quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Governo prevê economia de R$ 70 bilhões em dois anos com pacote fiscal

Medidas abrangem abono salarial, supersalários e previdência militar

Dinheiro, Real Moeda brasileira
© José Cruz/Agência Brasil
Com a promessa de economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (27) as linhas gerais do pacote de corte de gastos obrigatórios que será detalhado nesta quinta-feira (28). O ministro anunciou mudanças no abono salarial, na previdência dos militares, nas emendas parlamentares e indicou que as regras de reajuste do salário mínimo poderão mudar.

Haddad também anunciou o reforço no pente-fino de privilégios.

“Para garantir que as políticas públicas cheguem a quem realmente necessita, vamos aperfeiçoar os mecanismos de controle, que foram desmontados no período anterior. Fraudes e distorções atrasam o atendimento a quem mais precisa”, declarou o ministro em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, que durou quase oito minutos.

◉ Previdência dos militares

Em relação à previdência dos militares, o ministro anunciou o aumento da idade mínima para a reserva e mais rigor nas regras de pensões.

“Para as aposentadorias militares, nós vamos promover mais igualdade, com a instituição de uma idade mínima para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes. São mudanças justas e necessárias”, disse Haddad.

O ministro não confirmou se a proposta prevê a introdução de idade mínima de 55 anos e a proibição de pagamento de pensões nos casos de morte ficta, quando o militar é expulso das Forças Armadas, mas até agora é considerado como morto pela legislação. Na semana passada, Haddad tinha dito que as mudanças na previdência dos militares gerariam economia de R$ 2 bilhões por ano.

◉ Abono e salário mínimo

Sobre o abono salarial, que equivale a uma espécie de 14º salário para quem ganha até dois salários mínimos por ano com carteira assinada, Haddad disse que o valor máximo do benefício será mantido em R$ 2.640 (atualmente dois salários mínimos). O abono, no entanto, passará a ser corrigido pela inflação daqui para a frente, em vez de subir acima da inflação, como ocorre com o salário mínimo.
Brasília (DF) 27/11/2024 - Haddad anuncia isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
Frame Ministério da Fazenda
Brasília (DF) 27/11/2024 - Haddad anuncia pacote de cortes de gastos do governo federal- Frame Ministério da Fazenda


Com o reajuste seguindo apenas a inflação, o valor do abono salarial cairá abaixo de dois salários mínimos ao longo dos anos. “Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio”, declarou o ministro.

O ministro indicou que a regra de reajuste do salário mínimo sofrerá mudanças para se adaptar ao teto de crescimento de gastos do arcabouço fiscal, que limita a expansão dos gastos públicos a 2,5% acima da inflação. “Já devolvemos ao trabalhador e à trabalhadora o ganho real no salário mínimo. Esse direito, esquecido pelo governo anterior, retornou com o presidente Lula. E com as novas regras propostas, o salário mínimo continuará subindo acima da inflação, de forma sustentável e dentro da nova regra fiscal”, afirmou.

Atualmente, o salário mínimo é corrigido pela inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Com a mudança, haverá um teto que limitará o crescimento do PIB a 2,5% acima da inflação.

◉ Supersalários e emendas

Haddad também mencionou a intenção de limitar os supersalários no serviço público ao corrigir brechas na legislação que permitem o pagamento acima do teto.

“As medidas também combatem privilégios incompatíveis com o princípio da igualdade. Vamos corrigir excessos e garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional”, disse.

Sobre as emendas parlamentares, Haddad disse que o governo, com o Supremo Tribunal Federal e o Congresso, aprimoraram as regras do Orçamento. “O montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais. Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o SUS [Sistema Único de Saúde]”, declarou.

◉ Estimativa

Segundo Haddad, as medidas resultarão em economia de R$ 70 bilhões em gastos obrigatórios até 2026, permitindo que as despesas do governo se enquadrem dentro do arcabouço fiscal.

O ministro anunciou que, caso o governo registre déficit primário, despesas maiores que as receitas sem os juros da dívida pública, ficará proibida a criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários.

“Essas medidas que mencionei vão gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e consolidam o compromisso deste governo com a sustentabilidade fiscal do país”, declarou.

Para o ministro da Fazenda, a aprovação do pacote será importante para reduzir a inflação e baixar os juros no futuro. De acordo com ele, o governo elaborou a proposta de modo a que quem ganhe mais contribua mais. Em tese, o pacote envolve o envio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), de um projeto de lei complementar e de substitutivos a projetos de lei que tramitam no Congresso.

“Combater a inflação, reduzir o custo da dívida pública e ter juros mais baixos é parte central de nosso olhar humanista sobre a economia. O Brasil de hoje não é mais o Brasil que fechava os olhos para as desigualdades e para as dificuldades da nossa gente. Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas”, concluiu Haddad.

Fonte: Agência Brasil

Primeira Turma do STF deve julgar tentativa de golpe, diz Barroso

Pelo regimento interno do STF, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais

Luís Roberto Barroso (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

André Richter - Repórter da Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira (27) que a eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e 36 acusados pela tentativa de golpe deve ser julgada pela Primeira Turma da Corte, colegiado formado por cinco dos 11 ministros do tribunal.

Ao ser perguntado se um processo com 37 réus não deveria ser julgado pelo plenário, Barroso disse que a competência legal para tratar do caso é da Primeira Turma.

"O juízo natural dessas matérias é a Primeira Turma. O excepcional seria ir para o plenário. Se o relator [Alexandre de Moraes] e a Primeira Turma entenderem que é o plenário, vai para o plenário. A competência é deles, e não é uma matéria esteja na alçada da presidência", afirmou.

Pelo regimento interno do STF, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, faz parte da Primeira Turma, a eventual denúncia será julgada pelo colegiado.

Além do relator, compõem a turma os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Se a maioria de três ministros aceitar a eventual denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF. No plenário, a maioria seria formada por seis votos.

A Segunda Turma é composta pelos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin, além de André Mendonça e Nunes Marques, ambos indicados ao STF pelo ex-presidente Bolsonaro.

Por ser presidente da Corte, Barroso não faz parte das turmas. O plenário é composto pelos integrantes das duas turmas, além de Barroso.

Indiciamento

Ontem (26), Alexandre de Moraes retirou o sigilo o inquérito no qual Bolsonaro e demais acusados foram indiciados pela tentativa de golpe e enviou o processo para a PGR.

Com o envio do relatório da Polícia Federal (PF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai decidir se o ex-presidente e os demais acusados serão denunciados ao Supremo pelos crimes imputados pelos investigadores.

Devido ao período de recesso de fim de ano no Supremo, a eventual denúncia deve ser enviada ao STF somente em 2025. O recesso começa no dia 20 de dezembro e vai até 1° de fevereiro do ano que vem.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Tarcísio foi ao Alvorada no dia em que Bolsonaro discutiu minuta golpista, aponta PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: José Cruz/Agência Brasil

Tarcísio de Freitas (Republicanos) esteve no Palácio da Alvorada em 19 de novembro de 2022, mesma data em que o então presidente Jair Bolsonaro e seu assessor Filipe Martins discutiram a minuta golpista. Na ocasião, o bolsonarista havia acabado de ser eleito governador de São Paulo.

À coluna de Thais Bilenky no UOL, a assessoria de Tarcísio negou que ele tenha participado da reunião e alega que o governador fez apenas uma visita a Bolsonaro após a eleição. Segundo registros obtidos pela Polícia Federal e incluídos no relatório final do inquérito, ele chegou no Alvorada às 17h19 e saiu às 19h17.
Registros obtidos pela PF mostram que Tarcísio de Freitas esteve no Palácio da Alvorada em 19 de novembro, data em que minuta golpista foi discutida por Jair Bolsonaro e aliados. Foto: Reprodução


A equipe de Tarcísio não esclareceu a pauta do encontro com Bolsonaro. Ele também não publicou nenhuma foto em suas redes sociais na data, ao contrário do que fez semanas depois, em 11 de dezembro, quando postou uma imagem ao lado do então presidente agradecendo pelo apoio.

“A contextualização das informações prestadas pelo colaborador Mauro Cid com os dados obtidos pela investigação comprovou que o dia 19 de novembro de 2022 foi uma das datas em que ocorreu os encontros entre Filipe Martins e o então presidente Jair Bolsonaro para tratarem da minuto do golpe de Estado”, aponta a PF no relatório final entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva também participou do encontro. Ele chegou ao Alvorada às 14h59 junto de Martins e deixou o prédio às 18h57. Não há registros do horário em que o então assessor de Bolsonaro deixou o palácio.

O tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, passou o dia 19 inteiro no Alvorada. Segundo registros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) obtidos pela Polícia Federal, ele entrou no palácio às 8h36 e saiu às 20h06.

Fonte: DCM com informações do UOL

Moraes critica plataformas por dificultarem a remoção de perfis fakes em seu nome

O ministro Alexandre de Moraes durante debate sobre moderação de conteúdo nas redes sociais no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta (27). Foto: Reprodução/TV Justiça

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que é vítima de uma série de perfis falsos no Instagram e no Facebook e que as plataformas têm dificultado a remoção dessas contas do ar. A declaração foi dada durante julgamento sobre a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que trata da moderação de conteúdo, na Corte.

“As plataformas dificultam e quase ignoram quando você quer retirar um perfil falso seu. Eu não tenho Instagram, eu não tenho Facebook e tem uns vinte perfis que tenho que ficar correndo atrás”, afirmou o magistrado. Moraes relata que alguns dos perfis que se passam por ele são usados apenas para criticá-lo.

“É tão óbvio para a plataforma que o perfil não é meu, porque é só me criticando, seria algo surrealista”, prosseguiu.

O artigo discutido pela Corte nesta quarta (27) estabelece circunstâncias para responsabilizar civilmente provedores de internet por danos causados em conteúdos publicados por terceiros. Atualmente, o trecho prevê que eles só poderão ser punidos após não removerem o conteúdo em tempo hábil depois de ordem judicial.

Moraes usou seu relato pessoal para enfatizar a relevância da discussão sobre o tema no Supremo. “Essa questão é muito importante de ser discutida porque não há boa vontade das plataformas em retirar [os perfis]”, completou.


A ministra Cármen Lúcia também levou um relato similar à Corte, dizendo que existem diversos perfis falsos que se passam por ela nas redes, incluindo um chamado “Cármen Lúcia Oficial”. “Não tenho Oficial como sobrenome. E com uma série de erros”, relatou a ministra.

Os ministros ainda não votaram no caso e o debate teve início com a sustentação oral de José Rollemberg Leite, representante do Facebook, que afirmou que as queixas de Moraes e Cármen Lúcia devem estar sendo analisadas pela empresa.

Fonte: DCM

STF rejeita pedido de Boulos contra Tarcísio por acusação infundada de associação ao PCC

Sem provas, o governador e ex-ministro de Jair Bolsonaro disse que a facção criminosa teria orientado voto no candidato psolista

Guilherme Boulos (mais destaque) e Tarcísio de Freitas (Foto: Zeca Ribeiro - Agência Câmara I Governo de SP)

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Kassio Nunes Marques rejeitou nesta quarta-feira (27) uma notícia-crime feita pela equipe jurídica de Guilherme Boulos (PSOL-SP) após o deputado federal acionar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB).

Sem provas, o governador e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) disse que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) teria orientado voto no candidato psolista. Tarcísio e Nunes estavam juntos numa entrevista quando o governador fez a acusação.

Cabe recurso contra a decisão individual. O Ministério Público Eleitoral havia se manifestado contra a análise do caso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e alegou que as acusações contra o deputado devem ser debatidas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou no STF.

Fonte: Brasil 247

Gleisi critica 'violência e fake news' de militares bolsonaristas: 'quando política se confunde com armas, temos uma ditadura'

Segundo a presidente do PT, 'quem está armado deve cuidar da segurança, e não fazer política'

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara)

 A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta quarta-feira (27) que o relatório da Polícia Federal (PF) sobre o plano golpista foi “estarrecedor”. A parlamentar criticou o envolvimento de militares bolsonaristas na tentativa de ruptura institucional.

“Política não combina com armas. Quem está armado tem que cuidar da segurança, no caso das Forças Armadas, do território nacional, dos nossos céus, dos nossos mares, da soberania do país, e não fazer política. Quando a política se confunde com armas, dá na ditadura que já tivemos, dá nessas tentativas de golpe”, disse a petista à CNN Brasil.

“Essas pessoas fazem parte de comunidades que são comunidades violentas, que incentivam ações como essas. E são comunidades que foram incentivadas, e tiveram ajuda para serem organizadas, do bolsonarismo e do próprio Bolsonaro. As falas do Bolsonaro, a forma como ele agia, do seu entorno também, estimulando violência, ódio, fake news, criaram essa situação no país”, acrescentou.

A petista criticou o envolvimento de Jair Bolsonaro (PL) no plano do golpe, conforme atestam as investigações da PF. "É muito grave. O presidente da República, que estava no comando do país, organizou isso tudo, junto com seus assessores, com militares, enfim, outras pessoas que participaram desse processo. E isso tem que ser punido. Nós não podemos admitir que isso não tenha uma responsabilização, uma punição”.

A Polícia Federal indiciou 37 pessoas acusadas de envolvimento no plano golpista. Alguns indiciados foram Jair Bolsonaro (PL), além dos ex-ministros Walter Braga Netto (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

De acordo com as investigações, tinha como um de seus objetivo o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Agentes prenderam quatro militares e um agente da PF.

A presidente do PT aproveitou para repudiar a tentativa de parlamentares bolsonaristas em querer dar anistia (perdão) a quem participou dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). O STF emitiu 265 condenações das 1.390 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República. Novos julgamentos acontecerão.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonaro se entristece com depoimentos de militares; entenda

O ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado pela trama golpista. Foto: Andressa Anholete/Getty Images

Depoimentos de ex-comandantes das Forças Armadas apontam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) buscou apoio militar para implementar um golpe de Estado e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme aponta o inquérito da Polícia Federal, tirado do sigilo na última terça-feira (26). Essas declarações, segundo aliados, preocupam o ex-mandatário, que teme abalos na relação com parte do eleitorado militar.

Segundo o jornal O Globo, Bolsonaro teria se queixado a pessoas próximas sobre o tom dos militares que agravam sua situação diante das investigações. Aos aliados, o ex-presidente tem dito que nunca participou de golpes e que o discurso de “perseguição política” contra ele, que poderia o ajudar, estaria se diluindo.

Entre os depoimentos que sustentam a investigação está o do ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes. Ele relatou ter participado de reuniões no Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, apresentaram minutas golpistas. Os documentos previam a decretação de estado de defesa ou de sítio e o uso de operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para justificar a intervenção.

O general Freire Gomes afirmou que rejeitou os planos e teria alertado que qualquer tentativa de golpe exigiria a prisão de Bolsonaro. “Caso tentasse tal ato, teria que prender o presidente da República”, disse em depoimento.

O ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Júnior, corroborou as informações e destacou que a resistência do Exército foi determinante para evitar que o golpe avançasse.

O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de militares em evento do Exército. Foto: Fernando Souza/AFP

Apesar das evidências, Bolsonaro nega ter discutido a ruptura democrática. Em entrevista recente, ele declarou que “jamais faria algo fora das quatro linhas da Constituição” e levantou suspeitas de perseguição política. “Golpe nunca esteve no meu dicionário. Se alguém viesse falar disso comigo, eu perguntaria: ‘E o day after? Como a gente fica perante o mundo?’”, afirmou.

Ainda assim, Bolsonaro reconheceu a possibilidade de ser preso em decorrência das investigações. “Eu posso ser preso agora, ao sair daqui [do aeroporto]”, declarou, após retornar de viagem a Alagoas.

O impacto das denúncias atinge diretamente a relação do ex-presidente com as Forças Armadas, tradicionalmente um de seus pilares de apoio. Segundo interlocutores, os depoimentos sugerem um distanciamento de membros da alta cúpula militar, enfraquecendo o discurso de Bolsonaro sobre suposta perseguição política e fortalecendo as acusações de tentativa de golpe.

A investigação, conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), inclui ainda a prisão de quatro generais e um agente da Polícia Federal, suspeitos de envolvimento nas articulações golpistas.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Ramagem queria que Bolsonaro interferisse em investigações da PF

Alexandre Ramagem, então diretor-geral da Abin, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

O relatório final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022 detalha uma proposta do então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL), para restringir a autonomia de delegados federais. Segundo o documento, a intenção era permitir que o diretor-geral da PF controlasse diretamente os inquéritos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de proteger Jair Bolsonaro (PL), à época alvo de investigações.

Anotações encontradas com Ramagem mostram que ele sugeriu ao ex-presidente a centralização dos casos no diretor-geral da PF, argumentando que a medida era semelhante à forma como o procurador-geral da República supervisiona processos no Ministério Público. “Inquéritos com trâmite junto ao STF têm que ser presididos pelo próprio diretor-geral da PF. Irão espernear, mas o argumento é válido”, escreveu Ramagem.

A PF observou que as anotações criticam a escolha de delegados por ministros do STF, como Alexandre de Moraes, responsável por investigações importantes contra aliados de Bolsonaro, incluindo o inquérito das fake news e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Ramagem também acusou a direção da PF de falta de coragem em questionar essas decisões.

O documento analisado foi criado em 5 de maio de 2020 e revisado pela última vez em março de 2023. A criação da proposta ocorreu logo após Ramagem ser barrado por Alexandre de Moraes de assumir o comando da PF, em abril de 2020, devido à sua proximidade com Bolsonaro.

A tentativa de nomeação de Ramagem resultou na demissão do então ministro da Justiça, Sergio Moro, ex-juiz da Lava-Jato e atualmente senador pelo União Brasil-PR, que acusou Bolsonaro de interferir na Polícia Federal.

O deputado federal Alexandre Ramagem, apontado como líder no esquema da Abin Paralela. Foto: reprodução

Na visão de Ramagem, o modelo proposto fortaleceria o controle da direção-geral sobre os inquéritos envolvendo autoridades com foro privilegiado, reduzindo a autonomia dos delegados responsáveis por essas investigações. Na época, o Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq), subordinado à Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), conduzia tais casos de forma independente.

Em 2021, durante o governo Bolsonaro, a ideia foi retomada pelo então diretor-geral da PF, Paulo Maiurino. Ele sugeriu ao STF um modelo semelhante no contexto de debates sobre a delação premiada do ex-governador Sergio Cabral.

A medida foi vista como uma tentativa de controle político sobre investigações sensíveis, mas enfrentou resistência interna e externa. Investigadores apontaram que a proposta comprometia a autonomia das apurações conduzidas pela PF.

Fonte: DCM

VÍDEO – Flávio Bolsonaro ameaça Moraes: “Vai sofrer as consequências”


O senador Flávio Bolsonaro durante discurso no plenário do Senado Federal 
nesta terça (26). Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de “abuso de autoridade” e afirmou que o magistrado “vai sofrer as consequências”. A declaração foi dada durante discurso nesta terça (26) sobre o projeto de anistia.

“O único caminho para alguma normalidade e para algum reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia que tem que ser ampla, geral e irrestrita. Estou cada vez mais convicto disso e que inclua, inclusive, o Ministro Alexandre de Moraes”, afirmou Flávio no plenário do Senado Federal.

O parlamentar ainda afirmou que o ministro descumpriu diversas vezes a lei do impeachment. “Nunca vi ninguém que faz o que Alexandre de Mores está fazendo no mundo que em determinado tempo não vá sofrer as consequências pelas ilegalidades, arbitrariedades e abusos que cometeu”, completou.

A fala do senador ocorre após seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ser indiciado por trama golpista junto de 36 aliados. Ele ainda acusou o governo Lula de aparelhar a Polícia Federal.

A defesa de um perdão a golpistas, como os condenados e presos pelo ataque de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, se tornou uma das principais pautas da oposição no Congresso Nacional e voltou a ganhar força entre bolsonaristas após os indiciamentos.

O senador já havia defendido o pai e dito que “não há absolutamente nada contra Bolsonaro” no inquérito sobre a trama golpista, mas a Polícia Federal apontou que o ex-presidente “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta” sobre a trama.

Fonte: DCM

PF indicia mais um deputado bolsonarista por ataques a delegado


O deputado federal bolsonarista Cabo Gilberto Silva (PL-PB). Foto: Agência Câmara

A Polícia Federal indiciou mais um deputado federal bolsonarista por ataques a um delegado da corporação nesta terça (26). O alvo desta vez foi Cabo Gilberto Silva (PL-PB), que atacou Fábio Alvarez Shor durante discurso na Câmara dos Deputados.

O delegado, que foi responsável por indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas, tem sido alvo de ataques de parlamentares bolsonaristas. Na segunda (25), a PF já havia indiciado Marcel Van Hattem (Novo-RS).

Gilberto Silva disse que foi “indiciado pela Polícia Federal do presidente Lula” e alegou que estava “apenas cumprindo o seu dever” ao atacar o delegado em discurso na Câmara.

“Fiz denúncias na tribuna da Câmara dos deputados sobre a conduta do delegado Fábio, que está à frente de vários inquéritos ilegais contra inocentes brasileiros”, argumentou.

Fonte: DCM

Academias banem influenciadora após vídeos obscenos em aparelhos


A influenciadora e criadora de conteúdo adulto Indianara Jung. Foto: Reprodução

Academias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina proibiram a entrada de Indianara Jung, uma criadora de conteúdo adulto, após atos obscenos em aparelhos de musculação. A influenciadora tem 1,1 milhão de seguidores no Instagram e gravou dezenas de vídeos em diferentes estabelecimentos nos últimos meses.

Nos conteúdos, Indianara aparece encostando sua partes íntimas, por cima da roupa, em aparelhos de musculação das academias. As imagens viralizaram nas redes sociais e mostram que ela fazia os atos obscenos durante o horário de funcionamento, em meio a outros clientes dos estabelecimentos.

A academia Physical, de Sarapiranga (RS), e a rede Wave, que possui seis unidades em Santa Catarina, afirmaram à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo que cancelaram a matrícula da influenciadora. Ela também gravou conteúdos na rede Planet Fitness, que não se manifestou sobre os casos.

Além do Instagram, onde publica alguns vídeos, Indianara também possui um perfil no Onlyfans, onde vende conteúdos adultos por assinatura.

Fonte: DCM

VÍDEO – Malafaia sofre tentativa de assalto e seguranças reagem com tiros no Rio

Silas Malafaia foi vítima de tentativa de assalto que acabou em tiroteio no Rio. Foto: reprodução

O pastor bolsonarista Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi alvo de uma tentativa de assalto na tarde da última terça-feira (26), em Olaria, Zona Norte do Rio de Janeiro. Criminosos abordaram o BMW blindado em que ele estava, mas seguranças reagiram, resultando em troca de tiros. O pastor não foi atingido e saiu ileso.

Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que o carro dos criminosos para em frente ao veículo de Malafaia. Três homens, com os rostos cobertos, descem e tentam abrir as portas do BMW, batendo nos vidros. Pedestres próximos correm, enquanto os seguranças, em um Corolla logo atrás, descem armados. A ação rápida dos seguranças forçou a fuga dos assaltantes.

De acordo com informações, o pastor não atendeu às ordens dos criminosos de abaixar os vidros, o que foi decisivo, já que o veículo é blindado. O confronto terminou com um dos suspeitos preso horas depois, após buscar atendimento em um hospital. A polícia ainda investiga o caso, que ocorreu na Rua Professor Plínio Bastos por volta das 18h.

Fonte: DCM

Sob protestos, CCJ da Câmara aprova "PEC do Estuprador"

Texto que proíbe aborto legal segue ao plenário

CCJ da Câmara dos Deputados (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

Agência Câmara - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27), por 35 votos a 15, a admissibilidade de uma proposta de emenda à Constituição que garante a inviolabilidade do direito à vida desde a concepção.

Atualmente, a Constituição já assegura a todos os brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, mas não há uma definição do momento em que esse direito começa a vigorar.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, dos ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e João Campos (GO), estabelece que o direito à vida será considerado a partir da concepção do feto.

Na prática, o texto proíbe o aborto em casos hoje autorizados em lei. No Brasil, o procedimento só é permitido em três situações: risco de morte para a gestante, gravidez resultante de estupro e anencefalia fetal (má-formação do cérebro).

A relatora, deputada Chris Tonietto (PL-RJ), havia apresentado parecer favorável à PEC no último dia 13. “A expressão ‘desde a concepção’ é um fato científico, em 1988 não se colocou porque era redundante falar disso”, argumentou a relatora.

Com a decisão da CCJ, a PEC 164/12 seguirá agora para análise de uma comissão especial e, depois, do Plenário da Câmara. Para ser aprovado no Plenário, o texto precisará dos votos favoráveis de pelo menos 308 parlamentares, em dois turnos.

Discussão e protesto - Nos debates, alguns parlamentares se manifestaram contrários ou favoráveis à PEC, ainda que o mérito da proposta não estivesse em discussão. Nessa etapa, a CCJ examinou apenas se o texto está de acordo com a Constituição e com as leis.

“Onde não há o respeito pelo início da vida, abre-se espaço para todo tipo de atrocidade. Defender a vida desde a concepção não é apenas uma escolha ética, mas uma necessidade civilizatória”, comentou a deputada Julia Zanatta (PL-SC).

“Imaginem as pesquisas com células-tronco, que, graças a essa visão distorcida e fundamentalista, serão descontinuadas ou paralisadas. Olha o grau de violência contra o conjunto da população”, criticou a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP).

Para o deputado Bacelar (PV-BA), a PEC 164/12 é inconstitucional. “Ao proibir o aborto em quaisquer circunstâncias, esse texto é incompatível com os direitos fundamentais e com os princípios da dignidade da pessoa humana”, defendeu.

Antes da votação, a presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni (PL-SC), reagiu aos protestos contra a PEC restringindo o plenário a parlamentares, servidores e jornalistas. Manifestantes gritavam “criança não é mãe, estuprador não é pai”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Câmara

PF aponta envolvimento de suplente de senadora em tentativa de golpe

Tenente Portela é suplente da senadora Tereza Cristina

PF aponta envolvimento de suplente de senadora em tentativa de golpe (Foto: Ana Portela/Istagram)

Agência Brasil - Os agentes da Polícia Federal (PF) que apuram a suposta tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito apontam o presidente do diretório do PL em Mato Grosso do Sul e suplente no Senado Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela, como um intermediário entre o governo do então presidente da República Jair Bolsonaro e financiadores das manifestações antidemocráticas que buscavam impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice, Geraldo Alckmin.

“O avanço das análises de telefones celulares apreendidos [ao longo das investigações] possibilitou a identificação de novos investigados relacionados aos fatos apurados”, afirmam os agentes federais no relatório que a PF entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou público o teor do documento antes de encaminhá-lo à Procuradoria-Geral da República (PGR). Cabe à qual PGR oferecer denúncia ou pedir o arquivamento do inquérito, no qual a PF indicia 37 pessoas – Portela não está entre elas.

“Os elementos de prova indicam que Portela atuou como um intermediário entre o governo do [ex] presidente Jair Bolsonaro e financiadores das manifestações antidemocráticas residentes no estado do Mato Grosso do Sul”, acrescentam os investigadores, no relatório.

Segundo a PF, Portela e Bolsonaro são amigos próximos desde o fim da década de 1970, quando ambos serviram no 9° Grupo de Artilharia de Campanha, em Nioaque, a cerca de 184 quilômetros de Campo Grande. Com base em notícias de jornais sul-mato-grossenses, os investigadores afirmam que Portela foi indicado pelo ex-presidente para ser o suplente da atual senadora Tereza Cristina. E revelam que, em dezembro de 2022, quando militares estavam pondo em prática um suposto plano para assassinar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, Portela esteve ao menos 13 vezes no Palácio do Alvorada, em Brasília, conforme os registros de entrada e saída de pessoas da residência presidencial oficial.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Marinho: pacote fiscal incluirá taxação de super-ricos e isenção de IR para salários até R$ 5 mil

Ministro também afirmou que o conteúdo do pacote que será anunciado por Fernando Haddad em pronunciamento à nação

Luiz Marinho (Foto: Divulgação/Ministério do Trabalho e Emprego)

(Reuters) - O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o pacote fiscal que será anunciado na noite desta quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, incluirá a taxação de super-ricos e a isenção de imposto de renda para pessoas que ganham salários de até 5 mil reais.

Em entrevista coletiva em Brasília sobre os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados mais cedo, Marinho também afirmou que o conteúdo do pacote que será anunciado por Haddad em pronunciamento à nação em cadeia de rádio e TV será "completamente diferente" do que vinha sendo ventilado.

Indagado pelos jornalistas se a isenção do IR para salários de até 5 mil reais estará no pacote fiscal, Marinho respondeu: "(Estará) tudo. Supersalários, imposto para os super-ricos, vem tudo aí. Pacote completo".

Sem detalhar como serão implementadas as medidas, o titular do Trabalho disse que não será um pacote de corte de gastos "puro e simples" e que não serão feitas mudanças de regras para a concessão do seguro-desemprego.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

STF esperou Congresso decidir responsabilidade de redes, diz Barroso

Questão deve ser definida agora pela Suprema Corte

Presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso 10/04/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

Agência Brasil - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira (27) que a Corte aguardou por um "período razoável" o Congresso definir a responsabilidade das redes sociais sobre conteúdo postado pelos usuários das plataformas.

Durante a abertura do julgamento de quatro processos que tratam da constitucionalidade do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), Barroso afirmou que, diante da falta de aprovação de uma norma para regular as plataformas, a Corte vai decidir o caso.

"O tribunal aguardou, por um período bastante razoável, a sobrevinda de legislação por parte do Poder Legislativo. Não ocorrendo, chegou a hora de decidirmos essa matéria", afirmou.

Além da responsabilização das redes pelo conteúdo postado por terceiros, os ministros também vão analisar se a remoção das postagens deve ser feita por meio de decisão judicial ou ser realizada pela própria empresa.

Após a abertura da sessão, a palavra será dada aos advogados que representam as principais redes sociais em ação no Brasil. Em seguida, diversas entidades que atuam no setor de internet também vão se manifestar. O julgamento não deve terminar nesta quarta-feira.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Estudantes de Apucarana conquistam 1.631 medalhas na OBA e MOBFOG



A Prefeitura de Apucarana promoveu, na noite de ontem (26/11), no ginásio de esportes Lagoão, uma cerimônia para homenagear os estudantes da rede municipal de educação que se destacaram na 27ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e na 18ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). Este ano, os alunos conquistaram um total de 1.631 medalhas, reafirmando o protagonismo do município nos dois concursos nacionais.

Promovidas anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira, em parceria com a Agência Espacial Brasileira e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, as competições têm como objetivo despertar o interesse de crianças e adolescentes pela astronomia, astronáutica e ciências afins, estimulando o aprendizado de forma divertida e cooperativa.

Na edição deste ano, os estudantes de Apucarana conquistaram 1.302 medalhas na OBA, sendo 652 de ouro, 461 de prata e 189 de bronze. Na MOBFOG, foram mais 329 medalhas, divididas em 74 de ouro, 115 de prata e 140 de bronze.

O prefeito Junior da Femac parabenizou a dedicação de todos os envolvidos no projeto. “Os critérios de avaliação foram extremamente rigorosos, especialmente na OBA, onde as notas de corte para o ouro atingiram a máxima pontuação de 10,0 nos níveis 1 e 2. Já na MOBFOG, os alunos enfrentaram desafios práticos, como a construção e o lançamento de foguetes feitos de canudo e de papel, exigindo alcances de até 91 metros para a conquista da medalha de ouro. Esses resultados são fruto do trabalho sério de diretores, coordenadores, professores e alunos. É um orgulho ver nossas crianças brilhando nacionalmente”, afirmou.

A secretária de educação, Professora Marli Fernandes, destacou que a rede municipal participa da OBA desde 2014, acumulando, ao longo dessa década, 10.167 medalhas. Ela explicou que a participação dos estudantes na OBA e na MOBFOG faz parte de um projeto de iniciação científica desenvolvido com as turmas do 3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental.

“As temáticas abordadas por esses dois concursos estão plenamente alinhadas ao currículo das nossas escolas, abrangendo conteúdos dos componentes de Ciências, Matemática e Geografia. Durante a preparação para a OBA e a MOBFOG, os alunos têm a oportunidade de explorar a Astronomia, uma das ciências mais antigas, e compreender como ela ajudou a humanidade a organizar o tempo e a interpretar o espaço. Esse trabalho não apenas enriquece a formação integral dos estudantes, mas também os prepara para desafios futuros, desperta interesses profissionais nas áreas de ciências exatas e engenharia e contribui significativamente para o desenvolvimento do letramento científico,” destacou.

O professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e coordenador nacional da OBA e da MOBFOG, Dr. João Batista Garcia Canalle, participou da cerimônia e elogiou os resultados alcançados por Apucarana. “O trabalho realizado aqui é grandioso. A cidade se destaca como uma das que mais conquista medalhas na OBA em todo o Brasil. Fiquei impressionado com a dedicação e o envolvimento de toda a comunidade escolar”, declarou.

O evento no Lagoão representou mais do que uma cerimônia de premiação. Foi uma celebração da ciência, da criatividade e da excelência educacional, reafirmando o compromisso de Apucarana com a formação de futuros talentos e cidadãos preparados para os desafios do mundo contemporâneo.

Fonte: Prefeitura de Apucarana