quarta-feira, 27 de novembro de 2024

APUCARANA: Conferência discute situação de emergência climática


As rápidas e bruscas mudanças no clima estão sendo tratadas como uma situação de emergência. Com esse enfoque, está sendo realizada ao longo desta quarta-feira (27/11) a 1ª Conferência Municipal de Meio Ambiente, no anfiteatro da UTPFR. Os participantes, divididos em cinco eixos temáticos, escolherão dez propostas que serão apresentadas na conferência estadual e também os delegados que participarão do evento, que acontecerá em março do ano que vem.

A conferência municipal contou com a presença do promotor de justiça Renato dos Santos Sant’Anna, coordenador regional do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema). O promotor lembrou que, há poucos dias, foi concluída no Azerbaijão a Conferência das Nações Unidas sobre o clima (Cop 29), evento que no ano que vem será realizado no Brasil. “Podemos considerar a conferência em Apucarana uma ‘mini cop’, um evento que une o poder público e a sociedade civil. É muito importante que cada município debata esse tema, para evitar o que aconteceu no Rio Grande do Sul com essas alterações incisivas na natureza, relacionadas com a poluição, com a emissão de gases e o efeito estufa e a monocultura acentuada”, pontua o promotor.

O coordenador do Gaema também destacou as práticas ambientais realizadas em Apucarana, como o trabalho desenvolvido pela Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Apucarana (Cocap). “De todas as cooperativas de recliclagem existentes nos 55 municípios abrangidos pelo Gaema, a Cocap de Apucarana é a que melhor executa esse serviço, dando qualidade de vida e gerando renda aos cooperados. Eu visitei a cooperativa e fiquei impressionado com a estrutura, com por exemplo um local específico para refeição e atendimentos de saúde”, ressaltou Sant’Anna, que também destacou outras ações da Prefeitura de Apucarana e o nível profissional da equipe técnica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. “Por isso, Apucarana tem esse renome no Paraná em questões relacionadas ao meio ambiente”, completa o coordenador do Gaema.

O prefeito Junior da Femac chamou a atenção para o tema da conferência, que é “Emergência climática: o desafio da transformação”. Reiterando que as mudanças climáticas ligaram o sinal de alerta na população e nas autoridades, transformando o assunto em uma questão emergencial. “Não são mais mudanças. São emergências climáticas. No ano passado, tivemos em Apucarana duas ondas de calor, uma em outubro e outra em dezembro. Ninguém estava acostumado com isso. Gastamos mais de 1 R$ milhão no combate da epidemia da dengue e, infelizmente, perdemos 20 vidas”, lamenta Junior da Femac.

O prefeito também lembrou dos extremos que ocorreram no ano passado, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a estiagem em outras partes do País. “Todos nós estamos neste barco e somos afetados. Não adianta acharmos culpados, mas encontrarmos soluções”, disse, convocando ao debate os participantes, entre os quais estão representantes de pastorais do meio ambiente, Sindicato Patronal Rural, Instituto de Desenvolvimento Rural, Acia, Sivale, Câmara de Veredores e empresários de diversos setores, além de profissionais ligados à saúde, educação, meio ambiente, obras, esportes e assistência social, entre outros.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Gentil Pereira, afirma que Apucarana está atualmente enfrentando mais uma onda de calor. “E o Município precisa se preparar para fazer novamente o enfrentamento da dengue. O calor excessivo também gera outras preocupações como a falta de oxigenação em lagos, ocasionando a mortandade de peixes. Precisamos debater tudo isso e levar as propostas para a conferência estadual”, assinala Gentil Pereira.

Sérgio Bobig, presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMMAP), afirma que a realização das conferências foi sugerida a todos os municípios brasileiros. “Infelizmente, verificamos uma baixa adesão em várias localidades. É lamentável ver que muitos não se atentaram para a gravidade do tema, pois os desafios climáticos são cada vez mais intensos e frequentes”, reitera Bobig.

O vice-diretor do campus de Apucarana da UTFPR, Thiago Gentil Ramires, lembrou da responsabilidade de todos em relação ao meio ambiente, elencando alguns temas ligados à UTFPR e que já estão sendo discutidos na universidade. “Estamos discutindo cada dia mais, seja para políticas ambientais ou econômicas”, afirma, citando alguns temas linkados à UTFPR, como resíduos têxteis utilizados para desertificar terrenos, economia circular e energias renováveis.

A conferência também contou com a participação do biólogo Udson Mikalouski, que integra a equipe de transição e representou o prefeito eleito, Rodolfo Mota. Mikalouski, que é biólogo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, fez uma explanação sobre os cinco eixos temáticos que serão discutidos pelos participantes: mitigação; adaptação e preparação para desastres; justiça climática; transformação ecológica; e governança e educação ambiental.

A conferência municipal é preparatória para a etapa estadual e, na sequência, para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), tendo por objetivo incentivar a ampla participação da população na construção de propostas para enfrentar os desafios climáticos. Qualquer pessoa – maior de 16 anos – pode participar da conferência e votar nos delegados. Poderão ser apontadas – pelo município -, até dez propostas, sendo duas para cada um dos eixos temáticos. As propostas priorizadas serão encaminhadas para a Comissão Organizadora Estadual e incluídas no caderno de propostas que será debatido na conferência estadual.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Novembro Azul é marcado por palestra de conscientização para servidores da saúde de Apucarana



Em uma ação de conscientização dentro da Campanha Novembro, a Autarquia Municipal de Saúde promoveu uma palestra para os servidores da rede pública municipal. O evento, denominado “Influência do estilo de vida na saúde masculina: a importância de abordar a saúde dos homens para a saúde universal”, foi realizado no Sesc, por meio do setor de Psicologia do Trabalho.

O evento contou com palestra ministrada pelo médico Odarlone Orente. O objetivo foi destacar a importância dos cuidados tanto físicos quanto mental e a prevenção de doenças para o público masculino.

A realização deste evento contou com o apoio essencial de Ana Carina Fazzio, técnica de Educação em Saúde no SESC, e de Ronaldo Romani Ficagno, gerente executivo do SESC Apucarana.

A ação reforçou o compromisso da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana em incentivar a promoção de saúde e a prevenção de doenças entre seus colaboradores, alinhando-se aos objetivos do Novembro Azul e na busca pela saúde.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Ex-comandante da FAB acusa Zambelli de pressioná-lo por golpe de Estado

Segundo o depoimento, bolsonarista teria feito a abordagem após uma formatura em dezembro de 2022

Carla Zambelli. Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara (Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara)

O ex-comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Baptista Júnior, revelou à Polícia Federal que foi pressionado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) a aderir a um plano para manter Jair Bolsonaro no poder, considerando a ação ilegal.

Segundo o depoimento, Zambelli teria feito a abordagem após uma formatura em dezembro de 2022, enquanto o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, apresentou uma minuta de decreto para sustentar juridicamente o golpe em uma reunião posterior.

O comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, foi o único a apoiar o plano, segundo o relato. Zambelli nega as acusações, afirmando que não pediu ou apoiou qualquer ato ilegal.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula pede "moderação" a aliados em falas sobre inquérito do golpe

Objetivo é evitar amplificar a narrativa de que o processo seja uma "perseguição política" a Jair Bolsonaro e seus apoiadores

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 07/09/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem solicitado a seus ministros e aliados que adotem "moderação" ao comentar o relatório final da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado. A apuração, que foi concluída pela PF e encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), pode resultar em uma denúncia formal contra os alvos da investigação.

A estratégia do presidente é evitar que se amplifique a narrativa de que o processo seja uma "perseguição política" ao grupo de Bolsonaro. Embora Lula não tenha imposto uma proibição absoluta para que seus ministros comentem os indiciamentos, ele tem aconselhado "sobriedade" nas declarações, destaca o g1, citando a GloboNews. O governo tem seguido esse conselho, fazendo comentários mais comedidos e evitando o tom de confronto.

Nos bastidores, o silêncio também predomina nos grupos de WhatsApp de políticos do PL, apesar de alguns membros da legenda tentarem desqualificar o relatório da PF, alegando que as conclusões são baseadas em narrativas sem provas concretas contra Bolsonaro. Em contrapartida, alguns membros do partido têm expressado preocupação com a decisão do ex-presidente de conceder uma entrevista justamente na véspera da divulgação do relatório, considerando-a um "erro".

Além de Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa, Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do estado democrático, golpe de Estado e organização criminosa.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Projeto que proíbe desapropriação de terras produtivas corre em urgência na Câmara

Outros nove requerimentos de urgência foram aprovados na sessão plenária

Plenário da Câmara dos Deputados 21/12/2021 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Congresso Em Foco - A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (26) um requerimento de urgência apresentado por lideranças da bancada ruralista para um projeto de lei de 1993 que proíbe a desapropriação, por parte do poder público, de terras produtivas. Com isso, estes lotes não poderão ser utilizados para projetos e programas de reforma agrária. Com isso, o projeto se torna apto para votação em plenário.

O requerimento sobre a desapropriação de terras foi o primeiro item da pauta, e foi criticado pelo coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Nilto Tatto (PT-SP). “Esse projeto, que está sendo votada a urgência, quer criar mais empecilhos para que o Brasil não avance em uma política para a gente enfrentar a desigualdade, enfrentar a carestia com produção de alimentos, (…) para enfrentar a crise climática. (…) Esse projeto visa impedir que na verdade aconteça a reforma agrária”, declarou.

Leia a íntegra no Congresso Em Foco.

Chega a SP décimo terceiro voo com 150 repatriados do Líbano

Acordo de cessar-fogo entra em vigor e interrompe conflito na região

Operação “Raizes do Cedro” em Guarulhos. Foto Paulo Pinto/Agencia Brasil (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Agência Brasil - O décimo terceiro voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que resgatou brasileiros do Líbano pousou às 3h35 desta quarta-feira (27) na Base Aérea de São Paulo (Basp), em Guarulhos.

Estavam a bordo 150 repatriados e um animal de estimação, no voo que integra a Operação Raízes do Cedro, iniciada em 2 de outubro e coordenada pelo governo federal.

A aeronave KC-30 tem sido utilizada nas repatriações. A logística envolve o uso de aeronave e de servidores da Força Aérea Brasileira e um intenso trabalho de articulação do Itamaraty. Segundo o governo federal, a comunidade brasileira no Líbano tem cerca de 20 mil pessoas.

As ações de repatriação foram determinadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o agravamento do conflito no país, com bombardeios aéreos massivos de Israel contra cidades libanesas. Os bombardeios são desdobramento da campanha militar israelense na Faixa de Gaza, território palestino ocupado por Tel-Aviv.

Cessar-fogo - Na madrugada desta quarta-feira, entrou em vigor o acordo de cessar-fogo entre o grupo xiita Hezbollah e Israel, mediado pelos Estados Unidos e pela França.

O acordo prevê a retirada, a partir de hoje, das forças de Israel do Líbano em um prazo de 60 dias. Já o Hezbollah comprometeu-se a ir para Norte do Rio Litani, uma fronteira estabelecida no final da última guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006.

Dessa forma, haverá a liberação de uma faixa que será patrulhada pelo exército libanês e pela força das Nações Unidas no Líbano (Unifil), os capacetes azuis. Segundo o acordo, o exército libanês deve também enviar 5 mil soldados para o Sul do país.

A Agência Brasil solicitou à FAB atualizações sobre a operação de repatriação Raízes do Cedro, diante do novo cenário de trégua no conflito.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

General confirma à PF que minuta do golpe apresentada por Bolsonaro é semelhante à encontrada na casa de Anderson Torres

Ex-comandante do Exército detalhou plano que previa decretação do Estado de Defesa e criação de Comissão para investigar a legalidade das eleições de 2022

General Marco Antonio Freire Gomes e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR | Reuters)

Em depoimento à Polícia Federal, o general Marco Antônio Freire Gomes, que comandava o Exército em 2022, confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lhe apresentou uma "minuta do golpe" que detalhava um plano para contestar os resultados das eleições. O conteúdo do documento foi posteriormente encontrado na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, em janeiro de 2023, conforme consta no relatório final do inquérito da PF, que teve seu sigilo retirado nesta terça-feira (26).

Segundo o Metrópoles, Freire Gomes, que foi ouvido como testemunha, relatou que, durante reuniões no Palácio da Alvorada e no Ministério da Defesa, as minutas apresentadas por Bolsonaro tinham um conteúdo idêntico ao do material apreendido em janeiro de 2023 na residência de Torres.

O general detalhou que o documento incluía a proposta de decretação do Estado de Defesa no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a criação de uma Comissão de Regularidade Eleitoral, que visaria apurar a “conformidade e legalidade do processo eleitoral”.

Além do depoimento de Freire Gomes, o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Jr., também confirmou uma reunião convocada por Bolsonaro para discutir o plano. Durante o depoimento, Freire Gomes afirmou que, apesar das pressões de militares e assessores do governo para aderir ao plano, ele se manteve firme em sua posição e relatou o ocorrido à Polícia Federal.

Por sua vez, Anderson Torres negou qualquer envolvimento no plano, alegando não saber quem entregou a minuta em sua residência ou quando o documento foi entregue. Ele também afirmou que nunca havia discutido o conteúdo com Bolsonaro ou com qualquer outra pessoa e que considerava o documento como lixo.

Contudo, os depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica contradizem essas alegações, e o relatório da PF sugere que Torres teve um papel importante no núcleo jurídico do planejamento golpista, com participação em algumas reuniões para discutir os aspectos jurídicos das medidas de exceção, como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e o Estado de Defesa.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Tarcísio minimiza prisão de chefe de segurança em operação contra o PCC: “ato isolado”

O policial foi detido durante uma operação da Polícia Federal que investiga fintechs suspeitas de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC)

Tarcísio de Freitas em ato bolsonarista em São Paulo (Foto: Reprodução/Youtube/ Silas Malafaia Oficial)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nesta terça-feira (26) a prisão do capitão Diogo Costa Cangerana, integrante da equipe de segurança do Palácio dos Bandeirantes, informa o UOL. O policial foi detido durante uma operação da Polícia Federal que investiga fintechs suspeitas de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Tarcísio afirmou que o caso será tratado com rigor, mas descreveu o episódio como uma conduta isolada dentro da corporação.

“O que você tem são atos isolados de pessoas que desviam conduta, como tem em qualquer outra organização. E esses que desviam conduta vão ser severamente punidos. Podem ter certeza: vão ter a pior punição possível para servir de exemplo”, declarou o governador durante evento nesta terça.

Tarcísio reforçou a confiança na instituição policial, apesar do ocorrido, e comparou o episódio a outras situações em que indivíduos comprometem a reputação de organizações inteiras. “Toda instituição tem suas maçãs podres. Não vamos generalizar. A polícia de São Paulo é uma das mais respeitadas do Brasil, e casos como esse serão tratados com a severidade que merecem.”

O governador também destacou a importância de separar as ações individuais de possíveis desvios institucionais. “Não podemos permitir que uma conduta isolada manche o trabalho de milhares de profissionais que arriscam suas vidas diariamente para garantir a segurança da população.”

A operação da Polícia Federal, que culminou na prisão de Cangerana, apura um esquema no qual empresas de tecnologia financeira estariam facilitando a lavagem de dinheiro do PCC. As investigações apontam para a utilização dessas fintechs em transações ilegais e ocultação de recursos provenientes de atividades criminosas da facção.

Cangerana, que atuava diretamente na segurança do governador e ocupava uma posição de confiança no Palácio dos Bandeirantes, é suspeito de colaborar com o esquema. A prisão do capitão levanta questionamentos sobre os mecanismos de controle e fiscalização dentro do aparato de segurança do governo estadual.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

“Não se pode afrontar o Estado Democrático de Direito no Brasil", disse Cármen Lúcia

As declarações ocorrem um dia após o ministro Alexandre de Moraes suspender o sigilo do relatório da PF sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022

Ministra Cármen Lúcia, do STF (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou nesta quarta-feira (27) que o descumprimento da Constituição Federal implica em responsabilização judicial. Durante o congresso "Estados, Políticas Públicas e Desenvolvimento", promovido em Brasília pelo Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD), a ministra também enfatizou que políticas que resultem no uso inadequado do Estado ou de recursos públicos são igualmente inconstitucionais.

“A Constituição é lei. Não é aviso, não é proposta, não é conselho, não é sugestão. É lei e é para ser cumprida. Quem descumpre, incorre em inconstitucionalidade. E quem incorre em inconstitucionalidade responde por isso civilmente, administrativamente e penalmente”, afirmou. “Não se pode afrontar o Estado Democrático de Direito no Brasil, deixando de se cumprir a Constituição e as leis que determinam que os cidadãos tem direito a uma vida digna”.

A magistrada também rebateu críticas de que o STF estaria agindo com "ativismo”. “Estamos apenas cumprindo a Constituição”, argumentou.

As declarações de Cármen Lúcia ocorrem um dia após o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, suspender o sigilo do relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Fonte: Brasil 247

Haddad fará pronunciamento para explicar pacote fiscal nesta quarta-feira

Pronunciamento em cadeia de rádio e televisão para explicar as medidas do pacote de corte de gastos será feito às 20h30 desta quarta-feira

Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

(Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará pronunciamento em rede nacional às 20h30 desta quarta-feira, em meio às expectativa por medidas fiscais.

Em ofício, a Presidência informa a convocação da Rede Nacional de Rádio e Televisão para o pronunciamento do ministro, e prevê duração de sete minutos e 18 segundos.

Pouco depois, o Ministério da Fazenda divulgou imagem para divulgação do pronunciamento, com o slogan "Brasil Mais Forte. Governo Eficiente, País Justo".

Os mercados vêm aguardando há tempos a divulgação do pacote de cortes de gastos. A demora, já que o governo havia prometido as medidas para depois do segundo turno das eleições municipais, vem gerando pressão sobre os ativos brasileiros.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

"PEC do Estuprador": sessão na Câmara termina em violência contra manifestantes feministas (vídeo)

Dezenas de mulheres, representando entidades feministas e participando do evento "Jornada de Mulheres Sem Medo de Mudar o Brasil", entraram na CCJ

CCJ da Câmara dos Deputados (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

Na sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados desta quarta-feira (27), que discutia a PEC que proíbe o aborto até mesmo nos casos já previstos em lei, manifestantes e assessoras foram agredidas por expressarem indignação diante de tamanha barbaridade, disse a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) em sua conta na rede social X.

A proposta foi chamada de "Pec do Estuprador" por críticos, que alertam que crianças e mulheres vítimas de estupro serão obrigadas a serem mães. Dezenas de mulheres, representando entidades feministas e participando do evento "Jornada de Mulheres Sem Medo de Mudar o Brasil", entraram no colegiado para manifestar críticas à proposta.

"Não nos calaremos! Não aceitaremos violência contra quem luta por direitos e dignidade. A resistência segue viva e firme!", escreveu ela na postagem.

Segundo relatos da bancada do Psol, a sessão chegou a ser interrompida duas vezes e manifestantes e imprensa foram expulsos do plenário, que deveria ser a casa do povo.

Fonte: Brasil 247

Com pai indiciado pela PF, Flávio Bolsonaro pede 'anistia ampla' e diz que Moraes vai 'sofrer consequências' por 'abusos'

"O único caminho para alguma normalidade e para algum reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia que tem que ser ampla, geral e irrestrita", disse

Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez duras declarações em plenário nesta terça-feira (29) sobre os recentes desdobramentos do inquérito da Polícia Federal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo Jair Bolsonaro e outras figuras do seu governo. Flávio acusou o Supremo Tribunal Federal (STF), particularmente o ministro Alexandre de Moraes, de conduzir uma perseguição política contra sua família e a direita, destacando que o único caminho para restaurar a normalidade política seria por meio de uma anistia ampla, geral e irrestrita.

"Essa perseguição contra Bolsonaro e contra a direita não começou em 2022, em 2023 ou em 2024, começou muito antes", declarou Flávio, de acordo com o jornal O Globo. “Para ser breve aqui, o único caminho para alguma normalidade e para algum reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia que tem que ser ampla, geral e irrestrita - estou cada vez mais convicto disso -, que inclua, inclusive, o Ministro Alexandre de Moraes, porque ele já deu vários exemplos de descumprir a lei do impeachment, no seu art. 39, inciso II, que fala muito claramente - eu vou ler aqui, para não falar errado - "proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa", completou.

Ainda segundo ele, “que começa errado não tem como terminar certo. Nunca vi ninguém que faz o que Alexandre de Moraes está fazendo no mundo que, em determinado tempo, não vá sofrer as consequências pelas ilegalidades, arbitrariedades e abusos que cometeu”.

O discurso de Flávio ocorreu após a divulgação do relatório de 884 páginas da Polícia Federal no qual novos elementos são apresentados no âmbito do inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O relatório indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas, além de apresentar provas como uma agenda encontrada na casa do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro. O documento continha "diretrizes" sobre como "disseminar ataques ao sistema eleitoral", incluindo críticas às urnas eletrônicas.

Outros detalhes do relatório apontam para a "Operação 142", um plano golpista identificado na mesa de um assessor de Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. O plano teria como objetivo subverter o Estado Democrático de Direito, o que reforça as alegações de um possível golpe durante a transição de poder em 2022.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ex-juiz do TSE ajudou a produzir relatório com ataques às urnas eletrônicas, diz PF

O documento foi usado pelo PL em uma representação contra o sistema eleitoral

Urna eletrônica (Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE)

O juiz Sandro Nunes Vieira foi citado no relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito da tentativa de golpe de estado por estar envolvido na produção de um relatório com ataques às urnas eletrônicas, informa a jornalista Andréia Sadi, do g1. O documento em questão, produzido pelo instituto Voto Legal, foi usado pelo PL em uma representação contra o sistema eleitoral.

Mensagens extraídas do celular do coronel e ex-assessor de Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara, provam que Sandro atuou de maneira clandestina e ilegal ao assessorar o partido na representação contra as urnas. No entanto, o juiz não está entre os 37 indiciados no inquérito do golpe.

Segundo a PF, o magistrado ainda tentou ocultar seu envolvimento no caso pedindo ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para que não fosse citado como colaborador do relatório. O pedido ocorreu após Valdemar mencionar Sandro em uma entrevista em novembro de 2022. Na ocasião, o juiz emitiu uma nota negando qualquer associação com o partido.

Sandro Nunes Vieira é juiz federal vinculado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e atuou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2019 e agosto de 2022, incluindo como auxiliar da presidência da Corte em 2021, durante a gestão de Luís Roberto Barroso.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula e Haddad se reúnem com Lira e Pacheco para apresentar pacote fiscal

A expectativa é que o pacote seja enviado ao Congresso na próxima quinta

Fernando Haddad e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apresentam nesta quarta-feira (27) o pacote de corte de gastos do governo federal aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Segundo o Metrópoles, na sequência, o governo também apresentará o pacote aos líderes partidários da Câmara.

Na quinta-feira (28), será a vez da proposta ser apresentada aos líderes do Senado. Os ministros Alexandre Padilha (PT), das Relações Institucionais, e Rui Costa, da Casa Civil (PT), também participarão das reuniões. A expectativa é que o pacote seja enviado ao Congresso ainda na quinta.

O governo federal discute o pacote fiscal há pelo menos um mês. Entre as regras que devem estar presentes no conjunto de medidas estão mudanças nas regras da aposentadoria de militares e alterações no formato de pagamentos do seguro-desemprego e do abono salarial. O objetivo da contação de gastos é manter a viabilidade do arcabouço fiscal.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Faixas de atos golpistas usadas em frente aos quartéis foram elaboradas no Planalto, diz PF

Interceptação revela que o general Mário Fernandes, então lotado da Secretaria-Geral da Presidência, participou do planejamento do conteúdo das faixas

Acampamento golpista em Brasília - 27/12/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 Após as eleições de 2022, unidades militares em todo o país tornaram-se pontos de referência para atos antidemocráticos, com manifestantes pedindo que as Forças Armadas agissem contra o resultado do pleito presidencial. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Polícia Federal (PF) concluiu que as palavras de ordem exibidas em faixas e cartazes dessas manifestações foram elaboradas por integrantes do próprio Palácio do Planalto. Na quinta-feira (21), a corporação indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas pela trama golpista.

A lista dos indiciados inclui nomes de alto escalão da gestão federal passada, como os ministros Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), além de aliados de confiança de Bolsonaro e militares de alta patente. O sigilo do relatório foi derrubado nesta terça-feira (26), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que remeteu os autos da investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Uma conversa interceptada pela Polícia Federal mostra que, no dia 7 de novembro de 2022, o general Mário Fernandes e o coronel George Hobert Oliveira Lisboa planejaram o conteúdo de faixas que seriam utilizadas nos atos antidemocráticos. À época dos fatos, Mário Fernandes era o secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e George Hobert, assessor da pasta, conhecida como a “cozinha do Planalto” devido à proximidade com o chefe do Executivo federal. Um secretário-executivo, por sua vez, é o “número 2” de um ministério.

Um documento compartilhado entre os militares, intitulado “Faixas”, contém frases inscritas em retângulos com dizeres como “LIBERDADE SIM, CENSURA NÃO”, “NÃO À DITADURA DO JUDICIÁRIO” e “INELEGIBILIDADE DO LULA JÁ”.

O arquivo também inclui apelos para uma “contagem pública dos votos” e para a realização de “novas eleições para presidente”. “Salve nossa democracia”, diz um pedido redigido em três versões aos militares Freire Gomes, Almir Garnier e Baptista Júnior, à época dos fatos comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica, respectivamente.

Ainda segundo a reportagem, da conversa entre George Hobert e Mário Fernandes, também foram interceptados detalhes sobre a elaboração de um flyer para convocar manifestantes a estarem na frente dos quartéis. Foi apreendida a imagem de um croqui do folheto e uma montagem do flyer já elaborado. As provas coletadas indicam que um terceiro foi o responsável pela confecção do material. “Excelente, Hobert. Ficou padrão, cara. Parabenizo o teu camarada lá, o moleque”, diz Fernandes em uma mensagem de áudio.

Segundo a PF, a presença de manifestantes em frente a instalações militares era um fator-chave para a criação de um “ambiente propício” para a ruptura institucional.

“O grupo investigado, liderado por Jair Bolsonaro, à época presidente da República, criou, desenvolveu e disseminou a narrativa falsa da existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação do País desde o ano de 2019, com o objetivo de sedimentar na população a falsa realidade de fraude eleitoral”, diz o relatório ao indiciar o ex-mandatário. Incitados por essa falsa realidade, segundo a PF, os seguidores seriam estimulados a “‘resistirem’ na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o golpe de Estado”.

Em entrevista no Aeroporto de Brasília na segunda-feira (25), Jair Bolsonaro rechaçou que tenha cogitado dar um golpe e disse que, após a derrota eleitoral, pensou nas “medidas possíveis”, mas “dentro das quatro linhas”. “Ninguém vai dar golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais. Da minha parte nunca houve discussão de golpe”, afirmou.

O advogado Raul Livino, responsável pela defesa de Mário Fernandes, afirmou à reportagem que ainda não teve acesso ao inquérito e que considera a prisão cautelar do general despropositada. A reportagem não localizou a defesa de George Hobert Lisboa.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

G7 reconhece vitória de Edmundo González nas eleições da Venezuela e Caracas responde

O comunicado venezuelano acusou o G7 de agir como "árbitro da democracia global" enquanto, segundo Caracas, encobre seus próprios problemas internos

Edmundo González (à esq.) e Nicolás Maduro (Foto: Reuters I Divulgação)

O governo da Venezuela repudiou de forma "categórica" o posicionamento do G7 sobre o processo eleitoral do país, considerando-o uma "atitude intervencionista e arrogante", informa o RT. A reação foi expressa em um comunicado divulgado nesta terça-feira (27) pelo chanceler venezuelano, Yván Gil, em seu canal no Telegram.

O G7, grupo formado por Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido, havia declarado, durante reunião de ministros das Relações Exteriores em Fiuggi-Anagni, na Itália, que “o povo venezuelano tomou uma decisão clara nas urnas em 28 de julho, apoiando Edmundo González Urrutia com uma maioria significativa”. No entanto, segundo Caracas, essa declaração contradiz os resultados oficiais anunciados pelas autoridades eleitorais, que apontaram a reeleição de Nicolás Maduro com 51,95% dos votos

Além disso, o G7 afirmou que continuará apoiando esforços regionais para facilitar uma "transição democrática e pacífica" na Venezuela, respeitando a suposta vontade popular. Essa posição foi classificada pelo governo venezuelano como uma tentativa de deslegitimar o resultado oficial e preparar terreno para a instalação de um governo paralelo.

Em um tom contundente, o comunicado venezuelano acusou o G7 de agir como "árbitro da democracia global" enquanto, segundo Caracas, encobre seus próprios problemas internos. “Esses países apoiam genocídios e estimulam a propagação de ideologias nazistas e fascistas na Europa e no mundo”, afirma o documento.

O governo venezuelano também criticou o histórico de interferências externas no país, relembrando o reconhecimento, em 2019, do ex-deputado Juan Guaidó como "presidente interino". Segundo a nota, essa foi uma das ações mais "estrondosamente ridículas" já realizadas por essas nações. Agora, acrescenta o texto, tenta-se repetir a estratégia com Edmundo González Urrutia como figura central de uma nova tentativa de desestabilização.

“Advertimos aos países do G7 que essa atitude intervencionista e arrogante não ficará sem resposta. A Venezuela procederá à revisão integral de suas relações com cada um dos governos que compõem este grupo, porque o respeito à soberania nacional não é negociável”, destaca o comunicado.

Fonte: Brasil 247 com RT

“Muito dinheiro na mão de poucos significa concentração de miséria", diz Lula

Para o presidente, a distribuição equitativa de renda promoveria a melhora da qualidade de vida da população

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou nesta quarta-feira (27) o desempenho econômico do Brasil, que superou as projeções feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante a abertura do Encontro Nacional da Indústria, Lula reforçou a importância da distribuição de riquezas como um motor para o crescimento econômico e social do país.

“As perspectivas de crescimento do Brasil eram as mais pessimistas possíveis. Em janeiro de 2023, fui a Hiroshima na reunião do G7 e, no encontro com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, ela disse que o Brasil não passaria de 0,8% de crescimento do PIB. Aos poucos, fomos preparando o Brasil para surpreender o mundo e também muitas pessoas aqui dentro do país, e a economia cresceu 2,9%”, declarou.

Para o presidente, a concentração de riqueza nas mãos de poucos agrava os problemas sociais, enquanto a distribuição equitativa de renda promoveria a melhora da qualidade de vida da população.

“Muito dinheiro na mão de poucos significa concentração de miséria, analfabetismo, desnutrição, desemprego, significa tudo o que não presta. Ao contrário, muito dinheiro na mão de muitos significa o desenvolvimento mais equânime de uma sociedade”, disse. “O dinheiro precisa circular nas mãos de muito mais gente para que possa significar crescimento econômico, distribuição de riqueza e melhoria na qualidade de vida das pessoas.”

Fonte: Brasil 247

Estratégia de defesa de Bolsonaro não se sustenta diante das apurações, avalia PF

Advogados do ex-presidente afirmam que ele discutiu apenas opções previstas na Constituição

Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

 A Polícia Federal avalia que a estratégia de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não se sustenta diante do relatório final da corporação sobre o inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022, informa o g1. Os advogados e Bolsonaro têm defendido a tese de que tudo o que foi discutido por ele estava previsto na Constituição, mais precisamente no artigo 142, que estabelece as Forças Armadas como poder moderador.

Além disso, a defesa afirma que não existem provas de que o ex-presidente tenha assinado a minuta golpista e que o documento tratava de saídas previstas na Constituição. O próprio Bolsonaro tem verbalizado esse discurso, afirmando que tentou agir “dentro das quatro linhas”.

No entanto, na visão dos investigadores, a defesa de Bolsonaro está deixando de lado tudo o que aconteceu durante o governo e após ele. As apurações apontam que o ex-presidente e aliados elaboraram um roteiro que resultaria em um “golpe legal”, criando fatos para justificar uma intervenção militar.

Para acionar o artigo 142, a PF aponta que o governo Bolsonaro atuou para descredibilizar as eleições e as urnas eletrônicas, procurando forjar fraudes nas eleições que justificariam a anulação das eleições, a substituição dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a convocação de novas eleições. Como esse movimento não deu certo, os bolsonaristas foram para o “plano B”, que era criar um clima de caos no Brasil.

Essa alternativa tinha como base as manifestações bolsonaristas em frente aos quartéis, os atos de vandalismo em Brasília no dia da diplomação do presidente Lula e a explosão fracassada de um caminhão tanque de combustível no aeroporto de Brasília. A última tentativa foram os atos golpistas de 8 de janeiro, já com Lula no poder. Esses movimentos também buscavam uma intervenção militar com base em uma interpretação equivocada do artigo 142.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Eleições 2026: Lula lidera em cenários contra Michelle, Tarcísio e governadores, diz Paraná Pesquisas

O levantamento foi realizado com 2.014 eleitores de 86 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal

16.11.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o Festival de Cultura “Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza”, no Rio de Janeiro - RJ (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Um levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta quarta-feira, 27, revela que, se as eleições presidenciais de 2026 ocorressem hoje — sem a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível — o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva lideraria todos os cenários, vencendo qualquer um dos possíveis adversários ao Palácio do Planalto, informa a Veja.

No cenário mais provável com Michelle Bolsonaro (PL) representando a direita, Lula ficaria com 34,2% do eleitorado, superando a ex-primeira-dama, que teria 27,5%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa também apontou as intenções de voto para outros possíveis concorrentes. O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), ficaria com 10,2% dos votos, enquanto a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), teria 8,2%. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), marcaria 6,4%.

Nos cenários em que o bolsonarismo é representado por governadores do atual cenário político, Lula também se sairia vitorioso. Com Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa, o governador de São Paulo perderia para o petista por 34,7% contra 24,1% das intenções de voto. Caso o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), fosse o candidato, Lula venceria por 34,4%, enquanto Ratinho ficaria com 15,3%. Já o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), obteria apenas 12,2%, empatando tecnicamente com Ciro Gomes, que alcançaria 13,4% das intenções de voto.

O levantamento foi realizado com 2.014 eleitores de 86 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal. A margem de erro para o total da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, com grau de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Sindicatos: decisão comprova que reforma trabalhista retirou direitos

TST decidiu que empresas não são obrigadas a manter benefícios trabalhistas que foram extintos pela reforma, mesmo em contratos firmados antes de 2017

(Foto: TST/Divulgação)

Agência Brasil - Sindicatos de trabalhadores vão recorrer da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), tomada segunda-feira (25), sobre o marco temporal da reforma trabalhista. O TST decidiu que a reforma, aprovada em 2017, deve ser aplicada mesmo em contratos que estavam em curso antes da vigência da lei que regulamentou as mudanças.A decisão do tribunal confirma que as empresas não são obrigadas a manter benefícios trabalhistas que foram extintos pela reforma, como o pagamento de horas pelo deslocamento dos trabalhadores até o local de trabalho (horas in itinere) mesmo em contratos firmados antes de 2017.

Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a decisão, que será questionada no próprio TST pela entidade, mostra que a reforma trabalhista retirou direitos dos empregados. “O julgamento evidencia a falácia amplamente divulgada no momento da edição da lei, de que a dita reforma trabalhista não retiraria direitos dos trabalhadores”, destacou o advogado da CUT Ricardo Carneiro.

“[O julgamento] não só retirou direitos, como ofendeu normas legais, constitucionais e pactos internacionais ratificados pelo Brasil, no sentido da impossibilidade do retrocesso social”, acrescentou.

Conforme a tese vencedora do julgamento, elaborada pelo relator, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, a reforma tem aplicação imediata aos contratos trabalhistas que estavam em vigor. A decisão deverá ser aplicada a todos os processos semelhantes que estão em tramitação na Justiça do Trabalho no país.

“A decisão tomada infelizmente só favorece os empregadores, tirando dos trabalhadores o direito que tinham já garantido por acordo ou convenção anteriormente à reforma. [A decisão] significa dinheiro no bolso do patrão e menos no bolso do trabalhador, por isso é muito ruim”, ressaltou o diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Carlos da Silva Dias.

Votaram com o relator da ação no TST os ministros Vieira de Mello Filho (corregedor-geral da Justiça do Trabalho), Ives Gandra Martins Filho, Caputo Bastos, Agra Belmonte, Douglas Alencar Rodrigues, Breno Medeiros, Alexandre Ramos, Dezena da Silva, Evandro Valadão, Amaury Rodrigues e Sergio Pinto Martins e as ministras Maria Cristina Peduzzi, Dora Maria da Costa e Morgana de Almeida Richa.

O ministro Mauricio Godinho Delgado, vice-presidente do TST, abriu divergência, por entender que os contratos de trabalho firmados antes da reforma deveriam permanecer sob as regras vigentes na época da celebração. Seguiram esse entendimento os ministros Augusto César, José Roberto Pimenta, Hugo Scheuermann, Cláudio Brandão e Alberto Balazeiro e as ministras Kátia Arruda, Delaíde Miranda Arantes, Maria Helena Mallmann e Liana Chaib.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Militares revelam ressentimento com Rogério Marinho por oposição ao golpe

Anotações apreendidas pela PF detalham frustração de ala militar bolsonarista com o senador, que buscava alternativa democrática para o retorno ao poder

Senador Rogério Marinho (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Anotações encontradas pela Polícia Federal (PF) em documentos relacionados ao delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelaram ressentimentos de militares bolsonaristas com o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado. De acordo com o portal Metrópoles, mensagens enviadas ao general Braga Netto mencionam o nome de Marinho em um contexto de decepção: “Ressentimento com a parte política da direita: Rogério Marinho”.

A ala militar radical do bolsonarismo teria se frustrado com a postura do senador, que, em dezembro de 2022, desaconselhou iniciativas que pudessem levar a uma ruptura democrática. Na ocasião, Marinho tentava convencer aliados do então presidente Jair Bolsonaro a buscar paciência para construir uma volta ao poder pela via eleitoral em 2026.

Ainda de acordo com a reportagem, Rogério Marinho argumentava que Bolsonaro tinha o apoio de “50% da população” e que o Partido dos Trabalhadores (PT) enfrentaria dificuldades para governar, o que poderia abrir caminho para um retorno triunfal da direita ao Planalto. O senador também estava focado na articulação de sua candidatura à presidência do Senado, uma movimentação que contava com apoio de Bolsonaro. Contudo, Marinho foi derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD) em janeiro de 2023.

A postura conciliatória do senador foi vista como uma traição por parte de militares que estariam envolvidos nas tramas investigadas pela PF. As anotações de Mauro Cid, feitas por um interlocutor próximo, foram apreendidas e incluíram outras declarações que reforçam o clima de tensão dentro do grupo.

Segundo o documento apreendido, Mauro Cid revelou questionamentos sobre figuras-chave do entorno bolsonarista, como o general Mario Fernandes, preso sob suspeita de planejar atentados contra o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Outras partes da mensagem destacam avaliações feitas sobre Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, descrito como tendo um “pensamento democrático de transparência das urnas”. A defesa de Braga Netto contrasta com a visão dos militares sobre Rogério Marinho, reforçando o distanciamento entre diferentes alas do grupo bolsonarista.

Rogério Marinho, que ocupou cargos de destaque no governo Bolsonaro, como secretário especial da Previdência e ministro do Desenvolvimento Regional, mantém sua posição como líder da oposição no Senado. Contudo, as revelações da PF expõem divisões internas no bolsonarismo, sobretudo entre militares e lideranças políticas que priorizam estratégias institucionais para o retorno ao poder.

O documento apreendido pela PF foi descrito como “grave” pelas autoridades. Segundo os investigadores, ele reforça as suspeitas sobre a existência de um plano golpista e ilustra os conflitos entre diferentes grupos que orbitavam o ex-presidente Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Entenda por que Zanin autorizou a ação da PF sobre corrupção no Judiciário

Ministro do STF determinou busca, apreensão e prisão preventiva para apurar esquema envolvendo venda de decisões judiciais e informações privilegiadas

Cristiano Zanin (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (26) uma série de diligências para investigar um suposto esquema de corrupção no Judiciário, envolvendo servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ), desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), advogados e empresários. A decisão atendeu a um pedido da Polícia Federal e incluiu medidas como busca e apreensão, afastamento de funções públicas, bloqueio de bens e até a prisão preventiva de um empresário acusado de intermediar as ações ilícitas.

As informações foram divulgadas pelo Supremo Tribunal Federal, que destacou que as investigações tiveram início a partir da análise do celular de um advogado morto em 2023, em Mato Grosso. As mensagens encontradas no aparelho apontaram possíveis relações entre desembargadores do TJ-MT e vantagens financeiras ilegais para favorecer julgamentos.

Segundo Cristiano Zanin, as provas até agora obtidas indicam um esquema de intermediação criminosa envolvendo advogados, empresários e servidores públicos. “Os diálogos e documentos colhidos descortinaram um esquema de intermediação envolvendo empresários e servidores do Poder Judiciário, demonstrando a materialidade e autoria de graves crimes”, destacou o ministro em sua decisão.

◉ Origem das investigações e novas descobertas

A investigação inicial, conduzida pela Corregedoria Nacional de Justiça, resultou na abertura de reclamações disciplinares contra dois desembargadores do TJ-MT. Posteriormente, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) trouxe indícios de movimentações financeiras suspeitas envolvendo pessoas com foro privilegiado no STF, o que transferiu a responsabilidade do caso ao Supremo.

Entre as ações autorizadas por Zanin estão o afastamento de dois desembargadores e um servidor do TJ-MT de suas funções, retenção de passaportes, bloqueio de bens e monitoramento eletrônico dos investigados. Além disso, o ministro determinou a prisão preventiva de um empresário apontado como peça-chave no esquema.

◉ Repercussões no Judiciário

Apesar da gravidade das acusações, até o momento não há indícios de envolvimento de magistrados de tribunais superiores no esquema. A decisão de Zanin, contudo, reforça a postura de tolerância zero com possíveis irregularidades dentro do sistema judiciário. O caso segue sob apuração, e novas revelações podem surgir à medida que as diligências se desdobram. Essa investigação lança luz sobre a necessidade de maior transparência e mecanismos de controle no Judiciário, um tema que promete gerar debates intensos nos próximos meses.

Fonte: Brasil 247