domingo, 1 de dezembro de 2024

Carluxo diz que deputado ex-bolsonarista é homossexual


Carlos Bolsonaro e o deputado federal Otoni de Paula, alvo de ataques do vereador – Foto: Reprodução

Carlos Bolsonaro atacou o deputado federal ex-bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ), insinuando que o parlamentar seria homossexual. “Esse aí, quando senta, faz voz grossa há muito tempo”, escreveu o vereador em postagem sobre a fala recente de Otoni, que afirmou que “a direita é maior do que o bolsonarismo”.

Otoni, que já foi um aliado próximo de Jair Bolsonaro, tem adotado uma postura crítica ao ex-presidente. Recentemente, ele declarou que “não podemos seguir um caminho só porque Bolsonaro apontou para lá”, reforçando a necessidade de independência dentro da direita brasileira. As falas de Otoni foram elogiadas por Ronaldo Caiado, governador de Goiás. Carluxo, em seu ataque, não se conteve e decidiu ofender o deputado.

Fonte: DCM

Juristas rebatem editorial da Folha: “Afastar Moraes seria enfraquecer o Judiciário”

 

Ministro Alexandre de Moraes. Reprodução

Os juristas Pedro Serrano e Fernando Hideo publicaram um artigo na Folha de S. Paulo no qual rebatem editorial do jornal que sugeria que o ministro Alexandre de Moraes se declarasse impedido de julgar os casos nos quais ele figurasse também como vítima. Confira trechos:

No editorial “Suspeitas graves exigem tanto rigor como equilíbrio” (20/11), esta Folha sugere a existência de “casos em que Alexandre de Moraes figura simultaneamente como supervisor e vítima em potencial”, o que dá margem a argumentos recorrentes no sentido de que ele deveria se declarar impedido de exercer a jurisdição no inquérito que apura os atentados contra o Estado democrático de Direito e a tentativa de golpe no Brasil, por ter sido alvo de atos do plano golpista para manter Jair Bolsonaro no poder.

Embora a preocupação com a imparcialidade seja legítima, esse argumento revela uma compreensão equivocada do princípio do juiz natural em face da própria natureza dos crimes em apuração.

O atentado contra o ministro Moraes não foi um ataque à sua pessoa, mas à figura institucional que desempenhava papel central no funcionamento do Estado democrático de Direito enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições e relator do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal. Afastá-lo da relatoria seria conceder aos investigados o poder de manipular a jurisdição, violando o princípio constitucional do juiz natural. (…)

Diferentemente do episódio ocorrido no aeroporto de Roma, no qual Moraes e familiares foram agredidos, o atentado aqui não se deu em face do indivíduo, mas contra a figura institucional que desempenhava um papel decisivo no equilíbrio democrático durante as eleições e na responsabilização dos ataques golpistas.(…)

As investigações da Polícia Federal revelaram que o atentado contra o ministro Alexandre de Moraes foi uma etapa de um plano estruturado e coordenado, com múltiplos núcleos de atuação, para subverter a ordem democrática e dar um golpe de Estado, que tinha por objetivo final impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder. (…)

Além de individualizar condutas e responsabilizar os envolvidos, este caso é uma oportunidade de reafirmar a força das instituições democráticas. Afastar o ministro Alexandre de Moraes seria enfraquecer o Poder Judiciário, subverter a legislação processual penal e abrir caminho para que criminosos golpistas escolham quem os julgará —cenário inconcebível em um Estado democrático de Direito.

Fonte: DCM

Golpistas acusam general de vazar planos a Moraes: “Informante do ‘Ovo’”

 

O general Valério Stumpf Trindade, acusado pelos militares envolvidos na trama golpista de ser um “informante” do ministro Alexandre de Moraes
Investigações da Polícia Federal (PF) revelaram mensagens de militares bolsonaristas que acusam o general Valério Stumpf Trindade, ex-comandante militar do Sul, de ser um “informante” do ministro Alexandre de Moraes, apelidado de “ovo” nas conversas. As mensagens foram trocadas entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e um interlocutor chamado Rivas.

Rivas afirmou que Stumpf teria repassado informações de reuniões envolvendo Bolsonaro, enquanto Mauro Cid descreveu isso como “vergonha eterna”. Os militares sugeriram que o general negociava cargos para parentes, além de alegarem que o vice-presidente à época, Hamilton Mourão, também teria se reunido com outros generais para discutir a saída de Bolsonaro.

Golpistas apontam o general Valério Stumpf Trindade como informante de Alexandre de Moraes – Foto: Reprodução PF
A PF identificou ataques orquestrados contra militares que rejeitaram o suposto plano golpista, incluindo Stumpf e outros generais do Alto Comando do Exército. No dia 15 de novembro de 2022, o coronel Corrêa Netto enviou fotos de generais contrários ao esquema, incluindo Richard Nunes, Tomás Paiva e Valério Stumpf.

Os ataques também atingiram o general André Luís Novaes Miranda, que pediu aos militares para não participarem dos atos de 7 de Setembro, e o general Guido Amin Naves, que liderava o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército. Ambos foram alvos nas redes sociais por se posicionarem contra o suposto golpe.

Segundo o relatório, os diálogos mencionam um possível “Decreto de Golpe de Estado” elaborado por Bolsonaro, mas rejeitado por alguns militares. Rivas disse que o ato de rasgar o documento foi “traição à pátria”, e Mauro Cid lamentou o que chamou de “decepção sem tamanho” com os generais.

Stumpf, antes de liderar o Comando Militar do Sul, foi secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional no fim do governo Michel Temer. Ele é descrito no relatório como um dos principais alvos de bolsonaristas por não aderir ao movimento.

A PF também identificou que o almirante Almir Garnier, ao contrário de outros militares citados, estaria alinhado ao grupo que apoiava o plano de ruptura institucional. Garnier é mencionado como tendo tanques prontos no arsenal.

Fonte: DCM

Após 8/1, investigações sobre terrorismo no Brasil crescem 500%, diz PF

 

Polícia Federal. Foto: Divulgação

O número de investigações sobre casos de terrorismo no Brasil atingiu um recorde em 2023, com 51 inquéritos instaurados, marcando um aumento de mais de 500% em comparação com 2022, quando apenas 10 investigações foram abertas.

Esses dados foram obtidos pela reportagem do Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e revelam uma tendência crescente de casos investigados desde a criação da Lei Antiterrorismo em 2016.

Segundo o relatório da Polícia Federal (PF), o número de investigações sobre terrorismo no Brasil aumentou de forma significativa, alcançando um total de 117 inquéritos abertos entre 2016 e novembro de 2024. Além de 51 investigações em 2023, foram registrados outros aumentos ao longo dos anos, com 19 inquéritos instaurados até novembro de 2024.

Os números indicam que o Brasil está intensificando sua vigilância sobre atos terroristas, especialmente em tempos de crescente insegurança global. Entre os anos, o número de investigações variou, com 5 inquéritos abertos em 2016, 1 em 2018, 10 em 2019, 12 em 2020, 7 em 2021 e 10 em 2022.

Em 2023, o aumento de 500% foi notável, indicando uma resposta mais assertiva às ameaças terroristas. Aprovada em 2016, a Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016) ampliou o conceito de terrorismo no Brasil, tornando mais abrangente a definição de crimes terroristas.

Manifestante durante ato golpista de 8/1, no Palácio do Planalto. Foto: Divulgação

De acordo com a legislação, atos terroristas não se limitam a ataques diretos, mas incluem também atividades preparatórias, como recrutamento, organização e treinamento de indivíduos para ações terroristas. A lei também contempla a utilização de explosivos, armas químicas, biológicas ou nucleares para promover destruição em massa.

De acordo com a PF, a legislação também considera como terrorismo atos que envolvem sabotagem ou a apropriação de infraestrutura essencial, como hospitais, escolas, instalações públicas, transportes e sistemas de energia, além de atos que provoquem terror social e ameacem a paz pública e a segurança.

Em 2023, o aumento das investigações por terrorismo reflete uma vigilância mais rigorosa e ações de prevenção mais eficazes contra potenciais ameaças terroristas no país. A inclusão de atos preparatórios no âmbito da Lei Antiterrorismo tem permitido à Polícia Federal agir mais rapidamente para evitar que ataques se concretizem.

Com o avanço das investigações, espera-se um controle maior sobre essas ameaças, que podem ser direcionadas tanto a instituições públicas como a ações de sabotagem e destruição.

O crescente número de inquéritos no Brasil ilustra a necessidade de uma resposta mais robusta às ameaças globais de terrorismo e a importância de manter a segurança interna em nível elevado, especialmente diante de um cenário internacional de crescente extremismo e radicalização.

Fonte: DCM

PF revela a data em que os militares deflagrariam o golpe de Estado em 2022

Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

A investigação da Polícia Federal sobre a suposta trama golpista após as eleições presidenciais de 2022 aponta o dia 15 de dezembro daquele ano como o ponto crucial do planejamento para uma ruptura institucional.

Citada 90 vezes no relatório de 884 páginas, essa data marcou encontros decisivos, monitoramento de autoridades e o início de ações que, segundo a PF, visavam à assinatura de um decreto de golpe por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente nega as acusações.

O dia começou com a deflagração de uma megaoperação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra suspeitos de organizar atos antidemocráticos. Mais de 100 mandados foram cumpridos em oito estados e no Distrito Federal, criando um clima de tensão nos acampamentos bolsonaristas em frente aos quartéis.

Paralelamente, no Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro mantinha uma agenda intensa de articulações. Entre os visitantes do dia, estavam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Filipe Martins, assessor especial apontado como membro do núcleo jurídico do plano golpista. Ele permaneceu no local por 12 horas, enquanto outros assessores iam e vinham.

O ponto alto do dia foi a reunião entre Bolsonaro e o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes. Sob forte pressão de aliados do presidente e de setores militares, Freire Gomes foi ao Alvorada às 10h45, mas permaneceu por pouco mais de uma hora. Segundo o relatório, ele rejeitou qualquer apoio ao plano golpista, frustrando os articuladores.

Trocas de mensagens obtidas pela PF mostram a ansiedade em torno da reunião. Um áudio do então secretário-executivo da Presidência, general Mario Fernandes, enviado ao general Luiz Eduardo Ramos, indicava que o comandante poderia sinalizar apoio à ruptura: “Foi ao Alvorada para sinalizar ao presidente que ele podia dar ordem”.

Bolsonaro e Braga Netto. Foto: Divulgação

A negativa de Freire Gomes gerou reações imediatas. Mensagens obtidas mostram ataques ao general. O capitão reformado Ailton Gonçalves Moraes Barros afirmou: “Se FG [Freire Gomes] tiver fora mesmo, será devidamente implodido e conhecerá o inferno astral”.

Enquanto as articulações aconteciam no Alvorada, um grupo de militares e policiais monitorava o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PF, o ministro era visto como o “centro de gravidade” que deveria ser “controlado ou extinto”. O plano incluía o sequestro e possível assassinato de Moraes.

Militares do Comando de Operações Especiais saíram de Goiânia rumo a Brasília, onde ficaram posicionados próximos ao STF e à residência do ministro. Às 20h59, no entanto, a operação foi abortada após a ordem de “Alemanha” — codinome de um dos envolvidos — em um grupo de mensagens no Signal. A investigação aponta que a falta de adesão do Alto Comando do Exército ao plano golpista foi crucial para barrar a execução da missão.

Caso o decreto fosse assinado no dia 15, um Gabinete Institucional de Gestão da Crise seria criado no dia seguinte, sob o comando do general Braga Netto e do general Augusto Heleno. O objetivo incluía ações ainda mais graves, como o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, presidente e vice-presidente eleitos, respectivamente.

Os documentos apreendidos pela PF revelam um plano maior, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o envenenamento de Lula e Alckmin como parte de uma tentativa de invalidar a chapa eleita.

As revelações sobre o dia 15 de dezembro reforçam o papel do general Freire Gomes e do Alto Comando do Exército na contenção da tentativa de golpe. A PF segue com as investigações e já indiciou 37 pessoas, incluindo militares e aliados próximos de Bolsonaro, por participação no plano.

Fonte: DCM

Relato de locutor sobre seu filho e o Botafogo emociona a web: “Me sentia culpado”

Momento em que Jorge Iggor desabafa sobre conquista do Botafogo na Libertadores no sábado, 30 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

O narrador Jorge Iggor, da TNT Sports, desabafou sobre a conquista inédita do Botafogo na Libertadores e relembrou um drama pessoal com seu filho, Gustavo. Durante a cobertura pós-jogo, ele relatou o sofrimento do jovem com a derrocada do clube no Brasileirão do ano passado e confessou um sentimento de culpa por tê-lo incentivado a torcer pelo time da “Estrela Solitária”: “Meu filho sofreu a pior dor que um torcedor pode sofrer”, declarou.

Iggor revelou que a ligação com o Botafogo veio por influência familiar e que ele mesmo apresentou o time ao filho. “Eu dei a primeira camisa aos cinco anos e, naquele momento de derrota, doeu mais por ele do que por mim”, disse, emocionado. O título deste ano trouxe alívio ao narrador, que comemorou a oportunidade de celebrar ao lado de Gustavo, agora com 20 anos.

Neste sábado (30), data da conquista histórica e do aniversário de seu filho, Jorge Iggor destacou a importância do momento: “Hoje ele vai ter a maior alegria de torcedor na vida dele. Vou dar o abraço que sempre desejei numa noite de título de Libertadores. Estou feliz por ele, por meu avô e por cada pai alvinegro que viveu essa jornada.”

Fonte: DCM

Aniversário de Toffoli ajudou a desarticular golpe contra Lula em 2022; entenda

 

O ex-ministro Nelson Jobim, Dias Toffoli, Joaquim Barbosa, Kássio Nunes Marques e Alexandre de Moraes no Bar dos Arcos, em SP, durante comemoração do aniversário de 55 anos de Toffoli, no dia 20 de novembro de 2022 – Foto: Reprodução

No dia 20 de novembro de 2022, Dias Toffoli reuniu figuras importantes da política em seu aniversário de 55 anos, realizado no Bar dos Arcos, em São Paulo. O encontro contou com a presença de nomes como o ministro do STF Kássio Nunes Marques, o deputado Arlindo Chinaglia e o então ministro das Comunicações Fábio Faria. O evento, inicialmente descontraído, teve como o principal assunto informações sobre um suposto golpe em planejamento.

Durante a festa, o ministro ouviu relatos de movimentações militares e de um documento que planejava decretar estado de sítio e GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para impedir a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O livro “O Procurador,” de Luís Costa Pinto, detalha como essas informações chegaram ao ministro e como ele compartilhou tudo com Augusto Aras, então procurador-geral da República.

O ex-procurador-geral da República, Augusto Aras – Foto: Cristiano Mariz

Aras, que já estava ciente de ações suspeitas, confirmou os relatos a Toffoli. Juntos, decidiram agir para neutralizar o golpe, sugerindo que a diplomação de Lula fosse antecipada. A data original, 19 de dezembro, foi alterada para 12 de dezembro, após interlocutores do PT levarem a sugestão ao TSE. Essa mudança desarticulou parte do plano golpista.

Mesmo assim, o dia 12 de dezembro foi marcado por atos de vandalismo em Brasília, com bolsonaristas atacando a sede da Polícia Federal e promovendo destruição nas ruas. Segundo Costa Pinto, o plano original para o dia 19 previa algo ainda mais grave, o que reforçou a necessidade das ações nos bastidores.

Além disso, Toffoli teria confrontado diretamente Jair Bolsonaro em um jantar promovido por Fábio Faria no dia 19 de dezembro. Durante a conversa, o ministro questionou se os generais apoiariam um golpe liderado por um capitão, indicando que Bolsonaro não teria sucesso. Bolsonaro negou qualquer intenção golpista, mas a tensão permaneceu até a posse do atual chefe do Executivo.

O livro relata que Toffoli e Aras mantiveram contato constante até o dia 1º de janeiro de 2023, quando Lula assumiu oficialmente a presidência. Essa articulação foi considerada essencial para evitar uma ruptura institucional, mesmo com pressões intensas de grupos bolsonaristas.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Toffoli reconheceu publicamente a importância de Aras em setembro de 2023, destacando que, sem a atuação do procurador-geral, a democracia poderia ter sido comprometida. A relação entre os dois, embora improvável, foi crucial nos momentos de maior tensão política.

Fonte: DCM

VÍDEO: Dino comemora título do Botafogo durante sua festa de casamento


O ministro Flávio Dino comemora conquista do Botafogo na Libertadores durante seu casamento com Daniela Lima, no sábado, 30 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

No sábado (30), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, celebrou o título inédito do Botafogo na Libertadores durante sua festa de casamento, realizada em São Luís, Maranhão. A final do campeonato coincidiu com a data especial, tornando a ocasião ainda mais marcante para o torcedor do Fogão.

Nas redes, um vídeo mostra Dino segurando uma camiseta do Botafogo enquanto entoa o hino do clube ao lado dos convidados. A noiva, Daniela Lima, também aparece nas imagens, participando do momento de celebração.

Botafoguense declarado, Dino já havia declarado anteriormente que torcer para o time é “uma emoção única”.

Fonte: DCM

Igreja de bispo bolsonarista dá “banho de fezes” e raspa cabeça de menina para “expulsar demônio”

 

Mãe mostra a filha com o cabelo raspado após participar de ritual na igreja Luz do Calvário (crédito: reprodução)

Pastores da igreja evangélica Luz do Calvário, de Porto Velho (RO), submeteram uma adolescente de 15 anos a um ritual forçado de “aceitação do Espírito Santo” em que a menina teve os cabelos totalmente raspados e recebeu um “banho” de fezes de cavalo. O motivo, segundo os membros da denominação, é que a menina estaria possuída pelo Demônio.

O caso foi revelado pela própria mãe da vítima, que divulgou a agressão, no início desta semana, em suas redes sociais. Ela publicou um vídeo que gravou aos prantos, mostrando a cabeça raspada da adolescente e contando o episódio: “Boa noite, pessoal. Estou mostrando para vocês como está minha filha. Ela foi a um encontro religioso e chegou em casa desse jeito (neste momento, ela mostra a cabeça raspada da menina).


Ela foi induzida a raspar a cabeça, ela disse que foi horrível, que aconteceu muita coisa, fizeram eles [os participantes do evento] tomarem banho de fezes de cavalo, fora outras coisas horríveis que ela falou que outras pessoas também passaram. Qual igreja, qual pastor que faz isso com a pessoa, de raspar a cabeça? Tomar banho de fezes de cavalo? Gente, eu estou sem condições!”

Conforme dito acima, a igreja que faz isso é a Luz do Calvário. E o pastor que faz isso é o fundador e chefe da agremiação, que se apresenta como Bispo Amadeu Hermes (veja mais abaixo).

Em conversa por áudio de Whatsapp, também publicada pela mãe da adolescente em suas redes, uma representante da igreja admite o “banho” de fezes e também que rasparam a cabeça da menina sem a autorização dos pais, mas afirma que a menor consentiu com tudo o que foi feito com ela. Diz também que, durante o ritual, a menina teria sido “possessa (querendo dizer possuída) várias vezes (pelo Diabo), mas que no final “ela foi liberta”. Leia abaixo a transcrição das mensagens:

“Boa noite, minha irmã, deixa eu te falar. Isso da menina ter chegado careca, isso é por causa de uma ministração que a gente tem lá no encontro, que a gente faz.

Mas não foi nada forçado, tá? Ela foi tocada pelo Espírito Santo e (aceitou) entregar o cabelo dela para o Senhor. Ela recebeu muito, ela foi liberta. Ela ficou possessa (possuída) várias vezes e foi liberta de vários demônios que aprisionava ela (sic).”

A representante da igreja disse ainda que gostaria de ir à casa da vítima, para explicar melhor o ocorrido. A mãe, então, negou a visita, e disse que “minha filha tem 15 anos e não tem Demônio”.

Posteriormente, na última quarta-feira (27), a Luz do Calvário publicou em suas redes uma nota oficial sobre o acontecido, afirmando que o corte fazia parte de uma “prática simbólica de renovação espiritual”.

O comunicado admite ainda que o ato ocorreu sem autorização dos pais da menor: “Lamentamos profundamente qualquer desconforto causado à jovem e sua família. Estamos revisando nossas práticas para evitar que situações semelhantes aconteçam novamente”. Sobre o “banho” de fezes de cavalo, nenhuma palavra.

Fundador da igreja é bolsonarista, presidente de estatal de Rondônia e fez oração particular para Bolsonaro

No dia 7 de novembro de 2019, o bispo Amadeu Hermes foi a Brasília para fazer uma oração para o então presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).

Na ocasião, o religioso foi até a porta do Palácio do Alvorada para encontrar Bolsonaro e fazer sua oração diante de jornalistas e apoiadores do ex-presidente (veja o vídeo aqui), no local que ficou conhecido como “puxadinho”. Assim ele orou:

“Deus, Tu escolheu Bolsonaro para ser o presidente do Brasil. Não porque ele é perfeito, mas porque ele não quis ser ‘o cara’, e sim Te aceitou como ‘o cara’ da vida dele.

Por isso, por causa da sua humildade, Deus tem me revelado que você vai mudar a história desse país. Nós, todos os evangélicos, te apoiamos. Você é pessoa de bem.”

Bispo Amadeu Hermes faz oração para Bolsonaro: “Deus te escolheu” (crédito: reprodução)
Nove meses antes, em fevereiro de 2019, o mesmo bispo Hermes havia sido nomeado presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), empresa pública estadual que atua como a Autoridade Portuária responsável pela gestão do porto público de Porto Velho. Quem o nomeou foi o governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (União-RO), um dos mais fervorosos apoiadores de Jair Bolsonaro. Veja abaixo vídeo gravado com as autoridades do estado e o bispo no dia de sua nomeação.

Fonte: DCM

Botafogo ganha bolada pelo título da Libertadores; veja valor


O Botafogo conquistou seu primeiro título da Libertadores ao vencer o Atlético-MG por 3 a 1 na final, realizada no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, Argentina – Foto: Reprodução

O Botafogo conquistou o título inédito da Libertadores e garantiu uma premiação total de 23 milhões de dólares, equivalente a R$ 137,9 milhões.

A final contra o Atlético-MG, realizada no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, trouxe um desfecho histórico para o clube carioca, que já havia acumulado R$ 61,9 milhões ao longo da campanha, com vitórias e classificações nas fases anteriores.

Além da quantia da decisão, os valores detalhados incluem US$ 3 milhões por jogos em casa na fase de grupos, US$ 2,3 milhões pela classificação à semifinal e outras premiações que somaram milhões antes mesmo da final. O Atlético-MG, vice-campeão, recebeu US$ 7 milhões (R$ 41,9 milhões) pelo segundo lugar, além de valores acumulados durante a competição, que totalizaram R$ 51,1 milhões.

Fonte: DCM

"Estamos na melhor fase das relações entre Brasil e China", diz vice-presidente da Vale

Alexandre D’Ambrosio afirma que a parceria celebrada entre os presidentes Lula e Xi Jinping amplia as oportunidades econômicas para o Brasil

Alexandre D'Ambrosio (Foto: Marcelo.Tavares)

 O vice-presidente de Assuntos Institucionais da Vale, Alexandre D’Ambrosio, afirmou que as relações entre Brasil e China atravessam seu melhor momento histórico. Em entrevista ao Brasil 247, ele destacou que a recente visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil, marcou um passo decisivo para o aprofundamento da parceria estratégica entre os dois países. "Por conta disso, a meu ver estamos na melhor fase histórica das relações entre Brasil e China. E a Vale, parceira da China há 51 anos, espera continuar a cooperação, vislumbrando mais '50 anos dourados' nessa relação bilateral", declarou.

O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, realizado em novembro no Palácio da Alvorada, resultou na assinatura de 37 acordos de cooperação em áreas como energia, agronegócio, tecnologia, saúde e infraestrutura. Esses acordos reforçam a posição da China como principal parceiro comercial do Brasil, com um intercâmbio comercial que já ultrapassou US$ 136 bilhões em 2024. "Essa nova fase é marcada por um compromisso de construir uma parceria forte e benéfica, com impactos positivos para o desenvolvimento regional e global", destacou D’Ambrosio.

◉ Avanços na mineração sustentável e descarbonização

D’Ambrosio ressaltou que, entre os acordos assinados, um memorando de entendimento sobre mineração sustentável menciona expressamente o "ferro verde", produzido pela Vale. "O ferro de alto teor e os produtos de valor agregado que a Vale desenvolve são essenciais para a descarbonização da siderurgia e alinhados às metas de sustentabilidade de Brasil e China", explicou. A Vale já fornece briquetes de minério de ferro capazes de reduzir em até 10% as emissões de carbono na produção de aço, um setor que responde por 8% das emissões globais de gases de efeito estufa.

A parceria com empresas chinesas também inclui projetos inovadores, como uma usina de concentração de minério de ferro em Omã e a produção de aço com hidrogênio verde, ambos focados na redução das emissões de carbono. "Hoje, Brasil e China são os maiores protagonistas da pauta ambiental e, juntos, poderão se destacar no cenário global", completou.

◉ Sinergias entre Brasil e China para a reindustrialização

D’Ambrosio vê com otimismo as sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), da China, e projetos estratégicos brasileiros, como o Nova Indústria Brasil (NIB) e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). "A conexão entre essas iniciativas tem potencial significativo para impulsionar a neo-industrialização do Brasil, atraindo investimentos estrangeiros diretos para setores-chave, como energia, agronegócio e manufatura", afirmou.

A colaboração também reflete as prioridades compartilhadas por ambos os governos em áreas como economia digital, inteligência artificial e infraestrutura. "Essa relação ganha-ganha cria um ambiente propício para a modernização econômica, a geração de empregos e o alinhamento às metas ambientais", concluiu.

◉ Um olhar para o futuro

A Vale, que começou sua parceria com a China em 1973, se consolidou como uma das principais fornecedoras de minério de ferro do país asiático, que hoje representa mais de 50% das exportações da empresa. "Essa relação estratégica de longo prazo é marcada por crescimento, inovação tecnológica e compromisso com o desenvolvimento sustentável", destacou D’Ambrosio.

Com iniciativas como o parque solar Sol do Cerrado e outras tecnologias sustentáveis, a Vale já alcançou a meta de usar 100% de energia renovável no Brasil dois anos antes do previsto. "Nosso objetivo é continuar liderando a descarbonização, contribuindo para uma economia de baixo carbono e alinhada ao futuro sustentável que Brasil e China desejam construir", finalizou.

Leia a íntegra de sua entrevista ao Brasil 247:

247 – Como você enxerga a nova fase da relação Brasil-China?

Alexandre D’Ambrosio – No cinquentenário das relações entre os dois países, a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil inaugura uma nova fase nas relações Brasil-China, com avanços promissores em várias áreas. Durante a visita, foram assinados 39 acordos, incluindo um que nos impacta diretamente, sobre mineração entre o Ministério de Minas e Energia do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China. Nesse MOU foi mencionado expressamente o "ferro verde", que é essencialmente o ferro de alto teor produzido pela Vale, além de produtos de valor agregado, produzidos pela Vale a partir do ferro de alto teor.

Essa nova fase das relações Brasil-China é marcada por um compromisso de construir uma parceria forte e benéfica, com impactos positivos para o desenvolvimento regional e global. Esperamos que dessa colaboração resultem mais interações de alto nível, promovendo confiança e alinhamento de políticas. Ao mesmo tempo, existem muitas oportunidades de cooperação em infraestrutura, energia e tecnologia, apoiando a modernização da economia brasileira. Em termos tecnológicos, os países vão trabalhar juntos em pesquisa científica, inteligência artificial e economia digital, incentivando a inovação. Culturalmente, haverá mais programas de intercâmbio, como exposições de arte e festivais, promovendo entendimento mútuo e turismo. Na área ambiental, a cooperação focará em energia renovável e combate às mudanças climáticas, com um acordo sobre mineração sustentável.
Por conta disso, a meu ver estamos na melhor fase histórica das relações entre Brasil e China. E a Vale, parceira da China há 51 anos, espera continuar a cooperação, vislumbrando mais "50 anos dourados" nessa relação bilateral.


247 – Como as sinergias entre projetos como a NIB e a rota da seda podem contribuir para a reindustrialização do Brasil?

Alexandre D’Ambrosio – Para a Vale, é extremamente positivo que Brasil e China tenham decidido aprofundar suas relações, assinando 39 acordos de cooperação durante a recente visita de Estado do presidente Xi ao Brasil. Entre esses acordos de cooperação, os dois países concordaram em avaliar sinergias estratégicas entre a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), proposta pela China, e as estratégias de desenvolvimento brasileiras, como o plano Nova Indústria Brasil (NIB), o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano de Transformação Ecológica e o Plano da Rota de Integração Sul-Americana. Acreditamos que as sinergias entre eles têm um potencial significativo para ajudar na chamada "neo-industrialização" do Brasil. A conexão de projetos e políticas brasileiros e chineses leva nossos países a uma cooperação ganha-ganha, na qual as prioridades de nossos governos orientarão as parcerias estratégicas para gerar investimentos, desenvolvimento de infraestrutura, modernização da indústria e criação de empregos.

Penso que a identificação de sinergias contribui para atrair investimentos estrangeiros diretos para setores-chave identificados na estratégia do NBI, como energia, agronegócio e manufatura. Esse investimento pode ampliar os setores locais e diversificar a economia. Além disso, como ambos os governos enfatizam o desenvolvimento sustentável, é certo que novos projetos industriais serão alinhados com as metas ambientais do Brasil. Aliás, uma das principais convergências entre Brasil e China se dá nessa visão de futuro, com foco na descarbonização.
Brasil e China são, hoje, os maiores protagonistas dessa pauta ambiental e, juntos, poderão se destacar no cenário global.


247 – Como a parceria com a China foi importante para a Vale nos últimos anos e quais são os projetos da Vale para os próximos anos relacionados à China?

Alexandre D’Ambrosio – O desenvolvimento da Vale está intrinsecamente ligado ao crescimento da China, com uma parceria que se iniciou em 1973, um ano antes do estabelecimento das relações diplomáticas Brasil-China. Inicialmente considerada uma transação de alto risco, a exportação de minério de ferro para a China transformou-se significativamente ao longo das décadas. De 0,1% das vendas em 1973-1974, a China tornou-se o maior mercado da Vale desde 2006, representando mais de 50% dos produtos de minério de ferro desde 2014. Além de cliente, a China também é o principal fornecedor de produtos e serviços em mineração, infraestrutura e logística.

Recentemente, a Vale anunciou importantes projetos em parceria com empresas chinesas. Um deles é uma joint venture com a Jinnan Iron & Steel Group para estabelecer uma usina de concentração de minério de ferro em Sohar, Omã. A instalação, com previsão de início em 2027, processará 18 milhões de toneladas de minério de ferro anualmente, produzindo 12,6 milhões de toneladas de concentrado de alta qualidade. Outro projeto promissor envolve a cooperação em Mega Hubs no Oriente Médio, focados na produção de hot-briquetted iron (HBI) usando rotas de redução direta. Esta abordagem pode reduzir substancialmente as emissões de carbono na cadeia de produção de aço, podendo chegar a zero com o uso de hidrogênio verde.
A parceria Vale-China representa uma trajetória de crescimento, inovação tecnológica e compromisso com desenvolvimento sustentável, consolidando-se como uma relação estratégica de longo prazo.

247 – Como a Vale vê os esforços do Brasil e da China para a descarbonização?

Alexandre D’Ambrosio – A Vale apoia os compromissos do Brasil e da China para a descarbonização. Nossas metas incluem reduzir em 33% as emissões de CO2 (Escopo 1 e 2) até 2030, reduzir em 15% as emissões líquidas de Escopo 3 até 2035 e zerar as emissões líquidas até 2050. O Brasil tem grande potencial para ser protagonista na economia de baixo carbono, por apresentar uma matriz elétrica altamente renovável e oferecer minério de ferro de alta qualidade, como aquele produzido em Carajás, que favorece a descarbonização da siderurgia. Já a China está acelerando uma nova industrialização, impulsionada pela inovação e também baseada na economia de baixo carbono, promovendo otimização e atualização das indústrias tradicionais. Importante lembrar que a siderurgia é responsável por cerca de 8% das emissões globais de gases de efeito estufa e é um dos setores mais difíceis de descarbonizar. A transformação do setor siderúrgico é essencial para que a China possa atingir suas metas de redução de emissões.


Hoje, a Vale fornece alguns dos melhores "mix" de produtos de alta qualidade do mercado de minério de ferro para ajudar a siderurgia a descarbonizar. Os briquetes de minério de ferro são um marco nesse sentido, com potencial de revolucionar o setor siderúrgico, reduzindo as emissões de CO2 em até 10%. Quando o hidrogênio verde estiver disponível, será possível a produção de aço com zero emissões no futuro.
A China é também uma grande fornecedora de equipamentos, materiais e serviços para as áreas de mineração, infraestrutura e logística das operações globais da Vale.

Exemplo disso é a presença de tecnologia chinesa em alguns de nossos projetos mais importantes de utilização de energias alternativas renováveis e mais ‘limpas’, como o Sol do Cerrado, um dos maiores parques de energia solar da América Latina. Este projeto, somado a outros que também estão sendo executados em nossa jornada de descarbonização, contribuíram para que a meta da Vale de utilizar 100% de energia renovável no Brasil até 2025 fosse alcançada já em 2023.

Fonte: Brasil 247

Jornal O Globo volta a usar 8 de janeiro para atacar a liberdade de expressão e o Marco Civil da internet

Em campanha contra o Artigo 19, veículo busca enfraquecer a liberdade de expressão enquanto tenta conter a concorrência digital

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

A cobertura do jornal O Globo sobre as investigações da Polícia Federal a respeito dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro evidencia uma campanha preocupante: usar um episódio de insurreição frustrada para atacar o principal pilar da liberdade de expressão na internet, o Artigo 19 do Marco Civil da Internet. Foi o que o jornal fez neste domingo, ao publicar a reportagem "Em meio a vácuo de regulação, redes sociais foram usadas para insuflar golpe, mostra inquérito da PF".

Ao atrelar a ausência de regulação das redes sociais à organização de atos golpistas, O Globo constrói uma narrativa que desvia o foco dos verdadeiros responsáveis e tenta justificar uma revisão legislativa que enfraqueceria os direitos de expressão garantidos na internet. Essa abordagem, no entanto, revela mais do que uma suposta preocupação com a democracia: escancara os interesses comerciais do jornal em atacar as plataformas digitais, que se consolidaram como concorrentes diretas ao seu domínio histórico na comunicação.

A insistência em atacar o Artigo 19 do Marco Civil, fundamental para proteger o direito de expressão dos cidadãos brasileiros, expõe a campanha do veículo contra a pluralidade de opiniões. O jornal pinta o ecossistema digital como um território sem leis – o que não corresponde à realidade. Essa narrativa favorece apenas grandes conglomerados como o Grupo Globo, que têm perdido espaço e influência na era digital.

Ao pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para considerar o Artigo 19 inconstitucional, O Globo não apenas defende uma posição que restringe a liberdade de expressão, mas também busca recuperar seu monopólio informativo, ameaçado por mídias independentes e novas vozes emergentes nas redes.

A cobertura enviesada do jornal, que atribui às plataformas digitais a responsabilidade pela organização dos atos de 8 de janeiro, ignora deliberadamente a complexidade do tema. Ao invés de propor políticas públicas e debates sobre educação midiática, O Globo escolhe atacar as bases da liberdade de expressão na internet, tentando silenciar a concorrência e restaurar sua hegemonia na comunicação.

"A falência da autorregulação das redes", termo amplamente repercutido pelo jornal, é apresentada de forma descontextualizada, omitindo as conquistas do Marco Civil, os benefícios da liberdade de expressão e os esforços no combate a abusos. Essa abordagem revela uma estratégia calculada para enfraquecer a internet como espaço de pluralidade e diversidade, colocando os interesses comerciais acima da defesa da democracia.

Fonte: Brasil 247