terça-feira, 26 de novembro de 2024

Brasil bate recordes no turismo. Veja oito oportunidades de negócios para as férias que se aproximam

Estimativa para a alta temporada é de uma movimentação de R$ 157,7 bilhões

Turismo no Brasil (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Por André Luiz, Agência Sebrae - O setor turístico é um dos que mais tem se beneficiado com o momento de estabilidade da economia brasileira, gerando emprego e renda para uma extensa cadeia de pequenos negócios. De acordo com relatório da Phocuswright, empresa de pesquisa especializada na indústria de turismo, o segmento cresceu 37% em 2023, o que significa R$ 218 bilhões de expansão. No total, no ano passado, o país recebeu 5,9 milhões de estrangeiros – uma alta de 62,7% em comparação a 2022.

O crescimento neste ano já caminha para um novo recorde. Dados do Ministério do Turismo, em parceria com a Embratur e a Polícia Federal, mostram que, nos dez primeiros meses de 2024, mais de 5,4 milhões de turistas internacionais desembarcaram no Brasil. Somente em outubro, foram 508,7 mil chegadas. O montante foi 24,1% maior que o mesmo período do ano anterior. A maior parte dos visitantes é da Argentina (1,58 milhão desde o início de 2024), seguido dos Estados Unidos (572 mil) e do Chile (518 mil).

“O Brasil é o único que tem seis biomas no mundo, isso é representativo para o mundo. Tivemos também o melhor mês de outubro da história, no setor aéreo. Houve um aumento de 6,5% em relação ao ano passado, o que representa cerca de 8,3 milhões de passageiros voando pelo Brasil, no período. A nossa criatividade e nossa cultura são essenciais para este fluxo, pois gera oportunidades, empregos e inclusão. Hoje no Brasil, existem 1,78 milhão de empresas no setor de Turismo. Desse total, 97,4% são de pequenos negócios. O empreendedorismo atua em conjunto em todos os segmentos do Turismo”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

A projeção para a alta temporada – período entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025 – é de um faturamento de R$ 157,7 bilhões de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O montante representa um crescimento de 1,7% em relação ano anterior. O segmento de Serviços é o que mais apresenta oportunidades para a criação de novos negócios no verão, especialmente áreas como turismo, saúde, beleza e estética.

Conheça algumas sugestões de negócios com grande potencial durante esse período:

◉ Guia de turismo – o verão é uma época com boas oportunidades para começar esse negócio. Em alta, os microempreendedores individuais (MEI) podem iniciar as operações oferecendo passeios na própria cidade e em municípios vizinhos;

◉ Ecoturismo – organizar grupos para trilhas, pedaladas e aventuras também são oportunidades para ganhar dinheiro no verão;

◉ Esportes – os empreendedores do litoral têm nas aulas de surf, stand up paddle, bodyboard, kitesurf e velejo um bom momento para investir. Analise também a possibilidade de oferecer outras escolinhas esportivas para os jovens nas férias, tais como vôlei de praia, futebol e slackline. Amplie as opções e aumente seus lucros;

◉ Recreação infantil – a criançada ainda estará em casa antes de a família viajar. Então, aposte em atividades de recreação infantil para entreter a meninada. O empreendedor pode investir em colônia de férias ou até oferecer serviços diários de recreação infantil, em parceria com alguns condomínios;

◉ Hospedagem para animais de estimação – como muitas pessoas viajam nas férias e nem sempre podem levar seus bichinhos, serviços de hospedagem para animais de estimação são bastante procurados no verão. Como diferencial para o negócio, além de oferecer hotelzinho, o empreendedor pode trabalhar com a parte de recreação animal para os donos se sentirem confortáveis em deixarem seus pets por mais tempo no estabelecimento;

◉ Gastronomia – o período é de alimentação leve e saudável. Aproveite para oferecer sucos, sanduíches e até refeições congeladas para quem não quer perder tempo cozinhando na casa de praia ou no campo;

◉ Moda praia – o verão pede um biquíni novo. A venda de vestuários e acessórios relacionados à temporada ficam aquecidas. Aproveite para oferecer óculos de sol, chapéus e bijuterias;

◉ Produção de eventos – é a melhor época do ano para a área de entretenimento. Uma dica é oferecer serviços de organização de shows musicais e exposições culturais para movimentar bares, restaurantes e espaços de lazer.

Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae

Delegado da PF que indiciou Bolsonaro recebe ameaças e passa a usar carro blindado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi acusado de múltiplos crimes pelo delegado Fábio Alvarez Shor, da Polícia Federal (PF). Foto: Reprodução.

Fábio Alvarez Shor, delegado da Polícia Federal (PF) responsável por imputar diversos crimes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), relatou ter sido alvo de uma tentativa de intimidação devido à sua atuação em processos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em depoimento sigiloso, Shor afirmou que começou a usar carro blindado após sentir-se ameaçado por ter indiciado o ex-mandatário no caso das joias sauditas, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Segundo o delegado, em 13 de julho deste ano, “pessoas ainda não identificadas colocaram um boneco, em forma de macaco, na parte traseira” de seu carro.

O veículo estava estacionado na área externa de sua residência, em Brasília. Para Shor, o boneco seria um “recado de intimidação”, indicando que os responsáveis sabiam onde ele mora. O episódio foi reportado à Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.

A exposição do delegado aumentou quando parlamentares da oposição e militantes virtuais começaram a criticar sua atuação em inquéritos conduzidos por Moraes.

Entre as acusações está a de que policiais federais mulheres, durante uma operação, revistaram a filha do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, de 16 anos, com toques por cima da calça. Após esses episódios, Shor afirmou ter se tornado alvo de “uma onda de ataques em massa” nas redes sociais, que teriam incluído ameaças à sua família.

Delegado da PF relata “recado de intimidação” após indiciar Bolsonaro | Metrópoles
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) segurando foto do delegado Fábio Shor durante pronunciamento no Câmara. Foto: reprodução
Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Malafaia é condenado por dizer que PT invadiu Congresso em 2017 para derrubar Temer

O pastor Silas Malafaia, condenado pela Justiça de São Paulo após afirmar que o PT invadiu o Congresso Nacional em 2017 – Foto: Reprodução

Silas Malafaia foi condenado pela Justiça de São Paulo após afirmar que o PT invadiu o Congresso Nacional em 2017 para tentar derrubar o então presidente Michel Temer. A declaração foi dada durante um ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em fevereiro deste ano, na Avenida Paulista. A fala gerou uma ação judicial por parte do Partido dos Trabalhadores.

Em seu discurso, Malafaia disse: “Em 2017, o PT invadiu o Congresso Nacional. Quebra-quebra. Sabe por que eles invadiram? Para derrubar o presidente Temer. Não foram chamados de golpistas, mas de manifestantes. Em 2017, tacaram fogo no Ministério da Agricultura, ninguém chamou de golpista”. O partido negou qualquer envolvimento nos protestos de 2017 e entrou com um processo contra o pastor.

Os eventos de 2017 citados ocorreram durante manifestações contra o governo de Michel Temer. Em abril daquele ano, houve tumulto no Congresso durante um protesto contra a reforma da Previdência, quando vidraças foram quebradas. Já em maio, manifestações na Esplanada dos Ministérios terminaram com depredações, incluindo uma sala incendiada no Ministério da Agricultura, mas o PT afirmou à Justiça que não organizou nem participou dessas ações.

O partido destacou que as manifestações de 2017 “nem de longe se comparam ao 8 de janeiro de 2023,” referindo-se à tentativa de golpe ocorrida naquele ano. Para o PT, Malafaia fez uma comparação infundada com o objetivo de minimizar os atos antidemocráticos recentes e atribuir responsabilidade ao partido de forma equivocada.

Na defesa apresentada, o advogado de Malafaia, Jorge Vacite Neto, afirmou que o pastor acreditava que o PT havia participado dos protestos e que a informação parecia “coerente e razoável” na época. Ainda assim, argumentou que a afirmação de Malafaia não teria causado “severo dano moral” a sigla, questionando a proporcionalidade do pedido de indenização de R$ 20 mil.

A sentença do juiz Valdir Queiroz Junior rejeitou o pedido de indenização, mas determinou que Malafaia faça uma retratação pública em suas redes sociais sobre a afirmação de que o PT invadiu o Congresso. Caso não cumpra a ordem, será aplicada uma multa diária de R$ 1.000, limitada ao valor de R$ 100 mil.

O magistrado destacou a importância de combater a disseminação de informações falsas, especialmente em discursos públicos que podem influenciar a percepção da sociedade. “A afirmação infundada pode contribuir para desinformação e polarização,” apontou na decisão. Ambas as partes ainda podem recorrer.

Fonte: DCM

Prévia da inflação, IPCA-15 sobe mais do que o esperado em novembro sob peso de alimentos

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,62% em novembro, de uma alta de 0,54% em outubro, segundo o IBGE

(Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

Reuters - O IPCA-15 subiu mais do que o esperado em novembro uma vez que o aumento dos preços de alimentos compensou a moderação nos custos da energia elétrica, deixando a taxa em 12 meses acima do teto da meta.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,62% em novembro, de uma alta de 0,54% em outubro, mostraram os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos 12 meses até novembro, o avanço do IPCA-15 chegou a 4,77%, de 4,47% no mês anterior, superando o teto da meta para a inflação em 2024, que é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

A taxa em 12 meses é a mais elevada desde novembro de 2023 (4,84%) e não superava 4,5% desde dezembro do ano passado.

Os resultados também ficaram bem acima das expectativas em pesquisa da Reuters, de altas de 0,48% e 4,62% respectivamente no mês e em 12 meses.

"O IPCA-15 de novembro reforça a tendência de piora da inflação das últimas leituras, que, por sua vez, se deve a fatores voláteis", avaliou André Valério, economista sênior do Inter.

O destaque em novembro foi a alta de 1,34% de Alimentação e bebidas, marcando a maior variação e o maior impacto positivo no índice e uma aceleração ante o avanço de 0,87% em outubro.

O aumento dos preços da alimentação no domicílio acelerou de 0,95% para 1,65% em novembro, sob peso de óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%).

Os preços de Despesas Pessoais subiram no mês 0,83%, influenciado principalmente pela alta de 4,97% do cigarro devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir de 1º de novembro.

Já os custos de Transportes tiveram alta de 0,82%, com aumento de 22,56% da passagem aérea pra registrar o maior impacto individual no IPCA-15 do mês.

Os custos do grupo Habitação subiram 0,22%, com a alta da energia elétrica residencial desacelerando de 5,29% em outubro para 0,13% em novembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para novembro seria amarela, de custo menor, devido a uma melhora das condições de geração de energia no país.

Com a inflação e a desancoragem das expectativas como importante ponto de preocupação, o Banco Central acelerou o ritmo de aperto monetário e elevou a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual em novembro, a 11,25% ao ano.

Embora não tenha deixado claro o que fará na última reunião do ano, em dezembro, a pesquisa Focus realizada pelo BC com especialistas mostra expectativa de novo aumento de 0,5 ponto, levando a Selic a 11,75%.

Ainda no último levantamento, a projeção para a alta do IPCA este ano passou a 4,63%, indo a 4,34% em 2025.

"As expectativas para a inflação futura continuam sendo um dos principais desafios. Diante disso, do ponto de vista da política monetária, o Copom deve manter o ritmo e optar por uma alta de 0,50 ponto percentual na Selic na reunião de dezembro, com viés de alta", disse Igor Cadilhac, economista do PicPay.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Gigante chinesa de cafeterias assina acordo com Brasil para comprar 240 mil toneladas de grãos de café brasileiros

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) do Brasil, Geraldo Alckmin, participou da cerimônia de assinatura

Xinhua – A rede de cafeterias da China, Luckin Coffee, e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) assinaram, em 19 de novembro em Brasília, um acordo sobre a compra de café em grãos do Brasil.

De acordo com o acordo, a Luckin Coffee adquirirá 120 mil toneladas adicionais de grãos de café brasileiros, além do acordo de compra de 120 mil toneladas em dois anos assinado em junho deste ano. No total, a rede de cafeterias chinesa planeja comprar 240 mil toneladas do grão do Brasil entre 2025 e 2029, a um valor avaliado de cerca de 10 bilhões de yuans, segundo estimado pela Luckin Coffee.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) do Brasil, Geraldo Alckmin, participou da cerimônia de assinatura. Ele ressaltou os 50 anos de relações entre os dois países, dizendo que a China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil por 15 anos consecutivos. Ele acredita que a boa qualidade de café do Brasil e as crescentes demandas e o vasto mercado por café da China tornarão a cooperação entre os dois países mutuamente benéfica.

"O Brasil é o maior produtor, o maior exportador de café do mundo, e café de qualidade", disse Geraldo Alckmin, acrescendo que "estamos muito entusiasmados com essa parceria, que elevará o café brasileiro a novos mercados e dará destaque ao trabalho dos nossos produtores".

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, assinalou que "estamos empolgados com as oportunidades que esta colaboração trará, não apenas para nossos produtores, mas também para elevar a experiência do café a novos patamares".

Na cerimônia de assinatura, o presidente e CEO da Luckin Coffee, Guo Jinyi, disse que o café, como testemunha da amizade enter a China e o Brasil, oferece grandes oportunidades de colaboração industrial com base em benefícios mútuos e vantagens complementares.

Ele afirmou que o acordo é símbolo da boa relação entre Brasil e China e essa parceria é apenas o começo. "O consumo de café está crescendo no mercado chinês. É um mercado de 1,4 bilhão de consumidores, mas a média de consumo é de dez copos por ano. Há espaço para crescimento."

Com mais de 20 mil lojas na parte continental, Luckin Coffee é a maior rede de cafeterias da China em número de lojas. Em 2022, a Luckin Coffee anunciou o plano de comprar aproximadamente 45 mil toneladas de grãos de café brasileiros em três anos. Em junho de 2024, a empresa aprimorou ainda mais sua parceria comercial com o Brasil ao assinar um acordo para comprar 120 mil toneladas de grãos de café brasileiros em dois anos.

Segundo um relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, de 2023 a 2024, as exportações de grãos de café do Brasil para a China aumentaram 186,1% em relação ao período de 2022 a 2023 - o maior crescimento jamais registrado.

Fonte: Brasil 247 com Xinhua

PEC dos Militares volta à tona após indiciamentos, mas ainda divide governistas

Texto exige que militares que querem ser candidatos em eleições passem para reserva


Os indiciamentos de 25 militares ou ex-militares por tentativa de golpe de Estado pela Polícia Federal (PF) reacenderam, no Congresso, a discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que barra integrantes das Forças Armadas na política.

Apresentada em 2023 pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), a PEC foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em novembro do ano passado, mas está paralisada no plenário do Senado há um ano.

Segundo a proposta, militares devem ir para a reserva não remunerada se quiserem concorrer às eleições – e não podem retornar à função caso não sejam eleitos. A reserva remunerada só vale para aqueles que estão há mais de 35 anos na ativa.

◉ Tema divide governo

Apesar de o texto ter sido construído pelo próprio governo, com articulação do ministro da Defesa, José Múcio, hoje o tema divide governistas.

De um lado, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), defende a aprovação ainda neste ano e diz que vai levar o tema a reuniões nesta semana.

“A PEC dos Militares é necessária e urgente, a despeito da extrema-direita não querer. O golpismo escalou o passo. É golpismo combinado com terrorismo de estado. Todas as medidas para garantir que militar fique no quartel têm que avançar”, disse Randolfe.

Já o líder interino do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), diz que o tema não foi discutido e que trazê-lo à tona neste momento seria “revanchismo”.

“Não se discutiu absolutamente nada. Seria uma forma de revanche inserir um episódio como esse, não é o espírito do presidente [Lula], não é o meu espírito. A iniciativa de tentar matar autoridades deve ser punida com o rigor da lei”, diz. “Uma parte pequena [das Forças Armadas] foi contaminada com o desejo de ter um golpe militar.”

Para o líder do PSD, senador Omar Aziz (AM), o Congresso deveria ter se antecipado ao assunto já que “é ruim que a discussão volte à tona depois desses fatos”, mas defende o debate.

“Quem quiser ser candidato tem direito, mas não pode fazer militância dentro da corporação”, afirma. O senador afirma, ainda, que irá conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o assunto nesta semana.

A oposição também pressiona contra a proposta, em especial o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que é general da reserva e foi vice-presidente do governo de Jair Bolsonaro.

Para Mourão, o texto é “inconstitucional” já que não permite o retorno à ativa do militar que não foi eleito, o que, segundo ele, transforma os militares em “cidadãos de segunda categoria”, como já defendeu anteriormente.

Relator da proposta, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) diz que o tema “está travado porque o governo está cedendo à pressão dos militares” e que foi procurado pelo governo para alterar o texto.

“O ministro [da Defesa, José] Múcio se reuniu com o senador Mourão e ligou para mim, perguntou se eu podia mudar alguma coisa no relatório. Eu não mudo nada”, disse Kajuru. “Se vocês [governo] quiserem [mudanças] me tirem, coloquem outro relator”, disse Kajuru.

A aliados, o ministro José Múcio tem dito que quer que o texto passe como foi protocolado e que quem quer mudanças é o senador Mourão, com quem ele se encontrou uma vez.

◉ Outra PEC na Câmara

Na Câmara, tramita desde 2021 uma PEC com um texto semelhante. À época, o texto foi encabeçado pela ex-deputada Perpétua Almeida, do PCdoB, e impede que militares da ativa ocupem cargos políticos no governo.

“Quando a política entra pela porta de um quartel, a disciplina e a hierarquia saem pela outra. Além de reforçar o papel constitucional das Forças Armadas, a PEC evita a politização dos quarteis”, defende a ex-deputada Perpétua.

Nesse caso, a proposta é ainda mais abrangente do que a que está no Senado, pois veda a participação de militares também nos ministérios, por exemplo – e não apenas nas eleições.

O texto foi protocolado semanas depois que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello – hoje deputado federal – participou de um evento político ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Reservadamente, quem defende esta PEC diz que o texto apresentado pelo Senado é sutil demais e não teria impedido a atuação de alguns dos indiciados pela Polícia Federal – que atuavam no governo, mas sem cargo eletivo.

A PEC ficou paralisada ao longo do governo Bolsonaro, mas em 2023 o governo Lula ensaiou apoiá-la. A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) foi escolhida relatora da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e apresentou parecer favorável ao texto.

A deputada afirma que “não é simples mexer com os militares” no Congresso e que o pacote do Ministério da Fazenda para cortar gastos do Ministério da Defesa “talvez seja um teste”.

“A partir daí, e das investigações sobre o golpismo em geral, o envolvimento dos militares, [a proposta] ganha força, sim. A depender também do peso que o governo queira dar pro assunto. Por ora, não deu muito”, afirma.

Em 2024, Sâmia foi destituída da relatoria da proposta já que deixou de ser integrante da CCJ. Com o colegiado sob a presidência da deputada Carol de Toni (PL-SC), aliada de Bolsonaro, o texto está parado desde então.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Moraes deve enviar à PGR indiciamento de Bolsonaro, Braga Netto e 35 aliados por tentativa de golpe nesta terça


O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro Braga Netto: além deles, mais 35 pessoas foram indiciadas. Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve encaminhar nesta terça-feira (26) à Procuradoria-Geral da República (PGR) os indiciamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro, de seu ex-ministro Braga Netto e de outras 35 pessoas, acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Os documentos foram entregues pela Polícia Federal (PF) ao relator do caso na última quinta-feira, e, como de costume nesses processos, o próximo passo é a remessa à PGR, que avaliará as provas para decidir se apresentará denúncias contra os investigados.

A expectativa é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, analise o caso até fevereiro de 2025, quando poderá apresentar possíveis denúncias. Caso sejam aceitas, os acusados se tornarão réus no processo.

Deputados que assinam impeachment de Alexandre de Moraes estão na mira do ministro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF): ele passou os últimos dias debruçado sobre o caso. Foto: reprodução

Até agora, os indiciamentos permanecem sob sigilo, e cabe a Moraes decidir se o conteúdo será ou não tornado público. O magistrado tem se dedicado ao caso, que reúne mais de 800 páginas de documentos elaborados pela P, conforme informações do G1.

Na última terça-feira (19), a Operação Contragolpe, da PF, prendeu quatro militares e um agente da corporação acusados de elaborar um plano para manter Bolsonaro no poder, o qual incluía a execução de Lula, Alckmin e Moraes.

Bolsonaro, entretanto, admitiu indiretamente que o plano existia, embora não tenha sido executado. Na última segunda-feira (25), ele afirmou que não houve qualquer iniciativa para planejar os assassinatos dos políticos. “Na minha avaliação, nada foi iniciado. Não podemos agora querer punir o crime de opinião ou de pensamento”, declarou o ex-presidente.

Fonte: DCM

Após pedir desculpas, Carrefour Brasil diz que espera normalização de abastecimento no curto prazo

Mais cedo, a rede varejista publicou pedido de desculpas afirmando não ter tido a intenção de colocar o setor agropecuário francês contra o brasileiro

Carrefour (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)

Reuters - A maior rede de supermercados do país, Carrefour Brasil, espera que a normalização do abastecimento em suas lojas ocorra no curto prazo, segundo fato relevante enviado pela companhia após pedido de desculpas da matriz do grupo por declarações contra a carne produzida no Brasil.

"O grupo Carrefour Brasil trabalha intensamente na resolução da situação junto aos fornecedores e espera a normalização do abastecimento no curto prazo para mitigar impacto aos consumidores", afirmou o varejista.

Mais cedo, a sede da companhia na França publicou pedido de desculpas em que afirmou não ter tido a intenção de colocar o setor agropecuário francês contra o brasileiro. Também acrescentou ser "parceiro número 1" do agro do Brasil.

Segundo a rede varejista no Brasil, dona também das bandeiras Atacadão e Sam's Club, desde quinta-feira passada as entregas de carne bovina nas lojas do grupo "não ocorreram conforme programadas".

Fonte: Brasil 247 com Reuters

PF deflagra operação contra venda de decisões judiciais em MT, GO e DF

Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e 23 ordens de busca e apreensão

Agentes da Polícia Federal (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (26) a operação Sisamnes, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para desarticular um suposto esquema de venda de sentenças judiciais, informa o G1. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e 23 ordens de busca e apreensão em Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal. Os nomes dos alvos permanecem sob sigilo.

De acordo com a PF, o esquema envolvia advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados que, em troca de dinheiro, emitiam decisões judiciais favoráveis aos "clientes". Além disso, a investigação apura o vazamento de informações sigilosas relacionadas a operações policiais.

A corporação detalhou que o grupo era organizado e operava com múltiplos atores para intermediar e viabilizar os subornos. “As investigações apontam para crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional”, informou a PF em nota oficial.

Entre as medidas cautelares determinadas pelo STF, estão o uso de tornozeleiras eletrônicas, afastamento de cargos públicos e o bloqueio de bens e valores dos investigados. Apesar de apenas uma prisão preventiva ter sido autorizada até o momento, as ações são vistas como um passo inicial para aprofundar a apuração.

O nome da operação, Sisamnes, faz alusão a um juiz da mitologia persa que teria aceitado suborno para proferir uma sentença injusta.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Fávaro diz que recuo do Carrefour é vitória e fortalece o Brasil em negociações internacionais

"Quando alguém quiser irresponsavelmente prejudicar produtos brasileiros, vão ter de pensar duas vezes. Fizemos um risco no chão", disse o ministro

Carlos Fávaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou ter recebido nesta terça-feira (26) uma carta de desculpas do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard. Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1,o recuo foi visto pelo ministro como uma "vitória" para o Brasil que destacou que o episódio reforça a posição do país em negociações comerciais, como o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. "Agora, tudo volta ao normal", disse Fávaro, de acordo com a reportagem.

O atrito entre o Carrefour e os frigoríficos brasileiros começou em 20 de novembro, quando Bompard publicou nas redes sociais que a rede varejista francesa deixaria de comercializar carnes provenientes do Mercosul — bloco que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A declaração gerou forte repercussão no setor agropecuário brasileiro, levando alguns fornecedores nacionais a suspenderem suas vendas para o Carrefour no Brasil.

Para o ministro, a reação dos produtores foi exemplar. "Essa ação foi de soberania e defesa do Brasil e de seus produtos", afirmou Fávaro. Ele também destacou que a postura dos frigoríficos e do governo brasileiro estabeleceu um precedente importante. "Agora, quando alguém quiser irresponsavelmente prejudicar produtos brasileiros, vão ter de pensar duas vezes. Fizemos um risco no chão, não aceitamos ações irresponsáveis contra nossos produtos”, afirmou.

O episódio, segundo Fávaro, não apenas reafirma a força dos produtores brasileiros, mas também posiciona o Brasil como um país que defende firmemente sua reputação no mercado global. "Essa é uma vitória do governo brasileiro e dos produtores, que precisam ser respeitados. Eles são responsáveis e competentes", ressaltou.

A resolução do conflito com o Carrefour também foi vista como um trunfo nas negociações entre Mercosul e União Europeia, um tema sensível no cenário político e econômico global. Ao classificar o desfecho como um fortalecimento do Brasil,

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Valdo Cruz, do G1

Van Hattem é indiciado após chamar delegado de “cachorrinho de Alexandre de Moraes”


deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) sentado, falando em microfone, sério, sem olhar para a câmera
O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) – Divulgação

A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) por calúnia e injúria após declarações feitas no plenário da Câmara dos Deputados em 14 de agosto. O parlamentar criticou a atuação do delegado Fábio Alvarez Schor, responsável por conduzir inquéritos supervisionados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O parlamentar acusou Schor de elaborar “relatórios fraudulentos” para justificar a prisão de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Martins foi detido em fevereiro durante a operação Tempus Veritatis, que investiga supostas tentativas de golpe de Estado, sendo liberado em agosto por ordem do STF.

Além disso, o deputado criticou as prisões dos jornalistas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, bem como do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Em suas falas, Van Hattem apontou “abuso de autoridade” em ações conduzidas pelo delegado, incluindo a revista da filha de Eustáquio, de apenas 16 anos.

“Sabe o que eles [presos] têm em comum? Todos divulgaram a foto de mais um abusador de autoridade: Fabio Alvarez Schor. Falei ontem e repito aqui na Tribuna. E se ele não for covarde, que venha atrás de mim”, afirmou Van Hattem.

Segundo apuração do Poder360, a PF entendeu que as declarações do parlamentar foram feitas com o objetivo de “constranger, humilhar e ofender” o delegado. As acusações foram classificadas como “gravíssimas” e, caso sejam consideradas infundadas, podem gerar penalidades mais severas.

A PF destacou que, embora o deputado esteja protegido pela imunidade parlamentar e pela liberdade de expressão, esses direitos não são absolutos. O relatório final mencionou ainda declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também criticou o delegado, usando termos considerados ofensivos, como “putinha do Alexandre de Moraes”.

Marcel van Hattem com foto de delegado
Marcel van Hattem expôs foto de delegado – Reprodução

Declaração da Polícia Federal

No documento, a PF enfatizou que falas como as proferidas por Van Hattem e outros parlamentares podem desrespeitar o papel fundamental do Congresso Nacional.

“E depois, honestamente, conferir pertinência parlamentar às falas do tipo ‘putinha do Alexandre de Moraes’, ‘bandido’, ‘covarde’, ‘cachorrinho de Alexandre de Moraes’ ou, ainda, outorgar isenção incondicional às incriminações infundadas, ditas por dizer, sem qualquer proveito ou propósito social, seria apequenar por demais – para não dizer amesquinhar – a função de um Congressista, tão cara e importante ao bom funcionamento da democracia”, diz trecho do relatório.

Relembre o episódio:


Fonte: DCM


Lula sanciona projeto que cria regras de transparência para emendas parlamentares

O texto é resultado de uma articulação entre governo, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF)

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (26), sem vetos, o texto aprovado pelo Congresso que estabelece novas regras de transparência para as emendas parlamentares, informa o G1. O projeto é resultado de uma articulação entre governo, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) após a Corte suspender a execução das emendas por falta de transparência por decisão do ministro Flávio Dino.

O texto sancionado por Lula define que as emendas parlamentares devem ir, prioritariamente, para o custeio de políticas públicas. Os órgãos do Executivo terão até o dia 30 de setembro de cada ano para definir a lista de políticas prioritárias para receberem os recursos no ano seguinte.

O governo não poderá executar emendas que não tenham despesa compatível com a sua finalidade, não tenham projeto de engenharia ou licença ambiental prévia e sejam incompatíveis com a política pública desenvolvida pelo órgão responsável pela sua programação. O projeto também prevê o contingenciamento das emendas parlamentares, mas impede que elas sejam bloqueadas.

Com a sanção do projeto, Dino deve voltar a avaliar as regras que orientam as emendas parlamentares. Congresso e Planalto esperam que os recursos possam ser pagos novamente, mas não há prazo para que isso aconteça.

As emendas parlamentares são reservas dentro do Orçamento que podem ser usadas conforme a indicação de deputados e senadores. O dinheiro é enviado pelos parlamentares às suas bases eleitorais.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

 

AGU processará coronel da Escola Superior de Guerra que atacou Lula e alegou fraude eleitoral

AGU também irá solicitar ao Ministério da Defesa o afastamento do coronel da reserva Anderson Freire Barboza da ESG

(Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

 A Advocacia-Geral da União (AGU) planeja acionar judicialmente o coronel da reserva Anderson Freire Barboza, diretor do Curso de Gestão de Recursos de Defesa da Escola Superior de Guerra (ESG), por crime contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo.

Em um grupo de WhatsApp com cerca de cem participantes, Freire Barboza afirmou que as eleições de 2022 "foram roubadas sob a liderança de Alexandre de Moraes" e chamou o presidente Lula de "ladrão". Além disso, contestou a investigação da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado. O Inquérito sobre a suposta trama golpista foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes na semana passada, com o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 pessoas, incluindo militares de alta patente.

A AGU, sob a liderança do ministro Jorge Messias, encaminhará uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o militar. Paralelamente, solicitará ao Ministério da Defesa o afastamento de Freire Barboza de suas funções na ESG, instituição vinculada à pasta.

Após o caso repercutir na imprensa, o coronel confirmou a autoria das declarações, justificando que se tratava de um "desabafo" motivado pelo "sentimento de tristeza" ao ver colegas indiciados por envolvimento em planos golpistas.

A Escola Superior de Guerra e o Ministério da Defesa ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bolsonaro vai virar um traste histórico

"Bolsonaro vai virar um cão sarnento, como Collor se tornou depois do impeachment. Ficará exposto na galeria dos trastes históricos", diz Laurez Cerqueira

Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reuters)

Estão construindo uma peça jurídica histórica, para a condenação dos golpistas. Vai ser devastadora! Servidores públicos civis e militares que participaram da intentona de golpe vão ser demitidos a bem do serviço público, muitos condenados e presos, e aposentadorias cassadas. É o que diz a lei e os regulamentos disciplinares de militares. Para nunca mais se atreverem a se insurgir contra a ordem constitucional e o Estado democrático de direito. Sem anistia. Tudo indica que vai ser feito o que a Comissão da Verdade não fez.

O julgamento dos golpistas vai durar semanas, com câmeras e microfones nas caras dos réus. A sociedade brasileira vai ver com os próprios olhos os criminosos e seus crimes debulhados didaticamente pelos ministros da Suprema Corte.

Bolsonaro está inelegível, indiciado e deve ser preso. Foi usado pela elite e já foi descartado. Acabou. Já tem outros no lugar dele. Os apoiadores não vão segurar mais a alça do caixão. Olharam para frente e viram o deserto político formado. As desistências de segui-lo vão começar a acontecer. Será efeito manada.

Bolsonaro vai virar um cão sarnento, como Collor se tornou depois do impeachment. Ficará exposto na galeria dos trastes históricos, onde estão o traidor Calabar, o torturador Brilhante Ustra e seus iguais, o General Castelo Branco e todos os ditadores que participaram do golpe de Estado de 1964. O Brasil tem uma Constituição, leis, regulamentos e instituições sólidas para defender a sociedade, da tirania, e dos ataques ao Estado democrático de direito. A democracia vai vencer mais essa.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247 e do blog

Fonte: Brasil 247

Áudios mostram que maioria do alto comando militar não aderiu ao golpe

Conversas interceptadas pela PF expõem discordâncias internas e indicam tentativa de manipulação no Ministério da Defesa para viabilizar um golpe

Bolsonaro participa das comemorações do Dia do Exército, em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Áudios obtidos pela Polícia Federal (PF) revelaram a resistência da alta cúpula do Exército a aderir às articulações golpistas promovidas por integrantes do governo de Jair Bolsonaro no final de 2022, após a derrota eleitoral do então presidente. A apuração foi divulgada pelo jornal O Globo, destacando as conversas que evidenciam a falta de apoio entre os 16 generais que formam o Alto Comando da Força.

Em uma mensagem interceptada, o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu, que atuava como assessor no Palácio do Planalto no governo Bolsonaro, lamenta a postura do Exército. “Cinco não querem, três querem muito e os outros zona de conforto. Infelizmente. A lição que a gente deu para a esquerda é que o Alto Comando tem que acabar”, disse Vieira de Abreu, que à época era chefe de gabinete do general Mario Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência.

Mario Fernandes é um dos 37 investigados pela PF no inquérito que apurou a tentativa de golpe. De acordo com a polícia, ele foi responsável pela elaboração do plano “Punhal verde e amarelo”, que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

◉ Plano para trocar o Ministério da Defesa

Em outra mensagem interceptada, Fernandes sugeriu ao então presidente Bolsonaro a troca no comando do Ministério da Defesa para superar a resistência do Exército. A ideia era recolocar o general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de reeleição de Bolsonaro, no lugar de Paulo Sérgio Nogueira. “Bota de novo o general Braga Netto lá. O general Braga Netto tá indignado, porra, ele vai ter um apoio mais efetivo”, declarou Fernandes em áudio enviado a Marcelo Câmara, assessor especial de Bolsonaro, em 10 de novembro de 2022.

As investigações da PF indicam que os comandantes do Exército e da Aeronáutica no governo passado rejeitaram apoiar iniciativas golpistas em reuniões com Bolsonaro. Apenas o então chefe da Marinha, almirante Almir Garnier, teria demonstrado apoio a um eventual golpe.

◉ Resistência nas Forças Armadas

Desde que surgiram denúncias de envolvimento de militares em ameaças à democracia, o Ministério da Defesa tem defendido a individualização das condutas. “Os indícios são sobre CPFs, e não sobre CNPJs. Nesse tempo, o que ficou provado em relação às Forças Armadas foi a capacidade de ajudar a resolver os problemas do país”, afirmou o ministro da Defesa, José Mucio, ao O Globo.

O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes relatou à PF que, durante uma reunião no Palácio da Alvorada, Bolsonaro apresentou a ele duas versões de uma minuta do golpe, enfatizando que o plano deveria ser implementado. Freire Gomes afirmou que ameaçou prender o ex-presidente caso insistisse na execução do golpe.

Já o então comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, disse em depoimento que a recusa do Exército foi crucial para impedir que os planos golpistas avançassem. “Se o Exército tivesse apoiado, o golpe provavelmente teria ocorrido”, declarou Baptista Júnior.

As revelações reforçam a divisão dentro das Forças Armadas e apontam que a resistência de setores importantes foi determinante para frustrar as articulações golpistas, ainda que o episódio tenha deixado marcas profundas no cenário político brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PT rebate fake news de Jojo Todynho e nega que tenha pago R$ 1,5 milhão para apoio nas eleições

PT negou categoricamente as afirmações feitas pela cantora Jojo Todynho sobre uma oferta milionária para apoiar a candidatura de Lula

(Foto: Reprodução)

O Partido dos Trabalhadores (PT) negou categoricamente as afirmações feitas pela cantora Jojo Todynho sobre uma oferta milionária para apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva na última eleição presidencial. Em nota oficial enviada à coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, o partido classificou as declarações como falsas e destacou o momento em que a acusação surgiu.

“A campanha eleitoral do presidente Lula nunca fez qualquer proposta de participação remunerada para Jojo Todynho em atos de apoio”, afirmou o PT na nota. O partido também relacionou a disseminação da informação a uma tentativa de desviar o foco das recentes investigações contra Jair Bolsonaro. “A notícia falsa foi divulgada numa plataforma de extrema direita, no momento em que Bolsonaro e sua organização criminosa foram indiciados por tentativa de golpe e plano para assassinar Lula.”

As declarações de Jojo

A polêmica teve início quando Jojo Todynho participou de uma entrevista no podcast Brasil Paralelo. Ao ser questionada sobre eventuais convites para apoiar políticos, a cantora afirmou ter recebido uma oferta de R$ 1,5 milhão durante a campanha presidencial de 2022.

“Me ofereceram R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando o Lula veio candidato a presidente. E eu falei que não”, declarou Jojo. Segundo ela, o convite foi feito durante um almoço previamente marcado, no qual teria sido apresentada à proposta. “Ligaram, marcaram um almoço, falaram que era um trabalho e quando eu cheguei lá era isso… E eu falei: ‘Desculpa gente, não vai rolar’.”

Em outro momento da conversa, Jojo insinuou que outros artistas e páginas de fofoca também teriam recebido dinheiro para fazer campanha. “Se para mim foi R$ 1,5 milhão, imagine o quanto eles não ganharam e o quanto continuam ganhando.”

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Indicando aceno ao agro, Lula deve ir à inauguração de mega fábrica no MS

A participação de Lula na inauguração da fábrica da Suzano reflete uma estratégia mais ampla de diálogo com o agronegócio

Presidente Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçará sua aproximação com o agronegócio ao participar, em 5 de dezembro, da inauguração de uma nova fábrica da Suzano Papel e Celulose em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. A unidade, que contou com um investimento de mais de R$ 22 bilhões, será a maior do setor no país e terá capacidade de produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano. A informação foi destacada pelo jornalista Igor Gadelha, em sua coluna no Metrópoles.

A fábrica da Suzano representa não apenas um marco para a economia brasileira, mas também uma sinalização política clara de Lula em direção ao agronegócio. Desde o início de seu terceiro mandato, Lula tem promovido ações voltadas ao setor, buscando consolidar sua relação com produtores rurais de diferentes portes.

◉ Plano Safra e incentivos ao setor

Em julho, Lula lançou o Plano Safra 2024/2025, o maior da história, com R$ 400,59 bilhões destinados a financiamentos. O montante representa um aumento de 10% em relação à edição anterior e contempla linhas de crédito, políticas agrícolas e incentivos tanto para médios quanto grandes produtores. Durante o evento de lançamento, o presidente destacou a importância estratégica do agronegócio.

“Se há um setor brasileiro respeitado no mundo todo, é a agricultura. Eu não faço diferença entre pequenos e grandes produtores”, declarou, enfatizando a relevância de uma política inclusiva e abrangente.

◉ Estratégia de diálogo com o agronegócio

A participação de Lula na inauguração da fábrica da Suzano reflete uma estratégia mais ampla de diálogo com o agronegócio, considerada uma base de apoio crucial para o desenvolvimento econômico e as exportações do país. O setor foi uma das principais resistências ao retorno do petista ao poder, mas ações como o Plano Safra e sua presença em eventos simbólicos como o da Suzano têm sinalizado uma tentativa de reconstruir pontes.

Especialistas apontam que a postura de Lula é fundamental para despolarizar a relação entre o governo federal e os grandes produtores, além de consolidar o agronegócio como um dos motores do crescimento nacional. A nova planta da Suzano, por exemplo, não apenas reforça a liderança do Brasil no mercado global de celulose, mas também deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos na região.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles