terça-feira, 26 de novembro de 2024

CEO do Carrefour pede desculpas após atacar a carne brasileira; leia a carta

Alexandre Bompard disse que não pretendia minar a credibilidade dos produtos brasileiros

Alexandre Bompard, CEO do Carrefour (Foto: Divulgação)

O CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, enviou uma carta de desculpas ao governo brasileiro, após uma declaração mentirosa que colocou em dúvida a qualidade da carne do Mercosul, usada como justificativa para interromper compras da região na França. A repercussão no Brasil foi intensa, envolvendo boicotes de produtores à rede varejista e declarações contundentes de autoridades, como o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A íntegra da carta, obtida pelo NeoFeed, reforça o compromisso do Carrefour com a agricultura brasileira e reconhece a alta qualidade da carne nacional.

A polêmica começou quando Bompard publicou em redes sociais que a subsidiária francesa do Carrefour priorizaria a compra de carne de produtores locais, enquanto suspendia aquisições de países do Mercosul, incluindo o Brasil. A reação foi imediata: associações do setor agropecuário brasileiro acusaram a rede de desrespeitar o trabalho dos produtores nacionais, e o boicote se refletiu no desabastecimento de lojas da marca no Brasil.

O ministro Carlos Fávaro elogiou a postura firme dos produtores brasileiros, enquanto Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, anunciou a intenção de pautar um projeto de lei contra acordos com países que não tenham o mesmo rigor ambiental que o Brasil, numa clara referência à França.

Pedido de desculpas

Na carta enviada ao ministro Carlos Fávaro, Alexandre Bompard afirmou que a comunicação do Carrefour França gerou “confusão” e pediu desculpas pelo impacto das declarações. Ele destacou a relação histórica da rede com o Brasil, onde o Carrefour conta com mais de 130 mil colaboradores e é um dos maiores investidores no setor agropecuário.

“Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas”, escreveu Bompard.

O documento foi entregue pelo embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, ao ministro da Agricultura e a assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segue abaixo a íntegra da carta enviada pelo CEO global do Carrefour:

Ao Excelentíssimo Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Senhor Carlos Fávaro,

A declaração de apoio do Carrefour França aos produtores agrícolas franceses causou discordâncias no Brasil. Como Diretor-Presidente do Grupo Carrefour e amigo de longa data do país, venho, respeitosamente, esclarecê-la.

O Carrefour é um grupo descentralizado e enraizado em cada país onde está presente, francês na França e brasileiro no Brasil. Na França, o Carrefour é o primeiro parceiro da agricultura francesa: compramos quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades na França, e assim seguiremos fazendo. A decisão do Carrefour França não teve como objetivo mudar as regras de um mercado amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais, que segue as preferências regionais de nossos clientes. Com essa decisão, quisemos assegurar aos agricultores franceses, que atravessam uma grave crise, a perenidade do nosso apoio e das nossas compras locais.

Do outro lado do Atlântico, no Brasil, compramos dos produtores brasileiros quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades, e seguiremos fazendo assim. São os mesmos valores de criar raízes e parceria que inspiram há 50 anos nossa relação com o setor agropecuário brasileiro, cujo profissionalismo, cuidado à terra e produtores conhecemos.


O Grupo Carrefour Brasil é profundamente brasileiro, com mais de 130.000 colaboradores, se desenvolveu e continua se desenvolvendo sob minha presidência em parceria com produtores e fornecedores do Brasil, valorizando o trabalho do setor produtivo e sempre em benefício de nossos clientes. Nos últimos anos, o Grupo Carrefour Brasil acelerou seu desenvolvimento, dobrando tanto o volume de seus investimentos no país quanto suas compras da agricultura brasileira. Mais amplamente, o Brasil é o país em que o Carrefour mais investiu sob minha presidência, o que confirma nossa ambição e nosso comprometimento com o país.

Assim seguiremos prestigiando a produção e os atores locais e fomentando a economia do Brasil. Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas. O Carrefour está empenhado em trabalhar, na França e no Brasil, em prol de uma agricultura próspera, seguindo nosso propósito pela transição alimentar para todos.

Asseguro, Senhor Ministro, nosso compromisso de longo prazo ao lado da agricultura e dos produtores brasileiros. Aproveito a oportunidade para renovar os protestos de estima e consideração.

Atenciosamente,

Alexandre Bompard

Fonte: Brasil 247

Delegado da PF denuncia 'relato de intimidação' após investigar Bolsonaro

Caso foi reportado à Diretoria de Inteligência da Polícia Federal e um inquérito para apurar o caso foi aberto

(Foto: ABr)

O delegado da Polícia Federal (PF) Fábio Alvarez Shor, que atuou em investigações envolvendo Jair Bolsonaro (PL), denunciou uma suposta tentativa de intimidação relacionada à sua atuação nos inquéritos conduzidos sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, a PF abriu um inquérito para investigar o caso.

Em depoimento sigiloso, Shor afirmou que passou a utilizar um carro blindado após se sentir ameaçado, especialmente após indiciar Bolsonaro no caso das joias sauditas. Segundo ele, em 13 de julho, "pessoas ainda não identificadas colocaram um boneco, em forma de macaco, na parte traseira" de seu veículo, que estava estacionado na área externa de sua residência, em Brasília. O delegado interpretou o ato como um "recado de intimidação", sugerindo que os autores sabiam onde ele mora. O caso foi reportado à Diretoria de Inteligência da Polícia Federal e um inquérito para apurar o caso foi aberto.

Além do episódio do boneco, Shor destacou que sua imagem foi amplamente divulgada por parlamentares da oposição e por apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. A exposição teria desencadeado uma "onda de ataques em massa", com ameaças que também se estenderam a familiares do delegado. Ele atribui parte dessa ofensiva à polêmica envolvendo policiais federais mulheres, que revistaram a filha do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, de 16 anos, durante uma operação. Segundo relatos, a revista foi feita "com toques por cima da calça", o que gerou críticas entre apoiadores do ex-presidente.

A tensão aumentou na última semana, quando Bolsonaro, indiciado pela PF por uma suposta tentativa de golpe de Estado, ironizou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele "tem uma assessoria bastante criativa".

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Dívida climática" dos países desenvolvidos não pode mais ser adiada, afirma Global Times em editorial

Países em desenvolvimento esperam que as nações desenvolvidas assumam sua parcela justa de responsabilidade para enfrentar crise climática

Sede da cúpula do clima COP29 em Baku, Azerbaijão 22/11/2024 (Foto: REUTERS/Maxim Shemetov)

Global Times - Após duas semanas de negociações árduas, a 29ª sessão da Conferência das Partes (COP29) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) finalmente chegou a um resultado equilibrado chamado "Pacto de Solidariedade Climática de Baku" nas primeiras horas do domingo (24), horário local, após um atraso de cerca de 35 horas. Os países desenvolvidos se comprometeram a liderar o caminho para fornecer e mobilizar pelo menos US$ 300 bilhões anualmente até 2035 para apoiar a ação climática em países em desenvolvimento. A conferência também pediu a mobilização de pelo menos US$ 1,3 trilhão anualmente de várias fontes para países em desenvolvimento até 2035.

A atenção pública foi atraída para o difícil processo de negociação na COP29, com diferenças significativas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, particularmente na questão crucial do financiamento climático. A meta de financiamento de US$ 100 bilhões inicialmente proposta pelos países desenvolvidos foi rejeitada coletivamente pelos países em desenvolvimento.

Sob o Acordo de Paris de 2015, as partes concordaram em definir novas metas de financiamento antes de 2025, tornando a questão central e o ponto de discórdia na COP29 quem contribuiria, quanto contribuiria e como os fundos seriam usados. Dada a ocorrência frequente de desastres climáticos e a lacuna de financiamento climático, muitos países em desenvolvimento tinham grandes expectativas para a conferência, esperando que as nações desenvolvidas assumissem sua parcela justa de responsabilidade.

A conquista da meta coletiva de financiamento climático marca a adesão e implementação do consenso de que os países desenvolvidos devem fornecer financiamento às nações em desenvolvimento sob o princípio de "responsabilidades comuns, mas diferenciadas". Enquanto alguns países desenvolvidos tentaram transferir a responsabilidade durante as negociações e se desviaram das disposições do Acordo de Paris, as fortes demandas dos países em desenvolvimento levaram a um compromisso final das nações desenvolvidas de aumentar seu financiamento dos US$ 100 bilhões iniciais para pelo menos US$ 300 bilhões anualmente, chegando a um pacote, representando algum progresso.

No geral, após esforços incansáveis ​​de todas as partes, a COP29 ofereceu um pacto imperfeito, mas significativo. Como afirmou o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, este acordo fornece uma base sobre a qual construir.

Além disso, no atual ambiente internacional complexo e desafiador, o fato de que cerca de 200 partes contratantes chegaram a um consenso é notável, e garantir que as ações não regridam com base no Acordo de Paris é crucial para preservar os processos multilaterais. A China também tem consistentemente feito contribuições significativas para o sucesso da conferência e oferecido propostas construtivas sobre questões-chave de negociação.

A comunidade internacional não tem confiança se os principais países desenvolvidos realmente apoiam os planos globais de redução de emissões e podem manter a continuidade e a estabilidade das políticas. Na última década ou mais, o compromisso anual de US$ 100 bilhões em financiamento climático de países desenvolvidos para países em desenvolvimento não foi bem cumprido. Quanto da meta recém-definida de US$ 300 bilhões será realmente implementada? Os intensos debates na conferência do clima são, até certo ponto, um reflexo dessa falta de confiança. Como Simon Stiell, secretário executivo da UNFCCC declarou: "Como qualquer apólice de seguro, ela só funciona se os prêmios forem pagos integralmente e em dia".

É importante reconhecer que, embora a comunidade internacional compartilhe um objetivo comum no enfrentamento das mudanças climáticas, diferentes países variam em seus estágios de desenvolvimento, influência internacional e perspectivas sobre o assunto. Como resultado, as atitudes em relação à ação climática diferem. Portanto, tanto para países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, criar condições genuínas para promover as novas indústrias de energia, o que é crucial para lidar com as mudanças climáticas, é provavelmente ainda mais crítico.

Por exemplo, a China deu um forte exemplo no cumprimento de compromissos de redução de emissões, mas também contribuiu significativamente para bens públicos globais verdes por meio do desenvolvimento de suas próprias novas indústrias de energia, apoiando as transições energéticas de muitos países em desenvolvimento. Alguns países, movidos por interesse próprio, tentaram rotular a China como tendo "excesso de capacidade" e foram contra os esforços globais para reduzir as emissões.

De outra perspectiva, a difícil conclusão da COP29, com um acordo final alcançado, também destaca que todo consenso internacional alcançado no enfrentamento das mudanças climáticas, não importa quão pequeno, é precioso e requer que os países o levem a sério e o protejam. O financiamento de países desenvolvidos é um meio de abordar responsabilidades históricas, não um ato de "caridade" para com os países em desenvolvimento - isso não deve ser mal interpretado.

Nesse sentido, a comunidade internacional deve exercer forte pressão pública em relação à meta da próxima fase de US$ 300 bilhões definida na COP29 e criar forte pressão pública para garantir que os países desenvolvidos cumpram seus compromissos a tempo e assumam a real responsabilidade por essa "dívida climática". Desta vez, eles não devem entrar em default novamente.

Fonte: Brasil 247

‘Ainda Estou Aqui’ desbanca lidera bilheterias brasileiras no final de semana; longa já atraiu 1,79 milhão de pessoas

Entre os dias 21 e 24 de novembro de 2024, a produção liderou o ranking com uma arrecadação de R$ 8,9 milhões e público de 390 mil espectadores

Filme Ainda Estou Aqui (Foto: Divulgação)

O filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, voltou ao topo das bilheterias brasileiras, desbancando o estreante Wicked e o épico Gladiador II. Segundo dados divulgados pela ComScore, entre os dias 21 e 24 de novembro de 2024, a produção liderou o ranking com uma arrecadação de R$ 8,9 milhões e público de 390 mil espectadores. Desde sua estreia, o longa já atraiu 1,79 milhão de pessoas, tornando-se o terceiro filme nacional mais assistido nos cinemas brasileiros no período pós-pandemia. As informações são da TV Cultura.

Estrelado por Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Selton Mello, o filme ultrapassou Nosso Lar 2: Os Mensageiros no ranking das produções nacionais e agora está atrás apenas de Minha Irmã e Eu e Os Farofeiros 2, que acumularam 2,3 milhões e 1,9 milhão de espectadores, respectivamente.

◉ Disputa acirrada no final de semana

No período analisado, Wicked, adaptação do consagrado musical da Broadway, conquistou o segundo lugar nas bilheterias, arrecadando R$ 7,8 milhões e atraindo 320 mil pessoas. Já Gladiador II, que vinha liderando, ficou na terceira posição, com faturamento de R$ 7,65 milhões e público de 316 mil espectadores.

Os cinemas brasileiros, no total, registraram um público de 1,33 milhão de pessoas no final de semana, resultando em uma arrecadação de R$ 30,42 milhões.

◉ O impacto de "Ainda Estou Aqui"

Ainda Estou Aqui consolida a força do cinema nacional em um cenário dominado por grandes produções internacionais. Além da recepção calorosa do público, o filme tem sido amplamente elogiado pela crítica, destacando-se como um marco na retomada das produções brasileiras de sucesso comercial e artístico.

Com uma narrativa que mistura drama e reflexão sobre perdas e reencontros, o longa reafirma o talento de Walter Salles e de um elenco estrelado que inclui duas das maiores atrizes brasileiras, Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.

Top 10 das bilheterias no Brasil (21 a 24 de novembro)

1. Ainda Estou Aqui – R$ 8,9 milhões
2. Wicked – R$ 7,8 milhões
3. Gladiador II – R$ 7,6 milhões
4. Operação Natal – R$ 1,9 milhão
5. Venom: A Última Rodada – R$ 1,7 milhão
6. Herege – R$ 795 mil
7. Arca de Noé – R$ 681 mil
8. Todo Tempo que Temos – R$ 202 mil
9. A Linha de Extinção – R$ 169 mil
10. Robô Selvagem – R$ 139 mil

Fonte: Brasil 247


Bolsonaro confessa tentativa de golpe: "resolver o problema"

Ex-capitão foi indiciado pela PF pela tentativa de golpe

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (25), durante coletiva de imprensa, que buscou "saber se havia alguma forma de resolver o problema" em meio às articulações golpistas. Ao ser questionado sobre a que se referia, esclareceu: "a insatisfação no Brasil".

Com essa declaração, Bolsonaro admite sua participação na tentativa de golpe que ocorreu após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições. O ex-capitão foi formalmente indiciado pela Polícia Federal devido ao seu envolvimento no caso. No entanto, na mesma coletiva, seu advogado negou o envolvimento de Bolsonaro na trama.

Na coletiva, Bolsonaro disse que cogitou aplicar um estado de sítio no país, considerado por ele como "um remédio constitucional", que depende do aval do Congresso.

Ele ainda demonstrou esperança com a eleição do aliado Donald Trump nos Estados Unidos. "Trump tem uma mania de liberdade, e os EUA projetam seu poder no mundo através das Forças Armadas. Ele assume com Elon Musk, e no meu entender ele está preocupado com a liberdade. Ele não quer a América do Sul vermelha", disse.

Fonte: Brasil 247

Carrefour se dobra ao Brasil e fará pedido de desculpas formal ao País

Rede varejista francesa disseminou mentiras sobre a carne brasileira, sofreu boicote e agora apresentará carta ao governo

Carrefour (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)

O Carrefour, uma das maiores redes varejistas do mundo, enfrenta uma crise sem precedentes após declarações do CEO global, Alexandre Bompard, questionarem a qualidade e os padrões da carne oriunda do Mercosul. De acordo com informações do Valor Econômico, Bompard prepara um pedido de desculpas formal ao Brasil, que será entregue ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pela embaixada da França, possivelmente nesta terça-feira (26).

As declarações de Bompard, feitas na última quarta-feira (20), afirmaram que produtos sul-americanos não atendiam às exigências francesas e que a rede não comercializaria mais carne do Mercosul. Além disso, ele sugeriu que a atitude deveria mobilizar a sociedade francesa. A repercussão à acusação mentirosa e protecionista foi imediata, gerando uma onda de boicotes por parte de empresas e consumidores brasileiros, além de fortes críticas políticas e diplomáticas.

No documento em elaboração, o Carrefour promete reforçar os laços históricos com a indústria brasileira e reconhecer a qualidade da carne nacional, destacando uma parceria de mais de 50 anos. Entretanto, fontes ligadas ao tema afirmaram que o governo brasileiro não aceitará um pedido de desculpas que não seja claramente interpretado como um reconhecimento de erro.

◉ Crise intensificada pelo boicote

A crise rapidamente escalou. Até o fim da tarde de segunda-feira (25), cerca de 40 empresas haviam aderido ao boicote contra o Carrefour. Parlamentares também declararam apoio público às campanhas, e consumidores mobilizaram as redes sociais contra os supermercados Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.

Além da pressão política e econômica, há preocupações de mercado: o Atacadão, controlado pelo grupo Carrefour, corre o risco de perder a liderança no segmento para o Assaí ainda neste trimestre. “O impacto comercial pode ser devastador se essa questão não for resolvida rapidamente”, apontou uma fonte ouvida pelo Valor Econômico.

◉ Expectativas para a retratação

A expectativa é de que a carta assinada por Bompard seja revisada previamente pelo governo brasileiro para evitar interpretações dúbias. Caso o embaixador francês em Brasília, Emmanuel Lenain, não possa entregar o documento, o atual presidente do Carrefour no Brasil, Stéphane Maquaire, deverá comparecer ao encontro com o ministro Fávaro.

Essa retratação marca um esforço do Carrefour para conter os danos causados por um posicionamento precipitado do CEO global sobre um tema sensível. Segundo analistas, o episódio reforça a necessidade de empresas internacionais medirem as consequências de seus discursos em mercados estratégicos como o Brasil. Apesar das especulações, o Carrefour não comentou oficialmente sobre o teor da carta nem sobre a crise diplomática que enfrentou nos últimos dias.

Fonte: Brasil 247

Palmeiras e Botafogo jogam por liderança do Campeonato Brasileiro

Rádio Nacional transmite partida decisiva às 21h30 desta terça (26)

Botafogo, Palmeiras, Libertadores
© Vitor Silva/Botafogo/Direitos Reservados

Palmeiras e Botafogo protagonizam, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (26) no Allianz Parque, um confronto que vale a liderança, e quem sabe encaminha o título, da Série A do Campeonato Brasileiro de 2024. A Rádio Nacional transmite a partida decisiva ao vivo.

O Verdão e o Glorioso estão empatados em 70 pontos na classificação. Mas a equipe comandada pelo técnico português Abel Ferreira tem uma pequena vantagem que lhe garante a liderança, uma vitória a mais na competição.

Jogando em casa, tendo assumido a ponta da classificação na última rodada do Brasileiro, o Palmeiras chega com certo favoritismo ao confronto. Mas mesmo em contexto tão favorável, o técnico Abel Ferreira prega respeito máximo ao Botafogo: “Esta era nossa final [o jogo contra o Alvinegro], agora faltam mais três. Vamos continuar, o jogo mais importante agora é o próximo, em casa, contra o Botafogo. Conseguimos a mesma pontuação do ano passado, temos que continuar a nos superar. Respeito máximo ao Botafogo”.

Para um desafio tão grande o Verdão mandará a campo o que tem de melhor. E uma possível formação para iniciar a partida é: Weverton; Marcos Rocha, Murilo, Gustavo Gómez e Caio Paulista; Aníbal Moreno, Richard Ríos e Raphael Veiga; Felipe Anderson, Estêvão e Flaco López.

Por outro lado o Botafogo chega em momento de oscilação na temporada. O Time de General Severiano enfrenta o Palmeiras justamente logo após perder a ponta da classificação, após somar três empates consecutivos (diante de Vitória, Atlético-MG e Cuiabá).

Além disso, o Alvinegro joga esta partida a apenas quatro dias da decisão da Copa Libertadores, no próximo sábado (30) contra o Atlético-MG. Mas, mesmo com a proximidade da final continental, o técnico Artur Jorge deixou claro em entrevista que o confronto com o Verdão deve ser encarado como uma decisão: “A essa altura [do Brasileiro] estamos com o mesmo número de pontos do nosso rival [Palmeiras]. Iremos para o jogo da próxima rodada como uma final. Esse é o espírito que temos”.

Algo que dá alguma confiança à torcida do Botafogo no confronto fora de casa com o Palmeiras é o retrospecto recente de partidas entre as equipes nestas circunstâncias. Na última edição do Brasileiro o Alvinegro bateu o Verdão fora de casa por 1 a 0, enquanto na atual edição da Libertadores arrancou um empate por 2 a 2 que lhe garantiu a classificação para as quartas de final da competição continental.

Para um compromisso tão importante, o técnico Artur Jorge deve colocar em campo a formação titular de sua equipe: John; Vitinho, Bastos, Barboza e Alex Telles; Gregore, Marlon Freitas e Almada; Savarino, Luiz Henrique e Igor Jesus.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Palmeiras e Botafogo com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz, reportagem de Rodrigo Ricardo e plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Fonte: Agência Brasil

“Eu posso ser preso agora”, diz Jair Bolsonaro

Pela primeira vez, ex-presidente admite possibilidade de prisão, mas mantém discurso de negação sobre trama golpista

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Pela primeira vez desde o início das investigações que o apontam como articulador de uma tentativa de golpe, Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de ser preso. Ao desembarcar em Brasília, nesta segunda-feira (25), após uma temporada no Nordeste, o ex-presidente foi realista sobre seu provável destino, mas voltou a negar envolvimento em qualquer ação fora dos limites constitucionais. “Eu posso ser preso agora, ao sair daqui (do aeroporto)", disse ele.

Apesar da confissão sobre a possibilidade de prisão, Bolsonaro classificou as investigações como "perseguição política" e reafirmou que nunca cogitou a ideia de um golpe de Estado. “A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário. Jamais faria algo fora das quatro linhas da Constituição", apontou, segundo reporta o jornal O Globo.

Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal por crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. A investigação identificou reuniões com líderes militares em que foram discutidas estratégias para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, entre elas a possível aplicação de medidas como Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e Estado de Defesa.

O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, afirmou em depoimento à PF que chegou a ameaçar Bolsonaro de prisão caso ele prosseguisse com as articulações. O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, também rejeitou os planos, mas relatou que o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, teria se colocado à disposição para apoiar Bolsonaro.

☉ Reuniões suspeitas e indícios

Outro elemento central da investigação é uma reunião ocorrida em julho de 2022 no Palácio do Planalto, onde Bolsonaro teria incitado ações antes das eleições. “Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos", teria dito, conforme consta nos autos da investigação.

☉ PL da Anistia e articulações políticas

Bolsonaro também comentou sobre o Projeto de Lei da Anistia, que pode beneficiar envolvidos na invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro. Ele afirmou que um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permitirá que o texto seja analisado por uma comissão especial ainda este ano. “Não havia clima para aprovar no plenário da Câmara. A ideia é que passe na comissão especial. O meu indiciamento não tem nada a ver com isto, são coisas diferentes”, apontou.

Ao admitir a possibilidade de prisão, Bolsonaro adotou um tom mais realista em relação à gravidade de sua situação. No entanto, manteve a postura de negação em relação às acusações e insistiu que as ações investigadas seriam resultado de uma perseguição política, o que, segundo ele, visa enfraquecê-lo politicamente. As investigações seguem em andamento, com expectativa de novos desdobramentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

APUCARANA: 1° Caminhada da Lua teve mais de 600 participantes



A 1ª Caminhada da Lua, realizada na noite de sábado (23), partindo da Fazenda Ubatuba, em Apucarana, teve a participação de mais de 600 caminhantes de muitas cidades da região e até de São Paulo. “Tudo transcorreu com muita motivação dos participantes e sem o registro de qualquer problema durante todo o trajeto”, informa o coordenador do evento, Mário Felipe, da Secretaria de Cultura e Turismo.

“Em nome da Prefeitura de Apucarana agradecemos os colaboradores, incluindo os amigos da Fazenda Ubatuba, Autarquia Municipal de Educação, Secretaria de Esportes, Secretaria de Assistência Social, Autarquia de Saúde, Guarda Municipal, IDR- Emater e Produtores Rurais de Apucarana. Também agradecemos os voluntários da Paróquia São Benedito e da Unespar com seus acadêmicos. O evento foi um sucesso, obrigado a todos que vieram fazer a caminhada noturna na zona rural de Apucarana”, disse Mário Felipe.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

PT saúda Yamandú Orsi e Carolina Cosse após vitória no Uruguai: 'momento histórico pela democracia e pela inclusão'

De acordo com a presidente do PT, 'a vitória de vocês representa um passo significativo na busca por uma região mais justa, equitativa e integrada'

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

O Partido dos Trabalhadores emitiu uma nota assinada pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional da legenda, e afirmou que a vitória de Yamandú Orsi no Uruguai "deixa evidente a compreensão coletiva sobre a importância do momento histórico e a decisão de seguir um caminho de democracia, inclusão e progresso nos próximos cinco anos".

"Compartilhamos com vocês os ideais de democracia e unidade, sob os princípios de liberdade, igualdade, justiça social e solidariedade internacional. A vitória de vocês representa um passo significativo na busca por uma região mais justa, equitativa e integrada", disse.

"Estamos confiantes de que a liderança da Frente Ampla continuará a promover avanços significativos em prol do povo uruguaio e contribuirá para fortalecer os laços de cooperação e integração na América Latina".

Leia a íntegra:


Estimado presidente eleito Yamandú Orsi e Estimada vice-presidenta eleita Carolina Cosse,

Amigas e Amigos da Frente Ampla do Uruguai,

Recebemos com grande entusiasmo e satisfação a notícia da vitória eleitoral ocorrida no dia 24 de novembro de 2024. Este triunfo é uma clara demonstração da efetividade e dedicação de uma militância política comprometida com os valores de esperança, amor e diálogo.

A escolha democrática do povo uruguaio, expressa nos 52,3% de votos válidos, deixa evidente a compreensão coletiva sobre a importância do momento histórico e a decisão de seguir um caminho de democracia, inclusão e progresso nos próximos cinco anos.

Compartilhamos com vocês os ideais de democracia e unidade, sob os princípios de liberdade, igualdade, justiça social e solidariedade internacional. A vitória de vocês representa um passo significativo na busca por uma região mais justa, equitativa e integrada.

Estamos confiantes de que a liderança da Frente Ampla continuará a promover avanços significativos em prol do povo uruguaio e contribuirá para fortalecer os laços de cooperação e integração na América Latina.

Desejamos pleno êxito nesta nova jornada e reafirmamos nosso compromisso de colaboração e apoio.

Recebam nossa calorosa saudação petista!
Yamandu Orsi
Yamandu Orsi. Foto: ReutersReuters
Fonte: Brasil 247



Ex-comandante do Exército revelou à PF que Bolsonaro apresentou plano de golpe em reunião de dezembro de 2022

Segundo seu depoimento, Bolsonaro apresentou planos no Palácio da Alvorada no dia 7 de dezembro de 2022


O general Marco Antônio Freire Gomes, que comandou o Exército entre março e dezembro de 2022, revelou à Polícia Federal (PF) que ameaçou prender Jair Bolsonaro (PL) caso o então presidente insistisse em avançar com planos para dar um golpe de Estado e se manter no poder após a derrota eleitoral daquele ano. Freire Gomes prestou depoimento em março, por quase oito horas, na condição de testemunha.

Além dele, o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, comandante da Aeronáutica à época, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator, também foram ouvidos no âmbito da investigação que culminou na Operação Tempus Veritatis. A operação apura a tentativa golpista e indiciou o ex-presidente e outros 36 suspeitos na última quinta-feira, 21 de novembro, com a conclusão do inquérito.

Os comandantes das Forças Armadas afirmaram ter rejeitado qualquer envolvimento na conspiração. Segundo seus depoimentos, Bolsonaro apresentou os planos durante uma reunião no Palácio da Alvorada, em 7 de dezembro de 2022. Nessa ocasião, o ex-presidente teria exposto instrumentos jurídicos para justificar o golpe, incluindo a chamada minuta golpista, apreendida posteriormente na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em janeiro deste ano.

As declarações reforçam as evidências de resistência interna dentro das Forças Armadas à tentativa de golpe e destacam a gravidade das ações planejadas pelo ex-presidente e seus aliados no período pós-eleitoral.

Foi o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, um dos indiciados na última semana, quem “leu os considerandos e fundamentos jurídicos da minuta”, narrou Freire Gomes. Ele também afirmou que o assunto da reunião não foi informado quando convocada.

O comandante disse em depoimento que “sempre deixou evidenciado ao então presidente que o Exército não participaria da implementação desses institutos visando reverter o processo eleitoral” e que Bolsonaro “não teria suporte jurídico” para anular o resultado da eleição.

Já o chefe da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, teria colocado suas tropas à disposição do ex-presidente – em depoimento à PF, o almirante escolheu ficar em silêncio.

Um segundo encontro convocado pelo general Paulo Sérgio de Oliveira, então ministro da Defesa, ocorreu em 14 de dezembro de 2022. Na reunião, em seu gabinete, quando a hipótese do golpe de Estado – por meio de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa ou estado de sítio – foi aventada, Freire Gomes afirmou que “caso tentasse tal ato, teria que prender o presidente da República”. Quem narrou a cena foi o comandante da Aeronáutica, em depoimento. Freire Gomes na própria oitiva disse que “qualquer atitude, conforme as propostas, poderia resultar na responsabilização penal do então presidente da República”.

“Esclarece que sempre posicionou que o Exército não atuaria em tais situações; que inclusive chegou a esclarecer ao então presidente da República Jair Bolsonaro que não haveria mais o que fazer em relação ao resultado das eleições e que qualquer atitude, conforme as propostas, poderia resultar na responsabilização penal do então Presidente da República; Indagado se em alguma reunião com o então presidente jair Bolsonaro o depoente deixou claro que nenhum instituto jurídico que decretasse serviria para mantê-lo no poder após o término de seu mandato, respondeu que sempre externou ao então presidente da República, nas condições apresentadas, do ponto de vista militar não haveria possibilidade de reverter o resultado das eleições”, diz trecho do depoimento do ex-comandante do Exército.

Após não embarcar na ideia de golpe, que incluía um plano para matar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito, seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – Freire Gomes foi chamado de “cagão” pelo general Walter Braga Netto, vice de chapa derrotado junto com Bolsonaro nas eleições daquele ano. Braga Netto afirmou neste sábado, 23, que nunca houve tratativas para se dar golpe de Estado e negou a existência de um plano para assassinar autoridades.

Segundo a investigação da PF, o ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro liderou uma campanha velada, mas agressiva, de pressão a oficiais das Forças Armadas que rejeitaram aderir ao plano golpista. Em uma troca de mensagens em dezembro de 2022 com o capitão reformado do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, Braga Netto afirmou que a “culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do general Freire Gomes” e acrescentou que “omissão e indecisão não cabem a um combatente”, se referindo à negativa do comandante em anuir com o golpe. Oferece a cabeça dele. Cagão”, disse o então ministro.

Ailton, capitão expulso do Exército, foi preso na investigação sobre fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente e também foi indiciado na última semana pela conspiração. Em fevereiro deste ano, quando intimado para prestar depoimento, decidiu ficar em silêncio.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Estadão.

Bolsonaro aceitou “assessoramento” em golpe, diz general preso pela PF


O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Mário Fernandes, preso por planejar assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução

O general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, teve áudios interceptados pela Polícia Federal que comprometem o ex-presidente Jair Bolsonaro. As gravações revelam a atuação deles em um plano para desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), logo após a vitória eleitoral em 2022.

“Muito bacana o presidente ter ido lá à frente do Alvorada e ter se pronunciado. Que bacana que ele aceitou o nosso assessoramento. Todo mundo vibrando. Transmite isso pra ele”, diz o general em tom de agradecimento ao tentente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens da presidência e destinatário do áudio.

Segundo a PF, Fernandes era o “ponto focal” entre o Palácio do Planalto e manifestantes que permaneceram acampados em frente ao Quartel General do Exército após a eleição presidencial de 2022. A polícia investiga o general por envolvimento na elaboração de um plano que visava atentar contra Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Nas gravações, Fernandes insiste na narrativa de fraude eleitoral, desmentida por órgãos oficiais, e cobra ações do Alto Comando do Exército: “O senhor tem que dar uma forçada de barra com o Alto Comando”, disse ele.

Além das articulações golpistas, Fernandes tentou questionar a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. A PF aponta que ele buscou criar uma simulação fraudulenta de falhas no código-fonte das urnas eletrônicas, já declaradas seguras pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Nós pedimos pro garoto, e ele prometeu fazer até o final dessa semana um protótipo do código que ele teria feito lá atrás”, revelou o bolsonarista.

As respostas de Cid também foram interceptadas pela investigação. Em outro arquivo de áudio, o tenente-coronel estipulou o dia 12 de dezembro como limite para a execução da trama golpista.

“Dia 12 seria… Teria que ser antes do dia 12, né? Mas com certeza não vai acontecer nada. E sobre os caminhões, pode deixar que eu vou comentar com ele, porque o Exército não pode ‘papar mosca’ de novo, né? É área militar, ninguém vai se meter”, disse Cid, mencionando os acampamentos golpistas em Brasília.

Outro militar envolvido na trama, cuja identidade não foi divulgada, relatou dificuldades em obter apoio unânime dentro das Forças Armadas: “Cinco não querem, três querem muito e os outros zona de conforto. Infelizmente. A lição que a gente deu para a esquerda é que o Alto Comando tem que acabar”.

Fonte: DCM

“Eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes”, diz Alexandre de Moraes


Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Gustavo Moreno/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contou que um dos planos dos golpistas era enforcá-lo na Praça dos Três Poderes após o golpe de Estado.

A declaração ocorreu em janeiro deste ano, durante uma entrevista ao Globo sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

Segundo Moraes, havia três planos contra ele. “Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, disse o ministro.

“E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, continuou.

Na última quinta-feira (21), a Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investigava a trama golpista e indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Além de Moraes, os golpistas planejavam assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

De acordo com as investigações, o ministro era o primeiro alvo do plano “Punhal Verde e Amarelo”.

Um levantamento prévio da movimentação de Moraes, com horários e itinerários, além dos cronogramas de suas agendas, teria sido realizado pelos militares.

Fonte: DCM

MP pede arquivamento de caso contra Gusttavo Lima por falta de provas

O cantor havia sido indiciado pela Polícia Civil sob suspeita de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa

Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Instagram)

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) encaminhou nesta segunda-feira (25) um pedido de arquivamento da investigação contra o cantor Gusttavo Lima no contexto da Operação Integration, que apurava suposta lavagem de dinheiro associada a atividades de jogos ilegais. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.

Os cinco promotores que atuaram no caso concluíram que não há elementos suficientes para sustentar as acusações contra o artista, que havia sido indiciado pela Polícia Civil sob suspeita de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em parecer, a Promotoria enfatizou “a inexistência de elementos que demonstrem que os valores das operações suspeitas indicadas são provenientes de infração penal”.

A investigação também apontava a venda de uma aeronave por uma empresa do cantor à Esportes da Sorte, que devolveu o bem posteriormente, alegando problemas técnicos.

"A realização desses negócios, todos documentados e com as respectivas movimentações bancárias registradas, a toda evidência, não demonstram a prática de crimes de lavagem de dinheiro pelo investigado Nivaldo Batista Lima [nome do cantor]", diz o parecer.

Os promotores justificaram o pedido de arquivamento com base na ausência de “elementos que demonstrem: ocultação ou dissimulação de valores e/ou bens; o dolo, consistente no prévio conhecimento de que os valores pagos pelo investigado Darwin Henrique da Silva Filho [CEO da Esportes da Sorte] para aquisição da aeronave eram provenientes da infração penal; e o especial fim de agir, qual seja, o propósito de ocultar ou dissimular a utilização dos ativos".

Adicionalmente, o MP enfatizou que não foi identificada nenhuma relação entre as movimentações financeiras apuradas e Darwin Henrique da Silva Filho, suspeito de envolvimento com o jogo do bicho.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo