quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Apucarana é a casa do esporte mais uma vez neste final de semana



Atletas de todo o Paraná estarão novamente em Apucarana neste final de semana, para o encerramento da fase final dos Jogos Abertos do Paraná (JAPs). Nesta sexta (29), sábado (30) e domingo (1) serão disputadas as semifinais e finais das modalidades coletivas. É garantia de emoção, superação, confrontos de alto nível técnico e da possibilidade – para os atletas – de subir no lugar mais alto do pódio.

A fase final dos 66º JAPs foi programada para acontecer em dois finais de semana. “A primeira parte do cronograma foi cumprida nos dias 22, 23 e 24 e agora – nos dias 29, 30 e 1º – será cumprida a segunda parte. Essa programação foi definida pelo governo do Estado, juntamente com o Município, levando em consideração questões logísticas e otimização do uso das praças esportivas, entre outros fatores”, afirma o prefeito Junior da Femac.

De acordo com o prefeito, no primeiro final de semana estiveram em Apucarana cerca de 3,5 mil atletas e agora estarão em Apucarana cerca de 2,5 mil atletas. “Alguns estão vindo pela primeira vez e outros voltando para estar em Apucarana pelo segundo final de semana consecutivo. Isso significa que, nas duas partes dos jogos, terão vindo para Apucarana cerca de 5 mil pessoas, entre atletas, treinadores e dirigentes, movimentando ainda mais o nosso comércio”, frisa Junior da Femac.

ENCERRADOS – Conforme Tom Barros, secretário municipal de Esportes, já foram encerradas as modalidades de atletismo, tênis, ciclismo, ginástica, natação e xadrez. “Apucarana se destacou no atletismo. Tivemos o Edson Aparecido Emídio que ganhou ouro nos 10.000 metros e prata nos 3.000 metros com obstáculos, além da Flávia da Silva que ficou com a prata nos 1.500 metros. Subimos também no lugar mais alto do pódio no Master, com a atleta Lourdes, que ficou com o ouro nos 5.000 metros”, salienta o secretário de Esportes.

INICIARÃO – Começarão e serão finalizados neste final de semana (29, 30 e 1) as disputas no badminton (sábado e domingo no Colégio Cerávolo), handebol de praia (sábado e domingo no Jaboti), vôlei de praia (sexta, sábado e domingo nas quadras da AABB), tênis de mesa (sexta, sábado e domingo no ginásio do 28 de Janeiro) e rugby (sábado e domingo no Lagoão). “A delegação de Apucarana terá atletas participando nas modalidades de vôlei de praia, tênis de mesa e badminton”, informa o secretário municipal de Esportes.

SEMIFINAIS E FINAIS – Tom Barros afirma ainda que neste final de semana também serão disputadas as semifinais e finais das modalidades coletivas, no masculino e feminino, nas séries ouro e prata. As disputas serão as seguintes: handebol (sábado e domingo, no Colégio Três Reis e no Complexo Esportivo Áureo Caixote); voleibol (sábado e domingo, no Sesc e Colégio Nilo Cairo); futsal (sábado e domingo, no Lagoão e CIE Apucarana); futebol 7 (sábado e domingo, na Arena Molas Fama); basquetebol (sábado e domingo, no Colégio São José e no Estação Cidadania de Arapongas).

APUCARANA NA TORCIDA – Nas modalidades coletivas, Apucarana está classificada para a semifinal no futsal e no futebol 7. Os jogos decisivos acontecerão no sábado (30/11). No futsal, às 19h30, Apucarana enfrentará a equipe de Campo Mourão, no ginásio do Lagoão. No futebol 7, Apucarana disputa a vaga para a grande final contra Paranapoema, às 18 horas, na Arena Molas Fama.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Silvia Abravanel faz revelações sobre relação tóxica de Silvio Santos nos bastidores do SBT

Silvia Abravanel e Silvio Santos, fundador do SBT – Foto: Reprodução

Silvia Abravanel abriu o jogo sobre sua relação com Silvio Santos nos bastidores do SBT em entrevista ao podcast Festa da Firma, apresentado por Wellington Muniz, o Ceará. A apresentadora revelou que, como chefe, seu pai era rigoroso e frequentemente a repreendia. “Eu nunca tomei patada do Silvio Santos pai, eu tomei do Senor Abravanel. Era como uma dor de ouvido inflamado, algo que você não esquece. E patadas do Silvio Santos, foram milhares”, contou.

Durante a entrevista, Silvia relembrou episódios de trabalho no SBT, como os programas ao vivo com Celso Portiolli, quando precisava lidar com as exigências do pai mesmo a distância. “Eu tinha 8 horas de programa, sendo 5 gravadas e 4 ao vivo. Ele, às vezes, estava na praia, me ligava e pedia mudanças. Com o delay, as ordens chegavam atrasadas e ele me xingava”, relatou. Segundo a comunicadora, Silvio exigia mudanças imediatas, o que tornava as broncas inevitáveis.

Quando questionada se o pai usava palavrões, Silvia confirmou: “Muito!” e comparou o nível ao da humorista Dercy Gonçalves.

Fonte: DCM

"Vocês não respeitam a democracia, mas terão que respeitar a Papuda", diz Rogério Correia a deputados bolsonaristas

Confira como o deputado mineiro enquadrou a extrema-direita

Rogério Correia (Foto: Agência Câmara)

Em um discurso contundente, o deputado Rogério Correia (PT-MG) não poupou palavras ao criticar colegas da extrema-direita que, segundo ele, seguem desrespeitando a democracia ao tentar minimizar a gravidade dos atos golpistas de 8 de janeiro. O parlamentar afirmou que as investigações da Polícia Federal, respaldadas por provas como áudios e mensagens, desmontam as narrativas bolsonaristas de que não houve tentativa de golpe no Brasil.

“Vocês chegaram a ver agora o pedido do Alexandre de Moraes que já permitiu a quebra de sigilo de todo o processo da Polícia Federal. Eram vários núcleos investigados e que agora vão para a PGR. Peço ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que seja rápido em fazer essa análise e denuncie todos os que tentaram acabar com a democracia no Brasil”, declarou Correia.

O parlamentar também enfatizou a gravidade dos planos revelados pela Polícia Federal, incluindo conspirações para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. “Esses áudios estão lá. Não digam que não viram. Essas pessoas deveriam estar presas!”, reforçou.

Ao se dirigir diretamente aos deputados da extrema-direita, Rogério Correia foi incisivo: “Vocês não respeitam a democracia, mas a Papuda com certeza vão ter que respeitar”. O plenário reagiu com aplausos à fala.

Correia também criticou as tentativas de desinformação sobre as investigações, lembrando os ataques sistemáticos às urnas eletrônicas, às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias durante a pandemia. Para ele, essas ações fazem parte de um núcleo articulado com o objetivo de desestabilizar o Estado democrático de direito.O discurso destacou a importância de que todos os envolvidos sejam responsabilizados. “Não tentem vir com narrativas de extrema-direita dizendo que tudo isso é mentira. As provas estão aí, colocadas por órgãos competentes das instituições brasileiras, que vocês nunca respeitaram”, concluiu o deputado. Assista:

Fonte: Brasil 247

"É impressionante a especulação contra o Brasil", diz Gleisi

Presidente do PT criticou a reação do mercado financeiro ao pacote fiscal de Haddad

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

 A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou duramente o comportamento do mercado financeiro após a disparada do dólar, que atingiu a maior cotação nominal de fechamento da história nesta quarta-feira (27). Utilizando sua conta no X (antigo Twitter), Gleisi afirmou: "O mercado passou semanas exigindo cortes e, quando o governo apresenta medidas de esforço fiscal e contenção de despesas, para economizar R$ 70 bilhões em dois anos, propõe uma reforma da renda socialmente justa e fiscalmente neutra; o que acontece? Mandam o dólar pra lua! É impressionante a especulação contra o Brasil."

A crítica ocorreu no mesmo dia em que o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,9141, uma alta de 1,80%, superando o recorde anterior de R$ 5,9012 registrado em maio de 2020, no auge da pandemia. Com isso, a moeda norte-americana acumula alta de 21,9% no ano de 2024.

A forte valorização do dólar foi impulsionada por informações de que o pacote fiscal do governo incluirá a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Apesar de a isenção do IR beneficiar milhões de brasileiros, parte do mercado reagiu negativamente à possibilidade de redução na arrecadação, interpretando-a como um passo na contramão da contenção de despesas. "O mercado já estava bem ansioso com a questão do pacote. Finalmente parece que vai ser anunciado hoje, o que seria uma notícia positiva, mas veio [com a notícia de] que vai incluir a isenção. O mercado está reagindo muito mal", disse Daniel Leal, estrategista da BGC Liquidez.

As declarações de Gleisi Hoffmann refletem a insatisfação com a resistência de parte do mercado financeiro às mudanças propostas pelo governo. Segundo ela, os esforços para promover uma reforma fiscal equilibrada e socialmente justa estão sendo sabotados por especulações que, em última análise, prejudicam o Brasil. 

Confira:

Fonte: Brasil 247

Haddad anuncia principais medidas do Arcabouço Fiscal; Confira

O pacote de medida de contenção de gastos prevê a economia de 71,9 bilhões de reais entre 2025 e 2026

Fernando Haddad (Foto: Reprodução)

O pacote de medida de contenção de gastos, anunciado pelo governo na quarta-feira e detalhado nesta quinta pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, prevê a economia de 71,9 bilhões de reais entre 2025 e 2026, com impacto de 327 bilhões de reais até 2030, disse o Executivo em apresentação sobre o pacote.

Na apresentação, o governo detalhou que uma das medidas a serem enviadas para o Congresso será a limitação de regras do Benefício de Prestação Continuada, que não foi anunciada na véspera durante pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à rede nacional de rádio e televisão.

No Benefício de Prestação Continuada, será vedada a dedução de renda não prevista em lei, de acordo com a apresentação, e passarão a contar para acesso a renda de cônjuge e companheiro não coabitante e renda de irmãos, filhos e enteados coabitantes.

Confira algumas medidas indicadas por Haddad:

• Isenção de imposto para quem ganhar até R$ 5 mil.

• Reforçar que o salário seguirá com ganho real, acima da inflação.

• Abono salarial para quem ganha até 2640 reais - dois salários mínimos - esse valor será corrigido pela inflação.

• Limite de aumento das emendas parlamentares.

• Militares - acabar com a morte ficta -

• Extingue a transferência de pensão

• Impõe idade mínima para o plano federal

• Fixa o plano de 3.5 a contribuição para o plano de saúde

• Retomada do debate com o Congresso sobre supersalários.

• FUNDEB- (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) escola de tempo integral vai entrar no Fundeb.

• Pé de meia será orçado na educação.

• Prorrogar a DRU (Desvinculação de Receitas da União).

Fonte: Brasil 247

'Kids pretos' que escreveram tuíte ameaçando STF ganharam cargos no governo Bolsonaro

Todos generais, eles estiveram à frente de estatais e ministérios entre 2019 e 2022

Militares do entorno de Bolsonaro dominam a relação de indiciados pela PF em relatório sobre tentativa de golpe no país - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

No dia 3 de abril de 2018, às vésperas do Supremo Tribunal Federal (STF) analisar um pedido de habeas corpus do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estava preso na época, o general da reserva Eduardo Villas Bôas, que comandou o Exército entre 2014 e 2019, publicou dois tuítes pressionando e ameaçando a corte.
“Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”, afirmou Villas Bôas.

No dia seguinte ao tuíte, o STF não acatou o habeas corpus pedido pela defesa de Lula e o petista seguiu preso, impedido de disputar a eleição presidencial de 2018, que terminou com a vitória de Jair Bolsonaro (PL), aliado do general Villas Bôas.

Em fevereiro de 2021, a Fundação Getúlio Vargas publicou o livro General Villas Bôas: conversa com o comandante, onde o militar narra sua vida. Em um trecho, ele admite que o tuíte ameaçando o STF teria passado pelas mãos de outros cinco generais: Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, Augusto César Nardi de Souza, Paulo Humberto Cesar de Oliveira, Mauro César Lourena Cid e Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira.

Em comum, os generais integraram o Comando de Operações Especiais (Copesp), que forma os agentes de forças especiais do Exército, os chamados “kids pretos”, que são considerados a elite das Forças Armadas do país.

Os “kids pretos” ganharam destaque na imprensa no último dia 19 de novembro, quando a Polícia Federal prendeu integrantes do grupo de elite por planejarem a morte de Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, ministro do STF.

Além de serem “kids pretos”, o quinteto de generais tem outro traço em comum. Todos ganharam cargos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira foi ministro-chefe da Casa Civil. Ele é irmão do general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, que foi indiciado no relatório da Polícia Federal por tentativa de golpe.

Paulo Humberto Cesar de Oliveira presidiu o Instituto de Previdência Complementar dos Correios (Postalis). Bolsonaro quis colocá-lo à frente do Exército em 2019, mas ele recusou o convite e preferiu seguir no comando da estatal.

Pai de Mauro Cid, que era ajudante de Bolsonaro no Palácio do Planalto, o general Mauro César Lourena Cid assumiu a direção da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami, nos Estados Unidos.

Augusto César Nardi de Souza se tornou chefe de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa ainda em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro.

Por fim, o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, que foi chefe de três pastas no governo Bolsonaro: Casa Civil, Secretaria de Governo e Secretaria-Geral da Presidência da República.

Edição: Martina Medina

Fonte: Brasil de Fato

“Devemos apoiar”: Requião faz apelo por incentivo a proposta de isenção de IR de até R$ 5 mil


O ex-senador Roberto Requião – Foto: Reprodução

O ex-senador Roberto Requião se posicionou a favor da proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para rendimentos de até R$ 5 mil, apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em publicação no X, antigo Twitter, na quarta-feira (27), Requião afirmou: “As medidas anunciadas pelo Haddad estão aquém do que eu gostaria que fossem do ponto de vista social, mas são as existentes e naturalmente possíveis no momento em que estamos, portanto, devemos apoiá-las.”

A proposta, que faz parte de um pacote econômico do governo federal, busca equilibrar ajustes fiscais com benefícios sociais. Segundo Haddad, a isenção será compensada pela taxação de rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais. O governo espera que a medida reduza desigualdades e beneficie a classe média, ao mesmo tempo em que mantém a responsabilidade fiscal.

Estudos do Made USP também reforçam a viabilidade da proposta, destacando que a combinação entre a ampliação da isenção do IR e a taxação dos mais ricos pode diminuir a concentração de renda entre o 1% mais rico e aumentar a participação da classe média na renda nacional. Economistas apontam que a aprovação dessa política seria um passo importante para a justiça econômica no país.

Fonte: DCM

“Kid preto” que participou de plano para matar Lula depõe à PF nesta quinta

O militar deve ficar em silêncio durante a oitiva

Kids Pretos (Foto: Exército Brasileiro)

A Polícia Federal marcou para essa quinta-feira (28) o depoimento do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, preso preventivamente na semana passada durante a Operação Contragolpe. Azevedo é suspeito de participar de um plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O depoimento ocorrerá por videoconferência a partir das 14h. Segundo apurações da CNN, o militar deve ficar em silêncio. O advogado de Azevedo, Jeffrey Chiquni, disse que o cliente tem muito a relatar, mas ainda não teve acesso ao processo.

Rodrigo Bezerra Azevedo é um dos militares presos que integravam o grupo de operações especiais conhecido como “kids pretos”. Esse grupo é treinado para atuar em missões sigilosas, com ambientes hostis e politicamente sensíveis. Segundo a PF, integrantes deste grupo realizaram um plano para envenenar Lula e Alckmin, além de sequestrar Alexandre de Moraes, para colocar em prática um golpe de Estado no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Gleisi afirma que filiação de Marçal ao PT será desfeita na justiça

Ele consta como membro do partido no sistema oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, anunciou que irá formalizar a retirada de Pablo Marçal da lista de filiados da legenda. Secretários do PRTB sugerem que o episódio pode ser resultado de um ataque hacker ou uso indevido dos dados de Marçal. As informações são do jornalista Paulo Cappelli, em sua coluna no Metrópoles.

Ele consta como membro do partido no sistema oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A informação foi publicada inicialmente pela coluna do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

Gleisi Hoffmann explicou a situação e reconheceu o problema no sistema de filiação partidária. “Vamos desfazer. Na Justiça, [Marçal] não consta mais [como filiado], mas no sistema [do TSE] realmente tinha. Infelizmente, em sistema aberto de filiação, acontece isso”, declarou.

Pablo Marçal, por sua vez, rejeitou qualquer vínculo com o PT e afirmou que tomará medidas legais. “Fiquei sabendo dessa loucura. Vamos anular isso na Justiça”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Impacto da isenção do IR até R$ 5 mil soma R$ 35 bilhões, mas pode ser compensado com a tributação dos mais ricos

Medida promete beneficiar milhões, mas ajustes e compensações dependem de aprovação no Congresso Nacional

Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O Ministério da Fazenda estimou que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para rendas de até R$ 5 mil por mês terá um impacto fiscal de R$ 35 bilhões anuais. Essa renúncia de receita será compensada por mudanças na tributação de contribuintes de alta renda, mas a implementação da proposta ainda depende de aprovação pelo Congresso Nacional.

Na noite desta quarta-feira (27), o ministro Fernando Haddad anunciou que o governo enviará ao Legislativo um projeto de lei para concretizar a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, estão isentos contribuintes que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.824). Com a ampliação, cerca de 30,6 milhões de brasileiros se tornarão isentos, quase o dobro dos atuais 14,5 milhões.

Para viabilizar a medida, o governo propõe uma alíquota mínima efetiva de 10% sobre rendas totais acima de R$ 50 mil por mês, considerando todos os tipos de receita, como lucros, dividendos e rendimentos financeiros atualmente isentos. Segundo reportagem do Valor Econômico, o modelo prevê alíquotas progressivas, com a cobrança integral para quem ganha acima de R$ 1,2 milhão por ano.

A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Nacional) aponta que o impacto fiscal pode ser maior, alcançando R$ 45 bilhões anuais. O presidente da entidade, Mauro Silva, defendeu a isenção como uma medida justa, mas alertou para desafios na implementação: “O impacto positivo é evidente, especialmente para a classe média, mas a compensação de receitas exige planejamento e ajustes robustos para evitar distorções.”

Silva também destacou a necessidade de proteger contribuintes com rendas próximas ao novo limite de isenção: “Quem ganha um pouco acima de R$ 5 mil pode acabar sendo desproporcionalmente penalizado. É fundamental que a tabela seja ajustada para evitar essas injustiças.”

A proposta reflete o esforço do governo em tornar o sistema tributário mais progressivo. Contudo, o sucesso da medida dependerá da capacidade de o Congresso Nacional aprovar o projeto e de garantir que as compensações sejam suficientes para evitar desequilíbrios fiscais.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal Valor Econômico

Maduro denuncia ameaças de sanções por parte dos EUA

O presidente venezuelano afirmou que o país seguirá um caminho de independência, construindo “o seu próprio modelo político, social, económico e militar"

Nicolás Maduro (Foto: Reprodução/YT)

Durante a comemoração do 104º Aniversário da Aviação Militar Bolivariana, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que “hoje o decadente governo dos Estados Unidos impôs o que chamam de sanções contra um grupo de homens eminentes do nosso país. Líderes populares, escritores, líderes literários, políticos, contra um grupo de líderes militares e policiais para atingir o sindicato popular-militar-policial”, destaca reportagem da Telesur.

Nesse sentido, ordenou a criação da condecoração Victoria de Ayacucho em homenagem aos 200 anos deste acontecimento histórico, e impô-la a cada uma das figuras venezuelanas atacadas.

“Se a questão dos ataques através das chamadas sanções não fosse tão grave, eu diria que o que eles fizeram é risível e ridículo, mas não vou fazê-lo, porque sei que estes líderes políticos, militares e policiais são profissionais eminentes”, garantiu.

Nesse sentido, afirmou que mudará “as ridículas sanções do império pela nossa condecoração de vitória, há 200 anos, e gritamos bem alto diante do império: Chávez Vive!”

O chefe de Estado especificou ainda que a Venezuela seguirá um caminho de independência, construindo “o seu próprio modelo político, social, económico e militar. Não seremos escravos de ninguém. Com este bastão tenho a responsabilidade coletiva de garantir vitórias presentes e futuras.”

Da mesma forma, agradeceu aos membros da Aviação Militar Bolivariana por continuarem a voar pelo céu, após 20 anos de sanções e perseguições aos aviões F16 por parte dos Estados Unidos.

Também apelou à coerência entre o pensamento militar bolivariano, a ação transformadora diária e os resultados para avançar, e especificou que é assim que cada batalha ou vitória deve ser celebrada.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da Telesur

Isenção de IR até R$ 5 mil valerá apenas a partir de 2026, se passar pelo Congresso

Governo apresenta pacote fiscal com economia de R$ 70 bilhões e detalha novas regras para benefícios e tributação

Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (27) um pacote fiscal que promete gerar uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos, mas a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil — promessa de campanha do presidente Lula — ficará fora deste conjunto de medidas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proposta será enviada ao Congresso como lei complementar em 2024 e, se aprovada, entrará em vigor apenas em 2026.

De acordo com Haddad, a medida será implementada de forma escalonada para evitar aumentos abruptos de imposto em faixas intermediárias. "Quem ganha até R$ 5 mil terá isenção integral, mas haverá uma transição para quem ganha até R$ 7.500, de modo a não gerar saltos tributários", explicou o ministro. A compensação virá do aumento na tributação de rendas mais altas, especialmente sobre quem acumula ganhos de até R$ 600 mil anuais em fontes não tributadas, como dividendos e receitas de pessoa jurídica.

Pacote fiscal: principais medidas

O pacote fiscal do governo combina mudanças em benefícios sociais, ajustes no salário mínimo e novos critérios para programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o abono salarial, além de alterações que impactam categorias como militares e artistas beneficiados pela Lei Aldir Blanc. Entre os principais pontos, estão:

● Salário mínimo: A correção, que atualmente considera a inflação mais o crescimento do PIB de dois anos antes, será ajustada às novas regras do arcabouço fiscal. A mudança deve gerar economia crescente, de R$ 2,5 bilhões em 2024 a R$ 30 bilhões até 2030, devido ao impacto no INSS e em outros benefícios atrelados ao piso salarial.
● Abono salarial: O congelamento do teto de elegibilidade em R$ 2.640 será ajustado pela inflação. No longo prazo, o benefício será restrito a quem recebe até 1,5 salário mínimo.
● Militares: Acabará o benefício conhecido como "morte ficta", que permitia pensões para familiares de militares expulsos. Também será instituída uma contribuição de 3,5% para o sistema de saúde das Forças Armadas.
● Lei Aldir Blanc: O orçamento de R$ 3 bilhões será condicionado à execução orçamentária.

Além disso, haverá novos limites para supersalários no setor público e exigências para o uso de recursos do Fundeb, priorizando a educação integral.

Impacto na tributação e redistribuição

A tão aguardada isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil será separada do ajuste fiscal e tratada em lei complementar. Para garantir equilíbrio nas contas, a proposta inclui tributação mínima de 10% para rendas altas não tributadas. Já quem recebe altos salários pela CLT, sujeito à alíquota máxima de 27,5%, não será impactado.

Caso as medidas não alcancem os objetivos fiscais, o governo prevê novos gatilhos no arcabouço fiscal. Esses dispositivos incluem bloqueios de despesas e ajustes adicionais, reforçando o compromisso com a sustentabilidade das contas públicas.

Fonte: Brasil 247

“Tiu França”: PF analisa mensagens de seu celular e encontra fotos com políticos, como Eduardo Bolsonaro

Investigação busca identificar se o autor do atentado contra o STF teve apoio ou instigação de terceiros

Eduardo Bolsonaro e Francisco Wanderley Luiz, o Tiu França (Foto: Reprodução PF)

A Polícia Federal (PF) está aprofundando as investigações sobre Francisco Wanderley Luiz, conhecido como "Tiu França", autor do atentado que atingiu o Supremo Tribunal Federal (STF) e o estacionamento da Câmara dos Deputados, em Brasília. Ele morreu durante a ação, mas o material encontrado em seu celular revelou informações que estão sendo analisadas pelas autoridades, segundo informa a jornalista Bela Megale, do Globo.

Entre os dados coletados estão mais de 2 mil mensagens de áudio, que a PF examina para entender se o autor agiu sozinho ou se teve ajuda ou incentivo de terceiros. Além das mensagens, foram descobertas fotografias de "Tiu França" ao lado de militares e políticos, incluindo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Essas imagens foram anexadas ao inquérito, que busca esclarecer se há vínculos que possam ter contribuído para a radicalização do autor do ataque.

A análise também busca identificar possíveis motivações ideológicas ou incitamentos que levaram ao ataque. O material apreendido, incluindo os áudios e as fotos, abre espaço para a possibilidade de que o atentado tenha sido incentivado por outras pessoas ou redes de apoio. Caso seja confirmada a instigação, os responsáveis poderão ser processados criminalmente, conforme prevê a legislação brasileira.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Delação de general deixa bolsonaristas e militares em pânico

No total, dos 37 indiciados pela Polícia Federal no caso, 25 são militares, incluindo seis generais

Jair Bolsonaro (PL) (Foto: Reprodução)

A possibilidade de um dos indiciados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado estar colaborando com a Justiça em um acordo de delação premiada tem gerado apreensão entre militares e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Conforme noticiado, essa desconfiança tem causado verdadeiro pânico entre os investigados, especialmente pela suspeita de que o suposto delator seria um general. As informações são da jornalista Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo.

No total, dos 37 indiciados pela Polícia Federal no caso, 25 são militares, incluindo seis generais. O inquérito aponta Jair Bolsonaro como figura central na trama golpista, reforçando o peso das investigações para o círculo militar e político que compôs o governo anterior.

◉ Delação confirmada e especulações

A Polícia Federal já confirmou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, firmou um acordo de delação premiada. Segundo fontes ligadas à corporação, ele tem cooperado diretamente com as investigações conduzidas pela PF. No entanto, o cenário muda com a entrega do relatório final do caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). "Os investigados podem negociar acordos diretamente com a PGR, abrindo novas possibilidades de colaboração", afirmaram integrantes da PF.

Esse ambiente de incerteza fomentou boatos de que um militar de alta patente estaria prestes a assumir o papel de delator, fato que seria devastador para o grupo investigado, especialmente para os generais implicados.

◉ Desconfiança e impactos políticos

A suspeita recai sobre um general por razões ainda não confirmadas, mas que provocam divisões internas entre os indiciados. Esse tipo de colaboração pode intensificar as tensões não apenas no meio militar, mas também no campo político bolsonarista, fragilizando alianças e ampliando o isolamento de Jair Bolsonaro.

Para especialistas, a possível delação de um militar de alta patente traria um impacto significativo ao caso. "Uma delação desse porte pode revelar detalhes estratégicos das articulações golpistas, atingindo diretamente as cúpulas envolvidas", comentou um analista que acompanha o processo.

A conclusão do inquérito pela PF e sua remessa à PGR representam um marco importante na investigação. Agora, a expectativa gira em torno dos desdobramentos que podem advir das possíveis colaborações premiadas. Enquanto isso, militares e bolsonaristas permanecem em estado de alerta, temendo que um novo delator exponha ainda mais os bastidores da trama golpista.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Globo apaga vídeo que encenava apuração sobre indiciamento de Bolsonaro após críticas e mal-estar interno

Publicação gerou polêmica nas redes sociais e levou à intervenção da direção de jornalismo da emissora

Encenação da Rede Globo sobre o indiciamento de Bolsonaro (Foto: Reprodução X)

A Globo retirou de todas as suas redes sociais um vídeo, na segunda-feira (25), que gerou grande repercussão e desconforto dentro da emissora, informa o F5. No material, os repórteres políticos do Jornal Nacional em Brasília encenavam de forma teatral uma apuração sobre o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de estado.

A publicação, que havia sido postada nas redes sociais do Jornal Nacional, logo gerou mal-estar, especialmente após o vídeo se espalhar entre perfis de direita, onde foi alvo de piadas e críticas. Humoristas, como Rafinha Bastos, chegaram a repostar o vídeo, o que ampliou ainda mais a polêmica.

Segundo a reportagem, a ordem para apagar a postagem veio de Ricardo Villela, diretor de jornalismo da Globo. Villela teria tomado conhecimento do conteúdo apenas depois de sua publicação, e, insatisfeito com o tom da postagem, decidiu retirar o vídeo. Na sua visão, o material não se alinhava ao padrão editorial da emissora, especialmente no que se refere à sua abordagem nas redes sociais.

A decisão gerou uma série de discussões internas. Embora a ideia de produzir o vídeo tenha partido da coordenação de reportagem da Globo em Brasília, o diretor de jornalismo no Distrito Federal, Luiz Ávila, não era completamente a favor do conteúdo, mas acabou sendo vencido pela maioria. A encenação no vídeo, protagonizada pelo repórter Vladimir Netto, tratava do relatório da Polícia Federal sobre a participação de Bolsonaro na tentativa de golpe.

Após o episódio, a direção da Globo orientou suas equipes de jornalismo a redobrar a atenção com o uso das redes sociais da emissora para projetos experimentais, com a recomendação de que publicações desse tipo fiquem mais alinhadas aos padrões tradicionais da Globo. Procurada pela reportagem, a emissora não se manifestou.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna F5

Rússia ataca infraestrutura energética da Ucrânia, diz ministro do governo Zelensky

A operadora de rede nacional da Ucrânia, Ukrenergo, introduziu cortes de energia de emergência em meio ao ataque, informa o governo

Ataque russo atinge infraestrutura elétrica da Ucrânia (Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS)

Reuters - A Rússia realizou seu segundo grande ataque à infraestrutura energética da Ucrânia neste mês nesta quinta-feira (28), cortando o fornecimento de energia para pelo menos 1 milhão de pessoas em três regiões ocidentais do país, disseram autoridades.

"A infraestrutura energética é mais uma vez alvo de um ataque massivo do inimigo", escreveu o ministro ucraniano da Energia, German Galushchenko, no Facebook.

A operadora de rede nacional da Ucrânia, Ukrenergo, introduziu cortes de energia de emergência em meio ao ataque, disse Galushchenko.

A principal empresa privada de energia da Ucrânia, a DTEK, disse que os cortes de energia afetaram a capital, bem como as regiões de Kiev, Odessa, Dnipropetrovsk e Donetsk.

A Rússia já realizou 10 ataques maciços à infraestrutura energética do país, o que prejudicou o sistema e gerou temores de longos cortes de energia antes dos meses de inverno.

Durante o ataque de quinta-feira na região oeste de Rivne, o governador Oleksandr Koval disse que 280.000 consumidores sofreram cortes de energia. Ele também relatou interrupções no fornecimento de água sem elaborar sobre os danos.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

À beira da cadeia, Bolsonaro fala em fugir para embaixada

"Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá", declarou

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

 Sob o peso de um indiciamento pela Polícia Federal por suspeita de planejar um golpe de Estado, Jair Bolsonaro afirmou estar sendo alvo de uma perseguição política. Em entrevista ao UOL, ele não descartou a possibilidade de fugir em uma embaixada.

"Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá", declarou. Rebatendo as acusações, Bolsonaro ainda reforçou que retornou ao Brasil após uma temporada nos Estados Unidos. "Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado."

Vale lembrar que Jair Bolsonaro permaneceu por dois dias na embaixada da Hungria em fevereiro deste ano, imediatamente após tornar-se alvo de uma operação da PF.

Admissões e negativas

Durante a conversa, Bolsonaro reconheceu ter discutido "artigos da Constituição" com os comandantes das Forças Armadas após sua derrota nas eleições de 2022. O objetivo, segundo ele, era "voltar a discutir o processo eleitoral", mas o ex-presidente garante que a ideia foi "abandonada" rapidamente.

Ele também negou ter ciência de qualquer plano que envolvesse a prisão ou a morte de lideranças como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Saiba mais - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou, nesta terça-feira (26), o envio à PGR (Procuradoria-Geral da República) do relatório que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado.

Na mesma decisão, ele levantou o sigilo dos autos e determinou que fosse dado acesso às defesas ao relatório final e outros documentos da investigação.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Comandantes das Forças Armadas se reuniram 14 vezes com Bolsonaro para discutir golpe, diz PF


Bolsonaro e chefes das Forças Armadas: eles se reuniram 14 vezes no Palácio da Alvorada. Foto: reprodução

Os registros de entrada do Palácio da Alvorada, incluídos no inquérito da Polícia Federal (PF), mostram que os chefes das Forças Armadas se reuniram 14 vezes com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após sua derrota nas eleições.

Durante esses encontros, Bolsonaro teria apresentado planos golpistas aos comandantes, incluindo sugestões como decretar Estado de Sítio, Estado de Defesa e realizar operações de Garantia da Lei e da Ordem, segundo depoimentos dos próprios militares.

De acordo com a PF, a trama golpista envolveu abordagens insistentes à cúpula das Forças Armadas. O inquérito aponta que essas ações contaram com o apoio do então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e do comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, ambos entre os 37 indiciados pela PF.

No entanto, para os investigadores, a tentativa de golpe não avançou graças à resistência dos comandantes da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, e do Exército, Marco Antônio Freire Gomes. Ambos foram ouvidos como testemunhas e, conforme a PF, desempenharam um papel crucial no esclarecimento dos planos apresentados por Bolsonaro no fim de seu governo.

O acordo que levou governo Lula a abrir mão de Braga Netto na CPI do 8 de janeiro
O general Paulo Nogueira (Exército), Braga Netto, Jair Bolsonaro; tenente-brigadeiro Baptista Júnior, da Aeronáutica; e o almirante Almir Garnier Santos, comandante da Marinha — Foto: divulgação

Dos 14 encontros documentados, quatro tiveram a presença dos três comandantes. Em cinco ocasiões, dois deles participaram, enquanto em outras cinco, apenas um esteve presente. O general Freire Gomes, do Exército, foi o mais presente, com 12 visitas ao Alvorada. Almir Garnier, da Marinha, compareceu oito vezes, enquanto Baptista Júnior, da Aeronáutica, esteve no local em cinco ocasiões.

Entre os encontros, o do dia 24 de novembro foi destacado como um dos mais tensos. Na ocasião, Bolsonaro propôs um decreto que permitiria intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a prisão de adversários políticos.

Conforme depoimentos à PF, Almir Garnier manifestou apoio ao plano, enquanto Baptista Júnior protestou, e Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro caso a ideia fosse adiante. Apesar da tensão, os comandantes ainda enfrentaram propostas golpistas em pelo menos outros dois momentos.

Trecho do relatório da PF sobre uma das reuniões entre Bolsonaro e os chefes das Forças Armadas. Foto: Reprodução


Na reta final do governo, Bolsonaro e seus aliados continuaram tentando minar os resultados das eleições. A PF revelou que, além das reuniões no Alvorada, havia planos de assassinar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula (PT) e o vice, Geraldo Alckmin.

A conspiração também envolveu militares de escalões mais baixos e membros das Forças Especiais do Exército. Segundo a PF, a resistência dos comandantes foi decisiva para conter os avanços golpistas.

Fonte: DCM