terça-feira, 26 de novembro de 2024

Fávaro diz que recuo do Carrefour é vitória e fortalece o Brasil em negociações internacionais

"Quando alguém quiser irresponsavelmente prejudicar produtos brasileiros, vão ter de pensar duas vezes. Fizemos um risco no chão", disse o ministro

Carlos Fávaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou ter recebido nesta terça-feira (26) uma carta de desculpas do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard. Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1,o recuo foi visto pelo ministro como uma "vitória" para o Brasil que destacou que o episódio reforça a posição do país em negociações comerciais, como o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. "Agora, tudo volta ao normal", disse Fávaro, de acordo com a reportagem.

O atrito entre o Carrefour e os frigoríficos brasileiros começou em 20 de novembro, quando Bompard publicou nas redes sociais que a rede varejista francesa deixaria de comercializar carnes provenientes do Mercosul — bloco que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A declaração gerou forte repercussão no setor agropecuário brasileiro, levando alguns fornecedores nacionais a suspenderem suas vendas para o Carrefour no Brasil.

Para o ministro, a reação dos produtores foi exemplar. "Essa ação foi de soberania e defesa do Brasil e de seus produtos", afirmou Fávaro. Ele também destacou que a postura dos frigoríficos e do governo brasileiro estabeleceu um precedente importante. "Agora, quando alguém quiser irresponsavelmente prejudicar produtos brasileiros, vão ter de pensar duas vezes. Fizemos um risco no chão, não aceitamos ações irresponsáveis contra nossos produtos”, afirmou.

O episódio, segundo Fávaro, não apenas reafirma a força dos produtores brasileiros, mas também posiciona o Brasil como um país que defende firmemente sua reputação no mercado global. "Essa é uma vitória do governo brasileiro e dos produtores, que precisam ser respeitados. Eles são responsáveis e competentes", ressaltou.

A resolução do conflito com o Carrefour também foi vista como um trunfo nas negociações entre Mercosul e União Europeia, um tema sensível no cenário político e econômico global. Ao classificar o desfecho como um fortalecimento do Brasil,

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Valdo Cruz, do G1

Van Hattem é indiciado após chamar delegado de “cachorrinho de Alexandre de Moraes”


deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) sentado, falando em microfone, sério, sem olhar para a câmera
O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) – Divulgação

A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) por calúnia e injúria após declarações feitas no plenário da Câmara dos Deputados em 14 de agosto. O parlamentar criticou a atuação do delegado Fábio Alvarez Schor, responsável por conduzir inquéritos supervisionados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O parlamentar acusou Schor de elaborar “relatórios fraudulentos” para justificar a prisão de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Martins foi detido em fevereiro durante a operação Tempus Veritatis, que investiga supostas tentativas de golpe de Estado, sendo liberado em agosto por ordem do STF.

Além disso, o deputado criticou as prisões dos jornalistas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, bem como do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Em suas falas, Van Hattem apontou “abuso de autoridade” em ações conduzidas pelo delegado, incluindo a revista da filha de Eustáquio, de apenas 16 anos.

“Sabe o que eles [presos] têm em comum? Todos divulgaram a foto de mais um abusador de autoridade: Fabio Alvarez Schor. Falei ontem e repito aqui na Tribuna. E se ele não for covarde, que venha atrás de mim”, afirmou Van Hattem.

Segundo apuração do Poder360, a PF entendeu que as declarações do parlamentar foram feitas com o objetivo de “constranger, humilhar e ofender” o delegado. As acusações foram classificadas como “gravíssimas” e, caso sejam consideradas infundadas, podem gerar penalidades mais severas.

A PF destacou que, embora o deputado esteja protegido pela imunidade parlamentar e pela liberdade de expressão, esses direitos não são absolutos. O relatório final mencionou ainda declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também criticou o delegado, usando termos considerados ofensivos, como “putinha do Alexandre de Moraes”.

Marcel van Hattem com foto de delegado
Marcel van Hattem expôs foto de delegado – Reprodução

Declaração da Polícia Federal

No documento, a PF enfatizou que falas como as proferidas por Van Hattem e outros parlamentares podem desrespeitar o papel fundamental do Congresso Nacional.

“E depois, honestamente, conferir pertinência parlamentar às falas do tipo ‘putinha do Alexandre de Moraes’, ‘bandido’, ‘covarde’, ‘cachorrinho de Alexandre de Moraes’ ou, ainda, outorgar isenção incondicional às incriminações infundadas, ditas por dizer, sem qualquer proveito ou propósito social, seria apequenar por demais – para não dizer amesquinhar – a função de um Congressista, tão cara e importante ao bom funcionamento da democracia”, diz trecho do relatório.

Relembre o episódio:


Fonte: DCM


Lula sanciona projeto que cria regras de transparência para emendas parlamentares

O texto é resultado de uma articulação entre governo, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF)

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (26), sem vetos, o texto aprovado pelo Congresso que estabelece novas regras de transparência para as emendas parlamentares, informa o G1. O projeto é resultado de uma articulação entre governo, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) após a Corte suspender a execução das emendas por falta de transparência por decisão do ministro Flávio Dino.

O texto sancionado por Lula define que as emendas parlamentares devem ir, prioritariamente, para o custeio de políticas públicas. Os órgãos do Executivo terão até o dia 30 de setembro de cada ano para definir a lista de políticas prioritárias para receberem os recursos no ano seguinte.

O governo não poderá executar emendas que não tenham despesa compatível com a sua finalidade, não tenham projeto de engenharia ou licença ambiental prévia e sejam incompatíveis com a política pública desenvolvida pelo órgão responsável pela sua programação. O projeto também prevê o contingenciamento das emendas parlamentares, mas impede que elas sejam bloqueadas.

Com a sanção do projeto, Dino deve voltar a avaliar as regras que orientam as emendas parlamentares. Congresso e Planalto esperam que os recursos possam ser pagos novamente, mas não há prazo para que isso aconteça.

As emendas parlamentares são reservas dentro do Orçamento que podem ser usadas conforme a indicação de deputados e senadores. O dinheiro é enviado pelos parlamentares às suas bases eleitorais.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

 

AGU processará coronel da Escola Superior de Guerra que atacou Lula e alegou fraude eleitoral

AGU também irá solicitar ao Ministério da Defesa o afastamento do coronel da reserva Anderson Freire Barboza da ESG

(Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

 A Advocacia-Geral da União (AGU) planeja acionar judicialmente o coronel da reserva Anderson Freire Barboza, diretor do Curso de Gestão de Recursos de Defesa da Escola Superior de Guerra (ESG), por crime contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo.

Em um grupo de WhatsApp com cerca de cem participantes, Freire Barboza afirmou que as eleições de 2022 "foram roubadas sob a liderança de Alexandre de Moraes" e chamou o presidente Lula de "ladrão". Além disso, contestou a investigação da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado. O Inquérito sobre a suposta trama golpista foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes na semana passada, com o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 pessoas, incluindo militares de alta patente.

A AGU, sob a liderança do ministro Jorge Messias, encaminhará uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o militar. Paralelamente, solicitará ao Ministério da Defesa o afastamento de Freire Barboza de suas funções na ESG, instituição vinculada à pasta.

Após o caso repercutir na imprensa, o coronel confirmou a autoria das declarações, justificando que se tratava de um "desabafo" motivado pelo "sentimento de tristeza" ao ver colegas indiciados por envolvimento em planos golpistas.

A Escola Superior de Guerra e o Ministério da Defesa ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bolsonaro vai virar um traste histórico

"Bolsonaro vai virar um cão sarnento, como Collor se tornou depois do impeachment. Ficará exposto na galeria dos trastes históricos", diz Laurez Cerqueira

Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reuters)

Estão construindo uma peça jurídica histórica, para a condenação dos golpistas. Vai ser devastadora! Servidores públicos civis e militares que participaram da intentona de golpe vão ser demitidos a bem do serviço público, muitos condenados e presos, e aposentadorias cassadas. É o que diz a lei e os regulamentos disciplinares de militares. Para nunca mais se atreverem a se insurgir contra a ordem constitucional e o Estado democrático de direito. Sem anistia. Tudo indica que vai ser feito o que a Comissão da Verdade não fez.

O julgamento dos golpistas vai durar semanas, com câmeras e microfones nas caras dos réus. A sociedade brasileira vai ver com os próprios olhos os criminosos e seus crimes debulhados didaticamente pelos ministros da Suprema Corte.

Bolsonaro está inelegível, indiciado e deve ser preso. Foi usado pela elite e já foi descartado. Acabou. Já tem outros no lugar dele. Os apoiadores não vão segurar mais a alça do caixão. Olharam para frente e viram o deserto político formado. As desistências de segui-lo vão começar a acontecer. Será efeito manada.

Bolsonaro vai virar um cão sarnento, como Collor se tornou depois do impeachment. Ficará exposto na galeria dos trastes históricos, onde estão o traidor Calabar, o torturador Brilhante Ustra e seus iguais, o General Castelo Branco e todos os ditadores que participaram do golpe de Estado de 1964. O Brasil tem uma Constituição, leis, regulamentos e instituições sólidas para defender a sociedade, da tirania, e dos ataques ao Estado democrático de direito. A democracia vai vencer mais essa.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247 e do blog

Fonte: Brasil 247

Áudios mostram que maioria do alto comando militar não aderiu ao golpe

Conversas interceptadas pela PF expõem discordâncias internas e indicam tentativa de manipulação no Ministério da Defesa para viabilizar um golpe

Bolsonaro participa das comemorações do Dia do Exército, em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Áudios obtidos pela Polícia Federal (PF) revelaram a resistência da alta cúpula do Exército a aderir às articulações golpistas promovidas por integrantes do governo de Jair Bolsonaro no final de 2022, após a derrota eleitoral do então presidente. A apuração foi divulgada pelo jornal O Globo, destacando as conversas que evidenciam a falta de apoio entre os 16 generais que formam o Alto Comando da Força.

Em uma mensagem interceptada, o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu, que atuava como assessor no Palácio do Planalto no governo Bolsonaro, lamenta a postura do Exército. “Cinco não querem, três querem muito e os outros zona de conforto. Infelizmente. A lição que a gente deu para a esquerda é que o Alto Comando tem que acabar”, disse Vieira de Abreu, que à época era chefe de gabinete do general Mario Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência.

Mario Fernandes é um dos 37 investigados pela PF no inquérito que apurou a tentativa de golpe. De acordo com a polícia, ele foi responsável pela elaboração do plano “Punhal verde e amarelo”, que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

◉ Plano para trocar o Ministério da Defesa

Em outra mensagem interceptada, Fernandes sugeriu ao então presidente Bolsonaro a troca no comando do Ministério da Defesa para superar a resistência do Exército. A ideia era recolocar o general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de reeleição de Bolsonaro, no lugar de Paulo Sérgio Nogueira. “Bota de novo o general Braga Netto lá. O general Braga Netto tá indignado, porra, ele vai ter um apoio mais efetivo”, declarou Fernandes em áudio enviado a Marcelo Câmara, assessor especial de Bolsonaro, em 10 de novembro de 2022.

As investigações da PF indicam que os comandantes do Exército e da Aeronáutica no governo passado rejeitaram apoiar iniciativas golpistas em reuniões com Bolsonaro. Apenas o então chefe da Marinha, almirante Almir Garnier, teria demonstrado apoio a um eventual golpe.

◉ Resistência nas Forças Armadas

Desde que surgiram denúncias de envolvimento de militares em ameaças à democracia, o Ministério da Defesa tem defendido a individualização das condutas. “Os indícios são sobre CPFs, e não sobre CNPJs. Nesse tempo, o que ficou provado em relação às Forças Armadas foi a capacidade de ajudar a resolver os problemas do país”, afirmou o ministro da Defesa, José Mucio, ao O Globo.

O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes relatou à PF que, durante uma reunião no Palácio da Alvorada, Bolsonaro apresentou a ele duas versões de uma minuta do golpe, enfatizando que o plano deveria ser implementado. Freire Gomes afirmou que ameaçou prender o ex-presidente caso insistisse na execução do golpe.

Já o então comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, disse em depoimento que a recusa do Exército foi crucial para impedir que os planos golpistas avançassem. “Se o Exército tivesse apoiado, o golpe provavelmente teria ocorrido”, declarou Baptista Júnior.

As revelações reforçam a divisão dentro das Forças Armadas e apontam que a resistência de setores importantes foi determinante para frustrar as articulações golpistas, ainda que o episódio tenha deixado marcas profundas no cenário político brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PT rebate fake news de Jojo Todynho e nega que tenha pago R$ 1,5 milhão para apoio nas eleições

PT negou categoricamente as afirmações feitas pela cantora Jojo Todynho sobre uma oferta milionária para apoiar a candidatura de Lula

(Foto: Reprodução)

O Partido dos Trabalhadores (PT) negou categoricamente as afirmações feitas pela cantora Jojo Todynho sobre uma oferta milionária para apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva na última eleição presidencial. Em nota oficial enviada à coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, o partido classificou as declarações como falsas e destacou o momento em que a acusação surgiu.

“A campanha eleitoral do presidente Lula nunca fez qualquer proposta de participação remunerada para Jojo Todynho em atos de apoio”, afirmou o PT na nota. O partido também relacionou a disseminação da informação a uma tentativa de desviar o foco das recentes investigações contra Jair Bolsonaro. “A notícia falsa foi divulgada numa plataforma de extrema direita, no momento em que Bolsonaro e sua organização criminosa foram indiciados por tentativa de golpe e plano para assassinar Lula.”

As declarações de Jojo

A polêmica teve início quando Jojo Todynho participou de uma entrevista no podcast Brasil Paralelo. Ao ser questionada sobre eventuais convites para apoiar políticos, a cantora afirmou ter recebido uma oferta de R$ 1,5 milhão durante a campanha presidencial de 2022.

“Me ofereceram R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando o Lula veio candidato a presidente. E eu falei que não”, declarou Jojo. Segundo ela, o convite foi feito durante um almoço previamente marcado, no qual teria sido apresentada à proposta. “Ligaram, marcaram um almoço, falaram que era um trabalho e quando eu cheguei lá era isso… E eu falei: ‘Desculpa gente, não vai rolar’.”

Em outro momento da conversa, Jojo insinuou que outros artistas e páginas de fofoca também teriam recebido dinheiro para fazer campanha. “Se para mim foi R$ 1,5 milhão, imagine o quanto eles não ganharam e o quanto continuam ganhando.”

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Indicando aceno ao agro, Lula deve ir à inauguração de mega fábrica no MS

A participação de Lula na inauguração da fábrica da Suzano reflete uma estratégia mais ampla de diálogo com o agronegócio

Presidente Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçará sua aproximação com o agronegócio ao participar, em 5 de dezembro, da inauguração de uma nova fábrica da Suzano Papel e Celulose em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. A unidade, que contou com um investimento de mais de R$ 22 bilhões, será a maior do setor no país e terá capacidade de produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano. A informação foi destacada pelo jornalista Igor Gadelha, em sua coluna no Metrópoles.

A fábrica da Suzano representa não apenas um marco para a economia brasileira, mas também uma sinalização política clara de Lula em direção ao agronegócio. Desde o início de seu terceiro mandato, Lula tem promovido ações voltadas ao setor, buscando consolidar sua relação com produtores rurais de diferentes portes.

◉ Plano Safra e incentivos ao setor

Em julho, Lula lançou o Plano Safra 2024/2025, o maior da história, com R$ 400,59 bilhões destinados a financiamentos. O montante representa um aumento de 10% em relação à edição anterior e contempla linhas de crédito, políticas agrícolas e incentivos tanto para médios quanto grandes produtores. Durante o evento de lançamento, o presidente destacou a importância estratégica do agronegócio.

“Se há um setor brasileiro respeitado no mundo todo, é a agricultura. Eu não faço diferença entre pequenos e grandes produtores”, declarou, enfatizando a relevância de uma política inclusiva e abrangente.

◉ Estratégia de diálogo com o agronegócio

A participação de Lula na inauguração da fábrica da Suzano reflete uma estratégia mais ampla de diálogo com o agronegócio, considerada uma base de apoio crucial para o desenvolvimento econômico e as exportações do país. O setor foi uma das principais resistências ao retorno do petista ao poder, mas ações como o Plano Safra e sua presença em eventos simbólicos como o da Suzano têm sinalizado uma tentativa de reconstruir pontes.

Especialistas apontam que a postura de Lula é fundamental para despolarizar a relação entre o governo federal e os grandes produtores, além de consolidar o agronegócio como um dos motores do crescimento nacional. A nova planta da Suzano, por exemplo, não apenas reforça a liderança do Brasil no mercado global de celulose, mas também deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos na região.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

CEO do Carrefour pede desculpas após atacar a carne brasileira; leia a carta

Alexandre Bompard disse que não pretendia minar a credibilidade dos produtos brasileiros

Alexandre Bompard, CEO do Carrefour (Foto: Divulgação)

O CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, enviou uma carta de desculpas ao governo brasileiro, após uma declaração mentirosa que colocou em dúvida a qualidade da carne do Mercosul, usada como justificativa para interromper compras da região na França. A repercussão no Brasil foi intensa, envolvendo boicotes de produtores à rede varejista e declarações contundentes de autoridades, como o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A íntegra da carta, obtida pelo NeoFeed, reforça o compromisso do Carrefour com a agricultura brasileira e reconhece a alta qualidade da carne nacional.

A polêmica começou quando Bompard publicou em redes sociais que a subsidiária francesa do Carrefour priorizaria a compra de carne de produtores locais, enquanto suspendia aquisições de países do Mercosul, incluindo o Brasil. A reação foi imediata: associações do setor agropecuário brasileiro acusaram a rede de desrespeitar o trabalho dos produtores nacionais, e o boicote se refletiu no desabastecimento de lojas da marca no Brasil.

O ministro Carlos Fávaro elogiou a postura firme dos produtores brasileiros, enquanto Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, anunciou a intenção de pautar um projeto de lei contra acordos com países que não tenham o mesmo rigor ambiental que o Brasil, numa clara referência à França.

Pedido de desculpas

Na carta enviada ao ministro Carlos Fávaro, Alexandre Bompard afirmou que a comunicação do Carrefour França gerou “confusão” e pediu desculpas pelo impacto das declarações. Ele destacou a relação histórica da rede com o Brasil, onde o Carrefour conta com mais de 130 mil colaboradores e é um dos maiores investidores no setor agropecuário.

“Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas”, escreveu Bompard.

O documento foi entregue pelo embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, ao ministro da Agricultura e a assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segue abaixo a íntegra da carta enviada pelo CEO global do Carrefour:

Ao Excelentíssimo Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Senhor Carlos Fávaro,

A declaração de apoio do Carrefour França aos produtores agrícolas franceses causou discordâncias no Brasil. Como Diretor-Presidente do Grupo Carrefour e amigo de longa data do país, venho, respeitosamente, esclarecê-la.

O Carrefour é um grupo descentralizado e enraizado em cada país onde está presente, francês na França e brasileiro no Brasil. Na França, o Carrefour é o primeiro parceiro da agricultura francesa: compramos quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades na França, e assim seguiremos fazendo. A decisão do Carrefour França não teve como objetivo mudar as regras de um mercado amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais, que segue as preferências regionais de nossos clientes. Com essa decisão, quisemos assegurar aos agricultores franceses, que atravessam uma grave crise, a perenidade do nosso apoio e das nossas compras locais.

Do outro lado do Atlântico, no Brasil, compramos dos produtores brasileiros quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades, e seguiremos fazendo assim. São os mesmos valores de criar raízes e parceria que inspiram há 50 anos nossa relação com o setor agropecuário brasileiro, cujo profissionalismo, cuidado à terra e produtores conhecemos.


O Grupo Carrefour Brasil é profundamente brasileiro, com mais de 130.000 colaboradores, se desenvolveu e continua se desenvolvendo sob minha presidência em parceria com produtores e fornecedores do Brasil, valorizando o trabalho do setor produtivo e sempre em benefício de nossos clientes. Nos últimos anos, o Grupo Carrefour Brasil acelerou seu desenvolvimento, dobrando tanto o volume de seus investimentos no país quanto suas compras da agricultura brasileira. Mais amplamente, o Brasil é o país em que o Carrefour mais investiu sob minha presidência, o que confirma nossa ambição e nosso comprometimento com o país.

Assim seguiremos prestigiando a produção e os atores locais e fomentando a economia do Brasil. Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas. O Carrefour está empenhado em trabalhar, na França e no Brasil, em prol de uma agricultura próspera, seguindo nosso propósito pela transição alimentar para todos.

Asseguro, Senhor Ministro, nosso compromisso de longo prazo ao lado da agricultura e dos produtores brasileiros. Aproveito a oportunidade para renovar os protestos de estima e consideração.

Atenciosamente,

Alexandre Bompard

Fonte: Brasil 247

Delegado da PF denuncia 'relato de intimidação' após investigar Bolsonaro

Caso foi reportado à Diretoria de Inteligência da Polícia Federal e um inquérito para apurar o caso foi aberto

(Foto: ABr)

O delegado da Polícia Federal (PF) Fábio Alvarez Shor, que atuou em investigações envolvendo Jair Bolsonaro (PL), denunciou uma suposta tentativa de intimidação relacionada à sua atuação nos inquéritos conduzidos sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, a PF abriu um inquérito para investigar o caso.

Em depoimento sigiloso, Shor afirmou que passou a utilizar um carro blindado após se sentir ameaçado, especialmente após indiciar Bolsonaro no caso das joias sauditas. Segundo ele, em 13 de julho, "pessoas ainda não identificadas colocaram um boneco, em forma de macaco, na parte traseira" de seu veículo, que estava estacionado na área externa de sua residência, em Brasília. O delegado interpretou o ato como um "recado de intimidação", sugerindo que os autores sabiam onde ele mora. O caso foi reportado à Diretoria de Inteligência da Polícia Federal e um inquérito para apurar o caso foi aberto.

Além do episódio do boneco, Shor destacou que sua imagem foi amplamente divulgada por parlamentares da oposição e por apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. A exposição teria desencadeado uma "onda de ataques em massa", com ameaças que também se estenderam a familiares do delegado. Ele atribui parte dessa ofensiva à polêmica envolvendo policiais federais mulheres, que revistaram a filha do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, de 16 anos, durante uma operação. Segundo relatos, a revista foi feita "com toques por cima da calça", o que gerou críticas entre apoiadores do ex-presidente.

A tensão aumentou na última semana, quando Bolsonaro, indiciado pela PF por uma suposta tentativa de golpe de Estado, ironizou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele "tem uma assessoria bastante criativa".

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Dívida climática" dos países desenvolvidos não pode mais ser adiada, afirma Global Times em editorial

Países em desenvolvimento esperam que as nações desenvolvidas assumam sua parcela justa de responsabilidade para enfrentar crise climática

Sede da cúpula do clima COP29 em Baku, Azerbaijão 22/11/2024 (Foto: REUTERS/Maxim Shemetov)

Global Times - Após duas semanas de negociações árduas, a 29ª sessão da Conferência das Partes (COP29) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) finalmente chegou a um resultado equilibrado chamado "Pacto de Solidariedade Climática de Baku" nas primeiras horas do domingo (24), horário local, após um atraso de cerca de 35 horas. Os países desenvolvidos se comprometeram a liderar o caminho para fornecer e mobilizar pelo menos US$ 300 bilhões anualmente até 2035 para apoiar a ação climática em países em desenvolvimento. A conferência também pediu a mobilização de pelo menos US$ 1,3 trilhão anualmente de várias fontes para países em desenvolvimento até 2035.

A atenção pública foi atraída para o difícil processo de negociação na COP29, com diferenças significativas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, particularmente na questão crucial do financiamento climático. A meta de financiamento de US$ 100 bilhões inicialmente proposta pelos países desenvolvidos foi rejeitada coletivamente pelos países em desenvolvimento.

Sob o Acordo de Paris de 2015, as partes concordaram em definir novas metas de financiamento antes de 2025, tornando a questão central e o ponto de discórdia na COP29 quem contribuiria, quanto contribuiria e como os fundos seriam usados. Dada a ocorrência frequente de desastres climáticos e a lacuna de financiamento climático, muitos países em desenvolvimento tinham grandes expectativas para a conferência, esperando que as nações desenvolvidas assumissem sua parcela justa de responsabilidade.

A conquista da meta coletiva de financiamento climático marca a adesão e implementação do consenso de que os países desenvolvidos devem fornecer financiamento às nações em desenvolvimento sob o princípio de "responsabilidades comuns, mas diferenciadas". Enquanto alguns países desenvolvidos tentaram transferir a responsabilidade durante as negociações e se desviaram das disposições do Acordo de Paris, as fortes demandas dos países em desenvolvimento levaram a um compromisso final das nações desenvolvidas de aumentar seu financiamento dos US$ 100 bilhões iniciais para pelo menos US$ 300 bilhões anualmente, chegando a um pacote, representando algum progresso.

No geral, após esforços incansáveis ​​de todas as partes, a COP29 ofereceu um pacto imperfeito, mas significativo. Como afirmou o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, este acordo fornece uma base sobre a qual construir.

Além disso, no atual ambiente internacional complexo e desafiador, o fato de que cerca de 200 partes contratantes chegaram a um consenso é notável, e garantir que as ações não regridam com base no Acordo de Paris é crucial para preservar os processos multilaterais. A China também tem consistentemente feito contribuições significativas para o sucesso da conferência e oferecido propostas construtivas sobre questões-chave de negociação.

A comunidade internacional não tem confiança se os principais países desenvolvidos realmente apoiam os planos globais de redução de emissões e podem manter a continuidade e a estabilidade das políticas. Na última década ou mais, o compromisso anual de US$ 100 bilhões em financiamento climático de países desenvolvidos para países em desenvolvimento não foi bem cumprido. Quanto da meta recém-definida de US$ 300 bilhões será realmente implementada? Os intensos debates na conferência do clima são, até certo ponto, um reflexo dessa falta de confiança. Como Simon Stiell, secretário executivo da UNFCCC declarou: "Como qualquer apólice de seguro, ela só funciona se os prêmios forem pagos integralmente e em dia".

É importante reconhecer que, embora a comunidade internacional compartilhe um objetivo comum no enfrentamento das mudanças climáticas, diferentes países variam em seus estágios de desenvolvimento, influência internacional e perspectivas sobre o assunto. Como resultado, as atitudes em relação à ação climática diferem. Portanto, tanto para países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, criar condições genuínas para promover as novas indústrias de energia, o que é crucial para lidar com as mudanças climáticas, é provavelmente ainda mais crítico.

Por exemplo, a China deu um forte exemplo no cumprimento de compromissos de redução de emissões, mas também contribuiu significativamente para bens públicos globais verdes por meio do desenvolvimento de suas próprias novas indústrias de energia, apoiando as transições energéticas de muitos países em desenvolvimento. Alguns países, movidos por interesse próprio, tentaram rotular a China como tendo "excesso de capacidade" e foram contra os esforços globais para reduzir as emissões.

De outra perspectiva, a difícil conclusão da COP29, com um acordo final alcançado, também destaca que todo consenso internacional alcançado no enfrentamento das mudanças climáticas, não importa quão pequeno, é precioso e requer que os países o levem a sério e o protejam. O financiamento de países desenvolvidos é um meio de abordar responsabilidades históricas, não um ato de "caridade" para com os países em desenvolvimento - isso não deve ser mal interpretado.

Nesse sentido, a comunidade internacional deve exercer forte pressão pública em relação à meta da próxima fase de US$ 300 bilhões definida na COP29 e criar forte pressão pública para garantir que os países desenvolvidos cumpram seus compromissos a tempo e assumam a real responsabilidade por essa "dívida climática". Desta vez, eles não devem entrar em default novamente.

Fonte: Brasil 247

‘Ainda Estou Aqui’ desbanca lidera bilheterias brasileiras no final de semana; longa já atraiu 1,79 milhão de pessoas

Entre os dias 21 e 24 de novembro de 2024, a produção liderou o ranking com uma arrecadação de R$ 8,9 milhões e público de 390 mil espectadores

Filme Ainda Estou Aqui (Foto: Divulgação)

O filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, voltou ao topo das bilheterias brasileiras, desbancando o estreante Wicked e o épico Gladiador II. Segundo dados divulgados pela ComScore, entre os dias 21 e 24 de novembro de 2024, a produção liderou o ranking com uma arrecadação de R$ 8,9 milhões e público de 390 mil espectadores. Desde sua estreia, o longa já atraiu 1,79 milhão de pessoas, tornando-se o terceiro filme nacional mais assistido nos cinemas brasileiros no período pós-pandemia. As informações são da TV Cultura.

Estrelado por Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Selton Mello, o filme ultrapassou Nosso Lar 2: Os Mensageiros no ranking das produções nacionais e agora está atrás apenas de Minha Irmã e Eu e Os Farofeiros 2, que acumularam 2,3 milhões e 1,9 milhão de espectadores, respectivamente.

◉ Disputa acirrada no final de semana

No período analisado, Wicked, adaptação do consagrado musical da Broadway, conquistou o segundo lugar nas bilheterias, arrecadando R$ 7,8 milhões e atraindo 320 mil pessoas. Já Gladiador II, que vinha liderando, ficou na terceira posição, com faturamento de R$ 7,65 milhões e público de 316 mil espectadores.

Os cinemas brasileiros, no total, registraram um público de 1,33 milhão de pessoas no final de semana, resultando em uma arrecadação de R$ 30,42 milhões.

◉ O impacto de "Ainda Estou Aqui"

Ainda Estou Aqui consolida a força do cinema nacional em um cenário dominado por grandes produções internacionais. Além da recepção calorosa do público, o filme tem sido amplamente elogiado pela crítica, destacando-se como um marco na retomada das produções brasileiras de sucesso comercial e artístico.

Com uma narrativa que mistura drama e reflexão sobre perdas e reencontros, o longa reafirma o talento de Walter Salles e de um elenco estrelado que inclui duas das maiores atrizes brasileiras, Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.

Top 10 das bilheterias no Brasil (21 a 24 de novembro)

1. Ainda Estou Aqui – R$ 8,9 milhões
2. Wicked – R$ 7,8 milhões
3. Gladiador II – R$ 7,6 milhões
4. Operação Natal – R$ 1,9 milhão
5. Venom: A Última Rodada – R$ 1,7 milhão
6. Herege – R$ 795 mil
7. Arca de Noé – R$ 681 mil
8. Todo Tempo que Temos – R$ 202 mil
9. A Linha de Extinção – R$ 169 mil
10. Robô Selvagem – R$ 139 mil

Fonte: Brasil 247


Bolsonaro confessa tentativa de golpe: "resolver o problema"

Ex-capitão foi indiciado pela PF pela tentativa de golpe

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (25), durante coletiva de imprensa, que buscou "saber se havia alguma forma de resolver o problema" em meio às articulações golpistas. Ao ser questionado sobre a que se referia, esclareceu: "a insatisfação no Brasil".

Com essa declaração, Bolsonaro admite sua participação na tentativa de golpe que ocorreu após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições. O ex-capitão foi formalmente indiciado pela Polícia Federal devido ao seu envolvimento no caso. No entanto, na mesma coletiva, seu advogado negou o envolvimento de Bolsonaro na trama.

Na coletiva, Bolsonaro disse que cogitou aplicar um estado de sítio no país, considerado por ele como "um remédio constitucional", que depende do aval do Congresso.

Ele ainda demonstrou esperança com a eleição do aliado Donald Trump nos Estados Unidos. "Trump tem uma mania de liberdade, e os EUA projetam seu poder no mundo através das Forças Armadas. Ele assume com Elon Musk, e no meu entender ele está preocupado com a liberdade. Ele não quer a América do Sul vermelha", disse.

Fonte: Brasil 247

Carrefour se dobra ao Brasil e fará pedido de desculpas formal ao País

Rede varejista francesa disseminou mentiras sobre a carne brasileira, sofreu boicote e agora apresentará carta ao governo

Carrefour (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)

O Carrefour, uma das maiores redes varejistas do mundo, enfrenta uma crise sem precedentes após declarações do CEO global, Alexandre Bompard, questionarem a qualidade e os padrões da carne oriunda do Mercosul. De acordo com informações do Valor Econômico, Bompard prepara um pedido de desculpas formal ao Brasil, que será entregue ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pela embaixada da França, possivelmente nesta terça-feira (26).

As declarações de Bompard, feitas na última quarta-feira (20), afirmaram que produtos sul-americanos não atendiam às exigências francesas e que a rede não comercializaria mais carne do Mercosul. Além disso, ele sugeriu que a atitude deveria mobilizar a sociedade francesa. A repercussão à acusação mentirosa e protecionista foi imediata, gerando uma onda de boicotes por parte de empresas e consumidores brasileiros, além de fortes críticas políticas e diplomáticas.

No documento em elaboração, o Carrefour promete reforçar os laços históricos com a indústria brasileira e reconhecer a qualidade da carne nacional, destacando uma parceria de mais de 50 anos. Entretanto, fontes ligadas ao tema afirmaram que o governo brasileiro não aceitará um pedido de desculpas que não seja claramente interpretado como um reconhecimento de erro.

◉ Crise intensificada pelo boicote

A crise rapidamente escalou. Até o fim da tarde de segunda-feira (25), cerca de 40 empresas haviam aderido ao boicote contra o Carrefour. Parlamentares também declararam apoio público às campanhas, e consumidores mobilizaram as redes sociais contra os supermercados Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.

Além da pressão política e econômica, há preocupações de mercado: o Atacadão, controlado pelo grupo Carrefour, corre o risco de perder a liderança no segmento para o Assaí ainda neste trimestre. “O impacto comercial pode ser devastador se essa questão não for resolvida rapidamente”, apontou uma fonte ouvida pelo Valor Econômico.

◉ Expectativas para a retratação

A expectativa é de que a carta assinada por Bompard seja revisada previamente pelo governo brasileiro para evitar interpretações dúbias. Caso o embaixador francês em Brasília, Emmanuel Lenain, não possa entregar o documento, o atual presidente do Carrefour no Brasil, Stéphane Maquaire, deverá comparecer ao encontro com o ministro Fávaro.

Essa retratação marca um esforço do Carrefour para conter os danos causados por um posicionamento precipitado do CEO global sobre um tema sensível. Segundo analistas, o episódio reforça a necessidade de empresas internacionais medirem as consequências de seus discursos em mercados estratégicos como o Brasil. Apesar das especulações, o Carrefour não comentou oficialmente sobre o teor da carta nem sobre a crise diplomática que enfrentou nos últimos dias.

Fonte: Brasil 247

Palmeiras e Botafogo jogam por liderança do Campeonato Brasileiro

Rádio Nacional transmite partida decisiva às 21h30 desta terça (26)

Botafogo, Palmeiras, Libertadores
© Vitor Silva/Botafogo/Direitos Reservados

Palmeiras e Botafogo protagonizam, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (26) no Allianz Parque, um confronto que vale a liderança, e quem sabe encaminha o título, da Série A do Campeonato Brasileiro de 2024. A Rádio Nacional transmite a partida decisiva ao vivo.

O Verdão e o Glorioso estão empatados em 70 pontos na classificação. Mas a equipe comandada pelo técnico português Abel Ferreira tem uma pequena vantagem que lhe garante a liderança, uma vitória a mais na competição.

Jogando em casa, tendo assumido a ponta da classificação na última rodada do Brasileiro, o Palmeiras chega com certo favoritismo ao confronto. Mas mesmo em contexto tão favorável, o técnico Abel Ferreira prega respeito máximo ao Botafogo: “Esta era nossa final [o jogo contra o Alvinegro], agora faltam mais três. Vamos continuar, o jogo mais importante agora é o próximo, em casa, contra o Botafogo. Conseguimos a mesma pontuação do ano passado, temos que continuar a nos superar. Respeito máximo ao Botafogo”.

Para um desafio tão grande o Verdão mandará a campo o que tem de melhor. E uma possível formação para iniciar a partida é: Weverton; Marcos Rocha, Murilo, Gustavo Gómez e Caio Paulista; Aníbal Moreno, Richard Ríos e Raphael Veiga; Felipe Anderson, Estêvão e Flaco López.

Por outro lado o Botafogo chega em momento de oscilação na temporada. O Time de General Severiano enfrenta o Palmeiras justamente logo após perder a ponta da classificação, após somar três empates consecutivos (diante de Vitória, Atlético-MG e Cuiabá).

Além disso, o Alvinegro joga esta partida a apenas quatro dias da decisão da Copa Libertadores, no próximo sábado (30) contra o Atlético-MG. Mas, mesmo com a proximidade da final continental, o técnico Artur Jorge deixou claro em entrevista que o confronto com o Verdão deve ser encarado como uma decisão: “A essa altura [do Brasileiro] estamos com o mesmo número de pontos do nosso rival [Palmeiras]. Iremos para o jogo da próxima rodada como uma final. Esse é o espírito que temos”.

Algo que dá alguma confiança à torcida do Botafogo no confronto fora de casa com o Palmeiras é o retrospecto recente de partidas entre as equipes nestas circunstâncias. Na última edição do Brasileiro o Alvinegro bateu o Verdão fora de casa por 1 a 0, enquanto na atual edição da Libertadores arrancou um empate por 2 a 2 que lhe garantiu a classificação para as quartas de final da competição continental.

Para um compromisso tão importante, o técnico Artur Jorge deve colocar em campo a formação titular de sua equipe: John; Vitinho, Bastos, Barboza e Alex Telles; Gregore, Marlon Freitas e Almada; Savarino, Luiz Henrique e Igor Jesus.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Palmeiras e Botafogo com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz, reportagem de Rodrigo Ricardo e plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Fonte: Agência Brasil

“Eu posso ser preso agora”, diz Jair Bolsonaro

Pela primeira vez, ex-presidente admite possibilidade de prisão, mas mantém discurso de negação sobre trama golpista

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Pela primeira vez desde o início das investigações que o apontam como articulador de uma tentativa de golpe, Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de ser preso. Ao desembarcar em Brasília, nesta segunda-feira (25), após uma temporada no Nordeste, o ex-presidente foi realista sobre seu provável destino, mas voltou a negar envolvimento em qualquer ação fora dos limites constitucionais. “Eu posso ser preso agora, ao sair daqui (do aeroporto)", disse ele.

Apesar da confissão sobre a possibilidade de prisão, Bolsonaro classificou as investigações como "perseguição política" e reafirmou que nunca cogitou a ideia de um golpe de Estado. “A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário. Jamais faria algo fora das quatro linhas da Constituição", apontou, segundo reporta o jornal O Globo.

Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal por crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. A investigação identificou reuniões com líderes militares em que foram discutidas estratégias para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, entre elas a possível aplicação de medidas como Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e Estado de Defesa.

O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, afirmou em depoimento à PF que chegou a ameaçar Bolsonaro de prisão caso ele prosseguisse com as articulações. O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, também rejeitou os planos, mas relatou que o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, teria se colocado à disposição para apoiar Bolsonaro.

☉ Reuniões suspeitas e indícios

Outro elemento central da investigação é uma reunião ocorrida em julho de 2022 no Palácio do Planalto, onde Bolsonaro teria incitado ações antes das eleições. “Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos", teria dito, conforme consta nos autos da investigação.

☉ PL da Anistia e articulações políticas

Bolsonaro também comentou sobre o Projeto de Lei da Anistia, que pode beneficiar envolvidos na invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro. Ele afirmou que um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permitirá que o texto seja analisado por uma comissão especial ainda este ano. “Não havia clima para aprovar no plenário da Câmara. A ideia é que passe na comissão especial. O meu indiciamento não tem nada a ver com isto, são coisas diferentes”, apontou.

Ao admitir a possibilidade de prisão, Bolsonaro adotou um tom mais realista em relação à gravidade de sua situação. No entanto, manteve a postura de negação em relação às acusações e insistiu que as ações investigadas seriam resultado de uma perseguição política, o que, segundo ele, visa enfraquecê-lo politicamente. As investigações seguem em andamento, com expectativa de novos desdobramentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo