cruz e bateu, diminuindo a vantagem do Rubro-Negro. Aos 16, Valencia balançou as redes de cabeça, mas a arbitragem deu impedimento do equatoriano. Dois minutos depois, o lateral Alexandro Bernabei cruzou pela esquerda e Valencia, de novo pelo alto, completou para o gol, validado com auxílio do árbitro de vídeo (VAR). Apesar da pressão colorada, o placar não se alterou mais.

Tudo azul

Se o domingo foi ruim para o lado vermelho de Porto Alegre, a metade azul está respirando mais aliviada. Na Arena do Grêmio, os donos da casa derrotaram o São Paulo por 2 a 1 e praticamente se livraram de qualquer possibilidade de rebaixamento à Série B. Os gremistas não venciam há seis rodadas.

Os gaúchos foram a 44 pontos, assumindo a décima posição e abrindo seis pontos para o Criciúma, 17º colocado e equipe que abre a zona de rebaixamento (Z-4), mas que não tem mais como ultrapassar o Tricolor, pois atinjirá, no máximo, 11 vitórias (contra 12 do Imortal). O Red Bull Bragantino, que ocupa o 18º lugar, com 37 pontos, ainda joga neste domingo, às 18h30, diante do Cruzeiro, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP). Se o Massa Bruta não ganhar, o Grêmio está 100% assegurado na Série A de 2025.

O São Paulo, em contrapartida, foi "beneficiado" pelo título do Botafogo na Libertadores e foi a campo garantido na fase de grupos da próxima edição do principal torneio do continente. O Tricolor paulista soma 59 pontos e não perde mais a sexta posição.

Dominante, o Grêmio conseguiu abrir o placar aos 35 minutos do primeiro tempo. O lateral João Pedro do atacante Yeferson Soteldo pela direita e ajeitou para o meia Franco Cristaldo chutar cruzado e abrir o marcador em Porto Alegre. Aos 45, o volante Matías Villasanti cruzou pela direita e o zagueiro Ruan, ao tentar anular os atacantes Martín Braithwaite e Alexander Aravena, acabou marcando contra.

Os visitantes retornaram melhor do intervalo, equilibrando as ações e descontando aos 18 minutos. O volante Luiz Gustavo aproveitou a sobra de um escanteio afastado pela defesa do Grêmio e chutou de primeira, da entrada da área, fazendo um golaço. O São Paulo pressionou atrás do empate, mas os gaúchos seguraram o resultado positivo.

Fonte: Agência Brasil

"Por que fecharam a minha Panair? Família, memória e reparação em um caso emblemático da ditadura"

Comissão de Anistia encerra 2024 com reconhecimento histórico e pedido de desculpas aos ex-funcionários da Panair do Brasil

Evento em Brasília (DF) (Foto: Carlos Eduardo Matos)

Na última sexta-feira, 29 de novembro, a Comissão de Anistia realizou a 18ª sessão de sua turma, encerrando um ano de intensos trabalhos com uma decisão histórica. A reunião, transmitida ao vivo, concedeu anistia coletiva aos ex-funcionários da Panair do Brasil, empresa de aviação comercial emblemática, cujas atividades foram encerradas abruptamente pelo regime militar em 1965. Além disso, foi emitido um pedido formal de desculpas do Estado brasileiro pelas graves violações cometidas.

Em uma sessão marcada por profunda emoção e discursos impactantes, o caso destacou não apenas a perseguição política sofrida pela empresa e seus trabalhadores, mas também a destruição de um projeto nacional de desenvolvimento. "A Panair simbolizava mais do que a aviação de excelência; representava um Brasil que sonhava com soberania e progresso, sonhos que foram brutalmente interrompidos", destacou a conselheira relatora, Isabela, em seu voto amplamente elogiado.

◉ A memória dos que resistem

A sessão contou com a presença de Ingrid Fricke, ex-aeromoça da Panair, representando a chamada "Família Panair", como os ex-funcionários e seus descendentes se identificam. Em um discurso emocionado, ela relembrou a devastação causada pelo fechamento da empresa: "Perdemos empregos, sonhos e identidades. Muitos colegas chegaram ao extremo do suicídio. Até hoje, a tristeza permanece entre nós."

Fricke também destacou a excelência da companhia, cuja reputação era reconhecida no Brasil e no exterior. "Os voos da Panair eram sinônimo de qualidade e orgulho nacional. Como pode um governo destruir isso de um dia para o outro?", questionou.

O conselheiro Mário Albuquerque acrescentou uma perspectiva pessoal ao debate. Filho de um funcionário da Panair, ele revelou a importância simbólica da empresa para o país e para sua própria história. "Meu pai trabalhou na Panair durante a Segunda Guerra Mundial, em Camocim, uma cidade cearense estratégica que perdeu seu brilho junto com o projeto de país que a Panair representava. O que aconteceu com a Panair não foi apenas o fechamento de uma empresa, foi a destruição de um modelo de Brasil, mais justo e inclusivo", afirmou, emocionado. Ele ainda fez um apelo para que pesquisadores e universidades aprofundem o estudo sobre a história da Panair em cada estado brasileiro.

◉ Uma decisão emblemática

*O deferimento do pedido de anistia foi recebido com aplausos. Apesar de não incluir reparações financeiras imediatas, abre caminho para que os atingidos busquem reparação individual. "Que o Estado brasileiro assuma, ao menos simbolicamente, o compromisso de nunca mais permitir tamanha arbitrariedade", afirmou a presidenta da sessão.

◉ O pedido de desculpas oficial

A presidenta da Comissão de Anistia, Eneá de Stutz e Almeida, destacou a importância histórica e simbólica do pedido de desculpas do Estado brasileiro. "Não foi uma, duas ou três pessoas atingidas. Foram milhares. Milhares de pessoas e famílias que tiveram suas vidas destruídas por um decreto absolutamente cruel, ilegal e violento", afirmou. Eneá enfatizou que a violência cometida pelo regime militar ainda ecoa, quase sessenta anos depois. "São seis décadas de luta e resistência, e agora, pelo menos, temos o reconhecimento do erro e o pedido de desculpas do Estado."

Eneá ressaltou que o pedido de desculpas precisa ser amplamente divulgado para alcançar os descendentes e sucessores das vítimas. "Espero que cada uma dessas pessoas tenha condições de entrar com seu requerimento individual, onde será possível analisar caso a caso a possibilidade de reparação econômica. Este pedido coletivo é um marco, mas precisamos continuar contando essas histórias para que nunca mais aconteça", concluiu.

◉ Contexto histórico

Fundada em 1929, a Panair do Brasil tornou-se referência em aviação na América Latina. Nacionalizada em 1961, foi fechada pelo regime militar sob alegações infundadas de dificuldades financeiras, como comprovam documentos anexados ao processo. A ação foi considerada uma manobra política para beneficiar concorrentes alinhados ao regime.

A perseguição não se limitou à empresa. Os trabalhadores enfrentaram desemprego, desamparo e discriminação. Muitos dos cinco mil funcionários da época tiveram que recomeçar suas vidas no exterior ou em condições de extrema dificuldade no Brasil.

◉ O significado da anistia coletiva

A decisão da Comissão de Anistia foi celebrada como um marco na luta por memória e justiça. "Este caso simboliza a destruição de um projeto de país que visava desenvolvimento e inclusão. A anistia coletiva não repara completamente os danos, mas é um passo fundamental para reconhecer essa história e impedir sua repetição", concluiu a conselheira Ana Maria.

A sessão encerrou os trabalhos da Comissão em 2024 com um apelo à reflexão sobre o papel do Estado e do Judiciário durante a ditadura. O caso da Panair continua ecoando como um exemplo das atrocidades cometidas em nome de um regime autoritário e da importância de lutar por justiça e verdade.

Fonte: Brasil 247

“Tramar contra o Estado de Direito é gravíssimo e merece medidas rígidas”, diz advogado Michel Saliba

Advogado analisa relatório da Polícia Federal sobre tentativa de golpe e aponta a necessidade de respostas rigorosas para proteger a democracia

(Foto: Camara dos Deputados | ABR )

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, transmitido pela TV 247, o advogado Michel Saliba fez uma análise detalhada do relatório da Polícia Federal que investiga a tentativa de golpe de Estado associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Saliba defendeu ações firmes contra os envolvidos, criticou a impunidade histórica e avaliou os riscos políticos de medidas como a prisão preventiva de Bolsonaro. “Tramar contra o Estado de Direito é um dos delitos mais graves que temos”, afirmou.

O advogado traçou um panorama histórico sobre as raízes do autoritarismo no Brasil, apontando que setores saudosistas da ditadura militar sempre representaram cerca de 30% do eleitorado. Ele relacionou esse apoio ao fortalecimento de figuras como Jair Bolsonaro, especialmente após o desgaste político causado pela Operação Lava Jato. “A Lava Jato trabalhou para destruir a imagem não só de Lula e do PT, mas também de figuras como Marina Silva e Geraldo Alckmin, facilitando a ascensão de Bolsonaro”, observou.

◉ Planejamento de golpe e riscos de fuga

Sobre o conteúdo do relatório da Polícia Federal, Saliba destacou que a tentativa de golpe não foi um ato improvisado, mas sim uma trama planejada desde 2019, envolvendo militares e civis. Segundo ele, evidências como mensagens e documentos revelam que Bolsonaro estava ciente e diretamente envolvido no planejamento. “O relatório é assombroso. Ele traz provas contundentes de que havia um esquema para desacreditar as urnas e preparar um golpe ainda antes da posse de Lula”, explicou.

Quando questionado sobre a possibilidade de fuga dos investigados, incluindo o ex-presidente, Saliba foi categórico: “Apenas retirar os passaportes desses envolvidos não é suficiente. Há o risco real de fuga, inclusive para países como a Argentina, onde poderiam buscar asilo político.” Ele defendeu o uso de medidas cautelares como tornozeleiras eletrônicas para monitorar os suspeitos, especialmente aqueles com indícios mais robustos de envolvimento, como os generais Braga Netto e Augusto Heleno.

◉ Impacto político e cautela com Bolsonaro

Embora reconheça os crimes graves atribuídos a Bolsonaro, Saliba argumentou contra sua prisão preventiva, citando razões políticas. “Ele usaria a prisão como trunfo para se vitimizar e fortalecer sua base de apoio. É melhor expô-lo publicamente, mostrando sua culpa, até que seja condenado definitivamente”, ponderou. O advogado lembrou casos emblemáticos como o Mensalão e a prisão de Lula para reforçar a necessidade de prudência em decisões que envolvem figuras públicas de alta relevância política.

◉ Militares e sociedade civil sob suspeita

Saliba também chamou atenção para o papel das Forças Armadas e de setores da sociedade civil no apoio à tentativa de golpe. Segundo ele, há indícios de que empresários e fazendeiros do Centro-Oeste e do Sul do país financiaram mobilizações antidemocráticas, incluindo os atos de 8 de janeiro. “Esses setores sabiam que a trama estava em curso. A impunidade histórica de militares e civis que atentaram contra a democracia é a madrasta dessa repetição trágica que vivemos no Brasil”, afirmou.

◉ Oito de janeiro: “uma tentativa desesperada”

Para Saliba, os ataques de 8 de janeiro foram fruto do desespero após o fracasso de planos mais ambiciosos. Ele criticou a leniência de autoridades militares que, embora tenham rejeitado o golpe, não tomaram medidas legais contra os conspiradores. “O que ocorreu em janeiro não foi algo espontâneo. Havia cumplicidade de setores das forças de segurança, que preferiram assistir à barbárie em vez de agir.”

◉ Perspectivas para o futuro

O advogado concluiu sua análise com um tom cauteloso, afirmando que, mesmo com punições exemplares, o Brasil ainda enfrentará desafios para consolidar sua democracia. “Temos um número significativo de apoiadores da extrema direita, que continuarão presentes. A impunidade histórica e a falta de delimitação clara do papel dos militares na sociedade ainda são barreiras para o nosso avanço democrático”, avaliou. Assista:

Fonte: Brasil 247

Projeto SAF do Botafogo tinha uma meta: título de peso em até cinco anos

Houve um projeto de reestruturação da equipe

Técnico Artur Jorge levantando a taça de campeão da Copa Libertadores (Foto: Vítor Silva/ BFR)

O Botafogo conseguiu antes da hora o que estava previsto no projeto esportivo implementado após a venda da SAF no começo de 2022. A Sociedade Anônima do Futebol, modelo de constituição de empresas voltada para esta modalidade esportiva. Dono da SAF, John Textor afirmou que as conquistas relevantes viriam em até cinco anos, de acordo com informações contidas no projeto de reestruturação da equipe, do Centro de Treinamento e do departamento de futebol como um todo. A informação foi publicada na coluna assinada por Diogo Dantas.

O time foi campeão da Copa Libertadores de 2024, neste sábado (30), ao derrotar o Atlético-MG por 3 a 1, mesmo com um jogador expulso aos 30 segundos de jogo. Com o título, o Botafogo disputará duas competições da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

A primeira é a Copa Intercontinental, que substitui, no calendário, o Mundial de Clubes. Em 11 de dezembro, no Catar, o Glorioso encara o Pachuca, do México, vencedor da Concacaf (entidade responsável pela modalidade no Caribe e nas Américas do Norte e Central).

O vencedor do confronto vai à semifinal o Al-Ahly, do Egito, campeão africano. A final será contra o Real Madrid, da Espanha, que ganhou a Liga dos Campeões da Europa.Entre 15 de junho e 13 de julho de 2025, o Botafogo vai para o novo Mundial da Fifa, nos Estados Unidos.

O torneio terá 32 clubes, sendo seis da América do Sul. Quatro deles são os brasileiros campeões das últimas edições da Libertadores. Além do Botafogo, estarão Palmeiras (2021), Flamengo (2022) e Fluminense (2023). Os argentinos Boca Juniors e River Plate, os dois da Argentina, completam os representantes sul-americanos.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna assinada por Diogo Dantas, no jornal O Globo

Segurando a alça do caixão, Aécio Neves tenta fusão do PSDB com outros partidos para 2026

 

Deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). Foto: Agência Brasil

Aécio Neves, deputado federal pelo PSDB de Minas Gerais, tornou-se um dos principais articuladores do partido na Câmara dos Deputados. Em entrevista ao UOL, o ex-governador de Minas e ex-candidato à presidência reconheceu que o PSDB tem enfrentado dificuldades, com o partido perdendo força nas últimas eleições.

“Fomos os primeiros a reconhecer que perdemos muito”, afirmou Aécio, ciente de que o PSDB sozinho não consegue se manter competitivo na política brasileira atual. Ele está conduzindo reuniões com lideranças de partidos “mais ao centro” para tentar ampliar a federação partidária.

Aécio está se articulando para ampliar a federação PSDB-Cidadania, e já se reuniu com representantes do Solidariedade e do PDT para discutir uma possível fusão entre os três partidos, uma estratégia similar à que resultou na criação do União Brasil, a partir da fusão entre o Democratas e o PSL. O deputado prevê que, ainda este ano, anunciará a ampliação da federação, que pode abrir caminho para um novo partido. “Outros virão ao longo do próximo ano”, disse, antecipando que o processo de construção da aliança está apenas no início.

Aécio reúne lideranças do Solidariedade e do PDT em seu gabinete para falar sobre a ampliação da federação PSDB-Cidadania (Imagem: Reprodução/Aécio Neves)

O ex-governador também apontou que os erros cometidos pelo PSDB começaram com a desistência da candidatura à presidência em 2022. “Na hora que uma candidatura que jamais foi viável do ex-governador João Dória privilegia o projeto de poder de São Paulo, o partido se desvirtua e acaba se fragilizando muito”, explicou. Ele acredita que, ao abdicar da responsabilidade de lançar uma candidatura presidencial, o PSDB caiu de 30 para 13 deputados, o que custou caro.

Apesar da diminuição de parlamentares, Aécio não considera isso um obstáculo para a reconstrução do partido. Ele acredita que, com a história do PSDB e a experiência de seus quadros, ainda é possível “construir ou até mesmo liderar uma alternativa para o Brasil”. Aécio defende que há espaço para um partido de centro, sem ser medido apenas pelo número de prefeitos e vereadores, mas sim pelo que representa politicamente. “Poucos partidos hoje se dispõem a construir um projeto de país”, disse, ressaltando a necessidade de se fortalecer com outras forças políticas.

No entanto, Aécio fez questão de destacar as diferenças com o PSD, um partido aliado de diversas correntes políticas. O deputado criticou o presidente do PSD, Gilberto Kassab, por suas declarações em que compara o atual eleitorado do partido com o antigo do PSDB. Para Aécio, o PSDB sempre teve clareza em sua posição de oposição ao PT e ao bolsonarismo, enquanto o PSD busca alianças com qualquer governo para fortalecer sua presença. “O PSDB goste ou não, forte ou fraco, sempre teve clareza de um projeto de oposição ao PT”, afirmou.

Aécio também se posicionou sobre as eleições de 2026, considerando que o governo do PT já está “ultrapassado” e sem projetos estratégicos para o país. Ele defende que o PSDB deve continuar sendo uma oposição, mas com diálogo e sem pré-condições. “Vamos conversar sem pré-condicionantes. Quem sabe possamos construir um projeto que permita que o Brasil saia dessa polarização ineficiente”, disse. Aécio vê o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como uma figura que vai além do bolsonarismo e está mais alinhado com o centro, sendo uma possível alternativa para o futuro do Brasil.

Fonte: DCM

Homem de 41 anos morre no cruzeiro de Maiara e Maraisa


Cruzeiro da Maiara e Maraisa saiu do Porto de Santos (SP). Foto: Reprodução/Redes Sociais

No sábado (30), um homem de 41 anos foi encontrado morto a bordo do navio MSC Seaview, que realizava um cruzeiro temático da dupla sertaneja Maiara e Maraisa. A embarcação havia partido do Porto de Santos, em São Paulo, e estava nas proximidades da Ilha do Maia, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, quando a morte foi constatada. A Marinha do Brasil (MB) informou que a causa foi um mal súbito.

A empresa produtora do cruzeiro, PromoAção, divulgou uma nota lamentando o ocorrido e informou que as equipes médicas a bordo prestaram assistência à família da vítima. “Nos solidarizamos com a família e amigos neste momento de dor, e seguimos oferecendo apoio integral para ajudá-los a enfrentar essa difícil situação”, disse a companhia.

A MSC, operadora do navio, também se manifestou em nota, expressando pesar pela morte. A empresa afirmou que a equipe médica respondeu prontamente à emergência e ofereceu todo o suporte necessário à família do passageiro. “Nossos pensamentos e orações estão com a família neste momento difícil”, concluiu a MSC.

Fonte: DCM

Governo Bolsonaro pagou viagens para indiciado pela PF atacar urnas eletrônicas

 

Jair Bolsonaro (PL): governo do ex-presidente pagou viagens para indiciado por golpe mostrar supostas fragilidades da urna eletrônica. Foto: reprodução

As investigações da Polícia Federal sobre o inquérito do plano golpista revelaram que, em 2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o Ministério da Ciência e Tecnologia utilizou R$ 7,7 mil de dinheiro público para financiar duas viagens urgentes do engenheiro Carlos Rocha a Brasília. O objetivo era apresentar alegações sobre a suposta vulnerabilidade do sistema eleitoral brasileiro a fraudes. As viagens ocorreram nos dias 23 e 30 de julho de 2021, conforme informações do G1.

De acordo com os registros do ministério, as viagens tinham como finalidade oficial ouvir uma associação que defendia o voto auditável, bandeira utilizada por Bolsonaro para criticar a confiabilidade das urnas eletrônicas. No entanto, a PF destacou que as viagens coincidiram com ações do governo para disseminar desinformação sobre as urnas.

Carlos Rocha, fundador do Instituto Voto Legal — Foto: Reprodução/Redes sociais
Carlos Rocha, fundador do Instituto Voto Legal: ele foi indiciado pela PF— Foto: Reprodução/Redes sociais

No dia 30 de julho, Rocha participou de um encontro no Palácio do Planalto com Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e o então ministro Marcos Pontes (PL-SP). Este último também havia se reunido com Rocha em outra ocasião, no dia 23 de julho.

As viagens ocorreram na mesma época em que Bolsonaro realizou uma live, em 29 de julho, para atacar as urnas eletrônicas e reforçar a defesa do voto auditável. Dois dias antes, o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, fez as últimas modificações em um documento com orientações que incluíam ataques às urnas. Esse material foi usado como base para a live de Bolsonaro, segundo o relatório da PF.

Embora Marcos Pontes não tenha sido indiciado, ele foi citado no inquérito como responsável por indicar Carlos Rocha ao presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto. O PL contratou Rocha por R$ 1 milhão para elaborar um relatório alegando, sem provas, indícios de fraudes no 2º turno da eleição de 2022.

Bolsonaro e Marcos Pontes

Bolsonaro e Marcos Pontes: embora o senador não tenha sido indiciado, ele foi citado no inquérito. Foto: reprodução

Segundo a PF, o engenheiro tinha consciência de que não havia irregularidades nas urnas, mas produziu o relatório com a intenção de embasar desinformações sobre o sistema eleitoral e incitar a população contra o resultado das eleições.

Carlos Rocha foi indiciado por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa, junto com outras 36 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto e Augusto Heleno.

Fonte: DCM

Bélgica aprova licença-maternidade, aposentadoria e mais direitos para prostitutas


Mel é uma das mulheres que nos disse que a nova lei vai melhorar a vida dela. Foto: BBC

A Bélgica se tornou o primeiro país no mundo a assegurar direitos trabalhistas formais para profissionais do sexo, incluindo licença-maternidade, aposentadoria, seguro de saúde e licença médica. A nova legislação trata a prostituição como qualquer outro emprego e busca garantir melhores condições de trabalho e segurança para essas mulheres.

“Minha vida seria muito mais fácil se eu tivesse esses direitos antes”, afirmou Sophie, mãe de cinco filhos, que precisou voltar ao trabalho logo após uma cesariana devido à falta de amparo financeiro. A lei é fruto de meses de protestos iniciados em 2022 e foi celebrada por organizações de direitos humanos, que veem na medida um avanço significativo para a proteção das profissionais.

Victoria, presidente da União Belga de Trabalhadores do Sexo, destacou que a regulamentação oferece ferramentas para aumentar a segurança no trabalho. “Se não existe lei, não há protocolos para ajudar. Agora temos como nos proteger legalmente”, disse. Além disso, empregadores na indústria do sexo devem seguir regras rigorosas, como não possuir antecedentes criminais, o que visa afastar maus gestores e garantir um ambiente mais digno.

Críticos, no entanto, alertam para os riscos de normalizar o trabalho sexual, alegando que ele é intrinsecamente exploratório e violento. Mesmo assim, muitas trabalhadoras, como Mel, enxergam na regulamentação uma chance de melhorar suas condições de vida e recusar práticas que as colocariam em risco. “Estou muito orgulhosa de que a Bélgica esteja tão à frente. Agora, tenho um futuro”, concluiu para a reportagem da BBC.

Fonte: DCM